Revista SINFAC/RS 01

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Rua Sport Club São José, 53 - conj. 302 Fone: (51) 3341-3998 - Fax: (51) 3341-6857 CEP 91030-510 - Porto Alegre/RS www.sinfacrs.com.br - sinfacrs@sinfacrs.com.br DIRETORIA Presidente: Olmar João Pletsch Vice-Presidente: Márcio Henrique Vincenti Aguilar Diretor Administrativo: Olmiro Lautert Walendorff Diretor Financeiro: Rodrigo Librelotto Westphalen Diretor Financeiro Substituto: Letícia Hickmann Pletsch Diretor de Relações do Trabalho: Jorge Luiz dos Santos Silveira SUPLENTES Cláudio de Leão Lemieszek Álvaro Francisco Acosta Lopez Valdir Ferraz de Abreu Maria Terezinha Deboni Grando Fernanda Borges Correa Roberto de Lorenzi

reportagem especial

08 O Fomento Mercantil ou Factoring, já está consolidado no mercado, e viabiliza o fornecimento de recursos financeiros e apoio técnico, principalmente, para pequenas e médias empresas.

responsabilidade social

DELEGADOS REPRESENTANTES TITULARES Álvaro Francisco Acosta Lopez Olmiro Lautert Walendorff SUPLENTES Olmar João Pletsch Cláudio de Leão Lemieszek CONSELHO FISCAL TITULARES Norberto Pacheco de Antoni Luiz Gerson Almada Jorge Alberto de Oliveira Pacheco SUPLENTES Tomaz Bento Cardoso Filho Edson Klein Sérgio Grisolia Walendorff

12 As empresas de Fomento Mercantil do Estado também estão engajadas nas questões sociais e tem sido uma das grandes responsáveis pela execução de importantes ações de Responsabilidade Social.

e mais: Palavra do Presidente .................................................................................................. 4 Perfil do Associado ............................................................................................................ 5 Em Foco ............................................................................................................................................... 6

EDIÇÃO Jeito de Comunicar, Comunicação Empresarial, Publicidade e Propaganda Ltda. Rua Dona Laura, 471 - cj. 201 Moinhos de Vento - Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3388 7674 www.jeitodecomunicar.com.br Editora-responsável: Mariza Franck (Reg. Prof. 8611/RS) Redação: Ana Lúcia Medeiros (Reg. Prof. 11582/RS) Projeto Gráfico: Hélio de Souza Capa: Bruna dos Anjos

Legislação ................................................................................................................................. 15 Entrevista .......................................................................................................................................16 Artigo .....................................................................................................................................................18 Opinião ..............................................................................................................................................20 Agenda ..............................................................................................................................................22

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

nesta edição

03

A Revista do SINFAC/RS é uma publicação do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado do Rio Grande do Sul


palavra do Presidente

04 O SINFAC/RS inicia o ano de 2008, apresentando com imensa satisfação, a suas 145 empresas associadas, a publicação da sua primeira revista, que deixará a categoria informada e atualizada sobre os acontecimentos do setor. O novo periódico destaca em sua reportagem especial, a contribuição das empresas de Fomento Mercantil para o crescimento socioeconômico do país. Hoje, as empresas de Factoring são responsáveis pela geração de novos empregos, porque ao fomentar, o empresário tem mais rentabilidade e capital de giro, sem contar, que tem mais tempo disponível para se dedicar à expansão dos seus negócios. Dados da ANFAC informam que o segmento é responsável por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, realizando em 2006, operações em todo o mundo, na ordem de 1.134 trilhões de Euros, sendo que as Américas respondem por 21% desse montante. Também ouvimos o Desembargador da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Otávio Augusto de Freitas Barcellos, que fala sobre a relação do setor jurídico com as empresas de Fomento Mercantil, destacando a importância das organizações no cenário nacional, fomentando a economia brasileira, e gerando milhares de empregos de forma direta e indireta no país, na medida que fornece condições e capital de giro ao empreendedor. A Responsabilidade Social praticada pelas empresas de Factoring atualmente, responde pela promoção e execução de importantes projetos. Por que contribuir com o social está na filosofia de uma empresa de Fomento. Prova da mobilização de nosso segmento, citamos o trabalho desenvolvido por duas empresas de Fomento de Novo Hamburgo, que estão fazendo a diferença, e contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária. No Espaço Perfil, estamos apresentando uma de nossas associadas, a Alphatrade, empresa de Fomento Mercantil, de Porto Alegre. A organização é uma das mais sofisticadas em tecnologia do setor. Informamos em nossa revista, a agenda de cursos, eventos e palestras para o ano de 2008, e uma entrevista com o Presidente da Fecomércio/RS, Flávio Roberto Sabbadini, que fala sobre a relação com os sindicatos, projetos da Federação para 2008 e demais temas importantes para a categoria. Desejamos a todos, uma boa leitura neste novo veículo de informação do setor de Fomento Mercantil! Olmar João Pletsch Presidente do SINFAC/RS

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

“As Factorings têm a função de ajudar no crescimento da empresa, porque estudam a sua rentabilidade e a capacidade de operar.”


Alphatrade

Avelino Freitas

“Temos clientes que operam conosco desde o início das atividades da empresa.” “Para nós o mais importante não é ser a maior empresa do mercado. Porém, temos a pretensão de ser a melhor na qualidade do serviço e no atendimento ao cliente” destaca o sócio-gerente da Alphatrade, Avelino de Freitas Neto. A empresa de Fomento Mercantil, localizada em Porto Alegre, tem como uma de suas filosofias, oferecer aos seus clientes um gerenciamento operacional de qualidade e o que existe de mais sofisticado em tecnologia. Os resultados não poderiam ser melhores: agilidade e tecnologia de ponta. Fundada em 1997, a Alphatrade desde o seu início, sempre investiu na inovação tecnológica com avançados sistemas de comunicação para viabilizar as transações com os clientes. “O processo de operação e até a parte documental são feitas via sistema. Basicamente, não existe processo manual. Nós acreditamos que é uma das empresas que mais investem em tecnologia. O relacionamento com o cliente é praticamente on-line”, aponta Freitas.

