Esparadrapo nº 197

ESPARADRAPO

EDIÇÃO

197

Ano 41 - Agosto/Outubro - 2020 Impressão: R$ 0,29 por un. | Distribuição gratuita

Profissionais da saúde na luta por SEGURANÇA E RECONHECIMENTO

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humanidade, o Sinsaúde se reinventa buscando assegurar que os trabalhadores que estão na linha de frente do combate à covid-19 consigam trabalhar em segurança e sejam valorizados pelos seus esforços. Nesta edição especial do Esparadrapo, mostramos os desafios dessa nova diretoria, que assume o comando do Sindicato após uma eleição on-line e está atuante nas negociações da Campanha Salarial 2020/2021 nas 172 cidades e 19 Subsedes e Postos de Atendimento que compõem a base territorial da entidade.

Uma Campanha Salarial diferente, onde a categoria da saúde participou de uma assembleia virtual e as negociações com as empresas são realizadas por

videoconferência. Ao mesmo tempo em que os trabalhadores enfrentam um inimigo invisível, a diretoria está batalhando pela testagem contínua de todos os que atuam no ambiente hospitalar, que não faltem equipamentos de proteção individual e que todas sejam valorizados por esse sacrifício inclusive com um abono salarial.

Nas páginas desta publicação apresentamos um panorama de como estão as negociações da Campanha Salarial na base; das medidas provisórias importantes que surgiram com o estado de pandemia, como a 927 e a 936 que permitem a flexibilização das relações de trabalho; da luta do Sinsaúde para que se faça cumprir o parecer normativo do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) que estabeleceu o

dimensionamento mínimo da equipe de Enfermagem para assistência adequada aos pacientes infectados pela Covid-19.

Além disso, a participação do Sinsaúde na ação judicial da Rede Sindical Brasileira UNISaúde apresentada no Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia, Holanda, contra o presidente Jair Bolsonaro, denunciando que ele possa ter cometido crime contra a humanidade durante sua gestão frente à pandemia de Covid-19 ao adotar ações negligentes.

A edição conta ainda com o lançamento da campanha para escolha das fotos para produzir o Calendário 2021 que vai homenagear os trabalhadores que foram contaminados, mas que venceram a doença e continuam batalhando heroicamente nos estabelecimentos de saúde. Boa leitura!

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A reconstrução do Sinsaúde e da categoria começam agora

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econstruir. Quando b u s c a d a n o s dicionários, esta palavra nos remete a ideia de formar novamente; reorganizar; reformar. E quando assumia presidência do Sinsaúde, no dia 15 de julho de 2020, a palavra "reconstrução" martelava não apenas em minha mente, mas certamente na de todos os 84 profissionais da saúde que compõem a diretoria da entidade. E foi com esse objetivo que elegemos um tripé de trabalho que vai nortear nossas ações.

Reconstruir benefícios. Os trabalhadores da saúde, juntamente com o Sindicato, já tiveram tempos melhores. Tempos esses, em que a sociedade e o setor patronal valorizavam por meio de melhores salários e condições de trabalho os profissionais da saúde. A reforma trabalhista foi um duro golpe tanto nos trabalhadores quanto em suas entidades representativas. Não bastasse a retirada de direitos e de representatividade dos sindicatos, veio a pandemia provocada pelo Sars-CoV-2. A doença despertou a sociedade para o real valor dos profissionais da saúde, que são linha de frente no combate à Covid-19, como também é conhecida a doença.

Mas não foi capaz de sensibilizar o patronato, seja ele particular ou filantrópico, que preferiu adotar o discurso dos demais setores da sociedade, incluindo aí a adoção de medidas como suspensão do contrato de trabalho, redução de salários e de jornada, aproveitando a oportunidade dada pelo governo por meio da Medida Provisória 936. Essa MP que em 7 de abril foi sancionada e se tornou a Lei número 14.020 veio como uma forma opcional de o mercado formal de trabalho enfrentar a pandemia.

Coincidentemente, estamos em Campanha Salarial. Buscamos melhorias para a categoria, cuja a data-base é junho. Depois de prorrogadas as negociações por dois meses, em virtude da pandemia, chegou a hora de definir salários e melhores condições de trabalho. Inclui-se aí o adicional de insalubridade em grau máximo e um abono para os trabalhadores. São eles que, apesar dos riscos, da contaminação e dos colegas que caíram na batalha e foram a óbito, seguem defendendo as instituições onde trabalham.

São os verdadeiros guerreiros da saúde e merecem ser devidamente valorizados. Por isso, conclamamos os estabelecimentos de saúde a olharem com olhos mais amorosos para seus colaboradores e também para suas necessidades, garantindo assim a evolução da categoria da saúde.

Reconstruir a categoria. Esta é mais uma das bases de luta da nova diretoria. Buscar e oferecer aos profissionais da saúde de todos os setores de atuação – administração, enfermagem e apoio – novas formas de representação e crescimento. Está nos planos da nova diretoria firmar uma forte aliança com as demais instituições de representação dos profissionais da área da saúde que possam fortalecer a categoria.

Atuar junto às instituições públicas, nacionais e internacionais, visando a garantia de novas oportunidades nas áreas educacional e de aperfeiçoamento profissional. E ainda, atuar junto às instâncias políticas para ampliação e fortalecimento da representação dos trabalhadores, agindo para que sejam aprovadas leis que há muito tramitam no Congresso Nacional e que são do interesse da categoria, a exemplo da jornada de 30 horas semanais.

entidade e todas as subsedes e postos de atendimento aos seus associados e demais trabalhadores. Avaliar, ouvir os associados e aprimorar os serviços de forma que mais trabalhadores venham somar e fortalecer a sua instituição representativa.

E vamos além. Manteremos e engrossaremos fileiras junto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), Centrais de trabalhadores nacionais e internacionais e outras entidades sindicais e sociais, visando a defesa dos direitos que foram usurpados dos trabalhadores e da organização sindical.

Queremos o aprimoramento dessas organizações e vamos defender que fiquem, que sobrevivam as instituições sérias e comprometidas com a causa dos trabalhadores. Desta forma, pretendemos reedificar o Sinsaúde, tornando mais competentes os serviços prestados, criando novos benefícios e, assim, dando a sua contribuição para a valorização e engrandecimento desta categoria que é a sustentação da entidade.

Novos tempos para os profissionais da saúde representados pelo Sinsaúde Campinas e Região chegaram e somente juntos, unidos nestes objetivos, poderemos reconstruir e dar um passo importante na evolução da categoria. Conto com seu apoio e participação.

O Sinsaúde está de portas abertas para você, trabalhador. Venha se fortalecer e fortalecer a sua entidade de classe.

