JI agosto 2017 | Ed. 468

Década de 1980: SPR tem 1º computador e vê nascer o Germe

ANOS

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Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem | Agosto de 2017 | Edição 468

Cardio

inscrições até 18 de agosto O X Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca será realizado no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo, nos dias 15 e 16 de setembro. As inscrições estão abertas até 18 de agosto e, depois, caso haja vagas, serão aceitas somente no evento. O curso foi desenvolvido para apresentar

a radiologistas, médicos nucleares e cardiologistas o que há de mais atual na área em conteúdo cientifico e tecnológico. Dessa forma, especialistas são convidados a conduzir aulas, moderar sessões e, assim, enriquecer de forma multidisciplinar o tema apresentado.

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EVENTOS SPR

Inscreva-se até 24/8 no novo curso híbrido de US A SPR lançou o Curso Avançado de Ultrassonografia Musculoesquelética, que levará informação relevante e atualizada de temas clínicos do cotidiano a radiologistas e ultrassonografistas membros da sociedade. Este é o primeiro curso de modalidade híbrida oferecido pela SPR – ou seja, parte será online e parte, presencial. As aulas começam em 14 de agosto.

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APLICATIVO DO JORNAL DA IMAGEM Esta edição também está disponível em versão digital. Baixe o aplicativo na app store do seu dispositivo (versões para Android e iOS), ou acesse https://goo.gl/xOeCIw em seu computador.

SPR GLOBAL

ARTIGO

Começa 3ª edição do Diventerò

Consenso da ESGAR sobre RM do fígado

Iniciativa da Fundação Bracco com a SPR, as inscrições para a edição de 2017/2018 do Progetto Diventerò já estão abertas e encerram-se em 13 de setembro de 2017. O pro-

Em 2016, a European Society of Gastrintestinal and Abdominal Radiology publicou um artigo sobre meios de contraste hepato-específicos. Como resultado, surgiram assertivas que res-

jeto selecionará três jovens radiologistas brasileiros para uma bolsa de estudos de seis semanas em uma instituição de excelência na Itália.

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pondem a várias dúvidas de meios de contraste. Confira o texto desenvolvido pelo Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos da SPR. Páginas 20 e 21

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PALAVRA DO PRESIDENTE Edição 468 – Agosto de 2017 Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 www.spr.org.br

Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da Associação Paulista de Medicina (APM)

DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2017/2019

Carlos Homsi Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Passando a limpo...

O incômodo de ser um brasileiro enganado por tantas pessoas poderosas se reflete também nos nossos bolsos, quando vemos a economia se arrastando, obrigando doutores poliglotas a sobreviver com atividades freelancers e fazendo com que profissionais das classes média e baixa não consigam quitar as contas básicas, apesar de muito trabalharem.

Quando me levanto de manhã para trabalhar, seja em minhas atividades médicas, seja como presidente da nossa SPR, tenho que seguir com a fé de que esse cenário de corrupção generalizada seja passado a limpo. Imagino que seja assim com muitos dos que leem esta página, simplesmente porque não temos como desistir da nossa atuação, da nossa família ou do nosso país. Sigamos, então.

Aqui na SPR, as novidades são muitas e intensas: acabamos de realizar o 21º Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf); neste mês, começam as aulas teóricas no nosso primeiro curso híbrido, o Curso Avançado de Ultrassonografia Musculoesquelética; em setembro, teremos o X Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca; e, em novembro, o 1º Curso Anual Temático do Gera – isso apenas para citar cursos maiores e anuais.

Nesse meio tempo, todas as nossas tradicionais e também inovadoras atividades continuam a ser realizadas. Estamos, ainda, abrindo a edição 2017/2018 do Progetto Diventerò, que levará três jovens profissionais para um fellowship na Itália pelo terceiro ano consecutivo.

Apesar da crise mantemos o ritmo porque acreditamos que fazendo a nossa parte contribuímos para o aperfeiçoamento da radiologia e do radiologista Cada uma das nossas atividades exige um envolvimento e um comprometimento gigante de coordenadores, professores e equipe. É muito trabalho, e é trabalho contínuo – são cartas, negociações, em um planejamento extremo que demanda muita habilidade de administração.

Apesar da crise mantemos o ritmo porque acreditamos que fazendo a nossa parte contribuímos para o aperfeiçoamento da radiologia e do radiologista. Esse objetivo é alcançado em boa parte pelo esforço e generosidade dos professores e coordenadores que contribuem com os eventos e cursos da SPR. Eles representam o que há de melhor na população brasileira, acreditam na honestidade e no mérito. Merecem, portanto, um Brasil passado a limpo e melhor!

CANAL DO LEITOR O Jornal da Imagem é um espaço aberto aos membros da SPR. Todos podem enviar sugestões, críticas quanto ao jornal, artigos científicos e crônicas para o e-mail da redação do veículo – jornaldaimagem@spr.org.br.

Presidente Vice-Presidente Secretário-Geral

1º Secretário

2º Secretário Tesoureiro-Geral

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

Diretor Científico

Diretor de Defesa Profissional

Diretor de Patrimônio

Diretora de Assuntos Culturais

Diretor de Tecnologia da Informação

Presidente do Clube Roentgen

Presidente do Clube Manoel de Abreu

Presidente SPR Jr.

Presidente do Conselho Consultivo

Carlos Homsi Mauro José Brandão da Costa Cyro Padilha Balsimelli César Higa Nomura Henrique Simão Trad Décio Roveda Jr. Gustavo Skaf Kalaf Douglas Jorge Racy Renato Adam Mendonça Jaime Ribeiro Barbosa Mauro Miguel Daniel Eloísa M. de Mello Santiago Gebrim Marcelo de Maria Félix Pablo Rydz Pinheiro Santana Nelson Gomes Caserta Renato Hoffmann Nunes Antônio Soares Souza

CONSELHO CONSULTIVO Antônio Soares Souza

Antônio José da Rocha

Ricardo Emile Baaklini Tufik Bauab Jr. Marcelo D’Andrea Rossi André Scatigno Adelson André Martins Renato Adam Mendonça Celso Hiram de Araújo Freitas Aldemir Humberto Soares Nestor de Barros Jaime Ribeiro Barbosa Luiz Antônio Nunes de Oliveira Giovanni Guido Cerri José Michel Kalaf

Comissão Editorial

Aldemir Humberto Soares Carlos Homsi Celso Hiram de A. Freitas Cássio Ruas de Moraes Tufik Bauab Jr.

Edição Lilian Mallagoli – MTb 30.443-SP

Comunicação e Marketing Tatiana Gentina jornaldaimagem@spr.org.br

Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora farol@faroleditora.com.br Impressão Hawaií Gráfica e Editora São Caetano do Sul, SP

NESTA EDIÇÃO Conexão Digital.............................................4 Opinião....................................................................5 Cursos Avançados...........................6 a 8 JPR’2017................................................. 9 a 13 Clube Manoel de Abreu........14 a 16 Curso Online de Radiologia...........18 Grupos de Estudos.................................19 Clube Roentgen.........................................19

Artigo......................................................20 e 21 SPR Global.......................................................23 #SPR50...............................................24 e 25 Food&Arts........................................................26 Arte e Medicina...........................................27 Crônica............................................................... 29 Negócios & Oportunidades........... 30 Agenda................................................................31

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.

DEFESA PROFISSIONAL

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Retirada de cateter Parecer define responsabilidade após procedimentos de hemodinâmica Em maio, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu o parecer nº 22/2017, que dispôs sobre os profissionais responsáveis pela retirada de cateter introdutor após procedimentos realizados no serviço de hemodinâmica.

A solicitação partiu do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco, depois que a diretoria geral do Hospital Agamenon Magalhães enviou um ofício solicitando o posicionamento para tal definição.

Inicialmente, o conselho de Pernambuco fez uma pesquisa e encontrou o Parecer nº 7/2012, do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, que afirmava caber ao enfermeiro treinado e capacitado, exclusivamente dentro da equipe de enfermagem, a execução de procedimentos complexos como a retirada de introdutores vasculares.

Também foi citado o Parecer nº 2/2015, do Conselho Federal de Enfermagem, que dizia que a retirada dos introdutores arteriais e venosos pelos médicos residentes

seria prática comum e, em algumas instituições, pelo enfermeiro, apesar de ainda não terem, até então, sido realizados levantamento das instituições de saúde que os faziam e nem estudos sobre as evidências científicas dos resultados deste procedimento. O documento concluía, então, que o enfermeiro deveria ter competência e habilitação para proceder à retirada de cateter em pacientes submetidos a intervenções coronárias percutâneas, possuindo amparo legal para a função.

No entanto, o implante do introdutor fora reconhecido legalmente como procedimento exclusivo de médico, conforme Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013, que estabeleceu as atividades privativas do médico. A indicação da execução e a execução de procedimentos invasivos, diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e as endoscopias, foram ali enumeradas.

O CFM lembrou, contudo, que a Resolução CFM nº 1582/1999 já

estabelecia em seu Artigo 1º que o procedimento de introdução de cateter intravascular arterial e venoso profundo é privativo de médico e não pode ser delegado a outros profissionais. Ainda, o Código de Ética Médica em seu capítulo III, da responsabilidade profissional, registrou as vedações ao médico e, dentre elas, estava “delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos da profissão médica” e “assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou”. É preciso frisar que, muitas vezes, o implante do introdutor em veia ou artéria profunda, nos casos de procedimentos terapêuticos, é acompanhado do uso de drogas anticoagulantes (como heparina) e/ou antiagregantes plaquetários (como ácido acetilsalicílico e/ou clopidogrel), que podem aumentar o risco de sangramento quando o introdutor for retirado.

Pode haver, assim, complicações relacionadas a essa retirada, como equimose, hematoma, pseudoa-

neurisma, dissecção arterial ou venosa, sangramento ativo e choque hipovolêmico, que podem levar o paciente ao óbito, caso não sejam adequadamente diagnosticadas e tratadas em tempo.

Diante das variáveis implicadas nos processos de implante e retirada de cateter introdutor, o CFM definiu que a realização de procedimentos intervencionista, diagnósticos e terapêuticos, via cateteres arteriais e venosos, é atividade privativa de médicos, conforme determina a Lei nº 12.842, sendo a retirada do introdutor parte inerente e obrigatória do procedimento intervencionista, assim como é considerada a sua implantação.

Concluiu, então, em documento assinado pelo conselheiro relator Dr. Aldemir Humberto Soares, que a responsabilidade profissional pela retirada do cateter introdutor pós-procedimentos realizados nos serviços de angiografia e de hemodinâmica é de competência de médico e não pode ser delegada a outro profissional.

Já respondeu a pesquisa sobre o Jornal da Imagem?

Produzido há 38 anos, o Jornal da Imagem pode ser visualizado por todos pelo site da SPR ou por meio do aplicativo desenvolvido especialmente para smartphones e tablets, disponível para sistemas Android e iOS. Visando otimizar os recursos, queremos saber de você, caro(a) leitor(a), se deseja manter o recebimento desse exemplar via correio.

Pedimos a gentileza de nos informar via e-mail (jornaldaimagem@spr.org.br) ou por meio da pesquisa, disponível no site da SPR.

Agradecemos sua participação, essencial para prestarmos o melhor serviço!

Acesse a pesquisa https://goo.gl/R3fRqL

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CONEXÃO DIGITAL Edição 468 – Agosto de 2017

Como manter seguras suas operações online Recentemente, o Hospital de Câncer de Barretos foi alvo de um ciberataque, que afetou o atendimento médico de todas as suas unidades.

Dr. Gabriel Barbosa Sandim, radiologista e colaborador do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get) da SPR, responde questões de segurança online, aponta que novas ameaças surgirão invariavelmente e explica como pessoas físicas e jurídicas podem se manter protegidas.

Sistemas de ataques e pirataria se desenvolvem tão constante e rapidamente quanto a oferta da tecnologia em si. Como se defender e se proteger?

O principal mecanismo para se defender contra ataques é manter seus sistemas operacionais atualizados e programas de antivírus com definições em dia, não fazendo download de arquivos estranhos. Aditivos de segurança emitidos pelas empresas de software são inconvenientes, mas evitam portas de entrada para ataque conhecidos.

A SPR incluiu em seus produtos de educação digital mensagens sobre cópias não autorizadas de conteúdo. Quais os danos que a pirataria online gera para a sociedade como um todo?

Os danos evidentes são econômicos, uma vez que o gerador do conteúdo deixa de ter a renda referente.

Gera-se um ciclo vicioso. Com pirataria, há menor base registrada de usuários e aumenta o preço da mercadoria, o que gera mais pirataria.

