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Tita Couto
from Trajetória Amazônia
“A Experiência Mágica de Suspender o Céu (...) desloca os olhares dos participantes ao propor a recriação do espaço expositivo, a exploração do vínculo estabelecido, que passa a focar na busca desse tesouro, e que, ao final, reflete e troca sobre os sentidos encontrados nesse trajeto. ” Rafael de Oliveira/ Trecho do relato Amazônias - Uma Experiência de Recriação
“após buscar analisar a experiência de estágio, é indispensável reconhecer a importância de educativos que não representam o papel de guias mas que constroem seus percursos e buscam fomentar e incentivar olhares que seguem com cada um e estão nesse espaço que não é apenas físico, como enfatizado por Freire. Ao finalizar o encontro, uma das falas é a de que “guardem, levem a experiência pelos seus caminhos pelo tempo que for” e caminho aqui também não se trata apenas de espaço físico mas das subjetividades e construções de cada um, individualmente ou não” – Rafael de Oliveira/ Trecho do relato Amazônias - Uma Experiência de Recriação
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“Como é difícil optar pela ação, deixar que as pessoas inventem seus fins e o modo de chegar até eles! É preciso uma confiança no processo, uma disposição para pagar para ver, que não se tem todos os dias - que não temos todos os dias. ” COELHO, Teixeira (1989, p.18).

Registro da equipe de educadores a partir da técnica de cianotipia, por Renan de Figueiredo.





“Que apesar de todas as adversidades dentro e fora do espaço, pude aprender a me entender primeiro como uma pessoa em constante exposição e vulnerabilidade. O educativo me fez enxergar isso e me fez lidar da melhor forma com esse descobrimento. Não posso deixar de citar o quanto eu bati na tecla da acessibilidade neste espaço e o quanto tentei deixar o espaço mais diverso para pessoas com deficiência, acredito que as últimas fotos mostrem bem que eu consegui deixar minha marca e minha sinalização nesse espaço. ” – Rive Agra







“mocinha,
pra entrar tem que pegar ingresso? só entrar. é de graça? sim, só pegar a fila pra entrar? só entrar. a fila demora quanto? olha, não consigo te dizer. a entrada é gratuita? sim, só entrar. preciso passar na bilheteria… faço como? é só entrar. oi, pode tirar foto?”
“professora, tia, tia,
como que os índios fazem quando tão doentes? por que eles não usam roupa? por que eles amarram o pinto (risadinhas)? posso sentar, tia? não tem nenhuma foto colorida? que animal é esse? o que significa terra indígena? o que é povo originário? sabia que você pode falar tanto povo originário quanto nações originárias? essa música que toca é pra quê? eu posso eu posso eu posso ler a legenda!!!!!!!!!!!!! terra indígena yano yanom yanomami ? eles são primos? eles precisam votar?”
“amiga,
você viu que caiu o vr? você marcou o almoço? rendida! já foi remunerar? que horas é sua hora de estudo? quer ir no méqui? é gatuxa……..!!! que que tem pra almoçar hoje? to muito cansada. você tem grupo agora? quer pensar nessa visita junto? você já leu esse texto? nessa foto aqui você geralmente fala o quê? me fala como você fez aquela visita com as crianças porque eu não sei o que fazer! e o Corinthians: ganhou ou perdeu?”
“Essas três Catarinas foram sendo desenvolvidas, ampliadas e potencializadas aqui dentro nessa experiência imersiva de vivenciar o mesmo espaço com as mesmas fotos... nessa estufa de fábrica, ocupada por um cotidiano onde o roteiro das visitas se tornaram minha dramaturgia, a exposição meu palco e os visitantes minha plateia que, no troca-troca diário, me ensinaram muito sobre atuar, jogo e espontaneidade.

Souza, Andrea. Tavares, Andrea.(org.) Trajetória Educativo| Amazonia –Sebastião Salgado (SESC Fábrica Pompéia).São Paulo, 2022.