aposta na tecnologia e no profissionalismo

Não é só de máquinas e altas tecnologias, que uma empresa se consolida no mercado e conquista credibilidade. Outro fator importante é o investimento em profissionais qualificados e com perfil de mercado para compor uma equipe de colaboradores. “Nesses dez anos, a organização sempre agregou conhecimento e pessoas, investindo na qualificação dos colaboradores porque sabemos que a resposta não vem em curto prazo, mas no dia-a-dia do trabalho”, salienta Freitas. A gerente do Departamento Comercial, Taísa Garcia Zogbi, complementa que a maioria dos colaboradores não precisa ser obrigatoriamente oriunda de instituições financeiras, e o principal ambiente de aprendizado do colaborador é o próprio ambiente de trabalho da organização. “O mais importante é sentir o interesse, a ambição e a vontade de crescer junto com a Alphatrade”. Para o gerente geral da empresa, Eduardo Lovato de Vargas “investimos em pessoas com capacidade e conhecimento, sem os chamados vícios de mercado. Isso sempre foi um ponto positivo nas contratações que agregam conhecimento e nível profissional”. A empresa tem uma gestão conjunta entre os executivos e os diretores para que todos participem das decisões da Factoring. Qualificação profissional Para que todos os 17 colaboradores mantenham-se qualificados, a empresa investe em profissionalização. Segundo Eduardo Lovato de Vargas, 80% dos principais executivos e também colaboradores participam de cursos e eventos voltados para o aprimoramento. “Isso nos proporciona, além do profissionalismo, a oportunidade de conhecer novos profissionais do mercado e trocar informações sobre temas do segmento”. Manter uma linha de crescimento e uma qualificação ainda maior do serviço prestado é a meta da Alphatrade aponta Avelino de Freitas Neto. “O desafio é manter essa linha de ascensão conquistada ao longo desses dez anos. Temos clientes desde o início de nossas atividades e um baixíssimo ou quase nulo nível de demanda judicial em nossa carteira de clientes. Isso atesta a nossa preocupação com o respeito às regras”. Crescer antes no mercado gaúcho, e de forma madura e profissional, para quem sabe avançar para outros estados do Brasil, complementa o sócio da Alphatrade, Tiago Garcia de Freitas, filho do proprietário da Alphatrade.

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perfil

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em foco

06

Relação do Judiciário

com as empresas de Fomento está em evolução

O exercício da atividade de Factoring no país encontra suporte

“Os juízes demonstram conhecimento sobre o tema, porém, o que falte talvez seja um conhecimento mais específico dos institutos que norteiam o setor, em decorrência das constantes confusões com outros contratos comerciais, em especial, com a atividade exercida pelo sistema financeiro nacional.”

legal no segmento jurídico. Os juízes estão enfrentando o tema nos tribunais com mais freqüência, resultado do crescimento da atividade de Fomento Mercantil no cenário nacional, aponta o Vice-Presidente do SINFAC/RS, Márcio Henrique Vincenti Aguilar. “Está ocorrendo uma análise mais depurada dos institutos jurídicos aplicados ao setor de Fomento Mercantil.” Para Aguilar esta postura mais atenta em relação ao tema, deve-se a “identificação do setor e a separação das empresas que praticam Factoring dentro de suas regras, daquelas que usurpam o nome de Factoring, adotando práticas incompatíveis com o exercício legal da atividade”. O Vice-Presidente acredita que a relação do setor jurídico com as empresas de Factoring está em fase de evolução. “Os juízes demonstram conhecimento sobre o tema, porém, o que falte talvez, seja um conhecimento mais específico dos institutos que norteiam o setor, em decorrência das constantes confusões com outros contratos comerciais, em especial, com a atividade exercida pelo sistema financeiro nacional”. Para ele, essas interpretações equivocadas “só serão corrigidas com o enfrentamento do tema, através de debates, simpósios, painéis, que envolvam os operadores de direito”. Aguilar esclarece que a operação de Fomento Mercantil não se compara e nem se assimila a uma atividade bancária. A Factoring não precisa de autorização governamental específica para operar enquanto atividade empresarial. Não existe interferência ou autorização do Banco Central. A empresa de Fomento não capta recursos da economia popular, não empresta dinheiro e não cobra juros. Por isso é preciso ter claro, “que a relação que foi posta em juízo trata-se de uma relação de Fomento pura, ou seja, que respeita as normas e regras

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I


que norteiam o instituto de Fomento

ciação Nacional das Sociedades de Fo-

Mercantil”.

mento Mercantil - ANFAC - e adequado,

O Desembargador da 15ª

no caso do Rio Grande do Sul, pelo SIN-

Câmara Cível do Tribunal de Justiça

FAC/RS, cujo modelo está disponível no

do Rio Grande do Sul, Otávio Au-

Manual do Associado, no portal do sin-

gusto de Freitas Barcellos, destaca

dicato em www.sinfacrs.com.br. “Além de

que apesar do Fomento Mercantil

orientar os clientes que sigam as regras

representar atividade econômica

do jogo, pois quem inventa é inventor,

relevante no cenário nacional, com capital de giro e experiência na

não operador de Fomento. Os proble-

análise de riscos de negócio, tem sofrido com a jurisprudência dos

mas mais freqüentes, que constatamos

Tribunais de Justiça. “Ao tratar o instituto de Fomento Mercantil, não ra-

no dia-a-dia, acontecem de invenções

ras vezes, como se fosse contrato bancário, inclusive com limitação de

praticadas por alguns operadores a re-

juros, quando não há previsão, nem possibilidade legal de cobrança

velia da orientação jurídica especializa-

de juros na espécie, mas de comissão de prestação de serviço, o que

da”, complementa.

é muito diferente”.