Sofia Rodrigues do Nascimento Presidente – p/ diretoria

Reconstruir o Sindicato. Por fim, o último tripé que vai nortear o nosso trabalho é a reconstrução da instituição Sinsaúde. Vamos começar pela reorganização administrativa do Sindicato, revendo todos os setores e os processos de atendimento a categoria. Queremos uma instituição ágil, que não deixe nenhum trabalhador sem resposta às suas necessidades.

Isso exige também uma revisão dos serviços prestados pela

Qual o real valor dos profissionais da saúde para a população? E para o Brasil?

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ual o real valor dos profissionais da saúde para a população? E para o Brasil?

T emos no Estado de São Paulo mais de 700 mil trabalhadores na área da saúde somente nas esferas particulares e filantrópicas.

C o m p u t a d o s o s profissionais da rede pública, esse número, no mínimo, duplica. E é essa legião de profissionais que está à frente da guerra travada para combater a pandemia pelo novo coronavírus.

E é altíssimo o índice de contaminação entre os trabalhadores da saúde. Os números são imprecisos, mas calcula-se que por volta de 30% dos cidadãos infectados são profissionais da saúde.

Algumas cidades chegaram a apresentar 50% de trabalhadores infectados. E por que o índice é tão alto? Temos algumas considerações a este respeito.

Desde o início da pandemia, os dirigentes sindicais do setor alertam para a necessidade dos hospitais oferecerem aos seus funcionários, independente do setor de atuação, equipamentos de segurança adequados e em número suficiente.

A última pandemia enfrentada no Brasil, a gripe espanhola, aconteceu há 100 anos, em 1918. E por ser uma situação que foge do cotidiano, cobramos dos estabelecimentos de saúde que os profissionais sejam treinados adequadamente para o exercício

profissional tendo por referência a pandemia. E, mais, cobramos sistematicamente a testagem periódica dos profissionais visando evitar o aumento da infecção. Mas, infelizmente, muito pouco foi feito após cinco meses do início da pandemia que já contaminou mais de 2 milhões de indivíduos.

possam exercer o seu ofício de cuidar da saúde da população. E isso deve começar pelos cuidados com a saúde e segurança dos mesmos. E seguir com o reconhecimento do trabalho e dedicação de sempre. Tanto da parte patronal quanto dos governos municipais, estaduais e federal.

Os hospitais, em sua grande maioria, não oferecem equipamentos de segurança em número suficiente. Chegamos a ver trabalhadores usando máscara de tecido no ambiente hospitalar ou profissionais proibidos de utilizarem os sanitários durante o plantão, em virtude da falta de equipamentos para nova paramentação. E por falar nessa questão, sabemos que as contaminações ocorrem, em maior escala, nos momentos de paramentação e desparamentação dos profissionais, ou seja, os treinamentos não estão funcionando.

Quem está cumprindo a sua parte? Os trabalhadores que estão em Campanha Salarial ouvem dos patrões coisas como "reajuste salarial zero" ou a irônica "vamos manter os empregos".

Para piorar a situação, com os afastamentos impostos pela doença, trabalhadores não são substituídos. Com isso, muitos são obrigados a dobrar o plantão, realizar horas extras, aumentando em muito os riscos.

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) divulgou no dia 1º de maio, o Parecer Normativo nº 02/2020 (veja reportagem nessa edição) no qual regula o dimensionamento de pessoal necessário para a segurança dos profissionais em tempos de pandemia pelo COVID-19. Os hospitais estão longe do ideal, independente se são do setor público ou particular.

Mas entendemos que nesta batalha cada um deve cumprir o seu papel. Os profissionais da saúde estão fazendo o seu. São aclamados pela população que reconhece neles verdadeiros guerreiros da pandemia, os anjos da saúde. Mas nos perguntamos: o que estão fazendo os gestores dos hospitais? O que estão fazendo os gestores governamentais da saúde?

Esses profissionais precisam ser valorizados e cuidados para que

Por outro lado, desde março de 2020, o Ministério da Saúde gastou apenas 29% do valor destinado pelo governo federal ao combate do novo coronavírus. O valor foi revelado em uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), obtida pela Folha de S. Paulo.

De uma dotação orçamentária prometida para combater a pandemia, no valor de R$ 38,9 bilhões, apenas R$ 11,4 bilhões vindos dos cofres federais foram gastos em ações contra a Covid19 até 25 de junho, computando tanto o dinheiro gasto diretamente pela pasta da Saúde quanto ao que foi enviado a Estados e municípios. O relatório do TCU mostrou que Estados receberam 39% da verba anunciada e os municípios, 36%.

O governo brasileiro corre o risco de ser responsabilizado por seus atos, assim como os estabelecimentos de saúde que não cumprem as diretrizes de segurança e não dão o devido valor e reconhecimento aos seus colaboradores.

Edison Laércio de Oliveira Presidente da Federação Paulista da Saúde (www.federacaodasaude.org.br)

EXPEDIENTE O Esparadrapo é uma publicação interna do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde de Campinas e Região (Sinsaúde Campinas e Região), entidade filiada à União Geral dos

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Trabalhadores (UGT), Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo e Uni Américas, da Uni Global Union.

SEDE CENTRAL Rua Duque de Caxias, 368, Centro CEP: 13015-310 – Campinas - SP Fone/Fax: (19) 3739-4277 WhatsApp: (19) 98991-6625 Caixa postal: 1.218

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Diretora responsável: Sofia Rodrigues do Nascimento Diretora de Comunicação: Márcia Abou Saab Jornalista Responsável: Mariana Dorigatti (MTB: 60.431).

Redação e Revisão: Sirlene Nogueira, Rafael Camargo e Daniella Almeida.

Projeto gráfico: Gustavo Orioli.

Tiragem: 20 mil exemplares.

Assembleia on-line e negociações por videoconferência marcam Campanha Salarial 2020 Sinsaúde se adapta para negociar melhores condições de trabalho e segurança para os profissionais da saúde

U

m período único e que vai marcar para sempre a história da humanidade. A pandemia causada pelo Covid-19 trouxe várias mudanças que todos estão sendo forçados, de uma forma ou de outra, a se adaptar. Em artigo publicado em abril, o procurador do trabalho, Raimundo Simão de Melo diz que "apesar da crise e da calamidade pública, ainda existe um Estado Democrático de Direito no Brasil, pelo que não se pode simplesmente querer negar e anular o papel das instituições sociais, que representam a sociedade atingida pela crise. Ao contrário, os representantes da sociedade devem ser chamados para, juntamente com os setores patronais e governamentais, no caso das relações de trabalho, buscarem o diálogo".