A grande sacada de alguns serviços que disponibilizam conteúdo digital foi enxergar que, ao disponibilizarem conteúdo digital de maneira amigável, estavam aumentando sua base de usuário registrados, permitindo redução no preço, e, assim, reforçando a ideia de o consumidor se comportar no mundo digital de maneira adequada. Neste contexto, conveniência de compra sem sair de casa e facilidade de compra com ape-

nas um clique são pré-requisitos, não facilidades a serem vendidas. Dito isto, não é aceitável que a pirataria de aplicativos, músicas e conteúdo digital não seja encarada da mesma maneira como se encara andar em uma feira, pegar uma maçã de um vendedor e sair comendo sem pagar por ela. O procedimento é o mesmo e os consumidores de conteúdo digital devem ter o mesmo entendimento.

Ciberataques modernos afetam o andamento dos atendimentos e negócios. Resgates são pedidos em bitcoins. Como as instituições podem prever esse tipo de ameaça?

Muitos de nós, em maio deste ano, tivemos a infeliz experiência de entrar em contato com crime cibernético, quando foi lançado um ataque que acabou afetando mais de 200 mil organizações em mais de 150 países.

Neste caso recente, uma falha de sistema da Microsoft teria sido inicialmente descoberta pela Agência de Segurança Nacional Americana e vazada para hackers, espalhando-se em redes do mundo inteiro, criptografando arquivos que se tornavam indisponíveis.

Este caso específico envolveu uma modalidade de ataque denominado ramsomware, que pede o pagamento de resgate em bitcoins para liberação dos dados.

Felizmente, para este tipo de crime funcionar, os criminosos têm

que conseguir acesso ao seu computador, o que ocorre após o download de arquivo específico.

Novamente, o principal mecanismo para se defender contra ataques é manter seus sistemas operacionais atualizados e programas de antivírus com definições em dia. Bloquear o download de arquivos é uma alternativa ruim, já que cria caos desnecessário e existem hoje programas que colocam em quarentena arquivos suspeitos e bloqueiam sua execução.

Mesmo assim, isso tudo infelizmente não é suficiente, já que é certo que novas falhas de sistema serão inevitavelmente encontradas e utilizadas.

Restam então proteções que não dependam de seus sistemas se manterem à frente, no que diz respeito a tornar seus sistemas invioláveis. A última linha de segurança e proteção – e que funciona – é ter todos os seus arquivos em duplicata por meio de backup, em um sistema completamente separado, de maneira que, ao sofrer ataques, não seja perdida nenhuma informação. Claro, é importante ter certeza de que o backup não tenha sido também contaminado por vírus, mas isso é facilmente resolvido agendando backups a cada 36 horas, reduzindo a chance de que isso ocorra e tornando conhecido o volume de dados comprometidos. O recomendado é não pagar qualquer tipo de resgate, o que nem sempre é uma solução viável, infelizmente.

Pessoas físicas estão igualmente vulneráveis. Hoje, muitas pessoas usam emails, acessam sistemas bancários e digitam senhas sem nem sonhar com a possibilidade que podem estar sendo observadas para depois serem roubadas.

Como um usuário comum pode se proteger? É mais uma questão de hardware ou de software?

O usuário comum está sujeito aos mesmos riscos das grandes corporações e as proteções devem seguir a

mesma linha. Dica: dificilmente o seu drive online será comprometido – use-o. Mantenha seus sistemas e antivírus atualizados. Quase todos os meus arquivos importantes estão online e criptografados.

Quanto a ser questão de hardware ou software, o que afeta o usuário comum é o software. Hoje são reconhecidas falhas graves quanto à arquitetura utilizada em, virtualmente, todos os chips de computador disponíveis no mundo e que, em teoria, permitirá acesso remoto a qualquer sistema. Trata-se de uma vulnerabilidade sistêmica, relacionada à maneira de alocação de memória temporária, para a qual, teoricamente, não há vacina: está no hardware.

Infelizmente, não há defesas contra este tipo de ataque relacionado a hardware, somente mudanças na fabricação do componente consertando tal vulnerabilidade. Felizmente, o conhecimento é específico o suficiente para tornar sua utilização quase que exclusiva a grupos patrocinados de maneira institucional por países.

Além da intenção em copiar, há ainda a questão da vulnerabilidade dos sistemas por erro humano. Quão frequente isso ocorre e o que pode ser feito para evitar?

O erro humano é em 100% dos casos responsável, seja no desenvolvimento do produto, seja na utilização da ferramenta. Dito isto, o primeiro é a responsabilidade do desenvolvedor e tende a ser resolvido com aditivos de segurança e updates de sistema. Quanto ao usuário, seja ele o consultor de segurança, seja ele o usuário final, mantenha tudo atualizado, use senhas alfanuméricas, autenticação de duas vias, abra emails online na interface de sua escolha e mantenha cópia online de seus arquivos importantes. Parece um trabalhão, mas, feita a mudança, você vai descobrir que viver sua vida online é mais fácil.

OPINIÃO

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Razão e sensibilidade Para se posicionar no cenário mercadológico atual, o médico radiologista deve entender mais de gestão, mas sem deixar o escopo da saúde de lado No fim de 2016, trabalhávamos na criação do programa de Profissionalismo e Gestão, apresentado em maio na 47ª Jornada Paulista de Radiologia, quando surgiu a ideia de desenvolvermos mais do que o módulo, mas um Grupo de Estudos voltado ao tema. Durante as discussões das aulas para a JPR, nossos colegas Drs. Antônio Soares Souza, Renato Mendonça e Carlos Homsi deram a ideia para o grupo, e sugeriram que nós o coordenássemos.

E, assim, foi dada a largada! O novo grupo nasceu: Geproge, ou Grupo de Estudos de Profissionalismo e Gestão. Já realizamos duas reuniões com bom e crescente público e há ainda, para este ano, mais dois encontros programados, em 31 de agosto e 16 de novembro.

Diferentemente dos principais Grupos de Estudos da SPR, este, exatamente pelo tema coberto e suas possibilidades, não contém um formato rígido, sendo aberto, inclusive, para profissionais não médicos. Inicialmente, pretendemos abordar temas específicos em cada encontro, sempre com a presença de palestrantes que trarão visões e experiências diferentes do tópico apresentado.

Discutir profissionalismo e gestão deixa, aos poucos, de ser um diferencial na área médica, e se torna

Dr. Conrado de Albuquerque Cavalcanti

Dr. Emerson Leandro Gasparetto

progressivamente uma necessidade. O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), por exemplo, aborda questões sobre o tema na Associação Brasileira das Clínicas de Diagnóstico por Imagem (ABCDI) e em sua Diretoria de Defesa Profissional. O Diretor da Associação, o Dr. Ademar José de Oliveira Paes Junior tem participado das reuniões do Geproge e ajudado a fazer a ponte entre as duas entidades. Outra iniciativa do CBR é a organização de diversos cursos práticos de gestão de clínicas por todo o País, coordenados pelos administrador Carlos Moura, consultor técnico do Colégio e que também tem participado dos encontros do Geproge. Por fim, há dois anos, o CBR criou seu Programa de Acreditação (Padi), que

abrange a qualidade como um todo e inclui processos de gestão e segurança do paciente em seu escopo.

O fato é que o radiologista, principalmente os donos de serviços, atentam há anos para as questões de gestão, mas, com raras exceções, de forma “caseira” e sem o devido profissionalismo. Nos últimos anos, com o mercado mais competitivo, com a pressão por redução de margens por parte do mercado, operadoras e cooperativas, além de uma maior regulação governamental, a situação se tornou mais difícil, e este olhar mais profissional para a gestão tem sido cada vez mais necessário, procurado e frequente. Nos grandes grupos e corporações, a gestão profissional está presente há mais tempo, mas vem sendo cada vez mais aprimorada, pelas mesmas pressões de mercado.

Assim, o médico precisa entender mais de gestão para saber se posicionar no cenário mercadológico atual. É preciso entender que existem diversas variantes do “médico gestor”. Há o empreendedor, o líder médico, o executivo, o financeiro, o engenheiro de processos e os colegas que têm diversas dessas habilidades. Porém, elas surgem de forma mais focada nas habilidades do que nas formações desses profissionais.

O desafio para as novas gerações é encarar que existem as posições de médico gestor profissional, as quais, se não ocupadas pelo médico, vão ser ocupadas por profissionais de outras áreas. E, como dizem no mercado, é mais fácil ensinar gestão para o médico do que medicina para o gestor.

Por tudo isso, não basta mais dar um laudo “excepcional”: é preciso saber atender bem o cliente, encantar o médico que referencia o exame, e, além disso, ser eficiente para dar o resultado que remunere o capital do acionista do serviço. E também por tudo isso, convidamos a todos a participar do Geproge, uma rica iniciativa da SPR para auxiliar o médico radiologista nessa caminhada. Esperamos vocês!

Drs. Conrado de Albuquerque Cavalcanti e Emerson Leandro Gasparetto são coordenadores do Grupo de Estudos de Profissionalismo e Gestão (Geproge) da SPR.

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EVENTOS SPR Edição 468 – Agosto de 2017

Curso de Cardio: inscrições se encerram este mês O X Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca se aproxima: ele será realizado no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo, nos dias 15 e 16 de setembro. As inscrições estão disponíveis no site – http://spr.org.br/eventos/cursos-avancados/x-encontro-nacional-de-radiologia-cardiaca/ – até 18 de agosto. Depois, caso haja vagas, serão aceitas somente no evento.

O Curso Avançado de Radiologia Cardiovascular foi desenvolvido para apresentar aos seus participantes – radiologistas, médicos nucleares e cardiologistas – o que há de mais atual na área em conteúdo cientifico e tecnológico. Dessa forma, especialistas são convidados a conduzir aulas, moderar sessões

e, assim, enriquecer de forma multidisciplinar o tema apresentado.

Os coordenadores deste ano são os Drs. Andrei Skromov de Albuquerque, Henrique Simão Trad, Juliano de Lara Fernandes, Marcelo Hadlich, Otávio Rizzi Coelho Filho e Walther Ishikawa. O evento é organizado pela SPR em parceria com a Society of Cardiovascular Computed Tomography (SCCT) e a Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR), e, por isso, o VII SCCT Brazil Annual Meeting e o V SCMR Brazil Annual Meeting serão realizados simultaneamente ao encontro.

Um dos grandes responsáveis pela ponte com as sociedades internacionais é o Dr. Juliano, que participa ativamente da SCMR e, assim,

facilita a comunicação e o convite a professores estrangeiros para participar do evento. Doutor em Cardiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 2006, é pesquisador do Instituto de Ensino e Pesquisa José Michel Kalaf e coordenador do Setor de Tomografia e Ressonância Cardiovascular da Radiologia Clínica de Campinas.

Atua principalmente em inflamação e imunologia da aterosclerose, doença arterial coronária, ressonância magnética e tomografia cardiovascular e sobrecarga de ferro. Além de coordenar o encontro, será responsável pela aula Mapas T1 e ECV: Qual Sequência Usar e como Analisar a ser apresentada no Módulo 2 – Técnicas Avançadas em TC e RM.

Confira todos os módulos do evento: Sala A – RM e TC (sexta-feira, 15 de setembro) Módulo 1

Princípios Básicos de TC e RM

Módulo 2

Técnicas Avançadas em TC e RM

Módulo 3

Society for Cardiovascular Magnetic Resonance – SCMR

Módulo 4

Discussão de Casos

Workshop para participantes do Curso Online Os alunos da turma 14 – módulo de Radiologia Cardiovascular do Curso Online de Radiologia (COR), que iniciaram as aulas junho e as finalizarão em 16 de setembro, participam gratuitamente do Workshop do módulo, realizado durante o Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca.

O Workshop apresentará casos com os temas da programação teórica do Curso Online, e as turmas serão divididas em três períodos:

Sala B – Fórum Congênita (sexta-feira, 15 de setembro) Dia 15

Módulo 1

Fórum de Cardiopatia Congênita – Técnica

Módulo 2

Fórum de Cardiopatia Congênita – Tetralogia de Fallot / Atresia Pulmonar

Módulo 3

Fórum de Cardiopatia Congênita – Coarctação de Aorta

Sala A – RM & TC (sábado, 16 de setembro) Módulo 5

Urgências

Módulo 6

Society for Cardiovascular Magnetic Resonance – SCMR

Módulo 7

Society of Cardiovascular Computed Tomography – SCCT

Módulo 8

Team Spirit (Premiação dos Temas Livres e Casos, Gincana)

Dentre os professores brasileiros renomados que irão moderar aulas, estão os Drs. Luiz Francisco Rodrigues de Avila, Luciana de Pádua Silva Baptista, Marcelo Souto Nacif, Carlos Eduardo Rochitte, Tiago Magalhães, Juliano de Lara Fernandes, Ilan Gotlieb e Roberto Caldeira Cury, entre outros.

