Em cena - Edição 26

Ano XVI - Número 26 Novembro / Dezembro 2015

Modelo de educação Japonês Do outro lado do mundo, a educação é prioridade. As crianças ficam o dia inteiro na escola e têm responsabilidades de gente grande. Será que o Brasil pode se inspirar?

índice

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EDITORIAL CARTA DO LEITOR ESPECIAL Educação japonesa, um modelo a seguir

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INTERNET Internet das coisas, a facilidade na palma das mãos

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ECONOMIA Crise econômica atinge a área da saúde

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ATUALIDADE Geração ‘nem nem’ - jovens que não se preocupam em construir o futuro

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COMPORTAMENTO Mudar de profissão, a difícil decisão de quem se desencatou com o trabalho

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PERSONAGEM DA SAÚDE Maxuell Brasílio - paixão pela enfermagem e música

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TECNOLOGIA Impressora 3D, a revolução da tecnologia para produzir objetos

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ESPORTE Escola de Futebol Sinsaúde ganha projeção

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SAÚDE Melatonina, o hormônio que pode tirar seu sono

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BELEZA Transformação

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HOMENAGEM Pedro Tolentino, um líder na luta pela evolução da categoria da saúde

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FATOS E FOTOS Mogi Guaçu e Mogi Mirim

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CADERNO VIP Posse de Diretoria Dia da Mulher 12 de maio Showbléia Festa Junina da Saúde Ofisaec

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editorial

Educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo Como diria o educador e filósofo brasileiro Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” Esta reflexão não foi levada a sério por parte dos nossos gestores públicos e até hoje a população sofre com a pouca atenção dada ao setor educacional brasileiro.

Para a educação no Brasil melhorar, falta tudo. Precisamos de mais escolas, mais professores e melhorar muito a remuneração dos mesmos, além de oferecer estruturas físicas mais eficientes, precisamos também de referências. O que é feito lá fora que pode ser introduzido aqui no Brasil? Há modelos pedagógicos de sucesso na Europa, nos EUA e até mesmo na América do Sul. São sociedades que investem em educação há várias décadas e hoje apresentam índices excelentes de alfabetização e conhecimento.

Nesta edição da Em Cena, você vai conhecer outro modelo de educação de sucesso, seguido no mundo todo, que é o do Japão.

Um dos principais diferenciais da qualidade de ensino japonês é o tempo que a criança fica na escola: período integral durante o período letivo. Isto possibilita ao aluno não só aprender as disciplinas escolares, mas também se preparar para viver em sociedade.

E este método de ensino é difundido não só nas escolas de ensino básico e médio, mas também nas universidades. Ou seja, a criança começa sua vida numa escola com estrutura, ótimos profissionais e regras de convívio rígidas, as quais extraem o máximo de cada aluno e, após este preparo durante toda a infância, continua seguindo o mesmo rigor na faculdade, onde aperfeiçoa seus

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conhecimentos e se prepara intelectualmente para o mercado de trabalho.

Os resultados deste modelo de ensino são excelentes: o Japão está entre os cinco melhores países no ranking de educação mundial, enquanto que o Brasil se encontra em 60º, entre 76 países avaliados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Além da qualidade da educação, o Japão é conhecido por ser um dos principais polos mundiais da tecnologia. Atualmente é quase impossível um cidadão urbano viver sem computador, celular, carros, etc., pois estes aparelhos são muito úteis em várias atividades do dia a dia de um cidadão comum.

Esta tecnologia também é muito presente na área da saúde lá e cá, e, cada dia mais, o setor vem investindo em novas ferramentas que beneficiam a vida dos profissionais da área e, sobretudo, dos pacientes.

Nesta edição, vamos conhecer estas novas tecnologias, que têm tornado a vida das pessoas mais confortável e prometem revolucionar ainda mais o setor. Imagine você pensar em qualquer desenho virtual, um automóvel, por exemplo, e transformá-lo em objeto físico? Isto é possível graças à impressora 3D. Já não dá pra dizer que esta máquina é uma novidade na área da saúde, pois ela já é usada em boa parte de hospitais e clínicas.

Mas hoje a discussão está no quanto que ela pode ser usada para o público em geral, como puro entretenimento, e especialistas na área defendem a difusão desta tecnologia.

São tantos assuntos relevantes que fica difícil comentar sobre todos eles. Aproveite a leitura indispensável desta edição da Em Cena.

Leide Mengatti Presidente

expediente - carta do leitor

Colônia de férias de Praia Grande “No Natal de 2014, tive a oportunidade de ir para a colônia e fiquei surpresa com a reforma feita. Havia dois anos que não ia para lá. Da última vez, lembro-me de que na volta mandei uma carta falando da falta do Wi-Fi, já que em outras colônias já havia esta utilização.

Mas hoje quero elogiar. Os dias que lá passei foram muito bons. Tinha frigobar, TV “moderna”, Wi-Fi, tudo muito limpo e novinho. Realmente nossas mensalidades estão sendo bem empregadas. Quero agradecer toda hospitalidade que já é peculiar, a todas as funcionárias da colônia, que são muito legais, sem contar as refeições que são ótimas.

Espero que continue sempre assim. Quando é preciso criticar, eu critico, mas quando é necessário elogiar, eu elogio.

Mais uma vez, parabéns! Estou incentivando alguns amigos a irem para lá, pois muitos não conhecem, portanto, tirei várias fotos para mostrar.

Enfim, obrigada por nos proporcionar dias felizes na colônia de férias, ainda mais com tudo novinho.”

Andiara Aparecida Palhares Felippe

Sindicato de menores “Sempre pensei que lugar de criança é na escola, mas quando li na ‘Em Cena’, edição 25, a matéria sobre o sindicato dos menores na Bolívia e o respeito que estas crianças ganharam e obtendo os mesmos direitos dos adultos e ainda com liberação de horário para se dedicar aos estudos, talvez seja uma forma de não deixarem os pequenos nas ruas, aprendendo ‘coisas’ erradas. Mas será que no Brasil isto funciona?”

Edna Ap. S. de Freitas – Jundiaí

Efeito blackfish “Muito interessante a matéria sobre os animais que ficam presos em piscina, sem muito espaço para se movimentar e treinados para dar espetáculos às pessoas. Será que eles são felizes em fazer isto? Acredito que os defensores de animais deveriam coibir este tipo de exibição e criar leis que os protejam. Assisti ao documentário que a revista ‘Em Cena’ mencionou e fiquei impressionada. Acho que é um alerta para que possamos pensar um pouco mais no mundo animal ao invés de assistir espetáculos deste tipo, incentivando a continuação da prisão deles.”

Carmem Elisa Campos Amaral – Campinas

Transformação Estava aguardando ser chamada em consultório médico e deparei com a revista ‘Em Cena’, de capa amarela (bem brasileira por sinal!) e comecei a ler. Muitas reportagens interessantes e de fácil leitura, motivo que me levou a escrever para a revista e elogiar não só o conteúdo das reportagens como também a diagramação. Achei bastante interessante a transformação a que uma mulher é submetida. Tem que ter muita coragem para uma mudança tão radical, mas o trabalho é muito bem-feito. Espero que a equipe de jornalismo continue a editar a revista, que é de muito bom gosto. Parabéns pelo belo trabalho e pelos assuntos abordados.”

Paula Maria S. C. Alcântara - Araras

EXPEDIENTE Esta é uma publicação do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campinas (Sinsaúde) Site: www.sinsaude.org.br E-mail: sinsaude@sinsaude.org.br Facebook: facebook.com/sinsaude Presidente: Leide Mengatti Diretora de Comunicação: Maria Neves Redação e criação: DOMMA Comunicação Integrada Jornalista responsável: Sirlene Nogueira (Mtb 15.114)

Redação: Henrique Rodrigues (Mtb 76.818), Ingrid D’Elboux (Mtb 62.871), Mariana Dorigatti (Mtb 60.431), Sirlene Nogueira (Mtb 15.114) e Vera Bison (Mtb 12.391) Projeto gráfico: Javé Editoração: Felipe Teixeira e Gabriel Viveiros Colaboração: André Velasco Rosa Capa: Felipe Teixeira Fotografia: Ari Ferreira (Mtb 28.843) e Gustavo Tilio (Mtb 43.790) Revisão: Vera Bison Tiragem: 22 mil exemplares

Sua opinião ou sugestão é muito importante!

Correspondências para esta seção: Por e-mail: marianeves@sinsaude.org.br ou domma@domma.com.br Por carta: Rua Duque de Caxias, 368, Centro CEP 13015-310 – Campinas/SP

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especial

Japão com o

Aprendendo

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A

educação do povo japonês chama a atenção no mundo todo. Um exemplo disto ocorreu durante a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, quando os noticiários mostravam os turistas do Japão recolhendo lixos alheios nas arquibancadas dos estádios. Um fato simples, mas curioso e que reflete a educação de uma nação inteira.

Não é à toa que o Japão é o segundo país mais desenvolvido do mundo e possui a terceira maior economia. Lá a educação é prioridade e isto fez com que o índice de analfabetismo chegasse a quase zero, enquanto por aqui, no Brasil, 13 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler, nem escrever.

E quando se fala na educação de uma forma mais ampla, as comparações são ainda mais gritantes. De acordo com o ranking mundial de educação, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o

Brasil ocupa a 60ª posição, ficando entre os países com pior desempenho na avaliação, atrás da Tailândia (47º), Irã (51º), Malásia (52º) e dos vizinhos Chile (48º) e Uruguai (55º).

Já, as cinco melhores colocações ficaram para os países asiáticos: Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan, na sequência.

O que está por trás de realidades tão diferenciadas é o modelo de educação aplicado nas escolas japonesas, já que é desde cedo que as crianças aprendem que estudar é importante e deve ser visto com seriedade.

Lugar de criança é na escola A criança em idade escolar fica quase o tempo todo na escola no período letivo. Isto permite que o policial, ao localizar uma criança fora da escola, entre em contato com os familiares ou a própria escola para saber o que está acontecendo, pois não é um fato normal. É o caso de Derick Yuichi Tajima, de 9 anos, e sua irmã Bianca Namie Tajima, de 7. Eles estudam em dois períodos, têm de cinco a seis aulas por dia, depois vão para uma creche de escola primária, onde fazem o dever passado pelos professores e ainda estudam em casa. Derick e Bianca são filhos de Diana Karen Obata Tajima, brasileira, professora e mora no Japão há oito anos com seu esposo David Tajima.