O

Des. Otávio Augusto Barcellos

Vice-Presidente também destaca “a

O Desembargador destaca a importância do Fomento Mercantil

importante visualização que o setor de

na geração de milhares de empregos no país, de forma direta e indi-

Fomento Mercantil tem dado à atividade

reta, na medida em que fornece condições ao empreendedor. Por isso,

de Factoring, demonstrando a luta

Barcellos aponta que a melhor maneira para diminuir as dúvidas exis-

constante pela aprovação do Projeto de

tentes entre juízes, promotores e advogados, em relação aos empre-

Lei para regulamentar o setor”.

sários que atuam no Fomento é o conhecimento. “Isso deve ser feito, através de constante publicidade institucional, séria e articulada, pois é muito difícil alterar o pensamento arraigado ao longo de muitos anos, com situações aonde o termo Factoring veio atrelado, em algum momento, em algo reprovável”. O Desembargador acredita que vai existir uma mudança de ótica do Poder Judiciário em relação aos contratos de Fomento Mercantil com a aprovação do Projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional para regularizar as empresas de Factoring. Conheça as leis As empresas de Factoring estão em expansão e contribuem de forma significativa para o desenvolvimento socioeconômico do país.

Márcio Henrique V. Aguilar Vice-Presidente do SINFAC/RS

O segmento está presente em mais de 50 países e contribui para a sustentabilidade de pequenas e médias empresas. Então a sua importância para a economia nacional é imprescindível. Isso significa que o domínio jurídico sobre o tema deve ser dominado. Como os advogados e assessores jurídicos das empresas de Factoring devem orientar os empresários de Factoring? Segundo Aguilar, a primeira orientação é a adoção do contrato sugerido pela Asso-

“O segmento está presente em mais de 50 países e contribui para a sustentabilidade de pequenas e médias empresas.” Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

em foco

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reportagem especial

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Fomento Mercantil impulsiona o crescimento econômico e empresarial do país “O setor de Fomento Mercantil é extremamente importante para a economia do país, porque representa um grande apoio mercadológico, financeiro e de capital de giro”, defende o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça e um dos maiores apoiadores do segmento no país. O Fomento Mercantil, ou Factoring, já está consolidado no mercado, e viabiliza o fornecimento de recursos financeiros e apoio técnico, principalmente, para pequenas e médias

A atividade de Factoring contribui de forma relevante para o crescimento econômico e social do país. O Brasil conta com mais de 125 mil empresas atendidas pela atividade de Fomento Mercantil, que gera mais de 2 milhões de empregos.

empresas. As vantagens de uma empresa que opera com uma Factoring são inúmeras. A empresa fomentada tem assessoria imediata na solução financeira dos seus negócios; dinheiro em caixa; o empresário conta com mais tempo e recursos para produzir e vender; a experiência da análise de crédito das empresas de Factoring; o empreendedor pode transformar vendas a prazo em vendas à vista; e outras vantagens na assessoria administrativa e financeira, que diminuem o endividamento, e possibilita maior competitividade no mercado. O Fomento Mercantil - Factoring é sem dúvida, fundamental para o crescimento da economia brasileira, por proporcionar as suas empresas fomentadas, estrutura sólida e capital de giro ágil para gerenciar e desenvolver os seus negócios. O Factoring existe no Brasil há 25 anos e contribui de forma relevante para o desenvolvimento socioeconômico. Dados da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring (ANFAC) informam que o segmento é responsável por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No ano de 2006, realizou operações em todo o mundo, na ordem de 1.134 trilhões de Euros. As Américas respondem por 21% desse montante.

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I


“O Fomento Mercantil é responsável por

presas estão enfrentando sérios problemas de viabilidade econô-

país. No ano de 2006, realizou operações em

concorrência dos bancos e das grandes Factorings, que utilizam de

2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do

mica, diante da queda nos fatores de compra, em decorrência da

todo o mundo, na ordem de 1.134 trilhões de

ferramentas de planejamento tributário ou de mercado de capitais,

Euros.”

para tornarem-se mais competitivas”. Silva acredita que o setor de Factoring sofrerá mudanças,

O Presidente do SINFAC/RS, Ol-

porque muitos empresários de Fomento estão buscando melhores

mar Pletsch, aponta que o crescimento do

oportunidades e ganhos fora do setor de Factoring. “A alta carga

setor de Fomento Mercantil no Brasil está

tributária, o risco de crédito e fraudes, e a concorrência verificada

estabilizado. Os empresários estão ge-

no setor são as maiores dificuldades que as empresas do setor es-

rando tributos e os recursos obtidos pelas

tão enfrentando”. Para estimular o Fomento Mercantil no país, o

Factorings estão “sobrando, ao contrário

Presidente do Sindicato do Mato Grosso do Sul, aponta três formas:

do Estado do Rio Grande do Sul, que

redução de impostos, maiores opções de regimes tributários - lucro

está com sérios problemas econômicos”.

presumido, por exemplo - e opções de captação de recursos.

De acordo com Pletsch, as empresas de

O Presidente do Sindicato gaúcho, Olmar Pletsch, analisa

Factoring são responsáveis pela geração

que não existe uma procura tão expressiva por empresas de Facto-

de novos empregos no país, porque ao

ring, porque as organizações se capitalizaram e as taxas oferecidas

fomentar, o empresário tem mais rentabi-

pelas instituições financeiras são bastante significativas. Segundo

lidade e capital. “As Factorings têm feito

ele, “os bancos têm maior poder de fogo”, porém, não prestam à

essa função de ajudar no crescimento da

mesma orientação que as Factorings disponibilizam.

empresa, porque estuda a sua rentabilidade e a capacidade de operar”. O setor de Fomento apresentou um crescimento muito elevado, algumas

“O setor de Fomento apresentou um crescimento muito elevado, algumas vezes superior ao crescimento do próprio país.”

vezes superior ao crescimento do próprio

Vantagens da empresa de Fomento

país. As empresas de Factoring fomentam

Para Pletsch os benefícios por optar por uma empresa de

a economia, geram renda, empregos e

Factoring é agilidade de decisão. “Normalmente fala-se com o pro-

divisas, destaca o Presidente dos Sindica-

prietário da Factoring. Nós examinamos o assunto e refinanciamos

tos das Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring (SINFAC/MS) de Mato Grosso do Sul, Rubens Filinto da Silva. “O crescimento impulsionado, principalmente, pelas grandes Factorings, que através da alavancagem bancária, redescontos e Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDIC’s), captaram recursos e cresceram muito suas carteiras”. Por outro lado, existe uma diminuição no número de Factorings pequenas e médias ativas no país, percebe Silva. “Essas em-