Por este motivo e para defender aqueles que estão na linha de frente é que o Sinsaúde está atuando de todas as formas para garantir a segurança e o reconhecimento dos profissionais da saúde na Campanha Salarial 2020/2021, mesmo diante das adaptações que precisaram ser feitas. A primeira delas foi a prorrogação das negociações coletivas pelo prazo de 90 dias, com expiração da Convenção Coletiva ou Acordo Coletivo vigente para o dia 31 de agosto, mas com a manutenção da database no dia 1º de junho.

"Para que o trabalhador não fique sem o aumento, enviamos ofício negociando a antecipação dos 2,05% que corresponde ao índice de inflação do período, sendo que em algumas empresas já conseguimos a antecipação do índice", explica a vicepresidente do Sinsaúde, Juliana Karine Machado Rodrigues.

Assembleia on-line E para que as negociações tivessem andamento, já que o processo pandêmico continuou crescente e tendo em vista a urgência de defender a categoria tão enfraquecida no combate à doença, o Sinsaúde promoveu pela primeira vez nos 81 anos de existência da entidade uma assembleia on-line, onde os trabalhadores aprovaram a pauta de reivindicações contendo 108 itens e que foi enviada pelo Sindicato às empresas e sindicatos patronais. Entre as principais reivindicações da pauta estavam o reajuste de 10%, readequação dos pisos salariais, plano de saúde familiar, 30 horas para enfermagem, entre outras necessidades da categoria.

"Apesar da insistência na pauta inicial e no índice de reajuste de 10%, as empresas se negavam a negociar e por isso fizemos uma

condições de trabalho para que a categoria não se contamine", disse a diretora de Comunicação do Sinsaúde, Márcia Abou Saab.

contraproposta com o mínimo aceitável para assinarmos as Convenções e os Acordos Coletivos de Trabalho, pois menos que isso a categoria não pode aceitar", esclarece a presidente do S i n s a ú d e , S o fi a Ro d r i g u e s d o Nascimento, lembrando que todas as reuniões com as empresas foram feitas por videoconferência.

Nessa Campanha Salarial 2020/2021, a luta do Sinsaúde é para que os empregadores reconheçam o direito dos profissionais da saúde ao grau máximo do adicional de insalubridade, ou seja, 40% calculado sobre o salário-base, independente da função ou setor em que atuam.

No ofício de contraproposta enviado pelo Sindicato é reivindicada a antecipação do reajuste salarial de 2,05% a partir de junho e o aumento real de 5% também a partir de junho, podendo ser pago até outubro de forma retroativa, com este mesmo índice aplicado para readequação dos pisos salariais.

"É um direito para quem trabalha colocando a própria vida em risco, se expondo a agentes biológicos", explica Waldir de Marchi, presidente da subsede do Sinsaúde em Itu, lembrando que, além do covid-19 os trabalhadores estão expostos a outros vírus e bactérias igualmente ameaçadores e mortais, como a tuberculose, meningite, HIV e hepatite.

«O Sindicato também reivindica um abono emergencial de R$500,00 enquanto durar a pandemia para todos os empregados como forma de reconhecimento aos profissionais que estão na linha de frente, adicional e insalubridade em grau máximo de 40% para todos, independente do setor ou função que atuam e manutenção das cláusulas vigentes no Acordo ou Convenção Coletiva anterior", aponta Sofia.

"Vamos seguir lutando para que os 40% do adicional de insalubridade sejam uma realidade permanente para profissionais da saúde de todos os setores, inclusive o administrativo", completa.

Saúde e segurança no foco das negociações Entre as principais reivindicações do Sindicato em toda a base está a saúde e segurança do trabalhador que está na linha de frente e por isso, o Sinsaúde enviou oficio para toda sua base de atuação exigindo a testagem imediata para todos os trabalhadores para Covid-19, assintomáticos ou não, além do afastamento imediato de todos que testarem positivo e que representam grupo de risco (gestante, lactantes, idosos, portadores de doenças graves e outros), além da emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Foram enviados dezenas de ofícios que foram atendidos por diversas empresas a exemplo da Unimed Americana, Hospital Nossa Senhora de Monte Serrat, em Salto, Santa Casa de Itápolis, etc, além de todos os estabelecimentos de saúde da região de Limeira, de Tupã e Dracena.

Além disso, o Sinsaúde também exige e fiscaliza o fornecimento correto e em quantidade suficiente de equipamentos de proteção individual (EPIs) e o adicional de insalubridade em grau máximo para todos. "Sabemos que diversos hospitais trabalham com escassez de material de proteção individual.

Essa também é outra luta nossa, para que sejam dadas as

Medidas Provisórias permitem flexibilização das relações de trabalho

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Lei 14.020, de 6 de julho de 2020, converteu em lei a Medida Provisória 936, de 1º de abril de 2020 e instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, possibilitando às empresas realizar acordos de redução proporcional de jornada de trabalho e de salários e também de suspensão de contratos de trabalho em razão da pandemia do

novo coronavirus, além de estabelecer regras para pagamento do Benefício Emergencial.

Já a MP 927/2020, foi publicada em 22 de março e estabeleceu as medidas trabalhistas que poderiam ser adotadas pelos empregadores para preservação do emprego e da renda e para o

enfrentamento do estado de calamidade pública. A MP deveria ter sido votada e convertida em lei pelo Congresso Nacional antes do vencimento do prazo, o que não ocorreu e, como não houve sua conversão em lei, a MP perdeu sua validade em 19 de julho.

Entretanto, os atos praticados entre empregador e empregado durante sua vigência continuam válidos para os efeitos legais.

Sinsaúde negocia com sindicatos patronais

N

a Campanha Salarial, o Sinsaúde, além de negociar individualmente com os estabelecimentos de saúde, também negocia com os sindicatos patronais as convenções coletivas e dissídios coletivos que não seguem o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), vale ressaltar que a luta do sindicato é para que se feche o Acordo Coletivo, que sempre é mais vantajoso por negociar as condições específicas de cada empresa.

O sindicato já recebeu contraproposta do Sinog e Sinamge e ambos propõem que seja feita a manutenção de Reajuste Salarial, Cláusulas Econômicas e Cláusulas Sociais previstas na última CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). Já o Sindhosp/SP e o SindJundiai propuseram a manutenção das

dos benefícios e alegaram inviabilidade de proporcionar aumento nas Cláusulas Econômicas.

O Sindhosfil/SP apresentou contraproposta igual a Convenção Coletiva de Trabalho de 2019, além da redução do adicional noturno em 35%; cesta básica e ticket de alimentação sem valor estabelecido; redução no salário substituição e contribuições sem cláusulas contidas na convenção.

As negociações estão em andamento e o Sinsaúde segue reivindicando condições mais favoráveis para os profissionais da saúde, cujos empregadores seguem as Convenções Coletivas.

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Diretoria do sinsaúde enfrenta os desafios da As negociações da Campanha Salarial 2020/2021 estão em andamento em toda a base territorial do Sinsaúde, com a diretoria atuante apesar dos desafios de manter a categoria trabalhando em segurança e ao mesmo tempo buscando a valorização que os heróis da saúde merecem.

