29ª Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia

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EDIÇÃO ESPECIAL


capa

PORTUGAL Maria Cecília.........................................................................................24 Jorge Chichorro Rodrigues.....................................................................30

Entrevistas

Sumário

Georg Frey Escritor, palestrante e pesquisador do comportamento humano. Criminólogo, Especialista em comportamentos desviantes e psicopatias. Fundador U.A.C.H Unidade de Análise do Comportamento Humano - Pág. 08

BRASIL Aldirene Máximo....................................................................................37 André D’Soares.....................................................................................42 Antônio Neto........................................................................................48 Bruno Demétrio.....................................................................................52 Cris Barbosa..........................................................................................56 Delmo Biuford........................................................................................61 Douglas Jefferson.................................................................................67 Ester Barroso.........................................................................................72 Gisela Ferian Sutto.................................................................................78 Hélio Jaques Rocha.................................................................................82 Irlen Benchimol....................................................................................89 Marcos PL.............................................................................................94 Ricardo Farias......................................................................................98 Tania Mara de Souza Sampaio............................................................102 Vanessa Cruz de Araújo.......................................................................105 Zilda Freitas.........................................................................................109

Participação Especial Shirley Cavalcante................................................14 Estevão de Sousa.................................................17 Editora Hope........................................................21 José Lopes da Nave...............................................35 Helena Santos........................................................36 Rosa Maria Santos...............................................40 PublishNews.....................................................41 Rosa Marques........................................................51 Rosana Nicácio......................................................54 Adriana Garcia.......................................................59 Maria dos Santos.....................................................64 João Bezerra Silva Neto.....................................71 Texto Ideal.............................................................76 Maurício Duarte....................................................81 Nell Morato...........................................................86 Josenilson Leite....................................................92 Petrônio Borges...................................................97

Ceiça Carvalho....................................................101 Mirian Menezes de Oliveira........................................104 Wilson Sylvah........;.....................................................108 Ironi Jaeger...................................................................111

Colunas

Solar de Poetas – José Sepúlveda...........................28 Poetas Povoeiros – Emy Dine..................................29 Mercado Literário – Léo Vieira..................................44 A Vida em Partes – Tito Laraya.................................45

Livros em Foco

Especial Editora Penalux...........................................113 Editora M.Books........................................................118 Fabiano de Abreu Rodrigues....................................119 JackMichel......................................................120


Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano V Nº 29 Edição set2017 Publicação Bimestral Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante DRT: 2664 Diagramação EstampaPB Revisão ortográfica das entrevistas Josias A. de Andrade Texto Ideal - http://texto10.wix. com/mais Para Anunciar smccomunicacao@hotmail.com 55 – 83 – 9 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor. ISSN 2358-0119

Shirley M. Cavalcante (SMC)

Editora e Coordenadora do projeto Divulga Escritor - www.divulgaescritor.com

29ª edição da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia é apresentada com enorme orgulho e satisfação a você leitor. Uma edição especial, onde comemoramos quatro anos da Revista, há exatamente 4 anos estávamos divulgando a nossa primeira edição, eu sempre digo que o mais difícil não é criar um projeto e sim mantê-lo, o que nossa equipe vem realizando com grande êxito. Divulga Escritor, hoje, é uma das maiores e melhores revistas literária da lusofonia, com conteúdo exclusivamente literário, o editorial se destaca por sua qualidade e profissionalismo. A edição de N. 29 está composta por mais de 40 autores participantes, divulgando entrevistas, livros, textos em prosa e em versos... LITERATURA. Vamos juntos ler e divulgar a Revista Literária da Lusofonia, apoiar os nossos escritores e escritoras contemporâneas. Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos: Obrigada, Jose Sepúlveda, apoio em Portugal. Obrigada Amy Dine, apoio em Portugal. Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal. Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal. Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio Brasil. Obrigada, Ilka Cristina, apoio Brasil Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas. Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo! MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATURA. por juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI. Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo. Boa Leitura!






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Esta obra, tecnicamente, pode ser definida como de autoajuda, mas prefiro classificá-la como um manual de sobrevivência.”

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Georg Frey Escritor, palestrante e pesquisador do comportamento humano. Criminólogo, Especialista em comportamentos desviantes e psicopatias. Fundador U.A.C.H Unidade de Análise do Comportamento Humano Olá! Sou Georg Frey e tenho 30 anos de experiência na análise do comportamento humano. Como criminólogo e fundador da U.A.C.H. – Unidade de Análise do Comportamento Humano, me dedico a estudar, no Brasil e exterior, o que leva as pessoas ao comportamento desviante. Estou falando de aprender por meio das dores, traições, vergonhas, decepções, culpas, desesperos, mentiras, medos, lutos, depressões, suicídios, encontros com psicopatas, sociopatas e mitômanos, independentemente de etnia, religião, idade ou nível cultural. Entender os gatilhos motivacionais por trás de cada comportamento é o que me fascina.

Boa leitura!

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Escritor Georg Frey, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que é o “Almanaque U.A.C.H.”? Quais seus objetivos? Georg Frey – Obrigado por esta oportunidade singular de divulgar esses trabalhos. A coleção “Almanaque U.A.C.H.” é o resultado da compilação de minhas palestras, cursos e aulas. Os temas são facilmente aplicáveis na vida, no dia a dia de qualquer um, seja no trabalho, nas relações familiares, sociais ou pessoais. Por exemplo, os primeiros títulos que serão publicados são estes: 10

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• Almanaque UACH da Análise Comportamental • Almanaque UACH da Psicopatia • Almanaque UACH da Gestão de Riscos e Fraudes Empresariais • Almanaque UACH da Psicologia da Mentira • Almanaque UACH do Luto, Depressão e Suicídio Havia um espaço vazio entre as publicações científicas herméticas, com um linguajar e terminologias incompreensíveis, e outras publicações que tratavam desses assuntos de forma muito superficial, sem mostrar como o problema pode ser identificado e resolvido na vida do

leitor. Em resumo: um é teórico demais, o outro, superficial demais. A coleção, “Almanaque U.A.C.H.” veio para atender a essas necessidades dos leitores. De que forma o luto está sendo abordado em “Almanaque U.A.C.H. – Minhas, Nossas Guerras Secretas”? Georg Frey – Quando pensamos em luto, é natural associar esta palavra à morte de alguém, mas é mais que isso: luto = perda, qualquer perda. • Perder o emprego; • Ver o fim de uma amizade;


DIVULGA ESCRITOR • Fechar a sua empresa, encerrar uma sociedade; • O fim do seu relacionamento. Ou seja, qualquer coisa que valorizamos e que é arrancada de nós contra a nossa vontade. Ao longo do livro vou provocar você com exercícios e reflexões. Eles serão úteis, pois trarão soluções e alívio para as suas dores e medos. Além do luto, a depressão é outra temática abordada nesta obra literária. De que forma a depressão é apresentada? Georg Frey – A depressão é muito traiçoeira! Já me “encontrei” com ela mais de uma vez e posso lhe garantir: ela lembra uma vampira sedenta, tira toda a sua vontade e energia. No livro, mostro como ela pode nos pegar de surpresa, as armadilhas que temos que evitar. Por exemplo: é comum confundir depressão com tristeza. Quando isso acontece, não imaginamos que aquela pessoa alegre, brincalhona, que está sempre sorrindo, na verdade está pedindo, desesperadamente, a sua ajuda, o seu socorro e você não percebe. Por meio de exemplos reais de superação e testes, ofereço ajuda para quem está deprimido e para os que podem estar ao lado de um depressivo, prestes a se matar e nem nota isso. Após se deparar com o luto e a depressão, o leitor encontrará por fim o suicídio. Como foi a escolha dos três temas para compor o enredo de “Almanaque U.A.C.H. – Minhas, Nossas Guerras Secretas”? Georg Frey – Decidi escrever este livro como parte da cura, sobre as profundas feridas, adquiridas nas

guerras secretas, que travei contra o luto, a depressão e o suicídio. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam por ano. Em média, ocorre um suicídio a cada 40 segundos. Só no Brasil, uma pessoa se mata a cada hora! Fui afetado diretamente por esta estatística; minha vida foi afetada por esta realidade. Meu processo de cura e superação foi pesquisar e tratar encarando esse

problema. De forma geral, qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio do conteúdo apresentado no livro? Georg Frey – Tudo começa com um pacto que faço com o leitor. Este será o nosso pacto: você precisa de alguém que entenda de verdade sobre essas dores e as situações limite do luto, da depressão e do suicídio. Sim, só você sabe as esquinas por onde passou, o peso que está em suas costas, as longas noites de insônia e desespero em total abandono, tristeza e solidão. Mas a partir de agora, você deixará de ser uma pobre vítima para ser um predador.

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Predadores lutam, vencem, voltam com o prêmio para casa, como protetores e provedores. Vítimas ficam pelo caminho, miseravelmente sentindo pena de si mesmas e implorando compaixão. Eu entendo a sua dor. Mais do que isso, de mim você não receberá: enrolação, conselhos bonitinhos e inúteis. A ajuda será para valer, de alguém que não segue as velhas e amareladas cartilhas acadêmicas com prazo de validade já vencido. Quais os principais desafios para a escrita desta obra literária? Georg Frey – O mais difícil foi bater de frente com os meus demônios interiores. Ir além do medo e da vergonha. Decidi escrever este livro, como parte da cura, sobre as profundas feridas, adquiridas nas guerras secretas que travei contra o luto, a depressão e o suicídio. Esta obra, tecnicamente, pode ser definida como de autoajuda, mas prefiro classificá-la como um manual de sobrevivência. A quem indica a leitura? Georg Frey – Aos que estão sofrendo, em silêncio, por medo, vergonha ou por não saber como pedir socorro. Aos que querem enxergar os sinais, os pedidos de socorro dos que estão ao seu lado, sofrendo em silêncio. Para quando está previsto o lançamento da obra? Georg Frey – Já estamos no processo de revisão; então, começaremos com o calendário de lançamentos (São Paulo, João Pessoa, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife). www.divulgaescritor.com | set 2017

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Após o lançamento, onde o livro estará disponível para compra? Georg Frey – Pela internet: uach. com.br e principais livrarias. Você realiza palestras abordando diferentes temáticas. Quais as principais temáticas abordadas em suas palestras? Georg Frey – • Psicologia da Mentira – você será um detector de mentiras! • Luto, Depressão e Suicídio – você poderá identificar os pedidos de socorro e evitar uma tragédia em sua vida. • O Psicopata ao seu Lado! – saberá como identificar e se proteger em sua vida e no mundo coorporativo. • Gestão de Riscos e Fraudes Empresariais – como proteger sua empresa e blindar a sua carreira profissional. • Análise Comportamental – saberá encantar o entrevistador e conquistar a vaga. Saberá como não entrar na lista de cortes da empresa. Além disso, você poderá encontrar valiosos ensinamentos no Face da U.A.C.H.: https:// www.facebook.com/georgfreyuach/ bem como no canal no YouTube: https://www.youtube.com/channel/ UC-TJtIntyZTj34lwLdSo2xQ/videos onde trato de vários temas ligados ao comportamento humano. Lá, você encontrará dicas e curiosidades que serão úteis para a sua vida. Quem desejar contratá-lo como deve proceder? Georg Frey – Entrar em contato pelo e-mail: georg@uach.com.br. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor e palestrante Georg Frey. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você 12

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deixa para nossos leitores? Georg Frey – Se você, leitor, for minimamente inteligente, tirará todo o proveito da situação, aprenderá com os meus erros e acertos; verá nas minhas lutas para exorcizar uma legião de demônios uma inspiração para combater e vencer os seus. De qualquer forma, não espere que eu lhe trate com suavidade e condescendência, insultando a sua inteligência ou venha a oferecer soluções fáceis para vivências tão dolorosas e devastadoras. Sei que a escolha será sua, sempre será. “As suas Guerras Secretas”, suas dores, solidão e desespero serão tratadas nessas páginas. Estaremos juntos, lutaremos juntos e venceremos! Aqui, você terá a oportunidade de aprender por meio de histórias e experiências reais. Elas ensinam melhor do que as herméticas e frias teorias acadêmicas.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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Escritora Shirley Cavalcante

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Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, uma Bienal de oportunidades 14

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onsolidada como um dos principais eventos literários do Nordeste brasileiro, a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco se torna a Bienal das oportunidades. A próxima já tem data marcada, e será de 6 a 15 de outubro de 2017. Enquanto o Sudeste do Brasil está superlotado com grandes editoras, o Nordeste está expandindo e tendo, cada vez mais, a necessidade de editoras que se apresentem e conquistem o seu espaço no mercado editorial dessa região. Apresentamos 10 motivos para você estar na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. 1. O Pernambuco é um dos principais Estados do Nordeste e se destaca pelo seu desenvolvimento e economia. 2. Estar próximo, por ter como limites os Estados da Paraíba, Bahia, Ceará, Alagoas e Piauí.

3. O Estado tem a terceira

maior Bienal Internacional do Livro do Brasil. 4. A Bienal Internacional do Livro de Pernambuco TEM ENTRADA GRATUITA. 5. Na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, o escritor pode se inscrever gratuitamente para adquirir um horário e lançar o seu livro na Plataforma de Lançamentos de Livros. 6. Seus estandes têm um dos melhores preços por metro quadrado do Brasil, balanceando assim os custos de quem deseja trazer livros de outros Estados, como os do Sudeste, onde Rio de Janeiro e São Paulo têm os preços mais altos por metro quadrado na aquisição de estandes. 7. Na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco a editora de grande porte é destaque, enquanto em outros Estados pode ser só mais uma editora a participar.

8. Na Bienal Internacional do

Livro de Pernambuco o editor ainda consegue negociar diretamente com um dos principais gestores, um dos maiores produtores culturais do Nordeste, Rogério Robalinho. 9. A Bienal tem inúmeras parcerias com blogs e mídias locais, que a promovem e a divulgam com frequência. 10. Há uma parceria com a Divulga Escritor, Revista Literária da Lusofonia, Portal Literário, e-mail marketing, grupos e páginas nas redes sociais. Diante de tantas oportunidades, você, editor, não pode ficar de fora, vamos somar e conquistar cada vez mais novos leitores nordestinos.

Para participar, acesse o site: http://www. bienalpernambuco.com/

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VIAJANDO PELO MUNDO - Tirol Escritor Estevão de Sousa

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m Junho de 2015, três amigos resolverem transformar em realidade um sonho já antigo: o de conhecerem o Tirol. Assim, meteram-se num BMW e, saindo de Coimbra, rumaram à fronteira de Vilar Formoso. Com o roteiro bem definido, prosseguiram viagem atravessando a Espanha e parte da França. Ao chegarem a Paris, sabiam que teriam de percorrer mais 928 Kms. até Innsbruck, capital do Tirol Austríaco; prosseguiram viagem e passando pela Suíça e pelo pequeno Liechtenstein chegaram ao destino pretendido. Os 171 quilómetros de Liechtenstein a Innsbruck - numa boa e bonita estrada serpenteando por um vale entre as montanhas dos Alpes, que naquela época do ano se encontram cobertos de um manto verde polvilhado de flores, mantendo os picos brancos, fazem-se quase sem se dar por isso, tão absorvidos que somos pela paisagem. Extasiados com toda aquela magnificência - a que se juntava um maravilhoso céu azul - que excedia em muito a nossa imaginação, parámos varias vezes para tirar fotografias, havia que perpetuar aquele deslumbramento! www.divulgaescritor.com | set 2017

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Após esta agradável viagem, a chegada a Innsbruck foi uma não menos agradável sensação. Não supúnhamos que ali, perdida no meio dos Alpes e encaixada entre as montanhas, fossemos encontrar uma cidade tão simpática e acolhedora. A capital do Tirol, não sendo uma cidade muito grande, tem no entanto, variados pontos de interesse que cativam quem a visita. Virada quase que exclusivamente para o turismo – em especial o turismo de inverno – orgulha-se de oferecer aos visitantes, belíssimos hotéis, muitos monumentos históricos e uma bela gastronomia. 18

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Quem a procura, poderá visitar o mausoléu do Imperador Maximiliano I – autentico pai da cidade - e, ali apreciar as suas 28 estátuas de bronze, representando cada uma, um membro da família do imperador, os Hasbsburgos, não deixando de admirar o mais antigo monumento arquitetónico, o Goldenes Dachl (telhado dourado), constituído por 2657 telhas de cobre forradas a ouro, cobrindo o balcão do antigo palácio do Imperador, transformado em museu. Este palácio, de cinco andares, apresenta as muitas janelas decoradas com vasos de flores de lindas e variadas co-

res, que constituem um gosto para a vista. Para além dos que acima indicamos, como pontos a visitar, temos outros que cativaram a nossa atenção: O Jardim Zoológico, onde encontrámos animais dificilmente vistos noutro lugar, inclusive um urso branco; o palácio a que chamam castelo de Ambras (ou Schloss Ambrass) do arquiduque Fernando II, com a sua maravilhosa fachada e os frescos existentes no interior; as catedrais; ou ainda, as casas de cores variadas junto ao rio Inn, que atravessa a cidade. Também a não perder, é a visita ao Panorama Tirol – que, para


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além de ser uma obra de arte arquitetónica digna de admiração, oferece em si mesmo uma viagem pela história do Tirol. Ali pudemos ver - com soberba precisão e impressionante realismo, numa pintura gigante com 1000 metros quadrados, - a batalha entre as tropas napoleónicas e os rebeldes tiroleses liderados por Andreas Hofer, em 1809, a qual, teve lugar exatamente onde se encontra o museu. Como curiosidade, tem interesse saber-se que, este museu está ligado - por um túnel subterrâneo - ao museu Kaiserjager (museu da infantaria imperial Tirolense), que documenta a história do Tirol nos séculos 19 e 20. Aconselhamos também o visitante a fazer um passeio ao longo da trilha”Panorama Loop” com 2,2 quilómetros, a qual circunda Birgisel Mountain, oferecendo incríveis e ininterruptas vistas panorâmicas sobre Innsbruck e seus arredores alpinos; ou ainda, a dar um passeio de teleférico até ao alto das montanhas, de onde se desfruta uma vista fabulosa sobre a cidade e os Alpes em volta; podendo, se o desejar; ir até à pequena e simpática vila IGLS, onde existem algumas das pistas de ski. Pode aproveitar até para, colher no alto da montanha, uma Flor Edelweiss, cujo oferecimento a uma dama significa a maior prova de amor que um tirolez pode ter, para com a sua amada. Ah, se desejar fazer compras, não se esqueça de visitar a rua Maria Theresten Strasse em cujas lojas encontrará a mais recente moda internacional! Quem ainda se lembra do filme Sissi, a Imperatriz? Pois o palácio onde a Sissi viveu e onde foram feitas as filmagens, encontra-se em Innsbruck, cujo interior, em restauro, vale a pena visitar. Que mais se poderá dizer da capital do Tirol? Oh, tanta coisa!... A propósito: não se esqueça de ir ao museu do cristal que fica a 15 quilómetros e que não deve perder! Agora vamos falar da gastronomia: - Em Innsbruck existem variadíssimos restaurantes; uns pertencentes aos hotéis, outros somente restaurantes, e

Flor Edelweiss ainda, uns terceiros: misto café-restaurante. Em todos, se degusta invariavelmente a gastronomia regional, à exceção de dois, onde se faz uma alimentação mais europeísta. Na alimentação do Tirol, normalmente não falta o queijo. E... que queijo, meu Deus! Mas, como nem só de queijo se vive no Tirol, aconselhamo-lo a comer um bom Shinintzel (bife à milanesa, servido com batata), uma goulash (sopa de batata), um rivoli de espinafre, um tiroller Groosti (carne, bacon e batatas), servido numa panelinha de cobre com um ovo em cima, ou o tradicional Wiener Salmitzel (bife gigantesco à milanesa). Depois disto, e porque estamos ali a ver uma deliciosa torta de chocolate... só nos resta dizer que, o povo do Tirol, de uma simpatia extrema e usando uns trajes típicos basto garridos que lhes conferem um ar engraçadíssimo, é patriota, forte e defensor dos seus valores. Foi ocupado pelos Romanos, Napoleão e pelos nazis e a todos soube sobreviver, tornando-se um estado reconhecido pela comunidade Europeia. Como ficámos maravilhados com o que vimos, só nos apraz dizer: - Vá, venham daí que não necessitam PASSAPORTE! www.divulgaescritor.com | set 2017

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Biografia Hope

Fundada em outubro de 2015, a Editorial Hope vem com uma proposta diferenciada e inovadora para o mercado editorial. A Hope não faz apenas livros, ela transforma histórias que antes ficavam na gaveta, em sonhos reais, daí vem seu slogan: “Semeando Esperança, Colhendo Sonhos.” A frente da Editora está Jéssica Milato, proprietária e Editora chefe da empresa, além de autora da casa. Atualmente a Hope conta com mais de 44 obras lançadas, entre autores de publicação tradicionais e autores de publicações independentes. Venha fazer parte da família Hope. Contatos Emails: publiquehope@gmail.com / editorahope@gmail.com Facebook: editorialhope Instagram: @editorahope Blog: http://editorahope.blogspot.com.br/ Twitter: @editorialhope site: www.editorahope.com Bienal Rio Localização: Pavilhão verde, rua O, estande CL12

Agenda Bienal 02/09 – 14:00 – Hellen Caroline 02/09 – 15:00 – Míddian Meireles e Maria Rosa Morais 02/09 – 16:00 – Mariana Mattos 03/09 – 10:00 – Leandra Suzan 03/09 – 15:00 – Cici Cassi 03/09 – 16:00 – Carol Sales 03/09 – 17:00 – Luísa Aranha 05/09 – 13:00 às 15:00 – Contos Encantados – Contação de histórias infantis – Sibelle Souza e Mariana Mattos – Auditório Lapa – Senhas entregues no estande a partir das 10:00h. 06/09 – 14:00 – Sibelle Souza e Gerson Aires 07/09 – 12:00 às 13:30 – Jéssica Milato 07/09 – 14:00 – Stefano Sant´Anna 07/09 – 16:00 – Goy de Moura e Dom de Moura 07/09 – 18:00 – Bárbara Amorim Brandão 08/09 – 14:00 – Sibelle Souza e Gerson Aires 09/09 – 14:00 – Jas Silva 09/09 – 15:00 – Encontrão Geração 09/09 – 16:00 – Nana Valentine 09/09 – 17:00 – Raphael Miguel 09/09 – 18:00 – Goy de Moura e Zé Riba 10/09 – 13:00 – Abrahão Filho 10/09 – 15:00 – Míddian Meireles e Maria Rosa Morais 10/09 – 17:00 – Mariana Mattos

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ENTREVISTA

ESCRITORA MARIA CECILIA

Me encanta constatar que os sonhos se concretizam, mesmo quando pensamos que já não temos mais para sonhar. Este livro me deu isso!”

Maria Cecília nasceu no Jardim do Mar, Madeira, em 14 de junho de 1949. Aos seis anos viajou para a Venezuela em companhia da mãe para reencontrar o seu pai. Em 1973, regressou à Madeira para um período de férias que se prolongou por 8 anos e acabou por ficar em Portugal continental até hoje. Casou e teve dois filhos, uma menina e um rapaz. Alegre e optimista, voltou à escola aos 56 anos para acabar o ensino secundário, o qual terminou aos 59 anos. Acredita que os sonhos se concretizam, embora não aconteçam no tempo que consideramos certo. Toda a vida foi grande leitora, e também gostava muito de escrever. Ficou viúva em 2009, a partir de então a escrita passou a ser sua válvula de escape. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Maria Cecília, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. “História em Pedacinhos – As Casas da Minha Infância e os Tempos de Chá sem Açúcar” é uma obra baseada em fatos reais ou fictícios? Maria Cecília – O livro “Histó24

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ria em Pedacinhos” é baseado em acontecimentos reais. Tão reais quanto podem ser as memórias de infância. Tratou-se de um exercício de memória, e esta é a forma como recordo as situações descritas neste livro. Se as recordo assim é porque são verdadeiras, porque, de uma forma ou de outra, me marcaram.


DIVULGA ESCRITOR Conte-nos o que a motivou a escrever “História em Pedacinhos”? Maria Cecília – Devo dizer que no início não havia a intenção fazer um livro. Eu tinha na minha posse uma parte de vida dos meus pais que os meus outros irmãos não conheciam. Eu sou a mais velha de oito irmãos, havendo um intervalo de oito anos entre mim e o irmão seguinte; quer isto dizer que uma grande parte da vida dos meus pais não era conhecida nem foi vivida pelos meus irmãos. Comecei a escrever para eles, para que eles pudessem conhecer melhor a vida dos pais e entendê-los melhor. Até porque considero que foi uma fase muito atribulada e interessante que não podia deixar no esquecimento. Foi isto que deu, quase acidentalmente, este livro. Escrito em pedacinhos, porque eu só tinha tempo de escrever pequenos textos quando as lembranças chegavam.

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tiva de fazer dos filhos a imagem de si mesma. A religião, os costumes. Tudo é ela. A imagem da generosidade e simultaneamente, a imagem do egoísmo… Não há nomes, os protagonistas não têm nome; são pai, mãe, irmãos. Dar nomes autênticos era desnudá-los por completo, quanto a dar nomes fictícios… Se o fizesse a autora já não sabia de quem estava a falar. Poucos lugares têm nome próprio, na tentativa de que esta história seja algo mais do que um caso pessoal. Podia ser em qualquer lugar do mundo. Eu gostaria que aqueles que possam ler esta história não a encarassem como uma biografia.

