E-Book - IX Congresso Bragança

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INTRODUÇÃO O trabalho em enfermagem é mediado pela interação e comunicação em seu exercício cotidiano, constituindo-se como processo humano essencialmente intersubjetivo. Em que se destacada a importância de se empreender esforços para compreender estas relações engendrando formas de as potencializar. A noção de Representação Social, sujeito ativo, construtor do mundo a partir dos materiais que a sociedade lhe fornece, do que na própria estrutura social. De uma representação social, de uma psicologia social, noção de atividade organizadora sobre o duplo plano cognitivo e simbólico, ou seja, da atividade organizadora de um grupo, ou de um indivíduo enquanto membro de um grupo, que orienta a resposta (Moscovici, 1976). Neste estudo buscou-se compreender o sentido do trabalho para os enfermeiros de um hospital universitário na perspectiva da Clínica da Atividade (Clot, 2010). Que propõe estudar e experimentar através dessa clínica a função psicológica do coletivo em situação de trabalho. Em que procura manter ou restaurar a vitalidade dialógica do social pela análise do trabalho, propondo uma subjetividade potencial. Um sinal de que é preciso implementar mudanças no cenário de prática, contudo essas mudanças ocasionam impactos na vida do trabalhador. Isso inclui valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção (Souza, Passos & Tavares, 2015). A literatura aponta que sentimentos e percepções podem emergir no cotidiano do trabalho, ao realizar atividades no espaço coletivo, com compartilhamento de responsabilidades, podem levar os enfermeiros a pensar soluções para problemas reais (Mota, Silva & Souza, 2016). O trabalho em enfermagem é mediado pela interação e comunicação em seu exercício cotidiano, constituindo-se como processo humano essencialmente intersubjetivo. Nesta perspectiva é destacada a importância de se empreender esforços para compreender estas relações engendrando formas de as potencializar. A dimensão do trabalho do enfermeiro tem repercussões para a saúde mental dos trabalhadores de enfermagem que lutam por um trabalho significativo e ético, em um contexto de reestruturação e precarização do trabalho. Para Dejours (1992, p.96), o sofrimento mental aparece como intermediário necessário à submissão do corpo. Ainda, a desorganização dos investimentos afetivos provocada pela organização do trabalho pode colocar em perigo o equilíbrio mental dos trabalhadores. O trabalho repetitivo cria a insatisfação, não se limitando apenas a um desgosto particular. De certa forma, é uma porta de entrada para a doença, descompensações mentais (Dejours, 2000, p.77). Um sinal de que é preciso implementar mudanças no cenário de prática, contudo essas mudanças ocasionam impactos na vida do trabalhador. Isso inclui valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção (Souza, Passos & Tavares, 2015).

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