Caderno 2 edição 463 | Março 2017

Page 1

Caderno2 Este encarte é parte integrante da edição 463 do Jornal da Imagem | Março de 2017

CASO 1 HOSPITAL MATER DEI

1

História clínica Paciente com quatro anos, evoluindo há 20 dias com obstrução nasal e drenagem de secreção, inicialmente amarelada e, depois, com sangue associado. Poucos dias após, acompanhante relatou alterações oculares, mais tarde diagnosticadas como proptose ocular direita. Houve atendimentos posteriores com hipóteses diagnósticas e tratamentos voltados para sinusite e conjuntivite, sendo administrados antibióticos, sem sucesso. Os pais deram entrada no serviço em posse de pedido de tomografia dos seios da face. Impressão diagnóstica do exame foi descrita como volumosa lesão insuflativa ocupando a cavidade nasal e seios paranasais à direita, com invasão do cone orbitário ipsilateral e provável extensão intracraniana a partir da lâmina crivosa do etmóide. Solicitadas biópsia, cintilografia óssea e análise anatomopatológica e imuno-histoquímica.

2

3

Legendas das figuras: 1 e 2. TC de seios da face em cortes axial e coronal com filtro de partes moles evidenciando volumosa lesão expansiva insuflante, com densidade de partes moles e realce heterogêneo pelo contraste, apresentando áreas centrais hipocaptantes sugestivas de necrose, preenchendo a cavidade nasal direita, antro maxilar, seios etmoidal e frontal ipsilaterais, com invasão também do cone orbitário 3. Corte em sagital com filtro para partes moles demonstrando invasão da fossa craniana anterior com extensão parameníngea 4. Corte em coronal com ênfase em estruturas ósseas evidenciando osteólise das paredes do seio maxilar direito, da cavidade nasal, lâmina papirácea e paredes inferomediais da órbita, ipsilaterais

4

CASO 2

1

HOSPITAL ALBERT EINSTEIN História clínica

2

3

Paciente masculino, 37 anos, branco, com dor intensa de início súbito no terço médio/distal da perna direita. Sem comorbidades ou antecedentes relevantes. Etilista social e praticante de atividades físicas. O exame físico geral era normal e não havia sinais flogísticos ou outras alterações no membro. Ultrassonografia do sistema venoso, bem como de partes moles estavam normais. Os exames laboratoriais também estavam normais, exceto por uma leve redução no hematócrito. A radiografia da perna evidenciou uma lesão predominantemente lítica de limites imprecisos na diáfise distal da tíbia direita. A ressonância magnética demonstrou uma lesão permeativa na medular óssea central da tíbia, com sinal e realce heterogêneos pelo meio de contraste. PETCT e PET-RM evidenciaram alta captação do radiofármaco no local da lesão. O paciente foi submetido à cirurgia, sendo realizada resseção em bloco da lesão, e colocada uma placa metálica fixada por parafusos, com a parte central do osso preenchida por cimento. Após a cirurgia houve alta hospitalar, boa recuperação, sem novas queixas até o presente momento, sendo iniciada quimioterapia sistêmica.

Legendas das figuras:

4

5

1. Radiografias de frente e perfil da perna mostram lesão permeativa na diáfise distal da tíbia 2. Baixo sinal em T1 3. Alto sinal heterogêneo em T2/STIR 4. Alta captação do radiofármaco no PET-RM 5. Acometimento de partes moles (seta preta) sem destruição da cortical óssea (seta branca)


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.