Médico coordenador do Núcleo de Cardiologia do Hospital

Samaritano e do DASA/SP – sócio da Ambra Saúde, Dr. Cury é um dos maiores nomes na Cardiologia nacional, conduzirá a aula TC Coronárias na Dor Torácica: Evidências e será coordenador do Team Spirit com o Dr. Roberto Sasdelli Neto. “Este é um dos mais aguardados encontros do ano por todos que trabalham com imagem cardíaca, pois sabemos

10h50 - 12h30 Turma 01 com os Drs. Andrei Skromov de Albuquerque e Rafael Paiva Bulle Oliveira 14h – 15h40 Turma 02 com os Drs. Andrei Skromov de Albuquerque e Paulo Savoia Dias da Silva

da sua importância na atualização em tomografia e ressonância cardíaca e a importante troca de experiências entre os principais especialistas da área”, afirma.

O evento conta ainda com o apoio do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e da Sociedade de Radiologia do Rio de Janeiro (SRad-RJ).

Dia 16 10h50 – 12h30 Turma 03 com os Drs. Paulo Savoia Dias da Silva e Rafael Paiva Bulle Oliveira Mais informações em http://spr.org.br/turma-14radiologia-cardiovascular

EVENTOS SPR

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1º Curso Avançado do Gera: programação e inscrições

Confira a programação completa e faça sua inscrição no endereço http://spr.org.br/eventos/cursos-avancados/gera-2017grupo-de-estudos-de-radiologia-do-abdome.

Feres Secaf 2017

tem recorde de inscritos A cobertura do Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof.

Dr. Feres Secaf), realizado no fim de julho, será publicada na edição de setembro do jornal – aguarde!

Porém, já é possível adiantar que esta 21ª edição teve recorde de inscrição: foram registrados 1.800 inscritos até a primeira semana de julho. “O evento deste ano confir-

mou o Curso de Atualização Feres Secaf como a escolha preferencial de radiologistas generalistas e residentes para temas de revisão e atualização. O recorde de inscritos mos­tra suas expectativas e coloca o evento entre os preferidos do público e nos maiores congressos de radiologia do nosso país”, comemorou Dr. Antônio Rocha, ex-presidente da SPR.

A primeira edição do Curso Temático Anual do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera) será apresentada nos dias 11 e 12 de novembro, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. As inscrições com maior desconto ocorrem até o dia 31 de agosto – aproveite! Após essa data é possível se inscrever online de 1º de setembro a 4 de outubro e, havendo vagas, apenas no local do evento.

Cada encontro do Gera abordará um tema diferente sobre uma área específica. Nesta edição, o assunto principal será: Oncologia - Pelve Masculina e Feminina, que contará com uma programação completa de aulas, palestras e discussão de casos, coordenada por professores gabaritados e especialistas no tema.

Dedicado a iniciantes e experientes da área, o curso permite a participação de todos, pois será baseado em módulos de conceitos básicos, como o que o radiologista precisa saber, e nos mais aprofundados, como oncorradiologia, doenças do fígado e pâncreas, entre outros, além de temas específicos sobre o câncer de próstata, útero, ovário e também endometriose.

O encontro contará com professores renomados, entre eles o oncologista Dr. Philip Schenberg, hematologista com formação nos Estados Unidos. No fim da tarde de sábado, acontecerá ainda a sessão de discussão de casos em oncorradiologia, moderado pelo Dr. Douglas Jorge Racy.

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EVENTOS SPR Edição 468 – Agosto de 2017

Curso de US musculoesquelética: inscrições até 24 de agosto Buscando oferecer inovadoras opções de estudos aos radiologistas, a SPR desenvolveu o Curso Avançado de Ultrassonografia Musculoesquelética. Coordenado pelo Dr. Mauro Brandão, levará informação relevante e atualizada em formato híbrido, ou seja, parte do curso será online e parte, presencial.

O módulo online oferecerá atividades teóricas nas quais o aluno tem autonomia nos estudos e no uso das ferramentas de ensino via internet disponibilizadas pela SPR. Será oferecido de 14 de agosto a 31 de outubro, e o acesso será pelo site da SPR. Já as demonstrações práticas serão feitas no dia 18 de novembro de 2017 no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo (SP), coordenadas pelos Drs. Mauro Brandão e Carlos Homsi. Nelas, os

participantes terão contato com os professores, que exibirão e comentarão vídeos com técnicas de exame e demonstração de patologias filmadas com pacientes reais em ambiente hospitalar.

As inscrições podem ser feitas até 24 de agosto – confira em http:// spr.org.br/educacao-digital/curso-avancado-de-ultrassonografia-musculoesqueletica.

O encontro pretende abordar o papel da US musculoesquelética em relação aos demais métodos de imagem (raios X, tomografia computadorizada, ressonância magnética e medicina nuclear) nos diversos algoritmos diagnósticos. Por se caracterizar como um curso avançado, é mais indicado para aqueles que já atuam há algum tempo na especialidade e pretendem aumentar o conhecimento e aprimoramento técnico.

Confira a programação de aulas do curso: 17/8

24/8 31/8 6/9 14/9 21/9

28/9

05/10

11/10 19/10 26 a 31/10 18/11

Ombro-Parte I (Manguito Rotador)

Dr. Carlos Homsi

Ombro-Parte II (Avaliação das Demais Estruturas do Ombro ao USG)

Dra. Renata Vidal Leão

Cotovelo

Dr. Marcos Felippe de Paula Correa

Punho

Dr. Marcio Marques Moreira

Mão

Dr. Flávio Duarte Silva

Quadril do Adulto

Dr. Everaldo Gregio Junior

Avaliação do Quadril Displásico da Criança

Dra. Flavia Aiko Sakamoto

Abordagem no Esqueleto Imaturo

Dra. Laís Uyeda Aivazoglou

Joelho

Dr. Mateus de Andrade Hernandes

Tornozelo

Dr. Felipe Carneiro

Pé

Dr. Alan Rodrigues Cavalcante

Lesões Musculares Traumáticas

Dr. Mauro Brandão

Abordagem em reumatologia- Parte I (artrite reumatoide)

Dr. André Rosenfeld

Abordagem em reumatologia- Parte II (demais artrites)

Dr. Fernando Bernardes Mais Diniz

Nervos Periféricos

Dr. Marcello Henrique NogueiraBarbosa

Lesões Expansivas de Partes Moles

Dr. João Carlos Cerioni Souto Vilhena

Procedimentos Intervencionistas Guiados por Ultrassonografia

Dr. Afrânio dos Reis Teixeira Neto

Avaliação Pós-operatória

Dr. André Yamada

Elastografia

Dr. Alan Rodrigues Cavalcante

Avaliação do módulo de Ultrassonografia Musculoesquelética Demonstração prática presencial Hotel Golden Tulip Paulista Plaza - Al. Santos, 85 - Cerqueira César - São Paulo/SP

Dr. Homsi afirmou que o objetivo principal é oferecer aos membros um curso avançado de uma subespecialidade da ultrassonografia, com teoria e demonstrações práti-

cas. “Contaremos com a visão do radiologista, que procura integrar os vários métodos de diagnóstico por imagem, a fim de obter a solução clínica necessária por meio da melhor relação custo-benefício”, disse.

Dr. Mauro acrescenta que eles identificaram que é essencial incluir uma sessão de demonstração prática como forma suplementar às tradicionais aulas teóricas. “Os nossos ótimos resultados com cursos online em outras especialidades permitem concluir que esta é uma fórmula certa para difusão de conhecimentos teóricos; entretanto, o método e a especialidade exigem uma série de manobras e estudos dinâmicos a fim de otimizar o exame em busca de melhores resultados. Isso poderá ser mais bem compreendido pelo aluno durante uma sessão de demonstração prática”, completa.

Aulas da JPR’2017 já na Videoteca adicionadas as aulas A Videoteca Digifilmadas na Jornada tal é um produto volPaulista de Radiolotado à educação conVIDEOTECA gia (JPR’2017), para tinuada dos associados, gravado em alta resolução acessar de onde e quando qui(HD) e disponível em formato ser. Saiba como aproveitar mais digital. Com um acervo sem- este conteúdo diferenciado da pre atualizado, no mês passa- SPR: spr.org.br/educacao-digido a coleção aumentou: foram tal/videoteca-digital-da-spr.

Casos da Semana: fácil acesso ao conhecimento O programa é uma atividade prática para aprimorar o conhecimento e trocar experiências com os colegas radiologistas – participe! Para acessar o Casos da Semana, o membro da SPR deve entrar na Área Restrita do site e clicar no menu “Aprendizado”.

Depois, no módulo “Casos da Semana 2017” para conferir os casos disponibilizados do período.

A primeira parte consiste em uma apresentação do caso, seguida de

uma pergunta objetiva sobre ele para o participante responder. No fim, a discussão do caso será exibida, esclarecendo a partir da resposta a questão previamente formulada. A cada acerto de diagnóstico, o membro ganha pontos que se traduzirão em prêmios até o fim do ano. Aproveite!

EVENTOS SPR

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Médico gestor Um dos módulos de grande sucesso da JPR’2017 foi o de Profissionalismo. Confira como transcorreu o curso, que contou com líderes de empresas privadas e entidades governamentais Nesta edição do Jornal da Imagem, a cobertura da 47ª Jornada Paulista de Radiologia foca no módulo Profissionalismo, liderança e gestão em saúde, apresentado no evento durante o dia 6 de maio. Ele foi subdividido em Gestão, Qualidade, apresentações da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED) e uma palestra sobre perspectivas econômicas no Brasil.

Evento tradicional e o maior organizado pela SPR, a JPR’2017 foi realizada de 4 a 7 de maio no Transamerica Expo Center, em São Paulo, e contou com a parceria da Sociedade Francesa de Radiologia.

Com reportagem de Gustavo Angimahtz, Marco Murta e Oldair de Oliveira e fotos de Carolina Cassiano e Renato TK

Novos desafios Coordenado pelos Drs. Renato Adam Mendonça e Carlos Homsi, o curso foi estruturado em dois blocos temáticos: Gestão e Qualidade, seguidos de um painel de debates em torno do tema Perspectivas do Setor de Diagnóstico, envolvendo representantes dos prestadores, das operadoras de saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

No bloco de Gestão, três preletores falaram sobre os desafios de gerenciar o serviço de diagnóstico por imagem em empresas de diferentes portes e estruturas.

O primeiro a falar foi o consultor Carlos Eduardo Ferreira de Moura, que discorreu sobre A gestão em clínicas privadas de pequeno porte. Ele afirmou que o modelo que conduzia

a maior parte das clínicas pequenas e médias no Brasil, focado em volume de exames, não tem mais espaço no contexto atual. “É essencial que as empresas consigam implantar um modelo de qualidade que permita uma apuração correta de resultados e aponte o caminho a ser seguido”, disse o consultor, que sugeriu a adoção de cinco pilares para evitar a perda de margem e possibilitar o retorno esperado do negócio: qualidade, melhoria, automação, inovação e resultado.

O Dr. Emerson Leandro Gasparetto, diretor médico executivo do Grupo Dasa, por sua vez, fez sua exposição a respeito da Gestão de clínicas privadas de grande porte. Entre os desafios apontados pelo executivo, ele destacou a complexidade de gerenciar uma equipe de aproxima-

damente 2,5 mil radiologistas em todo o País. “Não se faz medicina sem bons médicos; por isso, parte da estratégia das grandes corporações é focada em recrutar os melhores profissionais do mercado, o que não é simples de se conseguir”, admitiu. Apesar da complexidade da operação e do elevado volume de recursos envolvido no negócio, Dr. Gasparetto fez questão de enfatizar o que considera mais importante: “Se no fim do dia você não conseguir garantir a satisfação do cliente, de nada vale o resultado financeiro e todo o esforço empreendido na operação”.

Encerrando o bloco, o Dr. Marcelo Buarque de Gusmão Funari, coordenador do Departamento de Imagem do Hospital Israelita Albert Einstein, falou sobre a Gestão

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EVENTOS SPR Edição 468 – Agosto de 2017

de Serviços de Diagnóstico por Imagem em Hospitais. Ele iniciou enumerando cinco forças que estão determinando o futuro do sistema de saúde no mundo e que, em sua visão, acabam impactando as decisões gerenciais: o envelhecimento da população e daqueles que proveem o atendimento de saúde; a mudança epidemiológica das doenças; o novo perfil do consumidor de saúde; a revolução da tecnologia da informação; e o alto volume de investimento tecnológico.

Defendeu a tese de que o radiologista tem um papel fundamental dentro da estrutura hospitalar. “A radiologia deixou os porões dos hospitais, como acontecia há 30 ou 40 anos, e hoje ocupa o centro do processo de atendimento do paciente. Um hospital pode, eventualmente, viver sem um centro cirúrgico e sem uma UTI, mas sem um departamento de Imagem, não vive de jeito nenhum”, argumentou. Nesse contexto, “o serviço de Imagem é extremamente integrado ao resto do tratamento do paciente, o que é gratificante, porque possibilita ao radiologista ver de forma concreta o retorno de seu trabalho”, concluiu.