“As crianças ficam muito tempo na escola, porém, não ficam estudando o tempo todo. O tempo de aula mesmo é até mais curto que no Brasil. Porém, há um pequeno intervalo de cinco minutos entre uma aula e outra na escola primária e de dez minutos no ginasial. Tempo este, para poder ir ao banheiro, se preparar para a próxima aula e conversar com o colega. Portanto, ‘‘...eles também em minha opinião, aprendem regras de durante a aula, eles se respeito ao horário, concentram melhor”, conta Diana. respeito ao outro, E para chegar até regras de trânsito, as escolas, as crianças cuidados com pessoas saem de casa às 7h40 estranhas.’’ com um grupo de outras crianças, que é Diana Karen Obata Tajima predeterminado, pela região do bairro em que se mora.

“Como moramos no bairro Higashi Shindo, eles vão à Escola Municipal Primária Shindo-Shindo Sho-

Rotina de Derick e Bianca 07h40 - saem de casa 8h20-h35 - cumprimentam o professor e fazem uma pequena atividade, podendo ser uma brincadeira, um teste, uma leitura de livro, etc.

8h40-9h25 - primeira aula 9h30-10h15 - segunda aula 10h15-10h40 - intervalo do meio 10h40-11h25 - terceira aula 11h30-12h15 - quarta aula 12h15-12h50 - almoço 13h-13h15 - limpeza 13h15-13h40 - intervalo da tarde 13h40-14h25 - quinta aula 14h30-15h15 - sexta aula 15h15-15h25 - preparam-se para ir embora 16h - creche de escola primária 18h - estudam 10 minutos em casa

Diana e Davi Tajima com os filhos Derik e Bianca

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especial

gakko. Com os grupos, eles também aprendem seus filhos em terras japonesas, tendo a certeza regras de respeito ao horário, respeito ao outro, de que estão investindo em um futuro melhor regras de trânsito e cuidados com pessoas estrapara os pequenos Derick e Bianca que, por nhas. As mães se revezam todos os dias, ficando enquanto, ainda têm o sonho de criança de ser nas ruas onde as crianastronauta e patinadora de ças vão atravessar, com gelo. uma bandeira, para que “Um dos motivos que nos “Hoje, as universidades asiáticas as crianças atravessem. faz querer permanecer no estão disputando os melhores Na volta, há voluntários Japão é justamente porque lugares com as americanas e europeias. Isto ocorre porque estes em pontos-chaves, para aqui temos a certeza de que a países dão grande importância para que as crianças voltem qualidade do ensino é muito a melhoria da qualidade do ensino, em segurança”, explica mais elevada em relação ao contratando os maiores especialistas Diana, exemplificando ensino do Brasil. Para que do mundo como professores de que a escola japonenossos filhos tivessem um seus alunos.” sa não apenas ensina ensino da mesma qualidade as matérias escolares, no Brasil, teríamos que gastar Francisco Noriyuki Sato como também, prepara uma fortuna, sem termos a a criança para a vida certeza de ter condições social. para isso”, destaca Diana.

De acordo com Francisco Noriyuki Sato, que é publicitário, Escolas sem faxineiros jornalista e consultor do portal Outra curiosidade é Cultura Japonesa, há uma vaque as escolas possuem lorização do povo japonês com um funcionamento relação ao ensino e sua qualidade. diferente, inserindo o Ele conta que até as escolas fealuno em atividades que derais, provinciais ou municipais no Brasil são feitas por são pagas e, mesmo não sendo funcionários. Como obrigatório e sendo pago, 96% almoçam na escola, são cursam o colegial e 53%, o nível eles mesmos que servem universitário, além dos 18% que a comida, revezando sevão ao curso superior curto, que é manalmente por grupos. de dois anos.

“Assim aprendem a servir Além da valorização com relação à educação, o próximo, a dividir a quantidade necessária existe uma preocupação com a qualidade do que para cada um, além de aguardarem até que é ensinado, que se estende ao nível universitário. todos sejam servidos, para começarem a comer “Hoje, as universidades asiáticas estão disjuntos”, explica Diana Tajima. putando os melhores lugares com as americanas Além disso, os alunos são responsáveis pela e europeias. Isto ocorre porque estes países dão limpeza das salas, dos banheiros e corredores. grande importância para a melhoria da qualidade Não há faxineiros na escola, fazendo com que do ensino, contratando os maiores especialistas os alunos se sintam responsáveis pelo local e do mundo como professores de seus alunos”, com a consciência de que não podem sujar explica Francisco. aquilo que eles mesmos irão limpar depois.

Foi por isso que a família Tajima decidiu criar E para ajudar a manter o ambiente limpo, a

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Colégio Kanazawa Daigaku Fuzoku em Kanazawa

entrada da escola possui um armário onde ficam os calçados para uso interno. As crianças deixam os sapatos com os quais saíram de casa e trocam quando vão estudar. “Ajuda o fato de as ruas também não estarem sujas. Os ônibus, as praças e os parques costumam estar limpos. Estar sujo não é considerado um fato normal”, completa Francisco Sato.

Você merece Fundamentalmente, a principal diferença do ensino japonês é a questão de valorizar o mérito, ou seja, não se pode aprovar um aluno se ele não aprendeu o que deveria aprender naquele período.

Precisa haver esforço por parte do aluno, dos pais e dos professores para que aquele aluno estude bastante e seja aprovado pelo seu mérito. “No Japão, há uma concorrência muito grande pelos melhores colegiais e melhores faculdades, porque sabem que poderão buscar um emprego melhor se estiverem melhor preparados”, explica Francisco, destacando a mentalidade deste povo.

Eles sabem que o estudo é necessário para construir uma vida melhor e, por isso, para que o Brasil consiga seguir parte do modelo japonês de ensino de forma duradoura é preciso mudar a mentalidade das pessoas, como explica Sato. “É preciso considerar que a educação é algo

muito importante para uma criança, que deve ir à escola todos os dias, realizar todos os afazeres sem faltar e ter o acompanhamento dos pais. Se o próprio pai reclama para a escola que não quer que tenha aula entre o feriado e o final de semana, para viajar com a família, isso nunca vai dar certo”, conclui.

Por Mariana Dorigatti

Colégio Nisui em Kanazawa

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especial Sala de aula do ISI

A promoção do conhecimento como fonte de ascensão profissional

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O

Sinsaúde Campinas e Região sabe da importância da educação como meio de transformação social. E por acreditar nisto sempre investiu na educação, que é a chave fundamental para que os trabalhadores de todas as categorias possam evoluir profissionalmente. Foi por isso que o Sindicato, em 1996, criou o programa educacional, denominado Projeto Educação na Saúde (PES), que formou 17,6 mil trabalhadores como auxiliares de enfermagem. Destes 4.697 ganharam também a formação básica no 1º grau.

Para dar continuidade ao programa que terminou em 2000, foi criado, em 2006, o Instituto de Saúde Integrada (ISI), que já formou mais de 10 mil alunos em diversos cursos, tanto de aperfeiçoamento, quanto de capacitação. Foi criado com a missão de promover ações humanizadas por meio de educação, cultura, ação social, ensino e pesquisa para a sociedade e, particularmente, para os trabalhadores da saúde. Fundado e mantido pelo Sinsaúde Campinas e Região, o ISI também conta com a parceria de mais de 40 instituições de saúde de Campinas que investem parte de sua folha de pagamento para capacitar seus funcionários. Isto permitiu ao ISI montar laboratórios com bonecos que ajudam na

“A educação é a chave para a evolução profissional.”

Leide Mengatti, presidente do Sinsaúde e diretora executiva do ISI

formação por meio de tecnologias de simulação realísticas.

Tendo em vista o sucesso ao longo destes nove anos na cidade de Campinas, o Sinsaúde resolveu avançar com a proposta para outras subsedes e Limeira e Itapira foram as primeiras a receber, em abril deste ano, a instalação do ISI. “É um processo que só vai terminar quando estivermos presentes em todas as subsedes do Sindicato, mas o ISI precisa estar bem estruturado para que possamos avançar para mais regiões”, assinala Leide Mengatti, presidente do Sinsaúde e diretora executiva do ISI. ISI é referência O instituto se tornou referência na formação de profissionais técnicos para a área da saúde em Campinas, oferecendo cursos para técnico de enfermagem, na modalidade a distancia (EAD), complementação para auxiliares, informática, cursos de atualização e aperfeiçoamento e curso de pós-graduação para enfermeiros. Desenvolve ainda cursos personalizados “in company” para aten-

Fachada do ISI

der às necessidades das empresas. Tudo isto com uma excelente infraestrutura e um corpo docente capacitado.

Para facilitar ainda mais a vida do trabalhador, foi desenvolvida uma plataforma de ensino a distância (EAD) para formação e capacitação profissional, permitindo estudo individualizado, acessível e flexível, ampliando formas diversificadas de aprendizagem, por meio de tecnologias educacionais. “Um método que garante ao profissional estudar na hora e no local que melhor atende suas necessidades”, diz Leide Mengatti, lembrando que a missão do Sinsaúde é levar o ISI para todas as sedes de sua base, “porque a educação é a chave para a evolução profissional”, conclui.

Por Vera Bison

ISI-Campinas www.isicampinas.org.br | fone 3737-55500

Aula prática em laboratório

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internet

A saude

NA ERA

3.0 Novas tecnologias na área da saúde têm tornado a vida das pessoas mais confortável e prometem revolucionar ainda mais o setor.

O

mundo passou por grandes revoluções desde o surgimento da internet. Os computadores, que antes eram enormes, transformaram-se em laptops, tablets e smartphones. A era digital tornou possível acessar as informações do mundo todo na palma das mãos.

Não bastasse ter tudo ao alcance, a chamada “internet das coisas” surge para colocar inteligência na automatização de processo. Isto significa que com as novas tecnologias móveis de comunicação, o controle de saúde das pessoas pode ser feito praticamente em tempo real. É inegável que o uso da tecnologia tem contribuído com um avanço imensurável no setor da saúde.

