Revista Arqdec Way nº2 by Charles de Souza Leite

ANO I - Nº 2 NOVEMBRO | DEZEMBRO | JANEIRO 2014

THOMAZ PERINA Um grande nome do cenário das artes plásticas e um dos pioneiros da decoração moderna de Campinas

ISSN 2318-6143

MÓVEIS EXTERNOS Decorar os ambientes ao ar livre e tornar ainda mais agradável seu verão

NILZA ALVES Mais de 40 anos de sucesso no design de interiores

EXPEDIENTE

QUEM SOMOS

Daniel Martins Diretor Financeiro

Alessandro Rosolen Diretor Adjunto Financeiro

Henrique K. Metzner Diretor Administrativo

Maria Isabel Amaral e Souza Diretora Social

Nádia L. Guimarães Pres. Conselho Deliberativo

André Luís Fernandes Membro Nato do Conselho

João Marcos R. da Paz Diretor Adjunto Social

Christian Meyn Fotografia

Celso Cardoso Júnior Comercial

Luis Roberto de C. Rios Diretor Criativo

Marco Antonio Storani Revisão

Ana Luiza Dias Assistente Financeira

Érika Gibrin Arquiteta

Charles de Souza Leite Proj. Gráfico/Editoração

Erika Haaland Artista plástica

Jorge Marcelo Oliveira Jornalista de moda

B.C. Chiquino Júnior Jornalista

Marcelo Dalla Astrólogo e artista gráfico

Diretoria Polo Arqdec

Equipe Polo Arqdec

Equipe Arqdec Way

ARQDEC WAY

POLO ARQDEC INTERIOR DIRETORIA:

CONSELHO CONSULTIVO:

Presidente: Sante Testa Neto

Roseana Desenso Monteiro Marlivani Gabriel de Lima Mazoni Carlos Henrique Oliveira Nascimento Vera Maria Campana Rodrigues Ana Carla Costa Leme Fernando Pelizzon Lucyene Del Alamo Regina Marta Toledo de Almeida Roberto Maia Tozi

Diretor Administrativo: Henrique K. Metzner Diretor Financeiro: Daniel Martins Diretor Adjunto Financeiro: Alessandro Rosolen Diretora Social: Maria Isabel Amaral e Souza Diretor Adjunto Social: João Marcos Rodrigues da Paz

CONSELHO DELIBERATIVO:

Assessoria de Imprensa: Central de Comunicação Ltda. www.centraldecomunicacao.jor.br Agência de Publicidade: Parrano Publicidade www.parrano.com.br

EQUIPE ESCRITÓRIO: Gerente: Renata Podolsky Assistente Financeira: Ana Luiza Dias Comercial: Celso Cardoso Júnior

Sede Polo Arqdec Interior: Rua Odila Maia Rocha Brito, 169 Campinas-SP 13092-110 Fone: (19) 3255.4992 atendimento@poloarqdec.com www.poloarqdec.com www.facebook.com/poloarqdecinterior

Presidente: Nádia L. Guimarães Membro Nato: André Luís Fernandes Membros: José Belanga Marco Cervellini Homero Ferro Suplentes: Arlindo F. Junior Renan Palma Junior CONSELHO FISCAL: Joyce de Andrade Audrey Guimarães Berenice Pereira

ARQDEC WAY: Publisher e Coordenadora Editorial: Renata Podolsky

Fotografia: Christian Meyn

kiproducoes.rp@gmail.com

Diretor Criativo: Luis Roberto de Castro Rios

Revisão: Marco Antonio Storani

www.studiolrcr.com

Impressão e Acabamento: Braspor Gráfica e Editora

Projeto Gráfico e Editoração: Charles de Souza Leite

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Uma publicação:

Colaboradoras: B.C. Chiquino Júnior – MTb 24.819 Érika Gibrin Erika Haaland Jorge Marcelo Oliveira Marcelo Dalla

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CARTA DO PRESIDENTE

Sante Testa Neto Presidente

unto com a nova edição chega ao fim a campanha do Polo Arqdec “Você na Casa Vogue”, que aconteceu de 1 de julho a 31 de outubro, e com ela a divulgação dos profissionais premiados. Desde o início de nossa associação, escutar as solicitações dos especificadores

foi uma de nossas missões. E trazer de volta a parceria com esse meio de comunicação reconhecido nacionalmente foi um dos pedidos feitos por vocês que atendemos. E ficamos muito satisfeitos com os resultados, tanto de vendas quanto dos premiados, parceiros do Polo de longa data. Na data da premiação um evento de máxima importância e de orgulho para nós. O Polo sedia e prestigia a doação de duas obras do Instituto Thomaz Perina para o acervo do museu FEMSA, um dos maiores acervos particulares da América Latina. Muito bom para o ITP, que passa a ter duas obras do artista expostas aos visitantes do mundo inteiro, e também para o Grupo Femsa, que terá duas belíssimas obras em seu acervo. Ótimo para o Polo, que vivenciou tudo isso e por meio da Mostra de Arte “Retrospectiva Thomaz Perina”, no Polo Arqdec, de 14/11 a 20/12, mantém sua linha de trazer arte e cultura para sua sede. Com a chegada do fim do ano, termina um novo ciclo de diretoria e conselhos. Iniciamos o próximo, 2014/15, com a sensação de estarmos no caminho certo, mas contando com as ideias, sugestões e críticas de nossos parceiros, sempre!

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EDITORIAL

AO LEITOR

lá! Esta edição da Arqdec Way está fervendo como o nosso verão, e vem com gostinho de primeira etapa de mudanças cumprida e cheinha de novidades. Esse ano de comemoração dos dez anos do Polo Arqdec nos

fizeram trabalhar muito para nos renovar e trazer benefícios a você. Isso é só o começo. Nesta edição estamos a mil com as novidades que os profissionais premiados no Grand Prix 2012 trouxeram em suas bagagens: as tendências da Maison&Objet, que aconteceu no mês de setembro em Paris, além de muitas histórias que vivenciaram no roteiro turístico oferecido pelo Polo Arqdec. Radiantes com os ganhadores da campanha “Você na Casa Vogue”, que foram premiados com a página dupla no anuário da reconhecida revista nacional, e com os profissionais que são destaque neste trimestre. As nossas lojas de decoração mostram as tendências em móveis nos ambientes externos, tornando-os mais aconchegantes. Muitos nomes do mundo do design de Campinas estão conosco neste número, nos enriquecendo com seus conhecimentos e experiências. E o tema arte, cada vez mais presente no universo do Polo, nos faz mergulhar nos mosaicos, nas mandalas, na gastronomia e no mais fascinante mundo do artista completo Thomaz Perina, que com sua simplicidade foi decorador, designer, figurinista e cenógrafo, numa época em que só denominava este tipo de profissional como “artista”. Você saberá da parceria que o Polo fez com o Instituto Thomaz Perina, uma instituição cultural sem fins lucrativos, e da importância dessa ação. Essa união, vem ao encontro dos objetivos que o Polo e a Arqdec Way possuem: envolver nossos associados, parceiros e leitores de forma que eles aprendam e também atuem como disseminadores das artes, trazendo benefícios para toda a comunidade.

Como sempre, espero que goste de tudo que preparamos com carinho, pois

Renata Podolsky Gerente Polo Arqdec e Publisher Arqdec Way

aqui nós nos deliciamos em fazer isto tudo para você.

Boa leitura e um ótimo ano para todos!

ÍNDICE

02 10 16 18 26 30 38 40 42 44 48

EXPEDIENTE

HOT TRENDS

FINE ARTS a arte do mosaico

CAPA

legado de thomaz perina ultrapassa fronteiras e influencia gerações

PONTO DE VISTA nilza moraes alves

DESTAQUE profissionais que se destacaram no sistema de pontuação do trimestre

LIFE.COM paris e seus arredores

LIFE.COM corações por toda parte

LIFE.COM dia do chef

DIA DO CHEF homenagem de um artista para outro

MÓVEIS EXTERNOS

com as altas temperaturas as áreas externas são um convite ao dolce far niente

52 56 58 60 62 66 68 70 72 74

UNIVERSO PARTICULAR agostinho gomes

GOING ON

MAISON&OBJET

DRESS CODE

DIAGNÓSTICO

NOVAS LOJAS a família polo arqdec cresceu

POLO SOLIDÁRIO fizemos várias crianças felizes

SIMPLES ASSIM mandalas para harmonizar ambientes

NOVA DIRETORIA tudo novo para começar 2014

ASSOCIADOS CAPA

Criação: Luis Roberto de Castro Rios Arte: Charles de Souza Leite Foto: Fabiana Bruno

HOT TRENDS

BY: LUIS ROBERTO DE CASTRO RIOS

“INTERIORS CATWALK”

asas, mansões, castelos, cottages, apartamentos, hotéis. Quem nunca se deslumbrou com alguma locação, seja ela real ou apenas criada para um filme? Quando falamos em moda ou decoração, a receita básica é praticamente a mesma. A maestria no uso das cores e formas, o cuidado com o conforto e com a qualidade, o ESTILO! Gabrielle (Coco) Chanel, Christian Dior, Cristobal Balenciaga e Yves Saint Laurent moravam muito bem, cada um ao seu estilo e charme. Castelos, casas e apartamentos repletos de história, arte e extremo bom gosto. O apartamento de “Mademoiselle” está impecavelmente preservado, como quando Chanel ali vivia, e se você tiver sorte, ou gasto uma indecente quantia em sua butique, poderá ser convidado a conhecê-lo!

Apartamento de (Coco) Chanel

Madame Carven, elegantíssima e com mais de 100 anos, tem muito orgulho em dizer que adora se cercar de coisas lindas, quando se refere a sua estupenda casa. A fabulosa coleção de arte e móveis raros de uma das propriedades de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé foi a leilão após o falecimento do eterno “enfant terrible”, levando à loucura colecionadores milionários e movimentando aproximadamente 500 milhões de euros! Mas por que não vender este estilo de vida, além de roupas, perfumes e acessórios? Então, talvez tudo tenha começado com Pierre Cardin, que tem seu império espalhado por inúmeras áreas, como roupas de cama, móveis, utensílios, e até mesmo vinho leva seu nome!

Apartamento de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé

ByJean Paul Gaultier

By Fendi

ARQDEC WAY

By Christian Lacroix

Criadores de moda como Giorgio Armani, Gianni Versace, Missoni, Roberto Cavalli, Christian Lacroix, Ralph Lauren, Jean Paul Gaultier, entre outros, adoraram a ideia e resolveram expandir seus olhares e “lifestyle” para o mundo da arquitetura e decoração! Sim, hotéis, restaurantes, bares e yachts assinados por estrelas das passarelas! Afinal, nada melhor que

estes templos de relaxamento e prazer para deixar fluir a imaginação desses maravilhosos criadores! Os hotéis Bellechasse, Petit Moulin e o Notre Dame, todos em Paris, foram transformados pelas mãos de Lacroix; Diane von Fürstenberg brincou com suas estampas no Claridge, em Londres; Giorgio Armani tem hotéis em Dubai e Milão, sem falar nos restaurantes, bares e cafés pelo mundo. Temos ainda os quartos surrealistas da Maison Moschino, em Milão, os bares e clubs assinados por Cavalli e o Hotel Missoni, em Edimburgo! Grandes empresas do mundo da decoração de luxo se aliam aos mestres da “haute couture” para criar novos produtos que logo se tornam objetos de desejo de consumidores endinheirados! Hoje você pode ter em sua casa um sofá Armani, tapetes Fendi, sua roupa de cama Cavalli e as lindas almofadas Lacroix! É a moda alinhavando a decoração com fios de ouro!