Na avaliação do Dr. Carlos Homsi, o primeiro módulo do curso de Gestão foi extremamente enriquecedor, “porque foi possível observar as dificuldades que todos têm, desde as pequenas clínicas até as grandes corporações, como o Laboratório Dasa e o Hospital Albert Einstein, por exemplo”. Para ele, o mais importante foi ter conseguido discutir essas dificuldades e perceber o que é comum a todos e o que é particular de cada segmento. “Obviamente que não conseguimos resolvê-las todas, mas é possível divulgar uma informação ao nosso público geral que é muito relevante num mundo em transformação, onde o papel do radiologista tende a mudar”, avaliou.

“O profissional passa a ter cada vez mais um papel importante na gestão, tanto do ponto de vista da gestão administrativa quanto da gestão do diagnóstico. Nós temos que nos preparar para um mundo em que a Inteligência Artificial e os aplicativos de auxílio à decisão clínica vão virar realidade, e é necessário estar adaptado desde já”, concluiu Dr. Homsi.

Consegui identificar, com base no que pude assimilar no curso, que estamos com os processos relativamente avançados em nosso hospital, especialmente na parte de TI O Dr. Fernando Bittelbrunn, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS, também assistiu às aulas do módulo e opinou: “Os temas despertaram a minha atenção por abordarem aspectos que não fazem parte do cotidiano de profissionais pouco envolvidos com a rotina administrativa em pequenas clínicas ou grandes corporações e hospitais.

Foi importante, por exemplo, ter uma visão dos processos e entender como as coisas funcionam nos níveis gerenciais, sobretudo perceber como os indicadores de produtividade e perspectivas de margens de lucro afetam as decisões nas ins-

tâncias administrativas”. Dr. Bittelbrunn trabalha, coincidentemente, em um grande hospital universitário e, ao mesmo tempo, em uma pequena clínica, onde as coisas ainda acontecem de forma quase artesanal. “Consegui identificar, com base no que pude assimilar no curso, que estamos com os processos relativamente avançados em nosso hospital, especialmente na parte de TI”, afirmou o radiologista.

O período da manhã foi encerrado com as aulas do bloco de Qualidade. O primeiro a falar nessa etapa foi o Dr. Henrique Carrete Jr., que apresentou um Histórico da Qualidade na Saúde Brasileira, Acreditação, Impactos e Perspectivas. Ele abordou a história da qualidade, seu conceito e evolução, desde a Idade Média até os dias de hoje. Além de explanar sobre a qualidade de produtos, focou especialmente em serviços no último século, e mostrou o desenvolvimento dos programas até chegar ao Programa de Acreditação em Diagnóstico por Imagem (Padi), criado pelo Colégio Brasileiro de Radiologa (CBR).

Citou, ainda, perspectivas futuras.

“Foi uma manhã com sala cheia, um sucesso, com aulas abrangentes que realmente mostraram a necessidade do radiologista se envolver, conhecer e aprender sobre gestão”, avaliou Dr. Carrete. “E, por outro lado, também percebemos que o interesse do radiologista pelo tema está cada vez maior. A Dra. Claudia Cohn perguntou quantos ali eram médicos radiologistas e quantos eram gestores, e cerca de 70% a 80% eram médicos.”

Logo após, o Dr. James Borgstede, de professor e vice-chair do Departamento de Radiologia da Universidade do Colorado e diretor da RSNA, conduziu uma sessão interativa baseada em casos, com o tema Profissionalismo: seu paciente e você. Ele destacou que, atualmente, dois grandes desafios para o radiologista são a responsabilidade profissional e o licenciamento profissional. Falando sobre ética, afirmou: “Profissionalismo aspira ao altruísmo, à responsabilidade, excelência, dever, serviço, honra, integridade e respeito para com os outros”. Apresentou os princípios do profissionalismo, como primazia pelo bem-estar do paciente, autonomia do paciente e justiça social, e um resumo do código de ética defendido pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR).

Em seguida, apresentou uma série de estudos de casos em ética e profissionalismo, e para cada um, os participantes deveriam ajudar respondendo se tal comportamento era apropriado ou não, se deveria receber uma ação disciplinar e, se sim, qual – aconselhamento, penalidade no local de trabalho, ser reportado às autoridades governamentais ou ter seu caso escancarado publicamente, ao que chamou de “public hanging”, ou enforcamento público.

EVENTOS SPR

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Perspectivas do setor sob óticas diversas Na parte da tarde, houve uma sessão especial conduzida pela ABRAMED, moderada pelo Dr. Conrado Furtado de Albuquerque Cavalcanti.

Nesta etapa do módulo de Profissionalismo, foi realizado um rico debate sobre os desafios do setor de diagnóstico. As perspectivas foram discutidas sob três óticas: a dos prestadores, apresentada pela Dra. Claudia Cohn; a das operadoras, conduzida pelo Dr. José Cechin; e sob a visão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), discutida pela Dra. Martha Regina de Oliveira.

Falando pela ABRAMED, entidade que representa os prestadores, a Dra. Claudia Cohn afirmou que a classe vem sendo injustamente responsabilizada pelo que as operadoras chamam de desperdício caracterizado pelo excesso de pedidos de exames, o que acaba, na visão das operadoras, contribuindo para o aumento do preço dos planos de saúde, com impacto na remuneração dos médicos.

“Quando o prestador recebe uma solicitação de procedimento, ele não tem a informação de que o paciente fez o mesmo pedido em outro local há poucos dias, ou há um mês”, disse a Dra. Claudia, esclarecendo que isso decorre do fato de não existir o que ela chama de interoperabilidade de informações.

“Muitas vezes, o próprio paciente não informa ao médico a existência de um exame anterior. Mas não dá para responsabilizar apenas o paciente, porque o panorama ainda é muito departamentalizado e compartimentalizado. A informação fica restrita a empresas e a sistemas que não confluem para uma base única à disposição dos diferentes participantes dessa cadeia”, esclareceu.

Ela ainda abordou diversos outros pontos de atenção, entre os quais, sobrevivência no mercado, qualidade como necessidade, política de remuneração que viabilize o trabalho dos profissionais, e a obtenção de lucro com ética, em benefício de um sistema que seja sustentável.

Há perspectivas excelentes pela frente. As nossas transformações demográficas apontam que vai haver um mercado para a área de saúde que vai se expandir, e muito Representando as operadoras de saúde, o ex-ministro da Previdência Social no governo de Fernando Henrique Cardoso, Dr. José Cechin, reconheceu a necessidade de mudanças: “O que mais uma vez se identifica como um problema seve-

ro no setor é a questão das formas de remuneração. Há um reconhecimento claro de todos os agentes envolvidos nos mais diferentes setores de que é preciso mudar”. No entanto, ele advertiu: “Nós temos essencialmente hoje uma dominância de uma forma que premia quantidade e premia preço. Que induz, portanto, a fazer mais, independentemente se isso dá ou não resultado para as partes envolvidas.

E a consequência é que as pessoas pagam mais caro pelo acesso ao sistema. Não se achou ainda um caminho bom e seguro para mudanças.

Qualquer que seja ele, continua presente o desafio para nós todos”.

Ao analisar o cenário político e econômico atual, ponderou: “Há perspectivas excelentes pela frente. As nossas transformações demográficas apontam que vai haver um mercado para a área de saúde que vai se expandir, e muito. O problema é: chegaremos lá? Ele poderá se materializar? Isso depende de como evolui a nossa sociedade. Se ela consegue equacionar os problemas que enfrenta hoje. É preciso que se reduzam as incertezas econômicas e políticas para que as atividades sejam retomadas. Retomando as atividades, as pessoas vão ter emprego de novo e as empresas vão contratar mais planos de saúde”.

Concluiu dizendo que “o que a gente propõe é que se faça o melhor da medicina na medida certa. Não se faça mais, porque é desperdício, e se volta contra as pessoas. De que forma? Vamos ter protocolos e definir diretrizes. Porque isso diminui a incerteza do próprio médico, quanto à sua atuação”.

A Dra. Martha Regina de Oliveira, por sua vez, fechou o debate apresentando a perspectiva da ANS, que para ela tem o papel de atuar como facilitador das mudanças que precisam ser feitas e que vem sendo discutidas.

Ela avaliou como positivo o fato de poder ter todas as visões sendo apresentadas no mesmo lugar: “Entendemos aqui hoje como funciona o sistema, conhecendo a posição e o papel do prestador, da operadora e do órgão regulador, tentando discutir temas importantes como qualidade, visão de futuro e inovação”.

Concluiu avaliando os resultados: “O diagnóstico de mudança foi feito. O que precisa acontecer agora é um esforço coletivo para um caminho de convergência. Talvez a gente ainda esteja preparando essa imagem objetiva de onde é que vamos chegar. Mas já estamos em uma situação muito melhor do que a gente já esteve nos últimos anos. Todos devem agora olhar para um mesmo objetivo e seguir em frente”.

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Para onde vai o Brasil?

As atividades do módulo de Profissionalismo foram encerradas com uma palestra proferida pelo ex-assessor do Ministério da Fazenda e economista do Banco Votorantin, Roberto Padovani, intitulada Cenário Político no Brasil e Perspectivas da Economia. A atividade teve o apoio da empresa Pixeon.

Ele fez uma análise do contexto macroeconômico, mapeando os fatores que, em sua opinião, deram origem e continuam mantendo o cenário de crise política, e apresentou uma visão otimista quanto ao futuro: “Essa é a boa notícia: enquanto o governo está tentando sobreviver, ele não está fazendo maluquice. Há claramente uma política de ajuste, e não é possível que seja diferen-

Clear Direction.

te. Independentemente de qual seja a pessoa que estará à frente do País nos próximos anos, o ciclo de crises já vividas em outros tempos mostra que, quando acaba dinheiro na América do Sul, todo mundo vira responsável e ortodoxo, porque acaba também a festa”.

E por que isso é bom? – quis saber um participante da plateia.

“Porque a gente vai ter gestão responsável daqui para adiante”, respondeu o economista, que acrescentou: “Gestão responsável faz com que você pague dívida. Pagar a dívida traz o investidor de volta, reorganiza a economia, estabiliza a inflação, reduz os juros, a engrenagem volta a funcionar e até o cenário político se acalma”.

From Diagnosis to Care.

Bayer, sinônimo de inovação e uma das empresas líderes em meios de contraste. Na área de diagnóstico, é pioneira em meios de contraste para raios-X, tomografia e ressonância magnética. No Brasil, introduziu o conceito de contraste órgão-específico, visando diagnósticos mais precoces de forma não-invasiva de patologias hepáticas focais.

Do diagnóstico ao tratamento, a Bayer oferece tecnologias e soluções que permitem um diagnóstico diferenciado e preciso de doenças, auxiliando o médico a optar pelo tratamento mais adequado a cada paciente.

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EVENTOS SPR Edição 468 – Agosto de 2017

Araçatuba propicia encontro informativo e descontraído Teve ciência e teve ‘arraiá’! O Tietê Resort & Convention Araçatuba foi o palco para o encontro do Clube Manoel de Abreu de 30 de junho a 2 de julho. As aulas abordaram o tema de Saúde da Mulher e o evento foi coordenado pelos Drs. Luiz Antônio Riani e Mauro Sérgio Camargo Benez (anfitriões), além do Dr. Nelson Caserta.

Os participantes receberam boa dose de atualização do tema por professores renomados: os Drs. Leandro A. Mattos, Décio Roveda Jr. e Selma di Pace Bauab formaram o time de palestrantes, e apresentaram aulas que envolveram endometriose, procedimentos, imaginologia e assimetria das mamas, dor pélvica e tópicos diferenciados da mais recente edição do BI-RADS®.

Ainda no sábado, outra sala recebeu uma reunião entre a SPR e a Associação Brasileira das Clínicas de Diagnóstico por Imagem (ABCDI).

Dr. Ademar José de Oliveira Paes

Junior, diretor, fez uma apresentação institucional sobre a associação, enfatizando seus objetivos e benefícios aos associados.

O assessor econômico do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Carlos Moura, fez uma apresentação intitulada Oportunidades de Gestão em Clínicas de Diagnóstico por Imagem e Radiologia. Discutiu como aumentar a rentabilidade de uma clínica por meio de uma gestão corpora-

SORTEIO DE BRINDES • OFERECIDOS PELA TOMOSON

tiva que envolve iniciativas de tecnologia e comerciais, entre outras.