Um exemplo disto são os aplicativos que estão se tornando vitais para pessoas que sofrem com algum tipo de doença. Eles têm mostrado, por exemplo, que existem maneiras mais confortáveis e práticas

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do que os antigos aparelhos auditivos sem grandes recursos e as velhas picadas de agulha no controle da diabetes.

Aparelhos auditivos como o Halo®, da Starkey, permitem aos usuários, por meio do aplicativo TruLink, o controle dos dispositivos diretamente de seus iPhones e Ipads, via bluetooth. Isto porque os aplicativos desenvolvidos para estes aparelhos funcionam como uma espécie de controle remoto, no qual é possível mudar o tipo de programa ou ajustar os volumes.

Segundo a empresa fabricante, a tecnologia oferece aos pacientes mais autonomia e mobilidade para executar tarefas do dia a dia, como assistir TV, ouvir música e falar ao telefone da forma mais natural possível, assim como no convívio social, em conversas, obtendo um som puro e de clareza auditiva mesmo em ambientes com ruídos.

“Quando eu descobri que ia precisar usar um aparelho auditivo, procurei aquele que me oferecesse conforto e praticidade no meu dia a dia. Acabei optando pelo Halo, pois com simples toques no meu iPhone, consigo mudar os ajustes do meu aparelho para que se adeque automaticamente às diferentes atividades do meu dia”, explica o engenheiro agrônomo Celso de Almeida, de 73 anos, que utiliza o sistema há alguns meses.

Outra novidade, que tem facilitado a vida dos diabéticos, é a bomba de infusão de insulina. Ela substitui as injeções diárias que as pessoas portadoras desta doença devem tomar. Com uma bomba ligada ao corpo por um cateter e uma agulha inserida na região subcutânea, o equipamento imita o funcionamento de um pâncreas.

O Sistema de Infusão Contínua (SIC) de insulina, como é conhecido, possibilita uma melhora no controle metabólico e uma redução no número de incidentes hipoglicêmicos. Isto porque é possível programar o aparelho para que injete a quantidade de insulina que o paciente precisa diariamente. “A cada refeição, eu calculo a quantidade extra de insulina que preciso, de acordo com uma tabela que o médico me forneceu, que varia conforme o que eu como”, explica o estudante de Engenharia Mecânica, de 23 anos, Lucas Rodrigues de Oliveira. “A tecnologia é muito boa e facilita nosso dia a dia, porém, infelizmente, não está disponível para grande parte da população, já que a bomba custa R$ 12 mil”, diz Lucas.

Por Ingrid D’ Elboux

O aplicativo TruLink permite aos usuários controle e ajustes de seus aparelhos auditivos Halo®, via tecnologia Bluetooth.

E a bomba de insulina AccuChek Spirit®, da Roche, pode ser programada de acordo com as necessidades dos usuários.

Prontuários eletrônicos Além dos aplicativos, existem também os prontuários eletrônicos que prometem tornar o atendimento aos pacientes mais rápidos e seguros, além de gerar economia, uma vez que eles reduzem drasticamente a utilização de papel.

Um desses exemplos é o Vitro, um software de prontuário eletrônico, desenvolvido pela Sláinte Healthcare - empresa de tecnologia focada na área da saúde -, que o Hospital Próvisão, de São José dos Campos, adotou recentemente.

Confira abaixo a entrevista com o CEO da Healthcare, Andrew Murphy, sobre o software: Qual a motivação para que Sláinte Healthcare focasse seus investimentos no Brasil?

Quando falamos em América Latina, o país que mais se destaca é o Brasil, pelo volume de negócios e pelas dimensões geográficas. Assim, em conjunto com o governo irlandês, passamos a estimular missões de empresários e profissionais da saúde brasileiros para visitar a Irlanda e conhecer nossos produtos e nossas soluções. Estas ações se mostraram muito produtivas e comprovaram nossas expectativas de que o Brasil tem uma demanda desta nova tecnologia para este mercado.

O senhor tem percebido boa aceitação desta nova ferramenta no mercado brasileiro?

O Vitro geralmente quando apresentado a algum hospital é bem aceito por ser uma tecnologia flexível, de rápida implementação e que traz retornos clínicos muito perceptíveis pelo hospital em curto prazo. E no Brasil não foi diferente.

Quais são os benefícios imediatos que o Vitro traz à instituição que o utiliza?

O primeiro ponto é o fato de o Vitro ser um sistema portátil. Na maneira tradicional, quando o prontuário está no papel, as informações podem se perder e a equipe médica precisa se deslocar de um departamento para o outro em busca do prontuário físico. Com uso do Vitro, o prontuário está disponível em diversos pontos do hospital por meio de uma plataforma digital, como um laptop, um tablet ou um computador comum.

O segundo ponto é a rápida implementação do sistema. Ele traz um retorno tanto financeiro quanto clínico para o hospital, muito perceptível num curto espaço de tempo.

E o terceiro ponto é a diminuição do tempo no cuidado com o paciente. É possível administrar um paciente com mais rapidez, porque você tem tudo prescrito numa plataforma digital, de fácil leitura e muito mais seguro.

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economia

F

altam poucos dias para o fim do ano.

Empresários, analistas de mercado e investidores não veem a hora de se vestir de branco, pular sete ondinhas e deixar 2015 para trás. Com o ritmo fraco da economia, em que a projeção mais recente é de recuo de 1,9% no Produto Interno Bruto (PIB), a pior queda desde 1990, é sabido que este já é um ano que não tem ‘salvação’. A dúvida que impera é quando o País será capaz de superar a crise que enfrenta e voltar a crescer de maneira sustentável.

Segundo especialistas, a economia não cresce há dois anos e deve ficar ainda mais uns dois sem crescer, em virtude de um forte processo de redução industrial que já se reflete inclusive na classe trabalhadora, com aumento do desemprego e diminuição do salário médio. Tem também uma crise social, cuja ponta do iceberg começou em junho de 2013 com protestos nas principais cidades do País e ainda continua. O governo adotou uma retórica de diálogo, porém todos estes conflitos sociais que continuam sendo motivos para as mobilizações não foram resolvidos. Os problemas de moradia, transporte público, acesso à universidade, todos estão engavetados. E, por fim, tem o escândalo de corrupção envolvendo a

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Petrobras, cujas investigações ainda não terminaram.

Todos esses escândalos levaram a popularidade da presidente Dilma Rousseff despencar e deixar a economia mais frágil ainda. Segundo dados da pesquisa Datafolha, de agosto, Dilma é tida como o presidente mais impopular em 25 anos, o que reflete ainda mais os efeitos da crise na economia. A pesquisa mostra que a presidente perdeu a popularidade nas camadas de menor renda e no Nordeste, região que garantiu sua reeleição em 2014. Ainda segundo a pesquisa, Dilma aparece com 71% de ruim e péssimo e apenas 8% de ótimo e bom. No Nordeste, o índice ruim e péssimo é de 66%.

Com todos esses escândalos, a estimativa é de que o cenário piore antes de melhorar. A queda no consumo das famílias, no desemprego e na retração maior dos investimentos privados e gastos do governo vão demorar em se restabelecer.

Sem alternativas, o governo passou a fazer ajustes fiscais para reequilibrar as contas públicas, mas isto diminuiu o ritmo da economia, os investimentos caíram, as empresas passaram a produzir menos e, consequentemente, reduziram o quadro de funcionários. De acordo com o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a taxa de desemprego subiu para 7,5% em julho, maior índice desde março de 2010, quando o atingiu 7,6% da população economicamente ativa. Neste ano, 547,4 mil postos de trabalho foram fechados. Até para os que conseguiram se manter no emprego a situação piorou, pois o crescimento da inflação, que já atingiu 9,5%, influencia nas finanças pessoais e deve fechar 2015 acima de 10%.

“O aumento de preços ‘come’ o poder de compra dos trabalhadores e a vida fica mais cara”, explica Luiz Fernando Rosa Alves, economista e técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Subseção da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo.

O professor de Economia da Unicamp dr.

Francisco Luiz Cazeiro Lopreato avalia que o governo é parte fundamental deste processo de crise, “mas não é o único ator. É preciso criar condições para enfrentar todos estes problemas”, diz ele, que não concorda que a solução do conflito fiscal venha de um corte profundo de gastos, sobretudo num quadro novembro/dezembro 2015 - EM CENA - 15

economia

de crise econômica. “O ajuste fiscal depende da retomada econômica capaz de garantir o crescimento da arrecadação tributária, sem promover a destruição de avanços sociais obtidos em anos recentes”, diz, lembrando que é preciso definir um projeto por onde crescer. “Há um enorme espaço para avançar na área de infraestrutura social, como saúde, educação, transporte e melhorias urbanas, mas isto vai exigir um Estado atuante em acordo com o setor privado”, avalia.

ternidade Madre Theodora, depois que a Amil assumiu o hospital, 240 trabalhadores foram demitidos em suas duas unidades: Campinas e Sumaré (Hospital Saint Vivant).

Também contribuiu para as baixas no setor da saúde, a falência da Unimed Paulistana quando a ANS determinou a transferência dos 744 mil usuários para outros planos de saúde e pediu para que os funcionários demitidos procurassem o seu sindicato de representação. Para o economista do Dieese, é lamentável a medida Trabalhadores da saúde na mira do tomada pelo órgão, sem aviso prévio à entidadesemprego de de classe. “No mínimo, deveria convocar o Em se tratando de saúde, um sindicato para acompanhar serviço fundamental à populaa colocação dos funcionários ção, a área sofre os abalos com em outras empresas. Como a atual situação da economia. fica a situação dos cerca de 3 Dados do Dieese, em seu mil trabalhadores da Unimed último boletim mensal, mostra Paulistana?”, questiona Luis que o saldo de emprego na Fernando Rosa, lembrando saúde privada atingiu o pior que, a crise nas santas casas, índice desde julho/08 no que é histórica, também Brasil e, neste ano já foram recontribui para as baixas de gistradas 6.671 vagas na área, desemprego. ante 5.979 há sete anos. No Segundo a Confederação das Estado de São Paulo, a situaSantas Casas de Misericórdia, ção é ainda pior: foram regisHospitais e Entidades Filantradas somente 881 vagas de trópicas (CMB), cerca de emprego no setor de saúde 1.700 dos 2.100 hospitais “A crise na área da saúde privada até julho. No mesassociados ‘operam’ no verfoi causada por insuficiência mo período do ano passado, melho. Denúncias de corestrutural de recursos e má o saldo foi de 3.908, o que rupção e superfaturamento significa queda de quase 78% gestão. A solução não é fácil, é em compras de equipaem apenas um ano. No setor mentos também aparecem mais política do que econômica de enfermagem, segundo a como algumas das causas da e envolve, sem sombra de Pesquisa de Enfermagem do profunda crise que afeta o dúvida, a elaboração de um Brasil, 65,9% dos profissetor. “É um misto de casos novo modelo de controle do sionais têm dificuldade de de má gestão e de insuficiencontrar emprego e 10,1% ência estrutural de recursos. setor. Entretanto, com o atual dos entrevistados afirmaram A solução não é fácil, é mais cenário político-econômico isto estar desempregados nos política do que econômica está longe de acontecer.” últimos 12 meses. e envolve, sem sombra de E para engrossar a estatística dúvida, a elaboração de um Luiz Fernando Rosa Alves do desemprego, em setembro novo modelo de controle economista deste ano, o Hospital e Mado setor. Entretanto, com

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Foto Divulgação

“Há um enorme espaço para avançar na área de infraestrutura social, como saúde, educação, transporte e melhorias urbanas, mas isto vai exigir um Estado atuante em acordo com o setor privado.”

