Revista Tela Viva - 142 - Setembro 2004

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) Projeções otimistas

A Dalsa, fabricante da primeira câmera de cinema digital a trabalhar com CCDs de 35 mm, exibiu no Festival Internacional de Efeitos de Toronto, no Canadá, clipes do curta-metragem “Le Gant/The Glove”. Trata-se da primeira produção capturada com a câmera Origin. O filme foi captado simultaneamente com duas câmeras, posicionadas lado a lado, a digital e uma 35 mm. Assim, foi possível que os participantes do festival vissem a fidelidade da câmera, como latitude de exposição e fidelidade de cor. A câmera da Dalsa pode trabalhar com as lentes tradicionais de cinema, de 35 mm, e conta com viewfinder reflex. O equipamento conta com saída digital 4K e a maior latitude de exposição entre as câmeras de cinema digital.

Foto: Divulgação

Estréia do 35 mm digital

O mercado de comunicações deverá crescer 4,5% ao ano no Brasil, nos próximos cinco anos. A informação faz parte de um estudo apresentado pela consultoria Pyramid Research durante o seminário Satélites 2004, promovido pela Converge Eventos em São Paulo. Entre 2004 e 2009 os segmentos deste mercado que apresentarão maior crescimento devem ser os de Internet em banda larga e TV por assinatura, com índices de 22,5% e 9,4%, respec­tivamente. A expectativa é de que até 2009 o Brasil alcance 5 milhões de assinantes de banda larga, com mais de 80% dos acessos via ADSL. A telefonia móvel deverá crescer 6,6% no período, com a penetração passando de 35% em 2004 para 39% em 2009. Já a telefonia fixa e o mercado de Internet em banda estreita terão crescimento inex­ pressivo, com índices de 1,4% e 1,9%, respectivamente. Isso fará com que aumente a diferença entre as penetrações da telefonia fixa e da móvel em 2009 para 26%, quando a penetração da telefonia celular será mais que o dobro da fixa - 46% da móvel ante 20% da fixa.

Ancinav agita o audiovisual e o cenário político O projeto da Ancinav, que entrou oficialmente em consulta pública no dia 11 de agosto e deve permanecer em consulta até o final de setembro, vem gerando polêmica em quase todos os setores envolvidos no texto e até mesmo no governo.

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aulo Lustosa, secretário executivo do Ministério das Comunicações, durante a feira da ABTA, que aconteceu em agosto, em São Paulo, disse que “na nossa área, nós vimos algumas coisas que interferem e não poderíamos aceitar, como interferência sobre a Lei Geral de Telecomunicações”. Já o presidente da Anatel, Pedro Ziller, também na ABTA 2004, não se mostra preocupado com a perspectiva da criação da Ancinav, mesmo que ela regule também a transmissão de conteúdos por empresas de telecomunicações. Além da defesa da Anatel, um dos mais próximos assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

assegurou ao noticiário TELA VIVA NEWS que o ministro Gilberto Gil “tem todo o apoio do governo” para prosseguir no projeto que cria a Ancinav. “É para discutir mais, mas não é para parar de forma alguma”, acrescentou a fonte. O senador Osmar Dias (PDT/PR), presidente da Comissão de Educação e da Subcomissão de Cinema e Comunicação do Senado, bateu duro contra a proposta de projeto de lei em discurso no Senado. Osmar Dias disse aos senadores que se não fosse o esforço da Comissão, a proposta de criação da Ancinav teria sido encaminhada por medida provisória. Setores envolvidos Apesar de ter recebido o apoio de várias entidades de produtores de cinema

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e TV, o MinC foi duramente criticado por setores envolvidos no projeto de lei. Um dos setores mais críticos às propostas é o de exibidores. Em nota oficial, as associações de exibidores repudiaram “o brutal aumento de carga tributária, insuportável para o setor de exibição”, alegando que a taxação sobre o número de cópias de lançamentos prejudicará a distribuição e, por conseqüência, os exibidores. A Abert, Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão, também se manifestou sobre o projeto do governo. A associação se coloca em posição “contrária a qualquer iniciativa que venha representar embaraço


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