Moura conduziu, ainda, a palestra A Importância da ABCDI na Defesa do Interesses das Clínicas de Diagnóstico por Imagem e Radiologia, em que abordou a nova versão do Padrão TISS 3.0, a regulamentação da Lei 13.003/14 e o rol da ANS 2018.

O fim de tarde do sábado e a noite deram privilégio às atividades sociais, e foram animados por uma

dinâmica festa junina, que contou com pratos típicos, roupas a caráter, dupla sertaneja e quadrilha.

Nesse momento de grande integração, participantes, professores e seus familiares se confraternizaram e aproveitaram o inverno do interior paulista para comer e beber as delícias da festa típica.

Na manhã do domingo, foi organizada a apresentação de casos, e os mais bem classificados foram:

1º COLOCADO Prêmio: Tablet com teclado Empresa: MEDILAUDO Nome: Caio Ferraz Basso Caso: Linfoma Primário do Sistema Nervoso Central Cidade: Botucatu Instituição: UNESP

2ª COLOCADA Prêmio: Tablet Empresa: KONIMAGEM Nome: Layara Inácio Caso: Hematoma Duodenal Subseroso Obstrutivo Cidade: São José do Rio Preto Instituição: Hospital de Base - FAMERP

3º COLOCADO Prêmio: Hospedagem para o CMA de Botucatu Empresa: SPR Nome: Saulo Villas Boas Alves Caso: Linfoma de Burkitt Cidade: Ribeirão Preto Instituição: HCRP -USP

EVENTOS SPR

EMPRESAS PARCEIRAS

Confira os contatos destas empresas na página 30 desta edição.

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EVENTOS SPR Edição 468 – Agosto de 2017

CENAS DO CMA EM ARAÇATUBA

Próxima parada O penúltimo encontro do ano do Clube Manoel de Abreu será realizado de 22 a 24 de setembro, em Botucatu. O tema de Oncologia Geral será coordenado pelos Drs. Seizo Yamashita, Sérgio Marrone Ribeiro e Andre Petean Trindade (anfitriões), além do Dr. Nelson Caserta, presidente do CMA. Garanta já as vagas para você e sua família – as reservas podem ser feitas com Luciana Moreira, da Consultare Eventos: cma.spr@consultareeventos. com.br. O Hotel Chaillot receberá os participantes – www.hotelchaillot.com.br.

A SPR completa 50 anos de tradição, excelência e credibilidade.

Você é a peça-chave dessa comemoração.

Como uma sociedade, a SPR é composta por membros que se esforçam diariamente para funcionar em sintonia. Junto a eles, chegamos aos 50 anos, tendo inúmeros motivos para celebrar.

A SPR agradece todos os seus associados, parceiros e colaboradores, que ajudaram a construir essa história.

Nossa sociedade está pronta para comemorar seus 50 anos, já pensando nos próximos 50 anos.

#SPR50

sociedadepaulistaderadiologia

spradiologia

spradiologia

spr.org.br

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EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 468 – Agosto de 2017

Serviços de todo o Brasil adotam o Curso Online de Radiologia Em junho, com o objetivo de ampliar o alcance do Curso Online de Radiologia (COR), para que ele se torne ainda mais atrativo aos participantes, a SPR lançou o projeto direcionado aos serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Até então, apenas os residentes isoladamente poderiam se inscrever e, a partir desta iniciativa, eles podem fazê-lo em grupos por meio dos serviços onde atuam.

O curso é dividido em três ciclos que agrupam os módulos adequados ao período de residência – três anos. Nessa formatação, o conteúdo teórico pode ser um material de ensino complementar a grade curricular de quem participar.

Assim, as turmas passam a ser divididas por serviço de residência e aperfeiçoamento. Assim, ao fim de cada ciclo, a SPR medirá o desempenho individualmente, po-

dendo fornecer ao coordenador de cada especialidade um relatório, para que ele possa acompanhar a atuação de seus residentes ou aperfeiçoandos. Membros da SPR que aderem ao curso por meio do programa pagam 20% menos na taxa de registro, quando comparada à adesão individual.

Serviços de diversas cidades do Estado de São Paulo – como Campinas, São José dos Campos e Soro-

Marcelo Souto Nacif

dos pré-residência, percebemos e vivenciamos uma busca por este formato. Acho que a SPR pode ser este canal teórico e talvez até necessário para que todos os residentes tenham um aprendizado mais homogêneo e convergente.

nidade de Radiologia Clínica, U São José dos Campos (SP) “A radiologia e o diagnóstico por imagem estão cada vez mais amplos e abrangem diversas subespecialidades. Os serviços de radiologia em hospitais que possuem residentes e aperfeiçoandos conseguem dar treinamento prático e assistencial baseado no fluxo de atendimento e nos casos que temos no dia a dia.

Para conseguirmos suprir necessidades teóricas, damos sessões diárias, divididas por subespecialidades, de até uma hora todos os dias. Em todas as sessões, os residentes possuem papel ativo, na discussão e na busca pelo aprendizado. Mas mesmo assim, identificamos uma parcela grande de alunos e médicos que se acostumaram com o modelo passivo de aprendizado, em que um professor precisa dar aulas e

caba, além da capital – e também de outras regiões do Brasil já se inscreveram para propiciar este benefício a seus residentes.

Informe-se sobre o curso no site da SPR – http://spr.org.br/educacao-digital/curso-on-line-de-radiologia.

Confira, a seguir, o depoimento de alguns coordenadores sobre o motivo de terem optado pelo Curso Online de Radiologia da SPR e as expectativas com seu programa.

Temos um total de 15 residentes que irão se beneficiar deste curso. A minha expectativa como coordenador do curso é que a SPR consiga estimular um estudo contínuo dos residentes e consiga trazer grandes discussões construtivas para o nosso serviço.

Me frustra muito ver o residente sempre passivo e não estimulado ao crescimento profissional.

o aluno prestar atenção – modelo este que já foi desconstruído em diversos aspectos mas que, no Brasil, com a grande força dos cursinhos pré-vestibulares e agora

A expectativa que vejo por parte deles é uma orientação melhor para organizarem os estudos para as provas do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) do fim do ano e de título de especialista.”

Monica Oliveira Bernardo F aculdade de Ciências Médicas e da Saúde PUC São Paulo (SP) “O que nos levou a escolher o curso foi a confiabilidade no conteúdo e qualidade dos eventos de alto nível da SPR, com conhecimento teórico pratico aos residentes, importante no dia a dia na formação médica. Também, a possibilidade de avaliações periódicas com critérios, importante para a comissão de residência médica.

Este anos, serão beneficiados os quatro R1 e o líder dos residentes, e no próximo ano todos os nossos nove residentes. Esperamos garantir que eles tenham um conteúdo informativo atualizado por excelentes radiologistas e avaliações periódicas que contribuam em sua formação. Também, certamente farão um estudo direcionado pelas aulas de temas importantes para a obtenção de título do CBR.”

Douglas Racy Med Imagem, São Paulo (SP) “O que fez optar pelo curso foram as aulas com temas bastante atrativos, básicos para o conhecimento inicial do residente, auxiliando-o nas dificuldades diárias dentro de um hospital ou durante sua residência médica. Aqui na Med Imagem, esperamos, com isso, beneficiar 36 residentes.

Minhas expectativas são de melhorar o ensino para o residente com aulas básicas, em que o professor transmita os conceitos necessários para um melhor desempenho do aluno durante o seu período de residência médica e depois, na sua vida profissional, com este conhecimento básico adquirido.”

EVENTOS SPR

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Agende-se para os Grupos de Estudos de agosto As tradicionais reuniões dos Grupos de Estudos da SPR se mantêm regularmente este mês, sempre com início às 20h e também transmitidas online. Veja a programação completa das reuniões na página 31 – na seção Agenda.

Durante o evento, são discutidos casos levados pelos participantes de diversos serviços, uma grande oportunidade para troca de conhecimento e atualização científica entre os participantes. Confira os encontros dos grupos realizados em julho:

Saiba como assistir online no endereço: spr.org.br/cursos-viaweb. E para mais informações sobre os Grupos de Estudos, confira a página spr.org.br/grupos-de-estudos e acompanhe as redes sociais da SPR.

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IMAGENS DAS REUNIÕES DE JUNHO E JULHO 4/7

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Agosto: Clube Roentgen aborda tireoide Nódulo da Tireoide: do Modo-B à Citologia será o tema da aula conduzida pela Dra. M. Cristina Chammas no próximo encontro do Clube Roentgen, agendado para 9 de agosto, às 20h, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo.

A doutora explica que o tema engloba uma visão geral do diagnóstico do nódulo da tireoide, quando e como valorizar alguns achados e o que fazer com eles. “Irei abordar uma atualização geral desse assunto, passando por US modo-B, Doppler, TI-RADS e citologia aspirativa e seus resultados,

todos no intuito de auxiliar na tomada de conduta pelo colega solicitante do exame, para a melhor terapêutica e seguimento do nosso paciente”, explica Dra. Cristina.

Quem não consegue comparecer, pode acompanhar o encontro via internet – proposta da SPR em par-

ceria com a Pixeon (http://spr.org. br/cursos-via-web). A mini CCRP de agosto, discussão que ocorre logo após a aula expositiva, terá casos do Hospital Sírio-Libanês para serem debatidos entre os participantes, desenvolvidos sob a coordenação do Dr. Luis Filipe de Souza Godoy.

JULHO Dr. Alexandre Marchini abordou o tema Sarcoidose no mês de julho. Após a aula de abertura, houve a discussão de casos da Unifesp/EPM, coordenados pelo Dr. Artur da Rocha C. Fernandes.

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ARTIGO Edição 468 – Agosto de 2017

Assertivas do consenso da ESGAR sobre imagens de RM do fígado e uso clínico de agentes de contraste hepato-específicos Em 2016, a ESGAR (European Society of Gastrintestinal and Abdominal Radiology) publicou um artigo muito interessante sobre meios de contraste hepato-específicos. Ela reuniu um grupo-tarefa de 18 especialistas qualificados, que foram divididos em grupos de estudo sobre assuntos relacionados ao uso de agentes hepato-específicos.

Cada grupo fez uma série de assertivas, que posteriormente foram submetidas ao crivo dos 18 especialistas. Os especialistas podiam concordar, discordar e comentar cada assertiva. A concordância foi mensurada através de um processo Delphi modificado, variando entre 0 e 5 (concordância de todos os especialistas). Estas assertivas respondem a várias dúvidas que surgem entre os usuários de meios de contraste hepato-específicos e nos pareceu proveitosa a publicação destas conclusões. A aqueles que desejam mais detalhes, é recomendada a leitura do texto original*. O texto a seguir é uma tradução livre.

Técnicas de RM

Sequências de RM

1. É requerida uma intensidade de campo mínima de 1.5 T (4.93).

10. As sequências para lesões sólidas hepáticas devem incluir as seguintes sequências:

2. Imagens com contraste adquiridas em 3T tem resultados similares comparadas com 1.5 T (4.73).

3.

Utilizar, sempre que possível, bobina phased-array multicanal para recepção do sinal, em combinação com bobina nativa de coluna (5.00).

Administração do meio de contraste 4. Todos os meios de contraste baseados em quelatos de gadolínio (non-blood pool) são adequados para MRI dinâmica do fígado (5.00).

5. Para obtenção de imagens na fase hepatobiliar em adição às imagens da fase dinâmica, é necessário o uso de meios de contraste hepato-específicos (5.00).

6.

Gd-EOB fornece o maior enhancement do hepatócito, mas sobreposição entre a fase tardia e fase hepatocítica deve ser considerada durante a avaliação dinâmica (4.87).

7. É recomendada a dose de acordo com o peso para todos os quelatos de gadolínio (4.93).

a) axial breath-hold heavilyT2-weighted half-Fourier single-shot turbo spin-echo;

b) n avigator-triggeredintermediate T2-weighted turbo spin-echo;

c) b reath-holdT1-weighted two-dimensional dual gradient-echo in-phase and opposed-phase; e

d) dynamic contrast enhanced fat-suppressed three-dimensional spoiled gradient-echo breath-hold sequence, acquired before and during thelate arterial, portal venous and late dynamic phase.

(5.00)

11.

D evem ser implementadas imagens ponderadas em difusão, usando b-values baixo e alto, porque fornecem informações adicionais em relação a ambas: detecção e caracterização das lesões (4.93).

12. Quando se deseja obter imagens na fase hepatobiliar usando Gd-EOB, ambas sequências T2W e DW podem ser obtidas após a aquisição da fase dinâmica tardia com contraste (4.60).

15. Imagens na fase hepatobiliar são beneficiadas com gradient echo high flip angle, dependendo da intensidade do campo magnético (4.80).