Presidente do SINFAC/RS - Olmar Pletsch

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reportagem especial

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matéria de capa

10 matéria-prima para os empresários”. O empresário de Fomen-

Projeto de Lei visa regulamentar

to fica com tempo disponível para se dedicar à expansão e ao

Factoring

crescimento do seu negócio. De acordo com Pletsch, houve um

O Prefeito da capital gaúcha, José

crescimento das empresas de Factoring, nos últimos dez anos,

Fogaça, por ser um dos grandes incen-

das 85 empresas associadas ao SINFAC/RS, existem atualmen-

tivadores do setor de Fomento Mercantil

te 145. “Existe no mínimo cerca de 700 empresas do setor no

brasileiro, apresentou durante sua gestão

Rio Grande do Sul”, informa.

como Senador, Projeto de Lei para regu-

O Presidente do SINFAC/MS, Rubens Filinto da Silva,

lamentar as empresas de Factoring. “Nós

complementa que uma empresa fomentada tem como vanta-

estamos criando uma série de padrões que

gens: além da agilidade, parceria, custo e a inexistência de

devem ser cumpridos para uma empresa

reciprocidade bancária. “Os bancos acabam vendendo uma

ser considerada de Factoring. Qualquer

taxa, mas em razão das reciprocidades exigidas, como segu-

empresa pode atualmente colocar uma

ros, consórcios, previdências, capitalizações, entre outros, o

placa na frente do seu estabelecimento e

custo do negócio fica muito maior, isso sem falar nas tarifas”.

chamar de empresa de Factoring. Por isso

Segundo Silva, a atividade fomenta por ano, em termos mun-

passei a assinar e apoiar essa lei”.

diais, mais de 1 trilhão de Euros.

O Projeto de Lei (PL) apresentado

Um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas

pelo ex-senador deu origem ao atual PL

é a falta de crédito, que pode resultar no fechamento de pe-

nº 13/2007 que tramita favoravelmente

quenas e médias empresas. Para solucionar o problema dessas

no Senado. De acordo com o PL, o Fac-

organizações, o Fomento Mercantil pode operar com empre-

toring é uma atividade voltada para o Fo-

sas que têm dificuldades em obter crédito bancário. “Se não

mento Mercantil, para a assistência téc-

fossem as Factorings, poderiam ter as suas portas fechadas,

nica, contábil e financeira de pequenas e

colaboradores demitidos, paralisação de produção, queda na

médias empresas, mediante contrato de,

renda, nos empregos e na arrecadação de impostos”, acres-

no mínimo um ano, e tão somente uti-

centa Silva. Para ele, o mercado de micros e pequenas tem

lizando recursos próprios. O empresário

grande simpatia pelas empresas de Fomento Mercantil – Facto-

ou agente de Factoring não pode captar

ring, por que muitas vezes, mesmo sem terem restrições, ainda encontram dificuldades em obter crédito no sistema financeiro. “As empresas de Factoring trabalham na aquisição de recebíveis e na prestação de serviços, com capital próprio, sem captação de recursos do público em geral, e naturalmente sem colocar em risco a poupança pública”.

“Houve um crescimento das empresas de Factoring, nos últimos dez anos, das 85 empresas associadas ao SINFAC/RS, existem atualmente 145.” Prefeito de Porto Alegre, José Fogaça.

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recursos no mercado financeiro. Isso não é apenas uma defor-

sobre economia, política, saúde e respon-

mação conceitual do que seja Factoring, mas é crime, é pratica

sabilidade social, além de outros temas

contrária à Lei Penal.

do setor. Um convênio com o Sistema Fe-

O ex-senador lamenta a dificuldade em regulamentar a ati-

comércio/RS está sendo formalizado para

vidade de Factoring no Brasil. Para Fogaça uma das razões pelas

promover cursos gratuitos como informá-

quais apresentou o Projeto de Lei foi fazer com que o Fomento

tica, relacionamento com os clientes e ge-

Mercantil tenha uma relação regular e permanente com a em-

renciamento de negócios.

presa, dando apoio e suporte sob vários ângulos. “Não apenas o

No dias 11 de abril, será promo-

apoio financeiro, o mercadológico, inclusive da escolha dos forne-

vido o 1º Encontro Gaúcho de Fomento

cedores e apoio à comercialização”, pontua.

Mercantil, em Bento Gonçalves, que visa

O Presidente do SINFAC/MS, Rubens Filinto da Silva, infor-

discutir temas técnicos, como Gestão de

ma inclusive, a importância das empresas de Fomento Mercantil,

Risco para Empresa de Fomento, Avalia-

para a reestruturação de grandes empresas nacionalmente conhe-

ção do Contrato de Fomento Mercantil,

cidas, que puderam através do apoio do setor de Fomento, se

Avaliação Econômica Atual, dentre ou-

recuperar, como foi o caso da Bombril, da Brinquedos Estrela, da

tros. “Esperamos a presença de 80% de

Toalhas Teka, da Palitos Gina, além de outras empresas de grande

nossas associadas”, diz o Presidente.

porte. “Temos hoje no Brasil mais de 125 mil empresas atendidas

O SINFAC/RS promove em parce-

pela atividade de Fomento Mercantil, que geram direta e indireta-

ria com a Faculdade dos Imigrantes, de

mente mais de 2 milhões de empregos”, relata.

“Qualquer empresa pode atualmente colocar uma placa na frente do seu estabelecimento e chamar de empresa de Factoring. Por isso passei a assinar e apoiar essa lei.” Qualificação dos profissionais do Fomento Mercantil Quem atua na área de Fomento Mercantil precisa

Presidente do SINFAC/MS - Rubens Filinto da Silva

se atualizar e apostar na profissionalização da empresa e de seus colaboradores. Para aproximar as suas 145 empresas associadas e ajudar na qualificação do setor, o SINFAC/RS

Caxias do Sul, o MBA em Gestão de Ne-

tem promovidos cursos e eventos regionais. Os temas visam escla-

gócios de Fomento Mercantil. As aulas se-

recer os associados e os colaboradores sobre temas, que fazem

rão ministradas em março, nas dependên-

parte do dia a dia das organizações, que vão desde matemática

cias do Hotel Plaza São Rafael, em Porto

financeira, legislação, fiscal/tributário, operacional, tecnologia

Alegre. As inscrições podem ser feitas

para empresas de Fomento, entre outros. “A nossa capacidade é

pelo endereço eletrônico www.portalfai.