Perspectivas de o atual cenário políticocrescimento econômico -econômico, isto está longe Com um caminho cheio de acontecer”, explica o de obstáculos, é difícil economista do Dieese. encontrar analistas que Para tentar reduzir os Francisco Luiz Cazeiro Lopreato estejam otimistas. Alguns efeitos da crise, o econoeconomista avaliam que o País comemista sugere ao trabalhador ça a crescer somente no cortar gastos, “pois pior do segundo semestre de 2016, outros, mais pessique perder o emprego é perder o emprego estanmistas, acreditam que a crise deve se estender e do endividado e sem nenhum ‘pé de meia’”. Ele chegar às portas da próxima eleição, em 2018. lamentou a crise de representatividade dos sinPara Luiz Fernando, as perspectivas para 2016 dicatos, impulsionadas pelas mudanças culturais dos trabalhadores nas últimas décadas, mas afirma não são nada boas. Embora acredite que não haverá queda generalizada do emprego, princique é fundamental a filiação para que todos os prejudicados lutem pelos seus direitos: “Os traba- palmente na área da saúde, ele afirma que não foi feito nenhum investimento para reduzir os efeitos lhadores devem se aproximar de seus sindicatos. da crise no setor e isto coloca em risco o empreAo fazê-lo, fortalecem a representatividade e a go: “Instituições mais dependentes de repasses do legitimidade da instituição. Com mais legitimiSUS, como é o caso das santas casas, podem ter dade, os sindicatos terão maiores condições de um colapso financeiro em função da queda dos defender as categorias que representam, sobreturepasses público, prejudicando seus trabalhadodo neste momento difícil”, declarou, orientando res. Além disso, nas atuais condições, será mais os trabalhadores a se qualificarem, mesmo que informalmente ou pela internet, para evitar serem difícil conquistar melhorias de salário e condições demitidos e fazer a diferença na disputa do merca- de trabalho.” do de trabalho. Também aconselha a proteger suas Entre os mais otimistas está o professor Lopreareservas financeiras da inflação, tirando o dinheiro to, que acredita que a retomada do crescimento da economia como um todo no País começa no da poupança e aplicando em títulos públicos. segundo semestre de 2016. “Isto se as políticas do País não continuarem jogando contra as medidas tomadas pelo governo e ambos encontrarem um acordo mínimo para o País avançar.

Sem isto o quadro fica bem mais difícil”, diz, lembrando que entre os pontos a serem discutidos está o encaminhamento da Lava-Jato.

“Todos defendem a luta contra a corrupção, mas não podemos deixar que o País pare para ver o ‘desfile’ da Lava-Jato.”

Por Vera Bison e Henrique Rodrigues

novembro/dezembro 2015 - EM CENA - 17

atualidade

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Nem Nem Estuda

Trabalha

Um em cada cinco jovens não trabalha e nem estuda, diz IBGE

U

m em cada cinco brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalha e nem estuda. É o que revela a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Jovens que não encontram espaço no mercado de trabalho, não demonstram interesse em procurar emprego e também não querem saber de continuar a estudar. Um dado alarmante, que revela o tamanho da bomba-relógio que ameaça o futuro do Brasil.

São 5,3 milhões de jovens brasileiros desinteressados, os chamados “nem nem”, que nem estudam, nem trabalham e nem procuram emprego. O que mais impressiona é pensar que, se fossem computados aqueles que ainda procuram alguma ocupação, o número saltaria para 7,2 milhões. Num cenário de baixo desemprego e de economia em crise, esta é uma parcela importante de brasileiros que não está participando do desenvolvimento nos últimos anos.

Esta geração é uma das tendências socioeconômicas mais preocupantes atualmente e não só no Brasil.

Há cerca de 39 milhões de “nem nem” em 33 países industrializados, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

18 - EM CENA - novembro/dezembro 2015

Ainda segundo o órgão, a geração de jovens adultos, que nasceu depois de 1980, é vítima de políticas públicas indiferentes. Criados em tempos de economias turbulentas, eles tiveram dificuldade de conseguir emprego para os quais seriam qualificados.

Muitos ainda vivem com seus pais, adiando casamento, filhos e compra da casa própria.

Esse também é o caso da arquiteta Anne Diogo, 24 anos, formada há quatro anos em arquitetura e ainda mora com a mãe. Durante a faculdade, ela trabalhou como estagiária, mas após concluir o curso, foi dispensada. Fez vários projetos como autônoma, mas nada foi em frente e garante que depender da mãe não é nada confortável. “Ser sustentada pela mãe não é o que almejo, pois meu projeto de vida é conquistar um emprego na área para poder começar a fazer planos e concretizá-los”, diz, argumentando que o mercado de trabalho na construção civil prefere estagiários para pagar um salário mínimo do que um arquiteto formado em que precisa pagar o que lhe é justo.

A geração “nem nem” é um fenômeno em escala global. No Reino Unido, na França e nos Estados Unidos, ela é 16% da população entre 15 e 19 anos,

segundo a OCDE. Na Coreia do Sul e na professor”, diz o presidente da Fundação Irlanda, 19%, enquanto na Espanha e na PoliSaber e diretor do Cursinho da Poli, Grécia, mais de 25%. de São Paulo, Gilberto Alvarez GiusepoNo Brasil, a faixa etária que mais ne Jr. concentra os chamados “nem nem” é a Para ele, o professor tem um papel de 18 a 25 anos, em que 24% não estão fundamental nesta faixa etária, por isso na escola e nem no mercado de trabalho, é preciso qualificá-lo, dar condições pesegundo a Síntese de Indicadores Sociais dagógicas e melhorar substancialmente 2014, divulgada pelo Instituto Brasileiro sua remuneração, “porque um professor Gilberto Alvarez Giusepone Jr de Geografia e Estatística (IBGE). bem preparado e motivado é meio camiAinda de acordo com o IBGE, a maioria dos jovens des- nho andado para despertar no aluno o desejo de aprender, sa faixa etária que só trabalha é 44% e os que só estudam participar da sociedade e exercer seu papel de cidadão”, somam 24%. Considerando apenas a geração “nem nem” diz. Para isto, segundo ele, são necessários investimentos nas cinco grandes regiões brasileiras, o Sudeste tem o maior maciços em educação pública, desde a primeira infância, índice com 37,9%, seguido pelo Nordeste, com 35,2%. passando pelo ensino fundamental e médio. “Temos uma No Norte, o indicador fica em 10,6%, sendo 9,6% e 6,7% juventude sedenta por mudança, com enorme potencial no Sul e Centro-Oeste do País, respectivamente. para transformar o País, fazer avançar a democracia e reduzir a desigualdade social. Não podemos permitir que Escola tem papel fundamental ela se imobilize, sinta-se desmotivada por não conseguir A maioria dos jovens desta geração está inserida em visualizar o caminho que deve seguir. Caso contrário, os 5,3 domicílios de renda mais baixa e depende fortemente do milhões de jovens ‘nem nem’ de hoje serão certamente os apoio familiar. Além disso, a escolaridade foi vista como profissionais desmotivados e despreparados, os ‘des des’, de fator primordial para a participação nas atividades econôamanhã”, conclui.

Por Vera Bison micas do País, ou seja, quanto maior a escolaridade dos pais, maior a frequência do jovem na escola. Isto explica a falta de interesse, pois o grupo que nem trabalha e nem estuda mora com os pais e acaba tendo como referência alguém que não deu continuidade aos estudos. “O fato é que os jovens precisam ser estimulados e orientados. Como não encontram estímulo em casa, a escola passa a ter o papel crucial de ajudá-los nesta busca por um caminho a seguir.

Acontece que ainda não somos exemplos no quesito educação e o grande referencial da sala de aula é o

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novembro/dezembro 2015 - EM CENA - 19

comportamento

É

cada vez mais comum profissionais com carreiras sólidas decidirem “jogar tudo pro alto” e mudar radicalmente de profissão, seja em busca do próprio negócio, por mais qualidade de vida, para ficar mais tempo com a família ou simplesmente porque a antiga profissão não parece mais tão empolgante.

Uma pesquisa da Pactive Consultoria com 1.006 pessoas em 22 Estados brasileiros apontou que o que mais motiva os entrevistados profissionalmente é autorrealização (53%), dinheiro (19%), segurança (19%) e aprendizado (9%). No levantamento, 32% dos entrevistados já pensaram em largar tudo e começar uma nova carreira, algumas vezes, e 26%, muitas vezes. Além disso, 65% deles gostariam de fazer algo mais

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ligado a sua personalidade. E o que os impede de mudar? Entre as respostas, o medo de arriscar foi apontado por 31%, seguida por incerteza do que gosta (16%) e falta de qualificação (16%). Mas como saber quando é a hora de mudar?

O casal Danilo Aparecido Alves Monezi, de 33 anos, e Jeferson Batista de Souza, de 43, decidiram juntos que não estavam satisfeitos profissionalmente.