Já na região de ARARAQUARA, o Sinsaúde ainda não obteve retorno dos ofícios enviados para a Santa Casa de Tabatinga e o Hospital Psiquiátrico Cairbar, contudo, nos demais estabelecimentos de saúde, apesar de não terem antecipado o INPC, as negociações caminham com índices variáveis de até 3,5%.

“A l u t a é p o r s e g u r a n ç a e reconhecimento e este reconhecimento só é possível com a valorização profissional, ou seja, com salários dignos e benefícios que melhorem a qualidade de vida d o t r a b a l h a d o r ”, d e s t a c a o presidente da subsede do Sinsaúde em Americana, Roberto Resende.

“Continuamos insistentes nas negociações on-line e garantindo que o índice de reajuste será pago de forma retroativa”, explicou a presidente da subsede do Sinsaúde em Araraquara, Claudete Aparecida Defavare.

E na região de AMERICANA as negociações estão avançando com o Hospital SEARA e o Hospital São Francisco com proposta o INPC integral a partir de 01º setembro e a manutenção na integra das cláusulas sociais até 2022. KR Serviços Nefrológicos com reajuste de 3% (acima do índice de inflação) a partir de 01º junho e a manutenção das cláusulas sociais até 2021. Já o hospital Unimed, que possui a data base para a cláusula econômica em 01º de janeiro, já concedeu o reajuste de 4,48% e manteve cláusulas sociais até 2021. Nos demais hospitais da região, o Sinsaúde de Americana continua as negociações.

Na Unimed Araraquara o Sinsaúde está negociando a sexta folga além de uma sala nas dependências do hospital para que o Sindicato possa se reunir com os funcionários.

Na região de ESPÍRITO SANTO DO PINHAL e SÃO JOÃO DA BOA VISTA o Sinsaúde está tentando negociação na Santa Casa Carolina Malheiros e no Instituto Bezerra de Menezes, onde a administração concedeu 2% de reajuste mesmo sem negociar com o Sindicato. Da região, o único que fez a antecipação do INPC foi o Hospital Francisco Rosas.

Em AMPARO, a Santa Casa Anna Cintra, a Beneficência Portuguesa e o Lar Flamínio Maurício anteciparam o INPC e o Sinsaúde aguarda contraproposta de ofício enviado para o fechamento do Acordo Coletivo. Já a administração da Santa Casa de Serra Negra e do Sanatório Ismael ainda não aplicaram o índice de inflação e o Sinsaúde está em negociação.

“Agora vamos agendar uma reunião com a provedoria para fechar o Acordo Coletivo de Trabalho”, explica a presidente da subsede do Sinsaúde, em São João da Boa Vista, Damaris Cavinatti.

“Além do reajuste as empresas se comprometem a manter os empregos e as cláusulas sociais, mas alegam que não podem melhorar a proposta por falta de repasse do SUS e baixo volume de cirurgias eletivas”, explica a presidente da subsede do Sinsaúde em Amparo, Bernadete Hilário. Enquanto isso, no Hospital Asamas, de Jaguariúna o Sinsaúde solicitou reunião, mais ainda não obteve retorno da administração.

Em MOGI GUAÇU o Sinsaúde enviou ofício com a contraproposta para fechamento de Acordo Coletivo para a Santa Casa, o Hospital São Francisco e o Hospital 22 de Outubro reivindicando a antecipação de 2,05% em junho aumento real de 5%, além do abono salarial e adicional de insalubridade de 40%.

Na região de ARARAS, o único hospital que concedeu a antecipação do reajuste salarial de 2,31% foi a Santa Casa. Já a Unimed Araras e Leme se negam a negociar apesar da tentativa da diretoria em agendar reuniões de negociação. Na região os hospitais foram oficiados pelo Sindicato com relação aos testes para Covid-19 e medidas de segurança para os profissionais da saúde, assim como o Prefeito, o secretário de Saúde e a Vigilância Sanitária.

“Estamos aguardando o retorno das empresas para dar continuidade nas negociações”, ressalta Isilda Choquetta. Já na Santa Casa de Mogi Mirim há proposta de readequação dos pisos salariais com índices de 5% a 12% de reajuste.

“Todos estão seguindo o protocolo do Ministério da Saúde, mas estamos fiscalizando o c u m p r i m e n t o”, e s c l a r e c e a presidente da subsede do S i n s a ú d e e m A r a r a s , Te r ez a Mendes.

A preocupação com saúde e segurança dos trabalhadores também é prioridade na região de ITU e INDAIATUBA, onde o diretor Waldir de Marchi se reuniu com o prefeito e o viceprefeito discutindo um protocolo para testagem de todos os profissionais da saúde de Indaiatuba e também se reuniu com a secretária de saúde do município para apresentar um plano. Com relação as negociações, a única empresa que concedeu a antecipação do reajuste foi a Clínica Indaiá, além de manter as cláusulas sociais por dois anos.

“Nos demais hospitais da região estamos negociando, a exemplo da Unimed Capivari e Unimed Salto, onde já tivemos reuniões, porém em alguns ainda encontramos dificuldade de diálogo como o Hospital Santa Ignês”, conta o diretor Waldir.

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Ela também lembra que os trabalhadores estão sendo testados conforme os sintomas e que o Sinsaúde está fiscalizando o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual.

Campanha Salarial 2020/2021 em toda a região Na região de BRAGANÇA PAULISTA e ATIBAIA, a diretoria do Sinsaúde enviou contraproposta de negociação e está aguardando o agendamento para nova rodada de negociações com o Hospital Novo Atibaia, Albert Sabin, Santa Casa de Atibaia e Santa Casa de Piracaia. Já no Hospital Itatiba e Santa Casa de Itatiba o Sindicato tem reuniões agendadas. Enquanto isso o Hospital Universitário São Francisco de Assis já concedeu o reajuste de 2,5% e a Santa Casa de Bragança Paulista o aumento de 3% nos salários, porém estão aguardando o índice de reajuste pela Convenção Coletiva para fixar o valor correto.

A presidente da subsede do Sinsaúde Vicentina da Silva Melo André destaca o momento delicado em que todos estão vivendo em busca de segurança para exercer suas funções. “No início da pandemia tivemos muitos problemas por falta de EPIs, mas agora está normalizado. Estamos fiscalizando e exigindo os testes nos funcionários. A categoria precisa estar segura para trabalhar e cuidar da população”, diz.

A diretoria do Sinsaúde também está atuante com relação aos casos de covid-19 em MARÍLIA e GARÇA. De acordo com o diretor do Sinsaúde, Claudio Oliveira da Silva, os equipamentos de proteção individual estão sendo fornecidos de forma adequada e os testes são realizados conforme o surgimento de casos suspeitos.