O maior desfio era colocar em palavras não só os factos, mas os sentimentos e emoções que a menina narradora sentia”

Quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe a trama? Maria Cecília – O maior desfio era colocar em palavras não só os factos, mas os sentimentos e emoções que a menina narradora sentia. A linha temporal, que é definida pelos nascimentos dos irmãos, também foi um desafio, assim como “viajar na memória”, não apenas da menina, mas também nas memórias da mãe como pretexto para descrever o ambiente de onde ele tinha saído, em contraste com o novo mundo. Também era muito importante que tudo fosse muito autêntico, verdadeiro, quase visceral, e isso creio que consegui. A história é contada pela menina, por isso é uma linguagem

simples, quase ingênua às vezes. No entanto, não é uma leitura plana. Tem nuances, profundidade. É preciso ler nas entrelinhas. Há também algum devaneio lírico e ironia para combater o dramatismo, sim, porque o que aqui se conta é dramático. A autora quer sensibilizar, fazer sentir e ao mesmo tempo fazer sorrir. Falar de emigração, de saudade e sonhos perdidos, enfim, da vida. Tudo acontece durante as décadas de 50-70 do século passado. É uma história na qual muitos emigrantes se podem rever; no entanto, é também única e pessoal. Quais são os principais personagens que compõem o enredo? Maria Cecília – Os personagens principais são: a menina que conta a história e os pais. Mas a verdadeira protagonista é a mãe. É ela que conduz a família, é ela que sofre e perde as ilusões. É ela que faz aquela família crescer em número e se sente responsável por todos, esquecendo-se de si própria. Ela é que sente o peso de ensinar e transmitir os seus valores. Ao mesmo tempo é ela que se torna castradora na tenta-

Afinal, quem é a Maria Cecília? Que importância ela tem para contar a sua biografia? Maria Cecília – Preferia que a entendessem como uma história que tem muitas histórias dentro. Uma história que fala de saudade, sonhos, decepções, recomeços; é a história de muita gente. O que mais a encanta em “História em Pedacinhos”? Maria Cecília – O que mais me encanta neste livro… o facto de o ter escrito já me encanta! Mas de facto, o que me encanta é que ele serviu para mim, autora, como uma catarse. Foi abrir a caixa de Pandora e deixar sair todos os malefícios, lutar e sair vencedora. Me encanta que até hoje muitas pessoas tenham gostado. Me encanta que quando alguém se chega ao pé de mim e me dá um abraço, porque se reviu em determinado ponto da narrativa. Me encanta constatar que os sonhos se concretizam, mesmo quando www.divulgaescritor.com | set 2017

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DIVULGA ESCRITOR Maria Cecília – Na verdade já comecei a escrever. O meu “História em Pedacinhos” deixou o mote para uma continuação. Mas será na voz de uma jovem que luta para crescer. Será num registo diferente, mais interiorizado. Mais não digo! Escrever escrevo, não sei se será um livro publicado. Há um objectivo comum a todo aquele que escreve: ser lido. Ser lido por muita gente e principalmente, que goste. Isso é o que todo autor deseja.

pensamos que já não temos mais para sonhar. Este livro me deu isso! O que a escrita significa para você? Maria Cecília – A escrita salvou a minha vida. Quando tudo parecia terminado, eis que encontro uma nova vida. Sempre gostei de escrever, e sempre fui pudorosa, ninguém lia o que escrevia. Por isso acabava sempre por destruir tudo. Mas cheguei a uma idade em que já não tenho que ter pudores; então a escrita, agora, é a minha forma de vida. Mas só escrevo se sentir que tenho algo para contar, algo que possa dar alegria ou levar à reflexão. E penso que não é preciso deixar grandes ideias ou normas, basta com que faça pensar. Por vezes “acordamos” com uma simples palavra. Onde podemos comprar o seu livro? Maria Cecília – O meu livro pode ser encontrado em Portugal, nas plataformas online das livrarias Bertrand, Fnac, Wook e na Chiado Editora. No Brasil, já está disponível online nas livrarias Cultura, e brevemente também nas livrarias da Travessa, Saraiva e algumas mais. Por enquanto apenas por encomenda. Pediria aos leitores aqui do Brasil que pedissem online. Quais os principais hobbies da autora Maria Cecília ? Maria Cecília – Ler é um dos meus passatempos favoritos, sempre li muito, desde menina; se não houvessem livros, serviam-me os jornais, rótulos de embalagens e até as 26

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bulas dos medicamentos. Acreditem, aprende-se ao ler estas bulas! E escrever. Desde o meu tempo de escola, fazia as melhores composições, sobretudo aquelas que requeressem muita imaginação. Como já ouvi dizer, quem lê muito e tem algo para contar, acaba inevitavelmente, por escrever. Sou muito prendada, sei costurar muito bem, mas prefiro os trabalhos criativos, gosto de fazer malha e crochet. Tenho dois gatos e dois cães. Gosto muito de viajar, o que não faço com muita frequência, a não ser para a Madeira ou para a Inglaterra, onde tenho os meus filhos. Se tivesse muitas possibilidades viajava o ano inteiro. Mas quem é que não tem esse sonho? Quais os seus principais objetivos como escritora? Pensas em publicar novos livros?

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Maria Cecília. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Maria Cecília – Só desejo a todos os leitores que sejam felizes. E que nunca deixem de sonhar; a felicidade não vem num pacote completo, ela vem em pedacinhos. Temos que saborear todos eles. E se possível, desejava que lessem o meu livro. Acredito que iriam gostar (isto é um desejo para mim).

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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EDIÇÃO ESPECIAL

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Edição DIVULGA ESCRITOR DIVULGA ESCRITOR Especial anos

SOLAR DOS POETAS Por José Sepúlveda

FELIZ ANIVERSÁRIO, REVISTA DIVULGA ESCRITOR

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assaram quatro anos. Tenho ainda bem vivo na memória o dia em que a Shirley me enviou uma mensagem que anunciava o propósito de criar a Revista Divulga Escritor, com o fim de dar maior visibilidade às entrevista que semana após semana ia fazendo a escritores e poetas do espaço da lusofonia que almejavam ver os seus escritos divulgados através das redes sociais, levando a sua mensagem aos mais recônditos espaços desta Aldeia Global aonde coabitamos dia-a-dia. Com entusiasmo, abraçamos esta nova parceria, que temos apoiado e divulgado ao longo da criativa publicação que surgia. Surpresa após surpresa, eis que surge, neste entretanto, um novo projeto – Revista Acadêmica – uma criança que vai encontrando o seu espaço próprio e que cresce, para se tornar com o tempo num novo baluarte na divulgação do nicho de cultura que abraçou. Um ponto alto da Revista Divulga Escritor, para nós, foi atin-

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Uma revista em especial para autores portugueses gido na publicação de número 17, em Dezembro de 2015, quando de mãos dadas abraçamos o seu lançamento com um número dedicado em especial a autores portugueses, do Solar de Poetas e não só que, com entusiasmo, se desdobraram, promovendo-a, divulgando-a profusamente através de todos os canais

a que tiveram acesso. Momento inesquecível para os poetas do Solar de Poetas, parceiro dedicado deste projeto deste a primeira hora. No momento em que a Revista comemora os seus quatro primeiros anos de vida, queremos felicitar a jornalista Shirley Cavalcante pela sua tenacidade e pelo carinho que vem dedicando à causa da divulgação de autores através do espetro cibernético e ao longo de todos os recantos do pequeno mundo em que vivemos. Que nos anos que se vão seguir, Divulga Escritor continue a deixar bem marcada a sua pegada cultural em todos os lugares por onde passe, de modo que a voz de muitos pensadores, autores e poetas possa ser ouvida por toda a parte. Obrigado, Shirley, parabéns pelo dinamismo e iniciativas com que cada dia nos surpreendes. Viva o Divulga Escritor! Uma criança que nasce Neste espetro, num momento, Que o nosso caminho faz-se Caminhando pelo tempo!


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Edição Especial

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POETAS POVOEIROS Por Amy Dine

SÃO MOMENTOS DE ALEGRIA… VAMOS FESTEJAR!

A revista Literária Divulga Escritor está de parabéns pois completa mais um ano da sua existência! Ao longo destes quatro anos de vida esta revista tem sido no mundo literário da Lusofonia uma referencia pois tem dado a conhecer as obras de autores que de ou-

tro modo passariam despercebidos. Quantos artigos interessantes podemos ler. Tantos novos autores ficamos a conhecer. Em nome dos Poetas Póveiros e Amigos da Póvoa quero agradecer a página que nos foi concedida e para a qual contribuímos com artigos variados ; Poesia,conto, reflexões ou

relato de eventos por nós ralizados nesta bela cidade da Póvoa de Varzim. Desejamos do fundo do coração que esta revista tenha uma vida longa e próspera. A todos os que possibilitam e colaboram na elaboração da Divulga Escritor o nosso Bem Haja.

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ENTREVISTA

ESCRITOR JORGE CHICHORRO RODRIGUES

Os livros, de capa dura, têm diversas ilustrações, verdadeiras obras de arte de José Ribeirinho, e em destaque encontram-se ideias-chave do mestre contemplado”

Jorge Chichorro Rodrigues nasceu em Lisboa, em 19 de março de 1958. Depois de terminar a licenciatura como Tradutor-Intérprete, no ISLA (Instituto Superior de Línguas e Administração), fez o serviço militar e começou a dar aulas de Português, em Portugal. Passou depois pela Guiné-Bissau, também como professor de Português, e esteve no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu) onde foi professor e guia turístico. De regresso a Portugal, voltou ao ensino público, licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas e fez um curso de mestrado defendendo a tese “Da Comunidade LusoBrasileira à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”, publicada pela Sociedade de Geografia de Lisboa. Tem vários livros publicados, de poesia, ficção e na forma de ensaio. Atualmente, está a publicar a coleção “Mestres da Língua Portuguesa”. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Jorge Chichorro Rodrigues, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a escrever a coleção “Mestres da Língua Portuguesa”? Jorge Chichorro – A coleção “Mes30

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tres da Língua Portuguesa” nasceu graças ao mestre dos mestres, Fernando Pessoa. Eu estava a apresentar o livro “Era uma vez... Fernando Pessoa”, e ouvi-o perguntar, a partir do além, “por que não fazes com outros autores de língua portuguesa o mesmo que estás a fazer comigo, ou seja, por que não lhes dedicas um li-


DIVULGA ESCRITOR vro começado por ‘Era uma vez’? A princípio fiquei atordoado com esta proposta, estranhei-a, depois ela entranhou-se e comecei efetivamente a escrever uma sucessão de títulos que compõem a coleção. Como disse o próprio Pessoa: ‘Primeiro estranha-se, depois entranha-se’.” Neste momento a coleção está entranhada em mim e vai já para o 11º título. Tenho de agradecer ao meu “irmão” Pessoa, que me tem dado muito trabalho. Mas faço-o por amor, a ele e à língua portuguesa, que tem um carácter universalista.

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objectivo é sensibilizar os falantes do Português, espalhados pelos cinco continentes, para a ideia de uma comunidade cultural e linguística baseada em muitos séculos de história. A coleção tem muitos rostos, muitas almas, unidos pelo que nos é comum: o mar.

O objectivo é dar a conhecer a todos, e aos mais jovens em particular, a riqueza da produção literária em língua portuguesa”

Quais os “Mestres” homenageados? Jorge Chichorro – Até agora estão publicados mestres de Portugal, do Brasil e dos países africanos de língua oficial portuguesa. São eles: Cecília Meireles, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, Luís de Camões, o Pe. António Vieira, Eugénio Tavares, José Craveirinha, Sophia de Mello Breyner Andresen, Almeida Garrett e Cesário Verde. Na gráfica está Bocage. Já escritos, mas não publicados, estão Machado de Assis, José de Alencar, Carlos Drummond de Andrade, Alda Lara, Antero de Quental, Agostinho da Silva, Florbela Espanca, Pêro Vaz de Caminha e Fernão Mendes Pinto. Se tudo correr bem, acrescentarei à coleção Fernão Lopes, Gil Vicente, D. Dinis e José Saramago; outros autores não estão fora de questão, mas estou envolvido noutros projetos literários e não sou imortal, infelizmente. Qual a estrutura temática de cada coleção? Existe um padrão ou a temática se diferencia de acordo com o autor a ser publicado?

Jorge Chichorro – Existe um padrão bem definido. Conta-se a vida e a obra de cada mestre, desde que nasce até que morre. Interligado com isto, fica a conhecer-se a época e o espaço geográfico em que viveu, e a estética literária sua contemporânea. O texto narrativo está escrito em prosa poética. Os livros, de capa dura, têm diversas ilustrações, verdadeiras obras de arte de José Ribeirinho, e em destaque encontram-se ideias-chave do mestre contemplado. O que eu pretendo é pôr diferentes autores a dialogarem entre si através dos séculos, tendo por base a nossa comunidade da língua, aberta ao mundo e universalista. Quais os principais objetivos a serem alcançados com a coleção “Mestres da Língua Portuguesa”? Jorge Chichorro – O objectivo é dar a conhecer a todos, e aos mais jovens em particular, a riqueza da produção literária em língua portuguesa. Insere-se na ideia de Bernardo Soares, semi-heterónimo de Fernando Pessoa, que diz: “A minha Pátria é a língua portuguesa”. Outro

Soube que um dos seus livros abordando Fernando Pessoa foi adaptado para o teatro. Conte-nos como foi a experiência de atuar como ator em um livro escrito por você? Jorge Chichorro – Foi uma experiência única, uma vez que não tenho formação em teatro nem sou ator. Uma amiga levou-me ao Teatro Passagem de Nível, apresentou-me o encenador Porfírio Lopes, e sem nenhuma premeditação ofereci-lhe um exemplar do livro “Era uma vez... Fernando Pessoa”, e passado pouco tempo ele apareceu com o livro adaptado para texto dramático. Fiz o papel de Alberto Caeiro, foi mais uma ironia do destino e uma dádiva dos deuses que veio ao meu encontro. Pessoa sorriu lá de cima... Um ano depois, em 2016, já eu não estava integrado no elenco, a peça, com o título “Pessoa”, ganhou o prémio nacional de melhor espetáculo no Concurso Nacional de Teatro Rui de Carvalho. Apresente-nos melhor esta obra adaptada para o teatro. Jorge Chichorro – O leitor (espectador) acompanha Fernando Pessoa do nascimento até a morte, sendo a sua vida uma metáfora. Ele nasce em Lisboa, passa na juventude pela África do Sul, regressa à capital portuguesa, vai-se enredando www.divulgaescritor.com | set 2017

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com os seus heterónimos principais (Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis), tem vários projetos práticos falhados, envolve-se com o modernismo, é uma sombra que percorre as ruas da Baixa de Lisboa, um génio que só mais tarde será reconhecido. Tudo é símbolo, disse ele, e este livro, como a peça adaptada a partir dele, é um símbolo. Um símbolo do sonho e do génio, que se sobrepõem sempre à crua realidade. Além da coleção “Mestres da Língua Portuguesa”, você tem uma compilação de crônicas com caráter autobiográfico no livro “Malhas que o Destino Tece”. Apresente-nos esta obra literária. Jorge Chichorro – É um livro talvez prematuro em que apresento várias vivências que tive nos três continentes onde já vivi e trabalhei: primeiro, na Europa, Portugal, o meu país; depois em África, na Guiné-Bissau; e depois nas Américas, no Brasil, de onde voltei há pouco mais de vinte anos. Estas vivências são

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uma espécie de homenagem a pessoas que conheci e com quem convivi nesses três países. Gostaria aqui de destacar o meu grande amigo, embaixador do Brasil em Portugal, Dário de Castro Alves, que escreveu gentis palavras para o meu livro “O Princípio do Mundo”, romance histórico que nos transporta para a viagem de Pedro Álvares Cabral e para o início da colonização do Brasil. O embaixador, já falecido, também me apresentou este livro no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, em 2000.

Já que mencionou o seu livro “O Princípio do Mundo”, agradeceria se me falasse um pouco dele. Jorge Chichorro – Como disse, é um romance histórico. O leitor acompanha a viagem de Pedro Álvares Cabral desde Belém, em Lisboa, até Porto Seguro, onde há um extraordinário encontro de culturas, único na história da humanidade, relatado de forma sublime na carta a El-Rei D. Manuel sobre o Achamento do Brasil, de Pêro Vaz de Caminha, o escrivão-mor que seguia a bordo da frota descobridora. Antão, um excêntrico filósofo que embarcou nas naus, voluntariamente fica em terras de Vera Cruz e vai acasalar com índias, sendo um exemplo do português aventureiro que esteve na origem da grande nação brasileira. O romance mistura ficção e realidade, havendo personagens reais e outras fictícias. Ao ler-se este romance é-se levado nas asas do sonho, mas também se aprende muita história.


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Você divulga os seus livros por meio de palestras? Quem desejar como deve fazer para entrar em contato? Jorge Chichorro – Sim, já tenho feito palestras para divulgar os meus livros, e estou disponível para dar mais, desde que a minha agenda o permita. Posso ser contactado pelo meu e-mail, que é jorgechichorro@hotmail.com. Também posso ser seguido no facebook, na página “Mestres da Língua Portuguesa”. Diariamente deixo um poema ou um pensamento na minha página do facebook, a que se pode aceder pelo nome Jorge Manuel Rodrigues.

O que mais o atrai nas autobiografias? Jorge Chichorro – Os livros autobiográficos não me atraem especialmente. Nunca se consegue ser um bom juiz em causa própria. Escrevi “Malhas que o Destino Tece” menos para falar de mim do que para falar de pessoas que passaram na minha vida, em três continentes, todas falantes do Português, a língua que nos une.

Onde podemos comprar seus livros? Jorge Chichorro – Até há pouco estiveram fisicamente à venda na FNAC, a maior rede livreira de Portugal. Neste momento alguns estão à venda na Wook. Uma ou outra livraria do centro de Lisboa tem livros meus à venda. Em breve eles estarão à venda na livraria do meu site, que é www.jorgechichorrorodrigues.net Tenciono também vir a vendê-los no Facebook.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Jorge Chichorro Rodrigues. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Jorge Chichorro – A minha mensagem é simples: leiam, leiam sempre, porque a leitura faz-nos crescer e torna-nos realmente livres. Não há verdadeira liberdade sem cultura. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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Edição Especial

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EDIÇÃO ESPECIAL

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor José Lopes da Nave

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poeta, o artífice da palavra, que escreve com a alma, por vezes sofrida, procurando se libertar das mágoas sentidas e vividas ou, simultaneamente, relatando situações observáveis ou subordinadas à inspiração, imaginação, devaneios, comportando-se, como um idealista. Por vezes, um “fingidor”, no dizer de Fernando Pessoa. Compreendo esta concepção de fingidor, como a capacidade e susceptibilidade que o poeta em si desfruta na apreciação das circunstâncias que vive ou presencia, lhe dando o argumento para a exposição das suas emoções e sensações relativas ao ambiente que o envolve.

O POETA A linguagem é utilizada com fins estéticos ou críticos, ou seja, ela retrata algo em que tudo pode acontecer dependendo, tanto da análise da escrita, como da imaginação do autor e do leitor, no sentido da compreensão da mensagem transmitida, por vezes, transcendendo a realidade factual, aliás o ambiente em que o poeta, verdadeiramente interage. Cultiva a extrapolação da prática da norma culta da língua, enfrentando a liberdade necessária para recorrer a recursos, como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da regra ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo. A palavra é a essência da obra, e o poeta utiliza-a livremente para a

manipular, mesmo que isso signifique o infringir as normas tradicionais da gramática, cabendo-lhe valorizar a volatilidade das falas. Presentemente, a plataforma Web dá corpo a uma nova corrente literária, a poesia digital, em que a palavra se conjuga de recursos musicais e de imagem, a corporizar o poema, assim lhe acrescentando o efeito de criação artístico, bem como o aspecto apelativo de leitura. Contudo, esta “poesia contemporânea” não se subordina à tecnologia, pois suporta a intervenção determinante do poeta para fazer dela nova forma de comunicação. (Nota: alguns conceitos descritos foram induzidos pela leitura de texto do Google).

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Edição DIVULGA ESCRITOR DIVULGA ESCRITOR Especial anos

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Helena Santos

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le era poeta de alma e coração! Escrevia como ninguém e eu sentia tanta alegria, que o lia com emoção. Para ele tudo era poesia, de tudo fazia um poema. Nunca lhe faltava tema, nem inspiração. E tantas vezes eu pensava: como gostaria de escrever assim. Ele até me incentivava, mas como tinha quem escrevesse para mim e por mim, não me preocupava. Lia e isso bastava-me. Eram tantas as viagens que me proporcionava e se calhar nem se apercebia de nada. Os poetas são poderosos, são mágicos…mas é um dom, sem dúvida. Tantas são as sensações que nos provocam e as energias que até nós transportam, que mesmo inconscientemente nos envolvemos numa nevoa encantada e acaba por se transformar num vício. Quem

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O POETA ama a poesia, vicia-se. E o poeta ensinou-me a amar a poesia, logo, viciou-me, tão prazerosos eram os momentos saboreados com o que dele lia. Mas a curiosidade era tanta, em saber o que o poeta sentia quando uma obra sua criava, que chegou o dia em que de papel e caneta na mão, apelei à imaginação, ou à inspiração e o resultado encheu-me a alma como um balão. Mas que doce sensação! Li e reli o que acabara de escrever e rendi-me orgulhosa, à minha primeira e humilde criação. Mesmo não sendo poeta, passei a entender melhor a paixão de quem escrevia com sabedoria e conseguia transmitir tantos sentimentos em poucas e simples palavras. As palavras voam, espalham-se pelo Universo e nunca sabemos aonde aterram. Mas seja em que coração for, fazem muitas mudanças a quem tem a sor-

te de as agarrar, de com elas vibrar e no seu peito guardar. Feliz de quem consegue serenar olhares, apenas com a maciez das palavras. É muito gratificante sabermos que algo a que nós demos vida, ajuda a matar a solidão, a viajar sem fronteiras, a adocicar a vida de alguém, num qualquer recanto onde menos esperamos. São os milagres da vida….e neste caso, dos poetas, que se dão por prazer, em prosa ou versos. A ti, amante das palavras, que sempre tiveste o dom da escrita e a sensibilidade para afagar corações e espalhar as tuas emoções, os meus parabéns e muito obrigada por me dares a conhecer um mundo até então completamente desconhecido e agora vital…o meu vicio. Tu, ainda és poeta, arrumador de palavras, pintor de emoções, arquiteto de sonhos, respiras poesia e mostraste isso desde o início!


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EDIÇÃO ESPECIAL

ENTREVISTA

ESCRITORA ALDIRENE MÁXIMO

Foi a poesia que me escolheu. Não consigo escrever de outra forma. Até tenho alguns textos voltados para o público infantil. Pretendo publicá-los em breve. E são poesias também!”

Aldirene Máximo nasceu em São Paulo, graduou-se em Letras e é pós-graduanda em Psicopedagogia, ambas pela Uninove. Apaixonada por livros, pássaros, flores e canções de amor; escreve poesias desde os 12 anos. Este é o seu primeiro livro. Este trabalho teve uma boa aceitação do público. “Em menos de três meses, consegui vender 500 cópias. Para um país onde as pessoas pouco leem, onde poesia não é tão admirada e uma autora estreante tentar inserir suas ideias no mercado e atingir este público, foi bem gratificante para mim. Até o momento, meu trabalho tem sido elogiado pelo público. Já vi pessoas lerem e chorarem. E é esta a proposta: resgatar os sentimentos que estão escondidos. Vivemos numa época em que o romantismo tem sido abandonado. Falar profundamente sobre emoções e tocar os corações das pessoas sempre foi meu objetivo. Acredito que palavras são sementes. E pelo que consegui entender, iniciei uma boa plantação. Quero espalhar estas sementes no mundo inteiro. O mundo precisa respirar Amor! Estou preparando meu segundo trabalho. Acredito que até o fim do ano ele esteja pronto. Pretendo divulgá-lo por aqui também!” Boa leitura! www.divulgaescritor.com | set 2017

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EDIÇÃO ESPECIAL

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

que me escolheu. Não consigo escrever de outra forma. Até tenho alguns textos voltados para o público infantil. Pretendo publicá-los em breve. E são poesias também!

Escritora Aldirene Máximo, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a ter gosto por poesias? Aldirene Máximo – Eu participei de um concurso literário na biblioteca da escola, aos 12 anos. Fui a última a me inscrever e a primeira classificada. Sempre digo que foi a poesia que me escolheu, pois desde esta época eu escrevo. Em que momento se sentiu preparada para publicar “Eu acredito no Amor”? Aldirene Máximo – No fim do ano passado. Embora este sonho tenha me perseguido desde minha adolescência. Sou formada em Letras. Fiz o curso por pura paixão. Procurei me aperfeiçoar. Meu coração me pediu e eu simplesmente disse sim! Como foi a seleção dos textos para compor esta obra poética? Aldirene Máximo – Confesso que foi bem difícil escolher os textos. Tenho um acervo enorme. Como pretendia atingir um público mais romântico, decidi deixar o mais delicado e “apaixonante”. O que mais a encanta em “Eu acredito no Amor”? Aldirene Máximo – A simplicidade e ao mesmo tempo a intensidade e a profundidade das palavras. A capa também. Além de textos poéticos, você escreve em outros segmentos literários? Aldirene Máximo – Foi a poesia

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Onde podemos comprar o seu livro? Aldirene Máximo – www.asabeca. com.br - www.livrariacultura.com. br - www.martinsfontespaulista. com.br - Amazon

Você diz que gostaria de resgatar, por meio dos versos apresentados, sentimentos que estão escondidos. Apresente-nos um dos poemas publicados no livro. Eu acredito no Amor! Eu acredito no Amor! Tão sábio; tão puro; tão enigmático... Eu acredito no Amor! Semente plantada neste profundo coração... Eu acredito no Amor! Sentimento tão nobre e tão perfeito... Eu acredito no Amor! Razão dos meus sonhos hoje desabrochados... Eu acredito no Amor! Ele também acredita em mim... Eu acredito no Amor! (...)

Quais as principais atividades literárias desenvolvidas pela escritora Aldirene Máximo? Aldirene Máximo – Escrevo desde os 12 anos. Leio bastante. Sou formada em Letras. Faço contação de histórias para crianças. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Aldirene Máximo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Aldirene Máximo – Não desistam de seus sonhos, não tenham vergonha de viver suas emoções, comprem e leiam o meu livro, tenham lindas catarses, apaixonem-se pela vida e sejam muito felizes! Acreditem no Amor! Página do livro no Facebook https://www.facebook.com/Escritora-Aldirene-M%C3%A1ximo-316951448745863/

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Rosa Maria Santos

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um lindo dia de Verão a poesia saiu à rua pintada de várias cores: O azul celeste enfeitou-se com plumas de ganços e sorria feliz contente para o seu amigo vento que, cheio de energia dançava num esvoaçar alegre. O sol, cheio de graça, sorria por entre a vidraça de uma nuvem que passava e se aconchegava no calor. Uma gaivota tresmalhada grasnava bem-humorada e não fosse precisar de energia, ficava ali todo o santo dia. No ar, os acordes suaves duma harpa. Eram anjos e querubins entoando hinos de louvor enquanto observavam o mundo cheio de cor à minha frente. Até mesmo a flor soltava odores suaves naquela tarde de arte e amor. Cada tela multicolor, verde, encarnada, azul, amarela. O anfitrião esperava com simpatia, enquanto decorava cada lugar com as belas telas que acabavam de chegar. E cada 40

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A Arte, a Música, a Cor, a Poesia pintor, fotógrafo, músico, poeta iam chegando gradualmente a esse lindo lugar. Cada parede de xisto acastanhado esperava aquele amontoado de cor e poesia e mesmo silente, quase sorria. Passo a passo, poetas, pintores, fotógrafos, escultores e músicos foram engalanando o espaço. Falavam, gesticulavam, sorriam felizes. A poesia – que poesia! - brilhava em sintonia. Os artistas expunham as suas obras, orgulhosos de seus trabalhos, que os poetas interpretavam com lindas poesias engalanadas em folhas de cortiça ante a parede que era nua, agora revestida de beleza e de cultura. Passo aqui, passo ali, declamava-se poesia, a música suave se ouvia, o olhar sorridente dos presentes surgia… o mais público, pouco a pouco, a sala enchia. A magia da música transformava os momentos em alegria interior e no olhar de cada um dos presentes, sorrisos de amor. Um mundo de fantasia,

o renascer de reis e de rainhas dum imaginário bem escondido no nosso coração. O Almoço dos Príncipes. Os poemas gravados em folhas de cortiça a dar brilho ao espaço e as palavras. Cada trabalho de arte, orgulhoso por as ter tão perto. E projetavam-se no espaço, envoltas no verde-esperança do lugar esperança. Momentos edílicos, sorrisos felizes, registados para a posteridade num álbum de família transformado em e-book. O Sol caía lento, o vento soprava ameno, os artistas - que se iam dispersando trocavam abraços num dia que passara tão depressa. Um último olhar ao redor… E a saudade que já percorria as nossas mentes. Equipa magnífica! Um registo final. Alegria, felicidade. A Arte é tudo – disse Eça de Queirós. O mundo sem arte, sem cultura, não é mundo. Despedimo-nos olhando nostalgicamente as paredes e tanta verdura ao redor daquele belo espaço.