Danilo trabalhava há 10 anos como administrador em um escritório de Paulínia (SP), Jeferson trabalhava com faturamento de comércio exterior em uma empresa de Indaiatuba (SP) há cerca de 15 anos, quando perceberam que a atual rotina era muito desgastante e trabalhar em um escritório fechado para o resto da vida não parecia uma ideia agradável.

Danilo e Jeferson

“Em meados de 2011, decidimos cortar nosso cabelo em um salão local e quando chegamos, descobrimos que era um salão escola de cabeleireiros. Conversamos bastante com a professora na época e decidimos fazer o curso de cabeleireiro e, posteriormente o curso completo para ser professor de novos cabeleireiros”, conta Danilo que, juntamente com Jefferson é fiscal da Federação de Cabeleireiros e hoje possuem a empresa “Dan & Jef Cabeleireiros Salão e Escola”, formando profissionais e professores na área da beleza.

Hoje, sentem-se realizados em poder ajudar pessoas que, assim como eles, decidiram mudar de área e correr atrás dos sonhos. “Não tenha medo de novos desafios, tenha medo de se sentir insatisfeito consigo mesmo”, aconselha Jefferson.

Casos como o de Danilo e Jefferson são recorrentes para o profissional Tiago Valadão de Brito. Ele atua como coach, ou seja, é o especialista no processo de coaching, podendo ser considerado um treinador que assessora o cliente (coachee), levando-o a refletir, chegar a conclusões, definir ações e, principalmente, agir em direção a seus objetivos, desejos e suas metas.

“As queixas mais recorrentes são falta de entusiasmo, falta de prazer no que faz e, principalmente, que exercer a função não traz felicidade alguma; pelo contrário, tornase um martírio ir trabalhar”, explica Tiago, que atende diariamente pessoas insatisfeitas profissionalmente, mas que não sabem por onde começar para reverter a situação.

De acordo com o profissional, tudo começa na hora da escolha da profissão, que, geralmente, ocorre na época de prestar o primeiro vestibular, quando o jovem ainda não tem maturidade para uma decisão tão importante. “É preciso seguir a intuição e escolher o que faz seu coração vibrar. Carreiras rentáveis nem sempre são prazerosas”, aconselha Tiago, lembrando do conhecido ditado do filósofo Confúcio que diz: “Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.”

Mas se mesmo assim a paixão pela profissão se acabar com o passar dos anos, é preciso tomar coragem para mudar ou procurar ajuda de um profissional que, com técnicas e ferramentas conduzidas, irá ajudar a identificar os motivos, os pontos fortes e de melhoria para que a mudança aconteça, estipulando metas realistas e avaliando o impacto que esta mudança irá causar.

“Se sua intuição diz que seu sonho trará o equilíbrio tão desejado, não adie e corra atrás dele o quanto antes. A hora certa de mudar de profissão?

Agora! Com planejamento e organização tudo é possível”, destaca o coach.

Tiago Valadão de Brito

Por Mariana Dorigatti

novembro/dezembro 2015 - EM CENA - 21

Um relatório divulgado pelo Glassdoor, portal com ofertas de emprego dos Estados Unidos, em 2014, revelou quais são as dez profissões consideradas mais prazerosas pelos trabalhadores e também pelos recrutadores. De acordo com o portal, a lista baseia nos feedbacks enviados pelos próprios funcionários que trabalham nos setores. A pesquisa também analisou as perspectivas de melhoria em cada setor de acordo com a opinião dos empregados

1º Cientista de dados A profissão lidera o ranking de profissões que mais oferecem equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Além disso, cerca de 74% dos funcionários dizem que o negócio pode melhorar, enquanto apenas 5% se mostram pessimistas em relação ao futuro.

6º Instrutor de fitness em grupo O trabalho em uma academia é visto como o sexto mais prazeroso, com cerca de 43% dos empregados na área acreditando que ela deve melhorar, enquanto 13% estão pessimistas em relação ao futuro.

2º Especialista em SEO Ainda de acordo com o levantamento, 75% dos trabalhadores na área afirmam que ela ainda pode melhorar, contra 11% que acreditam que o setor pode piorar.

7° Designer de UX (Experiência do Usuário) Os designers de experiência do usuário alcançam a sétima posição no ranking e contam com 60% otimistas em relação ao negócio. Já 15% pensam que o setor deve cair.

3º Guia de turismo Nessa profissão, 59% dos funcionários estão otimistas em relação ao negócio enquanto 7% acreditam que ele pode piorar.

8º Comunicação Corporativa De acordo com a pesquisa, 56% dos que trabalham na área se mostram positivos com o setor, contra 6% que afirmaram estar pessimistas.

4º Salva-vidas Na pesquisa, 33% dos trabalhadores do ramo afirmam que o setor pode melhorar, e 0% pensa que irá piorar.

9º Bombeiro Aproximadamente 47% pensam que o campo deve melhorar, 17% estão pessimistas em relação a este trabalho no futuro.

5º Gerente de mídias sociais O trabalho do gerenciador de mídias sociais está na quinta posição no ranking. E enquanto 76% se mostram positivos em relação ao setor, 10% dos trabalhadores da área acreditam que o negócio deve piorar no futuro.

10º Corretor de ações Cerca de 38% dos funcionários estão otimistas com o setor. No entanto, outros 38% também acreditam que o cenário pode piorar.

22 - EM CENA - novembro/dezembro 2015

personagem da saúde

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rabalhar na área da saúde não é uma tarefa fácil. Imagina assumir uma função na enfermagem e ainda organizar uma banda.

Esta é a vida de Maxuell Brasílio, técnico em enfermagem no Hospital Sagrado Coração de Jesus, em Monte Mor, e responsável pelo cavaco na banda “Vem Nessa Pegada”.

Constituído há quatro anos, o grupo musical de pagode e samba, composto por Maxuell e mais três integrantes, já existia. “Já nos dedicávamos à música antes. Formávamos uma banda que tocava para outros artistas, mas não tínhamos nada oficial. Foi com estas apresentações que surgiu a ideia de formar uma banda, que está na ativa até hoje.”

Os trabalhos no hospital não afastam Maxuell de sua paixão pela música. Todos os dias dedicados ao grupo, o profissional da saúde aponta poucas dificuldades no dia a dia da banda. “Mesmo com a correria no hospital, sempre nos encontramos para ensaiar, agendar novos shows e administrar tudo o que é de importante para a banda. A rotina é bem cansativa, mas nós ‘ralamos’ para fazer o grupo crescer e tem surtido efeito”, explica.

Como resultado do esforço, Maxuell informa que a banda tem apresentado em algumas cidades do interior e até fora de São Paulo. “Fizemos um show recentemente em Fronteiras, Minas Gerais, e agendamos uma apresentação em Belo Horizonte. Além disto, estamos trabalhando para fazer um show beneficente em Monte Mor. “Nosso objetivo é continuar viajando para ganharmos mais fãs e até o primeiro semestre do ano que vem lançar o nosso primeiro álbum. Estou muito feliz com o crescimento”, diz ele.

Sempre atento com as novidades no pagode e no

samba, Maxuell explica a necessidade de saber quais gêneros que o público quer ouvir nos shows e busca este conhecimento por meio de suas maiores referências.

“Eu tenho muita admiração por vários artistas. No samba, eu gosto de Pixinguinha e Cartola e, no pagode, escuto bastante Thiaguinho, Os Travessos, Soweto e Exaltasamba. Procuro sempre seguir o estilo deles nos shows da banda.”

Mesmo com a vocação para a música, Maxuell revela sua afinidade com a área da saúde. “Toda a minha família é da área da saúde. Gosto muito do que faço no hospital e não pretendo abandonar esta profissão”, finaliza ele. Por Henrique Rodrigues

novembro/dezembro 2015 - EM CENA - 23

tecnologia

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á ouviu falar de uma máquina que transforma desenhos virtuais em objetos físicos?

Sabia que ela pode fazer esta operação em poucas horas? Você pode não ter uma desta em casa ainda, mas ela já é usada em boa parte das indústrias automobilísticas e em hospitais e, brevemente, poderá ser vendida na loja mais próxima. Trata-se da impressora 3D. Quando se fala em imprimir, não significa uma imagem que pode ser visualizada em três dimensões no papel, mas sim a de um objeto realmente construído em 3D, com riqueza de detalhes, como engrenagens, bonecos de brinquedo, capas para celulares ou até mesmo uma motocicleta em tamanho real.

Projeto antes possível somente na imaginação ou realizado apenas em ambiente virtual ou ainda em filmes de ficção científica, começa a se tornar realidade de forma prática e econômica. Nos últimos dez anos, a tecnologia de impressão 3D ficou mais acessível e vem sendo aplicada por consumidores e pequenas empresas.

Especialistas na área de tecnologia garantem que as impressoras 3D estão se popularizando rapi24 - EM CENA - novembro/dezembro 2015

damente e promovendo mudanças profundas no mercado ao oferecer produção em massa e aperfeiçoamento técnico. É o que diz Jorge Lopes da Silva, chefe da Divisão de Tecnologias Tridimensionais do Centro de Tecnologia da Informação (CTI Renato Archer), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

De acordo com Jorge, a impressora 3D é um equipamento presente em vários hospitais do Brasil e estará disponível para venda popular nos próximos anos. “Antes de se tornar conhecida, as empresas automobilísticas e os hospitais já usavam a impressora 3D. Atualmente, o setor deixou de ser uma atividade isolada, pois está se expandindo cada vez mais no mercado”, declara.

O preço e a dificuldade de manuseio eram considerados os maiores empecilhos para a difusão da impressão 3D. Entretanto, Jorge afirma que a máquina está cada vez mais acessível e vem sendo desenvolvida para atender todas as exigências.

“A impressão 3D pode ser usada por grandes hospitais e empresas que desenvolvem atividades mais complexas e produtos mais específicos, mas pode ser usada também para entretenimento e

Como funciona?

1º - Um software de modelagem tridimensional é utilizado para desenhar o que será impresso.

2º - O computador envia as instruções para a impressora, que aquece a matéria-prima e começa a desenvolver o modelo em uma pilha muito fina de camadas.

3º - O tempo de impressão varia de acordo com o tamanho do produto desejado.

trabalhos mais simples. Assim como o computador e a internet, as pessoas serão capazes de aprender a usar esta ferramenta”, comenta.