40 participantes e sempre têm pessoas que ficam para o próximo

com. “O MBA tem docentes gabaritados

curso, já que a procura tem sido muito expressiva”, relata o Presi-

no assunto, com a presença de alguns

dente do SINFAC/RS, Olmar Pletsch.

empresários que falarão da atividade na

Para este ano de 2008, o Sindicato prevê novos cursos e

prática”, relata Pletsch.

eventos que incluirão reuniões-almoço e seminários para tratar

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matéria de capa

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responsabilidade social

12 Empresas de Factoring são destaques em

Ações Sociais

O trabalho e a responsabilidade com o social estão na filosofia de uma empresa de Fomento Mercantil As palavras da Presidente da Associação On Line, Rejane Cury, refletem a proposta da Factoring socialmente responsável, On Line Sociedade de Fomento Mercantil, de Novo Hamburgo, apoiadora da Associação na implantação de seus projetos. As empresas de Fomento Mercantil do Rio Grande do

“A empresa de Fomento, como grande parceira, pode estar um pouco além da sua função primária de negociação dentro de uma economia de mercado, e gerar alguma participação em ações comunitárias e projetos sociais que administra”.

Sul também estão engajadas nas questões sociais e tem sido uma das grandes responsáveis pela execução de importantes ações de Responsabilidade Social. O Presidente da empresa de Fomento, Everton Cury explica que os projetos sociais criados pela Associação On Line, que é uma organização não governamental, são gerenciados pela On Line Sports, que atua como gestora e idealizadora dos programas sociais. Segundo Rejane, que também é diretora da On Line Sports, para gerenciar um projeto social tem que ter dois focos importantes: atingir o maior número de pessoas e ter o menor custo de trabalho possível, mas com qualidade para ser executado. As ações e atividades mostram que o trabalho e a responsabilidade com o social estão na filosofia de uma empresa de Fomento. Como as atividades são gerenciadas pela On Line Sports, o nome já diz tudo, não é mesmo? É na prática do esporte que a empresa faz a diferença e coloca em prática a Responsabilidade Social. A entidade promove o Projeto Social “Natação para Todos”, que atende 150 crianças e adolescentes, de sete a 14 anos, da rede pública municipal e estadual de

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Novo Hamburgo. As aulas acontecem na Tubarão Escola de Natação e Hidroginástica e recebe o apoio da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs). “As crianças se sentem valorizadas, elas querem somente uma oportunidade e respondem de forma muito positiva”, destaca Rejane. O projeto conta ainda com uma pré-equipe, composta de 15 crianças que já estão dando os seus primeiros passos, ou melhor, suas primeiras nadadas como futuros atletas. O treinamento

“As crianças se sentem valorizadas, elas querem somente uma oportunidade e respondem de forma muito positiva.”

acontece duas vezes por semana. O resultado dos treinos já rendeu as primeiras medalhas exibidas no peito dos jovens nadadores. Rejane conta que a equipe participou da competição dos não-federados, promovido pela Federação Gaúcha de Esporte Aquático. “Este tipo de competição são para nadadores que ainda não estão em competições oficiais e a alegria deles em ter conquistado a sua primeira medalha foi emocionante”. Por falar em atletas, existe uma equipe de quase 50 nadadores profissionais, dos nove aos 48 anos, que treinam seis vezes por semana. A equipe conquistou este ano, o primeiro lugar no Circuito Mercosul de Travessias, entre 119 equipes; campeã Estadual do

Rejane Cury

Interior, em Caxias do Sul; finalista do Campeonato Brasileiro de Piscina, entre outros prêmios já conquistados. A equipe oficial de atletas tem como um dos apoiadores, o

e bicicleta), Jonas Araújo, vencedor do

Colégio Marista Pio XII, que cede o seu parque aquático para trei-

Mundial de Duatlo, em 2006 no Cana-

namento. A equipe tem um bicampeão mundial de Duatlo (corrida

dá; campeão na Hungria, em 2007, e concorre este ano na Alemanha. Para este ano, será implantado o Projeto Mini-Vôlei nas escolas municipais de Novo Hamburgo, onde as crianças no turno inverso das aulas terão iniciação ao esporte e ao vôlei. A On Line Sports, especializada em marketing esportivo, gerencia além dos projetos sociais, a academia On Line Fitness, a loja de artigos esportivos On Line Sport Shop e o Ginásio de Esportes, todos localizados no mesmo complexo. O Presidente da empresa de Fomento, Everton

Crianças do projeto “Natação para todos”

Cury, informa que a organização trouxe a Copa América de Voleibol, em 2005

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respoinsabilidade social

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responsabilidade social

14 e a Seleção Brasileira de Novos, que participou em Caxias do Sul, Três Coroas e São Leopoldo, de cinco amistosos com a seleção espanhola. Mãos Amigas: solidariedade e participação A Cirinvest de Fomento Mercantil, de Novo Hamburgo, também investe no social desde que iniciou as suas atividades. O Presidente da empresa, Cirio Paulo Faller Júnior, sempre colaborou com a faculdade de seus colaboradores e, em contrapartida, todos tinham que participar de algum trabalho social. A partir dessa iniciativa surgiu em 2003, a Associação Mãos Amigas, criada pelos funcionários do grupo Cirinvest, que atende principalmente crianças carentes de zero a seis anos e idosos. “A exigência do Cirio foi uma forma de sermos mais participativos. Temos noção dos problemas sociais e assumimos um compromisso na

Luiz Prestes

sociedade”, relata o Presidente da Associação, Luiz Prestes. “O Presidente foi o maior incentivador, a Associação foi criada nos ensinamentos dele”, complementa o Vice-Presidente Jorge Junior. A entidade é composta de 38 funcionários da empresa de Fomento. A Associação Mãos Amigas atende todos os anos, o Lar de Idosos São Vicente; o Lar Cecrife – uma casa de passagem para a mãe solteira; e a Casa de Passagem Anjos da Guarda, com crianças em situação de vulnerabilidade social. Além dessas entidades, a organização participa da Campanha Escolar, com doações de material básico de escolas para crianças carentes da Região do Vale dos Sinos. “Nós somos uma pequena gotinha no meio desse oceano de necessidades. Se cada um ajudar, grande parte dos problemas será solucionada”, aponta Prestes. As empresas de Fomento praticam Responsabilidade Social e o SINFAC/RS também. O Sindicato ajuda financeiramente o Centro de Educação Infantil Santa Catarina, no bairro Sarandi; o Centro Infantil Lupicínio Rodrigues, que presta atendimento a crianças da Vila Lupicínio Rodrigues; as Aldeias Infantis S.O.S./ Porto Alegre; a ViaVida Pró-Doações e Transplantes; e o Lar Santo Antônio dos Excepcionais.