“Já solicitamos informações sobre o número de trabalhadores contaminados para as empresas e também para os municípios e as secretarias de saúde, mas se negaram a nos fornecer. Estamos insistindo”, conta.

Já com relação às negociações da Campanha Salarial, foram fechados cinco acordos coletivos com índices em junho, sendo que nos demais estabelecimentos de saúde foram realizadas reuniões, porém sem proposta por parte dos empregadores que alegam dificuldade financeira. “Continuaremos negociando por reconhecimento aos nossos heróis da saúde”, completa Claudio.

Na região de DRACENA, alguns hospitais concederam a antecipação do reajuste salarial, como a Santa Casa de Tupi Paulista que aplicou 2,05% em junho, a Santa Casa de Junqueirópolis que antecipou 2,05% em junho e manteve benefícios sociais. A Clínica de Repouso Nosso Lar de Adamantina antecipou 2,05% em junho. Já a Santa Casa de Pacaembu ofereceu uma proposta de 3,5% a partir de junho, abono salarial de R$ 500,00 até dezembro e também mais alimentos na cesta básica passando de 12 para 17 itens. Na Santa Casa de Lucélia, Santa Casa de Adamantina, Santa Casa de Dracena, AME de Dracena e Santa Casa de Panorama a diretoria continua as negociações.

“Nos demais hospitais seguimos em negociação e estamos aguardando uma contraproposta das empresas referente às nossas reivindicações”, explica N i l z a Pe r e i r a G o m e s A zeve d o , presidente da subsede do Sinsaúde em Dracena.

Em TUPÃ, os profissionais da saúde foram testados de forma preventiva para detecção da Covid-19 após ofício enviado pelo Sinsaúde exigindo os testes como medida de segurança. A testagem foi realizada pela Prefeitura e atendeu a todos os hospitais da cidade, além de ser estendida também ao Ame de Tupã a pedido do Sinsaúde.

“Uma vitória para a categoria que pode trabalhar com mais tranquilidade”, exclama o presidente da Subsede do Sinsaúde em Tupã, Orides Sávio Vivi.

Já a Santa Casa de Tupã antecipou 2,5% em junho e manteve os benefícios sociais. O Hospital São Paulo de Rinópolis e a Associação Beneficente de Bastos antecipou 2,05% em junho e manteve os benefícios conquistados. Já a Santa Casa de Parapuã vai conceder 5% parcelados da seguinte forma (2,5% em junho e 2,5% em novembro) e também manterá os benefícios. A Santa Casa de Osvaldo Cruz está sob intervenção municipal e não celebra Acordo Coletivo com o Sindicato, mas antecipou 5% em maio, assim como o reajuste dado na prefeitura da cidade. A Casa da Criança de Tupã, AME de Tupã e Associação Beneficente de Herculândia a diretoria continua a negociar.

LIMEIRA também testou todos os profissionais de saúde da rede pública e privada do Município e de acordo com Leandro Barreto, presidente da subsede o Sinsaúde em Limeira, 450 trabalhadores da saúde testaram positivo em 19 de julho. La as negociações estão avançadas com o Hospital Unimed, a Santa Casa e a Sociedade Operária Humanitária concedendo a antecipação do INPC de 2,05% e o Hospital Medical com aumento de 3,31% nos salários.

“Estamos em negociação para melhorar o reajuste salarial, buscando melhorar também a cesta básica ou valealimentação, inclusão do adicional de insalubridade em grau máximo nos acordos e a manutenção dos direitos adquiridos”, explica Leandro.

Em CAMPINAS o Sinsaúde já conseguiu a antecipação do INPC de 2,05% no Boldrini, na Santa Casa de Valinhos e no Centro Médico, sendo que neste último os trabalhadores também receberam o abono salarial de R$ 500,00. Outro destaque fica por conta do adicional de insalubridade de 40% que está sendo pago no Hospital Walter Ferrari, de Jaguariúna para os trabalhadores enfermagem, recepção, vigias e higiene e no Hospital Mário Covas de Hortolândia, onde todos os trabalhadores, independente do setor ou função estão recendo o adicional em grau máximo.

“Uma conquista para enorme para nós que estamos na linha de frente”, diz o diretor do Sinsaúde e funcionário do hospital, André Luís Lopes Costa.

Nas demais empresas o Sinsaúde continua negociando com reuniões por videoconferência exigindo condições mínimas para que se feche o Acordo Coletivo de Trabalho. No Hospital Ouro Verde – Rede Mario Gatti, após a administração se recusar a atender as necessidades de seus funcionários, foi feita uma assembleia onde os trabalhadores decidiram protestar em uma carreata realizada no dia 18 de julho.

“Os trabalhadores mostraram que estão mobilizados e vão se manter assim em busca de reconhecimento e valorização”, enfatiza o diretor do Sinsaúde, Paulo Sérgio Pereira da Silva.

Já na região de JUNDIAÍ foi onde o Sinsaúde obteve os melhores resultados até agora, com negociações avançando em todas as empresas e melhorias significativas nos benefícios dos trabalhadores. Um exemplo é o Hospital Universitário (Fundação Dr. Jayme Rodrigues), que além de conceder a antecipação do reajuste de 2,05%, ainda criou uma bonificação através de um complemento com nove itens na cesta de alimentos. No Grendacc a proposta foi de 3% de reajuste salarial e 10% no valor do vale-alimentação. Já na Clinica Oftamo, além do reakiste de 2,39% em junho, foram mantidos os benefícios importantes como o plano de saúde e o auxílio com a bolsa de estudos de até R$ 450,00 para faculdade e pós-graduação.

“Neste momento de crise, manter estes benefícios já é uma conquista, mas precisamos avançar ainda mais para que a categoria seja reconhecida por seu devido valor na sociedade”, exalta a presidente da subsede do Sinsaúde em Jundiaí, Beatriz Lúcia de Castro.

E este reconhecimento já é realidade em algumas empresas, a exemplo da Unicom Sociedade de Nefrologia que antecipou o INPC e concede bonificações com valores variados desde o início da pandemia e a Unimed Jundiaí, que também antecipou os 2,05% nos salários e concedeu uma bonificação de R$300,00 de abril a julho para todos os funcionários em reconhecimento aos seus esforços. “É isso o que a categoria precisa, de real valorização e reconhecimento”, finaliza Beatriz.