Além do uso doméstico e industrial, a impressora 3D tem promovido avanços na medicina. As principais vantagens prometidas pelo uso de tecnologia de modelagem e impressão 3D na área da saúde são redução do tempo de cirurgia, do pós-operatório e do risco de infecção em procedimentos cirúrgicos complexos. O uso da técnica é crescente no Brasil e atualmente é utilizada em 20% de todos os procedimentos no País. Há uma década, esta proporção era menos de 5%. “A impressora 3D é um recurso inovador e permite que as cirurgias sejam mais rápidas e menos custosas. Isto melhora a qualidade de vida do paciente e diminui os custos para o sistema público de saúde”, explica Jorge.

A tecnologia 3D na medicina ainda tem muito que avançar no Brasil. O uso desta tecnologia para implantes personalizados, por exemplo, já é realizado em algumas partes do mundo, mas ainda não foi regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O que já é produzido por aqui são instrumentos em operações cirúrgicas, como a impressão 3D de um crânio ou maxilar de um paciente, que auxilia os médicos a simular o passo a passo de um planejamento médico. A CTI Renato Archer é a grande pioneira neste campo no Brasil, com aproximadamente 500 casos por ano.

Mesmo com todos esses avanços, o maior benefício esperado da impressora 3D na área da saúde ainda está por vir: a criação de órgãos humanos em larga escala, o que faria diminuir a enorme fila de transplantes no mundo todo. Enquanto isto não ocorre, a sociedade aguarda ansiosamente por mais novidades desta ferramenta na área na medicina e, quem sabe, por uma loja que possa vendê-la por um preço acessível. Por Henrique Rodrigues

Vantagens Abaixo o desperdício: itens são criados, usando apenas o material de que necessita.

Comunidade engajada: proprietários compartilham realizações e incentivam outros a obterem o melhor desempenho possível de suas máquinas.

Customização: em vez da produção em massa, desenvolvimento de objetos personalizados. Não é preciso encomendar um item quando se pode criá-lo do seu jeito. inovador: não há obstáculos para a criação de novos modelos de negócios e produtos.

Limitações Complexidade: trabalhos mais difíceis exigem máquinas mais apuradas e caras. As impressoras 3D mais comuns imprimem principalmente objetos de simples manuseio, isto é, montar e operar uma máquina destas exige bastante conhecimento e pode se levar meses até a impressora ficar calibrada de maneira satisfatória.

Preço: apesar de ter sido muito reduzido nos últimos anos, as impressoras 3D ainda saem caras para o usuário doméstico.

Tempo: o processo é demorado, levando cerca de 45 minutos para fabricar um objeto do tamanho de um ovo e algumas horas para itens maiores.

Variedade: os modelos mais simples ainda imprimem principalmente com plástico, apesar de a diversidade de materiais compatíveis estar aumentando.

Fonte: Terra.com.br

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esporte

Projeto incentiva a prática esportiva entre os filhos dos associados do Sinsaúde e promove a integração da ‘família Sinsaúde’.

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Os diretores Peter e Paulo Sérgio 26 - EM CENA - novembro/dezembro 2015

riada em 2013, a Escola de Futebol Sinsaúde para a criançada completou dois anos em agosto e já soma muitas vitórias. Durante este período, os pequenos atletas conquistaram medalhas de bronze, prata e até ouro.

O criador do projeto e ex-diretor de Esportes e Lazer do Sinsaúde Campinas e Região, Peter Douglas Sawinsk da Silva, explica que a ideia do projeto se deu quando a diretoria do Sindicato percebeu que os filhos dos associados que participavam das atividades esportivas no Clube de Campo Anna Nery, em Campinas, não tinham programação própria para a idade deles.

“Os sócios iam ao clube no fim de semana para participar das atividades que promovíamos, mas as crianças não tinham muito o que fazer. Então idealizamos o projeto com o intuito de incentivar o esporte para os

Equipes sub 9 e sub17

filhos dos associados”, enfatiza Peter. Assim, em parceria com a Esporte Total - Assessoria e Treinamento Esportivo, criou-se a Escola de Futebol Sinsaúde.

A escola é destinada para crianças entre 5 e 14 anos e é divida em duas categorias: a infantil, que compreende os nascidos de 2001 a 2004, e a mirim, que são os que nasceram entre 2005 e 2010.

Conquistas Em 2013, logo na estreia da criançada na Copa Bosch, os alunos da equipe sub 12 conquistaram o vice-campeonato, levando para casa a medalha de prata. Peter lembra que a conquista trouxe muita alegria às crianças na época e que foi um incentivo para continuar o trabalho de aprimoramento na modalidade. Na ocasião, o primeiro lugar ficou para o time da Bosch.

Já, em 2014, a equipe sub 14 do Sinsaúde se sagrou campeã da Copa Bosch, com uma vitória incontestável de 3x0 sobre o Boca Juniors Campinas. No mesmo ano, a categoria sub 7 ficou em terceiro lugar, conquistando a medalha de bronze.

Murilo e o professor Adriano

E, dando continuidade ao ciclo de vitórias e medalhas, este ano a equipe sub 12 da Escola de Futebol do Sinsaúde fez bonito ao vencer o Corinthians por 6x2, o que garantiu a conquista do terceiro lugar e a medalha de bronze.

“Essas crianças são verdadeiras atletas. É muito bonito vê-las jogando, participando de campeonatos, conquistando medalhas em nome do Sinsaúde. Com certeza nosso Sindicato está muito bem representado por esta juventude”, ressalta o novo diretor de Esporte e Lazer, Paulo Sérgio Pereira da Silva.

Foi também com as aulas de futebol que o aluno Murilo alcançou mais uma conquista em nome da Escola de Futebol Sinsaúde. No dia 8 de abril do ano passado, o garoto participou da Avaliação Técnica Oficial de uma das grandes escolas de futebol, a Escola do CA Boca Juniors, que possui oito unidades na região, e foi eleito o mais dedicado atleta entre 80 alunos participantes.

“Nós valorizamos muito a ‘família Sinsaúde’. Os associados podem ter certeza de que novos projetos serão criados com o intuito de unir cada vez mais a categoria”, comenta a presidente do Sinsaúde Campinas e Região, Leide Mengatti.

E para que o sucesso da ‘escolinha’ continue, Paulo Sérgio lembra a importância da participação de mais crianças no projeto. “Tragam seus filhos para as aulas de futebol que acontecem semanalmente aos sábados e façam parte da ‘família Sinsaúde’”, convida Paulo, destacando que as aulas acontecem em dois horários: para a categoria infantil, às 15 horas, e para a mirim, às 16h15.

Por Ingrid D´Elboux

novembro/dezembro 2015 - EM CENA - 27

saúde

MELATONINA O HORMÔNIO DO DRÁCULA

P

oder ter uma boa noite de sono após um longo dia de trabalho é o desejo de todos. Porém, muitos não conseguem devido a uma série de fatores que podem desencadear a insônia, como o estresse, medicamentos, doenças, maus hábitos, alimentação e até mesmo a disfunção da melatonina, que é o hormônio responsável por regular o sono.

A melatonina é um hormônio natural feito pela glândula pineal do nosso corpo. Esta glândula tem o tamanho de uma ervilha e é ativada quando o sol se põe e a escuridão ocorre. Como resultado, os níveis de melatonina no sangue sobem acentuadamente e você começa a sentir mais sono, ou seja, o sono se torna mais convidativo.

Quando surge a luz do dia eles caem de volta aos níveis baixos por cerca de nove horas. Tal característica fez com que esta substância fosse apelidada de hormônio do Drácula, o famoso personagem vampiresco.

De acordo com médico Domingos Mantelli,

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ginecologista e obstetra, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, esta substância é responsável por regular o ciclo circadiano, ou seja, o relógio biológico de cada um. É ela que mantém o corpo alerta durante as horas de claridade e ajuda a relaxar à noite. “É capaz até mesmo de nos acordar pela manhã quando nos esquecemos de ligar o despertador.”

Ela também atua como antioxidante (ajuda a combater o envelhecimento) e é responsável por uma série de outros hormônios. “Então, se a melatonina está desregulada, uma série de coisas no organismo pode estar desregulada, como, por exemplo, o sono, o acúmulo de gordura, a obesidade”, explica.

São muitos os estudos sobre os efeitos da melatonina e alguns indicam que protege contra os danos causados pelo acidente vascular cerebral (AVC), auxilia no controle da hipertensão e da diabetes e reduz as crises de enxaqueca. Um dos últimos benefícios descobertos foi o de diminuir

a queda de cabelo, provocada por causas genéticas, a alopecia androgenética, conhecida como calvície masculina. É por ser responsável por regular tantas funções que este hormônio ganhou popularidade e atualmente vem sendo usado na forma de suplementação não só por pessoas que querem dormir melhor, mas também para as que procuram se manter jovens, emagrecer e ter mais qualidade de vida.

No Brasil, essa substância não é liberada para compra, entretanto é facilmente comprada nos Estados Unidos sem receita médica, sendo vendida como suplemento dietético.

De acordo com Fábio Martins Fonseca, psiquiatra psicoterapeuta e consultor em Saúde Mental, a maioria das apresentações de melatonina pode levar a concentrações no sangue em níveis muito mais elevados do que são produzidos naturalmente no corpo. Tomar uma dose típica (1-3 mg) pode elevar os níveis de melatonina no sangue para 1 a 20 vezes do normal.

“A dose, o método e o período do dia em que ela é tomada influencia nos resultados do tratamento dos problemas de insônia. Ingeri-la

no momento errado do dia pode alterar todo o seu relógio biológico de uma maneira indesejável. A questão da eficácia da melatonina para os distúrbios do sono está apenas começando a ser compreendida”, conclui o especialista, lembrando que, embora existam preocupações reais sobre o uso generalizado de melatonina, não houve, até agora, quaisquer casos de toxicidade comprovada ou overdose.

Por esse motivo, a suplementação deve ser feita somente com orientação médica para pessoas que realmente necessitam, como em casos de insônias graves e dificuldade de adaptação ao fuso horário diferente.

