informativo 04 novembro2013

Page 1

Ano I – Edição 04 – Novembro/2013

Ano Litúrgico Memória do Ressuscitado na vida da gente A liturgia é a celebração do Mistério Pascal de Cristo. Em volta deste núcleo fundamental da nossa fé, celebramos no Ano Litúrgico a memória do Ressuscitado na vida de cada pessoa e de cada comunidade. O Ano Litúrgico “revela todo o mistério de Cristo no decorrer do ano, desde a encarnação e nascimento até à ascensão, ao pentecostes e à expectativa da feliz esperança da vinda do

Senhor” (SC 102). Ele assim nos propõe um caminho espiritual, ou seja, a vivência da graça própria de cada aspecto do mistério de Cristo, presente e operante nas diversas festas e nos diversos tempos litúrgicos (cf. NALC 1). Em síntese através do Ano Litúrgico, os fiéis fazem a experiência de se configurar ao seu Senhor e dele aprenderem a viver “os seus sentimentos” (cf. Fl 2,5). [continua na pág. 4]


02

Ano da Fé - Encerramento Tudo caminha para uma grande festa da Arquidiocese de Campinas no encerramento do Ano da Fé. Certamente a Praça Arautos da Paz receberá um grande público das Paróquias para manifestar publicamente a nossa Fé no Cristo Ressuscitado, Rei do Universo. Pedimos a atenção e o empenho de todos para a divulgação e participação em toda a programação do encerramento do Ano da Fé. Uma equipe formada pelos Vigários Regionais, Vigários Forâneos, Comissão de Liturgia, infraestrutura e comunicação está já há três meses se reunindo para planejar e viabilizar toda a programação para o encerramento do Ano da Fé. Para que o foi planejado tenha pleno êxito, é imprescindível o apoio e a adesão de toda a Arquidiocese.

MISSA DE ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ presidida por

Dom Airton José dos Santos,

PROGRAMAÇÃO FIXA DA COMUNIDADE  MISSA Todo 2º sábado do mês (19h30)

 CELEBRAÇÃO da PALAVRA Todos os demais sábados do mês (19h30)

 CATEQUESE com as CRIANÇAS Todo sábado (9h00)

 REUNIÃO das CONFERÊNCIAS VICENTINAS Toda segunda-feira (19h00)

 REUNIÃO da EQUIPE de LITURGIA

Arcebispo Metropolitano de Campinas 24/11 – 9h – Praça Arautos da Paz – Campinas

Toda quarta-feira (19h30)

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo Foi definida a cor que deverá ser usada por cada Forania. As Paróquias têm liberdade para usar de sua criatividade para confeccionar camisetas, bonés, bandanas ou símbolos, usando a sua cor. E nossa Forania Padre José de Anchieta, ficou com a cor BRANCA.

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM!

 INSCRIÇÃO para o BATISMO Todo último sábado do mês (19h30)

 DEVOÇÃO ao SAGRADO CORAÇÃO de JESUS Toda 1ª sexta-feira de cada mês (15h)

Procure pelo João e Edina e garanta seu lugar em nossa van!

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 01 Nadine Pereira Passuelo 01 Francisca Libório Dantas 01 Izaura Gentile Orlando 16 Ana Paula dos Reis 17 Henrique Duarte Gonçalves 18 Fernanda R. Castro Gomes 20 Edeval Luiz Pereira 21 Nilva M. Feresin 23 Vó Ângela 28 José Elias Ferreira 30 - Cícera Cruz de A. Santos

24 26 28 30

Maria Carmelita de Andrade Neucy Lourenço dos Reis José Patrocínio Palazzi (Zé da Jô) José Carlos Teixeira

Queremos sua ajuda! Indique os aniversariantes dos meses seguintes! Preencha a fichinha que fica na mesinha na entrada da igreja e deixe na urna!