Grupo de funcionários da Associação Mãos Amigas

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

“Nós somos uma pequena gotinha no meio desse oceano de necessidades. Se cada um ajudar, grande parte dos problemas será solucionada.”


Direito de regresso e o entendimento do Judiciário*

Exemplo disso é a brilhante e recente sentença proferida no processo nº 10600105377, da 3ª Vara Cível de Novo Hamburgo, onde assim reconheceu a Juíza: ”Na situação dos autos, em momento algum a autora provou que seus representantes não tinham ciência das cláusulas pactuadas e das regras que tratam dos contratos de Factoring, e muito menos tenha ocorrido qualquer vício de vontade. Referente à cláusula de recompra, também não vislum* Por Alexandre Fuchs das Neves Consultor Jurídico do SINFAC/RS

O direito de regresso continua sendo um tema polêmico nos julgamentos de processos envolvendo o Fomento Mercantil, embora amparado pela legislação (Art. 17 da Lei 7.357/85 – Lei do Cheque, e Art. 25, Lei 5.474/68, Lei das duplicatas). Na prática, vários são os julgados, inclusive de Primeiro Grau que, atentos ao setor, e mesmo as manifestações das partes no processo, entendem pela liberdade de contratar o direito de regresso.

bro abusividade, pois prevista contratualmente. A propósito, destaco a seguinte ementa: “Factoring – RECOMPRA DE TÍTULOS – ADMISSIBILIDADE – Inexistindo norma legal impeditiva, não descaracteriza a operação de “Factoring” a recompra de títulos, quando avençada contratualmente. Mantida a natureza da operação, torna-se inviável a revisão para expurgar juros excessivos, eis que inexistentes. Apelo improvido”. (TJRS – AC 197200199 – RS – 12ª C.Cív. – Rel. Des. Ulderico Ceccato – J. 25.06.1998).” Esta é apenas uma das diversas sentenças proferidas onde o Juiz, levado pela clara demonstração da realidade do caso concreto, e de como funciona o contrato de Fomento Mercantil, julga favorável ao direito de regresso. Concluímos que o Judiciário não é contrário ao Fomento Mercantil. Estão os julgadores efetivamente atentos aos detalhes do processo, cabendo a empresa de Fomento Mercantil demonstrar no processo a realidade dos fatos e a legalidade da contratação.

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legislação

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entrevista

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Fecomércio

compromisso com o desenvolvimento das empresas gaúchas

O Presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços no Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio/RS), Flávio Roberto Sabbadini, em entrevista a Revista do SINFAC/RS, fala da relação com os sindicatos associados, que juntos é possível trabalhar na execução das melhores estratégicas para contribuir com o desenvolvimento das empresas gaúchas e o crescimento da economia do Estado. Sabbani também aborda os projetos da Fecomércio/RS para 2008, da parceria com o SINFAC/RS, tendo o Sindicato como um importante parceiro e líder para a efetividade das ações da Federação, entre outros assuntos destinados à categoria.

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Como é a relação da Fecomércio/RS com os sindicatos? Os 112 sindicatos filiados à Fecomércio-RS representam a força e a sustentabilidade que as empresas do setor terciário gaúcho possuem. Temos representação em todos os 496 municípios do Rio Grande do Sul e a relação do Sistema Fecomércio-RS com todos os sindicatos é de muita harmonia, mas, também, de árduo trabalho. Juntos, pensamos e executamos as melhores ações e estratégias que atendam às necessidades dos empresários. Como Federação que representa essa classe, pensamos e atuamos, também, para colaborar com a sociedade civil de modo geral, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, investindo em qualificação e educação e consolidando os interesses comuns para um ambiente mais adequado às condições de vida da população. Qual a importância da Federação para o crescimento das empresas gaúchas? Por meio dos nossos sindicatos filiados atuamos de forma a contribuir com questões de interesse amplo, pela longevidade e competitividade das empresas, por tributos justos e bem aplicados, por reformas estruturantes que garantam a circulação de renda, a geração de empregos e o combate à sonegação e informalidade. Como é a parceria do SINFAC/RS com a Fecomércio-RS? O SINFAC/RS, assim como os demais 111 sindicatos que integram o Sistema Fecomércio-RS, é um importante parceiro e líder para a efetividade das ações da Federação, sendo nosso representante legítimo na relação direta com as empresas que o compõe. Os associados do SINFAC/RS podem participar de cursos promovidos pela Fecomércio. Quais são as vantagens e benefícios dos associados que participam dos eventos, cursos e palestras promovidos pela Federação? A participação nas atividades realizadas pelo Sistema Fecomércio-RS ao longo do ano é de extrema importância. Ações relevantes como o alinhamento estratégico, a busca de desenvolvimento sustentável, práticas de gestão, entre outros, são temas amplamente tratados durante os eventos que a Federação promove como o Fórum Estadual de Gestão.