Para o médico Domingos Mantelli, apenas com as mudanças de alguns hábitos é possível deixar a melatonina bem regulada, sem a necessidade da suplementação. “O ideal para uma produção adequada de melatonina é dormir completamente no escuro, sem ter nenhuma luz que atrapalhe sua produção. Outra coisa que facilita é não usar óculos escuros durante o dia, principalmente em ambiente fechado, porque o cérebro entende que está escurecendo e você acaba atrapalhando o processo de produção”, esclarece. Por Mariana Dorigatti

TRABALHO NORTURNO A relação entre a melatonina e o câncer começou a ser mais investigada quando surgiram indicações de uma associação entre o risco aumentado para a enfermidade e o trabalho noturno. Um destes estudos foi divulgado no “British Medical Journal”, uma das mais importantes publicações científicas do mundo. Realizado no Queen’s University, no Canadá, um levantamento mostrou que mulheres que trabalharam em turnos noturnos por mais de 30 anos apresentaram duas vezes mais chances de desenvolver tumor de mama. Outra pesquisa, divulgada no “American Journal of Epidemiology” indicou a associação entre homens trabalhadores noturnos a risco elevado para câncer de próstata, pulmão, bexiga, reto, pâncreas e linfoma não Hodgkin. Os resultados levantaram a hipótese de que a ligação entre as duas coisas – trabalho noturno e câncer – fosse a baixa produção de melatonina, já que a exposição à luz, mesmo à noite, pode induzir a um desequilíbrio na regulação biológica que propicia o desenvolvimento de tumores.

novembro/dezembro 2015 - EM CENA - 29

transformação

O

sedentarismo, a idade e a alimentação pouco saudável foram combustíveis para que os problemas de autoestima surgissem para Rita de Cássia Poças Kohara, a auxiliar de enfermagem no Centro Médico Campinas. Adepta do “não fazer nada”, Rita começou a ficar incomodada com

o seu visual e resolveu renovar. Além de buscar uma alimentação mais saudável, a profissional da saúde deixou para trás a preguiça e passou a malhar. A combinação de novos hábitos alimentares e prática esportiva lhe renderam um resultado rápido e em poucos meses já é possível notar mudanças. Mas ainda faltava algum detalhe para que ela ficasse de bem com o espelho e a oportunidade veio do Sinsaúde. Ela se candidatou à coluna “Transformação” para fazer uma mudança radical em seu visual.

No Salão Loft Hair, ela descobriu o que estava faltando.

O primeiro passo foi redesenhar as sobrancelhas, que não estavam em simetria com o seu rosto, segundo o designer Paulo Loch. Em seguida, Sylvio Aduíno, o especialista em fazer a cabeça das mulheres, realizou um corte desconectado e moderno, promoveu luzes em três tons e tonalizou. “O corte e a cor valorizaram muito o rosto dela e ressaltaram a cor caEm casa Rita contou à equipe da Em Cena que o marido Mário, com quem é casada há 17 anos, não acreditou quando chegou em casa e deparou com ela toda produzida. Entrei em casa errada”, disse ele, admirado com a mudança da esposa.

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ramelo dos olhos, devolveram a beleza natural dela, que estava escondida”, esclarece Sylvio.

Para completar o look, o profissional fez uma maquiagem leve, “própria para

ela desfilar tanto de dia quanto de noite e até mesmo para ir ao trabalho”, conta ele.

“Não me reconheço. Sou outra pessoa”, disse Rita ao se deparar com o espelho, após a finalização da produção. Ela estava eufórica, pois até o término da maquiagem, ainda não sabia como havia ficado seu novo look. “É impressionante como um corte de cabelo, uma maquiagem mudam as pessoas. Estou muito contente com meu novo visual e agradecida pela oportunidade que o Sinsaúde me deu. Vou aproveitar as dicas de como cuidar dos cabelos e me maquiar e inserir no meu dia a dia, sem medo de ousar, porque isto faz bem pra gente, nos renova e nos dá ânimo para continuar buscando coisas novas”, diz ela radiante.

Para finalizar a produção e fazer o book fotográfico, Rita usou a roupa, gentilmente cedida pela loja Setor.

Por Vera Bison

Salão Loft Hair Rua Maria Monteiro, 220 – Cambuí, Campinas Fone (19) 3231-3834 Setor – Rua Coronel Quirino, 75 Cambuí - Campinas Fone (19) 2121-7741

novembro/dezembro 2015 - EM CENA - 31

homenagem

Uma trajetória de vida marcada por lutas

U

m líder na defesa da área da saúde, Pedro Alberto Tolentino lutou bravamente contra a leucemia que o acometera, mas não conseguiu vencer quando também foi acometido por um acidente vascular cerebral (AVC). E assim a categoria da saúde perdeu no dia 22 de março deste ano um importante defensor dos seus direitos e o Sinsaúde Campinas e Região, bem como a Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, um atuante dirigente sindical. Mariliense de nascimento, o sindicalista, que foi diretor do Sinsaúde por 30 anos e da Federação por 27, deixou uma grande lacuna no meio sindical aos 55 anos.

Técnico em radiologia, ele começou na área da saúde em 1978, na Fundação Municipal de Ensino

Superior de Marília (Fumes) e na Sociedade Beneficente Caminho de Damasco, também em Marília (SP). Nesta área, ele vivenciou muitas injustiças e colocou como meta de vida a defesa dos profissionais da saúde, mas ele queria mais e por isso em 1987 entrou para a diretoria do Sinsaúde e dez anos depois, em 1994, ganhou espaço na diretoria da Federação, ampliando ainda mais seu território de atuação. Passado dois anos dentro da diretoria do Sinsaúde, Pedro se empenhou para fundar uma sede do Sinsaúde na região de Marília, visando à aproximação dos trabalhadores com o Sindicato. Marcou o período de 1987 a 1994, quando a região de Marília enfrentou greves na saúde em todos os anos e Pedro esteve à frente de todas elas.

Um líder com ideologias Os que conheceram o sindicalista sabem que ele foi um entusiasta pela melhoria na vida dos trabalhadores da saúde, que deu enorme contribuição para a evolução da categoria, que sempre trabalhou com garra e muita disposição, defendendo como ninguém os seus ideais. Sem dúvida, o sindicalismo perde um guerreiro. Veja o que dizem alguns de seus colegas de profissão.

“As regiões de Marília, Tupã e Dracena perderam um grande líder na defesa dos trabalhadores da saúde. Pedro era um trabalhador incansável, um político respeitado na região, de muita coragem e quando se propunha a fazer alguma coisa, não media esforços e fazia muito bem-feito. Com sua visão política e técnica, ele enfrentava todas as barreiras para combater as injustiças, promover a segurança e a saúde no ambiente de trabalho, tanto que a instituição da Cipa nos estabelecimentos de saúde, visando à prevenção de acidentes, muito se deve a ele.” - Leide Mengatti, presidente do Sinsaúde

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“A região de Marília, o Estado de São Paulo e o Brasil estão órfãos de um grande guerreiro: o nosso amigo Pedro Alberto Tolentino. Traduzir a vida deste homem é muito simples: um lutador incansável. Podem existir muitas pessoas que trabalham para o bem-estar do próximo, mas igual a ele é difícil. Quer seja nos bastidores, quer seja na linha de frente, ele encarou os maiores obstáculos que se pode imaginar. Os trabalhadores da saúde tinham um representante nato, que lutava incansavelmente pela categoria. Ninguém, como Pedro Tolentino, tinha a habilidade para driblar as dificuldades com tanta maestria.

Ele mostrou que acreditar na verdade e no trabalho é o caminho correto do homem público. As conquistas em sua vida não foram por sorte, mas de muito trabalho, vencendo muitas barreiras. Nunca, nada, nem ninguém o impediam de continuar. É muito triste esta perda, mas desejo continuar buscando aquilo que ele sempre quis, que é combater as injustiças.” - Rafael Silva, deputado estadual

Além de sindicalista, Pedro Tolentino era...

Um comunicador - manteve um site e um programa em rádio e TV na cidade de Marília, com informações sobre o setor da saúde, onde divulgava entrevistas, notícias, artigos e normas sobre trabalho, prevenção de doenças e direitos de trabalhadores e usuários dos serviços de saúde.

Um político - além do sindicalismo, Pedro também era um político respeitado na região de Marília, tanto que em 2008 se candidatou a vereador pelo PSDB, mas não conseguiu quorum para ocupar uma cadeira na Câmara de Marília.

Nos últimos anos, a mobilização voltou a ser intensa no Complexo Famema, do qual fazem parte o Hospital das Clínicas I, HC II (Hospital Materno-Infantil), HC III (Unidade São Francisco), Oncoclínica, Hemocentro, Ambulatório Mário Covas, Unidade Oftalmológica, Ambulatório de Saúde Mental e Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas. E lá estava Pedro defendendo os colegas.

“Pedro Tolentino deixa um legado para toda a sociedade e a categoria da saúde. Ele era uma pessoa iluminada, um estudioso no combate à violação dos direitos dos trabalhadores da saúde. Eu perdi um amigo, um irmão, uma pessoa que aprendi a admirar, que com toda sua sabedoria, conhecimento e coragem, era humilde, sabia ouvir; ficou ao meu lado por quase 30 anos. Com certeza irá fazer muita falta, não só para os amigos, mas para toda a categoria da saúde, que tinha nele um defensor das injustiças e um conquistador de resultados para melhorar a qualidade de trabalho e de vida daqueles que confiavam em seu trabalho.” - Edison Laércio de Oliveira, presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo e tesoureiro do Sinsaúde

Um estudioso - junto com as diretorias do Sinsaúde e da Federação, ele foi um dos responsáveis pela elaboração da Norma Regulamentadora 32 (NR32). Participou de inúmeros seminários em todo o País, difundindo a norma e conscientizando sobre a importância da segurança e saúde no ambiente hospitalar. Também foi representante do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em junho de 2014, mais uma greve foi realizada pelos funcionários do Complexo Famema. Mesmo com problemas de saúde, lá estava o Pedro junto com os demais companheiros de diretoria à frente do movimento.