16. A fase hepatocítica pode ser considerada adequada quando Gd-EOB é detectado nos ductos biliares intrahepáticos e os vasos são definitivamente hipointensos em comparação ao parênquima adjacente; entretanto, dependendo da função fisiológica e fisiopatológica do fígado, nem sempre é obtido sinal hipointenso ótimo dos vasos hepáticos (4.80).

17. Imagens de subtração podem permitir detecção acurada do enhancement arterial de nódulos hepáticos, que se apresentam hipertensos já nas imagens T1W pré-contraste (4.80).

Lesões hepáticas benignas (WG 2) 18. D evido à ausência de exposição à radiação, alta resolução de contraste intrínseca, utilização de pequeno volume de contraste e protocolos de aquisição multiparamétricos, a ressonância magnética deve ser a modalidade de imagem preferida para caracterização de lesões focais equívocas detectadas por outras modalidades de imagem (5.00).

19. R M sem contraste incluindo sequências fortemente ponderadas em T2 e DWI podem ser consideradas o protocolo definitivo para detecção e caracterização de cistos típicos, lesões císticas e/ou hemangiomas típicos (4.47).

20. Ressonância magnética com meios de contraste intravasculares-extracelulares são requeridas para caracterização de lesões císticas e/ou lesões vasculares (4.87).

8. Todos os quelatos de gadolínio devem ser rotineiramente administrados com a taxa de 1-2 mL/seg, seguido por um flush salino de 20 mL a 1-2 mL/seg, usando injetora (4.80).

13. Single-shot breath-hold T2w MRCP deve ser adquirida até três minutos após a administração de Gd-BOPT (4.80).

21. Ressonância magnética sem contraste incluindo sequências gradiente echo “em fase e fora de fase” são mandatórias para detecção de componentes gordurosos dentro das lesões (5.00).

9. Técninas de bolus triggering são recomendadas para otimizar imagens na fase arterial (4.80).

14. Non-breath-hold T2w MRCP deve ser adquirida antes da administração de Gd-EOB (5.00).

22. R essonância magnética sem contraste e pós-contraste hepato-específicas são sugeridas para am-

bas as detecção e caracterização de lesões sólidas (4.93).

23.

Em fígado não cirrótico, nódulos isso/hiperintensos na fase hepatobiliar sugerem fortemente lesões hepatocelulares benignas não adenomatosas (4.80).

24. H emangiomas podem ter aspecto hipointenso na fase vascular tardia após administração de Gd-EOB em oposição ao aspecto encontrado, quando são usados contrastes apenas extracelulares (4.93).

Lesões malignas em fígados não cirróticos 25. A combinação de imagens da fase hepatobiliar com imagens de difusão tem alta taxa de detecção, particularmente de metástases muito pequenas (4.93 4.84 0.3190).

26. É recomendado o uso de meio de contraste hepato-específico em pacientes com esteatose hepática e em pacientes candidatos à ressecção hepática (4.80).

27.

Quando o diagnóstico diferencial é primariamente entre pequeno hemangioma versus metástases, é recomendado o uso de meio de contraste não específico (extracelular) (4.87).

28. Q uando o diagnóstico diferencial é primariamente entre lesão sólida benigna versus metástases é recomendado o uso de meio de contraste hepato-específico, devido à capacidade de diagnosticar hiperplasia nodular focal com confiança (4.80).

29.

Meios de contraste hepato-específicos levam à clara delineação de tumores hepáticos primários, incluindo colangiocarcinomas intrahepáticos/formadores de massa e podem ser úteis para o estadiamento local préoperatório (4.73).

30. Colangiocarcinomas intra-hepáticos têm aspecto relativamente hipointenso após administração de Gd-EOB na fase vascular tardia, em comparação ao enhancemtent na fase tardia quando é usado meio de contraste (4.67).

ARTIGO

31. Tanto a RM com meio de contraste hepato-específico ou RM com meio de contraste extracelular é adequada para medida seriada de metástases hepáticas de acordo com critérios RECIST (4.93).

32.

Na avaliação seriada do mesmo paciente, idealmente deveriam ser repetidas técnicas idênticas de RM, timing das sequências e o meio de contraste e as mensurações feitas nas mesmas fases/ sequências (5.00).

33. Técnicas de DWI quantitativa (mapa ADC) e perfusão são promissoras na avaliação da resposta tumoral, mas evidências adicionais são necessárias (4.86).

Lesões hepáticas focais em pacientes cirróticos 34.

Protocolos de RM state-of-the-art incluindo sequências pré-contraste e dinâmicas multifásicas são mandatórias em pacientes com cirrose hepática, sendo avaliados para hepatocarcinoma (5.00).

35.

Fase arterial tardia (opacificação de ambas as artéria hepática e veia porta, e ausência de opacificação de veias hepáticas) é preferível à fase arterial precoce para diagnóstico de hepatocarcinoma (5.00).

36. S e estiverem disponíveis, imagens em fases multiarteriais contínuas devem ser adquiridas para aumentar a detecção de hipervascularidade em nódulos de hepatocarcinoma (4.27).

37.

Imagens de subtração (pós-processamento) podem permitir detecção acurada de enhancement arterial em nódulos hiperintensos em T1W (4.87).

38. Em pacientes cirróticos, a fase hepatobiliar pode ser retardada dependendo da redução da função hepática (5.00).

39.

Ressonância magnética deve ser realizada para caracterizar uma lesão focal indeterminada de 10 mm ou maior em fígado cirrótico (4.93).

40.

Ressonância magnética está indicada para diagnóstico e estadiamento e também para avaliação de resposta terapêutica em pacientes cirróticos (5.00).

41. D iz-se que uma lesão focal mostra wash-in quando apresenta maior intensidade de sinal que o parênquima adjacente na fase arterial (4.73).

42. Diz-se que uma lesão focal mostra wash-out quando apresenta menor intensidade de sinal que o parênquima adjacente nas fases portal e/

ou dinâmica tardia, quando foi injetado um meio de contraste extracelular ou Gd-BOPTA (4.60).

43. Diz-se que uma lesão focal mostra wash-out quando apresenta menor intensidade de sinal que o parênquima adjacente nas fases portal, quando foi injetado meio de contraste Gd-EOB (4.40).

44. Uma lesão focal maior que 10 mm em fígado cirrótico e mostrando wash-in e wash-out (critérios primários para diagnóstico de hepatocarcinoma) estabelece com confiança um diagnóstico de hepatocarcinoma e confirmação patológica não é necessária (5.00).

45. Se um dos critérios primários não apresenta hipointensidade (seja wash-in ou wash-out) na fase hepatobiliar mais restrição em DWI ou hiperintensidade em T2, as lesões são altamente suspeitas para hepatocarcinoma (4.93).

46. Uma lesão focal hepática que não apresenta wash-in e mostrando hiperintensidade na fase hepatobiliar é provavelmente benigna (5.00).

47.

A maioria dos nódulos regenerativos mostra enhancement no mesmo grau que o parênquima adjacente nas fases vasculares e mostra isointensidade (ocasionalmente hiperintensidade) na fase hepatobiliar (4.93).

48. Meios de contraste hepatoespecíficos são úteis para diferenciar entre hepatocarcinoma e pseudolesões com enhancement arterial (4.80).

49. A interpretação combinada das fases hepatobiliar e dinâmica melhora a acuracidade diagnóstica das imagens de RM na detecção de hepatocarcinoma (4.93).

50. Critérios da EASL (European Association for Studies of the Liver) ou RECIST Modificado são recomendados na avaliação da resposta ao tratamento loco-regional tumoral do hepatocarcinoma (5.00).

presença e quantificação de gordura e ferro no fígado (4.87).

55. Enhancement com gadolínio pode integrar a estimativa pré-contraste de fibrose hepática e a utilização de Gd-EOB pode ser útil para demonstrar o grau de alterações fibróticas (4.40).

56. A captação de meios de contraste hepatoespecíficos depende da função dos hepatócitos (4.79).

57.

Diferenças transitórias da intensidade hepática ( Transient Hepatic Intensity Differences – THID) na fase arterial podem ser encontradas e o enhancement hepatobiliar usualmente é normal ou ligeiramente reduzido (4.80).

58. Ressonância magnética com utilização de meio de contraste é acurada no diagnóstico de doenças vasculares hepáticas (4.93).

59.

Nódulos regenerativos vistos em pacientes com alterações vasculares (síndrome de Budd-Chiari e outras) podem ser acuradamente diagnosticados após administração de meios de contraste hepatobiliares devido à captação na fase hepatobiliar (4.53).

60. Os meios de contraste hepatoespecíficos podem identificar a síndrome da obstrução sinusoidal na fase hepatobiliar (4.67).

61.

A colangiografia-RM associada a portografia-RM é útil para estadiar biliopatia portal (4.87).

62. Gd-BOPTA apresenta enhancement dos vasos hepáticos relativamente maior que o Gd-EOB-DTPA (4.47).

63.

Meios de contraste hepatoespecíficos são sensíveis na detecção de complicações vasculares e biliares pós-transplante (4.60).

Aplicações em vias biliares

51. Na avaliação da resposta tumoral, as fases vasculares são mais relevantes que a fase hepatobiliar (4.93).

64. Imagens de RM dos ductos biliares devem ser obtidas em campo de alta intensidade usando-se bobinas phased-array e técnicas paralelas de imagem antes e após procedimentos de drenagem biliar (4.93).

Doenças hepáticas difusas e vasculares

65. R M - c o l a n g i o p a n c r e a t o g r a f i a (MRCP) com equipamentos 3.0 T state of the art fornecem imagens com melhor qualidade que equipamentos 1.5 T (4.93).

52. Ressonância magnética multiparamétrica pode estimar o grau de esteatose e sobrecarga de ferro (4.93).

53. A esteatohepatite é mais difícil de avaliar, ainda que sequências sensíveis a edema (como TSE-STIR, DWI) possam ser úteis (4.73).

54. A administração de meios de contraste pode alterar o diagnóstico da

66. Séries pré-contraste sempre devem

21

incluir sequências cross-sectional T2We T1W junto com RM-colangiopancreatografia fortemente ponderada em T2W 2D e/ou 3D (4.73).

67. Quando for considerada a administração de meios de contraste baseados em Gd, sempre deveriam ser feitas imagens dynamic fat sat 3D GRE T1-weighted nas fases arterial e venosa portal. Imagens adicionais tardias devem ser obtidas quando há suspeita de malignidade, inflamação ou infecção (4.47).

68. Na ausência de comprometimento da função hepática/obstrução biliar, RM-colangiografia com contraste (MRC) pode ser obtida com Gd-EOB aos 20-40 min e com Gd-BOPTA aos 60-120 min (4.93).

69.

Para maximizar SNR e contraste bile-para-fígado, deveria ser realizado MRC 3D GRE T1W contrast-enhanced com ângulos de flip aumentados: mais que 20 graus (4.93).

70.

Imagens de RM contrastadas devem ser consideradas em pacientes com colestase não explicadas se o US é não diagnóstico (4.93).

71.

R M sem contraste e RM dinâmica pós-contraste, incluindo fases tardias, são úteis para diferenciar o colangiocarcinoma intraductal do tipo formador de massa (4.93).

72.

DWI auxilia na detecção de colangiocarcinoma extra-hepático e pode ser adicionada às imagens de RM pré e pós-contraste (5.00).

73. R M pré-contraste e dinâmica pós-contraste são úteis na avaliação da extensão longitudinal de câncer de ductos biliares, mas pode subestimar o envolvimento vascular, nodal e peritoneal (4.87).

74.

R M pré e pós-contraste são úteis para diferenciar carcinoma de ductos biliares extra-hepáticos de estenoses benignas (4.73).

75.

Quando combinada com a T2W MRCP, a MRC pós-contraste permite avaliação morfológica e funcional do sistema biliar (5.00).

76.

Informações funcionais podem ser de interesse particular para a detecção de lesão de vias biliares, incluindo extravasamento e estenose, avaliação de anastomoses entero-biliares, diferenciação de lesões biliares das extrabiliares, avaliação de dilatação de ductos biliares e avaliação de disfunção do esfíncter de Oddi (4.93).

Artigo desenvolvido pelo Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos da SPR.

*Neri E, Bali MA, Ba-Ssalamah A, Borachi P et al. ESGAR consensus statement on liver MR imaging and clinical use of liver-specific contrast agents. Eur Radiol 2016; 26: 921-931

SPR GLOBAL

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Progetto Diventerò leva radiologistas brasileiros à Itália Iniciativa plurianual da Fundação Bracco em parceria com a SPR, as inscrições para a edição de 2017/2018 do Progetto Diventerò (“Projeto vou me tornar”) já estão abertas e encerram-se no dia 13 de setembro de 2017.

O projeto, que possui o objetivo de acompanhar jovens de talento durante seu treinamento profissional, promovendo um percurso inovador de consolidação entre o mundo acadêmico e o trabalho diário, selecionará três radiologistas brasileiros que ganharão uma bolsa de estudos de seis semanas em instituição de excelência na Itália.

