PS SBV no AFOGAMENTO – diferenças

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM AFOGAMENTO

Passo 1 – AGIR imediatamente, pois existe risco de morte e tomar atitudes
Autores Dr David Szpilman Enfermeiro José Márcio da Silva Silveira

Passo 1 – AGIR imediatamente, pois existe risco de morte e tomar atitudes

SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM AFOGAMENTO

Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First aid courses for the aquatic environment; section 6 (6.7) Resucitation, in Hand Book on Drowning:Prevention, Rescue and Treatment,edited by Joost Bierens,Springer-Verlag, 2005, pg 342-7.

Veja também os capítulos

Graus e condutas em afogamento

Cadeia de sobrevivência

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REMOVA DA ÁGUA - SE FOR SEGURO A VOCÊ

Em área seca: Coloque a vítima paralela a água com a cabeça e o tronco no mesmo nível.

Cheque a resposta da vítima perguntando,

“Você está me ouvindo?”

A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, alem de facilitar a ocorrência de vômitos.

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Peça que liguem 193

Se houver resposta, ela está viva (indica ser um caso de resgate ou grau 1, 2, 3, ou 4). Coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para o grau de afogamento(veja na tabela. Avalie então se há necessidade de chamar os Bombeiros e aguarde o socorro chegar.

Se NÃO houver resposta – Ligue ou peça a alguém para ligar 193 chamando os bombeiros, e aplique sequencia ABC;

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Coloque dois dedos da mão direita no queixo e a mão esquerda na testa, e abra as vias aéreas.

A limpeza da boca só deve ser realizada em caso de forte suspeita de corpo estranho.

Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland2005.

Abra as vias aéreas

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Cheque se existe respiração

VER, OUVIR, & SENTIR

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Se não houver respiração

Faça 5 ventilações

boca-a-boca

Obstrua o nariz utilizando a mão da testa, e com os dois dedos da outra mão abra a boca pegando pelo queixo de forma que possa acoplar a sua boca sem escapamento de ar e inicie a primeira ventilação observando a elevação do tórax, e logo em seguida ao esvaziamento do pulmão faça em sequencia as outras 4 ventilações (observe um intervalo de uns 2 a 3 segundos entre cada ventilação), e;

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Márcio

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EM AFOGAMENTO

Cheque sinais de circulação

Reação a ventilação ou presença de movimentos na vítima.

Se houver resposta existe circulação.

Mantenha somente a ventilação 10 vezes por minuto até o retorno da respiração, que usualmente ocorre em menos de 10 ventilações.

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Se não houver sinais de circulação

e posicione as duas mãos entrelaçadas, e; passe os dois dedos pelo abdômen, localize o encontro das duas últimas costelas, marque dois dedos,

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Se não houver sinais de circulação

inicie 30 compressões cardíaca externa.

Mantenha alternando 2 ventilações e 30 compressões com um socorrista, ou 2 x 15 se dois socorristas em caso de afogamento

Não pare até que:

a - Haja resposta e retorne a respiração.

Coloque então a vítima de lado e, aguarde o socorro do guarda-vidas ou da ambulância solicitado, ou;

b – Você entregue o afogado a uma equipe médica, ou;

c – Exaustão.

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Durante a RCP Verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo.

Re-cheque ventilação e circulação a cada 5 ciclos de 2 ventilações e 30 compressões

Existem casos de sucesso na ressuscitação de afogados após 2 horas de manobras e casos de recuperação sem danos ao cérebro após 1 hora de submersão.

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NOTAS SOBRE A RCP EM AFOGAMENTOS

•Sempre inicie todo processo com apenas um socorrista, para então após 2 a 3 ciclos completos de RCP, iniciar a alternância com dois socorristas. Os socorristas devem se colocar lateralmente ao afogado e em lados opostos. Aquele responsável pela ventilação deve cuidar da reavaliação e de manter as vias aéreas desobstruídas. Em caso de cansaço realize a troca rápida de função com o outro.