By Roberto Cavalli

By Pierre Cardin

By Ralph Lauren

By Giorgio Armani

HOT TRENDS

AS JANELAS DO LUXO! De repente, uma multidão se aglomera numa famosa esquina, mais precisamente o número 24, Rue du Faubourg, Saint Honoré, Paris! O motivo é sempre o mesmo: a elegante senhora de cabelos negros e presos, com um controle remoto nas mãos, faz as cortinas se levantarem e nos conv ida ao deslumbrante mundo criado por ela para as v itrines do icônico templo da altíssima qualidade, a Maison Hermès! Nascida na Tunísia, Leila Menchari é diretora da decoração e do Comitê de Cores para Seda, da Hermès, além de designer de muitos dos desejados e lindíssimos “Carrés”, lenços da mesma marca! Leila começou sua carreira no mundo das belas-artes, e foi assim que nos anos de 1970 veio a Paris para completar seus estudos na Escola Nacional Superior de Belas-Artes, mas foi pelas mãos de seu amigo e conterrâneo, o estilista Azzedine Alaia (que está sendo homenageado com uma bela exposição retrospectiva no Palais Galliera até dia 26 de janeiro de 2014), que a jovem tunisiana ingressou no mundo da moda! Trabalhou como modelo para Guy

As vitrines têm de contar uma história, as pessoas adoram histórias; meu dever é nutrir o olhar desses passantes com sensualidade, dos materiais, dos objetos, dos detalhes... Laroche e em seguida já na Hermès, como ilustradora e assistente de Annie Beaumel, até então diretora de arte da famosa casa e quem muito lhe ensinou sobre a arte de criar sonhos! Em 1977, se tornou a estilista da marca, indicada por ninguém menos que o presidente, Jean Louis Dumas Hermès! Apaixonada por cenários de ópera e ballet, influenciada pela obsessão que cultiva pelas culturas do Oriente Médio e com toda sua bagagem cultural pelos mundos da arte de moda, a Sra. Menchari consegue transformar em realidade os mais fascinantes sonhos. Mestre em detalhes, mistura tecidos, couros, objetos curiosos trazidos dos mais variados lugares do mundo, exóticos animais empalhados, móveis raros e até mesmo doces e bombons de uma maneira encantadora. E, por meio de suas vitrines, nos transporta para as Mil e uma Noites, para a misteriosa África, para um ateliê renascentista, para o Boudoir de Sherazade, para onde seu sonho desejar, como num livro, num conto de fadas! Bravo, Madame!

Se eu conseguir oferecer, com meu trabalho, três minutos de esquecimento, de esquecimento da vida dura e real a essas pessoas, para mim eu ganhei!

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ART BASEL/HONG KONG/MIAMI Ernst Beyeler, Balz Hilt e Trudi Bruckner, três galeristas na terceira maior cidade da Suíça, a linda Basileia, resolveram criar em 1970 um evento que logo de início se tornou um grande sucesso: a famosa “Art Basel”! Uma grande exibição de arte contemporânea que tem como principal foco conectar artistas plásticos, curadores, galerias de arte, colecionadores e o público em geral! Hoje, quase 50 anos após sua inauguração, a “Art Basel” é considerada a mais importante em sua categoria! Com filiais em Miami Beach e Hong Kong, a grande exposição leva ao mundo o que há de mais novo e relevante no mundo das artes! Cada uma das “Art Basel” é definida pela cidade anfitriã, com a participação das melhores galerias e instituições regionais ligadas à arte. Estruturada por setores distintos, todas as mídias artísticas estão ali representadas: pintura, escultura, fotografia, instalações, performances, etc. Se você é colecionador, artista plástico, decorador, arquiteto ou apenas um bom admirador, a agenda para 2013 e 2014 está aqui!

- Art Basel Miami Beach – de 5 a 8 de dezembro de 2013 - Art Basel Hong Kong – de 15 a 18 de maio de 2014 - Art Basel Basileia – de 19 a 22 de junho de 2014

A ÉTICA DA ESTÉTICA! “Os mais sofisticados livros do mundo”; assim é conhecida a editora Assouline! Fundada na Cidade Luz em 1994, hoje tem sua sede em New York City e é presidida pelo casal Prosper e Martine Assouline, que criou a empresa com a ideia de que beleza e aperfeiçoamento são capazes de transformar vidas e de que um livro artisticamente impecável, tanto no conteúdo como no visual, pode abrir nossos olhos e mentes! Assim começou o sucesso dessa editora que já possui mais de 1.000 títulos explorando com extremo bom gosto os mundos da arte, arquitetura, moda, gastronomia, do design, de viagens e fotografia! São verdadeiros objetos de desejo, expostos de forma elegante em charmosas butiques com paredes vermelhas. Uma experiência encantadora que deve ser vivida. Folhear alguns desses livros é como se estivéssemos invadindo um mundo secreto, de luxo e curiosidades. Mais especial ainda é levar um ou dois para casa, lindamente embalados e lacrados com cera vermelha. A sensação é de ter adquirido um joia rara, o que realmente são! • Assouline Nova York (The Plaza Hotel, Lobby Mezzanine, 768 Fifth Avenue) • Assouline Las Vegas (Crystalsat City Center, 3720 South Las Vegas Boulevard) • Assouline South Coast Plaza (3333 Bristol Street, Costa Mesa, CA) • Assouline Paris (35, Rue Bonaparte) • Assouline Istambul (Cevdet PasaCad n° 25A, Bebek) • Assouline Londres (Liberty & Co, Regent Street, Ground Floor) • Assouline Cidade do México (Newton 35, Colonia Polanco, Delegación Miguel Hidalgo) • Assouline Lima (Av. Santa Cruz 830, Miraflores).

FINE ARTS

TEXTO E PAINÉIS: ERIKA HAALAND

A ARTE DO MOSAICO

o falar da arte do mosaico surge a questão: O que é a arte? O filósofo italiano Benedetto Croce (18661952), em sua teoria sobre a arte, defende a ideia em que o processo da criação artística é o mesmo para a poesia, a pintura, a música ou qualquer que seja o tipo de arte, “o que importa é o sentimento vivido pelo artista”. Ao se tornar consciente de seu sentimento o artista se expressa por meio da obra de arte. Assim, é possível com notas, letras, cores e texturas mostrar a visão de mundo de cada indivíduo. A essência da arte não se define de acordo com os seus diferentes meios de expressão quando apresentada fisicamente. A arte permanece sempre a mesma apesar de diferentes materiais e técnicas a serem utilizados para a sua formação. Não se pode dizer que existam artes (pintura, música, literatura, escultura, etc.), o que se diz é que há arte. A origem da palavra “mosaico” em latim é opus musivum, o que equivale literalmente a trabalho das Musas, que eram mulheres divinas que inspiravam as artes. O mosaico é a arte que se utiliza da técnica de encaixar lado a lado pequenos pedaços de materiais variados (mármore, pedras coloridas, vidro, madrepérola, madeira) de diferentes cores, para formar imagens geométricas ou figuras em uma superfície lisa. As peças são cortadas em formas específicas e adaptadas de acordo com os ele-

mentos do desenho, são peças geralmente pequenas e regulares chamadas tesselas (tesserae), as quais são unidas com argamassa deixando um espaço mínimo entre elas. É um processo que abrange grandes adaptações de materiais, variações sem fim de desenhos, cores e texturas, que vêm se desenvolvendo ao longo do tempo. O método de construção do mosaico não sofreu grandes variações durante os séculos e, apesar de ser uma antiga forma de arte, suporta o teste do tempo e tem, nos dias de hoje, uma crescente popularidade como processo artesanal versátil, artístico e contemporâneo. Inicialmente aparecem na Suméria mosaicos que representavam cenas figuradas em pedras cortadas. Já na Grécia os pavimentos eram feitos de mosaicos de seixos de rios com desenhos geométricos ou figurativos, que uniam imagem e função. Para os romanos, a arte musiva alcança grande esplendor, por meio das tesselas de mármore. Os bizantinos transferem os mosaicos para as paredes e utilizam tesselas de uma pasta de vidro a que deram o nome de smalti, como a máxima expressão do cristianismo. Nos séculos seguintes esta arte se mantém, porém sem o entusiasmo dos precedentes. O mosaico contemporâneo surge, então, com a introdução de conceitos abstratos nas composições, de novos materiais, com tesselas de formas variadas e de grandes dimensões, diferentemente dos micromosaicos

de outras épocas. O mosaico é uma arte totalmente expressiva, foi por meio da visão de artistas que a história pôde ser contada com a forma de expressão utilizada pelo mosaico. Desde os tempos da Babilônia, passando pelos gregos, romanos, tantas outras culturas e até os nossos dias, o mosaico laboriosamente reunido, de cubos de pedra ou vidro, produziu profundidade, cores cheias, que deram ao interior de casas e templos um aspecto de solene esplendor. O modo como a história foi contada, em todas as culturas, mostra ao espectador que algo de milagroso e sagrado estava acontecendo. Vemos que o artista, com o auxílio do mosaico, atribui um profundo significado ao que ele representou. Como nos ensina Croce, cada homem que participa da humanidade é artista de fato, mesmo que ele apenas fale sobre as coisas da vida cotidiana e manifeste seus sentimentos mais simples. Toda expressão de êxito de um artista é aquela que é única, individual, e que não é possível ser substituída, traduzida, repetida ou classificada. A única classificação possível é entre o expressivo e o inexpressivo. O expressivo, mesmo que seja individual, toca o outro e, assim, alcança valor universal. O organismo humano necessita da arte como o ar para se viver, ela é atributo necessário do homem. A arte não é um luxo e sim realidade essencial.

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CAPA

FOTOS: ARQUIVO ITP | TEXTO: B.C. CHIQUINO JÚNIOR

LEGADO DE THOMAZ PERINA ULTRAPASSA FRONTEIRAS E INFLUENCIA GERAÇÕES Artista plástico campineiro atuou de forma bem-sucedida também nas áreas da escultura, da decoração, da cenografia e do design

obra está no processo e a arte está na busca da síntese.” A frase, de autoria do artista plástico campineiro Thomaz Perina, pautou a sua trajetória artística. Perina nasceu e viveu em Campinas, no bairro Vila Industrial, até falecer, em 2009, aos 88 anos. Autodidata, seus trabalhos acadêmicos desde cedo fizeram sucesso. Ainda na escola era o giz de cor na lousa, na rua de terra do bairro onde morava, o carvão e, mais tarde, a caneta, os pincéis, o pastel. Ao universo das artes plásticas somaram-se atuações nas áreas da escultura, da decoração, da cenografia e do design. Thomaz Perina tinha a inquietude dos pesquisadores, uma curiosidade nata, sem formulações teóricas, que o levava a buscar, com elementos e tratamento simples e reduzindo a cor a um estado quase neutro, uma dimensão, um movimento por percepção. Em 1957, ao retornar do Rio de Janeiro, a então capital do Brasil, e tocado pelas ideias modernas, Perina integrou o Grupo Vanguarda ao lado de Geraldo Jürgensen, Lélio Coluccini, Raul Porto, Maria Helena Motta Paes, entre outros artistas. A atuação do Grupo Vanguarda influenciou a arte contemporânea. Veio desses artistas, por exemplo, a inspiração para que Campinas tivesse seu Mu-

seu de Arte Contemporânea (MAC). Mas foi a partir da década de 1960 que sua obra passou a ser ainda mais reconhecida. Durante visita à I Bienal Internacional do Museu de Arte Moderna de São Paulo, ele teve contato com as vanguardas europeias. A partir daí, o artista rompeu com tudo o que fazia e decidiu ousar muito mais em suas experiências. Iniciou, então, sua pesquisa no limite entre o figurativo e o abstrato, em busca do que denominou a “síntese da paisagem”. E foi assim, como paisagem, que o artista Thomaz Perina passou a denominar seus trabalhos. As composições com tonalidades suaves, valorizando o movimento, deram lugar ao emprego do preto e do branco como se fossem cores, do círculo como definição de uma árvore, e do traço como um caminho. Thomaz Perina é um dos mais reconhecidos nomes do cenário das artes plásticas do Estado de São Paulo, em parte em decorrência das premiações que recebeu, mas, principalmente, por sua dedicação à pesquisa, que tanto contribuiu para toda uma geração de artistas, bem como para democratizar as artes, este último um de seus mais importantes comprometimentos. Por seis décadas Perina pesquisou e trabalhou usando todo tipo de papel: envelopes usados, versos de

notas fiscais, convites de casamento, folhetos de propaganda, entre outros, transformavam-se em suportes para seus estudos, frutos da incessante busca pela “síntese da paisagem”, que precediam cada obra finalizada. Em suas mãos até o traço mais simples ganhava contorno de obra de arte. As paisagens da cidade marcaram absolutamente a temática de Perina. Os espaços de Campinas se tornaram as imagens a serem reveladas. As várias fases da história do artista passam por esse tema. Por meio dele é possível perceber as mudanças em sua carreira, afinidades e influências. No entanto, as paisagens tornaram-se uma das várias vertentes de produção do artista, cuja carreira foi pontuada também por bem-sucedidas incursões nas áreas da escultura, da decoração, da cenografia e do design. Um dos pioneiros da decoração moderna de Campinas, Thomaz Perina realizou vários projetos de ornamentação para o Carnaval da cidade e de outros municípios do interior do Estado de São Paulo. Os modelos de fantasia eram destaque na imprensa local. Em 2012, foi a vez do Carnaval de Campinas se render ao legado do artista, que foi o homenageado do tradicional bloco Nem Sangue Nem Areia.