Para participar é necessário se enquadrar nos pré-requisitos: o candidato deve ser cidadão brasileiro, membro da SPR, nascido entre 1990 e 1984, ser médico radiologista, ter no mínimo três anos de experiência na área – residência médica ou estágio em radiologia ou ultrassonografia – e ter

receberá um Certificate of attendencee.

Interessados devem preencher o formulário disponível no site da SPR, enviar as documentações solicitadas e confirmar a disponibilidade de partida em março de 2018 – a data exata de embarque será divulgada pela Fundação Bracco e a SPR no fim do processo de seleção.

boa proficiência na língua inglesa ou italiana (imprescindível).

Para cada fellow será atribuído um mentor, que irá fornecer orientação, pareceres científicos e técnicos durante o período de estágio na Itália. Durante o período em que o profissional permanecer no centro de estudos da Itália, não haverá avaliações, mas ele

Confira todas as informações e inscreva-se: http://spr.org.br/concursos-e-premiacoes/progetto-diventero.

SPR em eventos internacionais: confira os próximos Uma das missões da SPR é promover excelência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem por meio de encontros que compartilhem experiências e ofereçam a troca de conhecimento. Para reforçar essa missão, a entidade sempre busca participar de eventos internacionais que contribuam para o

enriquecimento da discussão de temas práticos e comuns e favoreçam a atualização científica dos especialistas.

A SPR busca fortalecer parcerias internacionais para desenvolver eventos específicos que enriqueçam o contato entre brasileiros e profissionais de diversas

regiões do mundo. Entre os benefícios dessa prática, está o oferecimento de desconto nas inscrições para os membros das entidades conveniadas e a troca de conhecimento entre os participantes.

O American Institute for Radiologic Pathology, a Associación Colombiana de Radiología, a Radio-

logical Society of North America e a Société Française de Radiologie são algumas das entidades com as quais a SPR já firmou convênio ou trabalhou em parceria.

No ano de 2017, a sociedade estará representada em diversos eventos internacionais. Confira e agende-se:

DATA

EVENTO

De 31 de julho a 3 de agosto

XXXVI Semana Internacional de Ultrassom, em Cancun, México

De 3 a 6 de agosto

Congresso Colombiano de Radiologia, em Cartagena de Índias, Colômbia

De 14 a 16 de setembro

I Jornada Equatoriana-Paulista de Radiologia – FESR, em Quito, Equador

De 14 a 16 de setembro

Congresso Argentino de Diagnóstico por Imagem – CADI 2017 – SAR/FAARDIT, em Buenos Aires, Argentina

De 19 a 21 de outubro

Congresso Chileno de Radiologia 2017, em Santiago, Chile

26 de novembro a 1º de dezembro

Congresso RSNA 2017, em Chicago, Estados Unidos

24

#SPR50

ANOS

Edição 468 – Agosto de 2017

Tempo de transição: do primeiro computador ao nascimento do Germe A década de 1980 representou um período de reivindicações para os associados da SPR e a entidade viu uma nova geração de radiologistas assumir seu comando Por Oldair de Oliveira e Patrícia Morgado

A gestão do Dr. Luiz Karpovas na presidência da SPR refletiu bem o clima político do Brasil naquele início da década de 1980. Com o País saindo do período da ditadura militar e entrando em um novo momento político e social, os trabalhadores se sentiam mais à vontade para fazer reivindicações e lutar pelos seus direitos. E este sentimento de mudança e engajamento ecoou diretamente entre os membros da SPR. Se nos primeiros dois anos do mandato Karpovas (1981-1983), era a relação com o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) que estava na berlinda, a reeleição (19831985) trouxe à tona questões importantes, como a batalha pela tabela de honorários da Associação Médica Brasileira (AMB). Nada, porém, que abatesse o caráter determinado e ativo de Karpovas.

Filho de imigrantes lituanos e poloneses, ele mantinha o espírito de liderança e justiça desde a universidade, quando atuava no grêmio estudantil da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). O convite para ingressar

em um cargo administrativo dentro da sociedade veio em 1978, quando se tornou tesoureiro na gestão de Sidney de Souza Almeida.

Agora, como presidente da SPR, Karpovas tinha à frente novos desafios. Por isso, junto com a diretoria que o acompanhava, empenhou-se em conseguir a declaração de utilidade pública da sociedade. Assim, a entidade teria mais condições para buscar incentivos para ensino e pesquisa com dotação de verbas e oficialização de eventos. Nesse processo, teve o apoio do deputado e também médico Fauze Carlos (falecido em 20 de julho de 2012). Já em março de 1984, investiu na ampliação da SPR, com a aquisição do apartamento 42 do Edifício Santa Emília. Após as devidas adaptações, a inauguração da nova sede ocorreu em 4 de outubro de 1985.

Naquele momento, havia muito que comemorar, visto que a SPR chegava a 750 associados e se preparava para receber o novo presi-

dente: o mineiro José Michel Kalaf.

Participante ativo das reuniões do Clube Manuel de Abreu (CMA), Kalaf acompanhou o desenvolvimento da SPR desde a fundação, fazendo parte de sua primeira diretoria, ao recebera incumbência de primeiro-secretário. Por isso, o

nome do radiologista para presidir a SPR entre os anos de 1985-1987 surgiu de forma natural entre os participantes do evento que celebrava os 20 anos do CMA. Ciente das conquistas da entidade até então, o radiologista, natural de Araguari, continuou a batalha pela valorização profissional, manteve as iniciativas para a aceitação da tabela de honorários da AMB e investiu no aprimoramento técnico-científico do associado. E foi durante a gestão Kalaf que o primeiro computador – que agora chegava aos grandes hospitais – adentrou a sede da SPR, em setembro de 1986. Da marca nacional Scopus, a máquina foi adquirida juntamente com uma impressora, causando frisson entre os funcionários.

E foi neste clima de mudanças e novidades que Giovanni Guido Cerri recebeu o bastão para comandar a SPR entre os anos de 1987-1989. Natural de Milão, na Itália, sua gestão ficou marcada como um período de

#SPR50

José Michel Kalaf, no papel de presidente da SPR, discursa na abertura da JPR de 1986

“troca de guarda” dentro da sociedade. Afinal, a SPR passava por um momento de transição, com a entrada de uma nova geração de radiologistas.

Sabendo do trabalho que o esperava, Giovanni Guido Cerri não mediu esforços para que a sociedade seguisse adiante. Assim como nas gestões anteriores, manteve a entidade na

batalha por remuneração adequada (dessa vez junto a alguns convênios e, posteriormente, junto ao Inamps) e investiu nas atividades científicas voltadas ao associado. Na sua gestão, aconteceu a primeira reunião do Clube do Sistema Musculoesquelético – futuro Germe, nascido do bem-sucedido Curso sobre Osso, que

25

Com Giovanni Guido Cerri na presidência da SPR, a JPR ultrapassou pela primeira vez, em 1989, a marca de 1.000 congressistas

tinha à frente o Dr. Xavier Stump.

Além disso, a Jornada Paulista de Radiologia (JPR) supera pela primeira vez a marca de 1 mil congressistas.

Cerri também implementou a reforma gráfica e editorial da Revista da Imagem e adquiriu mais um apartamento do Edifício Santa Emília para instalar uma videoteca. Inaugurada

em junho de 1989, o projeto era uma parceria da SPR com o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Era o início de um novo ciclo marcado pela chegada da informatização e expansão do conhecimento. A década estava chegando ao fim e o País estava passando por mudanças. E, mais uma vez, a SPR não estava imune a elas.

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FOOD&ARTS

Ulysses Torres Médico radiologista do Grupo Fleury no Hospital São Luiz

Anatomia comparada do coelho ‑“Para nós, espanhóis, é missa pela manhã, tourada à tarde e bordel à noite. Que resulta disso tudo? Tristeza”, disse certa vez Pablo Picasso a um amigo, o escritor francês André Malraux. Quer tenha ou não um pouco de razão o pintor malaguenho em suas elucubrações sobre o espírito de seus compatriotas, reviro obcecadamente os abscônditos de minha memória em busca do que é que me encanta na mágica Espanha. Talvez sejam as cores. Os crepúsculos no verão, desses que alegram as retinas, pela primeira vez impressionadas por um laranja sem par a se guardar no coração feito um tesouro. As azeitonas verdíssimas. O vermelho-vivo dos tomates sobre o pan con tomate. E os cheiros: de terra escura molhada de orvalho nas primeiras horas da manhã, de frutas vermelhas, de especiarias; os mesmos cheiros que aparecem em tantos vinhos da região, e também em um dos meus prediletos, o Valbueña de Vega Sicilia, verdadeiro milagre da uva Tempranillo em Ribera del Duero.

Entre paellas, jamones, croquetas, tortillas e gazpachos, o leitor poderá se perguntar o que o coelho está fazendo aqui no meio da jogada.

Acontece, caro leitor, que coelhos são ubíquos, da América à Oceania, de Portugal aos confins da Europa... E foram tão comuns, mas tão comuns na Península Ibérica, que, para alguns linguistas, o próprio termo geográfico latino “Hispania” talvez derive do fenício, “Hi-shphanim”, “ilha de coelhos”. Em tempos de fome, de escassez, de guerras, e também depois, nos tempos de abundância, lá estava ele, o coelho, com sua prole numerosa, sua carne magra, saudável, tenra, rica

em proteínas, pobre em gordura, pronta a aplacar a fome. Não é de se surpreender, pois, que o povo da região tenha adquirido “certo domínio” no preparo do coelho: a deslumbrante paella valenciana, que leva frango, coelho e legumes; o similar arroz con conejo, de Múrcia; o conejo al ajillo; e outras infindáveis variações deliciosas. Os portugueses, por exemplo, têm o coelho à Caçador (ou à Caçadora), refogado com cebolas, tomates, toucinho...

Uma preciosidade! Os franceses não ficam atrás, como pude atestar com um fabuloso lapin à la moutarde, na impecável receita de Alain Ducasse, que comi recentemente no bistrô Benoit em Paris.

Os fanáticos por comida espanhola como eu dificilmente escaparão de dois pequenos, simples, autênticos e bons restaurantes aqui em São Paulo: Museo Veronica, em Moema; e Maripili, na Chácara Santo Antonio. O Museo é um dos meus all-time favorites na capital paulista, e penso em escrever uma coluna inteira dedicada a ele em breve. O Maripili, que revisitei este mês após conversar com um colega de trabalho morador do bairro, continua ótimo. Um teletransporte para uma bodega no interior da Espanha em meio ao pleno e feio cinza das ruas esburacadas daqui (eu ia dizer “acelera!”, mas deixemos de ironias). À la Picasso, talvez seja necessária aquela melancolia calma do senhor de meia-idade e paletó azul ali sentado à janela, ou a solitária e introspectiva paz da mulher mais ao canto, ou ainda a alegria das boas companhias experimentada por aquele grupo ruidoso no meio do salão para que se aprecie a de-

Benoit

liciosa e infinda dança espanhola de tapas y vino, tapas y vino, tapas y vino... No dia, felizmente, havia coelho ensopado ao molho de ervas, primorosamente cozido durante horas, de carne desmanchando.

Um verdadeiro prazer!

O coelho no Benoit finalizei com um savarin à l’Armagnac, que consiste numa massa doce à base de brioche, embebida em armanhaque (aguardente típica da Gasconha), e acompanhada de delicado creme de baunilha. Já no Maripili o leporídeo foi sucedido por uma iguaria típica da região de Múrcia, no sudeste espanhol: pan de Calatrava, um doce soberbo concebido em suas origens pelas gentes simples ali às voltas com pedaços de pão velho e duro, mais um pouco de leite, ovos e açúcar; muito parecido com nosso pudim de pão, deliciosamente delicioso. Certas coisas, como a fome e a criatividade, não conhecem fronteiras, e espero que, do coelho ao pudim de pão, essa ideia tenha permeado um pouco do texto. É sempre um privilégio morar numa cidade que nos propicia essas viagens sem passaporte, e talvez aí resida um dos fascínios da gastronomia.

Maripili

ARTS

nos dias 17, 18 e 19 de agosto a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (www.osesp.art.br), sob a batuta de sua regente assistente (a italiana Valentina Peleggi), executará, entre outros, o lindo Capriccio Espagnol, uma das obras mais famosas e admiradas do compositor russo Nikolai Rimsky-Korsakov. Trata-se de uma suíte orquestral de 15 minutos, em cinco movimentos, cada um deles baseado em diferentes temas e melodias da música folclórica espanhola. Alborada, o primeiro deles, por exemplo, inspira-se em uma dança asturiana que celebra o nascer do sol.