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Profissionais de saúde acusam Jair Bolsonaro de crime contra a humanidade na Corte Penal Internacional, na Holanda

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Rede Sindical Brasileira UNISaúde, cujas entidades filiadas representam mais de um milhão de trabalhadores da saúde de todas as regiões do país, tanto na esfera pública quanto privada, em 18 estados brasileiros mais o Distrito Federal, ingressou neste domingo com uma ação no Tribunal Penal Internacional (TPI) na Haia, Holanda, contra o presidente Jair Bolsonaro. No entendimento da coalizão, há indícios de que Bolsonaro tenha cometido crime contra a humanidade durante sua gestão frente à pandemia de Covid-19, ao adotar ações negligentes e irresponsáveis, que contribuíram para as mais de 80 mil mortes pela doença no país. Trata-se da primeira ação de iniciativa dos trabalhadores da saúde na Corte Internacional.

Ainda, os profissionais de saúde veem dolo, ou seja, intenção na postura do presidente, quando adota medidas que ferem os direitos humanos e desprotegem a população, colocando-a em situação de risco em larga escala, especialmente os grupos étnicos vulneráveis. ‘‘O governo Bolsonaro deveria ser considerado culpado por sua insensível atuação frente à pandemia e por recusar-se a proteger os trabalhadores da saúde do Brasil assim como a população brasileira, à qual ele prometeu defender quando se tornou presidente”, disse Marcio Monzane, secretário regional da UNI Americas. “Entendemos que buscar a Corte Penal Internacional é uma medida drástica, mas os brasileiros estão enfrentando uma situação extremamente difícil e perigosa criada pelas decisões deliberadas de Bolsonaro”, complementou.

A ação foi idealizada pela Rede Sindical Brasileira UNISaúde, que é coordenada pela UNI Americas, um braço regional da federação internacional sindical UNI Global Union, mas também é assinada pela Internacional dos Serviços Públicos (ISP), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), e vários movimentos sociais que atuam na área da saúde em todas regiões do país, inclusive o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), e a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), além da própria UNI Global Union, representando 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em 150 países.

Elaborada por uma junta de advogados das afiliadas à UNISaúde, a ação foi protocolada na Corte Penal Internacional e se baseia no Estatuto de Roma, que no ano 1998 estabeleceu quatro crimes internacionais fundamentais: genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crimes de agressão. O caso descreve como Bolsonaro cometeu crimes contra a humanidade quando se recusou a tomar as medidas necessárias para proteger o povo brasileiro durante a pandemia, garantindo a redução dos riscos de doenças, conforme prevê o artigo 196 da Constituição Federal.

O presidente, argumentam os advogados na ação, colocou e ainda coloca os profissionais de saúde bem como toda a população em risco, ao promover aglomeração de seus apoiadores, aproximando-se deles sem máscara, e fazendo propaganda de medicação, como a hidroxicloroquina, para a

qual não há comprovação científica de sua eficácia contra a doença. Inclusive, Bolsonaro afirmou ele mesmo ter testado positivo para a Covid-19 e tem constantemente promovido o uso da medicação em lives em suas redes sociais, ao forjar estar tomando o medicamento.

Ademais, o Brasil está há mais de dois meses sem um titular na pasta da saúde, no meio da maior crise sanitária do último século, que já ceifou mais 80 mil vidas e deIxou mais de 2 milhões de pessoas doentes até o dia 23 de julho no país, conforme dados da universidade americana Johns Hopkins.

Há quatro meses, a Rede Sindical Brasileira UNISaúde começou a exigir uma resposta mais contundente à crise, como o fornecimento de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) de qualidade aos profissionais de saúde, os mais atingidos durante a pandemia, e testagem aos assintomáticos, e essa reivindicação se tornou mais urgente agora. A coalizão quer que o governo brasileiro seja coibido de continuar agindo de forma tão negligente.

interior de São Paulo, espera que a denúncia dê visibilidade para o que acontece atrás das paredes dos hospitais e demais centros de saúde, sejam eles públicos ou privados.

Há quatro meses sem ver a filha de 11 anos, ela disse que a própria rotina no trabalho está mais desumanizada, não por culpa dos profissionais, mas do medo que eles sentem. “É muito difícil assumir um plantão. A gente encontra os colegas e sente uma energia pesada, de muita pressão. Não há mais conversas, interação, trabalhamos com medo do outro. É muito triste trabalhar 12 horas sem ter segurança, suporte emocional. Por isso, creio que a denúncia seja uma forma de expressarmos nossas aflições e nosso lado humano, pois estamos sofrendo muito com tudo isso”, desabafou.

Por todas essas razões, Ana Paula Gonçalves Maia, técnica de enfermagem e delegada sindical do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e Região (Sindeess), espera que a denúncia no tribunal internacional dê mais atenção aos trabalhadores da saúde, especialmente aos profissionais de enfermagem, “pois estamos num campo de guerra onde não sabemos se vamos viver ou morrer”.

Enfermagem tem mais vítimas Conforme os últimos do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, da semana de 12 a 18 de julho, 96 mil enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem tinham a doença, sendo os mais atingidos entre os profissionais de saúde. O número de óbitos desses trabalhadores, no dia 24, chegava próximo de 300, conforme o Observatório da Enfermagem do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem).

Para a enfermeira Líbia Bellusci, que é vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (Sindenf-RJ) e que contraiu a Covid-19 no exercício de suas funções, a denúncia internacional é importante porque o governo brasileiro banaliza a pandemia desde o seu início.

“No começo, o próprio presidente disse que (a Covid-19) era uma gripezinha e, depois, quando o Brasil já somava milhares de mortes, disse - ‘e daí?’. A postura dele acabou inviabilizando a celeridade no processo de cuidar e de proteger os trabalhadores da saúde e a população. Só com a denúncia internacional vamos conseguir mostrar que as entidades da saúde estão unidas em favor da classe trabalhadora, pois hoje, nós, da enfermagem, lideramos o ranking de mortes de profissionais da saúde”, disse Líbia, que trabalha no Hospital Estadual Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

Já Sofia Rodrigues do Nascimento, diretora-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Campinas e Região (Sinsaúde Campinas e Região), enfatizou que o presidente “não deu a assistência necessária à nação”. “Se tivesse tido a assistência antes, um acolhimento, uma providência do governo federal, a doença não teria se alastrado tanto. Hoje, os trabalhadores da saúde têm trabalhado doentes e muito preocupados com o amanhã. ” Jhuliana Rodrigues, técnica de enfermagem e vicepresidente da mesma entidade, que trabalha no Hospital São Vicente no município de Jundiaí,

Cofen define dimensionamento mínimo da equipe de Enfermagem frente à Covid

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Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) estabeleceu o dimensionamento mínimo da equipe de Enfermagem para assistência adequada aos pacientes infectados pela Covid-19, internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), hospitais gerais e de campanha.

rápida, definição de pontos de recepção específicos para pacientes com sintomas respiratórios e outras medidas para adequar à assistência de Enfermagem à crise e trazer mais segurança aos profissionais”, explica a diretora do Sinsaúde Regiane Amaro Teixeira.