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CAPA

O ARTISTA QUE DECORAVA Como decorador, Thomaz Perina transformou ambientes. Foi assim, no final da década de 1970, quando tornou mais espaçosa e funcional uma residência de 450m² construídos, no Jardim das Paineiras, em Campinas. A residência do casal e de seus dois filhos tinha um porão de 90m², pouco ventilado e praticamente esquecido. No projeto assinado pelo artista, uma escada ligou a sala de visitas ao subsolo, que ganhou três ambientes: as salas de TV e de som e um bar. Um armário em madeira nobre, garimpado por Perina em loja especializada, foi adaptado e ganhou dupla face. De um lado, acomodava o televisor, que também podia ser escondido quando necessário, e, do outro, abrigava o aparelho de som, cumprindo assim a função de separar os ambientes. Nada era em vão para o artista. A escada recém-construída passou a abrigar sob si o bar, também em madeira nobre. Como o espaço não tinha acabamento, o artista que decorava viu a solução nas vigas das lajes do teto. Por estarem à mostra, Perina recorreu a uma pintura semelhante aos veios da madeira para revesti-lo e concebeu um ambiente de aconchego, algo distante do que se espera de um porão. O decorador Thomaz Perina foi imortalizado em 1973, ao receber o Troféu Andorinha, concedido pela imprensa campineira, como Artista do Ano. Um ano depois, foi aclamado pela crítica como o Decorador do Bicentenário de Campinas.

FOTO: CHRISTIAN MEYN

À direita a escada projetada por Perina para ligar a sala de visitas ao subsolo e à esquerda a viga de cimento que recebeu a pintura semelhante aos veios de madeira dá aconchego até hoje ao porão transformado pelo artista-decorador

FOTO: CHRISTIAN MEYN

Acima Perina em ação nos projetos de decoração carnavalesca da cidade e abaixo, no Carnaval de 2012, sendo homenageado pelo bloco Nem Sangue Nem Areia

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O LEGADO Artista premiado nacional e internacionalmente – recebeu a Grande Medalha de Prata no IX Salão Paulista de Arte Moderna (1960), entre tantos outros prêmios –, Thomaz Perina nunca deixou de lado a inclusão social e preocupava-se em levar o conhecimento, a informação e a cultura àqueles que não tinham acesso a esse processo, com o firme propósito de jamais elitizar as artes. Para ele eram igualmente importantes o respeito à difusão cultural e à liberdade da prática criativa, bem como o respeito a diversidade, independente da produção artística. Seu legado permanece vivo até hoje em razão do trabalho desenvolvido pelo instituto que leva seu nome. Desde 2005, o Instituto Thomaz Perina (ITP), em Campinas, cumpre a função de preservar e disponibilizar para pesquisa e visitação a obra do artista por meio de ações, projetos e programas que visem difundir os valores socioculturais que fizeram parte de toda a trajetória do artista, sempre atento à “democratização das artes e à inclusão social”. O ITP é uma instituição cultural sem fins lucrativos composta por três mil peças que formam o acervo raro e vasto de uma obra construída em mais de 60 anos de processo criativo. São 150 telas com técnicas variadas, datadas entre 1940 e 2009. Há ainda o “Livro de Artista” – denominado “Livrão” por Perina –, um produto documental de suas ações, que pode ser utilizado como fonte primária para pesquisas acadêmicas e trabalhos a seu respeito e de sua geração, além de 800 obras em papel, criadas entre 1980 e 2009, e dois mil estudos em papel que registram o cotidiano da Vila Industrial, um dos mais tradicionais e antigos bairros de Campinas. O saudoso patrimônio arquitetônico e cultural do bairro inspirou a trajetória do artista. Dali vieram telas, estudos, esboços, obras em papel.

O “Livrão”, um produto utilizado como fonte de pesquisas acadêmicas do trabalho do artista e de sua geração

O instituto e seus espaços disponíveis para visitação e pesquisa sobre as obras do artista, difundindo a democratização das artes

Programas e ações culturais são desenvolvidos pelo ITP para difundir os valores socioculturais que fizeram parte da trajetória da vida de Perina

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A Vila Industrial guarda há muitos anos suas marcas. Lá, em 1974, Perina assinou a decoração interior do Teatro José de Castro Mendes. Mas era pouco. Sempre ativo, foi dele também o cenário e os figurinos da “Ópera Colombo”, poema lírico de Carlos Gomes escolhido para inaugurar o grande teatro que se transformaria num orgulho da cidade. A diretora administrativa do Instituto Thomaz Perina, Maria Angelina dos Santos, dá especial atenção aos figurinos da ópera. Como todo grande artista, Perina teve momentos de incompreensão. “Naquela época, década de 70, ele, como figurinista, criou as roupas usando estopa e reaproveitando materiais. Algumas pessoas não perceberam que aquilo era uma postura de vanguarda, já que apenas décadas depois é que a sociedade passou a se preocupar com o reaproveitamento de material”, lembra a diretora, que é também sobrinha do artista. A vanguarda de Perina em relação ao uso de materiais também se destacou na construção de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida feita com descartes de madeira. A obra lhe rendeu o Prêmio Invenção, no II Salão de Arte Religiosa Brasileira de Londrina, no Estado do Paraná.

Não é difícil encontrar outros sinais da herança que Perina deixou para Campinas. É do artista o design interior no Centro de Convivência Cultural. Ele criou uma textura única, rendilhada e translúcida. Com o efeito, a luz provocava uma sensação de amplitude naquele ambiente escultural. O lustre do saguão, um emblema do Centro de Convivência Cultural, também é sua criação. Ele mesmo pesquisou em fábricas de São Paulo e escolheu as esferas de vidro que acomodariam as lâmpadas. A inspiração do artista-decorador vinha do estilo art déco, com o qual a Campinas do início do século XX tanto se identificava. Assim como no Teatro José de Castro Mendes, Perina atuou como figurinista no Centro de Convivência Cultural. Assinou a concepção cenográfica e os trajes de “As troianas”, em 1975. Dois anos depois, novamente uma ópera de Carlos Gomes. Dessa vez, cenários e figurinos para “A noite no castelo”, numa encenação que contou com a Orquestra Sinfônica de Campinas, os corais da Unicamp e da USP, além do Madrigal Decason.

Ao lado a imagem de Nossa Senhora Aparecida feita com descartes de madeira. Acima o lustre do saguão do Centro de Convivência Cultural foi também obra do artista vanguardista

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CRIAÇÃO COM “TECNOLOGIA DE PONTA”... ponta do pincel e do lápis Reduto de artistas e intelectuais de 1970, o Bar Remendo, no centro de Campinas, foi totalmente projetado pelo artista com sacos de estopa e luz indireta, já mostrando a sua visão da sustentabilidade e reaproveitando diversos materiais

Projetos residenciais ou comerciais de Perina eram verdadeiras obras de arte, provocando em seus clientes o vislumbre do ambiente concluído

CAPA

O ARTISTA NO EXTERIOR A partir deste ano, 2013, trabalhos de Thomaz Perina passam a integrar um dos mais importantes acervos internacionais privados de arte, a Coleção FEMSA. As obras, ambas nomeadas Paisagem – a primeira, um óleo sobre tela de 1955, e a mais recente, uma látex sobre tela de 2008 –, simbolizam o reconhecimento internacional do artista e foram as escolhidas pela curadoria da Coleção FEMSA para compor o acervo da instituição, com sede no México. Doados pelo Instituto Thomaz Perina, os trabalhos se juntam aos mais de 1,2 mil itens, entre pinturas, esculturas, fotografias, gravuras, instalações e vídeos, pertencentes à coleção e que integram as exposições itinerantes realizadas

pela entidade internacional. Seu objetivo maior é compartilhar seu acervo com um número exponencial de pessoas por meio de seu programa de exposições itinerantes, que leva a diversidade da coleção para diferentes locais e espaços, possibilitando assim uma vivência do amplo e rico aspecto das artes plásticas latino-americanas. É ao lado do trabalho de artistas como Frida Kahlo, Diego Rivera, Fernando Botero, Iberê Camargo, Leda Catunda, entre outros grandes, que figuram agora as pinturas de Perina. “Eu gostaria de salientar a dupla contribuição do Grupo FEMSA, como apoiador, via incentivo à cultura, desde a fundação do Instituto Thomaz

Obras que integram a Coleção FEMSA: acima óleo sobre tela – Paisagem de 1955 e abaixo látex sobre tela – Paisagem de 2008

Perina e, agora, incorporando duas obras do artista em sua monumental coleção”, ressalta Augusto Cesar Parada, presidente do instituto, responsável pela preservação e divulgação da obra do artista campineiro.

IMPULSO PARA A DEMOCRATIZAÇÃO DAS ARTES

Augusto Parada e Angelina dos Santos, presidente e diretora do ITP, Sante Testa Neto, presidente do Polo Arqdec, e Luiz Fernando Sardinha, representando a FEMSA

Thomaz Perina. A mostra configura uma retrospectiva da carreira do artista desde a década de 1940 até 2009, composta por aproximadamente 15 obras em diferentes técnicas, como guache e pastel. “O apoio institucional do Polo Arqdec Interior representa mais uma parceria que, certamente, contribuirá muito para a consolidação do objetivo do ITP

em firmar-se como uma referência na cultura nacional e internacional”, afirma Augusto Cesar Parada. Todo esse conteúdo está disponível de maneira gratuita durante o ano todo. “Essa relação é a oportunidade que procurávamos para dar continuidade à promoção da obra de Thomaz Perina e atingir um público mais amplo”, completa Angelina. FOTO: GUILHHERME GONGRA

Para marcar este relevante momento da história das artes plásticas do Brasil, com a integração das telas ao acervo internacional, uma exposição de obras do artista permanece aberta ao público até 20 de dezembro, na sede do Polo Arqdec Interior. “Estamos firmando uma parceria com o Instituto Thomaz Perina, cuja produção é admirada e requisitada por uma instituição consagrada, como é o caso da Coleção FEMSA”, avalia o presidente do Polo Arqdec Interior, Sante Testa Neto. Durante a exposição o visitante pode apreciar réplicas das duas telas que integram a Coleção FEMSA e também outros trabalhos originais de

PONTO DE VISTA

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL | TEXTO: RENATA PODOLSKY

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ELEGANTEMENTE HUMILDE Uma de nossas damas da decoração campineira, Nilza Moraes Alves conta um pouquinho da sua trajetória profissional e o segredo de seus 40 anos de sucesso, sempre com o jeitinho tranquilo de ser

ssa baiana de Salvador, formada em Farmácia e Bioquímica, iniciou a sua carreira de design em Paulo Afonso (BA). Segundo ela, naquele tempo não era comum mulheres frequentarem universidades de Engenharia ou Arquitetura, por isso optou pela área de biológicas. Sempre aficionada pela decoração, foi se aperfeiçoando e fazendo cursos paralelos sobre design de interiores. Suas primeiras idealizações na área foram especialmente destinadas aos amigos, que gostaram do resultado. Quando, no início da década de 1950, aconteceu a instalação da primeira usina hidrelétrica do Nordeste, o Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, a fama do bom gosto e de seus projetos

fez com que grandes autoridades a procurassem para realizar trabalhos em suas residências. Obtendo ótimos resultados, assim começava a sua trajetória de sucesso. Em meados de 1970, mudou-se para Campinas, continuou a trabalhar com projetos de interiores e fundou uma escola de design, e passou a lecionar. Muitas profissionais de renome da área na cidade foram alunas de D. Nilza, como é carinhosamente chamada. A parceria de sucesso com a filha Rita Diniz começou há 20 anos, quando Rita se formou em Engenharia e passou a acompanhá-la em seus trabalhos. Com uma professora particular tão próxima, Rita aprendeu todos os detalhes, e assim logo pegou o gosto pela decoração,

deixando de lado Engenharia e formando a sociedade com a mãe. Para D. Nilza é um grande prazer trabalhar com a filha, pois sempre buscam desafios e trocam ideias. Uma parceria na qual existe muito respeito e admiração de ambas as partes. Para os que estão começando agora dá a dica: usar a criatividade e imaginação com elegância e bom gosto, sempre respeitando o gosto do cliente para que o projeto tenha sua personalidade. Estudar bastante se atentando ao detalhes, ler muitas revistas e livros de design, pois neles se encontram as últimas tendências. Sempre se atentar aos detalhes de revestimento, arquitetura e decoração dos ambientes.