03 Pe. Luiz Carlos de Oliveira, CSsR – Fonte: Portal A12

Finados: proclamar nossa esperança cristã para além da morte O mês de novembro se iniciou com duas celebrações importantes: no dia 2, celebramos o Dia de Finados, e no dia 3 a Festa de Todos os Santos. São dois momentos de proclamar nossa esperança cristã para além da morte. Pela fé que temos na palavra e no exemplo de Jesus, testemunhamos que existe uma vida além da morte, que Ele vai nos fazer participar da sua ressurreição e que, na medida em que praticamos seu Evangelho, seu Espírito santifica o ser humano para viver no amor por toda a eternidade. Nós, cristãos, não praticamos a tradição do “culto aos mortos”, tal como existe há milênios em várias culturas e religiões. Nós acreditamos na Comunhão dos Santos, que nos reúne a todos no banquete do Reino, na Casa do Pai. A Liturgia de Finados é uma celebração dessa certeza de fé e de esperança, fundamentada unicamente na pessoa de Jesus Ressuscitado. Nela, nós agradecemos ao Pai a vida das pessoas queridas já falecidas, proclamamos a confiança de que nossos falecidos irão participar da Ressurreição de Jesus e intercedemos para que isso aconteça. Com esse pensamento, nós amenizamos nossas saudades e adquirimos forças para, junto com a oferta do Pão e do Vinho, fazermos também o

ofertório a Deus daqueles cuja ausência nos faz tanta falta. É preciso mirar para além do horizonte e cantar com São Paulo: “os olhos jamais contemplaram, ninguém sabe explicar o que Deus tem preparado àquele que em vida o amar” (cf. 1Cor 2,9). Ao mesmo tempo, a Liturgia nos dá a oportunidade do perdão das possíveis mágoas que possam ter ficado das pessoas falecidas, um perdão que pedimos e que oferecemos com generosidade de coração. Por isso, invocamos a misericórdia divina sobre nós e sobre os falecidos, para que o Senhor perdoe todas as dívidas de amor dos falecidos para conosco e nossas para com eles. Nesta prece de sufrágio, feita em comunidade durante a Eucaristia, temos a certeza de que os méritos de Jesus, através da sua morte e ressurreição, são mais do que abundantes para estender sua Redenção sobre todos os falecidos. Portanto, seja no Dia de Finados, seja em Missas de 7º ou de 30º Dia, o que importa é a celebração da nossa fé em Jesus Ressuscitado, porque acreditamos e esperamos que um dia estaremos todos reunidos novamente na paz, no amor e na alegria do Senhor, por toda a eternidade e para não morrer nunca mais.

Festa de todos os Santos: O povo de Deus é santo A oração da missa dá a razão da festa: “Celebrar numa só solenidade, os méritos de todos os santos” (oração). Só alguns santos são lembrados no ano litúrgico. A Igreja reconhece com este momento celebrativo a santidade de todo povo de Deus, da “imensa multidão de gente vinda de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9). Salvos por Jesus Cristo “vieram da grande tribulação e lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14). Subiram a montanha do Senhor “porque têm mãos puras e inocentes o coração” (Sl 23). “Festejamos a cidade do Céu… onde nossos irmãos, os santos, vos cercam e cantam eternamente vosso louvor” (Prefácio). Celebrando os santos, adoramos e admiramos a Deus, pois só Ele é Santo (PósComunhão). Podemos encontrar santos nos céus pois sabemos que a santidade se constrói na terra. Se é festa de Todos os Santos é porque o povo de Deus é Santo. S. Pedro chama de “nação santa” como já proclama Deus no livro do Êxodo (Ex 19,6 – 1Pd 2,9). É santo porque Deus o escolheu para sim. Mas é santo também porque vive o caminho ensinado por Jesus nas bem-aventuranças. Elas resumem em si o que é necessário para viver como Jesus viveu. Este texto é o retrato falado de Jesus que vivia deste modo. Podemos perceber que as bem-aventuranças traduzem bem a vida

dos que são simples para Deus e para o povo. Não há santidade onde não existe a sede de Deus e o desejo do ar do Espírito. O exemplo de Jesus se manifesta na misericórdia que é mansa, humilde, preocupada com os outros, promotora de paz e forte no sofrimento pela justiça.