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Edição Especial

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EDIÇÃO ESPECIAL

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

O InterLivro é uma das principais programações da Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro

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om curadoria do PublishNews, programação terá a participação do americano Ed Nawotka, do português Miguel Martins e da alemã Sandra Schüssel A Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, marcada para acontecer entre os dias 31 de agosto e 10 de setembro, deverá reunir boa parte da força de trabalho da indústria editorial brasileira no Rio Centro. São editores, agentes, escritores, que, além do interesse no público que frequenta a Bienal, estará de olho em novos negócios e oportunidades. Foi pensando nisso que o PublishNews, a Fagga e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) se uniram para realizar a segunda edição do InterLivro: Encontro Internacional de Profissionais do Livro. Para o evento, que acontece no dia 1º de setembro, foi escalado um time internacional de primeira, que inclui o americano Ed Nawotka (Publishers Weekly), que fará a palestra de abertura; o português Miguels Martin (Porto Editora), que falará sobre o mercado global de livros em português, e a alemã Sandra Schüssel (MVB), que vai apresentar sete lições

que o país do 7 x 1 pode nos ensinar. O time de brasileiros é composto por nomes como Marcos Pereira (Sextante / SNEL), Marcelo Gioia (Bookwire) e Mariana Bueno (Fipe). Encerrando a programação do InterLivro serão entregues os troféus aos ganhadores do Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro 2017, que levará um profissional para a Feira do Livro de Frankfurt com todas as despesas de passagem e hospedagem pagas. “O InterLivro caminha junto com o propósito de fortalecer a profissionalização do setor editorial, que é uma das bandeiras fundamentais do SNEL. A Bienal se transformou num grande evento cultural e precisava de uma programação profissional à altura, voltada especialmente para a indústria do livro. Essa parceria com o PublishNews pelo segundo ano consecutivo é muito importante porque dá enfoque a assuntos que enriquecem o debate e as atividades

em nosso mercado, como o livro digital, as experiências internacionais e a acessibilidade, culminando com a entrega do prêmio Jovens Talentos, que teve o apoio do SNEL desde o primeiro momento”, defendeu Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL. A programação, que ainda está recebendo algumas confirmações, já pode ser acessada clicando aqui. Também pelo site do InterLivro já é possível realizar a pré-inscrição gratuita para participar do evento. “É uma honra para o PublishNews mais uma vez montar o InterLivro na Bienal do Rio. Os eventos do livro no Brasil muitas vezes carecem de programação específica a profissionais do setor e temos procurado preencher este espaço. Aliás, neste sentido, fundamental ressaltar o apoio do SNEL e da Fagga (ou GLS, ou Bienal), que forneceram a estrutura básica do evento, e também dos patrocinadores que permitem que o evento seja absolutamente gratuito”, comentou Carlo Carrenho, fundador do PublishNews. O InterLivro 2017 é realizado graças aos apoios da Sextante, Bibliomundi, Casa Educação, F1 Soluções, Ubook, Metabooks, Meta Solutions, BR75 e #coisadelivreiro. www.divulgaescritor.com | set 2017

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EDIÇÃO ESPECIAL

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ENTREVISTA

ESCRITOR ANDRÉ D’ SOARES

Eu, como leitor, encanto-me com poesias que causam reflexão. Gosto quando a poesia soca o leitor, quando o derruba da cadeira e obriga-o a pensar. Foi isso que tentei no ‘Poesias que escrevi com fome’.”

André D’Soares, 25 anos, autor do livro de contos “Cheiro de Mofo”, começou a escrever, como refúgio, após perder seu amigo e seu irmão em 2014. Seu segundo livro, uma coletânea poética cuja irreverência já se estampa no título – “Poemas que escrevi com fome” –, tem conquistado, pela força crua e realista de seus poemas, muitos leitores desde o seu lançamento, em maio de 2017. André é escritor, nasceu e cresceu na periferia da Grande São Paulo, onde vive em meio a inúmeras dificuldades. Nesse ambiente, muitas vezes hostil para quem sonha com literatura, o escritor extrai a matéria-prima para sua escrita, na qual destila um humor corrosivo e, por vezes, um senso de realidade que beira o pessimismo. Boa leitura!

Da periferia para o mundo apresentamos ‘Poesias que escrevi com fome’, do autor André D’Soares Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor André D’Soares, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter gosto por textos poéticos? André D’Soares – Obrigado pela oportunidade. O prazer é meu. 42

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Costumo dizer que a literatura foi quem me acudiu quando eu estava me afogando na lama. Em 2014, perdi um amigo de infância para as drogas e, em seguida, meu irmão mais velho para a depressão. Foi aí, em meio ao caos, em meio ao luto, que comecei a escrever. Comecei escrevendo alguns desabafos e vi que era bom, que fazia bem, que era

uma boa válvula de escape. Vi aí, também, além do alívio todo, uma boa oportunidade para eu melhorar minha escrita, meu português. Depois, após terminar de ler o “Delta de Vênus”, da Anaïs Nin, comecei a escrever meus primeiros contos. Pensei que iria ficar só nos contos, mas arrisquei algumas poesias e não quis parar mais.


DIVULGA ESCRITOR O que a poesia representa para você? André D’Soares – Confundo-me todo para responder isso. Mas sendo teimoso e querendo arriscar: a poesia, para mim, representa uma espécie de êxtase, prazer. Vá lá: uma anestesia que trata as minhas dores. Quais os principais desafios para publicação de seu livro “Poesias que escrevi com fome”? André D’Soares – Não encontrei nenhuma dificuldade para publicar o “Poesias que escrevi com fome”, porque eu já havia publicado em 2016, pela Editora Penalux, um livro de contos intitulado “Cheiro de mofo”. Então, foi moleza, porque eu já conhecia todos os passos para publicar, já conhecia o bom trabalho da editora e tudo. Que mensagem deseja transmitir ao leitor por meio dos textos poéticos apresentados nesta obra literária? André D’Soares – Eu, como leitor, encanto-me com poesias que causam reflexão. Gosto quando a poesia soca o leitor, quando o derruba da cadeira e obriga-o a pensar. Foi

Apresente-nos um dos textos publicados em “Poesias que escrevi com fome”. André D’Soares – Uma poesia que foi responsável pela humilde repercussão do livro nas redes sociais foi a “Funeral”, que está na página 23 do livro: Funeral No funeral, Quando meu rosto Estiver para o teto do caixão... Por favor, não jogue flores em mim. Jogue todo o amor que você economizou Quando eu estava vivo. isso que tentei no “Poesias que escrevi com fome”. Além de poesias, você costuma escrever em outros segmentos literários? André D’Soares – Sim, sim. Continuo escrevendo contos e arriscando algumas crônicas. Onde podemos comprar seu livro? André D’Soares – Meu livro está disponível na loja online da Editora Penalux. https://www.editorapenalux.com. br/loja/product_ info.php?products_id=568

EDIÇÃO ESPECIAL

Quais os principais hobbies do escritor André D’Soares? André D’Soares – A leitura, a própria escrita e o pôquer são meus principais hobbies. Sou péssimo em todos eles, mas o que vale é a diversão, não é mesmo? Quais os seus principais objetivos como escritor? André D’Soares – Eu não tenho muita ambição como escritor. A literatura veio por acaso, para me ajudar. Foi um prazer que encontrei sob os escombros. E é um prazer que tentarei manter durante toda a vida. Escrever, revisar, montar uma obra e compartilhar com alguns amigos, com alguns leitores. “E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha”, como no poema “Tabacaria”, de Pessoa. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor André D’Soares. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? André D’Soares – Eu é que agradeço, de coração, a oportunidade. Uma mensagem que deixo para os meus poucos leitores é “obrigado pela paciência!”.

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Edição DIVULGA ESCRITOR DIVULGA ESCRITOR Especial anos

MERCADO LITERÁRIO Por Leo Vieira | leovieirasilva@gmail.com Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura.

A RAPOSA E AS UVAS (LITERÁRIAS)

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erta vez, uma vistosa raposa parou para observar uma bela vinha alta. Ela tenta todas as maneiras para alcançá-la e o seu esforço é em vão. Por não conseguir, menospreza alegando que estavam verdes. “É fácil desprezar aquilo que não se pode obter”. “Aqueles que são incapazes de atingir uma meta tendem a depreciá-la, para diminuir o peso de seu insucesso”. Existe um preço muito alto para o alcance dos sonhos. No meio literário, quanto mais criativo e articulado, mais espaço se obtém. Existem muitas alternativas e concursos literários para obter oportunidades de lançar seus projetos com o mínimo de valor investido possível. Temos que pensar pequeno e começar sem pressa, definindo pequenas etapas. E o essencial: não se comportar igual a raposa, menosprezando o sucesso literário alheio.

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A Era a Escravidão Cultural

É isso mesmo que está no título: estamos nessa fase e poucos percebem. Escritores, músicos e ilustradores estão aceitando viver na humilhação artística. Estão aceitando pagar para apresentar a sua arte, através de antologias e filiações a preços absurdos. Estão aceitando pagar para ter atenção, entre outras coisas. É momento de reverter essa situação. Não é porque o que você faz adjunto ao seu trabalho e estudo que você irá aceitar qualquer imposição alheia em nome da arte. Muitos projetos, participações, inclusões e parcerias precisam de uma pausa de planejamento. Você trabalha de graça apenas pra si mesmo. E esse material que é o seu portfólio; e não fazer uma amostra grátis diferenciada. Há uma frase que diz: “pra que eu vou comprar uma vaca, se eu tenho onde ganhar leite de graça?” Tenha o seu preço e valor e aprenda a dizer não.


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Edição Especial

EDIÇÃO ESPECIAL

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A VIDA EM PARTES Por Francisco Mellão Laraya larayaescritor@hotmail.com Francisco Mellão Laraya é advogado, músico e escritor.

O INVESTIMENTO Hoje, de manhã, comprei o caderno aonde vão estes textos, e contente concluí que estava fazendo mais um investimento na vida. Tinha decidido encher as páginas dele de vida, e ao mesmo tempo sabia, por ser grande, e por serem textos meus, que muito serviço teria pela frente. Peguei a caneta mais simples e pus-me a rascunhar os textos. Era a caneta mais cômoda, que me levava ao escrever mais agradável, assim poderia contar, sem pensar muito, utilizando à razão e o coração as estórias de então. Sabia que ao escrever, iria sonhar pensar e sentir, enfim viver! Quando fui à papelaria o preço do caderno pareceu-me ínfimo, serão as minhas palavras, parte da minha alma, que irão o fazer ter valor. Lembrei-me que no passado uma moça escreveu para mim: “O que escreves a alguns toca, a outros a palavra invade.”. Fiquei feliz, mas preocupado, afinal, uma grande responsabilidade iria brotar de minhas mãos, a tentativa de tornar o mundo, com meus livros, em um lugar mais humano para se viver!” Para isto todo investimento é válido!

MINHA TERAPIA Faço de o meu escrever uma enorme sessão de terapia, onde a psicóloga além de muito competente é de rara beleza. Entro na sala para cumprimenta-la, e percebo que está de vestido curto, mais do que prontamente deito-me ao divã em sua frente, pois além de aceitar a sua ajuda, não quero perder a visão de suas pernas. O meu falar tem um que de sedução. Não são só problemas e situações constrangedoras que conto então! Vou misturando textos, algumas vezes de difícil compreensão, outros de grande intimidade, todos falando de minha alma, na perspectiva de tocar a sua alma! O meu falar, assim como o meu escrever faz-me bem, vou verbalizando situações, credos, dúvidas e meditações. Limpando situações confusas, mostrando algo de mim, não só para quem me lê mar para eu mesmo. Quando esclareço sobre o meu ser, procuro uma alma gêmea, ou no mínimo compreensão. E neste caminho seguimos juntos por uma trilha que nunca sei por onde vai andar, apenas sei onde vai acabar: Na felicidade de ser o que se é!

A PALAVRA Apesar de utilizar muito para me expressar a forma escrita, me encanta muito ela falada. O mesmo texto na forma escrita tem o contato de si consigo mesmo, e quando há outra pessoa ela é sempre na forma de recordações, e guarda uma característica ímpar de si; o escritor empresta ao personagem uma parte de si. Quando visualizamos uma situação, ela é a forma imaginada por alguém, de algo que se foi, ou que se criou, sendo o mais comum: os dois. Diz à psicologia que a melhor personagem do escritor é ele mesmo! Na palavra escrita não há nuances de interpretação, e o leitor lê as linhas escritas seguindo uma interpretação própria, por isso um texto ao ser relido após algum tempo, traz-nos sensações diversas da primeira vez que o encontramos. Já a forma falada, conta com nuances sonoros de interpretação, sendo uma música aos nossos ouvidos. Ao lembrar que a música é a linguagem universal dos sentimentos, é muito mais sensível uma que a outra. Diria apenas que é diferente: na escrita conta-se consigo mesmo, e na falada com outrem!

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ENTREVISTA

ESCRITOR ANTÔNIO NETO

Tudo que se encontra registrado nesse trabalho está fundamentado em documentos da época, nos arquivos da justiça de Pernambuco, nos boletins da policia de Pernambuco e, ainda em acervos cartoriais de diversos municípios de Pernambuco.”

Antônio Neto é Pernambucano de Serra Talhada, Graduado em Engenharia Civil e Pós - graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UFPE. Membro efetivo da Cadeira nº 28 da Academia Serra-talhadense de Letras, da Cadeira nº 40 da Academia Recifense de Letras e sócio da União Brasileira de Escritores (UBE-PE). Autor de vários livros, entre outros, descatacam-se: Dicionário do Engenheiro, Manual de Fiscalização de Cargas de Madeira, Pintando o Sete de Poesia, Um Punhado de Poesias, Solidônio Leite - “Vida e Obra de Um Gênio, Pegadas de Um Sertanejo - Vida e Memórias de José Saturnino e Breve Histórico de Revoltas e Revoluções de Pernambuco”. Editor e redator do informativo literário “Correio do Pajeú”. Assinante da Coluna “Um dedo de Prosa”, do site www.caderno1.com.br, onde publica textos fundamentados em processos no âmbito do cangaço. Enfim, escritor, pesquisador, biógrafo e poeta. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Antonio Neto é um prazer contarmos, mais uma vez, com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Seja sempre bem-vindo. Conte-nos em que mo-

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mento se sentiu preparado para publicar o seu livro “Lampião à Luz da Lei”? Antonio Neto - O livro “Lampião à luz da Lei” resulta da compilação de artigos, escritos pelo autor, sobre 15 processos contra Lampião e outros cangaceiros, publicados no site


DIVULGA ESCRITOR www.caderno1.como.br, de julho de 2015 a maio de 2017. Solicitações de leitores assíduos dessa coluna e a necessidade de arrecadar fundos para a conclusão da “Biblioteca Luiz Cazuza” fizeram o momento oportuno para publicar os supracitados textos com acréscimos de algumas matérias dessa temática.

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Quais as temáticas mais polêmicas, sobre o cangaço, que estão sendo abordadas em seu livro “Lampião à Luz da Lei”? Antonio Neto - No universo do Cangaço há muitas controvérsias, entre as abordadas nesse livro destacam-se: a origem da palavra cangaço, a alcunha de lampião, a data de nascimento de Virgolino, o seu sobrenome, a sua morte em Angico, a razão dos desentendimentos entre Virgolino e José Saturnino, a morte de José Nogueira e a interrogação “Lampião, bandido ou herói”?

Lampião à Luz da Lei é uma obra inédita na historiografia do cangaço, pelo fato de ter sido produzida, a partir das peças constitutivas de processos contra Virgolino, o Lampião e o seu famoso grupo”

Apresente-nos a obra Antonio Neto - “Lampião à Luz da Lei” é uma obra inédita na historiografia do cangaço, pelo fato de ter sido produzida, a partir das peças constitutivas de processos contra Virgolino, o Lampião e o seu famoso grupo e, ainda contra outros cangaceiros atuantes do sertão. Além disso, ainda traz em seu bojo cópias de documentos manuscritos que compõem os autos, com as suas respectivas transcrições, na grafia atual. Portanto, escrito à Luz da Lei. Ainda compõe o conteúdo desse livro, o único depoimento de Lampião, pronunciado oficialmente, a uma autoridade. Tudo que se encontra registrado nesse trabalho está fundamentado em documentos da época, nos arquivos da justiça de Pernambuco, nos boletins da policia de Pernambuco e, ainda em acervos cartoriais de diversos municípios de Pernambuco.

Para elaboração do livro foi necessário visita a várias Instituições na busca por documentos que estão sendo utilizados para legitimar a veracidade do conteúdo abordado na obra. Conte-nos, quais as principais Instituições visitadas e seus respectivos objetivos em cada uma delas?

Antonio Neto - Para a composição desse livro o autor pesquisou em vários arquivos públicos dos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Ceará, bem como nos Arquivos Gerais das polícias desses estados. O objetivo da nossa pesquisa foi sempre o mesmo, em todas as instituições pesquisadas, ou seja, o de coletar dados verdadeiros e reais, que viessem autenticar a “identidade da história do cangaço”. O que mais o atrai no Cangaço? Antonio Neto - O gosto pelas coisas inéditas, misteriosas e pela curiosidade em melhor conhecer a história do cangaço, uma vez, que em muitos dos livros sobre esse tema, pouco há de provas concretas ou visíveis, ou seja, documentos oficiais que validem o que foi escrito sobre esta temática.

Quais os principais desafios para construção desta obra literária? Antonio Neto - Não faltaram desafios, entre outros, ressalta-se a difícil tarefa de coletar dados reais e verdadeiros no contexto do cangaço, bem como acessar as peças constitutivas de um processo, no âmbito do cangaceirismo e dos boletins da Força Pública ou da Brigadas Militar, tanto no estado de Pernambuco, como nos outros estados pesquisados. Quem desejar, como deve proceder para convidá-lo para uma palestra sobre o Cangaço, em sala de aula ou eventos? Antonio Neto - Para isso, basta entrar em contato, diretamente, com o autor pelo telefone 081-996320252(Whasapp) ou pelo E-mail: filhoneto@bol.com.br. Onde podemos comprar o seu livro? Antonio Neto - O livro Lampião à Luz da Lei encontra-se à venda por www.divulgaescritor.com | set 2017

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EDIÇÃO ESPECIAL

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R$ 30,00 (trinta reais) o exemplar e poderá ser adquirido através dos contatos indicados a seguir: 1. Antônio Neto (Autor), pelo telefone: 081-996320252; E-mail: filhoneto@bol.com.br 2. Novoestilo Edições do Autor. Rua Luiz Guimarães, 555, Poço – Recife –PE. WWW.culturanordestina.com.br ou pelo telefone: 0813243392. 3. Livraria Jaqueira. Rua Antenor Navarro, 138 - Jaqueira, Recife - PE, 52050-080. Telefone: (81) 3265-9455. Quais os seus principais objetivos como escritor e pesquisador? Antonio Neto - Poder contribuir com os meus conhecimentos com a cultura e a história de Pernambuco e do Brasil, visando sempre o aprendizado e o crescimento do leitor. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Lampião à Luz da Lei” do escritor e pesquisador Antônio Neto. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Antonio Neto - Dizia o escritor britânico Joseph Conrad: “O autor só escreve metade do livro. Da outra metade, deve ocupar-se o leitor”. A leitura da obra “Lampião à Luz da Lei” levará o leitor a conhecer o outro lado da história do cangaço que, até então, não havia sido escrita, ou seja, é o primeiro livro escrito neste contexto, considerando como fontes os processos-crimes existentes no Memorial da Justiça de Pernam-

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buco, os boletins policiais e os documentos cartoriais, daquela época, na esfera do cangaceirismo. Desejo a todos uma boa leitura e o meu muito obrigado.

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Edição Especial

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EDIÇÃO ESPECIAL

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

UM MUNDO MELHOR Rosa Marques

ESCOLA POBRE Escola pobre improvisada, com chão de terra batida e um pouco mais de nada! Mas todos os dias as crianças apareciam e com entusiasmo preparavam-se para a vida! Chegavam e sentavam-se no chão porque ali banco não havia não! Assim mesmo ouviam o professor com muita atenção! Desta forma se vão formando os homens de amanhã. Nesta escola pobre, de tudo carente, onde ainda há muito a fazer. Mas onde impera uma grande vontade de ensinar e outra tanta para aprender!

Para um mundo melhor, mais consciente, mais coerente, uma nova atitude, uma atitude diferente!

Mais humanidade e compreensão onde cada homem reconheça o outro como seu igual, como seu irmão! Um mundo onde ninguém tenha falta de pão… Onde as crianças sejam amparadas e amadas sem quaisquer abusos ou descriminação de raça ou cor… São todas crianças! todas merecem respeito, carinho e amor! Mais igualdade… Consciencialize-se todo o mundo, os povos de todas as Nações de que somos todos iguais… Todos necessitamos do essencial para viver com dignidade… Em sociedade nos completamos, uns dos outros precisamos… Cada um contribuindo com o que sabe, cada qual com a sua habilidade!

Porque na vida faz toda a diferença entre o não … e o saber… ler e escrever! Rosa Marques (Escolas em África, ao ar livre, onde as crianças sentadas no chão ouvem o professor) www.divulgaescritor.com | set 2017

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EDIÇÃO ESPECIAL

DIVULGA ESCRITOR

ENTREVISTA

ESCRITOR BRUNO DEMÉTRIO

Se você estiver lendo o “Log#1525” e um sujeito estranho lhe pedir para tirar um selfie com você e o livro, sorria, sou eu sendo fã-boy de meus leitores.”

B. Demetrius é diretor de arte, ilustrador, redator e escultor especializado em design de personagens e monstros. Apaixonado desde a infância por ciências, videogames, viagens espaciais e rock’n’roll, cresceu amontoando em sua mente tudo o que pôde sobre séries de ficção científica espacial, alienígenas – endoparasitários ou não –, robôs gigantes japoneses, supersoldados anabolizados, computadores com problemas de ego, artes marciais e piadas de mau gosto. Quando criança, morria de medo do Alien (aquele mesmo), que acreditava viver debaixo de sua cama, o que gerava aventuras apavorantes entre suas idas ao banheiro durante a noite.

Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor B. Demetrius, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos como surgiu inspiração para “LOG #1525”? B. Demetrius – Olá! O prazer é 52

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todo meu! “Log#1525” é o desenvolvimento de uma antiga redação feita ainda em meus tempos de escola, na antiga 6ª série. Em 2015, eu havia encerrado um contrato de trabalho e resolvi permanecer fora do mercado de propaganda por um tempo. Principalmente para atualizar meu portfólio e trabalhar em


DIVULGA ESCRITOR projetos pessoais. Então, fazendo uma busca em arquivos antigos encontrei o material que utilizei em uma aula de criação de games e, anexo, estava o texto base derivado da antiga redação, junto dele, alguns sketches. Eu estava com tempo de sobra e resolvi arriscar. “Quem sabe não dá certo?” Pensei em voz alta. Bom, cá estamos nós vários meses e várias revisões e versões depois. Para a construção do enredo você criou um mundo específico. Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe a obra? B. Demetrius – “Log#1525” é um Sci-Fi escrito em monólogo. O grande desafio que me impus ao escrevê-lo foi dar a sensação ao leitor de que ele estaria tão perdido e desorientado quanto o protagonista. Ao lado dele, dentro de sua mente e, depois de imerso, que o leitor pudesse também ouvir o Boris dentro de sua cabeça, ao ter que presumir sempre quais seriam suas falas. Quais os principais personagens de “LOG#1525”? B. Demetrius – Temos apenas o Major. O Boris está lá, o leitor acredita que está, eu sei que ele está. Porém, apenas o Major tem a certeza de que ele está lá e sabe o que ele diz. Apresente-nos o livro. B. Demetrius – Olha, um outro autor e também blogueiro, o Marcio Zanini, escreveu: “Pense em Náufrago, só que futurista ou mesmo em Perdido em Marte. É tão bom quanto. Com a diferença de que em ‘LOG#1525’ tudo é muitooooooo mais tecnológico e cria-

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B. Demetrius – A solidão do Major e suas descobertas entre uma desventura e outra. Apresente-nos “LOG#1525” em duas palavras. B. Demetrius – (Como diria o Major) “É, ferrou.” (só que bem mais chulo) Onde podemos comprar o livro? B. Demetrius – No site da Chiado Editora: https://www.chiadoeditora.com/livraria/log1525 e também nas grandes redes de livrarias do Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde. tivo.” Já o Dramaturgo e crítico literário Robertson Frizero escreveu em seu blog: “... um thriller inquietante que ganha traços de fino humor e de terror inesperado. Não é pouca coisa para um livro de ficção científica de um autor estreante”. Eu me limitaria a dizer que é um livro sobre as desventuras do minerador espacial brasileiro mais mal-humorado e desbocado que este setor do braço de Órion tem notícia. Como foi a escolha do título? B. Demetrius – Bom, o título foi construído para ser facilmente lido em qualquer língua que o livro venha a ser publicado sem a necessidade de traduções ou alterações. Foi levado em consideração a versão para o mercado anglofônico. Desde a contagem de letras, velocidade de assimilação e repetição, se era enigmático o suficiente e, ainda, se seria um título forte para o gênero Sci-Fi. O que mais o encanta no enredo que compõe a obra?

Quais os seus principais objetivos como escritor? B. Demetrius – Bem, eu tenho uma frase que aprendi com um velho amigo, o escultor Marco Aurélio R. Guimarães. Assim como ele, acredito que tudo o que fazemos deve deixar algum tipo de resíduo. Minha escrita é meu resíduo. Essa é minha pretensão: deixar um resíduo. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor B. Demetrius. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? B. Demetrius – Se você estiver lendo o “Log#1525” e um sujeito estranho lhe pedir para tirar um selfie com você e o livro, sorria, sou eu sendo fã-boy de meus leitores. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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Edição DIVULGA ESCRITOR DIVULGA ESCRITOR Especial anos

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Rosana Nicácio

Olá, Caro(as) Amigo(as), Leitor(as)!!! Espero que estejam bem e felizes!!! Resolvi compartilhar com vocês um sentimento e contexto que me fez recordar inicialmente a música “Modinha para Gabriela” do saudoso compositor Dorival Caymmi, transcrevendo o seguinte trecho: “ Eu nasci assim Eu cresci assim Eu sou mesmo assim Vou ser sempre assim” Sei que o processo de mudança, não é nada fácil, até mesmo nas coisas mais simples. Cada pessoa tem seu nível de resistência, pois o nosso cérebro tem muito a ver com o nível de obstáculos que colocamos em nossa trajetória para um novo caminho ou uma nova forma de caminhar. 54

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Seja Sempre você mesmo, nunca o mesmo! Na vida, ou você muda ou a vida trata de mudar você, isso é fato! Essa mudança requer muita permissão, consciência do querer mudar, disciplina, foco, novos hábitos, desapego, exigindo muitas vezes uma força descomunal e desgastante para algumas pessoas, enquanto outras possuem uma adaptabilidade maior, mas com seu grau de limitação, enfim, cada qual ao seu nível. O Físico Alemão Albert Einstein, dizia que: “insanidade é continuar fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Seria mais fácil se fôssemos instruídos e desenvolvidos para agirmos com foco, comprometimento, determinação, persistência em direção aos nossos objetivos que almejamos na vida. Contudo, nossa realidade é totalmente diferente: nas escolas tradicionais somos adestrados para passarmos de ano com boas notas, bom comportamento e passar nas

provas para o ingresso em instituições de ensino superior e galgar o tão sonhado diploma da graduação. Seria bom se, nessas mesmas escolas, tivéssemos a disciplina que nos ensinasse sobre atitudes necessárias para obtermos os melhores resultados na vida e na profissão, de evoluirmos como seres humanos, lidar com as frustações, perdas e ganhos que a vida nos proporciona em toda nossa trajetória existencial. Em virtude do exposto, hoje me deparo com pessoas insatisfeitas profissionalmente, sem direcionamento e esperando que as coisas aconteçam por obra divina e, dessa forma, muitos se deixam levar pela vida sem rumo e sem prumo. Tive e tenho a grata oportunidade desde criança de conviver com pessoas experientes, de fontes inesgotáveis de amor e muita sabedoria. Considero que são pessoas jovens de idade cronológica, mas de espírito bem amadurecidas. Sem-


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Edição Especial

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pre ouvi e ouço a seguinte expressão: “na vida, ou você aprende pelo amor ou pela dor”. Sempre quando ouço, fico reflexiva e respondo a mim mesma, minha opção sempre será pelo amor, mas como o passar do tempo, observei que não tenho como fugir do aprendizado pela dor e que é demasiadamente necessário, restando apenas saber encarar e tirar grandes ensinamentos desse aprendizado com resiliência. O aprendizado pela dor tem a alta capacidade de curar as doenças da alma, proveniente da vaidade, orgulho, egocentrismo, egoísmo, soberba, inveja e dentre tantos outros males que nos afligem. Através deles e da misericórdia divina, despimos e nos desvencilhamos dos mais deploráveis sentimentos, lembrando que nem todos conseguem e precisam vivenciar muitas dores para evoluir. Vou ser sincera: minha opção ainda é pelo amor, mas também não é muito fácil, pois está longe dessa

que vos escreve, chegar a um amor genuíno e incondicional, porém, minha busca e desejo é diuturnamente e as pessoas que surgem em minha vida com suas diferenças têm levado-me a caminhar nesse trajeto o dia todo e todos os dias. As dores que vivenciei, vivo e vivenciarei, procuro aceitá-las, me entregar, confiar, agradecer, enfrentá-las, seguir sempre em frente e avante! Sempre tive a convicção que tudo na vida passa. Afinal, nada é para sempre, tudo dura o tempo necessário para fazer a diferença em um curto ou longo intervalo de tempo e posso dizer que venho aprendendo direitinho as lições que a vida nos oferta, saindo-me bem melhor como ser humano, mais fortalecida e com muita história para compartilhar. Seja sempre você mesmo, nunca o mesmo. Aproveite o máximo adquirir conhecimentos e aprendizados em todos os âmbitos da sua vida, extraindo dessa fonte ines-

gotável de sabedoria, que é a vida. Procure expandir o máximo o radar da curiosidade, do aperfeiçoamento comportamental e técnico e, acima de tudo, do compartilhamento. Quando compartilhamos e nos permitimos a retroalimentação, nos tornamos uma pessoa e profissionalmente melhor. Não melhor do que o outro, mas para você e para o outro. Não perca a sua essência, deixando-se levar pela aparência. Seja você mesmo, sem máscaras, sem faz de conta, pois só a sua essência pode dar sentido ao seu propósito, a sua razão de existir, a significar e construir um legado que por ninguém pode ser plagiado, terceirizado ou delegado, apenas única e exclusivamente a você que é protagonista da história da sua VIDA!!! FÉ-LIC-IDADE com muita Felicidade Rosana Nicácio da Silva Consultora na área de Gestão com as Pessoas, Palestrante, Professional Coach e Analista Comportamental DISC Profile, pela Sociedade Latina Americana de Coaching SLAC e Facilitadora da Lego® Serious Play® Methods Contato: (84) 99670-6309 e-mail: nicacio.rosana@gmail.com Facebook: rosana.nicacio.7

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ENTREVISTA

ESCRITORA CRIS BARBOSA

A descrição detalhada dos pontos turísticos de Jericoacoara e o fato de eu ter conseguido escrever um romance com linguagem simples, direta, acessível e bem-humorada.”

