Passo 3 – CONDUZIR um diagnostico e tratar antes do hospital.
MORDEDURAS E PICADAS
Autores Dr David Szpilman
Enfermeiro José Márcio da Silva Silveira
RAIVA
Passo 3 – CONDUZIR um diagnostico e tratar antes do hospital.
Doença causada pelo vírus da raiva, transmitida por mordedura de mamíferos (cão, morcego, gato, animais silvestres como macaco, cavalo, boi cabrito, vaca e outros), lambedura em pele lesada ou mucosas (boca, olhos) ou arranhadura. Além da raiva, comumente essas feridas evoluem com infecção secundária por outras bactérias presentes tanto na pele das pessoas, quanto na boca do animal, podendo ocorrer, portanto, danos funcionais e estéticos.
Sinais e Sintomas
• Inicialmente há febre, dor de cabeça, mal-estar e dor no corpo,
• Posteriormente ocorrem agitação, confusão mental, alucinações ("visões e vozes"), convulsões e espasmos musculares. Há sensibilidade exagerada à luz, ruídos e tato. Ocorre salivação e lacrimejamento excessivo, além de hidrofobia ("medo da água").
A doença evolui lentamente para coma e morte, não havendo tratamento, daí a especial importância que deve ser dada às medidas profiláticas.
A RAIVA NÃO TEM CURA, MAS TEM PREVENÇÃO - VACINA
RAIVA
ABC dos PRIMEIROS SOCORROS
Passo 3 – CONDUZIR um diagnostico e tratar antes do hospital.
Profilaxia
• Toda ferida deve ser imediatamente lavada com água e sabão, e não feche a ferida com curativos,
• Mordidas em extremidades do corpo (pés, mãos, orelhas) são consideradas mais perigosas para o contágio do vírus da raiva humana.
• A história do animal agressor (vacinado ou não) não é importante para a conduta profilática. Ele deve ser observado por dez dias, caso seja cão ou gato. Nenhum outro animal é possível observar,
• Todos os casos devem ser avaliados por médico quanto à necessidade do uso de vacina e soro antirábico, antibióticos e profilaxia anti-tetânica,
• No caso de animais silvestres, não é feita a observação devendo ser estabelecido o esquema de vacina. A agressão por morcego demanda sempre soro e esquema de vacina 10 + 3 doses.
• É conveniente lembrar que pessoas previamente vacinadas não devem receber soroterapia.
Veja mais no site do Instituto Pasteur
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Acidentes Ofídicos (Mordedura de Cobra)
Cobras Venenosas (Peçonhentas) e Não Venenosas
A primeira medida a ser tomada é identificar se o animal é venenoso ou não e de preferência qual o tipo de cobra. As cobras venenosas produzem uma substância tóxica nas glândulas da cabeça, que são injetados na vítima através dos dentes ocos parecidos com agulhas.
No mundo todo existem aproximadamente 2500 espécies de cobras (serpentes). Destas, 250 são conhecidas no Brasil, das quais 70 são consideradas peçonhentas e pertencem a 2 grupos e quatro gêneros.
Tipos de Cobras Venenosas
Grupo Crotalíneo
1. Gênero Bothrops (jararacas) - caicára, jararacuçu, cotiara, cruzeira, urutu, jararaca-do-rabobranco, surucucurana.. 88% dos acidentes por cobra.
2. Gênero Crotalus (cascavéis) - boicininga, maracabóia, e combóia. Possuem guizo ou chocalho na ponta da cauda. 8% dos acidentes com cobra em nosso país.
3. Gênero Lachesis (Surucucus) - pico de jaca, surucutinga, surucucu pico-de-jaca, surucucude-fogo. 3% dos acidentes com cobra em nosso país.
Grupo Elapíneos
1. Gênero Micrurus (coral verdadeira) - coral e boicorá. São responsáveis por menos de 1% dos acidentes com cobra em nosso país.
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Acidentes Ofídicos (Mordedura de Cobra)
Grupo Crotalíneos
Fosseta Loreal - é um buraco entre o olho e a narina em cada lado da cabeça, que serve para a cobra perceber modificações de temperatura a sua frente. Isto possibilita a caça a noite, mesmo sem visão normal. É chamada também de cobra-de-quatro-ventas.
Cabeça triangular recoberta com escamas pequenas.
Dentes inoculadores de veneno, grandes, pontiagudos, móveis e ocos, lembrando agulhas de injeção, situados na frente da boca (figura 3). Quando a cobra está em repouso, estes dentes permanecem deitados recobertos por membranas dando aparência de estar sem dentes.
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Como Reconhecer uma Cobra Venenosa
O reconhecimento das cobras venenosas, segundo o gênero a que pertencem, podem se reconhecidas se respondidas algumas perguntas.
Pergunta 1 - A cobra tem anéis coloridos {vermelho, preto(cinza)e branco(amarelo)} em qualquer combinação? Obs: Na amazônia algumas corais não tem anéis e são pretas ou marrons.
SIM - Pode ser uma coral verdadeira e deve ser considerada como venenosa. Não precisa perguntar mais.
NÃO - Pode ser outra cobra venenosa.
Pergunta 2 - Tem fosseta loreal?
NÃO - Não é venenosa. Não precisa perguntar mais.
SIM - É venosa, devendo então verificar a que gênero pertence.
Pergunta 3 - Tem chocalho na ponta do rabo, além de ter fosseta?
SIM - É cascavel. Não precisa perguntar mais.
NÃO - É outro gênero de cobra venenosa.
Pergunta 4 - Tem rabo com escamas arrepiadas e ponta de osso, além de fosseta?
SIM - É surucucu-pico-de-jaca. Não precisa perguntar mais.
NÃO - Só pode ser jararaca, pois ela é a única cobra venenosa que tem fosseta loreal e rabo
sem detalhes importantes, ou seja sem chocalho e sem escamas arrepiadas no final do rabo.
ABC dos PRIMEIROS SOCORROS
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Outras formas de diferenciação das cobras venenosas
Para isso devemos considerar as seguintes características (existem algumas exceções):
Venenosa Não Venenosa
- Dentes grandes na frente
- Tem 4 "orifícios" entre a narina e o olho
- A cabeça é coberta por escamas
- Pupila em fenda
- Cabeça triangular
- Não tem presas na frente
- Não tem orifícios além das narinas
- Grandes placas na cabeça ásperas como o resto do corpo
- Pupila redonda
- Cabeça redonda
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