O Parecer Normativo Nº 002/2020 tem validade nacional apenas para a vigência da pandemia de COVID-19. “As orientações incluem a formação de uma equipe de resposta

De acordo com o parecer, para cada 10 leitos, é necessário de 4 a 8 enfermeiros, de acordo com a carga horária, e de 7 a 16 (dezesseis) técnicos e/ou auxiliares de Enfermagem nos

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hospitais gerais e de campanha. Já nas UTIs, o coeficiente para cada 8 leitos é de 1 enfermeiro e 4 técnicos de Enfermagem. “É importante para que a assistência aos pacientes não seja prejudicada e para que se preserve a saúde dos profissionais de Enfermagem. Estaremos fiscalizando o cumprimento da norma e os trabalhadores que tiverem denúncias podem recorrer ao Sindicato”, afirma o diretor do Sinsaúde, José Augusto de Sousa.

Calendário do Sinsaúde 2021 prestará homenagem a trabalhadores que venceram a Covid-19

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Apesar de tudo que passou, Nicoli segue em frente em busca de conquistar seus sonhos. "Ainda quero fazer faculdade de enfermagem para seguir ajudando na área da saúde", revela.

A fim de reconhecer e lembrar a luta daqueles que venceram a batalha contra o vírus, o Sinsaúde decidiu fazer em seu calendário oficial de 2021, uma homenagem a estes profissionais.

Exigir um ambiente seguro para os que ainda estão na linha de frente é uma das principais exigências da categoria e o Sinsaúde tem acompanhado atentamente as reivindicações dos trabalhadores. Neste período pandêmico a luta é para que as pautas prioritárias sejam atendidas, principalmente, as relacionadas a reajustes salariais, fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI's) e a realização de testes em todos os trabalhadores.

star na linha de frente no enfrentamento ao novo coronavírus tem sido uma missão árdua para a categoria que todos os dias, precisa deixar de lado o medo e a insegurança para estar nos hospitais, cuidar da população e se cuidar. Infelizmente, nem todos conseguem.

Para fazer essa homenagem, o Sinsaúde publicará fotos produzidas dentro dos hospitais pelos próprios trabalhadores.

As imagens poderão retratar um grupo ou apenas um profissional da saúde, mas todas deverão ter sido feitas no ambiente hospitalar. Serão selecionadas fotos de pelo menos um trabalhador por subsede do Sinsaúde, que ganhará destaque no material. A imagem será impressa juntamente com uma legenda que contará um pouco da história de superação do homenageado.

Para os que desejam compor o calendário de 2021 do Sinsaúde, ou mesmo os que queiram indicar alguém, é preciso enviar fotos com boa qualidade até o dia 4 de setembro para o e-mail: comunicacao@sinsaude.org.br ou pelo número de Whatsapp: (19) 99825-5270.

Lá também deverá constar um texto breve que relate o momento retratado na imagem ou a história do trabalhador dentro da área em que ele trabalha. Serão aceitas somente imagens individuais ou em grupo, desde que estejam em alta resolução e com preenchimento de uma autorização de uso de imagem de todas as pessoas.

"A segurança do trabalho deve ser prioritária. Nossa categoria está enfraquecida. Estamos perdendo nossos profissionais na batalha contra a Covid", ressalta a diretora de Comunicação do Sinsaúde, Márcia Abou

"A vida de cada trabalhador é única e especial. É lamentável todas as perdas que já tivemos, mas queremos focar também nas histórias de superação dos trabalhadores e esse calendário é uma forma singela de reconhecer sua vitória", destaca a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento. É o caso da Nicoli Iara Santos Mota, técnica de enfermagem que contraiu o vírus em abril deste ano, no hospital Ouro Verde, local onde trabalha. Ela ficou 31 dias internada, 23 deles entubada, em um leito de UTI. Nicoli teve que vencer várias lutas até chegar o dia da sua alta. Peregrinou por vários médicos e mesmo atuando na área da saúde não conseguiu realizar o teste para a Covid-19 até o dia que chegou na UTI. Foram 20 dias com fortes dores nas costas, no fundo dos olhos e febre acima de 38 graus. Foi afastada do serviço alguns dias e voltou mesmo sem estar plenamente recuperada, até que um exame de RX constatou que ela estava com pneumonia e que desta vez ela precisaria ficar no hospital como paciente. " F u i co l o c a d a n o oxigênio, coletaram gasometria (tipo de exame de sangue), e já me levaram para a UTI onde fui intubada e passei por traqueostomia", lembra ela.

Profissional da saúde afetado por pandemia pode receber indenização

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Projeto de Lei 1.826 já aprovado pelo Senado e pela Câmara dos deputados prevê o pagamento, pela União, de compensação financeira de R$ 50 mil aos dependentes de profissionais e trabalhadores de saúde mortos após serem contaminados pelo novo coronavírus ou os profissionais que ficaram com incapacidade permanente para o trabalho após atuarem diretamente no combate à pandemia de Covid-19. A matéria já está para sanção do presidente da República.

O PL de autoria dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Fernanda Melchionna (Psol-RS),

alterado por um substitutivo do deputado federal Mauro Nazif (PSBRO), inclui diversas categorias dentre elas, aquelas cujas profissões, de nível técnico ou auxiliar, sejam vinculadas às áreas de saúde, bem como aqueles que, mesmo não exercendo atividades-fim de saúde, ajudam a operacionalizar o a t e n d i m e n t o , co m o o s d e serviços administrativos e de co p a , l a v a n d e r i a , l i m p e z a , segurança, condução de ambulâncias entre outros.

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Nova diretoria do Sinsaúde toma posse após eleição histórica

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pós uma eleição histórica, realizada virtualmente entre os dias 9 e 12 junho, o Sinsaúde agora conta com uma nova diretoria para assumir o quinquênio 2020/2025.

"Nunca nos 81 anos do Sindicato tivemos uma eleição parecida. Foi algo novo para todos, pois tivemos que nos adaptar", pontua a presidente eleita, Sofia Rodrigues do Nascimento.

Em virtude da pandemia do novo coronavírus, a coleta dos votos foi realizada de forma on-line, conforme determinação judicial. Para votar, os associados receberam login e senha exclusivos via e-mail e mensagem de celular. A fim de garantir a segurança dos votos, as senhas de cada usuário foram geradas aleatoriamente por uma empresa especializada em realizar eleições digitais.

Foram computados, 3.682 votos e a Chapa 1 venceu com 84% dos 4.382 votos válidos. Para a presidente, o mais importante neste momento é manter o foco na saúde e na segurança dos trabalhadores. "Este período de pandemia exige que nossa categoria esteja na linha de frente na defesa da população. Falta apoio do governo e dos empresários. Os trabalhadores estão sem EPIs, treinamento e incentivo. Muitos contraem a Covid-19 e se tornam pacientes em seus próprios locais de trabalho, enquanto outros dão a própria vida nessa batalha. Nossa missão nesta gestão, com certeza será o de estar na linha de frente para defendê-los", pontuou Sofia.