Nossos Intercessores Participamos da Vida de Deus e de sua preocupação para com todos os que necessitam de Seu amor e de Seu socorro. S. Paulo nos ensina na 1ª Coríntios que formamos a Igreja como membros do Corpo de Cristo cada um em sua função. Diz: “Se um membro sofre todos compartilham seu sofrimento. Se um membro é honrado, todos os membros compartilham sua alegria” (1Cor 12,26). Quando um membro do corpo está doente, todo corpo sente e converge a energia para a cura do frágil. Participamos da vida de Cristo que é salva-dor e intercessor (Hb 7,25). Assim podemos dizer dos santos: “Contemplamos tan-tos membros da Igreja que nos dais como exemplo e intercessão” (Prefácio). Como podemos rezar uns pelos outros na terra, mais ainda nos céus, onde viveremos uni-dos ao Cristo Mediador e Intercessor. A caridade de Deus se manifesta em Seus santos. Entre estes santos brilha a Virgem Maria que em Cristo é a primeira.


04

A Liturgia nos Ritmos do Tempo (Parte 1) O Ano Litúrgico não apenas recorda as ações de Jesus Cristo, nem somente renova a lembrança de ações passadas, mas sua celebração tem força sacramental e especial eficácia para alimentar a vida cristã. Por isso, a Ano Litúrgico é sacramento e, assim, torna-se um caminho pedagógicoespiritual nos ritmos do tempo. Como a vida, a liturgia segue um ritmo que garante a repetição, característica da ação memorial. Repetindo, a Igreja guarda a sua identidade. Para fazer memória do mistério, a liturgia se utiliza de três ritmos diferentes: o ritmo diário, alternando manhã e tarde, dia e noite, luz e trevas; o ritmo semanal, alternando trabalho e descanso, ação e celebração; o ritmo anual, alternando o ciclo das estações e a sucessão dos anos.

O RITMO DIÁRIO Acompanhando o caminho do sol, que é símbolo de Cristo, o povo de Deus faz memória de Jesus Cristo, nas horas do dia, pela celebração do Ofício Divino — daí o nome “Liturgia das Horas”. De tarde, o sol poente evoca o mistério da morte, na esperança da ressurreição. De manhã, o sol nascente evoca o mistério da ressurreição, novo dia para a humanidade. De noite, nas vigílias, principalmente na de sábado à noite, que inicia o domingo, dia da ressurreição, celebramos em espera vigilante o mistério da volta do Senhor. Em algum outro momento do dia ou da noite, rezamos o “Ofício das Leituras”. E, em qualquer hora do dia, celebramos a Eucaristia, que abrange a totalidade do tempo. Com hinos, salmos e cânticos bíblicos, com leituras próprias, com preces de louvor e de súplica, celebramos o mistério pascal do Cristo. Como toda a liturgia, o Ofício acompanha o Ano Litúrgico, expressa nosso caminhar pascal, do nascimento à morte e ressurreição, do advento à segunda vinda gloriosa de Cristo. Como oração do povo de Deus, verdadeira ação litúrgica, o Ofício Divino é excelente escola e referência fundamental para nossa oração individual. Os ministros ordenados e religiosos assumem publicamente o compromisso de celebrarem a Liturgia das Horas nas principais horas do dia. Os fiéis leigos também são convidados a celebrá-la, individual ou comunitariamente. Podem fazê-lo seguindo o roteiro simples e adaptado proposto pelo Ofício Divino das Comunidades, que conserva a teologia e a estrutura da Liturgia das Horas. Incentivem-se também outras formas de oração comunitária da Igreja, por exemplo, Ofícios Breves adaptados, Celebrações da Palavra de Deus, Horas Santas, Ladainhas, Ângelus, Via-Sacra e Rosário comunitário.

“O dia litúrgico se estenda da meia-noite à meia-noite. A celebração do domingo e das solenidades começa, porém, com as Vésperas do dia precedente” (NALC 3).

