Semana Medica

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Actualidade

Destaque

Verónica Rufino lamenta que as associações de apoio à mulher com cancro, maioritariamente associações de doentes, estejam de costas voltadas e não partilhem o conhecimento. um excelente fisioterapeuta ou enfermeiro’. Indicamos um bom profissional na sua área”.A Estrutura de Formação é uma entidade for- madora acreditada pela DGERT – Direcção Geral do Emprego e das Relações no Trabalho. Entre as várias formações, destacam-se temas como Curso Intensivo de Português na Saúde, Curso de Especialização Drenagem LinfáticaTe-

Um percurso nem sempre floreado

urgente de reabrir a sede, o fundamental

“Nem tudo são rosas”. Esta é uma das frases que pauta a conversa com Verónica Albuquerque Rufino, que dentro de dois anos prevê deixar a presidência da associação. “Ao fim de onze anos chegou a altura de alguém continuar a obra” e também “está na altura de outros arcarem com as responsabilidades e adversidades” que estão intrínsecas à presidência de uma institui-

é assegurar que o espaço tenha “as condi-

ção como a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama. Di-

guas e Administração (ISLA), espalhadas

ficuldade é palavra cimeira no dicionário de uma associação sem fins lucrativos, que

trabalho, pelo menos aquele que é essen-

deixou de ter cotas porque estas não eram pagas pelos associados, que vive do mecenato e cujo valor cobrado na futura consulta de ginecologia servirá apenas para pagar os consumíveis utilizados na prática da especialidade. Perante este cenário, questiono se é sempre fácil manter vivo o espírito dos 46 voluntários. Verónica prende o olhar na janela. Continua a chover. “Sabe, os voluntários têm todos a sua actividade profissional. Trabalham nos seus hospitais, o que os mantém activos. O facto de estarmos sem sede apenas implica que se diri-

gico. Recentemente, a Câmara Municipal

“Temos duas vertentes: A da formação e a da prestação de cuidados de saúde” rapêutica e Curso Intensivo de Inglês na Saúde. A APAMCM organiza ainda, anualmente, simpósios. Nestas sessões de debate, reúnem-se profissionais para discutir temáticas como o HPV, o Colo do Útero e a Vulva e o Linfedema Pós Cirúrgico ao Cancro da Mama. O

jam a espaços físicos diferentes.Por exemplo, os fisioterapeutas sabem que, por agora,

ano de 2009 fica marcado pela ausência do simpósio, porque as atenções estão voltadas

cuidados”.

para a reabertura da sede num espaço cedido pelo município de Lisboa. Para participar nes-

peuta gosta de ser optimista. “Sendo opti-

tas actividades basta acompanhar o site da associação, em www.apamcm.org ou entrar em contacto através do e-mail e telefone disponíveis na página da Internet.

conseguir angariar os fundos para reabrir

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têm de ir até às Amoreiras”, conta. Faz uma pausa. Aclareia a voz e acrescenta: “Quem mais sofre são os associados porque há muitos que não estão a receber todos os Quando olha para o futuro, a fisioteramista, as perspectivas agora passam por a sede e, então, recomeçar toda a actividade terapêutica e formativa”, conta, re-

ções de saúde” adequadas a uma instituição que exerce prática clínica.

APAMCM no Facebook O Colégio das Doroteias pediu a sala onde a APAMCM tinha sede. Deste modo, desde 30 de Setembro, a associação conta com umas salas cedidas pelo Instituto Superior de Línpela cidade de Lisboa, para continuar o seu cial, como a fisioterapia e o apoio psicolóde Lisboa cedeu um espaço de uma antiga escola. “O problema é que está em más condições”, refere a nossa interlocutora. A APAMCM criou então um grupo na rede social Facebook para divulgar a necessidade de fundos para reabilitar o novo espaço e, assim, dar continuidade ao trabalho da associação. “Até ao momento já reunimos 65 mil euros”. O lema da associação é: “Se 183.000 portugueses derem um euro conseguem-se os 183.000 euros”, o valor necessário para a reabilitação da sede.

UMA PATOLOGIA A CRESCER De acordo com a Liga Portuguesa de Luta contra o Cancro, surgem todos os anos 4500 novos casos de cancro da mama, que acabam por vitimar 1600 mulheres. A incidência do carcinoma da mama em Portugal continua a aumentar, sendo a primeira causa de morte por cancro entre as mulheres. O presidente da liga, Vítor Veloso, considera que a doença vai ter ainda um “aumento exponencial a nível mundial nas próximas duas décadas”. Este aumento dever-se-á, segundo o mesmo responsável, aos estilos de vida, mas também ao aumento da esperança de vida, explicou.

forçando que, apesar da necessidade

10 a 16 de Dezembro.09


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