Cris Barbosa, 45 anos, é escorpiana e cirurgiã dentista há mais de 23 anos. Nasceu em Ituverava, interior de São Paulo, e hoje reside em Ribeirão Preto, no mesmo estado. Escrever é sua maior paixão! Exerce sua profissão em uma clínica odontológica e escreve nas horas vagas, mas pretende, muito em breve, se dedicar apenas aos livros. “Uma Incontrolável Atração” é seu primeiro romance publicado em formato digital na Amazon, e em formato físico (impresso) pela Editora Pandorga. A autora já está trabalhando em um novo romance, ainda sem título definido, e pretende publicá-lo em breve.

Boa leitura!

Jericoacoara é cenário principal de “Uma Incontrolável Atração” da escritora Cris Barbosa Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Cris Barbosa, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita literária? Cris Barbosa – Olá! Eu é que agradeço a oportunidade que a Revis56

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ta Divulga Escritor está me dando para divulgar meu trabalho. O prazer é todo meu em responder a essa entrevista. Sempre gostei muito de ler, e com muita frequência imaginava histórias em minha cabeça, criando meus próprios romances. E foi daí que nasceu a vontade de escrever os meus próprios livros.

Em que momento surgiu inspiração para “Uma Incontrolável Atração”? Cris Barbosa – Eu queria escrever sobre algo que não fosse muito comum em livros de romances, queria algo diferente. Até que um dia, navegando pelo twitter, me deparei com histórias de celebridades, bem como seus relacionamentos


DIVULGA ESCRITOR com fãs, contratos midiáticos, falsos relacionamentos (contratos de PR), paparazzi, revistas de fofocas e resolvi escrever a respeito. Mas ao contrário de muitos autores, como uma boa brasileira que sou, resolvi ambientar minha trama no Brasil, fazendo com que a celebridade se apaixonasse por uma bela brasileira. E a mistura acabou dando certo (risos).

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sutileza, na medida certa, sem vulgaridade e com muito romantismo. Onde podemos comprar o seu livro? Cris Barbosa – O ebook, no site da Amazon no link: www.amazon.com.br/dp/ B01MAYG1AO. E o livro físico (impresso) no site da Editora Pandorga: http://www. editorapandorga.com.br/v2/, nas principais livrarias do Brasil (tanto online quanto lojas físicas) e por meu intermédio, já autografados, entrando em contato inbox no meu perfil do Facebook: https://www.facebook.com/ cristina.barbosa.14268 ou pelo e-mail cris.bps@hotmail.com

Jericoacoara foi um lugar que visitei e me apaixonei. Tudo lá é tão lindo e romântico, que não tive dúvidas de escolher o local para pano de fundo da minha história”

Apresente-nos a obra. Cris Barbosa – Gabriela é funcionária do luxuoso Resort Sun & Sea, em uma paradisíaca cidade do Nordeste brasileiro. Ela vive para o trabalho e leva uma vida tranquila e estável. É uma garota tímida, originária de uma cidade do interior. Teve uma criação bastante rígida e severa de seu pai e, com muito esforço e dedicação, formou-se em hotelaria. Avessa à tietagem, jamais se imaginou em um relacionamento, mesmo que passageiro, com qualquer uma das celebridades que já se hospedaram por lá. Sam Williams é um ator inglês, o mais novo queridinho de Hollywood. Após uma intensa jornada de trabalho devido ao lançamento, quase simultâneo, de dois filmes e uma série de TV, que ele protagoniza, resolve aceitar o convite de um amigo para passar uma temporada em um resort no Brasil. Sam nunca se envolveu com nenhuma garota que não fosse do seu meio de trabalho por acreditar que sua fama e dinheiro atrairiam pessoas interessadas em se promover por seu intermédio. Além disso, as atitudes de algumas fãs obcecadas o assustam um pouco. Mas, em uma casa noturna, os destinos se cruzam. Gabriela e Sam

descobrem o poder de Uma Incontrolável Atração! Um esbarrão, um olhar, aquele olhar... E tudo muda! Quais critérios foram utilizados para a escolha da cidade do Nordeste a ser palco principal da trama? Cris Barbosa – Na verdade, Jericoacoara foi um lugar que visitei e me apaixonei. Tudo lá é tão lindo e romântico, que não tive dúvidas de escolher o local para pano de fundo da minha história. E ficou perfeito! Além de ter sido muito mais fácil de ambientar e descrever por ser um lugar que já conheço. O que mais a encanta em “Uma Incontrolável Atração”? Cris Barbosa – A descrição detalhada dos pontos turísticos de Jericoacoara e o fato de eu ter conseguido escrever um romance com linguagem simples, direta, acessível e bem-humorada. Onde os capítulos “hots” foram escritos com muita

Quais os principais hobbies da autora Cris Barbosa? Cris Barbosa – Ler, escrever, viajar, fazer caminhada e estar em contato direto com a família e os amigos. Em sua carreira literária já participou de vários eventos; qual o momento/evento, que mais marcou, por quê? Cris Barbosa – Na verdade, como estou apenas iniciando minha vida literária, não participei de muitos eventos. Mas devo ressaltar minha participação na 17ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, minha cidade, que aconteceu este ano, do dia 04/06/2017 a 11/06/2017, por ter sido o meu primeiro evento oficial como autora e também minha primeira sessão de autógrafos. Por esses e outros motivos a feira se tornou inesquecível para mim. Em setembro, pela primeira vez como autora, irei à Bienal do Rio de Janeiwww.divulgaescritor.com | set 2017

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ro, na qual vou estar presente no estande da Pandorga no dia 09/09, às 16:00 horas, com mais uma sessão de autógrafos; e imagino que vá ser palco de muita emoção da minha parte. E também não posso deixar de citar o lançamento do meu livro físico, que contou com a presença de muitos amigos e familiares, e foi igualmente especial. Eu acredito que todo lançamento de um novo romance sempre o será. Quais os seus principais objetivos na área literária? Cris Barbosa – Escrever muitos livros, me tornar conhecida no mundo literário e encantar os leitores com meus romances. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Cris Barbosa. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Cris Barbosa – Agradeço mais uma vez a oportunidade que me foi dada pela Revista! Peço aos leitores que deem uma chance ao meu romance, porque ele foi escrito com muito amor e carinho para vocês. E posso assegurar que quem já leu gostou bastante. Aproveito a oportunidade também para fazer mais um pedido aos leitores, que leiam e apoiem mais a literatura nacional, porque temos grandes escritores e talentos por aqui. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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Quem é você? Sou a criação de Tupã Sou a essência originária Tenho raízes profundas Conheça minha história literária

Adriana Garcia

Revelação

Mais amor ao povo indígena Mais respeito a essa raiz milenar Minha história é vasta Vem comigo a natureza preservar Não destrua O que mais tarde vai te salvar Nada de guerra, construa Vamos viver o amor e para com todos amar

Onde estas amor! Dentro ou fora de mim? O que representa esse Beijo? Um não ou sim?

Quem é você para dizimar Sou a obra da paz Amar não condenar A vida ensina segue o bem e faz

O que é o amor pra você? Revela no mais íntimo do seu eu.! Quem gosta dele é ele! Quem gosta de você é o meu coração.

Não precisa medo Sou a verdade Sou amor sem segredo Sou a luz do aconchego sem maldade

Releia os versos... Não ignore o que leu. O amor que aqui se faz, Foi e será eternamente teu.

Sou parte da tua identidade Sou oriundo do tempo que aqui deixou Sou originário da paternidade Sou o surgimento da poesia que as mãos registrou

O encontro por cinco letras se deu Formando a essência perfeita Quem ama vê com carinho Aceita com amor os reveses do dia a dia

Sou um índio com a paz que Tupã criou

Não sou perfeita Uma filha de Deus Guardo o meu amor Esperando o seu beijo ao encontro dos meus www.divulgaescritor.com | set 2017

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Brasil sem cores MENINO O QUE FIZESTE DAS CORES QUE SIMBOLIZEI? ESSÊNCIA DAS MATAS, DO OURO, DO CÉU E DA PAZ. UMA HISTÓRIA QUE SE FEZ , DEI LHE A VIDA . NÃO PARA SER O DONO . DEI PARA SER O BRASIL DE TANTOS SONHOS... UM MENINO LINDO ! DE IMENSAS RIQUEZAS. UM SER DE ESPERANÇAS , JAMAIS DE GANÂNCIA . ABRIGANDO TODOS SEM SEPARAÇÃO. NÃO TE CRIEI PARA AS TORMENTAS ,NEM PARA AS GUERRAS DEVASTAS A DESTRUIÇÃO . MODELEI PARA A PAZ E A UNIÃO . TE FIZ TÃO GRANDE! PARA ESTRUTURAR TODOS OS SEUS IRMÃOS . BRASIL ONDE ESTÁ TUA IDENTIDADE ? MEU DNA ? CUIDADO MENINO ! TUDO PODE MUDAR ... ESSAS CORES FORAM PARA TE INSPIRAR . ATÉ CRIASTE UMA MARCA PARA TE EXPRESSAR . MAS ESTOU A TE OBSERVAR !!! VOCÊ MEU GIGANTE MENINO , NÃO É MAIS QUE O CÉU . NA BASE DA TERRA VOCÊ ESTÁ . NÃO DEIXA QUE AS NUVENS DAS LEIS CONTRÁRIAS VENHAM TE DOMINAR . ESTÃO QUERENDO FAZER DA SUA MARCA UMA TAÇA PARA EMBEBEDAR . USANDO TE PARA A PAZ NÃO REINAR. CUIDADO FILHO QUERIDO! COM AS AÇÕES E DECISÕES A TOMAR .

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O FUTURO É MUITO BREVE ... NÃO QUERO VER AS TUAS LÁGRIMAS AS CORES DESBOTAR . NÃO ESQUEÇAS QUE TE DEI UMA OPORTUNIDADE PARA COM TUA ESSÊNCIA UMA FLOR CUIDAR . NÃO DESFAÇA DA PUREZA , DEIXA ME NO COLO TE PEGAR . DURMA REPARE O TEU SONO . NÃO DEIXANDO A ENERGIA TURBULENTA ATAZANAR. SOU TEU PAI SE ASSIM ACREDITAR . ESTOU AQUI PARA TE AJUDAR . BRASIL !!!! MEU MENINO !!!! OUÇA O QUE TENHO PRA TE FALAR. NÃO SOU , A GUERRA . A PAZ É O SEU COMPROMISSO ... SUA MISSÃO ; SUA AÇÃO ; O AMOR É O SEU ALIADO . O DIREITO DE TODOS E DE TUDO . SOBRE ESSA TERRA VOCÊ É APENAS UMA PARTÍCULA DE MIM . NÃO JULGUE ; PARA NÃO SER JULGADO . NÃO CONDENE; PARA SER CONDENADO. AMA SEMPRE . ESSE É O MEU LEGADO . MENINO BRAZIL !!! MUITO CUIDADO ...


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ENTREVISTA

ESCRITOR DELMO BIUFORD

Por outro lado, romances policiais seguem determinadas regras que servem para aguçar a leitura em descobrir o que virá no próximo capítulo. Naturalmente, esses elementos exercem em mim grande poder de atração.” Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Delmo Biuford, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Es-

Delmo Biuford participou da IV Seletiva de Poesias, Contos e Crônicas de Barra Bonita, recebendo o Diploma de “Classificação com Louvores” em 2005. Classificado pela Universidade Federal do Maranhão, no Festival de Poesia Maranhense de 2006, participou do I Varal de Literatura de Campinas em 2007 e de vários eventos litero-musicais na Casa das Rosas e Sesc Ipiranga, em São Paulo. Ficou entre os 10 melhores poetas no concurso nacional de conto e poesia pela Secretaria Municipal de Cultura do Município de Suzano, em 2009. Em 2010, publicou seu primeiro livro de poemas intitulado “Flor de Tudo”, pela Editora República Literária. Participou de publicações coletivas, do Portal dos Poetas Brasileiros e da Bienal do Livro em 2010. Na área musical é compositor, letrista e cantor de MPB. Participou de vários CDs e tem várias músicas gravadas por artistas. Gravou um CD autoral em 2015. Publicou o romance policial “Domínio do Crime” e outro livro de poemas “Química do Verso” em 2017.” Boa leitura! critor. Conte-nos o que mais o encanta nos romances policiais? Delmo Biuford – Quando era bem mais jovem li “O Caso dos Dez Negrinhos”, de Agatha Christie. Fiquei impressionado com todo aquele

mistério, as mortes ali sequenciadas e o desfecho surpreendente. Esse primeiro contato com o romance policial certamente influenciou, ainda que psicologicamente, na minha decisão em escrever uma ficção www.divulgaescritor.com | set 2017

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com essa temática. Embora tenha lido outras obras e outras tendências, o desejo inconsciente eclodiria a qualquer momento, e foi o que aconteceu. Acho até que não por mera atração casual, mas por uma tendência influenciada, a partir desse contato com o livro da grande “Queen/Lady of Crime”. Como surgiu inspiração para “Domínio do Crime”? Delmo Biuford – Sempre escrevi poemas e letras musicais, mas de alguns anos para cá comecei a alimentar o desejo de escrever um romance, uma novela ou coisa do tipo. Porém, não sabia qual assunto abordar. Por volta de 2012, comecei a rascunhar um texto futurista onde o protagonista investigava o roubo de uma joia valiosa. Tentei desenvolver a trama em primeira pessoa. Claro que em determinado momento, me deparei com a impossibilidade da onisciência e interrompi o projeto. Pensei então, uma maneira de trazer um assunto semelhante para os nossos dias, mas queria uma obra ficcional sem compromisso obrigatório com a realidade. Daí surgiu a ideia do livro, que durante o processo de seu desenvolvimento me “revelou” o que seria o título definitivo: “Domínio do Crime” desta feita, escrito em terceira pessoa. Apresente-nos a obra. Delmo Biuford – Golias, um lutador de “Luta Fatal”, caiu imóvel sobre a lona, logo após ter recebido um tiro certeiro na altura do coração. César Sandoval, Cesão, um detetive particular, atormentado pela morte de sua mulher, em um acidente ocorrido vinte e três anos atrás, é procurado por Luíza, mulher do lutador, para investigar o crime. Dr. 62

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Roterdã, o ex-prefeito de “Sampa”, famoso pelos escândalos de desvio de verba, é chefe da facção criminosa chamada de a “Pequena Máfia”. Paralelamente, a cidade é cercada por “condomínios do crime” subdivididos em cinco setores, que dominam a venda da droga “Paraíso” e o tráfego de pessoas para servirem as “Rinhas Humanas”. Um advogado ambicioso trama contra seu chefe, o ex-prefeito; com esse intuito um assassino de aluguel é contratado para tal.

Quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe a obra? Delmo Biuford – Creio que os maiores desafios estão na intersecção dos personagens à medida que a trama se desenrola. O tempo tem que ser dosado num paralelo correspondente aos fatos de forma que o contexto não fique confuso e desordenado. Os capítulos, via de regra, são curtos e os personagens, a princípio, agem separados e vão se encontrando nos capítulos subse-


DIVULGA ESCRITOR quentes. E sendo assim, surgem armadilhas que podem deixar o texto incoerente e a trama, inconsistente. Esforcei-me para que tudo fluísse de forma mais natural possível, isso também traz uma determinada dificuldade patente na história. O que mais o atrai no enredo que compõe a trama? Delmo Biuford – É o passo a passo, é cada drama pessoal, é a aventura e o mistério que vão sendo costurados fragmentariamente. Esses ingredientes articulados no enredo cooperam para que a curiosidade seja desafiada. Por outro lado, romances policiais seguem determinadas regras que servem para aguçar a leitura em descobrir o que virá no próximo capítulo. Naturalmente, esses elementos exercem em mim grande poder de atração. Descreva “Domínios do Crime” em duas palavras. Delmo Biuford – Vibrante, surpreendente. Onde podemos comprar o seu livro? Delmo Biuford – O livro “Domínio do Crime” pode ser encontrado no site da Editora Multifoco: www. multofoco.com.br, ou pelo facebook: https://www.facebook.com/ delmo.biuford, Ou pelo site: https://www.amazon.com.br Quais os seus principais objetivos como escritor? Delmo Biuford – Pretendo dar continuidade a essa desafiadora atividade sem me preocupar se terei muita ou pouca visibilidade, mesmo porque despertei esse lado, até então oculto ou submerso. Portanto, sinto que não posso mais me furtar

a explorar e transferir minhas ideias às letras dos livros autorais. Por outro lado, no enredo que acabei de escrever ficaram algumas lacunas abertas, uma espécie de fios condutores que impõem uma conclusão, ou uma continuidade sequencial a ser trabalhada. Nesse sentido, já estou articulando o próximo livro, que ainda não tem título, mas certamente estará diretamente ligado à trama recém-publicada. Soube que além de escritor, você é compositor, apresente-nos um pouco sua trajetória como músico. Delmo Biuford – Comecei na música nos anos setenta, em 1973, quando escrevi a primeira canção autoral; daí em diante participei de festivais de música, eventos litero-musicais, saraus etc. Apresentei algumas músicas na Casa das Rosas, Sesc Ipiranga, teatros, rádios e em outros espaços culturais. Em 2003, gravei um CD autoral em parceria com o músico Pablito Morales, intitulado “Olho Nu”. Em 2007, gravei o CD “Plano de Voo” com meus parceiros musicais Pablito Morales e Wimer Bottura. Publiquei o livro de poemas “Flor de Tudo”, pela Editora República Literária, e em 2015 gravei CD autoral “Maria Maré”. Tenho algumas músicas gravadas por outros artistas espalhados por aí. Recentemente, publiquei o livro de poemas “Química do Verso”, pela Editora Amazon (www.amazon. com.br). Quem desejar, como deve fazer para conhecer melhor o seu trabalho musical? Delmo Biuford – Creio que a melhor vitrine é por meio do YouTube; e quem quiser conhecer, basta digitar na área de pesquisa meu nome:

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Delmo Biuford (play list). Lá aparecerão alguns vídeos com músicas de minha autoria. Caso haja o interesse em adquirir CDs, ou livros, escreva para email: delmosouza@ yahoo.com.br. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor e compositor Delmo Biuford. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Delmo Biuford – Convicto de que a melhor maneira do ser humano desenvolver seus potenciais é por meio da leitura, humildemente aconselho os brasileiros, sobretudo, os jovens, que façam da leitura um hábito, pois existem vários universos a serem descobertos, segredos a serem descortinados, mundos a serem explorados. As sensações são muitas, assim como o prazer sensorial cria laços indeléveis ao tema lido. A riqueza de uma nação nasce na educação e na cultura de um povo. O livro, por sua vez, tem papel fundamental para sedimentar o conhecimento e despertar o homem crítico e partícipe da prosperidade e poderio de seu país e, não importa se o texto é ficcional ou não, não importa o estilo, a origem do autor, todos são dignos de leitura e toda leitura é uma joia que devemos guardar como uma pedra preciosa em nossa alma.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Maria dos Santos

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ste é um tema com formato garrafal. Escrevi um Livro! Vaidades! Feliz e contente escrevera um livro. Melhor, rabisquei. Juntei folhas de poemas, quantas vezes alinhavados com olhos marejados de lágrimas. Mas não necessariamente chorosos. Também os tenho sorridentes, amargos, revoltados, sociologicamente querendo entrar pelos assuntos adentro, ficando abeirada nas franjas dos problemas reais dos outros. Que feliz estava por ter escrito um livro! Poesia é a minha arte. Foi indescritível. O poeta é um grande fingidor. Porém, finge - se finge - com arte. E com alguma arte, espero, escrevi o meu primeiro livro. Não consigo contabilizar as horas e /ou os dias de trabalho. Escrever, corrigir, etc. Mas escrevi um livro, com um título apelativo ,na esperança de que, ao

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Escrevi um livro, e olharem para a capa, me comprassem. Escrever nunca foi problema para mim sobretudo a poesia. Todavia, considerando que é um trabalho solitário, o problema surge quando se pretende afirmar o nosso trabalho. Todos comentamos isto. É uma verdade insofismável. Escrevi mais um livro, e agora? Dificilmente reparamos que os nossos pequenos prazeres (de escrita) podem ser objectos de interesse para o público. Serão? - Como se desenrolará o processo, serão eles passíveis de exposição? Entre a inocência, a timidez ou incompetência de quem não se sabe. Nunca se sabe o porquê. Ou, se sabe não parece querer vender. Acabamos por ficar, todos nós - os novos escritores - circunscritos aos amigos, familiares e grupos de interesse profissional ou desportivo. De um modo geral – falo ago-


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e agora?

ra em meu nome, mas creio poder generalizar - sou eu quem vende os livros. A divulgação fica a cargo da editora, porém cabe-me a mim a parte mais difícil. Os livros só muito lentamente têm vindo a ser colocados/divulgados para venda ao grande público. Aguardam-se melhores dias, uma maior dinâmica, mais sucesso, mais vendas, algum dinheiro que chegue para as despesas. E, não só. A minha área é a poesia e essa é, dentro da literatura, um mercado ainda mais complexo. Estamos a verificar um Boom a nível de novos poetas e escritores em geral. É preciso que tenhamos visibilidade. Sair da obscuridade seria muito bom, tal como uma divulgação alargada do valor literário, após devida avaliação. Esta avaliação deveria estar em primeiro plano, nas editoras, evitando o editar-se por se editar – o dinheiro pela arte – que destrói o que de melhor existe em cada um de nós. A criatividade. Porém, notam-se algumas melhorias e um esforço para a divulgação em geral. Editei sim uns livros, e depois? Quem entende a arte do poeta? Alindam-se poeticamente verdades, de cruas dores vividas, de onde o poema nasce aligeirado, ou tecnicamente forte como a força do pano cru. Nasce por vezes o poema despido, nu como uma criança saída da barriga da sua mamã.

E aparece-nos o poema, tantas vezes amadurecido, geralmente bem vestido de seda deslizante. Ora vai caindo em mãos doces, de coração quente, do tamanho do Mundo. Ou quiçá, fique o poema a um canto. Fechado numa página qualquer de um qualquer livro vendido ao desbarato, sem que alguém se detenha a fazer-lhe uma análise de conteúdo, séria. Penso num novo livro, e então? Sem esquecer a poesia, ela está intrinsecamente ligada a mim, voarei para outros prados, outras gentes, outros lugares. Por ela e com ela aventurar-me-ei a ser fazedora de livros em prosa, crónicas que poderão fazer sorrir até uma cara triste ou alegrar um dia de má disposição. Tem que haver uma saída. Não podemos ficar inertes. Procuremos, mesmo que desoladamente, alguns sinais, por pequenos que sejam, que nos tragam as marcas da passagem de alguém por nós. Alguém que nos leu e não nos viu, mas terá que ver. Façamos dos nossos livros um percurso qualitativo e crescente. É passo a passo e caminho a caminho que as distâncias se diluem, e o fim da viagem parecer-nos-á mais perto e leve. Mais nossa. Será um acto de justiça reconhecer que temos vindo a assistir a um esforço na divulgação dos novos autores. Não chega? Pois não! www.divulgaescritor.com | set 2017

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ENTREVISTA

ESCRITOR DOUGLAS JEFFERSON

Foi assim que surgiu o gosto, mas só coloquei em prática a minha própria expressão poética após experiências, como paixões e decepções”

Douglas Jefferson, natural de Taubaté (SP), escreve desde pequeno. Da infância, usando lápis e cadernos, passou a usar uma velha máquina de escrever na adolescência, época em que datilografava histórias fantásticas com inúmeros personagens. É estudante de Filosofia na Faculdade Dehoniana e idealizador do projeto Caixa Carpe Diem, presente atualmente em sete países e em todos os Estados do Brasil, além de coadministrador, junto de Ester Barroso, da página Moça, você é mais poesia que mulher, que conta com um total de quase 2 milhões de seguidores. No fim de 2015, sagrou-se vencedor do segundo lugar no VI Concurso Nacional Pérolas da Literatura, promovido pela prefeitura de Guarujá (SP), na categoria poesia adulto. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Douglas Jefferson, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter gosto por textos poéticos? Douglas Jefferson – Muito obrigado pelo espaço. Comecei a gostar de

arte poética ao ler uma coletânea dos principais poemas de Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira. Foi tão marcante em mim, que até hoje sinto a influência desse poeta em minha escrita. Foi assim que surgiu o gosto, mas só coloquei em prática a minha própria expressão poética após experiências, como paixões e decepções. www.divulgaescritor.com | set 2017

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Como surgiu a parceria com a autora Ester Barroso para publicação de “Nascente”? Douglas Jefferson – Nós já éramos amigos e parceiros de projetos literários na internet, então um dia conversamos sobre a possibilidade de publicar, juntos, algum material autoral. De início, pensamos em organizar antologias de membros dos grupos de poesia que a gente administra na internet, mas acabamos por optar em selecionar nosso próprio trabalho. Para mim, é uma honra que meu primeiro livro seja em coautoria com Ester, pois ela é uma das melhores poetisas que já li em toda a minha vida.

