terceirizada
mente a maior parte de seu conteúdo, explica o diretor geral, Ricardo Rangel. “Mas no futuro teremos também pro duções independentes”, diz. “Estamos abertos a receber as propostas. Todo projeto bem montado é bem-vindo, desde que respeite nosso conceito, de programação sem violência, voltada à família”, completa. Compatibilidade Mas essa abertura não se dá de qual quer forma. “Os programas têm que ser adequados à filosofia da emisso ra e têm que compor com a nossa grade”, diz Beth Carmona. Adequação parece ser a palavrachave. As emissoras e os canais de TV paga recebem dezenas de projetos por mês, alguns bem formatados, com pilotos ou até programas completos, outros apenas no papel ou nem isso. “Antes de mais nada, o programa
A TV Cultura tem vários programas independentes de linha, como “Expedições” e “Saúde Brasil”.
tem que ser focado na linha da TV. Se alguém quiser trazer um ‘The Most Amazing Videos’ é melhor nem vir”, afirma Martinez. “Fora isso, não existe restrição”, completa. Mas ele explica que alguns critérios são importantes, como por exemplo o programa não concorrer com outros que já existam na grade. Ele diz tam bém que quanto mais definido o pro jeto, maiores as chances de exibição. “Tem gente que chega só com a idéia, é difícil avaliar.” É claro que trazer o projeto já com uma proposta de patro cínio também ajuda.
Beth Carmona explica que a pro dução independente entra de forma complementar na grade, suprindo um conteúdo que falta na programação. “Não adianta me trazerem dez progra mas sobre meio-ambiente”, exemplifi ca. “Não somos uma mera distribuidora de conteúdo. Temos uma grade, uma linha, e os programas que exibimos têm que se adequar a ela”, completa. E tam bém avisa aos “pretendentes” que não adianta apenas ter uma ótima idéia. “No mínimo a pessoa tem que mandar um texto detalhando o projeto”, diz. Mesmo assim, Beth conta que quase nunca um programa é usado do jeito que chega à TV, sempre são necessárias adaptações à linguagem da televisão. Modelos As emissoras são bombardeadas qua se diariamente com ofertas de progra mas, alguns vindos até de profissio nais da própria TV. Martinez explica que há duas for mas de um programa entrar na grade. Há projetos que vêm de fora e são oferecidos à Cultura e há temas que são pedidos pela direção da TV e que o departamento de programação tem que encontrar no mercado. “Nesse caso a maioria das compras é feita no exterior. Não há no Brasil uma oferta de programação sobre nature za, por exemplo, como a da BBC, que às vezes precisamos. Ou programas sobre os grandes mestres da pintu ra.” Nesses casos, revela, a TV acaba pagando até mais do que quando
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