Já o quinto, por sua vez, em clímax alegre, frenético e vigoroso, baseia-se em um fandango asturiano. Mas tudo isso somente após a Abertura em Ré, de Joseph Haydn, e o Concerto n.5 para piano (conhecido como “Egípcio”), de Camille Saint-Säens, este último pelas mãos de Louis Schwizgebel, um jovem e talentoso pianista suíço que vive em Londres.

Aparentemente a ideia é que o capricho espanhol finalize o concerto em grande estilo. A conferir!

ARTE E MEDICINA

27

Alfredo Buzzi* é Professor Titular de Diagnóstico por Imagem da Universidade de Buenos Aires e Membro Honorário Internacional da SPR

Visita do doutor, por Jan Steen Pintores flamencos do século XVII encontraram na visita do médico ao domicílio do paciente um dos temas tradicionais que devem ter grande aceitação entre a burguesia de seu tempo, porque têm sobrevivido numerosas versões do tema.

A cena se repete de forma estereotipada: o médico, vestido elegantemente, toma o pulso ou observa a urina da paciente (sempre do sexo feminino), que está apoiada em uma cadeira em seu quarto. Uma empregada permanece atenta à cena, e, na maioria das vezes, parece cúmplice ao médico, porque estes são casos de doentes de “mal de amores” melancolicamente se reclinam sobre almofadas ou parecem perder a consciência, doentes de “melancolia erótica” ou mesmo de jovens com gravidez precoce.

Jan Steen foi um pintor holandês prolífico da era barroca conhecida como a “A Idade de Ouro Holandesa”, um contemporâneo de Rembrandt. Durante grande parte do século XVII, os Países Baixos foram a nação mais próspera da Europa, liderando o comércio, a ciência e a arte.

A obra de Jan Steen é uma lufada de ar fresco que diverge do trabalho de seus colegas. Pintava principalmente temas da vida cotidiana, bem-humorados e irônicos, que, às vezes, tocam o ridículo e o absurdo, e se ocupou, em suas pinturas, da visita de um médico em domicílio por pelo menos 18 vezes.

Nesta pintura Visita do doutor de 1663, mostra duas das ferramen-

Visita do doutor (Jan Steen, 1663). Óleo sobre tela de 49 cm por 42 cm.

Wellington Museum, Apsley House, Londres

Autorretrato de Jan Steen (1625-1679)

tas de diagnóstico mais importantes do século VII: palpação do pulso e exame visual da urina. No entanto, não se preocupa em demonstrar muito a consulta médica em si, mas as implicações sociais e morais da situação.

Steen indica por vários símbolos que a paciente (do sexo feminino, como em todos os seus trabalhos sobre este assunto) sofre de “amor”. Neste caso, é a atitude da paciente, segurando a cabeça com a mão, que indica certo grau de melancolia. Seu cão parece preocupado. Talvez a causa seja um amor reprimido e não correspondido.

O artista dá muitas pistas nesta pintura que sugerem que esta é a causa de sua “doença de amor”: a pintura com uma cena de amor (Vênus e Adônis) na parede de trás parcialmente vista, o braseiro com fita embebida na urina que arde (na época era um costume popu-

*O autor é editor da Revista ALMA – Cultura y medicina: www.almarevista.com/revista

lar para determinar a gravidez) e a criança sentada na parte inferior esquerda, que parece o Cupido com seu arco e flechas, olhando o espectador com tom cúmplice.

O médico, vestindo um terno fora de moda e um tanto teatral, olha sorridente para a empregada, segurando uma garrafa com a urina da paciente.

Na parede da direita, a inclusão da pintura O palhaço, do então famoso pintor (também holandês) Frans Hals, acrescenta humor.

Há também várias questões não resolvidas: o homem na sala ao lado, trabalhando em seus papéis, parece ignorar o que acontece. Será o marido despreocupado de seus deveres conjugais, ou teria sido enganado? As chaves e o saco pendurado na cadeira indicam que ela também tem negligenciado os seus deveres como dona de casa?

Como em muitas de suas pinturas, Jan Steen propõe reflexão sobre questões morais e de consciência.

CRÔNICA

29

Um extrato social se formou que se agarra às tetas do Estado e dos sindicatos, defendendo com unhas e dentes seus privilégios Cássio Ruas de Moraes Membro da Comissão Editorial do Jornal da Imagem

“O tempora! O mores!”

Já faz uns trinta anos, assisti a um filme que muito me comoveu e que ficou gravado na memória. Era um filme japonês chamado A Balada de Narayama.

Tratava o enredo de uma aldeia dos tempos antigos no Japão que ficava numa região montanhosa e gelada, cujo trabalho principal de seus habitantes era prover alimentos para a família atravessar o inverno, quando tudo gelava e cobria-se de neve. Qualquer cálculo mal feito, intempérie ou outra circunstância que prejudicassem as colheitas de verão resultavam em fome e morte para membros da família no inverno.

Aquela família específica, através dos anos, era comandada pela avó, respeitada pelos filhos e netos pela sua força e sabedoria. Num ano de más colheitas, em que as despensas vazias alarmavam os moradores, veio se somar inesperado acontecimento que naquelas circunstâncias assumia proporções de desgraça: uma das noras estava grávida, representando uma boca a mais para o próximo inverno. Este fato muito acabrunhou a avó, que um dia disse ao filho mais velho: já não temos o suficiente e mais um para sustentar trará inevitavelmente a fome. Eu estou velha, minhas forças já pouco contribuem, e já está chegando a hora de você me levar para a montanha.

Havia naquela região uma montanha alta e gelada para cujo topo eram levados os moribundos, doentes irremediáveis ou anciãos agonizan-

tes, ali deixados para morrer entre símbolos religiosos e restos mortais.

Tradicionalmente, era o filho mais velho que levava o enfermo.

O filho dessa avó se desesperava diante de tão cruel tarefa. A avó, por outro lado, também se desesperava com o aproximar do inverno e via no sacrifício a única maneira de salvar a família. Ele repetia que ela não era velha o suficiente para ser levada e acabou por usar o argumento que considerou definitivo: além de todos os trabalhos que ela conseguia fazer, possuía a avó os dentes na boca. Naquele lugar, uma pessoa era considerada velha e pronta para morrer na montanha quando já não tinha mais dentes. A avó, contudo, tinha que vencer a resistência do filho. Apelou então para o último recurso: diante de uma grande pedra, bateu nela com força quebrando os próprios dentes. Ao encontrar o filho disse que agora estava pronta.

No topo da montanha, com o coração aos pedaços, ele a deixou sem coragem de olhar para trás.

Dizem muitos que não é de nossa natureza prover para o futuro e a razão disso é que não temos inverno como nos países da zona temperada

Tenho me lembrado dessa história porque vejo o mundo se parecer cada vez mais com aquela aldeia.

Indícios de insustentabilidade se espalham e podem ser encontrados em lugares como algumas regiões da África, por exemplo, onde esse processo de escassez em desproporção com a multiplicação populacional já começou há muito tempo. Não se fala mais em controle populacional, nem na China. Ao contrário, o que preocupa os países atualmente é o desequilíbrio do número de jovens em relação à população de idosos, o que vem pondo em cheque os sistemas previdenciários, não apenas aqui no Brasil. Que se estimulem então os casais a terem filhos...

Dizem muitos que não é de nossa natureza prover para o futuro e a razão disso é que não temos inverno como nos países da zona temperada.

Vem daí a dificuldade de planejar-

mos e aceitarmos reformas do sistema de vida visando a um futuro sem solavancos. Crises políticas se sucedem diante da simples ideia de compromisso que representaria ameaça ao “status quo”. Vemos isto com a reforma da Previdência atualmente.

Um extrato social se formou que se agarra às tetas do Estado e dos sindicatos, defendendo com unhas e dentes seus privilégios. Representam uma minoria em nossa sociedade e com eles não se pode discutir reformas, a Previdência que se quebre e o povão fora do esquema que se vire para pagar os impostos e garantir seus “direitos adquiridos”. É a chamada “Privilegiatura”. Para eles, os velhinhos, os miseráveis, os aposentados do INSS e os desempregados podem todos subir à montanha do filme japonês. Assim deixariam de incomodar e de serem a evidência irrefutável de nossa injustiça social.

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NEGÓCIOS&OPORTUNIDADES Edição 468 – Agosto de 2017

EQUIPAMENTOS VENDE-SE ultrassom Toshiba Xario 2009 (14¨), Xario 2010 (14¨) e Aplio XG 2009 (19¨) e transdutores convexo, endocavitário e linear (o de maior tamanho). Estão revisados e bem conservados. Telefone: (16) 3303- 5300 - Araraquara - SP. (1) VENDE-SE mamógrafo, marca Lorad, modelo M- IV, em ótimo estado. Interessados entrar em contato pelo telefone: (17) 99778-1003. (3) COMPRA-SE máquina de ressonância magnética Siemens Magneton C usada. Tratar com Dr. André de Queiroz. Contato: (99) 3524-8807 ou contato@cadidiagnostico.com.br. (2) VENDE-SE CR Agfa 85x completo e mamógrafo 600T usados. Tratar com Leandro Lamenha pelo telefone: (82) 99667-1666. (2) VENDE-SE ressonância magnética aberta 0,35T Siemens Magneton C, ano 2008, completa e em perfeito estado de funcionamento, acompanha bobinas e dois condensadores de ar Carrier de 62.000 Btus. Valor R$700 mil. Contato: Oswaldo | oswaldo.vicente@uol.com.br | (14) 98123-9812. (2) VENDE-SE aparelho de US Toshiba Nemio XG 2012, com três sondas e Video Printe, pouco usado e bem conservado. Valor R$ 30 mil. Retirar no local (Santos - SP). Vende-se pistola de biópsia - ProMag I2,2, na caixa. Valor R$ 700 com frete grátis. Tratar com Dr. Reginaldo Araujo: (13) 3232-3344 ou (13) 99708-4283. (2)

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Como anunciar Os membros da SPR que estiverem em dia com a anuidade poderão publicar seus anúncios nesta seção gratuitamente. Os radiologistas que não forem associados devem pagar uma taxa. Para sócios em dia do CBR, o ônus por publicação é de R$ 250. Já para os radiologistas que não forem membros nem da SPR nem do CBR, o ônus por anúncio é de R$ 300. O anúncio deve ser enviado até o dia 10 de cada mês, para publicação no mês subsequente. Outras informações: jornaldaimagem@spr.org.br.

A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e exclusivamente responsabilidade do anunciante.

A SPR também não possui qualquer participação ou interesse econômico nos negócios efetuados em decorrência dos anúncios.

AGENDA

Eventos da SPR

2017

AGO

Data

Local

XXXVI Semana Internacional de Ultrassom – https://goo.gl/wzpwgA

Cancun, México

1

Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)*

Sede da SPR

2

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

3a6

Congresso Colombiano de Radiologia – https://www.acronline.org

Cartagena de Índias, Colômbia

4e5

VII Jornada Cearense de Radiologia – http://soceara.com.br/jcr2017

Fortaleza – Ceará

Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (Gemcr)

Sede da SPR

Clube Roentgen* – Mini CCRP Hospital Sírio-Libanês

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*

Sede da SPR

9 10

15

Reunião do Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Reunião do Grupo de Estudos de Tórax (Geto)* 17

Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

22

Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

Sede da SPR

25

2º Congresso Internacional de Gestão em Saúde ABRAMED www.abramed.org.br/congresso

Hotel Renaissance São Paulo, SP

26

Curso SPR Teach the Teachers

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

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Reunião do Grupo de Estudos de Profissionalismo e Gestão (Geproge)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Eventos da SPR

2017

SET

Outros eventos

Evento

31/7 a 3/8

Data 5 13

14

Outros eventos

Evento

Local

Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)*

Sede da SPR

Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (Gemcr)

Sede da SPR

Clube Roentgen* - Mini CCRP Med Imagem

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio)*

Sede da SPR

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Congresso Argentino de Diagnóstico por Imagem (CADI 2017) www.cadi2017.com.ar

Buenos Aires, Argentina

XX Congresso Ecuatoriano de Radiología / I Jornada Equatoriana-Paulista de Radiologia - FESR – www.fesr.com.ec/web

Quito, Equador

X Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*

Sede da SPR

Clube Manoel de Abreu

Botucatu, SP

26

Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

Sede da SPR

27

Reunião do Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)*

Sede da SPR

28 e 29

State of the Art in Chest Imaging – International Symposium www.chestimagingbarcelona2017.com

Barcelona, Espanha

14 a 16

15 e 16 19 22 a 24

Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363.

Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo.

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza: Al. Santos, 85, São Paulo.

Hotel Maksoud Plaza: Rua São Carlos do Pinhal, 424, São Paulo. *Evento com transmissão via web pela SPR ou pela Pixeon. **Agenda completa das transmissões em www.spr.org.br/cursos-via-web.

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