PONTO DE VISTA

A grande diferença que sinto na nossa área é que antes era mais elitizada e hoje qualquer um pode estar decorando o seu espaço.

Primeiramente procuramos conhecer o perfil do cliente, suas ansiedades e desejos. Logo em seguida começamos o processo de criação para que fique com a cara dele.

EU VI QUE... ... o importante é VIVER ao máximo, nunca deixando pra amanhã o que pode ser feito hoje. ... no AMOR devemos saber perdoar sempre. ... na religião DEUS em primeiro lugar. ... procuro viver sempre com a FELICIDADE. ... o TRABALHO é amor ao que faço. ... a FAMÍLIA é meu bem mais precioso. ... o meu LUGAR INESQUECÍVEL é Paulo Afonso (BA), onde passei os melhores anos de minha vida. ... para mim UM ARTISTA BRASILEIRO é Sergio Rodrigues. ... o CONFORTO está sempre em paralelo com o design. ... BEM-ESTAR é viver em um ambiente agradável, e praticando coisas que lhe dão prazer. ... para mim na GASTRONOMIA é o acarajé. ... O BRASIL NO MUNDO, não há lugar melhor.

Princípios básicos para uma decoração de sucesso: usar a criatividade e imaginação com elegância e bom gosto, sempre respeitando o gosto do cliente para que o projeto tenha sua personalidade.

... para MIM vale ser honesta e humilde.

DESTAQUE

TEXTO: B.C. CHIQUINO JÚNIOR

PROFISSIONAIS MAIS PONTUADOS PELO PROGRAMA DE PREMIAÇÃO DO POLO ARQDEC NO ÚLTIMO TRIMESTRE MOSTRAM SUA VERSATILIDADE E EXPERTISE Os cinco destaques do período contam sua vitoriosa trajetória e detalham seu processo de criação

FOTO: MIRO MARTINS

FOTOS: ACERVO PESSOAL

ntre os profissionais mais bem pontuados no último trimestre pelo programa de premiação do Polo Arqdec Interior estão o casal Volmar Leal Stancati e Marco Antonio Stancati, que responde pela Stancati Arquitetura & Design, a arquiteta Selena Aparecida Fior Pelegrini e as designers de interiores Nilza Alves e Rita Diniz, respectivamente mãe e filha. Nesta reportagem, cada um deles conta um pouco de sua trajetória profissional e exemplifica, por meio de um projeto, seu processo de criação. Coincidência ou não, nos três casos, os relacionamentos familiares são parte – e fundamental – do trabalho.

DESTAQUE

FOTOS: ACERVO PESSOAL

UM BRINDE AO CORPORATIVO Para a dupla de profissionais Volmar Leal Stancati e Marco Antonio Stancati, a capacidade de compreender as necessidades dos clientes, mesmo que eles não consigam expressar com precisão o que esperam dos imóveis e ambientes, é uma de suas principais características. Há 23 anos trabalhando em conjunto, 90% do que criam é destinado para a área corporativa. O fato de se dedicarem a grandes empresas não torna a relação com os clientes mais fria do que em casos residenciais. “Temos clientes muito tradicionais e, com o tempo, fomos nos tornando muito próximos deles. Como se fôssemos os profissionais da família”, compara Marco Antonio. Essa relação acontece naturalmente. Exe-

cutivos de grandes empresas levam os Stancati sempre que migram de corporações. “Sempre somos convidados por eles para esses novos desafios, o que é gratificante”, completa ele, que é engenheiro civil por formação há 43 anos e atua na área de arquitetura por opção. Ninguém constrói uma relação intensa com clientes sem sensibilidade profissional. É dessa forma que Volmar, há 30 anos desenvolvendo trabalhos na área de design de interiores, define a afinidade da relação com os clientes. “Compreender perfeitamente o que o cliente deseja, conseguir colocar isso no papel e perceber que mesmo assim o resultado os surpreende. Isso é algo que só conseguimos graças ao exercício diário da profissão”, conta ela.

Foi dessa forma que a Stancati Arquitetura & Design chegou, em outubro deste ano, a um milhão de metros quadrados criados. Seja em empresas brasileiras ou multinacionais, a dupla desenvolveu a capacidade de equilibrar os conceitos aplicados nos projetos ao budget imposto pelo cliente. Para Marco Antonio, esse é um desafio frequente que os dois têm conseguido superar e que garante a satisfação de quem encomenda os trabalhos. A sustentabilidade é outra marca essencial de Marco Antonio e Volmar. Materiais não fósseis, couro ecológico, madeira certificada são itens dos quais os dois não abrem mão. Ela ressalta que não basta escolher esses produtos. Ainda é preciso aliá-los e equilibrá-los aos con-

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ceitos da empresa, à imagem que o cliente deseja passar à sociedade. Expertise é o que não falta aos dois quando se trata de respeito ao meio ambiente. Em São Paulo, o projeto do imóvel destinado a uma empresa líder no mercado de software é autossustentável. Uma fábrica em Itu tem sua própria Estação de Tratamento de Esgoto e um sistema de reúso de água. “Esses são valores que nós e nossos clientes prezamos”, acrescenta Marco Antonio. A missão profissional da dupla não impede a adaptação aos valores e conceitos dos clientes. “No trabalho corporativo temos um estilo mais clean. Mas tudo isso pode ser relativo. Temos clientes de origem inglesa ou com esse perfil, o que nos faz usar, por exemplo, mais couro. É uma forma de entender e respeitar as características da procedência de quem nos contrata”, explica a designer de interiores. Instalados em Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo, onde mantêm o escritório com 40 profissionais, Volmar e Marco Antonio expandem sua área de atuação para o interior e já montam mais uma base, com mais 30 profissionais, agora em Campinas, onde o casal reside. Os dois também atuam na região com frequência. O projeto mais recente, concluído em maio, foi desenvolvido para a Ceagro, empresa do ramo de agronegócios. “Ficamos muito à vontade para trabalhar com essa empresa. Aplicamos pisos frios, mármore e porcelanato. A iluminação é fria, aliada

à luz natural em todos os andares. Claro que o conceito de sustentabilidade acompanha o projeto. Há sensores de iluminação espalhados pelo térreo e pelos três outros andares”, explica Marco Antonio. Volmar acrescenta que todas essas características do projeto corporativo não fazem com que ele perca a característica de solidez, essencial

para o ramo da economia no qual a empresa atua. Ela se orgulha ao detalhar as seis salas de reunião instaladas no térreo. “Os ambientes possuem divisórias retráteis, o que permite, de acordo com a necessidade, surgirem salas maiores”, explica Volmar. “Tudo isso torna a manutenção do prédio muito fácil”, acrescenta Marco Antonio.

DESTAQUE

FOTOS: MIRO MARTINS

A SENSIBILIDADE COMO PONTO DE PARTIDA “Quando o cliente se sente em seu próprio habitat isso significa um sonho realizado.” Dessa forma Selena Aparecida Fior Pelegrini expressa a maneira como se dedica a seus projetos. Engenheira civil, arquiteta, designer de interiores e apaixonada por fotografia, ela valoriza a iluminação natural nos seus projetos, independentemente do estilo do cliente, cuja personalidade deve ser o fio condutor de todo o trabalho. A palavra-chave para Selena é “troca”. “Isso faz com que aprendamos bastante juntos. É muito gratificante e esta sinergia deve existir para que o projeto possa fluir de forma tranquila, produtiva, chegando a um produto final com a expectativa

atendida e até superada”, conta. Há 15 anos no mercado de arquitetura e design, ela transita à vontade pelas áreas residencial e comercial. Nos dois casos, seu processo criativo é muito semelhante e começa logo no primeiro contato com o cliente, com quem desenvolve uma relação bem próxima. “Acho fundamental ouvi-lo muito, acompanhá-lo em lojas específicas, observar amostras, folhear revistas juntos, enfim, passear por vários estilos para poder perceber quais são seus reais anseios e preferências”, conta ela. Toda essa maneira de atuar é muito natural para Selena, que nunca teve dúvida de sua vocação para projetar, construir e decorar. “Era meu sonho desde menina. Meu primeiro

trabalho de decoração não poderia ser outro: meu próprio quarto”, conta. Ali já era possível identificar o estilo da profissional na qual se transformaria. “Havia muito branco, papel de parede de diferentes motivos, almofadões para leitura no chão, sem esquecer-se de toques de cores quentes, como o vermelho, para que a energia fluísse por todo o ambiente”, lembra. A vocação para criar, típica de Selena, encontra no marido, o engenheiro Maurício Pelegrini, o ponto de equilíbrio perfeito. “Formamos uma parceria muito produtiva, pois nossas visões se complementam inteiramente. Ele é bastante técnico e pé no chão e eu sonhadora e criativa, porém ambos somos perfec-

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cionistas”, detalha. As experiências na área de especificação de materiais para grandes construtoras e no atendimento a clientes para escolha de itens para acabamento de imóveis mostraram a ela o rumo natural para a arquitetura e o design de interiores. Apegada ao conhecimento, Selena apostou no aprimoramento profissional para oferecer sempre mais a quem a procura. “Agreguei outros conhecimentos, por meio de cursos de iluminação, cores e fotografia. Sempre atenta às novidades do mercado, aos profissionais mais experientes e até mesmo aos mais novos que sempre trazem propostas inovadoras”, completa ela. A iluminação natural, a funcionalidade e o conforto dos ambientes são quase uma assinatura de Selena. Atenta, tudo pode inspirar o processo de criação da arquiteta. Ao desenvolver um projeto residencial para um jovem casal de estrangeiros, ela buscou inspiração numa tela que os noivos ganharam como presente de casamento. A partir da obra, bastou apenas entender e respeitar o perfil dos moradores, composto do gosto por muitas cores e materiais de texturas diferentes. “E com muitos sonhos se iniciando”, lembra Selena, de maneira sensível.

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FOTOS: CHRISTIAN MEYN

O DESIGN DE INTERIORES NO DNA As áreas biológicas e exatas são o ponto de partida da carreira de Nilza Alves e Rita Diniz. Mas nada impediu que a vocação e o talento natural de ambas fossem o suporte para uma sólida carreira em design de interiores. Dona Nilza, como é conhecida e respeitada no segmento onde atua, apostou em seu instinto e deixou de lado a formação em Farmácia e Bioquímica para se tornar uma referência em Campinas ao longo de 40 anos de atividade. Com Rita Diniz não foi diferente. Formada em engenharia sanitária e influenciada fortemente pelo traba-

lho da mãe, foi inevitável mudar o rumo profissional e seguir os mesmos passos. Juntas, mantêm há 20 anos o escritório Nilza Alves & Rita Diniz Designer de Interiores. “Não foi nada pensado, mas fui acompanhando o trabalho da minha mãe, lendo muito. Aos poucos estava envolvida”, lembra Rita que, modestamente, não assume a hereditariedade do talento. Tradição não basta para mãe e filha seguirem como referência e com excelência no setor. Elas estão sempre preocupadas com a atualização. Frequentam feiras relacionadas à

arquitetura e ao design, onde tomam contato com os mais modernos projetos de interiores, materiais, móveis, cores e conceitos para encontrar a decoração ideal para cada estilo de cliente. Para quem é do ramo, viagens em geral são fontes de inspiração. “Este ano, fomos para a China, Moscou, na Rússia, e Dubai, nos Emirados Árabes. Tudo isso acrescenta muito ao nosso repertório. Quando vamos a restaurantes ou hotéis de locais exóticos como esses, estamos sempre antenadas em tudo, inclusive nos detalhes”, conta Rita.