O RITMO SEMANAL O ritmo semanal é marcado pelo domingo, o dia em que o Senhor se manifestou ressuscitado (Cf. Mc 16,2; Lc 24,1; Mt 28,1; Jo 20,1). A história do domingo nasce na cruz e na ressurreição de Jesus. No primeiro dia da semana, quando as mulheres foram para embalsamar seu corpo, já não o encontraram mais. No domingo, Jesus apareceu vivo a vários dos discípulos, sozinhos, ou reunidos; comeu e bebeu com eles e falou-lhes do Reino de Deus e da missão que tinham que levar adiante (Mt 28,5-9; Lc 24,13-49; Mc 16,14; Jo 20,11-18; 20,24-29; Ap1,10). O dia de Pentecostes, vinda do Espírito Santo, também aconteceu no domingo (At 2,1-11). “Por tradição apostólica que tem sua origem do dia mesmo da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra cada oitavo dia o mistério pascal, naquele que se chama justamente Dia do Senhor ou Domingo. Neste dia, pois, devem os fiéis reunir-se em assembleia para ouvirem a Palavra de Deus e participarem da Eucaristia, e assim recordarem a paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus que os “gerou de novo pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma esperança viva” (1Pd 1,3). O domingo é, pois, o principal dia de festa que deve ser lembrado e inculcado à piedade dos fiéis: seja também o dia da alegria e da abstenção do trabalho. As outras celebrações não lhe sejam antepostas, a não ser as de máxima importância, porque o domingo é o fundamento e o núcleo do ano litúrgico” (SC 106). O domingo, conforme rezamos no Prefácio IX dos domingos do Tempo Comum, é o dia em que a família de Deus se reúne para “escutar a Palavra e repartir o Pão consagrado, recordar a ressurreição do Senhor na esperança de ver o dia sem ocaso, quando a humanidade inteira repousar diante do Pai”. João Paulo II, na Carta Apostólica Dies Domini, sobre o domingo, apresenta as cinco características deste dia: Dia do Senhor, Dia de Cristo, Dia da Igreja, Dia do Homem e Dia dos Dias. O mesmo Papa nos pede, na Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine, que demos “uma atenção ainda maior à missa dominical, como celebração na qual a comunidade paroquial se reencontra em coro, vendo comumente participantes também os vários grupos, movimentos, associações nela presentes” (MND 23). (Na próxima edição continuaremos a aprofundar este assunto)


05 Frei Carlos Mesters

Neste mês vamos continuar a esclarecer algumas dificuldades que sentimos ao usar a Bíblia:

Como Adequar a Palavra à Caminhada do Povo? [continuação] Nas reuniões do grupo pode acontecer, às vezes, que os presentes não consigam entender nada do trecho escolhido. Sempre, porém, conseguem pegar uma palavra que tem pera eles ligação com algum problema seu, e daí a reunião pode se desenrolar muito bem. Um outro exemplo interessante é o daquela Irmã que foi dirigir o culto numa comunidade de pessoas muito simples. Fez a leitura, mas ninguém entendeu. Repetiu a mesma duas e três vezes, mas sempre com o mesmo resultado. Por fim cansou de ler e "contou" para eles o trecho escolhido. Aí todo mundo entendeu. O povo gosta de histórias. Em vez de ler,

muitas vezes seria melhor "contar". Há comunidades em que uma das leituras consiste nos "Atos" da própria comunidade. Afinal, se é vida que deveria ser celebrada, por que a comunidade não pode meditar sobre sua própria história? Para poder fazer isso, porém, tanto para "contar" as leituras quanto para apresentar os "atos" da própria comunidade, é necessário que os dirigentes se preparem com cuidado. A transmissão da Palavra exige conhecimento da mesma e também dos ouvintes. Sem preparação prévia, é difícil que uma reunião tenha bom êxito. É por isso que seria bom ter, em toda celebração, um comentador acompanhando o desenrolar do rito e explicando tudo para os presentes.