Lá vai ela, a borboleta destemida De nome Aquarela a errar o caminho. Poderia tê-lo acertado e poupado o espinho De meu futuro discreto, meu futuro sozinho. Nem meu anjo da guarda pôde me ajudar Visto que o vento era mais forte que seu sopro. O primeiro beijo, nossos filhos, o altar... Tudo tirado de mim e dado a outro. Pousou na folha, enquanto deveria na flor. Findou-se escolha, nunca conhecerei meu amor. Tudo mudado numa maldita fração de segundo Que faz meu coração chorar no fim do mundo.

Que estilo de textos poéticos estão sendo apresentados nesta obra literária? Douglas Jefferson – O estilo de Ester é distinto do meu, mas ambos somos bem ecléticos e abordamos diversos temas em diversas formas. Ester possui versos mais ácidos, que arrebatam e brincam com os sentidos; a minha expressão, por sua vez, é mais melódica, ritmada, pois gosto de dar balanço aos poemas. Há bastante crítica social, filosofia, paixão, ternura, melancolia, dúvida e inquietação.

Além de textos poéticos, você escreve em outros segmentos literários? Douglas Jefferson – Por causada faculdade, já produzi artigo científico. E por hobby mesmo, há alguns anos escrevi cinco contos de comédia no intuito de transformá-los em audiolivro.

No total, quantos textos estão sendo apresentados? Douglas Jefferson – 85 poemas, sendo 45 de Ester e 40 de minha autoria, mas em número de caracteres e de páginas, estamos bem equilibrados.

Onde podemos comprar o seu livro? Douglas Jefferson – Pelo site da Editora Penalux, clicando no seguinte link: https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info. php?products_id=593.

Apresente-nos um dos textos publicado em “Nascente”. Douglas Jefferson – (D)EFEITO BORBOLETA, Douglas Jefferson (página 99):

Você é administrador do projeto “Caixa Carpe Diem”. Conte-nos como surgiu, seu objetivo e quais atividades são desenvolvidas pelo projeto?

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Fico feliz em poder divulgar meu trabalho aqui e lhe parabenizo por incentivar escritores e novos leitores.” Douglas Jefferson – O projeto surgiu em 1º de janeiro de 2015, em uma conversa com a amiga Natália. Trata-se de caixas de poesia, onde cada participante recebe o material por e-mail, imprime e coloca dentro de alguma caixa de sua preferência, devendo retirar um poema de dentro dela todos os dias, durante um mês, e passar a caixa para outra pessoa depois que todo o material chegar ao fim, formando uma corrente poética. No final de cada poema, há uma proposta de ação do bem para a pessoa realizar durante o dia. Outra atividade proposta é a de tirar uma foto da caixa em um ponto público da cidade e enviar, por e-mail, com um depoimento contando a experiência com o projeto. Como deve proceder quem desejar participar do projeto “Caixa Carpe Diem”? Douglas Jefferson – Basta enviar um e-mail para caixacarpediem@ outlook.com e solicitar o envio do material.


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Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Douglas Jefferson. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Douglas Jefferson – Fico feliz em poder divulgar meu trabalho aqui e lhe parabenizo por incentivar escritores e novos leitores. Considero importante a manutenção desses espaços, pois eles acabam por “catalisar” a produção literária e despertar a curiosidade e o fascínio de quem

lê. Desejo que vocês, leitores aqui presentes, nunca abandonem a poesia. Mas a poesia de verdade, aquela que é sincera, visceral, com fim em si mesma. Que essa arte possa encontrar o caminho seguro até seus corações, fazendo-os suspirar, sorrir, se arrepiar e marejar os olhos. Cada momento assim, em que um ser humano é tocado, reverbera em seus atos, como uma peça de dominó que move outras peças por gerações. É isso que faz a vida valer a pena. Para encerrar, termino usando as palavras do grande professor

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Maurilio Camello, responsável pelo prefácio de “Nascente”: “No mundo sombrio em que vivemos, em que falta poesia e sobra materialismo, é um gesto que salva”.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

LER, Uma Dupla Visão João Bezerra da Silva Neto Joao.digicon@gmail.com

A

leitura nos impõe ao hábito de absorção e renovação de conhecimentos. Não obstante, o fato de ler não nos induz ao conhecimento pleno do que se está lendo. Para tanto é necessário ter uma boa visão ortográfica, gramatical e semântica. A leitura por um leitor comum difere da de um escritor, revisor, ou professor. Isto porque o profissional da área ler ortograficamente, gramaticalmente, semanticamente. A leitura nos impõe abarcar esse universo literário, além de absorver o sentido do contexto; dupla visão, a qual não está subordinada o leitor em geral.

Para o leitor atento é indispensável essa visão, sobretudo para diferençar o texto literário de um texto jornalístico no que se refere à narrativa. O leitor comum prende-se ao tema. Não julga, ignora os erros ortográficos, gramaticais e semânticos sem julgamento severo à narrativa. Quando bem escrito, um texto literário mostra os recursos do escritor não, precisamente, quanto à riqueza de vocabulário, mas, ao emprego de uma terminologia apropriada. A crônica difere do conto por ser mais jornalística, sensacionalista, sem desfecho. Em geral narra-se em cima de um personagem,

mesmo sendo o próprio escritor; a narrativa é curta, seca, deixando o desfecho ao crivo do leitor. O conto é mais detalhado, com apresentação do ambiente e dos personagens trazendo-os de fora para dentro do contexto, com narrativa dramática, convincente e desfecho inusitado. O bom leitor avalia o escritor pelas nuances e não pela riqueza de vocabulário, muitas vezes, descabida ao tema. Conhece-se um bom escritor pela desenvoltura de seus textos, pela diversidade de tema e pela linguagem apropriada, seja coloquial ou erudita, no entanto, sempre adequada ao contexto.

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ENTREVISTA

ESCRITORA ESTER BARROSO

De início, “nascente” pode lembrar um rio, sua nascente, coisas assim, mas quisemos justamente dar outro sentido, aquele da flor que rompe o asfalto, em meio à aspereza da cidade, a dureza do mundo, e resiste a tudo.”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Ester Barroso, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais a encanta na arte poética? Ester Barroso – A arte poética, ao contrário do que muitos pensam e/ ou limitam-se a escrever, não pauta-se somente em exprimir amor.

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Ester Barroso é natural de Campina Grande, Paraíba, e desenvolveu o gosto pela escrita em 2014, quando deu início a projetos de poesia e literatura pelas redes sociais. É poetisa, estudante de Letras Português pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e idealizadora das páginas “Moça, você é mais poesia que mulher” (poesia, literatura geral e sentimentalismos à parte) e “Elas na Literatura” (dedicada à literatura e poesia femininas) e também escreve para a “Poesia que te pariu”. Boa leitura!

Ela rompe com toda uma estética literária, invade cenários, políticas, ideologias, padrões. A poesia acata a mão de todos e solta a mão de todos para que se percam e se encontrem na poesia. Ou também fala sobre amor, sentimentalismos ousados ou calados, mas depois de romper com o silêncio ou continuar com ele, ainda ousa ousar e pautar-se no resto do mundo. Ou do

inexistente, nunca se sabe. Não se limita, apenas se assiste, se sente ou se faz. Digo, ela se faz em nós. E isso basta. Ou não. Em que momento surgiu “Nascente”? Ester Barroso – O “Nascente” surgiu, como os demais projetos, a partir de conversas nossas sobre poesia, sobre o cenário literário


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Que estilo de textos poéticos estão sendo apresentados nesta obra literária? Ester Barroso – Nós registramos estilos de poética diversos, pois as temáticas que o Douglas e eu abordamos são um tanto distintas, e acho que isso enriqueceu a obra, pois vertentes diferentes, seja em métrica ou poética, cedem ao livro não só um contraste poético, mas um manifesto poético diversificado. Por exemplo, o Douglas é mais douto, mais parnasiano, métrico, filosofal e sonhador nos poemas. Eu puxo mais pro lado do sentimento regionalista da minha terra, pro feminismo e um apelo à força feminina, um pouco de sentimentalismo, devaneios, um toque de crítica e também do sentimento “afro-religioso”.

atual. Conversamos sobre como ainda há uma burocratização da escrita, da literatura, e sobre tentarmos lançar também um livro, reunindo alguns poemas nossos. De início parecia arriscado, tivemos receio de encontrarmos muitas recusas ou cobranças para fora de nosso alcance financeiro. De fato, tivemos ambas. Porém, encontramos a Editora Penalux, que

muito tem investido na literatura, na poesia que está surgindo, e deu certo. Tivemos a ideia em outubro de 2016, reunimos nosso material, enviamos aos editores por e-mail e, dentre inúmeras recusas, no mês seguinte recebemos o start para iniciarmos o planejamento oficial do original. Foram nove meses de preparação da obra, até ser lançada, em junho de 2017.

Como foi a escolha do título? Ester Barroso – A escolha do título foi um apelo, um grito representativo dos sonhadores e da própria poesia. De início, “nascente” pode lembrar um rio, sua nascente, coisas assim, mas quisemos justamente dar outro sentido, aquele da flor que rompe o asfalto, em meio à aspereza da cidade, a dureza do mundo, e resiste a tudo. Aplicamos esse conceito a todas as pessoas que se mantêm sensíveis às margens do duro enlouquecimento da vida humana, que mesmo com tudo parecendo rocha, pedra, ainda quebra essa estrutura e renasce. Assim como a poesia, que, em resiliência, mantém-se firme e forte e combatente no rompimento da aspereza, e rompe-se na alma humana. Quais temas estão sendo abordados pelos textos de “Nascente”? Ester Barroso – De minha parte, www.divulgaescritor.com | set 2017

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rogo minha terra, minha crença afrodescendente, a força feminina, meu passado de infância, o saudosismo, um pouco de crítica e sentimentalismo. O Douglas remete à afeição, ao devaneio poético, a crítica ao mundo moderno e ao amor subversivo, assim como algumas odes e um cenário filosófico. Apresente-nos um dos versos publicado nesta obra literária. [...] No meu cercado, senhor Repousam as asas cansadas e banhadas de vento Do sabiá que beijou o boa-noite E perseguiu as velas das nuvens sob a aquarela Desenhada no céu do horizonte Pela madrugada molhada tão esperada Que caiu em gota de tinta verde na serra [...] (No poema “Comportas”, p. 18) Onde podemos comprar o seu livro? Ester Barroso – O “Nascente” pode ser adquirido por meio de um de nós, que ainda estamos vendendo exemplares ou pelo site da Editora Penalux: https://www.editorapenalux. com.br/loja/advanced_search_result.php?keywords=Nascente&osCsid=b4f8b35e4cf579b10391e4778f3cf581&x=51&y=4 Você é administradora de uma página “Moça, você é mais poesia que mulher” com aproximadamente 2 milhões de seguidores. Conte-nos como surgiu, qual objetivo, quais conteúdos são publicados? Ester Barroso – A página surgiu depois que uma prima me pediu

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para administrar uma página dela. Eu divulgava outros escritores, temáticas variadas etc. Mas aí queria fazer algo mais voltado para a literatura, para os escritores em geral, então criei a “Moça”. Já tinha alguma experiência para lidar com a ferramenta, pedi a várias páginas de mesma temática que me divulgassem; tive recusas e aceitações, e dentro de pouco tempo a página estava se movimentando e crescendo sozinha. Desde então tenho divulgado um pouco de poesia e literatura popular, histórica, e assuntos mais diversificados que sejam baseados na temática do livro, coisas que rompem com o cotidiano, que tocam, uma gota de humor literário, outra de língua portuguesa, arte de desenhistas independentes etc. E há algum tempo o Douglas tem sido meu coadministrador, já que temos visões de cultura, literatura, sociedade etc. muito parecidas e se tornou meu braço direito. A ideia é passar um pouco de cultura e coisinhas legais para seguidores. Como surgiu a parceria com o autor Douglas Jefferson, coadministrador da página e coautor do livro “Nascente”? Ester Barroso – Como dito antes, temos visões de mundo muito parecidas; isso vai desde o sentimento de rompimento da aspereza presente na idealização do livro, até cultural, social e filosoficamente. Começou quando ele me apresentou seu projeto das Caixas Carpe Diem, em 2015, e desde então temos planejado projetos juntos. E a ideia do livro foi mais uma que surgiu depois de conversações sobre o cenário literário atual, quando, de

repente e sem planejamento, decidimos tentar lançar uma antologia juntos. Foi complicado no começo e levou vários meses, mas enfim lançamos. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Ester Barroso. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Ester Barroso – Diria que não desapeguem jamais da leitura, da curiosidade, da busca pelo conhecimento, que são a chave-mestra para a não alienação social. Que leitura, claro, é essencial. Que leiam e sintam a poesia; que não tentem entendê-la, que deixem-na entender a cada um. Que nenhuma verdade é absoluta, então devem estar prontos para toda e qualquer realidade que se apresente. Que poesia é vida, que a gente nasce do asfalto. E isso não pode ser esquecido.

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Revisores piratas: eles estão em nosso meio Uma simples busca no Google e milhares de nomes surgem à frente do interessado em contratar um revisor de textos. A pirataria há muito chegou aos serviços, e no meio editorial encontrou seu paraíso entre os revisores. Neste artigo abordamos este assunto em maior profundidade.

S

empre que escrevo sobre revisão de textos, levo em conta quase duas décadas de atuação na atividade e procuro ser transparente nas opiniões que emito. E faço com conhecimento de causa por vivenciar situações que têm prejudicado grandemente os profissionais que trabalham corretamente. Não é meu propósito aqui criticar quem quer que seja, mas uma situação tem sido corriqueira: nem sempre autor, editor e revisor estão na mesma sintonia, e neste chiado todo alguém acaba se dando mal. E os prejudicados, via de regra, são o autor e o revisor profissional que compete com o amador, aquele sem preparo.

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Mas o maior prejudicado mesmo é o leitor, que nada pode fazer, uma vez que está fora da cadeia produtiva do livro e paga a conta quando adquire o produto finalizado. É sabido que na rede há milhares de revisores oferecendo seus préstimos, e que em face da crise econômica pela qual o país passa todos são “obrigados” a aceitar o valor que os editores se dispõem a pagar pelos serviços de revisão, mas não pelo que efetivamente o serviço vale. E no meio dos bons profissionais há também os aventureiros que – sem formação e experiência na atividade – se apresentam com preços muito abaixo do valor aceitável para uma concorrência saudável. Estes são os

denominados piratas, porque não têm formação e nem experiência, mas se passam por profissionais. Nocivos à atividade, são encontrados com a facilidade de um clique e constituem verdadeiro estorvo aos profissionais competentes, legalizados e experientes no seu mister. E o que é mais interessante é saber que há editores que os contratam visando contenção de gastos. Isto, muitas vezes, o autor desconhece. Quando o editor fecha com o autor, normalmente ele (editor) passa o texto para um revisor. Mas por medida de economia, há editores que contratam revisores medíocres, ou seja, os “piratas” supracitados. Ainda que o texto revisado


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seja devolvido para apreciação do autor, se o revisor fizer um trabalho ruim deixando passar erros, o autor não perceberá, uma vez que ele (autor) confiou no editor. Resultado: erros na publicação, prejuízo para o autor e para o leitor. Erros não se podem mensurar como pequenos ou grandes, e uma vez presentes na publicação constituem falha inaceitável. Mais que isso: são vistos como desleixo ou incompetência dos envolvidos na produção. Para o leitor é como se o produto adquirido – no caso o livro – viesse com defeito. Embora o tema tratado no livro que comprou seja interessante, as referências do leitor à obra serão feitas com ressalvas a erros que passaram despercebidos. Já ouvi comentários como: “o livro é ótimo, mas tem muitos erros”; ou: “o tema é excelente, mas faltou revisão”. Mais de uma vez comprei livros que mesmo “revisados” – pois no expediente constava o nome do revisor –, ao ler encontrei erros às centenas. Ao contatar o editor, não obtive resposta; e o autor, ao ser procurado, ficou surpreso e irritado. Em face disso, percebe-se que no meio desse imbroglio está o editor intermediando um serviço ruim de revisão comprometendo o trabalho do autor. Por esse motivo seria prudente que os autores, antes de enviar seus originais para as editoras, procedessem a revisão de seu material, confiando o trabalho diretamente a um revisor de sua confiança. Mas para

não ser enganado – e isto também vale para as editoras no momento da contratação deste profissional –, alguns pontos importantes precisam ser analisados, por exemplo: um bom revisor precisa ter um portfólio e seu nome em obras de sucesso atestando sua competência. É imprescindível que tenha formação compatível e esteja atualizado. Referências profissionais são muito bem-vindas. Outro ponto importante é que o autor e o editor valorizem o trabalho do bom revisor e descartem o medíocre. É preciso levar em conta o custo-benefício da revisão tendo ciência de que esta etapa da produção é um investimento e não uma despesa. Como revisor, tenho recebido propostas indecentes de trabalho. Se cobro oito reais a lauda, por exemplo, alguns editores me dizem que há quem faça por dois. E fato é que há mesmo! E estes autores ou editores caem nas mãos desses “bucaneiros”. E aí a qualidade, ou melhor, a mediocridade do trabalho realizado a dois reais a lauda será percebida pelo leitor, o maior prejudicado nesse processo. Em re-

visão de textos existe parceria, mas não filantropia. Não pode jamais o autor confiar um trabalho que lhe consumiu meses ou anos de dedicação a alguém que não apresente uma bagagem de conhecimento aceitável e prove sua competência. Da mesma forma, a verba destinada à revisão deve ser utilizada com o melhor profissional, aquele que agrega valor e qualidade ao trabalho. Agindo desta forma o autor, e até mesmo o editor, terão boas chances de apresentarem ao leitor um trabalho de qualidade, ter credibilidade e acender na lista dos best-sellers. Quem não gostaria de ser o primeiro no ranking? Em 2000, em parceria com Taissa Antonoff Andrade, abri a Texto Ideal – Serviços Editoriais, empresa dedicada à realização de serviços de revisão e preparação de textos. Ao longo desse tempo revisamos centenas de livros dos mais variados gêneros e áreas do conhecimento, revistas temáticas e trabalhos acadêmicos sobre diversas disciplinas. Por estarmos no mercado durante todo esse tempo, estamos seguros de que oferecemos aos autores e editores um trabalho de excelência. Para saber mais sobre nosso trabalho e contratar nossos serviços, entre em contato: E-mail: arquitexto@gmail.com WhatsApp: 35 99934-8766 Skype: josias747 Site: http://texto10.wixsite.com/ mais (use o formulário de contato). www.divulgaescritor.com | set 2017

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ENTREVISTA

ESCRITORA GISELA FERIAN SUTTO

O que tenho percebido, pelas respostas dos meus leitores, é que por ser uma história real, a emoção fica mais aflorada. Eles conseguem se colocar no lugar das personagens, e muitas vezes param a leitura e entram em contato comigo para comentar algo sobre aquele momento. É bem interessante.”

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Gisela Ferian Sutto é uma apaixonada por literatura. Escreveu muitos livros quando jovem, empilhados e amarelados pelo tempo, mortos com os anos sem conhecer os olhos curiosos de leitores. No entanto, seu lado autora falou mais alto e em março deste ano publicou sua obra “As Cartas”. Gisela diz que procura a todo momento enxergar beleza: em uma lágrima, em um olhar, em um movimento, em um sorriso de canto de boca. Acredita que o corpo fala coisas que a boca omite. Ela diz que é feliz. Amante da natureza, das flores coloridas, dos animais, de cheiros perfumados, de toque, de carinho, viajar, conhecer sempre algo novinho em folha, de pessoas honestas, que gostam de fazer o bem, de gente que se entrega e não tem medo de errar. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Gisela Ferian Sutto, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a escrever “As Cartas”? Gisela Sutto – Olá Shirley, o prazer

é todo meu. O que me motivou foi a emoção. Ao sentir em minhas mãos os papéis amarelos, os cadernos pouco rasgados, os diários fechados com algumas páginas grudadas... ao ler cada linha deixada, abandonada pelo tempo ou secretamente escondida ao longo de mais de 40 anos,


DIVULGA ESCRITOR pude sentir cada emoção. Ali, tive certeza de que nada poderia morrer. Então nasceu a ideia de escrever “As Cartas”. Então, o livro é baseado em uma história real? Gisela Sutto – Sim, cada linha, cada vírgula, cada sorriso, cada lágrima, cada emoção. Apresente-nos a obra. Gisela Sutto – “As Cartas” é uma envolvente história que narra a forte relação entre mãe e filha. Mãe desquitada que criou sua filha sozinha, defendendo-se do mundo machista e sobrevivendo entre as traições da humanidade. A doença que Narita enfrentou e o amor que Sofia, sua filha, dedicou com a esperança de uma cura, passando por momentos que jamais um dia havia imaginado. A dor da perda e o momento sublime da separação de ambas. A descoberta de uma caixa de cartas e poemas que Narita guardava por tantos anos e que revelaram a Sofia muitos segredos e passagens de suas vidas que a fizeram entender as tantas lacunas que havia em sua alma. O encontro do amor pelo amigo de infância e o reencontro com o pai. O entendimento de que as emoções negativas levam às patologias e à descrença da vida, que no fundo o amor e o perdão são sentimentos que libertam. O que mais a encanta nesta história emocionante? Gisela Sutto – Eu sou suspeita para falar, pois o livro “As Cartas”, para

mim, é encantador do começo ao fim... (risos) Esta história começa muito lá atrás, quando Narita (personagem que deu vida ao livro) nem era nascida ainda. Tem uma cronologia bem interessante. A cada capítulo tento passar uma mensagem, ou seja, não há uma mensagem única que você apenas vai entender quando finalizar a leitura. O que tenho percebido, pelas respostas dos meus leitores, é que por ser uma história real, a emoção fica mais aflorada. Eles conseguem se colocar no lugar das personagens, e muitas vezes param a leitura e entram em contato comigo para comentar algo sobre aquele momento. É bem interessante. Sei que já teve muitos feedbacks sobre “As Cartas”. Qual o feedback

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que mais a chamou atenção? Gisela Sutto – Recebo vídeos, e-mails, mensagens de diversos lugares; e todos são incríveis, mas um em especial me chamou mais atenção, pois a leitora tem uma história de vida muito parecida com a minha! Essa leitora leu “As Cartas” por indicação de uma tia que ligou pra ela no meio da madrugada completamente eufórica para falar do livro. Quando ela terminou de ler entrou em contato comigo para falar da emoção que sentiu a cada página. Disse que havia se identificado muito com algumas passagens e me agradeceu por ter publicado “As Cartas”. Fico sempre muito grata pelo feedback dos meus leitores, mas ainda me sinto surpresa, pois não esperava essa repercussão. Ao escrever, o enredo desenvolve diferentes emoções a quem escreve; lembra-se de uma passagem do livro que a fez sorrir/chorar... que deseja apresentar-nos? Gisela Sutto – Escrever o livro “As Cartas” foi uma das minhas melhores escolhas. Antes de iniciá-lo, conversei com muitos amigos, familiares, pessoas que mal tinha contato, mas que minha mãe tinha. Precisava saber todos os detalhes, de como ela era ou o que havia vivido com cada um. Passei dias, noites escrevendo. Deixei, muitas vezes, de ir a eventos, encontros familiares ou até mesmo participar de festas, na minha casa, para escrever. Antes de iniciar o capítulo, ou a continuação

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do anterior, fazia uma meditação. Sentava na frente do computador e meus dedos digitavam com tanta rapidez, que chegava a duvidar se era eu quem estava digitando. Minhas memórias vinham como se eu estivesse vivendo naquele momento cada emoção. Muitas vezes precisava parar, pois as memórias eram doloridas em demasia, mas também muitas vezes queria ficar mais e mais, pois as lembranças eram as mais prazerosas. Não posso contar a passagem que mais me emocionou, senão farei Spoiler aqui! (risos) Onde podemos comprar seu livro? Gisela Sutto – Ele está à venda apenas na internet. Tirei de todas as livrarias. O modo mais fácil é entrar no site de “As Cartas”, pois lá tem todos os links disponíveis. http:// www.ascartas.com.br/compra Quais os seus principais objetivos como escritora? Gisela Sutto – No momento meu foco ainda é “As Cartas”! Escrever e publicar foi incrível. Nem tenho palavras para descrever, mas sinto que posso oferecer algo mais expressivo por meio dessa obra, e tenho planos para um futuro próximo. Ainda não posso falar mais sobre o projeto, mas assim que puder conto pra vocês! Pensas em publicar novos livros? Gisela Sutto – Por enquanto estou

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As Cartas é uma envolvente história que narra a forte relação entre mãe e filha. Mãe desquitada que criou sua filha sozinha, defendendo-se do mundo machista e sobrevivendo entre as traições da humanidade.”

escrevendo a continuação de “As Cartas” e pretendo escrever outros. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Gisela Ferian Sutto. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Gisela Sutto – Sim, deixo as mensagens que, inclusive, fazem parte de “As Cartas” para vocês, leitores: Ame com toda a franqueza, com toda a beleza, com toda a pureza que apenas o Amor pode oferecer. Se doe, doe amor, doe cuidado, doe zelo, doe carinho. Cuide do outro

que precisa de você, com dedicação, pois se não for assim, fatalmente o arrependimento virá em seguida e este sentimento sim, é algo incurável. Errar faz parte da evolução, portanto, se permita perdoar os outros e a si. Seja grato(a) por tudo, inclusive pelas marés bravas, pois maré mansa não faz bons marinheiros.

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Maurício Duarte

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screver faz bem. Para quem escreve e para quem lê. A linguagem escrita pressupõe um imaginário de decodificação que só pode fazer uso quem é alfabetizado. A única forma de tirar grande parte da população brasileira da miséria e da pobreza é a educação. Educação de qualidade, que faça crescer, conscientizar, desenvolver, saborear o saber... E escrever é muito mais do que só transpor um imaginário decodificado em letras do alfabeto. Escrever é abrir mundos para si mesmo e para os outros. É escrevendo que se pode trazer à tona o interior de nossas mentes, almas e espíritos. Isto não tem preço. É um tesouro que fica para sempre. O alcance da língua depende do reconhecimento internacional dessa língua. No caso da língua portuguesa esse reconhecimento é

Leia todo dia, escreva sempre periférico, mundialmente falando, ao contrário do inglês, do espanhol e do francês, que são línguas internacionalmente reconhecidas. Mas nossos autores, Machado de Assis, por exemplo, estão em pé de igualdade com qualquer outro escritor nativo de qualquer outra língua. E quanto ao alcance, não há de ser nada... O português é mais falado do que o japonês... Falta apenas o devido apoio para nossa língua portuguesa. Valorizar o ato de escrever é saber mais, é ter mais consciência, é viver mais. Em 1996, a Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro contava com 8 milhões de volumes, sendo naquele ano, a 8ª. maior biblioteca em importância do mundo. Escrever e ler se mesclam e se complementam. A rigor, quem lê mais, escreve melhor e quem escreve mais, lê melhor. Por isto, é preciso pensar de modo total quando se aborda a

questão da leitura e da escrita. Não é possível pensar em fomentar a literatura no Brasil sem preocupar-se com o alto nível de analfabetismo e o alto nível de analfabetismo funcional. Escrever, enfim, é visualizar que o que existe pode ser modificado, reformulado, reestruturado, revolucionado. Sem a faculdade da escrita perde-se o rumo e é possível até pensar – erradamente – que o que existe apenas é do modo que é porque sempre foi e sempre será, numa fatalidade do destino, que não oferece a escrita e a leitura com acessibilidade para todos. Esperemos que as autoridades responsáveis pela cultura e pela educação possam estabelecer verdadeiras políticas públicas em leitura e escrita para o nosso país. Só assim poderemos trazer o mundo das letras para a população brasileira. Leia todo dia. Escreva sempre.