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Com a experiência, mãe e filha acumulam clientes que são conquistados pelo respeito que dedicam a quem as procura. Esse é o estilo de Nilza e Rita. “Entramos com respeito na casa das pessoas. Sabemos que elas têm história, possuem peças de valor emocional. Por isso nos esforçamos para conhecer o cliente e, com bom gosto, adequamos o projeto.” É dessa forma, acrescenta Rita, que ela e Dona Nilza estão quase chegando à terceira geração de clientes. “Em breve, vamos atender os netos dos primeiros clientes”, prevê. Tudo resultado da relação de amizade e respeito que as faz entender as necessidades de cada um e tratá-los de maneira diferenciada. Foi assim que as duas aceitaram o desafio de dar um clima de aconchego a uma loja de sapatos e acessórios. A proprietária do estabelecimento, relativamente pequeno, sabia o que desejava. “Foi desafiador pela dimensão do espaço e a cliente nos disse que gostaria de um local em que as clientes também pudessem aproveitar o ambiente. Demos um toque de brasilidade muito interessante”, detalha Rita. A loja ganhou cores fortes, prateleiras de carvalho americano e espelhos, além de pintura em laca nos móveis. Outro destaque apontado por Rita são os nichos em vidro com estrutura em inox e os desenhos dos carpetes, que foram personalizados para o estabelecimento. Mãe e filha têm o design de interiores em seu DNA, mas, na hora de criar um projeto, o foco é o estilo do cliente.

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PARIS E SEUS ARREDORES Setembro foi o mês em que os premiados do Grand Prix 2012 foram a Paris. No grupo estavam: Ana Carla Costa Leme, Maria Nancy Bertelli, Elaine Carvalho, Celso Afonso Fernandes, Leticia Muzetti, Divanira Arruda, Sante Testa Neto, Elaine Testa, Maria Aparecida Andrade, Claudia e Allan Regazzini e Renata Podolsky. Começaram o roteiro conhecendo as delícias do Vale de Champagne, iniciando pela cidade de Reims, capital da região, onde conheceram a famosa Catedral de Notre Dame.

Atravessaram a floresta de Reims e conheceram em Epernay a famosa Moët & Chandon, fundada em 1743, e descobriram um pouco da história dessa casa e os segredos da elaboração dessa fabulosa champanhe, desde a cultura da videira até o envelhecimento nas úmidas subterrâneas adegas.

Visitaram a Maison&Objet, uma das maiores feiras profissionais do mundo em decoração e design.

FOTOS: RENATA PODOLSKY

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Situado em Mancy, 50 km ao sudeste de Paris, o grupo foi recepcionado por Jean-Charles de Vogüe, um dos proprietários do Château Vaux le Vicomte, castelo construído por Nicolas Fouquet, ministro das finanças de Louis XIV, que inspirou a construção do Palácio de Versailles.

A jornada terminou pelas ruas de Paris, nos pontos turísticos e glamourosos da Cidade Luz, passando pelas escadarias da Maison Chanel, Ópera de Paris, Place Vendôme e a leveza maciça do artista plástico chinês Li Chen e finalizando com um jantar no 58 Restaurant, na Tour Eiffel.

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CORAÇÕES POR TODA PARTE O Polo Arqdec recebeu no dia 10 de outubro, em sua sede, a exposição I See Hearts da fotógrafa brasileira radicada em Paris, Caroline Vargas. A exposição, composta por 11 fotografias de 60 x 40cm, oito de 30 x 20cm e 12 fotos Instagram de 20 x 20cm, integrou a programação o 7º Festival Hercules Florence de Fotografia, maratona fotográfica que reuniu grandes profissionais e promoveu extensa lista de atividades em vários pontos de Campinas.

FOTOS: GUILHERME GONGRA

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DIA DO CHEF Noite especial com artistas especiais. Foi assim o cardápio da terceira edição do Dia do Chef do Polo Arqdec Interior, ocorrido em 13 de novembro. Eleição da nova diretoria, a abertura da mostra Retrospectiva Thomaz Perina (veja matéria de capa) e finalizando com a entrega do prêmio da campanha “Você na Casa Vogue” aos profissionais vencedores: Adriano Stancati, Daniele Guardini, Elaine Carvalho, Stella Crissiuma, Nilza Alves, Rita Diniz e Ana Carla Costa Leme. A noite foi comandada pelo notório praticante da culinária gourmet Peco Nogueira, que elaborou o menu da noite em homenagem ao artista plástico Thomaz Perina, à base de alguns dos ingredientes que eram muito apreciados por ele.

FOTOS: GUILHERME GONGRA

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DIA DO CHEF

FOTOS: GUILHERME GONGRA | TEXTO: B.C. CHIQUINO JÚNIOR

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HOMENAGEM DE UM ARTISTA PARA OUTRO Estudioso da gastronomia, Peco Nogueira inspira-se em Thomaz Perina para criar cardápio do Dia do Chef

cardápio da terceira edição do Dia do Chef do Polo Arqdec Interior, na sede da associação, levou a assinatura de um estudioso da gastronomia. Com experiência de 20 anos na área, Peco Nogueira não se cansa de aprender e, dessa forma, constrói seu repertório gastronômico. A sensibilidade aguçada evita os limites à sua inspiração. “Muitas coisas me inspiram. Por exemplo, os locais por onde viajo, um tema predeterminado como este do Polo Arqdec, a cozinha tradicional. Enfim, não me apego a exclusividades”, explica. Adepto da culinária gourmet, Peco se sente livre das amarras de cozinhas ou de pratos específicos. Mas, claro, ele tem, sim, suas preferências: o bacalhau e os frutos do mar. Com o aumento da temperatura, na primavera e no verão, esses itens ganham espaço em sua cozinha, mas não estão sós. Saladas e frutas também compõem o “acervo” de especialidades. Campineiro, mas com família em São José do Rio Pardo, no interior do Estado de São Paulo – região próxima do Sul de Minas –, não é de se estranhar a influência mineira na hora de cozinhar. “Sou fanático pela cozinha mineira”, reconhece. Quando o respeito à tradição encontra a ousadia, é hora de criar. “É muito comum eu fazer a releitura de pratos que já caíram no esquecimento ou estão confinados em receitas de

família. Muitas vezes, chego a reinventar pratos que comia na minha infância, só que usando ingredientes modernos”, conta. Peco é capaz de desenvolver uma ideia ao tomar contato com outras receitas, seja lendo uma reportagem ou conhecendo outras culturas. “Capto a essência para desenvolver uma nova receita durante uma viagem para um país de cultura gastronômica exótica ou saboreando um pequeno lanche, num boteco de esquina.” Quem tiver a oportunidade de saborear suas criações deve ficar atento se o ingrediente escolhido for o bacalhau. Quem orienta é o próprio Peco: “Tenho muita intimidade com esse peixe e meus pratos são bastante elogiados quando o utilizo como ingrediente principal”. Quando um chef envereda pelos caminhos do empreendedorismo, como no caso de Peco, é inevitável a expectativa. Aos admiradores só resta esperar pelo que está por vir. “No momento estou projetando e desenvolvendo um restaurante com conceitos totalmente novos por aqui”, adianta. Peco administra bem seu tempo para desenvolver tantas atividades. Atua como advogado há 27 anos, é proprietário de uma hamburgueria gourmet em Campinas e de um bufê para eventos gastronômicos. O chef é ainda um ativista da culinária, pois também dirige o Departamento de Gastronomia da Sociedade Brasileira de Nutrote-

rapia Funcional e Dietética, além de escrever para dois sites. Claro que ele tem seu próprio canal de informações para compartilhar suas ideias e a experiência no assunto, o Blog do Peco (blogdopeco.blogspot.com.br). A escolha de Peco para protagonizar o Dia do Chef do Polo Arqdec não foi aleatória. Ele conheceu pessoalmente o artista plástico Thomaz Perina (ver matéria de capa). Foi Perina quem decorou o escritório de advocacia de seu pai. “Ele também foi o decorador da casa dos meus pais, na década de 1970”, lembra. A residência da família, no Distrito de Barão Geraldo, tem um estilo colonial bandeirante. “Era assim que Perina a descrevia”, conta Peco. “Meus pais ainda moram lá e me chamam a atenção os batentes típicos de fazenda, de madeira muito resistente”, completa. Peco se sentiu muito à vontade ao desenvolver a receita preferida de Thomaz Perina para o Dia do Chef. Informado pela sobrinha do artista sobre seu gosto especial por arroz com brócolis e frango, o chef colocou mãos à obra para executar as receitas. “Sou um entusiasta da cozinha brasileira”, lembra. Por isso a releitura da preferência de Perina evoluiu para o arroz com brócolis puxado na manteiga, acompanhado por iscas de frango ao forno e fatias de abacaxi. O resultado certamente será uma obra de arte gastronômica. De fato, estamos falando de artistas.

DIA DO CHEF

SALADA ARQDEC Serve seis pessoas

RECEITAS

ARROZ THOMAZ PERINA Serve seis pessoas

INGREDIENTES: INGREDIENTES: • 2 folhas de alface americana picadas. • 2 folhas de rúcula picadas. • 1 folha de acelga picada. • 3 colheres (sopa) de cenoura ralada. • 8 tomates sweet picados. • 1 colher (sopa) de salsa picada. • ½ cebola roxa finamente picada. • 1 fatia de abacaxi picado. • 1 xícara (chá) de uvas vermelhas ou verdes sem sementes, fatiadas. PARA O MOLHO: • 1 copo de iogurte desnatado. • 1 colher (chá) de mostarda. • 3 colheres (sopa) de vinho branco seco. • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva extravirgem. • 1 colher (chá) de mel. • Sal e pimenta-do-reino a gosto. • Pimenta rosa e fatias de limão para decorar.

PREPARO: Misture bem os ingredientes do molho e reserve. Em uma saladeira, misture todos os ingredientes da salada e tempere com o molho reservado.

• 2 xícaras (chá) de arroz cozido com açafrão. • 1 xícara (chá) de brócolis cozido. • 1 colher (sopa) de alho picado. • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva extravirgem. • 1 colher (sopa) de manteiga sem sal. • 1 xícara (chá) de abacaxi fresco em cubinhos. • 2 colheres (sopa) de pimentão vermelho em cubinhos. PARA O FRANGO: • 2 filés de frango em tiras. • 2 dentes de alho espremidos. • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva. • ½ colher (sopa) de colorau. • 1 cenoura média. • 1 cebola grande. • 1 xícara (chá) de vinho branco seco. • Sal e pimenta-do-reino.

PREPARO: DO FRANGO: bata todos os temperos no liquidificador e tempere as tiras de frango com essa mistura, na véspera. Transfira a carne temperada para uma assadeira, cubra com papel-alumínio e leve ao forno preaquecido a 200°C, por 40 minutos. Retire o papel-alumínio e deixe as tiras de frango dourarem por uns 10 ou 15 minutos. DO ARROZ: em uma frigideira, doure o alho no azeite junto com a manteiga. Acrescente o brócolis, o abacaxi e o pimentão. Refogue por um minuto. Junte o arroz, misture cuidadosamente e deixe aquecer por mais uns 2 minutos. Sirva com as iscas de frango.