A solenidade de posse, realizada no último dia 16 de junho por videoconferência, foi conduzida pelo presidente da UGT - SP, Amauri Mortágua.

Na oportunidade, Mortágua destacou os desafios a serem enfrentados pela nova gestão do Sinsaúde. "A missão dessa diretoria será o de construir uma nova realidade para estes trabalhadores nesse "novo normal" que teremos pós-pandemia. Será um dos mandatos mais árduos e a determinação de vocês dentro do sindicalismo será crucial neste novo momento".

Nova diretoria aposta em gestão intergeracional

reorganizar o sindicato de uma forma inovadora, neste momento de luta máxima pela proteção aos trabalhadores. "Este grupo já passou por muitos desafios e este é só o começo. Acredito que a nova diretoria irá desenvolver com muita eficiência seu papel de liderança em busca da valorização dos profissionais da saúde", avalia.

Criar formas inovadoras de gestão para lutar pelos trabalhadores é o principal compromisso dos novos diretores do Sinsaúde. "Proteger os verdadeiros heróis da pandemia será nossa principal meta", finaliza a secretária-geral do Sinsaúde, Bianca Ariadny Dalri Ramos.

Quase 50% da diretoria foi renovada. A nova vicepresidente do Sinsaúde, Juliana Karine Machado Rodrigues, acredita que a união de profissionais experientes e também da juventude que compõem a nova diretoria fortalecerá ainda mais esta nova gestão. "É um encontro intergeracional na busca da reconstrução e da representatividade dos trabalhadores da saúde de C a m p i n a s e r e g i ã o", destaca.

Para o presidente da F e d e r a ç ã o d o s Trabalhadores as Saúde no Estado de São Paulo, Edison Laércio de Oliveira, a nova diretoria terá a missão de

Conheça a nova diretoria do Sinsaúde Sede Central Presidente - Sofia Rodrigues do Nascimento Vice-presidente - Juliana Karine Machado Rodrigues Secretário Geral - Bianca Ariadny Dalri Ramos 1º Secretário - Odair Pires de Oliveira Tesoureiro Geral - Peter Douglas Sawinski da Silva 1º Tesoureiro - Adriana Nascimento Botelho Diretora Social - Alzeni dos Santos Camargo Diretora de Patrimônio - Beatriz Campos de Paula Diretor de Esportes e Lazer Carlos Rogério dos Reis Diretor de Assuntos Culturais Moacir Pizano Diretor de Orientação Sindical Juliana Guilherme Diretora de Comunicação - Marcia Abou Saad Diretor de Assuntos Jurídicos Paulo Gonçalves Diretoria Suplente Paulo Sérgio Pereira da Silva

(19) 3739-4277

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Geraldo Soares Sandra Bueno Silva Margarete Ane Araujo Costa Glauci Cristiane de Andrade Regina Aparecida Camargo Bueno Janaina Matos Ribeiro Bianca Gonçalves Roberto Antonio Luis da Silva Andre Luis Lopes Costa Andreina dos Santos Maximiano Edna Battara Marques Alfred Isac de Souza Conselho Fiscal - Efetivo Diretor Conselho Fiscal - Efetivo Vicentina Natalina Rodrigues Diretor Conselho Fiscal - Efetivo Vicentina da Silva Melo André Diretor Conselho Fiscal - Efetivo Maria Aparecida dos Santos Conselho Fiscal - Suplente Diretor Conselho Fiscal - Suplente - Antonio Guerrino Filho Diretor Conselho Fiscal - Suplente - Suzelei Cristina de Oliveira Fernandes Bordini Diretor Conselho Fiscal - Suplente - Alexssandra da Silva Pires Delegados Representantes da

(19) 98991-6625

Federação Delegado - Efetivo - José Augusto de Sousa Delegado - Efetivo - Regiane Amaro Teixeira Delegados Representantes da Federação - Suplente Delegado - Suplente - Osvaldo Ferreira de Souza Delegado - Suplente - Maria de Lourdes Carvalho Cruz Subsede de Americana Presidente - Carlos Roberto de Resende Figueirerdo Secretário - Eliane Adriano Neves Tesoureiro - Otoniel Pereira de Matos Suplente - Eliezer Marques Ramos Maia Subsede de Amparo Presidente - Bernadete Duenha Galves Hilario Secretário - Joice Leite Tedeschi Santos Tesoureiro - Vagner Henrique Mistrelli Suplente - Elaine Aparecida Silva

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Subsede de Araraquara Presidente - Claudete Aparecida Defavere Secretário - Jozana Ester Mariano de Oliveira Tesoureiro - Esiquiel Silva Suplente - Osmério José Anselmo Subsede de Araras Presidente - Tereza Aparecida Mendes Secretário - Carlos César Poletti Tesoureiro - Mario Augusto Fernandes Santos Suplente - Gilson Aparecido Furlan Subsede de Dracena Presidente - Nilza Pereira Gomes Secretário - Walter Simão Tesoureiro - Miria Loubaca dos Santos Suplente - Luciano Crepaldi Dourado Subsede de Itapira Presidente - Ademir Aparecido Nani Secretário - Rose Ciconello Tesoureiro - Robson Adriano de

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Souza Suplente - Ed Marcelo Pracchias Subsede de Itu Presidente - Waldir de Marchi Secretário - Genival Vaz Ferreira Tesoureiro - Tania Cristina de Jesus Suplente - Adriana Oliveira Souza Fernandes Subsede de Jundiai Presidente - Beatriz Lucia de Castro Secretário - José Roberto de Oliveira Tesoureiro - Sueli Aparecida Campos de Moraes Suplente - Andrea Tropea Subsede de Limeira Presidente - Leandro de Oliveira Barreto Secretário - Graziela da Silva Vieira Tesoureiro - Fernanda Wegner Suplente - Ricardo Alexandre Pereira

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Subsede de Marilia Presidente - Aristeu Carriel Secretário - Julio Cezar Alves de Souza Tesoureiro - Claudio de Oliveira Silva Suplente - Marcos Roberto Batista Subsede de São João da Boa Vista Presidente - Damaris Bertuqui Cavinatti Secretário - Michelle Catarina Calsito Vilela Tesoureiro - Roseli Assi Rodrigues Suplente - Isilda Grassi Cola Choqueta

Subsede de Tupã Presidente - Orides Sávio Vivi Secretário - Tedi Marcelo Gonçalves Tesoureiro - Viviane Cristina Rosa Bonfim Suplente - Luzia Valéria Viana Coracini

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