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ENTREVISTA

ESCRITOR HÉLIO JAQUES ROCHA Carioca, nascido em 1971, Helio Jaques é astrônomo formado na UFRJ em 1993 e doutorado pela USP, em 2000. Trabalhou como pesquisador associado por três anos na University of Virginia, EUA. Desde 2004 é professor na UFRJ, e atualmente é diretor do Observatório do Valongo. Sua obra “O Rei Adulto” é seu primeiro texto literário. Além dela, atuou como revisor técnico do livro “Astronomia para Leigos”, da Editora AltaBooks, e foi o tradutor do “Atlas Ilustrado do Universo”, da Reader’s Digest. Seu primeiro livro “O Rei Adulto” foi lançado em 2016 com o apoio da AZO – Agência Literária.

Em meu livro, busco representar a infância aos olhos de quem já passou por ela, como se fosse um convite a divertir-se, relembrála, para refletir sobre o que dela levamos à vida adulta e o que perdemos. Esta é a principal mensagem: por que crescer.”

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Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Helio Jaques, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos em que momento surgiu inspiração para a escrita de seu livro “O Rei Adulto”? Helio Jaques – A ideia de meu livro surgiu em 1990. À época eu tinha 19 anos e ainda atravessava a turbulência da vida adolescente. Comecei a

refletir muito sobre o que significava crescer, chegar aos 20, 30 anos... Quando somos crianças, os adultos costumam nos perguntar: “o que você quer ser quando crescer?”. Eu me dei conta de que os adultos normalmente não estavam preparados para quando a criança respondesse que “não queria crescer”. Talvez não seja comum encontrar crianças que digam isso abertamente, mas elas existem, e se sentirão perdidas


DIVULGA ESCRITOR quando notarem, anos depois, que estão crescendo. Peter Pan é um arquétipo que representa esse sentimento. Mas o livro “Peter Pan” não oferece uma resposta a essa questão. Eu busquei trabalhar esse dilema na construção dessa história. Quanto ao estilo, inspiro-me bastante em Michael Ende, autor de “A História Sem Fim”. Apresente-nos o enredo que compõe o livro. Helio Jaques – “O Rei Adulto” é uma fábula sobre as dificuldades que envolvem a passagem da criança à vida adulta. Ambientado dentro do mundo imaginário e fantasioso das próprias crianças, o livro narra a epopeia de Êisdur Árland, um menino de 11 anos que decide descobrir o paradeiro de seu irmão mais velho, Eisdras, que abandonou o mundo das crianças após entrar na adolescência. Êisdur acredita que pode localizá-lo com a ajuda do Rei Adulto, personagem lendário de seu mundo, reputado como a única pessoa a ter crescido sem deixar de ser criança. Outras seis crianças se juntarão a ele. Juntos, os sete são nomeados Suprapátrias, título raro dado somente àqueles cuja missão seja considerada tão importante para o mundo infantil que seu resultado estaria acima de qualquer questão regional ou nacional. Mas essa busca não é tão simples. Há, de fato, um rei adulto? Ele pode ajudar Êisdur? É essa a trama da história. De forma resumida, apresente-nos os principais personagens que compõem a trama. Helio Jaques – São sete as crianças que compõem o núcleo principal de personagens de “O Rei Adulto”: o caçador Êisdur Árland, o ladrão

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O Rei Adulto é uma fábula sobre as dificuldades que envolvem a passagem da criança à vida adulta.”

Wáldron Gastrano, a contadora de histórias e herbalista Marsena Sterinax, o cavaleiro Harsínu Sterinax, o mago Áymar Resphel, o mascate trambiqueiro Ernesto Molicári e a tenente Ctara Bergrak. Suas idades vão de 6 a 13 anos. Seu grupo é capaz de uma diversidade de funções, tal como um grupo de RPG. Todos são crianças muito cativantes, mas acredito que os leitores provavelmente sentirão mais afeição por Wáldron, o ladrãozinho, que é o caçula do grupo, além de ser o mais arisco e desbocado. Você mantém um blog onde divulga a história. Uma das postagens mais recentes menciona o personagem Fernã, que criou vários mapas para o príncipe de Guaipur. Fernã tem papel importante no seu livro? Helio Jaques – O blog oreiadulto.blogspot.com distribui material adicional inspirado no mesmo mundo ficcional. Esse personagem, Fernã de Doiro, não é mencionado no livro. Ele é uma referência ao cartógrafo português Fernando Dourado, do século XVI, que criou um estilo de mapa que busquei reproduzir. Já Guaipur é um dos

sete reinos infantis nos quais dividi o mundo das crianças. Cada um desses reinos é caracterizado por cultura própria e, em alguns casos, por uma variedade da língua portuguesa, desde uma arcaica, uma etimológica, uma brasileira, outra europeia, até a variante informal das classes pobres dos subúrbios de cidades brasileiras. Em certo sentido, os traços culturais de cada reino podem lembrar “paisagens” da infância. Eu já estou encantada com a história. Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio do enredo que compõe “O Rei Adulto”? Helio Jaques – “O Rei Adulto” é uma obra sobre a infância, mas não exatamente para crianças. Escrevi-o tendo como alvo um público do começo da adolescência até os trinta anos, especialmente os que gostam de aventura ou joguem Role Playing Games. Eventualmente, outros leitores podem vir a se interessar pela história, incluindo crianças. Em meu livro, busco representar a infância aos olhos de quem já passou por ela, como se fosse um convite a divertir-se, relembrá-la, para

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refletir sobre o que dela levamos à vida adulta e o que perdemos. Esta é a principal mensagem: por que crescer. O enredo de “O Rei Adulto” está dividido em quantos volumes? De que forma o enredo se apresenta em cada volume? Helio Jaques – A história foi originalmente escrita para compor um único volume. Todavia, ela é grande, em comparação a outras obras do gênero: são 499 laudas A4. Do ponto de vista editorial, sugeriram-me dividi-la em dois volumes. No primeiro volume, Êisdur compõe seu grupo de amigos e procura pelo Rei Adulto nos reinos de Teres, Tamatich e Macebólia. Recebem ajuda de vários grupos de crianças e, 84

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mais para o fim do livro, conhecem seu principal antagonista, o príncipe Soslaio, que usurpou o trono de Ístar com a ajuda de seu irmão mais velho. No segundo volume, o conflito entre os Suprapátrias e Soslaio se mistura com a constatação de que muitas crianças não sabem mais como brincar ou imaginar, e por isso usam uma droga mascável que as estimula a isso. Essa droga tem efeitos devastadores sobre o mundo delas. Ao fim do segundo volume, Êisdur e seus amigos descobrem onde vive o Rei Adulto e sobre o que significa crescer e amadurecer. Qual a previsão para o lançamento de cada volume? Helio Jaques – O primeiro volume

foi lançado em formado ebook, em novembro de 2016. Em dezembro de 2017, esse volume deverá ser lançado numa nova edição independente, desta vez impressa, pela AZO Agência Literária. Tenho a expectativa de publicar ambos os volumes em uma edição comercial. Por causa disso, o segundo volume ainda vem sendo mantido como inédito. Certamente, se o interesse dos leitores for grande, avaliarei essa decisão e poderei lançá-lo inicialmente como ebook. Onde podemos comprar o seu livro? Helio Jaques – O livro pode ser adquirido no site da Amazon, para Kindle, Kindle Cloud Reader (para computadores) ou Kindle App


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(para celulares e tablets). Além disso, as vinte primeiras páginas estão disponíveis na Amazon para degustação, bem como no Wattpad. Basta buscar na internet pelo nome “O Rei Adulto”. Além disso, o leitor interessado também poderá encontrar esse link buscando pelo livro no Facebook, Instagram ou no blog. Quais as principais atividades literárias desenvolvidas pelo autor Helio Jaques? Helio Jaques – Já escrevi muita poesia quando jovem. E alguns poucos contos. Mas no momento minha única obra de fôlego e cunho literário é “O Rei Adulto”. Tenho dois outros livros iniciados, mas paralisados, em processo de fermentação. Sou astrônomo e professor na

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UFRJ. Por necessidade profissional, metade da minha atenção acaba se voltando para livros acadêmicos, não literários; e é nestes que tenho trabalhado mais ultimamente. O projeto que está mais avançado é a tradução para o português, bem como atualização, de uma obra clássica da Astronomia, sobre nomes de estrelas, publicado no século XIX.

mum a todos nós. Mas certamente os leitores afeiçoados a histórias de aventura e fantasia, mapas, trocadilhos linguísticos, e aqueles que cresceram embalados pelos textos de Monteiro Lobato e Michael Ende, encontrarão uma história marcante, que tem todos os elementos para inspirar ao longo da vida e tornar-se inesquecível.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Helio Jaques. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Helio Jaques – Acredito que há em “O Rei Adulto” algo para cada leitor, pois a infância é uma fase co-

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Nell Morato

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u ainda fico perambulando por pensamentos utópicos para mudar o “mundo”. Como quando era criança e sonhava em fazer acontecer grandes transformações. E a vivência no dia a dia se encarrega de alterar os acontecimentos e nunca chegamos, nem perto, do que sonhamos na infância. Os sonhos vão se esfacelando e outros surgem no lugar, é a vida se adaptando às circunstâncias. Desde que mergulhei na literatura, literalmente falando, estou alimentando sonhos. E sempre me pergunto: o que seria do escritor se ele não sonhasse? Não sei a resposta, mas acredito que murcharia como uma flor não regada. Além dos sonhos de enredos apaixonantes, personagens fortes e ousados, tenho sonhado com a mudança no cenário literário. Os meus personagens estão aguardando na quietude das minhas memórias. Às vezes, um

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LITERATURA COMO ARTE, OU APENAS… LIVROS? ou outro rebela-se e quer amotinar-se para ganhar minhas palavras. Então, dedico-lhe algumas páginas e consigo acalmar a ansiedade para se ver nascer da criação. E, assim, posso dedicar tempo e atenção à literatura brasileira. Leio e observo o cenário literário através de jornais, revistas e a internet. E confesso que fico confusa, sem saber para que lado pender, como se estivesse numa encruzilhada. De um lado, temos os renomados escritores brasileiros, grandes editoras, feiras e encontros cultuados pelo público, intelectuais e amplamente divulgado pela imprensa… De outro lado, escritores que se agrupam na internet, que sonham em participar da “elite literária”; alguns, que estão satisfeitos com o que já possuem; outros, estão sempre reclamando, de que no Brasil não temos leitores, que as editoras não querem saber dos autores nacionais, que as gráficas cobram

excessivamente para imprimir seus livros e por aí segue uma interminável lista de reclamações. Também passa, diante de meus olhos, textos mal escritos, com absurdos erros ortográficos e a língua portuguesa ignorada. Na comemoração do Dia Nacional do Escritor, li algumas mensagens de autores parabenizando os seus colegas, e senti vergonha. Dos primários erros da nossa grafia. Não custa nada ler e reler várias vezes, conferir os termos num dicionário atualizado. No Concurso de Textos Anônimos, alguns jurados me pediram para revisar os textos, antes de diagramar a Coletânea. E aí eu pergunto: como são enviados textos para um concurso com erros ortográficos? Era só o concurso do FLAL… acredito que alguns pensaram isso. Da mesma forma, a situação constrangedora criada por uma autora que pretendia abandonar o festival, mas sua editora era uma das patrocina-


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doras. Se faz necessário o comprometimento com a literatura, com a língua portuguesa, com seus colegas, com a coisa pública. Nenhuma sociedade se mantém sem disciplina e regras, por menor que seja. Temos as falsas notícias do mercado literário. Há de se comprovar a fonte antes de postar ou compartilhar nas redes sociais. Recentemente, foi publicado um artigo no jornal Folha de S. Paulo e amplamente divulgado nas redes sociais, de que as editoras estavam contratando consultores como “leitores sensíveis” para avaliar problemas de ordem preconceituosa nos textos a serem editados. Dizem que no Brasil, diferentemente dos EUA, isto não está ocorrendo. Porém, alguns autores já utilizam leitores de confiança, os ‘betas”, para avaliar seus escritos. No feed do Facebook, uma pergunta: quais são os requisitos para ser um escritor? E fiquei acompanhando os comentários, que se apresentaram de forma variada, inclusive eu, usando uma citação de José Saramago: “Somos todos escritores. Só que uns escrevem e outros não!” Um comentário que chamou minha atenção: falava que o autor deveria escrever para seus leitores, o que eles quisessem, mais ou menos assim. Será mesmo? Escrever por encomenda… ou sobre o tema que está na moda? Escrever o que os leitores gostariam de ler. E como

Desde que mergulhei na literatura, literalmente falando, estou alimentando sonhos. E sempre me pergunto: o que seria do escritor se ele não sonhasse?” saber? Não será por isso que os leitores perderam o interesse? E aí teremos apenas livros, que serão lidos ou não, dependendo sempre da família ou dos amigos para consumir. Ou então, que serão disponibilizados para leitura gratuita ou venda a meros R$ 1,99 na Amazon. Livros e mais livros, apenas livros. E não é bom? Claro que sim. Nada mais do que isso. E a literatura como arte? O talento criativo que emana do íntimo do escritor. Que arrebata levando-nos a ler sem parar enquanto as páginas são devoradas uma a uma por olhos famintos de uma desconhecida emoção. Não é mais uma narrativa, é uma obra-prima. É pura criatividade livre, sem dever nada a ninguém. É a arte da palavra… ou são as palavras escritas com arte. Só

assim, para surgir, de tempos em tempos, um best-seller. Ou alguém acredita que no mundo globalizado da alta tecnologia, que praticamente se autoevolui incessantemente, os leitores continuarão com a preferência literária? Sugeri no meu artigo da edição anterior da revista uma campanha de “esquecer” livros em locais públicos. Nada a ver com a campanha do Dia Nacional do Escritor, que é fantástica, mas dura apenas durante o dia 25 de julho. O que propus foi uma campanha a longo prazo, para conquistarmos leitores para o futuro. Não leitores para esse ou aquele título ou autor. Leitores para a literatura brasileira, com pais ensinando seus filhos e doravante leitores. Quantos autores participaram da campanha? Um, dois, dez. Não sei. Não estou computando se aconteceu, se ficou apenas na vontade, ou se “esqueceram” da minha sugestão. Eu não vou desistir. Sei que é um trabalho lento e os resultados serão ínfimos. E alguma ação solidária é fácil no Brasil? Parabenizo a revista pelo seu aniversário, e a jornalista Shirley Cavalcante que nos apresenta: entrevistas, artigos e reportagens com conteúdo qualitativo de literatura luso-brasileira, promovendo autores e seus escritos com serviço altamente profissional. Feliz com a parceria agradecendo a confiança no meu trabalho.

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ENTREVISTA

ESCRITORA IRLEN BENCHIMOL

O livro é um romance entre o céu e a terra. Descobrimos o que acontece por trás do pôr do sol, como funciona a escola de anjos, conheceremos o parque das árvores sagradas.”

Irlen Leal Benchimol nasceu em Manaus (AM), é servidora pública do Tribunal de Justiça do Amazonas, Formada em Direito, Pós-Graduada em Direito Processual Penal e também escritora membro da ASSEAM (Associação de Escritores do Amazonas). É criadora da coletânea “Os piratinhas do bem”, que já conta com três volumes: Os piratinhas do bem navegando pela Amazônia, Os piratinhas do bem no mundo da imaginação e Os piratinhas do bem no mundo das diferenças. Suas obras são direcionadas ao público infanto-juvenil e a todos que queiram compartilhar da experiência de ser um piratinha do bem. Em outro contexto, a autora lança em agosto de 2017, uma nova coletânea: Por trás do pôr do sol - Os anjos e seus amores 1, dando continuidade ao seu belo trabalho de escritora. Boa leitura! Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Irlen Benchimol, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que a inspirou a

escrever a coletânea “Por trás do Pôr do Sol - Os anjos e seus amores”? Irlen Benchimol – Inspiração vem do coração da gente. Um dia estava assistindo a um pôr do sol e comecei a imaginar o que estaria por trás dele. E assim tudo começou. No www.divulgaescritor.com | set 2017

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imaginário da mente ou na realidade do coração. Qual a quantidade de livros que irá compor a coletânea “Por trás do Pôr do Sol”? De que forma o enredo está dividido entre as obras? Irlen Benchimol – Ainda não tem um número certo, vai depender da minha inspiração. Estou finalizando a terceira parte da coletânea. Gostaria de transformá-la em um filme ou série. O enredo está dividido em 1, 2, 3: Surpresa! Temos disponível para leitura o volume 1. Apresente-nos “Por trás do Pôr do Sol - Os anjos e seus amores 1”. Irlen Benchimol – O livro estará disponível a partir de agosto. Em meados de setembro será o lançamento. O livro é um romance entre o céu e a terra. Descobrimos o que acontece por trás do pôr do sol, como funciona a escola de anjos, conheceremos o parque das árvores sagradas. Você acredita em anjos da guarda? Você precisa conhecer a escola de anjos para entender. É um livro que toca o seu coração. Sinopse O que aconteceria se um anjo se apaixonasse? Luna descumpriu as regras do paraíso. Apaixonou-se por Miguel. Será que ela, sendo um anjo, ficará com seu protegido? O que acontece por trás do pôr do sol? O quem tem lá? Você precisa conhecer a escola de anjos para entender. Observe o próximo pôr do sol. E lembre-se: todos temos um anjo da guarda.

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O livro é bem dinâmico e recheado de ilustrações que acompanham o enredo que compõe a trama. Como surgiu a ideia de ilustrar um romance? Irlen Benchimol – Gosto de dar vida ao que escrevo, aos meus personagens, e isso a ilustradora Paloma Dalbon fez muito bem. Demonstrou exatamente tudo como eu imaginei: momentos de ternura, amor, amizade, sentimentos escassos hoje em dia. Quais os principais desafios na construção do livro como um todo? Irlen Benchimol – Procurar despertar com uma linguagem simples, o melhor no coração das pessoas. Despertar emoções para mim é um belo desafio.

Quais os seus principais objetivos como escritora? Irlen Benchimol – Pretendo dominar o mundo das artes, da leitura, dos filmes. Quero que a boa leitura desperte no coração das pessoas emoções boas, de amor e paz.

O que mais a encanta em “Por trás do Pôr do Sol - Os anjos e seus amores 1”? Irlen Benchimol – A história de amor entre Luna e Miguel. O que aconteceria se um anjo se apaixonasse? Você só irá saber se ler o livro.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Irlen Benchimol. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Irlen Benchimol – Agradeço a você, Shirley, e a Divulga Escritor pelo carinho e atenção de sempre. Na vida temos duas escolhas: ser feliz ou ser feliz! O resto não importa! Nunca desista da sua felicidade! Um abraço a todos e boa leitura!

Onde podemos comprar o seu livro? Irlen Benchimol – Como o livro será lançado em agosto de 2017, inicialmente será vendido no site da própria editora Scortecci com selo da Pingo de Letra – SP, depois será distribuído pela editora.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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Josenilson Leite

Tributo ao

Poeta de Garanhuns

Em Mil Novecentos e Vinte e Um No Rio de Janeiro nasceu Um dos maiores poetas Que o Brasil Conheceu.

Primeira marcha carnavalesca Fez que o samba agradecesse Pela sua composição De nome: “Se o feio doesse”.

Em dezesseis de Setembro Daquele ano enfim Nascia José Flores de Jesus O poeta Zé Keti.

Em mil novecentos e quarenta e seis Um sonho realizaria Ver gravado “Tio Sam no Samba” Canção de sua autoria. Primeiro grande sucesso Teve Jorge Abdala como parceiro E refletia o amor Mas um “Amor passageiro”.

O seu pai com cavaquinho Seu avô flautista e pianista Faziam suas cantorias De dar inveja a artista. Nesse meio foi criado E seu talento aflorou Cantando o samba, as favelas A malandragem e o amor. A Portela agradecida Com um troféu presenteou No ano de Noventa e Sete Seu grande compositor.

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A parceria deu certo E mais um samba foi gravado Agora com o “Amar é bom” Me sinto presenteado. “A voz do morro” gravada Pelo cantor João Goulart Do filme “Rio 40 graus” Fez parte e pôs-se a tocar Fez um tremendo sucesso Pro Zé Keti deslanchar.


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Poeta Zé Keti No ano de sessenta e dois Veio a idealizar O conjunto “Voz do Morro” Com quem passou a cantar. Três discos foram lançados Pelo grupo de outrora Que tinha grandes cantores Como Paulinho da Viola. Nara Leão e Elis Regina Tiveram grande progresso Cantando uma canção Do poeta de sucesso. Gravaram a composição De nome “Acender as Velas” Que desvelava a realidade Do dia-a-dia das favelas. No ano de Sessenta e Quatro Foi logo considerado O melhor compositor Carioca a ter brilhado E com o troféu “Euterpe” Zé Keti foi agraciado.

Ainda no mesmo ano Foi outra vez premiado O melhor compositor Brasileiro a ser lembrado E o troféu Guarany Por ele foi conquistado.

E os grandes sucessos de Zé Quietinho Cantados pelo poeta E por Wilson Moreira, Cristina Buarque O Monarco e Zeca Pagodinho.

Compôs em sessenta e sete De forma sensacional Em parceria com Hildebrando Matos Uma marcha magistral A marcha-rancho “Máscara Negra” Um sucesso nacional Vencedora do primeiro concurso De músicas para o carnaval.

Com mais de duzentas composições Em Noventa e oito recebeu O Prêmio Shell por sua obra Que o samba enalteceu.

Em Mil Novecentos e Noventa e Seis Um CD foi lançado “75 Anos de Samba” Com cantores renomados Que pelo nosso poeta Puderam ser convidados. Continha músicas inéditas

Em Mil Novecentos e Noventa e Nove O poeta nos deixou E foi fazer poesias Para os anjos do Senhor. Mas antes de nos deixar Fez uma apresentação Com a Velha Guarda da Portela Escola do coração Que lhe deu uma bela placa Pela sua gratidão E pelos sessenta anos De samba no coração.

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ENTREVISTA

ESCRITOR MARCOS PL Marcos Pedro Lourenço, que assina suas obras como Marcos PL, mora e sempre morou em Guaianazes, extremo da Zona Leste de São Paulo. Aos 4 anos de idade, perdeu o pai, e por isso sua mãe, Severina, precisou ser muito forte e determinada para conseguir criar nove filhos sozinha. Começou a escrever poesias e reflexões aos 10 anos, para desabafar sobre seus medos e conflitos pessoais. Assim, a poesia e a reflexão se tornaram para ele como um refúgio, uma espécie de válvula de escape, para que não surtasse. Marcos PL lançou recentemente seu primeiro livro, intitulado “Incógnitas, certezas e meios-termos”, publicado pela editora Selo Jovem em dezembro de 2016. Na obra, em noventa textos, entre poemas, desabafos e reflexões, expôs seu lado reflexivo, sofredor e conflitante, mas também esperançoso, fiel à família e amigos, e crente em dias melhores. O livro é uma sincera exposição da sua alma, verdadeiro e direto, que escancara as portas do seu coração, com poemas e reflexões que falam de tantas coisas, como amor, dúvida, Deus, fé, medo, esperança, dor... que fica difícil escolher um texto que represente a obra. Por isso, o título faz tanto sentido. Marcos, além de poeta, é contista, romancista e vocalista da banda de metal OQR Nós. É um homem que ama Deus e a família acima de tudo, que gosta de livros, música, filmes e séries, e de escrever poesias e histórias, que vêm do fundo de sua alma. Boa leitura! 94

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DIVULGA ESCRITOR Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Marcos PL, é um prazer contarmos com sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais o atrai nos textos poéticos? Marcos PL – Sem dúvida, a liberdade de escrita. Na minha visão, a poesia é o gênero literário que mais te dá liberdade, ou variedade, de expressão, onde você não fica preso a absolutamente nada. Você pode escrever dentro da poesia: desabafos, reflexões, desejos, amores, dor, fé, esperança, histórias… enfim, não há limite de temas. Você também pode rimar ou não rimar, ter métrica ou não ter métrica, e ser realista ou totalmente ficcional. Em que momento se sentiu preparado para publicar “Incógnitas, certezas e meios-termos”? Marcos PL – Quando vi que as mensagens daquela fase dura e conflitante da minha vida estavam todas, ou quase todas, ali naquelas 116 páginas. Quando vi que o livro transmitia exatamente tudo o que o meu coração queria transmitir naquele momento. Quando me convenci de que a obra tinha e tem potencial para tocar corações e contribuir com reflexões. Enfim, quando a obra parecia ter vida própria, e quando ela parecia me dizer: “Estou pronta para aparecer ao mundo e atingir positivamente mentes e corações”. Quais são suas influências literárias? Marcos PL – Embora meu primeiro livro não tenha quase nenhuma influência literária, salvo minhas visões bíblicas, eu leio muita coisa, gêneros totalmente distintos, desde

Na minha visão, a poesia é o gênero literário que mais te dá liberdade, ou variedade, de expressão” romance policial até terror, drama, filosofia, história, e poesia, claro. Meus autores preferidos hoje em dia são: Agatha Christie, Dan Brown, Homero, Shakespeare, Stephen King, Fernando Pessoa e Platão. O quê o levou a começar a escrever logo aos dez anos de idade? Marcos PL – A dor e o medo. A dor das tristezas e dos desapontamentos com as pessoas e principalmente, comigo mesmo. E o medo do futuro, e de tudo o que este me reservava. Talvez também a ausência de uma figura paterna tenha influenciado tanta angústia, pois embora a dona Severina tenha cumprido perfeitamente seu papel como mãe, existem coisas que uma mãe não sabe como transmitir ao filho, e muitas outras que só um pai consegue compreender. Mas tenho certeza de que isso não foi o principal fator, certamente a enfermidade que carrego no olho direito foi o que mais me afetou negativamente durante muitos anos, o que gerou tanto medo do futuro. Comente a obra. Marcos PL – A obra resume-se a uma

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poesia reflexiva, que eu defino como autorreflexão, devido à importância que ela dá ao indivíduo como peça vital na sociedade. Ou seja, dentre outras coisas, ela visa mostrar que o valor do grupo está no valor do indivíduo, da liberdade individual e do consequente respeito mútuo por esse valor. Assim, abordo vários temas como medo, dor, comportamento, família, sonhos, amor, Deus e diferenças pessoais, geralmente baseadas nas minhas visões sobre o mundo e, claro, nas minhas experiências pessoais. Em meio a todos esses sentimentos e opiniões, tento mostrar meu lado como ser humano limitado e temeroso, mas que é movido por uma força superior, que podemos chamar de fé. Porém, ICM não se limita somente às minhas visões e experiências pessoais, ele aborda diversas dores do mundo, inerentes a qualquer ser humano. Como foi a escolha do título? Marcos PL – Demorei um pouco para decidir o título, cerca de um mês após concluir a obra, visto a variedade de temas que esta aborda. Mas o título veio muito naturalmente e de repente, de forma que parecia não haver outro nome que fizesse mais sentido e que casasse mais com a proposta do livro do que este. Em outras palavras, não havia e não há outros três termos que traduzam mais as sensações e sentimentos que este livro busca transmitir do que estes. Tudo ali se resume a este título, e isso fica muito claro quando se termina de ler a obra. No livro, você reúne em seus textos poesia e filosofia. Qual o perfil da mensagem da poesia filosófica apresentada no livro? Marcos PL – Questionadora. Algu-

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mas poesias do ICM têm essa característica filosófica. Lendo o livro, você vai perceber que eu valorizo o potencial das perguntas, e muitas vezes ignoro a necessidade de se ter sempre respostas. Afinal, são os questionamentos que movem o mundo; estes são o motor, e não necessariamente as respostas. Em suma, questione sempre, mesmo que nem sempre se possa obter respostas. O que mais o encanta em “Incógnitas, certezas e meios-termos”? Marcos PL – Seu realismo e sinceridade. Ali, sou franco e verdadeiro desde o agradecimento no início do livro até a conclusão. Não me preocupo em utilizar belíssimas frases, simetricamente bem pensadas, mas sim, em mostrar meu lado humano, limitado e temeroso, mas com opinião e relativa determinação, fruto de uma vida de intensas experiências. Pode nos apresentar um dos textos poéticos a ser encontrado no livro? Marcos PL – Sim, com todo o prazer, segue uma reflexão do livro: Sobre o auge O que o homem mais tem para entregar, ele não entrega Mas para si, só para si, guarda E guarda em um lugar tão oculto Que às vezes, nem ele mesmo sabe onde está. Então ele procura, mas não encontra o que precisa, que é o que possui de sobra Seu auge está escondido por ele mesmo, de si mesmo Mas ele não sabe ao certo do que é dono Pois ele esconde algo que não compreende Ele esconde a si mesmo. 96

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Lendo o livro, você vai perceber que eu valorizo o potencial das perguntas, e muitas vezes ignoro a necessidade de se ter sempre respostas.” Onde podemos comprar o seu livro? Marcos PL – A obra pode ser adquirida pelo site da editora: www. selojovem.com.br, pelo site da Amazon e pelo Mercado Livre por enquanto, pois em breve estará em outros sites, como o das Americanas e o das Casas Bahia, bastando colocar o título do livro ou o meu nome nos campos de pesquisa, que a obra irá aparecer e você poderá fazer um poeta mais feliz. Também pode entrar em contato comigo pela minha página no Facebook: @marcosplescritor. Caso eu ainda tenha exemplares comigo, posso lhe enviar um autografado. Além de escritor, você é vocalista da “OQR Nós”. Fale de sua experiência como músico. Marcos PL – Música é minha segunda paixão quando se trata de entretenimento, depois da leitura, seguida

por filmes e séries. Canto na banda desde os vinte anos aproximadamente, hoje tenho trinta e dois. Comecei cantando louvor na igreja evangélica Renascer, e depois meu amigo guitarrista me chamou para participar da banda com ele. É muito bom e prazeroso. Faço por amor, prazer e chamado divino, pois todas as letras das nossas músicas estão relacionadas com a nossa fé. Somos cristãos. Quem desejar conhecer seu trabalho como músico e queira contratá-lo para shows, como deve fazer? Marcos PL – Pode entrar em contato pelo meu Whatsapp: (11) 9 76254582 ou pela nossa página no Facebook: @oqrnos. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor e músico Marcos PL. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Marcos PL – Eu é que agradeço a revista pela oportunidade dada para que eu pudesse falar mais de mim e de meu trabalho como escritor e poeta. Leitores, minha dica é: Leiam “Incógnitas, certezas e meios-termos”. Tenho certeza de que quando terminarem de ler este livro, vocês não serão mais os mesmos. O livro vai fazer vocês pensarem em muitas coisas que certamente, ou vocês já pensaram, portanto se identificarão; ou se surpreenderão com sentimentos tão intensos, mostrando como a vida é simples, mas insistimos em complicar tanto. E claro: valorizem cada vez mais a literatura brasileira. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https:// www.facebook.com/DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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Petrônio Borges

A diferença entre aprender e entender

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o longo de nossa jornada terrena, aprendemos a viver e a fazer muitas coisas que nem sempre conseguimos mensurar. Quando estamos a aprender, estamos adquirindo conhecimento de algo, a partir de estudos ou instrução. Mas, algumas perguntas pairam no ar: Por que muitos de nossos aprendizados não ficam ou não são aplicados em nossa longa vida? Ou, por que quando estamos recebendo instruções, em algum momento da vida, não conseguimos fixar em nossa mente? Será que era interessante tal conhecimento?