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MÓVEIS EXTERNOS

FOTOS: DIVULGAÇÃO | TEXTO: B.C. CHIQUINO JÚNIOR

COM AS ALTAS TEMPERATURAS AS ÁREAS EXTERNAS SÃO UM CONVITE AO DOLCE FAR NIENTE Atentar para o emprego dos materiais adequados às peças do mobiliário e investir no bom-senso na hora de decorar tornam ainda mais agradáveis as horas de lazer nos ambientes ao ar livre

ão importa se a estação é a primavera ou o verão. Uma coisa é certa: as temperaturas estão altas, por vezes o dia é chuvoso, e sempre com umas horinhas de luz do sol a mais em razão da implantação do horário de verão. É a temporada para valorizar as áreas externas com bom gosto e materiais adequados. Varanda, deck, espaço gourmet, sacada. Em todos os casos é sempre bem-vinda a ajuda de um profissional para tornar o convívio no ambiente mais agradável e glamoroso. Sim, porque resistência, design e conforto devem estar em perfeita sintonia no mobiliário dos espaços externos,

seja ele de madeira, alumínio, fibra sintética ou outro material. Para o proprietário da Camp Garden, Arlindo Ferrari Junior, as combinações tradicionais para aproveitar as horas de dolce far niente nos ambientes externos são o alumínio – se for com pintura eletrostática melhor ainda – com fibra sintética e o alumínio com tela Sling, que é a tela de poliéster revestida de polipropileno, com aditivo anti-UV. Segundo ele, a primeira opção permite maior durabilidade. Já a segunda concede leveza e conforto ao mobiliário. “No entanto, há cerca de três anos, estamos usando muito as madeiras cumaru e a peroba de demolição, tanto com a

tela Sling como com a fibra sintética e também com o cânhamo. Quando se fala no emprego de madeira na área externa, é preciso pensar bem na forma de usá-la, pois isso pode exigir uma manutenção maior. Mas a considero mais bonita. Ela aquece os ambientes e os torna aconchegantes”, afirma. Ele dá uma dica: quem apostar em móveis de linhas retas, com pés palito, e tecidos em tons pastel: lisos, com listras e crus, não se arrependerá. O ideal é que essas composições façam parceria com tecido Aquatec. Com 70% algodão e 30% poliéster, ele possui qualidades como resistência às variações do

Móveis de alumínio com pintura eletrostática e tela Sling com aditivo anti-UV são aposta de Junior, da Camp Garden

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A madeira é o material mais empregado nos móveis da Sierra Isa Amaral

nas móveis com uma espuma importada da Alemanha, cuja tecnologia não deixa criar mofo e não adere à água”, explica. Outra tendência forte verificada pela empresária nas mostras internacionais de decoração é o efeito botonê, que retorna absolutamente com tudo. “Já em termos de tons, o pastel ainda é destaque, mas um pouco de cor, como foi o verde-esmeralda este ano, ajuda a quebrar a monotonia dos neutros.” Nádia Guimarães, proprietária do Empório La Poltrona, sabe que, prin-

Nádia, da La Poltrona, recomenda móveis de madeira licenciada para espaços externos

FOTO: CHRISTIAN MEYN

tempo, conforto e praticidade, pois é fácil de limpar e oferece resistência na cor. “Além disso, o tecido está disponível em diversas estampas e cores”, conclui. Ao que costumamos chamar de área externa a proprietária da Sierra Isa Amaral, vê apenas como uma forma de expressão. “Tudo ficou integrado, o fora ficou dentro”, diz Isa. Não há amarras. O mobiliário externo não precisa seguir a linha da decoração interior. “Pode ser independente. O que precisa ser observado é o bom-senso”, avisa. Com estilo contemporâneo, a madeira é o material mais empregado nos móveis da Sierra Isa Amaral. O destaque é a teca, por resistir melhor às variações do tempo. A madeira de demolição torna o ambiente rústico e remete à natureza, até pelas imperfeições naturais ou provocadas pelo tempo. “Madeira vai muito bem com diversos materiais, como fibra natural, vidro e aço”, orienta Isa. Para ela, os tecidos sintéticos, como o Sunbrella, devem sempre ser lembrados na hora de mobiliar as áreas de lazer. “Sugiro para as áreas exter-

cipalmente nesta época do ano, a família e os amigos passam grande parte do tempo na área externa. Por isso é fundamental que todos se sintam bem no ambiente. Para aqueles que estão satisfeitos com o mobiliário, ela orienta à renovação da área com uma simples troca de almofadas ou de outros itens da decoração. Nádia também aposta no emprego da madeira – licenciada, ou seja, proveniente de árvores mortas naturalmente, sem agressão à natureza, de acordo com os preceitos de preservação ambiental –, como o jatobá. Com acabamento em verniz náutico, a madeira enobrece. Mas quem abrir mão do tratamento visual ganhará um charmoso estilo europeu. “Uma dica interessante são as peças compostas de madeira e junco sintético”, opina. Já em relação aos tecidos mais apropriados aos espaços ao ar livre, ela destaca o acrílico náutico, com propriedades de resistência ao sol e ao desbotamento, além de repelência à água. “Muitas das peças de mobiliário para áreas externas provêm do exterior, onde é comum guardar os móveis após usá-los nas estações

MÓVEIS EXTERNOS

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Móveis de alumínio em grau marítimo são mais resistentes à corrosão, afirma Soninha, da Mac

mais quentes do ano. Por aqui, em contrapartida, isso não ocorre. Então, o ideal é buscar materiais mais resistentes”, explica Nádia. De acordo com ela, além dos móveis é preciso pensar nos detalhes. Panelas amarelas, vermelhas, turquesa, televisores de LED e carrinhos em madeira com inox são toques que fazem a diferença na hora de compor um espaço, por exemplo, como uma varanda gourmet. De fato, muito do charme está nos detalhes. É neles que a proprietária da Mac-Campinas, Soninha Vilela, aposta. “Acessórios são essenciais. Garden seat, caixinhas, potes, vasos e o paisagismo se complementam”, ensina. Os tecidos não devem ser subestimados. Ela aconselha voltar atenção para o Sunbright, que impede que a umidade atinja a espuma, e o Acquablock, com opções de estampas de listras, folhagens ou animal print. Os estilos clássico e contemporâneo propostos por Soninha privilegiam o alumínio em grau marítimo, que é mais resistente à corrosão e apresen-

ta 19 opções de cores. Dos materiais naturais, o destaque fica com a madeira cumaru. “É a mesma usada nos decks dos resorts, própria para resistir à chuva”, completa. “Não posso deixar de mencionar também o mobiliário com tela Sling, que tem alta durabilidade e é muito agradável, já que não esquenta, pois possui pequenos furos para a passagem de ar”, diz. Alessandro Rosolen, da D.O.N. Móveis & Objetos, entende a relevân-

cia que as áreas externas ganharam nos últimos anos – em especial nesta época do ano – e a importância desses espaços para quem preza morar bem e com estilo. “Há uma busca pela integração entre as áreas interna e externa. O espaço gourmet, onde os arquitetos, decoradores e designers usam toda sua criatividade, é o ambiente ideal para fazer esta ligação, se transformando, em muitos casos, no ambiente mais utilizado da casa”, considera. Além do alumínio e da fibra sintética, que de acordo com ele continuam mantendo o posto de mais resistentes às intempéries, Rosolen defende o uso de madeira maciça com acabamento rústico ou liso e também de cores vivas em áreas externas. O tipo de ambiente é que deve determinar a opção. “Nós indicamos a madeira para área semiaberta”, orienta. Mas ele lembra que há cuidados imprescindíveis: “qualquer madeira, dependendo da exposição ao sol e à chuva, precisa ser lixada e envernizada em um prazo muito curto para manter a beleza”.

Móveis de madeira maciça com acabamento rústico da D.O.N. foi a aposta para a área semiaberta projetada pelo designer Beto Tozi

UNIVERSO PARTICULAR

FOTOS: CHRISTIAN MEYN

O estilo de vida dos designers, arquitetos e artistas plásticos. Eles abrem as portas de seus refúgios e mostram um pouco de sua intimidade. o me encanta, “Quando o assunt a exaustão”, eu vou nele até Agostinho Gomes. afirma o plural

liberdade de Amigo é aquele a quem eu confiro a á legal em mim. me dizer gentilmente o que não est

Arte jamais vai ser interrompida ou bloqueada

rtante da A coisa mais impo enção nela. vida é prestar at

ARQDEC WAY

meu acervo não A maioria dos objetos que compôem escolheram. foi eu que escolhi, eles é que me

Minha pele é brasileira.

Eu gosto de casa com porta na rua.

Casa para mim é pulmão; o lugar onde melhor respiro.

escrevi Já tive filhos, plantei árvores e um livro. Pretendo escrever mais.

UNIVERSO PARTICULAR

vai ter Desapego é perceber que você nunca de tudo. to posse de nada mas pode ter usufru

a a pessoa Para frequentar a minha cas piro sem luz. tem de ter luz. Eu não res

. Sonhar me faz um bem danado

Garimpei o tecido original dos anos 70.

GOING ON

1ª MOSTRA OFFICE DECOR

A AGENDA DOS EVENTOS DE DESIGN, ARTE E DECORAÇÃO QUE ACONTECEM NA CIDADE, NO ESTADO E NO MUNDO

MAISON&OBJET Uma das maiores feiras profissionais do mundo de decoração e design. Data: 24 a 28 de janeiro de 2014. Local: Parque de Exposições Paris Nord Villepinte - Paris - França. Horário: de sexta a segunda-feira, das 9h30 às 19h, e terças-feiras, das 9h30 à 18h. Site: www.maison-objet.com

As principais tendências de móveis e decoração para o mercado corporativo. São 25 renomados arquitetos, designers, engenheiros e paisagistas de Campinas e região que criaram 19 ambientes de escritórios nas dependências da nova loja da Tecnoflex, em Campinas. A entrada é franca. Data: a partir de 23 de novembro Local: Tecnoflex - Av. Anchieta, 510. Cambuí - Campinas-SP. Horário: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, aos sábados, das 9h ao meio-dia. Informações: (19) 3232-3966.

VIVO CALL PARADE CAMPINAS 2013

MOSTRA DE ARTE: RETROSPECTIVA THOMAZ PERINA

Uma exposição a céu aberto pode ser conferida em vários pontos da cidade nos orelhões estilizados por artistas plásticos de renome internacional. Trata-se do projeto Vivo Call Parade, que repaginou 26 telefones públicos num suporte original para as obras de arte.

A mostra será uma retrospectiva da carreira do artista desde a década de 1940 até 2009, composta por aproximadamente 15 obras em diferentes técnicas, como guache e pastel.

Data: até 15 de dezembro. Local: pelo Circuito Ciclístico. (Av. Norte-Sul ao Parque Taquaral) e Centro. Informações: www.vivo.com.br/callparade.

Data: 14 de novembro a 20 de dezembro, de segunda a sexta, das 14h às 18h. Local: Polo Arqdec Interior. Rua Odila Maia Rocha Brito, 169. Nova Campinas - Campinas-SP. Agendamento gratuito pelo telefone: (19) 3255-4992. Informações: www.poloarqdec.com www.itp.art.br

MAISON&OBJET

FOTOS: RENATA PODOLSKY | TEXTO: CENTRAL DE COMUNICAÇÃO

A HORA E A VEZ DAS FORMAS PURAS E DO ASPECTO NATURAL Tendências apresentadas na Maison&Objet, em Paris, França, apontam para a valorização da madeira com o mínimo possível de interferência no acabamento, aliada ao acrílico, ao vidro e ao aço

s tendências de outono/inverno 2013/2014 apresentadas na segunda edição anual da Maison&Objet, ocorrida no início de setembro em Paris, França, apontam para o natural, com destaque para as madeiras em estado bruto. Os designers fixaram olhares para retalhos de madeiras alternativas com suas colorações originais e veios únicos, vislumbrando ali obras exclusivas, e aproveitaram o que a natureza oferece, agregando ainda mais valor às peças ao empregar ricos detalhes, ora em acrílico,

ora em aço, ferro ou em vidro e voilá! Surgiram peças de decoração e de mobiliário nas quais as linhas puras serviram de fonte de inspiração. Pranchas de troncos de árvores quase que in natura apareceram em versão tampo de mesa. Gravetos retorcidos, entrelaçados ou não, ganharam status quase que de obras de arte em artigos tais como abajures, encostos de poltronas e divisórias pra lá de arrojadas, entre outros. Estavam presentes também retalhos de madeira que deram formas a bancos – como que preservados por

uma camada de acrílico –, revestimentos de balcões, lustres, aparadores, pisos e paredes. No quesito acabamento, o aspecto destroyed, desgastado pelo tempo, sobressaiu-se como uma das propostas mais vanguardistas. Mas o visual mais tradicional e uniforme manteve-se em alta em diversos ambientes. Para a arquiteta Elaine Carvalho, que integrou a comitiva de Campinas, SP, para a Maison&Objet, organizada pelo Polo Arqdec Interior, embora a linha da mostra seja clássica, o que mais chamou sua atenção foi justa-