Como Fazer para Corrigir a Falta de Base Bíblica? A Bíblia não pode ser forçada ou instrumentalizada. Ela tem sua própria mensagem e nós devemos ser fiéis à verdade nela contida. Não podemos usar a Bíblia para dar uma mensagem nossa. A Bíblia não pode ser manipulada. Quando o assunto escolhido a ler estudado não tem seu correspondente no

Evangelho, é melhor deixar este em paz. Há outros documentos que podem ser citados, sem precisar instrumentalizar a Bíblia. Por isso é fundamental uma boa base bíblica. De vez em quando é necessário um cursinho bíblico. Estudar para não errar! Esta é a dica!

Como Entender a Linguagem da Bíblia e Algumas Passagens Difíceis? Preparar-se é sinal de respeito para com o povo. Para compreender melhor a Bíblia é preciso lê-la. Na medida em que se cria familiaridade com a Sagrada Escritura, as passagens difíceis tornam-se mais claras. Outro problema é o da linguagem. Quando se depara com trechos difíceis da Bíblia, é

preciso procurar quem sabe dar uma explicação correta. Quando, pelo contrário, a dificuldade é menor, o dirigente e os participantes podem tentar resolver. Porém, se a dúvida persistir c for uma coisa séria. deve ser leveda a quem entende mais de Bíblia. (Este assunto será retomado em breve).

Como Respeitar e Relacionar com Outras Igrejas? Os crentes atacam os católicos porque acham que estes desconhecem a Bíblia. Eles perguntam constantemente sobre santos, imagens, batismo, eucaristia... Não resta dúvida de que nós católicos lemos a Bíblia com uma atitude diferente da dos protestantes, e isto é muito importante. Lendo a Bíblia nós enxergamos certas coisas, fixamos a nossa atenção sobre as passagens que para nós são mais importantes. Eles fizeram a mesma coisa, e muitas vezes os interesses não coincidem. Ora, na Bíblia só encontramos o que procuramos. A Bíblia é como uma grande feira, onde há de tudo. Não dá para levar tudo de uma vez. Você nem consegue reparar em tudo, porque os olhos não dão para isso. Antes de ir à feira da Bíblia, tem que saber o que vai procurar lá dentro; tem que ter uma pergunta na cabeça. Do contrário somos como o fulano que foi à feira e acabou não comprando nada, porque não sabia o que comprar. Precisamos ir à Bíblia com problemas concretos, aqueles problemas que a vida mesma levanta

todos os dias. Lida com atenção, a palavra de Deus ilumina os fatos da vida e mostra uma solução, dá uma resposta. Pode acontecer também que, lendo a Bíblia motivados por umas perguntas nossas, dc repente paramos diante de uma frase que nos faz lembrar outro aspecto importante da vida, que nós já estávamos esquecendo. A Bíblia ajudou a lembrar. Há uma interferência mútua . Não é bom envolver-se de tal maneira pelos nossos problemas a ponto de pensar que só existe aquilo e de achar que a única coisa válida é a nossa maneira de ver as coisas, pois assim fazendo corremos o risco de reduzir a Bíblia ao nosso tamanho, e ela não terá mais nenhuma mensagem para nós. Quanto aos protestantes, não adianta perder tempo em discussões, porque geralmente eles não convencem a nós e nem nós a eles. E melhor procurar os pontos que temos em comum, do que ficar insistindo nos pontos que nos distanciam. Temos muito a aprender com eles e a ensinar também, num verdadeiro diálogo ecumênico.


06

Santa Catarina de Alexandria -25 de novembroA vida e o martírio de Catarina de Alexandria estão de tal modo mesclados às tradições cristãs que ainda hoje fica difícil separar os acontecimentos reais do imaginário de seus devotos, espalhados pelo mundo todo. Muito venerada, o seu nome se tornou uma escolha comum no batismo, e em sua honra muitas igrejas, capelas e localidades são dedicadas, no Oriente e no Ocidente. O Brasil a homenageou com o Estado de Santa Catarina, cuja população a festeja como sua celestial padroeira. Alguns textos escritos entre os séculos VI e X , que se reportam aos acontecimentos do ano 305, tornaram pública a empolgante figura feminina de Catarina. Descrita como uma jovem de dezoito anos, cristã, de rara beleza, era filha do rei Costus, de Alexandria, onde vivia no Egito. Muito culta, dispunha de vastos conhecimentos teológicos e humanísticos. Com desenvoltura, modéstia e didática, discutia filosofia, política e religião com os grandes mestres, o que não era nada comum à uma mulher e jovem, naquela época. E fazia isso em público, por isso era respeitada e famosa, pelos súditos da