É muito interessante fazermos uma relação do “aprender com o entender”, pois os dois estão ligados um ao outro sem percebermos. Entender significa a maneira de pensar, compreender, captar, perceber a razão e reter pela Inteligência. Ora, se para aprender algo nós precisamos perceber a razão, logo encontramos a ligação entre eles e podemos compreender a partir dessa reflexão. Um aluno poderia fazer a seguinte pergunta: Por que tenho de estudar esse cálculo se nunca vou usar na vida. Ou, não sei o porquê tenho de aprender isso ou aquilo. A pergunta é bem pertinente, pois podemos também entender por que as vezes o que ensinamos pode não ser bem assimilado. Um bom exemplo desse contexto é um médico que tem o hábito de fumar, mesmo sendo uma autoridade na área de saúde, continua a fazer uso de algo que é prejudicial a si. Este médico recebeu a instrução de que o tabaco prejudica à saúde, aprendeu. Mas ainda não entendeu a real importância de não consumir tal substância viciante. Deve-se tratar. Aprender é muito mais do que receber apenas instruções, é assimilar, entender a razão, captar o conhecimento e perceber o propósito da informação. A seguir veremos alguns trechos de um poema de William Shakespeare, onde podemos perceber que aprender leva tempo para entender: 1Um dia você aprende. Depois de algum tempo você aprende a di-

ferença, a sutil diferença entre dar uma mão e acorrentar uma alma, e você aprende que amar não é apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Aprende que falar pode curar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir uma confiança, e apenas segundos para destruí-la. E que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto de sua vida. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você o conserte. Aprende que tempo é algo que não pode voltar para trás, e que a vida realmente tem valor, e que você tem valor diante da vida. O grande desafio do ensinar, é fazermos as pessoas entenderem para aprenderem. Só assim a fixação da instrução poderá se tornar proveitosa ao longo de nossas jornadas. Dificilmente esqueceremos os conhecimentos no qual entendemos o real propósito de sua importância em nossas vidas. O acumulo do tesouro chamado “sabedoria” nos acompanhada por toda a de nossa existência. www.divulgaescritor.com | set 2017

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ENTREVISTA

ESCRITOR RICARDO FARIAS Ricardo de Moura Faria é natural da cidade mineira de Dores do Indaiá. Reside, atualmente, em Belo Horizonte, onde trabalhou como professor de História por 35 anos e culminou sua jornada como Consultor da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais para as áreas de Educação e Cultura. Escreveu, isoladamente ou com coautores, mais de setenta obras didáticas e paradidáticas. Sua produção foi, inclusive, objeto de tese de doutoramento defendida por um ex-aluno. Por algum tempo foi também fotógrafo, tendo realizado quatro exposições, todas em Belo Horizonte. Aposentado, enveredou pelo ramo da literatura, com um projeto que germinava havia mais de dez anos, agora publicado. Boa leitura!

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Esta entrevista foi publicada, originalmente, no FLAL – Festival de Literatura e Artes Literárias, em maio de 1917.

Pesquisas afirmam que uma grande parte dos brasileiros lê quatro livros por ano; o que um escritor pensa sobre isso? Ricardo Faria – Eu não penso, eu tenho certeza de que algo vai muito mal neste país. E tenho até medo de perguntar quais são os quatro livros que alguém lê em um ano. Quem lê aprende a escrever melhor do que assistindo aulas enfadonhas, sendo obrigado a decorar regras e mais regras. Não é preciso isso, basta colocar livros nas mãos das crianças desde que elas aprendem a ler, incentivar cada vez mais a leitura nas escolas. Mas as escolas conseguem transformar o ato de ler num martírio... Os professores querem respostas padronizadas sobre a leitura, esquecendo-se de questionar as emoções dos alunos sobre o que leram. Então, fechando a resposta: é assustador saber que tão pouca gente no Brasil é capaz de ler.


DIVULGA ESCRITOR Acha que a Literatura Brasileira está tendo mais oportunidades? Se sim, quais? Ricardo Faria – Eu diria que hoje temos milhares de pessoas publicando, seja nas plataformas digitais, seja por meio de editoras que descobriram este filão, como explanarei em outras questões desta entrevista. A pergunta que fica no ar é: estamos falando de Literatura ou de mera escrevinhação? Eu andei ganhando e comprando muitos livros de autores e autoras que publicaram nos dois últimos anos. E lhe digo, com toda sinceridade, que há muito lixo misturado com grandes histórias. E o público que está consumindo ou tendo acesso gratuito a essas obras, será que está sabendo discernir? E até que ponto essa profusão de escrevinhações, seja de autores, seja de ghost-writers ligados a youtubers, contribui para que muitos continuem acreditando que a literatura brasileira é ruim? Este é um comentário que se ouve muito nos corredores das bienais: “Não gosto de autores nacionais”. E lhe digo que as editoras também estão se lixando para eles, preferem publicar e jogar todas as fichas da divulgação em autores estrangeiros, muitos dos quais são lixo também.

Como você se sente ao ver seu trabalho reconhecido e elogiado pelos leitores? O que espera passar para os leitores com isso? Ricardo Faria – Creio que a sensação é a mesma de qualquer escritor, não teria como ser diferente. É sempre gratificante quando temos leitores que realmente leram do princípio ao fim, gostaram e elogiaram, seja pessoalmente, seja postando nas redes sociais. O que não gosto é quando percebo que a pessoa não leu e, cheia de preconceitos até mesmo religiosos, começa a colocar comentários nas resenhas. Quais suas metas daqui para frente? Alguma outra história em andamento? Ricardo Faria – Sim, tenho. Percebi que não dá para parar. Então já tenho hoje aquele que será o segundo volume deste romance que publiquei. E estou à procura de uma editora séria, pois de editoras que fingem ser editoras estou cheio! E, além desse, já tenho também um outro livro, mais voltado para o público infanto-juvenil, também pronto e revisado, faltando algumas ilustrações. Como leitora, fico muito triste quando estou lendo algum livro e vejo erros de português, erros de digitação ou incoerências e sinto em constatar que são obras publicadas por editoras, não de forma independente. O que você, escritor, acredita que leva uma editora a fazer um trabalho tão ruim e ainda publicá-lo muitas vezes prejudicando uma história boa? Ricardo Faria – O problema é que muitas editoras descobriram um enorme filão para ganhar dinheiro

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neste nosso país. Como? Não gastando um centavo para produzir os livros. Mas não gastam MESMO! E revisão e correção são atividades caras. As pessoas especializadas nisso não cobram barato, porque é uma tarefa difícil e delicada. É preciso compreender que o revisor não é um ditador. Ele aponta o erro, sugere, mas está sempre disposto a dialogar com o autor para que, ao final, o texto esteja perfeito. E isso é caro. Por isso as editoras não o fazem. Nem a revisão técnica andam fazendo, aquela que vai observar se na diagramação não “sumiu” alguma letra ou palavra, ou se um hífen aparece no meio da página. Eu tenho lido alguns livros de novos autores que realmente me deixam embasbacado com a quantidade de erros, e quando você vai lá à página onde se colocam os dados da produção e procura quem foi o(a) revisor(a)... não acha, porque não tem. Conte um pouco de suas experiências ao enviar seus originais para aprovação de uma ou mais editoras. Há autores que acreditam que seus textos não são lidos, e que passado um tempo, elas mandam a resposta de recusa padronizada. Isto ocorre com você também? Ricardo Faria – Estou entrando nessa seara agora. O que posso falar a respeito, portanto, é o resultado de minha experiência. Não foi algo agradável. Enviei o original para uma editora tradicional, respeitada no mercado livreiro, tive a promessa de receber a resposta em aproximadamente três meses. Seis meses se passaram. Enviei um e-mail questionando, não obtive resposta. Mais três meses, novo e-mail e já deixando claro que queria enviar

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o livro para outra editora, mas não o faria por uma questão ética, eu precisava ter a resposta. Que fosse negativa, porque era isso que eu imaginava, dado o silêncio. Continuei sem resposta. Ou seja, um ano após ter vencido o prazo de três meses que eles próprios definiram, eu continuava sem resposta. Não tive alternativa: enviei outro e-mail considerando que o silêncio significava recusa e, portanto, eu me considerava livre para apresentar a outra editora. Foi o que fiz, e tive a surpresa de ser aceito. As condições eu considerei meio draconianas, mas entendi que, sendo o primeiro romance de minha autoria, eu teria de me submeter. Até hoje não vi praticamente divulgação nenhuma feita pela editora. Tudo que consegui foi graças às amizades, familiares, ex-alunos e agora estou batalhando nessas feiras. Vamos ver se o resultado melhora! Alguma vez você aprendeu algo com uma crítica? Se aprendeu, isso mudou seu jeito de escrever? Ricardo Faria – Críticas sempre são bem-vindas, não apenas as elogiosas. E tive a sorte de receber uma crítica de um amigo que é editor, tem uma editora em São Paulo. Ele fez uma leitura atenta do meu romance e me sugeriu, principalmente, reduzir o tamanho do livro. De fato, ele ficou com 544 páginas e está difícil encontrar pessoas dispostas a ler esse calhamaço. Resolvi atender à sugestão dele. Repito: ele sabe do que fala, porque é um editor. É sempre importante saber o “lócus” de quem fala. Por que é tão difícil publicar e divulgar seu trabalho? O que deve

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ser feito para mudar a maneira de agir das editoras com os escritores? Ricardo Faria – Pela minha experiência pessoal, publicar não é difícil. Basta você pagar para ter o livro impresso. Ou então você o publica digitalmente nos Wattpad, Amazon, Kindle, PerSe, Clube de Autores etc. etc. etc. A questão chave é o que vem a seguir e que, em minha opinião, é o mais importante de tudo: como divulgar o que publicamos? Você pode publicar anúncios nos jornais, pode conseguir falar nas rádios, pode até conseguir ser entrevistado por alguma rede de TV. Sabe o preço? Nem queira saber! Restam as redes sociais. E eu já perguntei uma vez no Facebook e não tive uma resposta: os autores estão interessados em curtidas ou em vendas de seus livros? Como fazer as editoras mudarem sua atitude? Não vejo como. Afinal, no mundo capitalista o que interessa às editoras é o lucro, não os autores... Em sua principal ou primeira obra, os personagens são fictícios ou reais? De onde veio sua inspiração para criar os personagens principais? Ricardo Faria – Bem, por enquanto só tenho uma primeira obra publicada. E posso garantir que todas as personagens são fictícias, mas muitas guardam semelhanças com pessoas que conheci. Não foi sem propósito que escrevi na contracapa do livro: “As personagens são ficcionais, porém, nelas se percebe algo familiar, pois traduzem muito da experiência de vida do autor e de muitos que presenciaram aquela tumultuada fase de nossa História. Portanto, alguma semelhança talvez não seja mera coincidência”.

Ao escrever, a escolha dos temas tem a ver com a sua realidade (o que vivenciou)? Ricardo Faria – Sim, como afirmei na questão anterior, o romance tem uma natureza histórica. A ação se passa em 1971 e 1972 e as pessoas da época viviam sob o pesado manto do Ato Institucional nº 5 (AI-5). E o tema é justamente este: o relato de experiências amorosas numa época de ditadura. A questão que coloco na boca de uma personagem é: “Será que a liberdade sexual é o contraponto da falta de liberdade política?”. Eu vivi esse período. Era estudante, fazia o curso de História na UFMG, tinha 21 anos em 1971. Não pude ler centenas de livros, que foram censurados, fiz uma viagem à Amazônia que me mostrou um mundo que eu não conhecia, que nem parecia o Brasil, tive de responder inquérito policial por atitudes tomadas na direção do Centro de Estudos, vi colegas “desaparecendo”, soube de colegas presas e torturadas... Este é o cenário do livro, e tem tudo a ver com o que vivenciei.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Blogueira Ceiça Carvalho

Os segredos de uma boa divulgação

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or anos, como blogueira literária, observei o desenvolver e a decadência de vários autores. Sim, decadência! Infelizmente vemos muito “Oba! Oba!”, mas poucos são aqueles que realmente persistem na carreira literária. Mas porque isso acontece? Acredito que por três motivos: 1. O autor não sabe o que fazer para obter uma divulgação de qualidade; 2. Auto boicote literário, e 3. Não era vocação ser autor. Vou falar rapidamente dos itens um e dois. Ninguém nasce sabendo marketing, ou você estuda muito

para aprender a ser um exímio marqueteiro ou você procura quem o faça. Mas como divulgar seu livro? Como obter a visibilidade desejada? Muitos penam nesta parte... É difícil ver seu sonho parado nas prateleiras de casa, empacado, sem vendas. E como ficam os gastos feitos? Existem muitas opções para sua divulgação, a maioria caríssima, mas vamos nos deter naquela divulgação mais conhecida, mais polêmica e mais barata, o BLOG LITERÁRIO. Sim, os blogueiros são a divulgação mais rápida, mas você precisa ter cuidado com a escolha do profissional. Para escolher um bom blogueiro o autor tem que ter paciência, verificar os blogs, resenhas feitas, a escrita utilizada, procurar referencias com autores divulgados por ele, verificar os números do site e redes sociais, pois não adianta fechar parceria com blog que tenha pouco seguidor, ver a proposta do blog, se é pago ou é sob a prática do escambo literário (livro x resenha), etc... A divulgação do livro não precisa acontecer apenas quando ele sai da gráfica. Assim como o E-book, o livro impresso deve ter sua divulgação feita com antecedência. Neste caso a contratação de “betas” (blogueiros que fazem a primeira leitura do livro e o avaliam indicando ou não melhorias) é essencial. Deixar seu leitor curioso pela história vai além do anúncio de uma capa bonita, inclua nesta lista uma sinopse bem feita e instigante, quots bem

feitos e, claro, uma divulgação bem feita nas redes. Além disso você pode fazer: - Divulgação através de mail marketing (o famoso mailing) - Eventos de lançamento com distribuição de brindes - Book tour com seu livro - Eventos - Investir tempo e dinheiro nele - Contrata blogueiros profissionais para realizarem suas divulgações e sorteios Por fim, o auto boicote. Infelizmente autores andam destruindo suas carreiras com atitudes muito bobas e que poderiam ser evitadas. - Criar situações desagradáveis com exposição de seu profissional - Abrir discussões desnecessárias com outros profissionais literários, blogueiros e autores - Compartilhar imagens e postagens políticas. Encare suas redes sociais como um ambiente de trabalho. opniões políticas não são do interesse de ninguém. - Falta de ética com colegas de profissão! Não existe concorrência no meio literário. - Não cuidar de contratar uma boa revisão para seu livro. Sim! Erros de português ou de concordância destroem seu livro, seu nome e sua carreira. Não existe uma receita perfeita para o sucesso. O que existe é um bom encaminhamento, organização e vontade de investir em seu propósito. Espero, de coração, que você aproveite bem estas dicas. www.divulgaescritor.com | set 2017

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ENTREVISTA

ESCRITORA TÂNIA MARA SAMPAIO Tânia Mara de Souza Sampaio, é mestranda em Ciências da Educação, com formação em Matemática e Pedagogia, e PósGraduação em Interpretação de Libras e em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Entre seus principais projetos culturais, participou do l Congresso de Acessibilidade e Inclusão na Educação no IF Cubatão; do II Congresso de Educação da Faculdade Polis das Artes, e da II Jornada de Matemática para Professores Diretoria de Ensino, bem como de seminários culturais do programa de mestrado internacional em Educação, e de muitas outras atividades culturais. Possui vastos conhecimentos adquiridos como Professora de Ensino Fundamental I, Educação de Jovens e Adultos, Educação Infantil e Recreação. Atualmente é Professora de Matemática na Rede Pública de Ensino da Secretaria Estadual de Ensino de SP. Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR Por Giuliano de Méroe

Professora Tânia Mara, é um prazer para nossa equipe editorial contar com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Além de suas contribuições acadêmicas como pesquisadora (demonstradas pelo nosso veículo acadêmico, a Revista Acadêmica Online), qual é a sua motivação como autora do gênero literário infanto-juvenil? Tania Mara - Por meio da escrita voltada ao público infantil proporcionar ao hábito da leitura nas crianças e de maneira reflexiva instigar cada indivíduo a lidar com as diferenças individuais. O que a literatura infantil representa para você? Tania Mara - Proporciona hábitos e passa-se valores. Poderia explicar o porquê do livro Rayssa e seus amigos, é na diferença que somos iguais, possui esse nome? Tania Mara - Rayssa é o nome da minha sobrinha e como eu precisaria de um nome para a personagem principal do livro, eis que fiz uso do nome dela e utilizei algumas de suas características. Na fase de preparação e redação desse livro, quais temáticas considerou levantar? Tania Mara - A temática utilizada é a Inclusão, pois acredito que conscientizando as crianças de hoje, teremos adultos no amanhã que irão lutar pelas causas e cumprimentos

das legislações voltadas aos deficientes na sociedade. Como é a personagem Rayssa em seus relacionamentos com seus amigos? Tania Mara - A personagem é uma menina empática e com muitos amigos diferentes. No release do livro, observamos que menciona que a criança terá oportunidade de aprender o alfabeto em diferentes sistemas. Por favor, explique-nos essa ideia com mais detalhes. Tania Mara - No livro temos o alfabeto em Libras e o alfabeto em Braille que ao ser manuseado de maneira lúdica pela criança leitora contribuirá no seu processo de formação inclusiva para a cidadania. Tânia Mara, poderia se lembrar de uma passagem, que mais a envolve em uma reflexão, em especial, sobre Rayssa? Tania Mara - Quando ela faz uma reflexão das bexigas coloridas e o ser humano, pois somos diferentes e iguais! Quais os seus objetivos como escritora de livro infantil? Tania Mara - Estimular ao público infantil de maneira instigante, desafiadora e prazerosa o hábito da leitura e imaginação. Onde nossos leitores poderão comprar seu livro? Tania Mara - Pela internet de maneira impressa ou e-book e também nas livrarias.

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A temática utilizada é a Inclusão, pois acredito que conscientizando as crianças de hoje, teremos adultos no amanhã que irão lutar pelas causas

Agradecemos sua participação nessa oportunidade de compartilhar seu pensamento, esforços e ideais. Qual mensagem que deseja deixar para nossos leitores? Tania Mara - Uma ótima Leitura!!!

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Mirian Menezes de Oliveira

Eu leio “livro”, por uma questão de sobrevivência, pois não consigo conceber o mundo sem a magia deste “objeto vivo”, cujo maior poder é o de me fazer desgrudar do espaço terreno e, dessa forma, mergulhar em sentimentos e reflexões acerca da existência. Eu leio “livro”, porque me apresentaram este ser fantástico na infância e, desde então, nossa cumplicidade aumentou tanto, que confesso ter me tornado dependente “afetivamente”. Há muito, não consigo me afastar do ser “multifaces”, transmutado em aparências diversas: seja na capa, nos títulos, nas cores... Isso, realmente, não me importa! O livro foi, é e sempre será o velho amigo de infância e, independente da roupagem, preservará, pela eternidade, sua essência encantadora. Convicta, ressalto que não me incomodo com seus aspectos físicos: se possui trinta ou trezentas páginas, se é novo, ou “amarelado”, se possui capa grossa, ou fina... se discorre sobre amor, ou ódio; se me 104

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EU LEIO “LIVRO” faz rir ou chorar... Tanto faz! Leio tanta coisa, desde imagens até os cheiros... Leio as pessoas, os sabores e os sons do final da tarde... Leio, leio, leio... mas o “objeto livro”! Ah, o “objeto livro”! Ou seria “sujeito”!? “Sujeito” ou “objeto”, livro é bom demais! O fiel amigo de infância me traz autores “mortos” e “vivos” (todos vivos!), temas, gêneros, assuntos e, sem dúvida alguma, possui a capacidade de me transportar a espaços e tempos diferentes. Este ser extraordinário me leva à levitação, a viajar por universos diferentes e, principalmente, me aguça os cinco sentidos. Talvez, até o sexto... Basta deslizar os dedos sobre as folhas e as páginas me aquecem a alma: a paixão pelo universo letrado faz meu coração pulsar mais forte! Diante de tantos fatos, eu leio “livro”, porque ele é mais do que amigo: é um ser atemporal, atraente e imortal! Sem ele, não posso viver!


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ENTREVISTA

ESCRITORA VANESSA CRUZ DE ARAÚJO

Na trilogia, existe uma ligação paterna doentia por parte do arqui-inimigo de Hadizat, o Lorde das Sombras, endereçada a ela, pois, tendo-a raptado, a vê crescendo em seu castelo e ambiciona seu poder para a destruição dos povos do Mundo Físico.”

Vanessa Cruz de Araújo nasceu no Recife (PE) em 1981. Aos doze anos de idade apreciava criar e contar histórias para as amigas, que as recebiam com grande interesse. Em 2007, seguindo um forte desejo, Vanessa começou a escrever este conto. Na crescente paixão da autora por criar e escrever, “As Seis Terras Sagradas” foi aos poucos tomando grandes proporções, de modo a ser dividido em três partes. A segunda parte da saga, “Naish é Revelada”, foi criada em sete meses, a partir de uma forte e contínua inspiração. Já a revisão levou um tempo maior para ser concluída. Atualmente morando na Suécia, Vanessa inspirou-se nas antigas sagas islandesas, as quais estudou brevemente, para aprimorar seu romance. Formada em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco, ela redefiniu, a partir de seu amor por escrever, a sua profissão. Boa leitura! Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Vanessa Araújo, é um prazer contarmos com a sua participação mais uma vez na Divulga Escritor. Apresente-nos o segundo livro da trilogia “As Seis

Terras Sagradas – A Saga de Hadizat – Naish é Revelada”. Vanessa Araújo – Em “Naish é Revelada”, o leitor se move de um mundo onde está familiarizado, para outro, passando a conhecer todo o bem e o mal que esse munwww.divulgaescritor.com | set 2017

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do tem para oferecer e, principalmente observando os próximos e definitivos passos da personagem principal, Hadizat, e seus maiores companheiros. Do começo ao fim, revelações surpreendentes, batalhas instigantes e profundas transformações. Quais são as seis Terras Sagradas? O que cada uma tem de especial que as diferencia? Vanessa Araújo – Antes de serem tomadas pelas trevas, as Seis Terras Sagradas do Mundo Enérgico eram locais de passagem para espíritos. Em cada uma, um portal outrora levava a um céu específico. O espírito atravessava o portal a caminho do nascimento, no Mundo Físico, e de volta para o céu após a morte. Através das terras, energias positivas guiavam os encarnados, mantendo a harmonia da vida e a evolução. Eram diferenciadas por seu ambiente e de acordo com a energia positiva que, então, regia: Lark – campo de flores vermelhas – sobrevivência; Zaweh – deserto sob um céu alaranjado, emoções; Earon – vulcão com lava amarela – poder; Hazureh – floresta iluminada por luz verde – amor; Maadik – rio azul-turquesa – força de expressão; Ziel-Dår – mar de cor índigo – consciência. Quais os principais personagens que compõem o enredo de “As Seis Terras Sagradas – A Saga de Hadizat”? Vanessa Araújo – Esta saga tem vários personagens cruciais. Uns são apresentados no primeiro livro; outros, apenas no segundo. Alguns desses personagens nos deixam ao longo da história. Essencialmente, os principais personagens da saga são Hadizat (a Chama Sagrada, es106

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colhida para iniciar o fim da Era das trevas); Nero (um mago que, no Castelo das Sombras se torna mentor e maior cúmplice de Hadizat); Döhr-Yager (um belo demônio, filho do Lorde das Sombras, que se apaixona perdidamente por Hadizat); Zavariah (elfa, filha da Guardiã de Naish. Do grupo, é a única ciente de que Hadizat é a Chama Sagrada, e se torna uma irmã para ela); Wolpak (um guerreiro grandalhão, explosivo e crente assíduo na Luz, que, por admiração e amizade se une ao grupo); Aelin (uma jovem harpia que rompe com a severidade de sua tribo para seguir ao lado de Hadizat e companhia); e Ioràn (um eremita amoroso e misterioso, que, unindo-se ao grupo, descobre e realiza um belo propósito entre eles). De que forma o enredo que compõe a trilogia está interligado? Vanessa Araújo – O enredo da trilogia está interligado pela personagem principal, a Chama Sagrada (Hadizat). Seu nascimento, crescimento, relacionamento com personagens essenciais e ações iniciais contra o mal se dão no primeiro livro, “Ziel-Dår e o Império das Sombras”. No segundo, “Naish é Revelada”, dentre outras coisas, há um seguimento dessas ações contra o mal, regado de alianças com novos personagens essenciais, união de forças com os povos, crentes e ímpios do Mundo Físico, e a descoberta de sua real identidade, algo até então ignorado por ela. No terceiro, “A Retomada”, o foco é a grande batalha incitada principalmente por ela, para a retomada das Seis Terras Sagradas. O enredo que compõe a obra é baseado em um jogo – “Baldur’s Gate

II”. O que o enredo da trilogia tem em comum com o jogo que inspirou a trama? Vanessa Araújo – Do jogo “Baldur’s Gate II”, me inspirei nos seguintes fatores, entre outros, para criar a trilogia: • A estrutura do mapa (um aglomerado de cidades e áreas além dessas); • Uma das castas de demônios, os Gazirs, é baseada, relativamente, em um tipo de demônio do jogo, os “Mind Flayers”; • O fato de existir uma espécie de ligação entre um vilão e o herói. No jogo, o personagem principal é, em parte, a cria de um demônio. Na trilogia, existe uma ligação paterna doentia por parte do arqui-inimigo de Hadizat, o Lorde das Sombras, endereçada a ela, pois, tendo-a raptado, a vê crescendo em seu castelo e ambiciona seu poder para a destruição dos povos do Mundo Físico. Isso foi o que mais me inspirou, o fato de o herói recusar o mal oferecido pelo inimigo se sobrepor a isso de modo a até usá-lo para fins heroicos. O que mais a encanta na trilogia “As Seis Terras Sagradas – A Saga de Hadizat”? Vanessa Araújo – O que mais me encanta nessa trilogia é a força interna dos indivíduos (a voz da alma), desenvolvendo uma total transformação. Como vem sendo o feedback dos leitores por meio do primeiro livro que compõe a trilogia “Ziel-Dår e o Império das Sombras”? Vanessa Araújo – Todo feedback que recebi até hoje, do primeiro livro que compõe a saga, foi positivo, o que me alegra imensamente.