entrevista

17 “Os 112 sindicatos filiados à Fecomércio/RS representam a força e a sustentabilidade que as empresas do setor terciário gaúcho possuem [...]” Quais são as vantagens da empresa ser associada a um sindicato? É uma forma de potencializar a resolução de demandas, necessidades e interesses comuns. A Fecomércio-RS fez uma pesquisa onde foi constatado que 13,5% dos empresários do setor terciário têm interesse em participar de organizações representativas de classe. Isso demonstra que unificar bandeiras e questões pontuais, concentradas em entidades sólidas e de representação legitimada é vista como uma ótima alternativa para a gestão empresarial. É o princípio da ação coletiva, onde como empresa (de forma individual) somos frágeis. Qual é o primeiro passo para o empresário conquistar o sucesso? Os empreendedores são, também, cidadãos. Fazem parte da sociedade civil e, assim como todos, sentem no próprio bolso os percalços de uma carga tributária elevada. No entanto, no que se referem as suas empresas são obrigados a fazer uma verdadeira “ginástica financeira” para atender a todos os seus compromissos fiscais e obrigações legais. Por todas essas dificuldades, vemos que os empreendedores estão buscando alternativas de sobrevivência que são benéficas para seus negócios, como: ampliar seu “mix” de produtos e serviços, praticar gestão estratégica, acompanhar indicadores de desempenhos, entre diversas outras iniciativas que visam a dar mais longevidade às empresas e mantê-las competitivas no mercado. Qual a importância do Prêmio Qualidade RS que têm inscrições abertas até fevereiro? Em um mundo extremamente competitivo não há mais espaço para perda de tempo, má aplicação de recursos, desperdícios e burocracia que diminui a velocidade dos processos. A única maneira para garantir bons resultados e gerar crescimento constante é através da adoção de ferramentas da qualidade para a busca da excelência em gestão. A gestão da qualidade deixou de ser um diferencial e passou a ser obrigatoriedade para sobrevivência das empresas. E o Prêmio Qualidade RS é um importante indicador de que as empresas estão no caminho certo em relação à prática da gestão estratégica. Uma das pautas que está sendo discutida pela Fecomércio é a abertura de capital de empresa? Como está sendo esse processo no Estado? Não defendemos propriamente a abertura de capitais por empresas, mas também não discordamos desta prática. O que procuramos destacar, na edição 33 da Revista Bens & Serviços, de janeiro de 2008, é que o universo das ações, antes consideradas uma prática bem distante da realidade das pessoas, hoje alcançou patamares bastante possíveis. Investir em ações exige a mesma consciência e responsabilidade do que aquele que está preparado para abrir o capital de sua empresa. Mas, é importante avaliarmos muito bem os riscos, e se estamos dispostos

Presidente da Fecomércio/RS - Flávio Sabbadini

a enfrentá-los, manter a transparência na gestão dos negócios e nas negociações, e estar atento às relações com o mercado. No entanto, um dos pontos mais importantes é entender que a Bolsa não é um jogo, e sim um investimento. Quais os projetos da Federação para 2008? A partir do mapa estratégico idealizado para o período de 2007/2020, traçamos vários projetos a curto, médio e longo prazos. Podemos citar, entre alguns já iniciados, e que terão continuidade também neste ano de 2008, o desenvolvimento de lideranças, a Rede de Relacionamentos - que agrega importantes lideranças pelo Estado – as ações conjuntas de Sesc, Senac e sindicatos filiados/associados, entre outros. No entanto, nossa preocupação maior é continuarmos cada vez mais cumprindo com nossa missão de assegurar às empresas do setor terciário as melhores condições para gerar resultados positivos e desenvolver a sociedade.

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artigo

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Gestão Financeira você no timão!

Cada vez mais, as empresas de Fomento Mercantil sentem as dificuldades de competirem no atual mercado. As margens estão estreitas, a carga tributária é elevada e a inadimplência é um vilão implacável. Alia-se a este cenário, o fato dos bancos estarem invadindo um filão de mercado que era, tradicionalmente, reservado às Factorings: a pequena e média empresa com alguns apontamentos cadastrais, porém com títulos de boa liquidez. Esta introdução, embora pareça, não é para desanimar os diversos empreendedores do segmento no nosso Estado e no por Carlos Damasceno

restante do país, mas sim para enfatizar a necessidade urgente

Engenheiro e Consultor Financeiro

de aumento da técnica de gestão do negócio. Conhecer e saber

do SINFAC/RS

avaliar os custos e riscos envolvidos na operação, passou a ser, mais do que nunca, preponderante para o resultado positivo tão almejado por todos os empresários. Neste sentido, trazemos, a seguir, alguns conceitos fundamentais dos componentes que fazem parte da operação de Fomento e influenciam diretamente na gestão financeira do negócio: Custo do dinheiro: independentemente de sua origem o dinheiro utilizado na aquisição de títulos tem custo. Caso o recurso venha dos sócios (mútuo) ou do capital integralizado do negócio, o custo mínimo a ser considerado, em termos de avaliação financeira, é o do CDI ou CDB, que é onde o recurso estaria se não estivesse na operação (custo de oportunidade). Caso o

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recurso venha de bancos, redesconto ou capital

Spread ou margem operacional: é o valor

de giro com garantia de recebíveis, o custo é a

total necessário para cobrir todas as despesas ad-

taxa operada acrescida das demais tarifas da

ministrativas (pessoal, pró-labores, aluguéis, cus-

operação. Quando o recurso provem de ambas

teio, etc) do negócio, acrescido do lucro esperado

as fontes (próprio + bancos), o ideal é apurarmos

para o mesmo, em relação ao total operado.

o custo através da média ponderada da utilização dos mesmos. Carga tributária: é o somatório dos tributos pagos mensalmente em relação à receita total (deságio + ad valorem) gerada nas operações do mês.

Todos estes componentes devem ser considerados numa avaliação periódica da carteira para determinar se o negócio está alcançando os resultados inicialmente esperados. Lembre-se: este navio tem um timoneiro, que é você. O rumo que ele irá tomar depende

Inadimplência: é a perda de crédito num determinado período, em relação ao total de

das suas avaliações e, principalmente, das suas ações.

operações realizadas neste mesmo período.