Por toda a sua luta e perseverança na defesa dos trabalhadores da saúde, a diretoria do Sinsaúde decidiu nomear de ‘Pedro Alberto Tolentino’ a Subsede do Sinsaúde em Marília. Por Vera Bison

“Compreender os propósitos da vida, muitas vezes pode ser uma tarefa bem difícil, principalmente quando se perde um líder sindical que militou por quase três décadas em prol da categoria da saúde em busca de melhorias para o setor. Um lutador nato das injustiças, por isso vai fazer falta. Estudioso que era, muito nos ensinou nesta trajetória em que compartilhamos e muito influenciou na história da categoria em busca de um ideal.” Sofia Rodrigues do Nascimento, vice-presidente do Sinsaúde

“Eu trabalhei ao lado de Pedro por 29 anos e lamento a morte do amigo.

Pedro era uma pessoa que vivia 24 horas por dia o Sindicato, ele respirava o sindicalismo e conseguia muitos resultados positivos em prol da categoria e deixa uma lacuna muito grande. Eu perdi um amigo, um irmão e a região de Marília, a categoria da saúde e a sociedade perdem um líder nato, com ânsia de vencer todos os obstáculos colocados a sua frente e esta perda é irreparável.” - Aristeu Carriel, presidente da Subsede do Sinsaúde em Marília

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saúde em fatos e fotos

Mogi Guaçu e Mogi Mirim

D

esde a 11ª edição da revista Em Cena, o Sinsaúde Campinas e Região vem homenageando os trabalhadores de sua base de representação que acreditaram e depositaram sua confiança no Sindicato, empenhando-se em suas lutas e conquistas para que a entidade ultrapassasse as barreiras do tempo e garantisse uma imagem forte e positiva por mais de sete décadas.

Os homenageados nesta edição são profissionais dos mais variados setores (Apoio, Administração e Enfermagem), que atuam nos estabelecimentos de saúde de Mogi Guaçu e Mogi Mirim e integram uma só equipe quando o assunto é dar qualidade de vida aos pacientes. Mesmo com a falta de estrutura e, muitas vezes, também de funcionários, eles enfrentam com serenidade e não medem esforços para cuidar da saúde de quem precisa.

Nas edições anteriores tiveram destaque, nesta coluna, os trabalhadores das cidades que compõem a base de Tupã, Araraquara, Americana, Amparo, Atibaia, Dracena, Araras, Itapira, Espírito Santo do Pinhal, Indaiatuba, Jundiaí, Limeira, Marília, Garça e São João da Boa Vista, Bragança Paulista que, assim como Mogi Guaçu e Mogi Mirim, são formadas por profissionais que acreditam no Sinsaúde e apoiam seu trabalho.

Cada profissional, independente do trabalho que exerce, enfrenta desafios diários para salvar vidas e luta para vencê-los.

Entre ganhos e perdas, dores e alegrias, os trabalhadores da saúde de Mogi Guaçu e Mogi Mirim se mostram capazes de enfrentar os problemas impostos no dia a dia pela profissão e homenageá-los nesta página é uma forma de agradecer à dedicação e ao esforço em proporcionar o bem-estar às pessoas que necessitam de seus cuidados.

Santa Casa de Mogi Mirim

Santa Casa de Mogi Guaçu

Clínica Sayão

Santa Casa de Mogi Guaçu

Santa Casa de Mogi Mirim

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Santa Casa de Mogi Guaçu

sinsaúde - diretoria

SINSAÚDE CAMPINAS E REGIÃO Diretoria Efetiva Presidente: Leide Mengatti Vice-presidente: Sofia Rodrigues do Nascimento Secretário-geral: Anselmo Eduardo Bianco 1º secretário: Edson Eugênio Tesoureiro-geral: Edison Laércio de Oliveira 1º tesoureiro: Carlos Alberto Cairos Diretora social: Anéres Fernandes de Matos Diretora de Patrimônio: Beatriz Campos de Paula Diretor de Esportes e Lazer: Paulo Sérgio Pereira da Silva Diretor de Assuntos Culturais: Moacir Pizano Diretor de Orientação Sindical: Norival Luis dos Santos Diretora de Comunicação: Maria Neves Diretor de Assuntos Jurídicos: Paulo Gonçalves Diretoria Suplente Isaias Gonçalves da Costa, José Antônio Prazeres dos Santos, Odair Pires de Oliveira, Regiane Amaro Teixeira, André Aparecido Pereira, Emerson Douglas Feliz, Maria Lúcia Viana da Silva, Evelin de Cássia Pacheco, Marcelo Rodrigo da Silva, Rodrigo Lourenço Antonelli, Márcia Abou Saab Honório, Rita de Cássia Mezêncio Dias e Adriano Mendes Bindella

Sede Central Rua Duque de Caxias, 368, Centro CEP 13.015-310 - Campinas - SP Fone (19) 3739-4277 Site: www.sinsaude.org.br E-mail: sinsaude@sinsaude.org.br

SUBSEDES Americana: Rua Padre Epifânio Estevam, 510 Centro - Fone (19) 3462-1680 E-mail: ssamericana@sinsaude.org.br Presidente: Carlos Roberto Resende Figueiredo Tesoureiro: Eliane Adriano Neves Secretário: Otoniel Pereira de Matos Suplente: Renato César Ragonha Amparo: Rua Washington Luiz, 165, Centro Fone (19) 3807-5225 E-mail: ssamparo@sinsaude.org.br Presidente: Juliana Guilherme Tesoureiro: Carlos Alberto Moreira Lima Secretária: Sueli Aparecida Campos Franco de Oliveira Suplente: Vanessa Godoy Campos Araraquara: Avenida Prudente de Morais, 872, Centro - Fone (16) 3335-1218 E-mail: ssararaquara@sinsaude.org.br Presidente: Claudete Aparecida Defavere Tesoureiro: Rui Aparecido Orrico da Silva Secretária: Eliana Maria Sabino Suplente: Rodrigo Donisete Alves Araras: Rua Santo Antonio, 113 Jardim Belvedere - Fone (19) 3541-8032 E-mail: ssararas@sinsaude.org.br Presidente: Tereza Aparecida Mendes Tesoureiro: Carlos César Poletti Secretário: Mário Augusto Fernandes Suplente: José Ricardo Doná Dracena: Rua Edison Silveira Campos, 1.299 Centro - Fone (18) 3821-5392 E-mail: ssdracena@sinsaude.org.br Presidente: José Sérgio de Freitas Tesoureira: Cristiane Aparecida Menegate Secretária: Nilza Pereira Gomes Azevedo Suplente: Jesus Gomes da Silva

Conselho Fiscal Efetivos: Vicentina Natalina Rodrigues, Vicentina da Silva Melo André e Maria Aparecida dos Santos Suplentes: Peter Douglas Sawinski da Silva, Maria de Lourdes Carvalho Cruz e Geraldo Soares Delegados representantes na Federação Efetivos: José Augusto de Sousa e Osvaldo Ferreira de Souza Suplentes: David de Melo e Adriana Nascimento Botelho

Itapira: Rua da Penha, 318, Santo Antonio Fone (19) 3863-0950 E-mail: ssitapira@sinsaude.org.br Presidente: Ademir Aparecido Nani Secretário: Ed Marcelo Pracchias Tesoureira: Roseli Aparecida Silva Garcia Suplente: Márcia Regina Alves Itu: Rua Benjamin Constant, 357, Centro Fone (11) 4013-2956 E-mail: ssitu@sinsaude.org.br Presidente: Waldir de Marchi Secretário: Genival Vaz Ferreira Tesoureira: Adriana Oliveira Souza Fernandes Suplente: Tânia Cristina de Jesus Jundiaí: Rua Rangel Pestana, 1.344, Centro Fone (11) 4586-6655 E-mail: ssjundiai@sinsaude.org.br Presidente: Marilza de Fátima Gonçalves Sevilha Secretário: Renan Henrique Fernandes Tesoureira: Juliana Karine Machado Rodrigues Suplente: Beatriz Lúcia de Castro Limeira: Rua Francisco Ferreira da Rosa, 701 Vl. São Cristovam - Fone (19) 3441-3473 E-mail: sslimeira@sinsaude.org.br Presidente: Neusa Artigozo Secretário: Leandro de Oliveira Barreto Tesoureira: Mariane Gorrido Suplente: Gilson Aparecido Furlan Marília: Rua Amazonas, 80, Marília Fone (14) 3413-1147 E-mail: ssmarilia@sinsaude.org.br Presidente: Aristeu Carriel Secretário: José Aparecido Gonçalves da Silva Tesoureira: Cleuza Teodoro de Paula Suplente: Cláudio de Oliveira Silva São João da Boa Vista Rua Dom Duarte Leopoldo e Silva, 630 Jd. Bela Vista - Fone (19) 3631-3676 E-mail: sssaojoao@sinsaude.org.br Presidente: João Batista Esperança Tesoureiro: Damaris Bertuqui Cavinatti Secretária: Isilda Grassi Cola Choqueta Suplente: Ana Cecília dos Santos

Tupã Rua Caingangs, 401, Centro Fones (14) 3496-1936 / 3491-5005 E-mail: sstupa@sinsaude.org.br Presidente: Orides Sávio Vivi Tesoureira: Ivanilde da Silva Secretária: Célia Fátima dos Santos Oliveira

POSTOS DE ATENDIMENTO Atibaia Rua José Bim, 349, 1º andar, sala 2, Centro Fone (11) 4412-4428 E-mail: ssatibaia@sinsaude.org.br Diretora responsável: Vicentina da Silva Melo André Bragança Paulista Rua Cel. Assis Gonçalves, 605, Centro Fone (11) 3404-4277 E-mail: ssbraganca@sinsaude.org.br Diretora responsável: Vicentina da Silva Melo André Espírito Santo do Pinhal Praça Rio Branco, 161, Centro Fone (19) 3651-4135 E-mail: sspinhal@sinsaude.org.br Diretor responsável: João Batista Esperança Garça Rua José Augusto Escobar, 345, Centro Fone (14) 3471-0103 E-mail: ssespacosindical@sinsaude.org.br Diretor responsável: Aristeu Carriel Indaiatuba Rua Osvaldo Cruz, 69, Centro Fone (19) 3825-0755 E-mail: ssindaiatuba@sinsaude.org.br Diretor responsável: Waldir de Marchi Mogi Guaçu Rua Minas Gerais, 50, Jardim Centenário Fone (19) 3818-4442 E-mail: ssmogiguacu@sinsaude.org.br Diretora responsável: Isilda Grassi Cola Choqueta

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