ARQDEC WAY

mente a mistura de materiais tidos como brutos e pesados a outros mais leves. “Esse balanceamento de estilos resultou em peças inusitadas e de pura sofisticação”, avaliou. E, por falar em inusitado, vale destacar o trabalho de talentos tais como G. Lecleaf, que cria suas obras a partir de fragmentos de revistas – pura arte conceitual com resultado estético surpreendente. Tudo caminhando de mãos dadas com o sustentável e o ecologicamente correto, presentes em todo o evento. A proposta clássica à qual se referiu Elaine Carvalho também foi lembrada pela arquiteta Ana Carla Costa Leme, outra integrante da comitiva do Polo Arqdec Interior. Ana Carla Costa Leme acompanhou de perto cada detalhe da feira, realizada em um dos oito pavilhões da Maison&Objet, e para ela a mistura de materiais também foi o ponto alto. “O que mais me chamou a atenção foi a mistura de madeira com aço e madeira com vidro.” Para ela, a Maison&Objet é uma referên-

cia para os sul-americanos, pois não há nada parecido por aqui. “Mas não é a única, pois, em alguns momentos, vi muita coisa parecida com o II Salone del Mobile di Milano. Não conheço a Art Basel, em Miami, nos Estados Unidos, mas penso que deve ser algo semelhante. Gostei muito do que foi apresentado, não apenas na feira mas também em tudo que vi em Paris, pois voltei com ideias bem aproveitáveis para usar em meus projetos”, disse. A madeira, indiscutivelmente, foi a pièce de résistance desta edição da Maison&Objet. O emprego do material natural, como forma pura, sem interferência de fatores mecanizados, foi uma forte tendência apontada pela arquiteta Leticia Muzetti, que também visitou o evento a convite do Polo Arqdec Interior. “O uso das madeiras alternativas e orgânicas, como visto na Maison&Objet, quebra um pouco as linhas retas. É uma forte referência que remete à natureza no mobiliário”, explicou a profissional.

DRESS CODE

TEXTO: JORGE MARCELO OLIVEIRA

FESTAS AO CALOR DE 30 GRAUS

er elegante num país tropical não é nada fácil. A variedade de cores e de estampas que surgem a cada temporada se destaca nos desfiles e nas vitrines das lojas – badaladas ou fast-fashion. O colorido cenário natural do Brasil faz um enorme contraste com os matizes de cinza das grandes metrópoles. Assim, a cor se torna um “alívio” para os olhos. Mas... esta realidade se torna um pouco complicada na hora de escolher o dress code para as festas de final de ano. Você recebe o convite, com o termo: “passeio ou tênue de ville”, “social completo” ou “black-tie, tenue de soirée ou a rigor”. Você pode pensar: “ah, isto é bobagem! Eu tenho estilo e isto é o que importa!” Então, não é bem assim. Acredite: seu traje diz muito sobre você! Hoje, raramente alguém vai escrever “tenue de ville”. O traje passeio é mais comum. Para elas, são vestidos retos, terninhos estruturados ou tailleurs (para as mais clássicas). Para eles, calça social, camisa e blazer. Ok, num mercado mais informal, como é o de arquitetura, decoração e paisagismo, os homens têm maior liberdade de usar uma

calça jeans mais neutra. Mas tome cuidado com a camisa polo! Não é qualquer padronagem que funciona com blazer e a peça precisa ter cara de nova! Social completo envolve vestidos longos, midis ou curtos sem brilho. O importante neste caso é a modelagem, padronagem e cor. Pode usar estampa, mas precisa ser uma estampa mais discreta. Entenda: não é saída de praia, é vestido de festa! Já ouviu falar em “crash de estampas’? É a mistura muito bem dosada de estampas conflitantes. Contudo, não é qualquer pessoa que sabe fazer uso sem parecer a louca do bairro. Na dúvida, opte por usar uma única estampa. Misture com neutros, como branco, beges e cinzas. Evite usar uma das cores que aparecem na estampa, achando que o verde combina com a estampa de folhagem. Também não é bem assim. No momento, quanto menos você combinar, melhor! Falando em descombinar, na hora de escolher o acessório, evite o “conjuntinho” de colar e brinco, que isso é muito cafona. Opte por um ou outro.

Eles podem até ter nascidos juntos, mas sabem caminhar sozinhos. E sem medo. Achou estranho colocar um colar sem brinco? Então, lembre o que Coco Chanel pregava sobre o “menos sempre é mais”. A peça statement do momento é o anel. Ele substituiu o maxicolar, que ninguém aguenta mais. Invista em peças grandes, daquelas bem abusadas! Quanto aos homens, a verdade é uma só: terno ou costume com gravata. Terno é o conjunto de três peças, sendo que o colete é o terceiro. Costume é o paletó e calça. Uma das tendências para a próxima temporada é o “costume descombinado”, ou seja, paletó e calça em cores diferentes. Precisa ter um senso muito apurado para não ficar com cara de Agostinho Carrara. Na festa “black-tie” ou “a rigor”, o luxo e a sofisticação são as regras. É a hora de as mulheres usarem vestidos longos – com ou sem bordado. Decotes, fendas e transparências são permitidos – desde que, tenha corpo para isto. Momento de se usar joia. Verdadeira, de preferência. Quanto aos homens, o smoking preto, camisa branca, gravata-borboleta e sapato preto – impecavelmente brilhante.

Linha Legale Bortolini O mobiliário que se adapta à sua vida.

Eco Legale Opção com reaproveitamento de material com certiﬁcação ambiental.

Mude, monte e desmonte Racks, estantes, nichos e mesas integradas, que permitem composições intuitivas.

Agregue valor à sua empresa e utilize nossas linhas produzidas a partir de madeira de florestas com manejo ecologicamente adequado, certificadas pelo FSC . Consulte-nos para conhecer as linhas certificadas.

Acesse o QrCode, conﬁra o vídeo do Sistema Legale e surprenda-se com sua versatilidade.

Linha multifuncional Um mesmo produto pode compor bibliotecas, home-oﬃces e complexas estações de trabalho.

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DIAGNÓSTICO

ILUSTRAÇÕES E TEXTO: ÉRIKA GIBRIN

AQUI OS ESPECIALISTAS DÃO DICAS E ESCLARECEM DÚVIDAS FREQUENTES QUE APARECEM ANTES, DURANTE E DEPOIS DA CONSTRUÇÃO. TUDO PARA A MELHOR MANUTENÇÃO DO SEU LAR CARA NOVA PARA SUA PAREDE Com a linha Max Mosaics da Portobello Shop você pode dar uma textura única para suas paredes. Com placas de 60 x 60cm de fácil aplicação, você pode ter a beleza da madeira, do mármore ou cimento decorando o interior ou até mesmo o exterior de sua casa, já que este material pode ser usado em áreas externas, valorizando sua fachada ou o projeto paisagístico.

Regina Tornizielo PORTOBELLO SHOP

NÃO, NÃO É APENAS UMA CADEIRA! Isso mesmo! Desenvolvida com alta tecnologia, a cadeira 4U da Tecnoflex agrega beleza, durabilidade e garanria de segurança. Fabricada dentro dos conceitos ergométricos e sustentáveis, sua produção se preocupa com o impacto ambiental, dispensando o uso de pinturas, utilizando ABS High Gloss 100% reciclável. Um produto que respeita o meio ambiente e seu corpo!

Renan Palma Jr. TECNOFLEX

ARQDEC WAY

OBJETO DE DESEJO Muito desejada e também reproduzida por outros fabricantes, a poltrona Koll, da Sierra Isa Amaral, é realmente bonita e cheia de detalhes encantadores. Peça-chave que cai bem do clássico ao contemporâneo, é objeto de desejo de 9 entre 10 clientes Sierra Isa Amaral.

Isa Amaral SIERRA ISA AMARAL

ACABAMENTO DO MOMENTO A pintura laqueada está em alta nos móveis em razão de sua diversidade de cores que se pode alcançar. Porém poucos sabem como manter essa pintura tão nobre e delicada. A dica é: nos móveis com pintura laca brilhante, recomenda-se o uso de ceras automotivas, que garantem sua cor e brilho. Já para a laca branca fosca, usar um sabão de coco neutro diluído em água e aplicado com um pano, assim você não corre o risco de seu móvel “amarelar”.

Julia Rodrigues MESTRE MÓVEIS SOB MEDIDA

SUJOU, E AGORA? Se seu tapete persa sujou de vinho, gordura, café, chá, comidas e sucos, retire imediatamente o excesso com a parte côncava de uma colher, limpe rapidamente com uma solução de sabão neutro bem suave diluído em água e enxágue com uma parte de vinagre branco para duas partes de água. Seque com uma toalha e secador de cabelos. Nunca tente lavar seu tapete em casa, procure sempre o serviço de profissionais e esqueça os produtos para carpetes e outros produtos químicos.

Bruno Almeida Silva GABBEH TAPETES

DIAGNÓSTICO

COR É VIDA! USE E ABUSE! A cor sempre foi um desafio no projeto dos móveis, principalmente em áreas antigamente ditas “de trabalho”, como as cozinhas. Isso acabou. Hoje, a cozinha passou a ser também uma área de convívio e pede funcionamento high-tech e clima agradável. No acabamento, a combinação de madeira natural com cores vibrantes (de alto brilho ou foscas) é o máximo! Como nesta cozinha Florense, que mescla a nobreza da madeira rovere platino com pintura high gloss giallo. Um luxo!

Ivanor Nesello FLORENSE CAMPINAS

MAIS UMA OPÇÃO! Para aqueles que adoram o brilho e acabamento da pintura laqueada, mas têm a preocupação de não usá-la em lugares com muito uso, em razão da impossibilidade de retoques, existe agora a resina de poliéster que aceita retoques e a manutenção é fácil e duradoura, usando cera automotiva a cada seis meses, eliminando assim possíveis riscos em sua superfície.

Simone P. Junqueira

UNICA MÓVEIS E OBJETOS

MADEIRA DE DEMOLIÇÃO: UM SONHO PARA TODOS! Uma casa com madeiras de casas antigas que trazem as marcas do tempo, como o envelhecimento da madeira, as diversas camadas de tinta e toda sua história, é um sonho para muitas pessoas. Muitas vezes esse sonho pode custar muito caro! Para economizar e concretizar este desejo, a Portinari lançou a coleção Painted HD, inspirada nas antigas casas italianas, cuja característica principal é a sobreposição de tintas. A coleção reproduziu nos porcelanatos as tábuas de madeira preservando seu desgaste natural. Reforçando assim a ideia de sustentabilidade da marca.

Ailton Soares UNIQUE REVESTIMENTOS

NOVAS LOJAS

A FAMÍLIA POLO ARQDEC CRESCEU Neste ano recebemos quatro novas lojas associadas que trarão mais opções de compras e produtos qualificados a vocês, profissionais, e seus clientes. Confira quem são elas:

BORTOLINI

UNIQUE

No ano de 1948, os primos Aldo, Almiro e Servilio Bortolini fundaram a Bortolini Móveis. Instalaram-se, inicialmente, em um modesto pavilhão de madeira, onde ofereciam serviços de marcenaria e carpintaria. A criatividade foi um traço marcante dos sócios que, utilizando as próprias mãos, projetavam e construíam as máquinas para desenvolver seu negócio. Em pouco tempo, a empresa avançou em suas atividades e, hoje, a Bortolini se consolida como referência na produção de móveis corporativos.

Apresenta o conceito de butique multimarcas de pisos e revestimentos para Campinas. Instalada na Av. José de Souza Campos (Norte-Sul), a loja criou um ambiente que é, ao mesmo tempo, prático e elegante para a exposição dos produtos de seus principais fornecedores de porcelanato, madeira, cerâmica, cimento, mármore, vidro, azulejo, pedra, etc., para ambientes internos e externos. Todos os projetos de arquitetos, designers, decoradores e consumidores finais são realizados em 3D para a visualização do ambiente com os materiais desejados antes da compra.

www.bortolini.com.br

www.uniquerevestimentos.com.br

QUADRANTE GALERIA

ENGETAX

A Quadrante Galeria é uma galeria de arte e molduraria, com um representativo acervo de artistas plásticos contemporâneos, escultores e designers de destaque e ascensão no mercado atual. Tem também uma vasta opção de molduras e uma oficina especializada, capaz de atender às exigências de seus clientes e profissionais na manufatura de quadros, espelhos e molduras diferenciadas, sempre atenta ao que há de mais inovador no mercado e às tendências internacionais de arte e decoração. E oferece a solidez e experiência de uma empresa com 21 anos de mercado.