corte que seria sua por direito. Entretanto esses eram tempos duros do imperador romano Maximino, terrível perseguidor e exterminador de cristãos. Segundo os relatos a história do martírio da bela cristã teve início com a sua recusa ao trono de imperatriz. Maximino se apaixonou por ela, e precisava tirá-la da liderança que exercia na expansão do cristianismo. Tentou, oferecendo-lhe poder e riqueza. Estava disposto a divorciar-se para se casar com ela, contanto que passasse a adorar os deuses egípcios. Catarina recusou enfaticamente, ao mesmo tempo tentou convertê-lo, desmistificando os deuses pagãos. Sem conseguir discutir com a moça, o imperador chamou os sábios do reino para auxilia-lo. Eles tentaram defender suas seitas com saídas teóricas e filosóficas, mas acabaram convertidos por Catarina. Irado, Maximino condenou todos ao suplício e à morte. Exceto ela, para quem tinha preparado algo especial. Mandou torturá-la com rodas equipadas com lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Com os olhos elevados ao Senhor, rezou e fez o sinal da cruz, então ocorreu o prodígio: o aparelho desmontou. O imperador transtornado levou-a para fora da cidade e comandou pessoalmente a sua tortura, depois mandou decapitá-la. Ela morreu, mas outro milagre aconteceu. O corpo da mártir foi então levado por anjos para o alto do Monte Sinai. Isso aconteceu em 25 de novembro de 305. Passados três séculos, Justiniano, imperador de Bizâncio, mandou construir o Mosteiro de Sta. Catarina e a Igreja onde estaria a sepultura no Monte Sinai. Mas somente no século VIII conseguiram localizar seu túmulo, difundindo ainda mais o culto entre os fieis do Oriente e do Ocidente, que a celebram no dia de sua morte.


07

 Deus aproxima-se de nós, seres humanos (II)

 [10] Ficou tudo dito com Jesus Cristo ou prosseguirá a revelação depois d’Ele? Por sua  ENCARNAÇÃO, Jesus Cristo foi o próprio Deus que veio ao mundo. Ele é a última palavra de Deus. Ouvindo-O, toda pessoa humana, em todos os tempos, pode saber quem é Deus e o que é necessário para a sua salvação. (CIC 66-67) No Evangelho de Jesus Cristo está perfeita e completamente disponível a revelação de Deus. Para que ela nos seja clara, o Espírito Santo introduz-nos na Verdade cada vez mais profundamente. A Luz de Deus penetra na vida de algumas pessoas de um modo tão forte, que elas veem o “céu aberto” (At 7,56). Foi assim que surgiram os grandes lugares de peregrinação, como Guadalupe, no México, Lourdes, na França, ou Fátima, em Portugal. As “revelações privadas” dos videntes não podem aperfeiçoar o Evangelho de Jesus Cristo; embora não sejam universalmente vinculativas, podem ajudar-nos a entende-lo melhor, desde que a sua verdade seja examinada pela Igreja.

 [11] Por que transmitimos a fé? Transmitimos a fé porque Jesus nos deixou uma  MISSÃO, quando ordenou-nos: “Ide, fazei discípulos entre todas as nações!” (Mt 28,29) (CIC 91) Nenhum cristão autêntico deixa a transmissão da fé apenas ao cuidado dos especialistas (catequistas, párocos, missionários). Somos cristãos para os outros. Isto significa que cada cristão autêntico deseja que Deus chegue também aos outros. Ele diz para si: “O Senhor precisa de mim! Sou batizado, confirmado e responsável para que as pessoas à minha volta façam a experiência de ervares fios elétricos ao longo da estrada. Se a corrente não passa por eles, não há luz. O fio é o que somos tu e eu. A corrente elétrica é Deus. Temos o poder de a deixar passar através de nós e, assim, fornecer ao mundo a Luz, que é Jesus, ou de recusarmos que Ele Se sirva de nós, permitindo, com isso, que a escuridão se alastre”.