• Após os primeiros 5 ciclos completos de compressão e ventilação, reavalie a ventilação e os sinais de circulação. Se ausente, prossiga a RCP e interrompa-a para nova reavaliação a cada 2 minutos ou 5 ciclos.

• A RCP deve ser realizada no local do acidente, pois é onde a vítima de afogamento terá a maior chance de sucesso. Nos casos do retorno da função cardíaca e respiratória acompanhe a vítima com muita atenção, durante os primeiros 30 minutos, até a chegada da equipe médica, pois ainda não esta fora de risco de uma nova parada cárdio-respiratória.

• Nos casos onde não houver efetividade da manobra de ventilação boca-a-boca, refaça a abertura das vias aéreas e tente novamente.

• As próteses dentárias só devem ser retiradas caso estejam dificultando a ventilação boca-a-boca.

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RCP

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QUANDO INICIAR AS MANOBRAS DE RCP EM AFOGAMENTOS

1. Todos com um tempo de submersão inferior a 1 hora.

2. Todos que não apresentem um dos sinais abaixos;

· Rigidez cadavérica

· Decomposição corporal

· Presença de livores

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Após a recuperação da vítima, coloque em decúbito lateral direito e aguarde o socorro chegar

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COMPLICAÇÕES NA RCP DO AFOGADO

O vômito é o fator de maior complicação nos casos de afogamento onde existe inconsciência.A sua ocorrência deve ser evitada utilizando-se as manobras corretas:

• Utilize o transporte tipo Australiano da água para a areia – evite o transporte tipo Bombeiro.

• Posicione o afogado na areia com a cabeça ao mesmo nível que o tronco – Evite colocá-lo inclinado de cabeça para baixo.

• Desobstrua as vias aéreas antes de ventilar – Evite exagero nas insuflações boca-a-boca, evitando distensão do estômago.

• Em caso de vômitos, vire a face da vítima lateralmente, e rapidamente limpe a boca. Em caso de impossibilidade desta manobra utilize a manobra de Sellick. Ela evita o vômito pela compressão do esôfago. LEMBRE-SE QUE, O VÔMITO É O PIOR INIMIGO DO SOCORRISTA.

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CONDUTA DO SOCORRISTA APÓS O RESGATE AQUÁTICO

O socorrista enfrenta diariamente a dúvida de quando chamar o socorro médico e quando encaminhar a vítima ao hospital após o resgate. Em casos graves a indicação é óbvia, porém casos menos graves sempre ocasionam dúvidas. Após o resgate e atendimento inicial o socorrista tem basicamente 3 possibilidades:

1. Liberar a vítima sem maiores recomendações.

a) Vítima de RESGATE sem sintomas, doenças ou traumas associados – sem tosse, com a freqüência do coração e da respiração normal, sem frio e totalmente acordado, alerta e capaz de andar sem ajuda.

2. Liberar a vítima com recomendações de ser acompanhada por médico.

a) Resgate com pequenas queixas.

b) Grau 1 – Só liberar após observação de 15 a 30 min se a vítima estiver se sentindo bem. Só observe o grau 1 no posto se a praia estiver vazia e você não precisar se afastar da observação da água que é a sua prioridade.

c) Liberar o paciente para procurar o hospital por meios próprios quando houver: Pequeno trauma que não impossibilita andar (anzol, luxação escapulo-umeral) ou mal estar que não impossibilita de andar.

3. Acionar o Sistema de Emergências Médicas (SEM) – Ambulância (193) ou levar diretamente ao hospital em caso de ausência do SEM (ambulância).

a) Afogamento grau 2,3, 4, 5, e 6.

b) Qualquer paciente que por conta do acidente ou doença aguda o impossibilitam de andar sem ajuda.

c) Qualquer paciente que perdeu a consciência mesmo por um breve período.

d) Qualquer paciente que necessitou de boca-a-boca ou RCP.

e) Qualquer paciente com suspeita de doença grave como; infarto do miocárdio, lesão de coluna, trauma grave, falta de ar, epilepsia, lesão por animal marinho, intoxicação por drogas, etc.

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