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extrair inspiração para escrever, também, a continuação desta saga. Quais os seus principais objetivos como escritora? Vanessa Araújo – Meu objetivo principal é encontrar eco nas mentes e corações dos leitores, uma identificação profunda deles com as histórias que escrevo. De todos os objetivos, esse é o que mais me completa como escritora. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Vanessa Araújo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Vanessa Araújo – É algo a dizer sobre o “silêncio de Deus”. Nos dias de hoje, muitos só enxergam violência, corrupção, dor, sofrimento, enfim, o lado negativo, deixando de ver, em sua fé, em sua crença, a promessa de dias melhores. Deus é silencioso, ninguém enxerga, escuta ou toca, mas muitos sentem. E, sentindo Deus, o homem crê no bem que ainda não vê, ouve ou pega. A verdadeira identidade de Deus é a alegria, um sol iluminando os corações nesses dias de escuridão. Se o foco da humanidade se convertesse para a alegria, tal escuridão dissiparia em um piscar de olhos.

Onde podemos comprar seus livros? Vanessa Araújo – O primeiro livro, em papel, está à venda (sob pedido) nas seguintes livrarias: Cultura, Saraiva e Imperatriz. O primeiro e segundo livros, sob o formato eBook, estão à venda no site amazon.com.

Com relação ao terceiro e último livro “A Retomada”, qual a previsão para o seu lançamento? Vanessa Araújo – No momento, sem previsão. Em breve, estarei ingressando em um curso espetacular, baseado em pessoas, culturas e religiões do mundo, de onde pretendo

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Wilson Sylvah Poesia é um oráculo... É essa façanha... Tão estranha... Palavra do Criador... Diverte mas adverte... Transfere valor... É lâmina de dois gumes... Não se ajoelha... Ferrolho que tranca... É luz que ilumina... É a venda do incauto... Esse coração dividido... Entre o mal e o bem... Entre o bom e o mau... Prega peças ao coração... Não se importa com o tempo... Deixa um ser sem razão... Não tem compromisso com a falsidade... Não revela medos... De medos medonhos... As estrelas há aplaude A Lua há devota... O Sol pede passagem... 108

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É você poesia... Revela os segredos da física quântica... Desvenda os ministérios hierografados do sentimento... É você poesia... O que seria do poeta... O que seria da poetisa... Se não fosse mensageira... O que seria das flores... Da alvorada ensolarada... Da penumbra que assusta... Se não revelasse seus amores... A música não teria graça... A melodia desafinaria... Pois coloca em cheque... Quais inverdades do poeta... Que inspiração teria a composição... Quais verdades contraditórias... Os seus segredos... Sua pureza... Sua delicadeza... Sua magia... Suas faces... Seus perfumes...

Dá voz ao mudo... Audição ao surdo... Visão ao cego... É sexo... É amor... É fantasia É nostalgia... Tempero dos enamorados... Não busca outra coisa... Se não o revelar da intimidade... Curar suas feridas... Transformar as lágrimas em cristais... Aumentar o valor da pérola... Fazer suspirar um coração apaixonado... Na janela da beleza efêmera... O que a alma é... Verdadeiramente... O que a mente tenta fingir... E o coração tenta infringir... É a essência pura do amor... É você poesia...


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ENTREVISTA

ESCRITORA ZILDA FREITAS

A poesia está em nosso cotidiano. Está presente no sorriso de uma criança, no barulho da água de uma cachoeira, nas cores de um pôr-do-sol. Mas a vida agitada que levamos não nos deixa tempo para perceber que tudo é poesia e há poesia em quase tudo.”

Zilda de Oliveira Freitas é Doutora em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta de Portugal, Doutora em Educação pela Unitec Virtual, Doutora em Estética pela Faculdade Internacional de Cursos Livres, Mestre em Filosofia pela Faculdade Internacional de Cursos Livres, Mestre em Letras pela Universidade Federal Fluminense, MBA em Gestão de Pessoas pela ESAB, Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Graduada em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Atualmente cursa Pós-graduação em Ciências da Religião. É idealizadora e Presidente de Honra da ONG Palavras de Amor/Rio de Janeiro. Obteve o Prêmio Talentos Helvéticos-Brasileiros em 2016, o Prêmio Literário Garcia Lorca em 2015 e o Prêmio PoeArt em 2014. Publicou textos na Alemanha, França, Espanha, Suíça e Portugal. É membro da Associação Internacional de Lusitanistas, da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa, da União Brasileira de Escritores, da União Baiana de Escritores e da Academia de Letras de Jequié. Atua como Pesquisadora e Professora de Literatura Portuguesa na UESB/Campus de Jequié. Boa leitura! www.divulgaescritor.com | set 2017

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Por jornalista Fernando Luis Soares Carvalho

Quem é Zilda de Oliveira Freitas? Zilda Freitas – Sou uma educadora que gosta de escrever poesias. Vivi minha adolescência em Natividade, região de montanhas silenciosas e gente tranquila, no interior do Rio de Janeiro. Outra opção cultural não havia, além da imensa biblioteca da minha família, que era também o nosso ponto de encontro, nos finais de tarde. O gosto pela leitura e minha educação literária surgiram nessa época, para depois se tornar minha profissão. Você lançou o livro “A Mensagem Poética de Fernando Pessoa”. Fale um pouco dessa nova obra. Zilda Freitas – Fernando Pessoa escreveu 37 mil poemas nos 47 anos que viveu. Se acrescentarmos as peças de teatro, os roteiros de cinema, as cartas e outros apontamentos, temos cerca de 100 mil textos escritos por Fernando Pessoa. Desta obra gigantesca, extraí apenas um poema intitulado Ulysses, e sobre ele escrevi minha tese de doutorado. São quase 500 páginas sobre um único poema de Fernando Pessoa, e acredito que ainda há muito mais a ser comentado. O livro que ora lanço em Jequié é um estudo crítico e sintético sobre as minhas ideias a respeito da obra Mensagem, na qual se insere o poema Ulysses, o qual apresento abaixo, aos leitores. Ulysses O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo — O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo. Este, que aqui aportou, Foi por não ser existindo. 110

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Sem existir nos bastou. Por não ter vindo foi vindo E nos criou. Assim a lenda se escorre A entrar na realidade, E a fecundá-la decorre. Em baixo, a vida, metade De nada, morre. Fernando Pessoa escreveu sob múltiplas personalidades. Os seus personagens tinham vida, possuíam personalidade própria. Você acredita que essa característica marcante de Pessoa é própria dele ou é do ser humano, que muitas vezes se esconde em “máscaras” do seu cotidiano? Zilda Freitas – Fernando Pessoa exercitou o jogo de máscaras com tamanha genialidade, que até nos faz esquecer que autores anteriores a ele também utilizaram máscaras, também possuíam heterônimos. É o caso dos escritores portugueses Almeida Garrett e Eça de Queirós, de filósofos como Kierkegaard e de todos nós, seres humanos e narradores de nossa própria história. Todos nós utilizamos máscaras, principalmente em nossas relações sociais, quando o mascaramento é uma questão de resistência e aceitação social. Em sua opinião, o que falta para a poesia ser mais divulgada na sociedade? Zilda Freitas – A poesia está em nosso cotidiano. Está presente no sorriso de uma criança, no barulho da água de uma cachoeira, nas cores de um pôr-do-sol. Mas a vida agitada que levamos não nos deixa tempo para perceber que tudo é poesia e há poesia em quase tudo. É aí que está a importância dos pais e dos professores. Conviver com bons lei-

tores [pais, professores] pode despertar em nós a sensibilidade para gostar de ler e compor poesias. A sociedade [que somos todos nós] precisa reservar espaço para divulgar poesia, principalmente a obra dos novos poetas. A sociedade deve entender que a poesia é o que nos humaniza. Sem a arte, nossa cultura empobrece e nos tornamos pessoas insensíveis à beleza. Portanto, o que falta para a poesia ser mais divulgada são pais e professores que incentivem as crianças a lerem mais, lerem sempre, lerem sem preconceitos todo o tipo de livros para, aos poucos, montarem sua própria biblioteca pessoal. Um questionamento: quantas casas você conhece que possuem bibliotecas maiores do que a tela da televisão? Casas com grandes bibliotecas sinalizam que ali certamente moram bons leitores. Onde comprar o livro: PORTUGAL: https://www.chiadoeditora. com/livraria/a-mensagem-poetica-de-fernando-pessoa - BRASIL: ttp://www.livrariacultura.com. br/p/livros/literatura-internacional/teoria-e-critica-literaria/a-mensagem-poetica-de-fernando-pessoa-46457993 - http://www. travessa.com.br/a-mensagem-poetica-de-fernando-pessoa/artigo/5e83c50e-0cff-4135-822d-079343ea43f4 - https://www.saraiva.com. br/a-mensagem-poetica-de-fernando-pessoa-9428826.html

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CURIOSIDADES LITERÁRIAS Escritora Ironi Jaeger

1-O primeiro romance do mundo foi escrito em 1007 por uma mulher, Murasaki Shibiku. A história de Genji, conta as aventuras de um príncipe que procura amor e sabedoria. 2-O poeta Carlos Drummond de Andrade publicou o seu primeiro livro, com tiragem de 500 exemplares, com o dinheiro do próprio bolso. 3-O primeiro volume Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, foi publicado às custas do próprio autor, uma vez que havia sido recusado por diversas editoras. 4-Foi com suas últimas economias que o escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez publicou sua obra-prima Cem Anos de Solidão. A primeira tiragem de oito mil exemplares se esgotou em 15 dias. 5-O Manuscrito de Paris é uma Festa, estava perdido no porão do Ritz Hotel, em Paris. Em 1928, Ernest Hemingway, guardou dois baús que continham cadernos com relatos dos anos vividos em Paris, Em 1956. Hemingway recuperou os baús e os compilou na forma de suas memórias. O produto final só foi publicado três anos depois de sua morte.

6-O Senhor das Moscas já serviu de inspiração para diversas plataformas. A última faixa do primeiro álbum da banda U2 leva o nome de um dos capítulos do livro Shadows and Tall Trees. O livro já foi adaptado, também, duas vezes para o cinema e é amplamente utilizado em escolas norte-americanas. 7 – Orgulho e Preconceito iria se chamar “Primeiras Impressões”. Quando o romance foi inicialmente rejeitado pelos editores, Jane Austen fez significantes modificações, entre elas a troca do título. As revisões foram feitas entre os anos de 1811 e 1812. 8-O livro Onde Vivem os Monstros iria se chamar “Onde Vivem os Cavalos”. O motivo de o título ter sido trocado é que Maurice Sendak não conseguia desenhar cavalos. Então, quando o editor perguntou o que ele conseguia desenhar, ele disse “monstros”. “Monstros” foi exatamente o que entrou para o livro. 9-O sol é para todos é o único romance de Harper Lee, mesmo ele tendo ganhado um prêmio Pulitzer. O livro permaneceu 88 semanas nas listas de bestsellers. Mesmo assim, a escritora decidiu não escrever mais nada. Na época, havia entregado o livro aos editores já contando com a rejeição. Atualmente, vive em Monroeville, Alabama, e alega escrever suas memórias.

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LIVROS EM FOCO | ESPECIAL EDITORA PENALUX | Sinopse: Um garoto e sua barra-forte de segunda mão, pe-

PAISAGEM INTERIOR Marcos Vinícius Almeida Gênero: contos. ISBN: 978-85-5833-232-3 | ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 110 | Pólen bold 90 gr.

dalando o mais rápido que pode, mas sempre ficando para trás. Um andarilho de olhos azuis, com falas proféticas e tiradas rápidas, mas sempre caminhando à esmo, sem rumo nenhum. Um velho e solitário cachaceiro cujas únicas companhias são um vira-latas fiel e um violão empenado. É na crueza do relato, no tom firme e seco da narrativa, que as paisagens que abrigam essas personagens vão se construindo, na mesma medida em que os afetos e conflitos que os constituem vão despontando. Com um forte lastro na oralidade e um olhar apurado para a linguagem, os seis contos que compõe Paisagem Interior revelam um autor com pleno domínio do gênero, capaz de revigorar, mas também renovar, o gesto ancestral de narrar uma história. Link para compra (R$ 35): https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_ info.php?products_id=600&osCsid=c25f2e10bda5a700448c9b05c5946ef2

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LIVROS EM FOCO | ESPECIAL EDITORA PENALUX | Sinopse: Relato de um escritor que sabe retratar de forma inteligen-

ANJO DE VIDRO Hermano José Falcone de Almeida Gênero: Romance autobiográfico ISBN: 978-85-5833-229-3 | ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 160 | Pólen soft 80 gr.

te e criativa fatos de sua vida com muito bom humor, ainda mesclando assuntos de grande relevância para a atualidade. O autor convida todos a acompanhá-lo nessas páginas autobiográficas, as quais aleatoriamente renderão afiadas reflexões e, de quebra, boas risadas. Ao mesmo é uma obra dolorosa, forte, intensa. Quem tiver a coragem de enfrentar o sofrimento alheio sem fugir, leia com vontade. Sobre o livro, comenta a escritora Letícia Palmeira: “Imagine-se em uma cama, incapacitado de mover-se, preso à dependência de um e outro, preso à inércia do corpo. Imagine-se. Aproveite para dar uma olhada em sua autopiedade e tente entendê-la. Este é o ‘Anjo de Vidro’. Ele observa o mundo, mas não pode estar no mundo das multidões que festejam. Ele respira, sente, ama, odeia. Porém, seu corpo não lhe obedece. E por estar preso a um viver que o faz inapto a caminhar, o anjo passeia em palavras e conta sua vida e de outros personagens com a franqueza desconcertante dos adoentados. E não se engane com o título. ‘Anjo de Vidro’, embora traga certa fragilidade, nada tem de frágil”. Link para compra (R$ 34): https://www.editorapenalux.com.br/ loja/product_info.php?products_id=438

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Sinopse: Um estudante de arquitetura fóbico ganha uma viagem de

CHINA DE PAPEL Fabiano Lima Gênero: Romance ISBN: 978-85-5833-226-2 | ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 102 | Pólen bold 90 gr.

intercâmbio para a China. Começa, assim, a angústia do protagonista que deseja partir para o outro lado do mundo ao mesmo tempo que não consegue atravessar uma rua sozinho. Não é para menos que a narrativa seja construída como se constrói um arranha-céu: aos poucos, começando com as bases, fazendo o espectador ansiar cada vez mais pelo resultado final. Neste romance de estreia, Fabiano Lima nos surpreende com uma prosa contemporânea, flexível e fluida. Suas palavras encarnam perfeitamente o desespero de um jovem de 20 anos na busca de cumprir cada etapa necessária para realizar um sonho quase impossível. China de papel é um romance sensível, doloroso e essencial para compreender algumas das questões existenciais dos jovens, sem tratá-los com superficialidade e futilidade. Link para compra (R$ 34): https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info.php?products_id=453

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LIVROS EM FOCO | ESPECIAL EDITORA PENALUX | Sinopse: O Porta-retrato é uma coletânea de sete contos, nos quais

O PORTA-RETRATOS Letícia Palmeira Gênero: Contos. ISBN: 978-85-5833-209-5 | ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 82 | Pólen bold 90 gr.

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Le¬tícia Palmeira explora a temática do amor. Não o amor sere¬no, tranquilo, ingênuo, previsível, das flores e das cartas. Mas o amor verdade, em suas entranhas, em sua interface com tantas outras amarras do ser humano: a loucura, a posse, a introspec¬ção, o autoritarismo. Mas não pense o leitor, amante de contos, que será capaz de predizer qualquer coisa. Não, não será. Parece que dominamos o enredo, mas o verdadeiro encanto na obra de Letícia está em nos surpreender, extirpando-nos a tentativa de prever cada um dos seus desfechos. TRECHO DO PREFÁCIO, por Mônica Mano Trindade Ferrazetí. Link para compra (R$ 34): https://www.editorapenalux.com.br/ loja/product_info.php?products_id=594


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LIVROS EM FOCO | ESPECIAL EDITORA PENALUX | Sinopse: Imagine uma pessoa com uma vida organizada na mais

CORRENTES PARALELAS Lilia Figueiredo Gênero: Romance ISBN: 978-85-5833-210-1| ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 228 | Pólen bold 90 gr.

pacata das rotinas. Imagine agora que ela seja médica, bem casada e que, por compromissos de trabalho do marido, muda-se provisoriamente da grande cidade em que vive para um pacato vilarejo, em um país cuja língua ela mal conhece, e acabe enredada por uma série de desafios – incluindo sequestro –, que viram sua vida completamente. Dra. Melinda Grenet passa por situações que ameaçam não somente sua integridade física, como abalam suas convicções a respeito de amor e fidelidade. Neste seu romance de estreia, Lília Figueiredo mostra domínio na dosagem certa de ação e aventura, com romance e humor. Quando chegar ao final, o leitor, cativo desta narrativa, vai compreender o sentido do título Correntes paralelas, ou melhor, todos os seus vários sentidos. DO TEXTO DE ORELHA, por Nanete Neves. Link para compra (R$ 42): https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info. php?products_id=590

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Uma Nova História de Hitler e dos Nazistas O pesadelo da ascensão e a queda de Adolf Hitler Este é um livro sobre Hitler diferente de todos. O autor vai a fundo à personalidade e nos distúrbios de Hitler. Mostra também como tudo influenciou a formação da política nazista. Se quisermos entender a existência do Terceiro Reich – por que os alemães adoravam Hitler como seu salvador, mesmo quando suas cidades desabavam em torno deles no final de 1945 – é preciso apreciar que tipo de mentalidade concebeu o Estado Nazista. Hitler tinha uma personalidade neurótica, instável e paranóica, cujos acessos de raiva eram uma manifestação de seu maligno narcisismo e megalomania - que proibiam qualquer pessoa de questionar sua autoridade. O narcisismo maligno é uma psicose comparativamente comum exibida por criminosos e tiranos violentos que têm visão distorcida da realidade e que não conseguiram desenvolver o senso de moralidade.

SOBRE O AUTOR:

Paul Roland é músico, jornalista e escritor inglês. É autor de mais de trinta livros sobre música, literatura de suspense e história, entre eles “Os Julgamentos de Nuremberg” (2013) e “Nazi Files” (2016), ambos também publicados no Brasil pela Editora M.Books.

M.BOOKS DO BRASIL EDITORA LTDA Atendimento ao Cliente: 11 3645-0409 / 0410 - Fax: 11 3832-0335 Email: vendas@ mbooks.com.br - Visite nosso site: http://www.mbooks.com.br / Twitter: @mbooks_ / Facebook: facebook/mbookseditora

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Fabiano de Abreu Rodrigues autor de “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, lança seu livro na Europa e agora na África

Redes Sociais Instagram @assessorfabianodeabreu e @escritorfabianodeabreu Facebook: https://www.facebook. com/fabianodeabreu Facebook Page: https:// www.facebook.com/ FabianodeAbreuOficial/ Twitter: https://twitter.com/ FabianodeAbreu www.fabianodeabreu.com

Mais um grande feito que devemos nos orgulhar. Premiado por três anos consecutivos pelo ‘Personalidades Melhores do Ano’, como melhor jornalista e assessor de imprensa do Brasil, Fabiano de Abreu deixou seu legado na história da literatura. Considerado por muitos influentes da literatura como o ‘filósofo sem influências’, Fabiano de Abreu lança seu livro em Portugal, mãe da literatura portuguesa, primeiro em Castelo de Paiva em Aveiro, ao lado do Porto na biblioteca municipal da cidade, depois em Lisboa, na biblioteca mais antiga da cidade, a de São Lázaro, datada de 1883. Com um convite especial da Universidade Gregorio Semedo em Luanda - Angola, no dia 18 de Abril Fabiano lançará seu livro no país com cobertura de emissoras locais e do maior portal de notícias, Platina Line. Filósofo sem influências por não ter lido livros de autores renomados ou qualquer filósofo, Fabiano de Abreu é o filósofo da nova era, criando frases assim como grandes autores faziam no passado. Seu livro influencia através de frases, maneiras de se ter uma vida melhor, afinal, como o próprio nome do livro diz, “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”. O escritor garante que pensa em lançar seu livro no Brasil, Fabiano de Abreu disse que lançou primeiro em Portugal por uma questão especial, luso-português já que é filho de portugueses e possui nacionalidade, Fabiano tem um carinho especial pelo país e não pode negar o convite da biblioteca municipal de Castelo de Paiva que abraçou seu livro com um enorme carinho, disse ele. Além dessas bibliotecas aqui citadas, o livro pode ser encontrado nos aplicativos Google Play, Play Store, Amazon e na Saraiva. O livro em versão espanhol também encontra-se disponível nesses locais. Dono de frases como “Eu parto do princípio da prova, palavras jogadas ao vento nos dias de hoje não podem surtir efeitos”, “Fazer ser famoso é fácil, difícil é se manter famoso e com respeito”, “Quem diz se você é famoso é o tempo que você permanece na mídia e não ter saído na mídia”. Fabiano de Abreu é atualmente considerado um dos melhores assessores de imprensa do Brasil e o jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira.

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“PAPATIPARAPAPÁ” COM A

“Papatiparapapá” a coletânea de poesias ilustradas para crianças de JackMichel Release do livro Papatiparapapá (Editora Illuminare)

A presente obra tem por objetivo elaborar uma miscelânea de escritos artísticos fundamentais, mais além daqueles expressamente enumerados no catálogo formal de uma literatura. O livro é composto por sessenta poesias infantis, contendo ainda as obrigatórias dedicatória e citação. O poema Saci Cisá: “Êta ente endiabrado, danado como ele só! Negrinho pula aqui... pula acolá... De carapuça na cabeça, lembra a Mula sem Cabeça Ou, quem sabe, o Boi Tatá!” trata de explorar o imaginário do folclore brasileiro, para o fim de apresentar uma noção plausível de cultura popular em sentido material e, em consequência, de cultura popular não imaginada. No poema Reinol Bolacha: “Reinado de bolacha, Nascido em meio à massa... Metade açúcar? Pedaços de fruta? Não! Araruta!” nota-se que o sentimento estético através da palavra é uma questão de interpretação e aplicação da própria invenção. O poema Conto de Baile: “Um... dois... um... dois... passos de baile. Era? Talvez, num conto de alguma Era!” é reservado para o exame da justificação dos fundamentos da arte na teoria do faz de conta, defendendo a beleza natural da estesia. No poema Aniverbolorefri: “Chupe hoje seus dedos... Diga “Aá, Eê”! Você é o melhor livro que existe... A melhor pessoa que se lê!” a ilusão da alegria é mostrada como um truque competente para resolver o problema das diferentes formas de emoções sentidas e demonstradas, bem como o objeto do encanto na magia. O poema Duque Porcelânio: “A quem será que o Duque ama? Serei eu a insigne dama? Mas não há resposta... só flama...” busca os critérios de reconhecimento do sublime de acordo com o traço lírico do século XIX, afirmando que ele pode ser tomado como moderno ou contemporâneo decorrente da fantasia e das quimeras intocáveis. No mais, reticências.

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A AUTORA 2 EM 1 JACKMICHEL |

Biografia da autora:

JackMichel é o primeiro grupo literário na história da literatura mundial, composto por duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos. São irmãs e nasceram na cidade de Belém, Estado do Pará (Brasil). O tema de sua obra é variado visto que possui livros escritos nos gêneros ficção, poesia, romance, fábula e conto de fadas. A escritora publicou seu primeiro livro Arco-Jesus-Íris em 2015, pela Chiado Editora. Em 2016 lançou pela Drago Editorial as obras LSD Lua, 1 Anjo MacDermot, Sorvete de Pizza Mentolado x Torpedo Tomate e Ovo. É associada da A.C.I.M.A (Associazione Culturale Internazionale Mandala) e da LITERARTE (Associação Internacional de Escritores e Artistas). Seus contos e poemas constam em antologias nacionais e antologias internacionais bilíngues: Amor & Amore (Edizioni Mandala), Os Melhores Poemas de 2016 (ZL Editora), Faz de Conto II (Helvetia Edições), 1ª Antologia Cultive (Fast Livro), IIIAntologia Mulheres Pela Paz 2017 Edição Especial (Fénix), Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea Além da Terra Além do Mar (Chiado Editora), Antologia Criticartes 2017 (Biblio Editora). Também foi destaque de diversas revistas on-line de literatura, artes e cultura como Varal do Brasil, Revista Literária, Ami, Divulga Escritor, Geração Bookaholic, Conexão Literatura, Criticartes e Philos. Participou do XXIX Salão Internacional do Livro de Turim 2016, I Salão do Livro de Lisboa 2016 e I Salão do Livro de Berlim 2016. Em 2017 tomará parte nos eventos: XVIII Bienal Internacional do Livro do Rio, 31º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra, XXX Salão Internacional do Livro de Turim, Salão Internacional do Livro de Milão, BUK Festival Literário de Modena, Feiras Literárias de Mântua, Bolonha e Roma. Seu slogan é “A Escritora 2 Em 1”.

JackMichel em vídeo:

Promo Vídeo JackMichel “A Escritora 2 em 1” https://www.youtube.com/watch?v=3F8J4ck6XHU Booktrailer Arco-Jesus-Íris – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=iBjgF0DkAik&t=34s Spot Televisivo LSD Lua – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=Khg1oKH6WKo Spot Televisivo 1 Anjo MacDermot JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=dmVR-jE07pU&t=31s Spot Televisivo Sorvete De Pizza Mentolado X Torpedo Tomate - JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=Zn5xRdnwJvQ - Spot Televisivo Ovo – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=dsBd0O_e5WI

JackMichel em redes sociais:

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Obrigada a todos escritores qu o maior projeto de divulga

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ue fazem do Divulga Escritor ação literária da Lusofonia

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