Engetax Elevadores surgiu com o propósito único de atender com qualidade o mercado de elevadores em geral. O principal objetivo da Engetax é oferecer produtos e serviços com alto grau de qualidade e confiabilidade. É com essa meta que a empresa investe em sua estrutura, buscando o domínio da tecnologia, e investe na formação de um corpo técnico de qualidade. O que torna a Engetax uma das mais conceituadas e competentes empresas no setor de elevadores.

www.quadrantegaleria.com.br

www.engetax.com.br

POLO SOLIDÁRIO

FOTO: RENATA PODOLSKY | TEXTO: CENTRAL DE COMUNICAÇÃO

FIZEMOS VÁRIAS CRIANÇAS FELIZES

Polo Arqdec Interior, por meio de seu projeto Polo Solidário, realizou no mês de outubro uma campanha de doação de brinquedos em prol da UAI – Unidade de Apoio Infantil, único abrigo institucional da região de Campinas, destinado ao acolhimento de crianças vítimas da Aids e com diversas patologias, mantido pelo Centro Corsini. Os brinquedos novos ou usados, em bom estado, arrecadados na ação – promovida em parceria com a Iugas Mudanças e Transportes – foram entregues em 10 caixas lotadas às crianças assistidas pela instituição, na manhã de 12 de outubro, Dia das Crianças. A sede do Polo Arqdec, à Rua Odila Maia Rocha Brito, 169, na Nova Campinas, e 42 lojas associadas à entidade foram os postos de coleta. O Centro Corsini é um centro de atendimento, prevenção, diagnóstico

e tratamento de portadores do vírus HIV, hepatites virais e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) em Campinas e região e foi a entidade abraçada pelo projeto Polo Solidário para ser beneficiada este ano com as ações promovidas pelo Polo Arqdec Interior. “O Corsini é uma referência mundial em razão do trabalho multidisciplinar que realiza. A instituição sobrevive com doações e acreditamos ser nosso dever ajudar a perpetuar esse trabalho seja por meio de realização de eventos ou campanhas como esta, abraçada por praticamente todos os nossos associados. Esperamos mobilizar grande parte da população com esta ação e garantir o sorriso dessas crianças”, afirma Sante Testa Neto, presidente do Polo Arqdec Interior. Com mais de 5,5 mil usuários cadastrados, o Centro Corsini realiza anu-

almente cerca de 11.000 atendimentos, entre exames diagnósticos feitos em seu ambulatório, atendimentos multidisciplinares e outras ações, que visam ao fortalecimento individual e familiar para a inclusão social e ao atendimento a portadores de ISTs, entre adultos e crianças. O Centro Corsini é mantenedor da UAI – Unidade de Apoio Infantil, abrigo que cumpre integralmente o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), sendo um lugar de proteção e uma alternativa de moradia para crianças e adolescentes que tenham seus direitos violados. O atendimento a mais de 20 crianças e adolescentes acolhidos no período de 24 horas por dia, a maioria com patologias de alta complexidade, é realizado por uma equipe técnica multidisciplinar em contínuo aperfeiçoamento. A UAI presta assistência também aos familiares desses menores, oferecendo atendimento em todas as especialidades do ambulatório multidisciplinar do Centro Corsini e realizando um trabalho que visa à recuperação de toda a família, com supervisão de profissionais da saúde e assistentes sociais.

Saiba como ajudar. Entre no site www.centrocorsini.org.br ou no facebook.com/centrocorsinicampinas

SIMPLES ASSIM

MARCELO DALLA | ASTRÓLOGO E ARTISTA GRÁFICO

MANDALAS PARA HARMONIZAR AMBIENTES

palavra “mandala” vem do sânscrito, é conhecida como o Círculo Mágico. Em várias épocas e culturas, a mandala foi usada como expressão científica, artística e religiosa. Podemos ver mandalas na arte rupestre, na arte sacra, no símbolo chinês do yin e yang, nos yantras indianos, no Tibete, em vitrais e abóbadas das grandes catedrais europeias, em porcelanas chinesas e gregas, na arte maia, indígena e rupestre, nas danças circulares, nos rituais de cura indígenas, na alquimia, na magia e nos escritos herméticos. A forma mandálica pode ser encontrada em todo lugar, na Terra e no Cosmo: a célula, o embrião, as sementes, o caule das árvores, as flores, os cristais, as conchas, as estrelas, os planetas, o Sol, a Lua, as nebulosas, as galáxias. A própria Terra foi formada por uma explosão de forma mandálica. A mandala pode ser utilizada na decoração de ambientes, na arquitetura ou como criação artística para o desenvolvimento pessoal e espiritual. A mandala pode restabelecer a saúde interior e exterior. Podemos usar uma mandala como terapia para a cura emocional. Também para a cura de ambientes, para contemplação espiritual-religiosa ou para preparar um espaço especial, dedicado à meditação ou a sessões de cura. Muitos templos usam a geometria sagrada e a forma circular em suas construções. Dessa forma criam uma aura protetora e especial no lugar. Os budistas construíram as famosas Stupas, que são lugares consagrados à oração. Dentro delas há relíquias de mestres iluminados, orações, pedras especiais e outros apetrechos sagrados. Elas possuem forma mandálica e os seguidores as reverenciam. Também é pratica dentro do budismo a oferenda de

mandalas para divindades. Jung diz: “A mandala possui uma eficácia dupla: conservar a ordem psíquica se ela já existe; restabelecê-la, se desapareceu. Nesse último caso, exerce uma função estimulante e criadora. Em seus desenhos oculta-se uma atração mágica, com efeitos curadores, dissipando energias negativas nos ambientes”. A mandala é um campo de força, no qual as formas e as cores possuem poderes vibracionais atuantes. “Quando fazemos contato visual com uma mandala, nossa energia se altera e essa modificação

é sempre muito positiva”, explica Celina Fioravanti no livro “Mandalas – Como usar a energia dos desenhos sagrados” (Ed. Pensamento). Todas as mandalas possuem os seguintes elementos: a forma circular, o ponto central e a repetição ou simetria das formas que constituem o desenho. As cores têm uma função altamente estimulante e terapêutica. Resumidamente, o vermelho afasta a depressão, tira o desânimo e traz poder no plano material. O amarelo é cor da inteligência, do estudo e da criatividade. O azul traz paz, harmonia e serenidade. O laranja é cor da reconstrução, da correção e da melhora. O verde me-

lhora qualquer estado físico negativo, favorece os processos cicatrizantes, cura tanto o corpo físico quanto o emocional e o mental. O lilás transmuta e evita que as energias indesejadas se instalem. Mandalas coloridas alegram o ambiente, mandalas mais sóbrias favorecem a concentração. Todas proporcionam harmonia e equilíbrio. Dependendo da intenção, podem trazer energia a mais para prosperidade, abundância, amor, vitalidade, paz, etc. A intuição é uma grande aliada na hora de escolher uma mandala: aquela que chamar mais atenção pode indicar a energia que esteja precisando no momento. Quando alguém olha atentamente para uma mandala, na verdade está vendo o seu Ser interior, cujo centro é a sua própria imagem. Ela representa um processo de ordenação, pelo qual o homem moderno, que vive cheio de pressões do dia a dia, pode resgatar seu equilíbrio. As mandalas podem colocar, de forma sutil, no lugar certo aquilo que se encontra fora de lugar. Inspiram serenidade, o sentimento de que a vida reencontrou seu sentido e sua ordem. Particularmente, o estudo da geometria sagrada (a geometria presente na natureza) e os crop circles (desenhos que aparecem da noite pro dia em plantações por todo o planeta) me inspiraram a criar mandalas em arte digital. Podem ser ampliadas em diversos tamanhos e materiais, com boas opções para decoradores. Quem se interessar por conhecer mais meu trabalho ou adquirir mandalas em telas, luminárias, lenços, bolsas e outros artigos pode visitar nosso site – ManDalla Arte Visual – www.mandallaartevisual.com. Lá irá encontrar todas as informações. Que as mandalas nos tragam muita inspiração. Sejamos felizes!

NOVA DIRETORIA

FOTO: GUILHERME GONGRA

TUDO NOVO PARA COMEÇAR 2014 No dia 13 de novembro, na Assembleia Geral Ordinária foram eleitos os novos Conselhos Deliberativo e Fiscal e Diretoria Executiva para o biênio 2014/2015. A AGO foi realizada na sede do POLO ARQDEC INTERIOR. Farão parte da nova diretoria: DIRETORIA EXECUTIVA:

CONSELHO DELIBERATIVO:

Presidente: Sante Testa Neto Vice-presidente: Maria Isabel Amaral e Souza Diretor administrativo: Henrique Klaus Metzner Diretor financeiro: Alessandro Rosolen Diretor adj. financeiro: Daniel Martins Diretor de marketing: Eric Shodi Sakamoto Diretor adj. de marketing: Bruno Hoffmann Diretora social: Joyce Andrade Ruiz Diretora adj. social: Maria Aparecida Moraes de Andrade

Presidente: - André Luís Fernandes Conselheiros: - João Marcos Rodrigues da Paz - Nádia Luiza Guimarães - José Antonio Belanga - Marco Cervellini

CONSELHO FISCAL: Suplentes: - Berenice Pereira - Audrey Cristina P. Guimarães - Andréia Lopes Rodrigues

- Arlindo Ferrari Junior - Marcelo Grecco

ASSOCIADOS

O UNIVERSO DO POLO ARQDEC VOCÊ ENCONTRA AQUI

Av. Carlos Grimaldi, 611 Jd. Da Conceição - Campinas-SP Tel. (19) 3207-0555 www.acquashow.com.br

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Av. Orozimbo Maia, 1812 Cambui - Campinas-SP Tel. (19) 3253-0029 www.artscentercozinhas.com.br

Rua Conceição, 1111 Cambui - Campinas-SP Tel. (19) 2139-3550 www.rcpisos.com.br

Rua Antonio Lapa, 684 Cambui - Campinas-SP Tel. (19) 3237-4255 www.banhoeestilo.com.br

Rua Maria Monteiro, 786 CJ 81/82 Cambuí - Campinas-SP Tel. (19) 3251-4276 www.bortolini.com.br

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Estrada da Rhodia, alt Km 16. Barão Geraldo - Campinas-SP Tel. (19) 3888-4909 www.pedragrandeonline.com.br

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QUADRANTE GALERIA Av. Cel. Silva Telles, 995 Cambuí - Campinas-SP Tel. (19) 3295-0010 www.portobello.com.br

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Rua Rui Pinto Marinho, 754 Altos de São José - Itu-SP Tel. (11) 4013-5632 www.scaravellisavioli.com.br

Av. Jesuino Marc. Machado, 210 Nova Campinas - Campinas-SP Tel. (19) 3252-4463 www.isaamaral.com.br

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NO POLO ARQDEC TODOS GANHAM O Polo Arqdec, em parceria com a revista de arquitetura e decoração mais luxuosa do Brasil, presenteou os 5 profissionais que mais pontuaram no período de 1 de julho a 31 de outubro de 2013, com uma publicação em página dupla no anuário Casa Vogue, a escolher por projeto residencial (mês de janeiro) ou projeto corporativo (mês de fevereiro). Andressa Biata, em nome da revista Casa Vo-

gue, anunciou os vencedores do prêmio “Você na Casa Vogue”, no evento do dia 13 de novembro ocorrido na Sede do Polo. Foram eles: Ana Carla Costa Leme, Adriano Stancati e Daniele Guardini, Elaine Carvalho, Stella Crissiuma, Nilza Alves e Rita Diniz. O Polo Arqdec mais uma vez valorizando o trabalho dos profissionais atuantes no mercado.

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