6 - Congresso da Unificação

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JOVEM

Jovens parlamentares participam da 10ª edição do programa

debatidos em plenário e seguem para a votação. Nenhum projeto apresentado pelo Parlamento Jovem pode virar lei de fato, pois a sua atuação é meramente educativa. Porém, algumas ideias podem interessar aos vereadores – uma comissão de parlamentares acompanha o trabalho dos jovens – e, nesse caso, eles podem adaptá-las a um projeto de lei para ser apresentado na Câmara. Em 2008, a estudante Jéssica Kayashima, do partido da Saúde, foi escolhida para presidir a casa. Em declaração ao portal da Câmara de São Paulo, a garota mostrou sensibilidade com os problemas alheios e vontade de seguir na carreira política. “Instituí a criação de centros comunitários para o tratamento de crianças com deficiência visual, para que todos possam ter acessos iguais. Gostaria muito de, no futuro, poder realizar um trabalho tão importante quanto o de um vereador”, explica. Na Assembleia Legislativa do Estado, o Parlamento Jovem também é uma iniciativa consolidada. Na opinião da deputada Célia Leão (PSDB) qualquer iniciativa que aproxime o cidadão do

poder público é importante. “Os jovens que passaram pelo Parlamento nesses últimos anos aprenderam muito, e a maioria deles se envolveu de fato com a atuação política em várias esferas, desde a participação no grêmio escolar até mesmo se elegendo vereadores em suas cidades”, conta Célia. A própria deputada aproveitou a ideia de um jovem parlamentar para sugerir um projeto de lei que obriga os novos empreendimentos, escolas, casas de espetáculos, centros comerciais e similares a especificarem a reutilização das águas residuais. O projeto foi inspirado na proposta de Felipe Casseb de Jesus, do Colégio Objetivo de Santos, que foi deputado jovem em 2006. Célia faz questão de deixar um recado para os jovens que não se interessam por política. “Eu peço que eles pensem a política de outra maneira, não do modo como acompanham na imprensa, cheia de escândalos, de coisas erradas, de denúncias, mas em um conceito mais amplo da atividade, que envolve a participação de cada cidadão na construção de seu futuro. É assim que

se faz política de verdade”. E ela ainda ressalta a importância da conscientização. “Não é preciso ser político para praticar a atividade política, basta estar vivo e ter consciência de seu papel e de seu espaço neste mundo”. O pensamento da deputada está de acordo com a opinião do vereador Goulart. Para ele, “não se constrói uma sociedade mais justa e igualitária sem a efetiva participação e envolvimento da sociedade civil”. Nada melhor do que ensinar desde cedo para criar pessoas mais conscientes de seus direitos e deveres.

O vereador Goulart aponta a importância de educar politicamente os jovens LINHA DIRETA em revista  27


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