Revista Tela Viva 211 - Dezembro 2010

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( entrevista ) está transmitindo digitalmente. Há uma geradora afiliada em Mateus Leme e 36 retransmissoras. A única digital, por enquanto, é a de São Paulo. A meta é digitalizar tudo até 2016. Não é a nossa meta para este momento fazer multiprogramação. A ideia é que a gente continue crescendo em audiência e, sobretudo, em share publicitário. Esse é o objetivo para 2011. Por isso ampliamos um pouco o target. Outros canais podem ser criados no futuro, mas só depois da digitalização da rede. Antes de pensar em novos nichos, precisamos rever a grade do nosso canal principal. Devem haver alguns ajustes. Se tudo correr muito bem em 2011, aí poderemos pensar a respeito de novos canais abertos ou pagos. Por enquanto não está nos planos do grupo criar novos canais.

FOTO: Marcelo Kahn

licenciamento de marca. Ainda precisamos estudar um pouco para fazer algo mais concreto. Vocês fizeram a festa de 20 anos da MTV Brasil no Rio de Janeiro. Isso reflete uma busca por uma linguagem mais carioca na programação? Um dos projetos é ter um ponto de apoio no Rio de Janeiro. A gente quer ser menos paulistano e mais brasileiro. O Rio reflete um pouco outros mercados, como o do Nordeste. Estamos considerando a possibilidade de fazer o VMB 2011 lá. A programação especial de verão será feita no Rio de Janeiro. Além disso, parte do nosso elenco é carioca, principalmente no elenco de comédia. Além dessa maior pluralidade, o que mais deve mudar na grade de programação? O target da emissora continuará igual? Estamos fechando os pilares da programação. Será focada em quatro pilares, que já são muito abordados por nossa programação: humor; esporte, que é a paixão do jovem; informação; e música. A música deve ser fortalecida novamente na programação. Deve voltar a ter música no horário nobre da MTV, o que hoje não existe mais. Também queremos abrir mais o leque para a cultura jovem, cobrindo outros aspectos como artes, cinema. A MTV é a primeira emissora aberta segmentada do Brasil. Há 20 anos que ela fala com um segmento e a ideia é continuar trabalhando com esse público jovem, mesmo havendo, hoje, uma concorrência maior. Nossa meta é sempre ser o canal audiovisual que mais entende de jovem neste país. Continuamos sendo voltados ao jovem de classe AB. É óbvio que com toda a mudança que acontece no País, com a inclusão da classe C nos últimos anos, a gente percebe que essa classe está consumindo mais. Mas acho que este jovem, que

“Deve voltar a ter música no horário nobre da MTV, o que hoje não existe mais” antes não fazia parte do nosso público, passa a se aproximar da MTV naturalmente. Vamos continuar fazendo programação voltada para a classe AB, mas que atinja e inspire a classe C também. Vamos trabalhar com um target estendido, de 12 a 34 anos (antes era de 15 a 29). Há horários na grade para cada perfil. No início da tarde a gente fala com o adolescente. À noite vamos falar com os jovens adultos. Há planos de partir para novos nichos? Usando a multiprogramação ou mesmo a TV por assinatura, por exemplo? A nossa rede aberta ainda é pouco digital. Temos muito o que correr. Temos uma geradora em São Paulo, que

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V i v a

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Como está relação da MTV com as operadoras de TV por assinatura? A gente não está na Sky, infelizmente, porque eu adoro a Sky. Também não estamos na OiTV nem no Via Embratel. Nesse momento estou entendendo a casa, vendo como tudo se encaminha, para então tentar negociar nossa entrada nas operadoras. Estamos com o sinal na Net (embora sem contrato). Já temos um contrato mais definitivo pronto, que deve ser assinado em breve. Queremos estar na programação básica de todas as operadoras. A aquisição do share da Viacom na MTV Brasil foi importante para que a emissora deixasse de ser tratada como uma empresa à parte? Eu não sei se isso já estava na estratégia naquele momento. Se hoje ainda tivéssemos um sócio, talvez não pudéssemos integrar o grupo desta maneira. Agora temos total liberdade de construção dos novos caminhos para as marcas, inclusive a da MTV.


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