 [12] Como sabemos o que pertence à verdadeira fé? Encontramos a verdadeira fé na Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja. (CIC 76, 80-82, 85-87, 97, 100) O  NOVO TESTAMENTO surgiu da fé da Igreja. Escritura e Tradição pertencem-se mutuamente. A transmissão da fé não ocorre primordialmente através de textos. Santo Hilário de Poitiers, bispo da Igreja antiga, dizia: “A Sagrada Escritura está escrita no coração da Igreja, mais que em pergaminho”. Já os discípulos e os  APÓSTOLOS tiveram a experiência da Vida Nova antes de mais através da comunhão viva com Jesus. A jovem Igreja convidou outras pessoas a esta comunhão, que continuou de outra maneira após a ressurreição. Os primeiros cristãos eram “assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2,42). Eles eram unidos entre si, mas tinham espaço para os outros. É isto que constitui a fé até hoje: os cristãos convidam outras pessoas para descobrirem a comunhão com Deus, a qual, desde os tempos dos Apóstolos, se manteve genuína na Igreja Católica.


08

Vicentinos A Sociedade de São Vicente de Paulo – é uma organização e um movimento católico internacional de leigos, muito conceituada. Foi fundada em Paris, França, em 1.833, por Antônio Frederico Ozanam e alguns companheiros. Organizada sob forma de Federação Internacional, é acreditada junto à Santa Sé e à ONU como instituição que se dedica ao serviço voluntário de promoção humana e assistência social nos 145 países em que atua através de seus 1.000.000 de membros colaboradores (Vicentinos[as]). Nos locais em que atuam, os vicentinos prestam assistência voluntária e absolutamente gratuita através de visitas domiciliares semanais às famílias assistidas, sobretudo idosos, doentes, viúvos e desamparados. Nessas visitas semanais, distribui alimentos e encaminha providências para as necessidades de atendimento médico-hospitalar, de orientação cívica e religiosa, de cursos profissionalizantes e de construção de moradias para essas pessoas carentes. A natureza da Sociedade de São Vicente de Paulo,

inspira-se no pensamento e na obra deste Santo, que remete ao profundo sentimento de justiça e de caridade, para aliviar os sofrimentos do próximo, mediante o trabalho coordenado de seus membros. A SSVP não somente procura aliviar a miséria, mas também descobrir e remediar as situações que a geram. Os vicentinos procuram, pela oração, pela meditação da Sagrada Escritura e pela fidelidade aos ensinamentos da Igreja, ser testemunhas do amor a Cristo, em suas relações com os mais desprovidos, bem como, nos diversos aspectos da vida. O vicentino insiste na promoção integral do assistido, orientandoo no plano material, mas muito mais no plano espiritual, para levá-lo à participação no Reino de Deus. As Conferências Vicentinas são grupos de pessoas, que têm sua sede preferencialmente em uma paróquia católica. Praticam reuniões, visitas semanais às famílias assistidas e quinzenalmente fazem a campanha do quilo, recolhendo doações de alimentos nas casas. Tudo em um clima fraterno de disponibilidade, humildade, simplicidade, zelo, afeto e espiritualidade. Todas as paróquias da cidade possuem conferências e nossa comunidade S. José Operário conta com 2 grupos, que se reúnem as segundas-feiras as 19h00 na comunidade. Para participar, procure um vicentino(a) e participe das reuniões.

Colabore doando alimentos! Você pode entregar as doações para um vicentino ou deixar na comunidade. As doações serão entregues aos assistidos nos dias 15 e 18/12.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.