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opinião

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Qualidade de Vida Uma Questão de Equilíbrio* Na busca por qualidade de vida é interessante começar conhecendo nossos inimigos. Estão entre as principais causas de perda de saúde e morte, os problemas conseqüentes ao tabagismo. A seguir o sedentarismo e a obesidade, e em terceiro lugar o abuso de álcool. A verdade é que a maior parte da nossa saúde é resultado de nossos comportamentos, nossas escolhas e, portanto está em nossas mãos. Causa e efeito ao mesmo tempo, o estresse vem com a exaustão de mecanismos que utilizamos para enfrentar essas e outras agressões e a luta do nosso dia-a-dia. Longas jornadas de trabalho, pouco descanso, trânsito, preocupações com pro* Por Francisco da Costa - psicólogo formado pela UFRGS, especialista em Psicoterapia e Transtornos Aditivos.

blemas profissionais ou familiares, muitas vezes, prolongam sua presença. Nosso organismo tenta sobreviver a esse ambiente, mas nem sempre colaboramos para seu equilíbrio, assim, o acúmulo e sobrecarga de tensões

“A verdade é que a maior parte da nossa saúde é resultado de nossos comportamentos, nossas escolhas e, portanto está em nossas mãos.”

são o que nos conduz ao estresse. Nos momentos iniciais, a ansiedade toma frente nessa luta, nos deixando mais despertos para o enfrentamento dessas condições. Observam-se sintomas como a dificuldade de atenção, a irritabilidade e o sono prejudicado. Nosso pensamento privilegia os aspectos negativos e tudo passa a parecer mais difícil e ameaçador. A seguir, buscamos suportes para essa guerra sem tréguas. O estressado passa a fumar mais, a usar mais medicações, beber mais café, comer mais e com menos qualidade e a usar mais bebidas alcoólicas. Essas tentativas são um retrato de um repertório empobrecido que não só não funciona, como causa ainda mais estresse. Assim, nosso organismo se vê obrigado a afastar-nos desse ambiente ameaçador. Estratégia que se inicia pelo cansaço, e segue com um

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repertório que vai da dor de cabeça ao ataque cardíaco.

relaxamento do que ficar na frente da televisão. O sono,

Abrimos entrada para doenças e nossa libido e capa-

momento de profunda renovação estará impulsionado

cidade de investimento na vida, passam a se recolher

em sua profundidade pelo relaxamento. Uma alimenta-

podendo chegar à depressão. Ao contrário do que se

ção organizada e nutricionalmente adequada de forma

pode pensar, isso não é o corpo contra nós, e sim o re-

individualizada, também servirão para oferecer a ener-

sultado de nosso desrespeito com ele e sua tentativa de

gia para nossas batalhas. O equilíbrio psicológico virá

se equilibrar por si mesmo.

como conseqüência, com a diminuição da visão envie-

Entre os elementos para um equilíbrio real, al-

sada do estresse, mas também deverá conduzir o pro-

guns se destacam: A atividade física além de oferecer

cesso de reequilíbrio. Muitas vezes, a vida automática

um momento desligado dos compromissos, treina o cor-

não nos permite realmente implementar essas mudan-

po e mente para lidar com o estresse. Já as atividades de

ças, e nossa rotina nos pega pelas canelas. Por isso é

relaxamento têm a função de potencializar o descanso.

importante uma parada para a reflexão, muitas vezes

É um momento protegido, no qual podemos realmente

com auxílio profissional. Aproveite e inicie esse processo

desativar mecanismos de luta que ficaram ativos tanto

agora. Se você não para pelo seu corpo, ele para por

tempo. Assim, uma massagem vale muito mais para o

você. Vale a pena parar para pensar nisso.

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opinião

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agenda

22 CURSOS EXTERNOS Análise Crítica do Contrato de Factoring (para associados). 08 de maio, em Porto Alegre. Instrutores: Alexandre Neves, Márcio Aguilar e Carlos Damasceno. Objetivo: Analisar e discutir “cláusula a cláusula” os principais pontos relacionados ao contrato de Fomento comercial, ao aditivo contratual, bem como, aos títulos negociados, ao borderô e demais documentos envolvidos na operação, reforçando os aspectos imprescindíveis que devem estar presentes quando da formalização. Cálculos Financeiros, Tributação e Planejamento Fiscal para Factoring. (aberto: associados até uma inscrição não paga). 06 de junho, em Caxias do Sul. Instrutores: Carlos Damasceno e consultores tributaristas e outros especialistas convidados. Objetivo: Proporcionar uma visão financeira prática sobre os cálculos efetuados em operações de Factoring e em operações Bancárias para que o participante possa realizar comparativos, ter argumentação numa negociação e elaborar análises para tomada de decisões. Avaliar os impostos incidentes na operação de Fomento comercial, bem como os respectivos regimes de tributação e fatos geradores para optar pelos menores impactos possíveis no custo da operação. Tecnologia da Informação para Empresas de Fomento 10 de julho, em Porto Alegre. Instrutores: Especialistas em TI e empresas prestadoras de serviços neste segmento. Objetivo: Apresentar as principais ferramentas de gestão operacional e de crédito utilizadas pelas empresas de Fomento Mercantil, bem como esclarecer dúvidas sobre sua utilização. Aspectos Tributários, Contábeis e Fiscais para Empresas de Fomento Mercantil. 01 de agosto, em Passo Fundo. Instrutores: consultores tributaristas e outros especialistas convidados. Objetivo: Abordar de forma prática conceitos tributários, contábeis e fiscais relacionados à atividade de Fomento Mercantil, visando a melhoria da gestão das empresas que participam deste setor. O Factoring Atual 15 de agosto, em Porto Alegre. Instrutores: Alexandre F. Neves e Carlos Damasceno Objetivo: Apresentar as melhores práticas para o Fomento Mercantil na atualidade. Avaliar os aspectos

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operacionais e técnicos envolvidos na operação de Factoring. Expor e debater as questões jurídicas relacionadas ao Fomento. Debates e relatos sobre temas atuais do setor. CURSOS INTERNOS (na sede do Sindicato – apenas para associados) Aspectos Operacionais Práticos vinculados a operação de Fomento Mercantil 19 de maio, no SINFAC/RS. Instrutor: Carlos Damasceno Objetivo: Apresentar as melhores práticas operacionais para o setor na atualidade. Avaliar os aspectos operacionais e técnicos envolvidos na operação de Factoring. Expor os principais cuidados relacionados à operação. Aspectos Jurídicos vinculados a operação de Fomento Mercantil 19 e 26 de maio, no SINFAC/RS Instrutor: Alexandre Neves Objetivo: Abordar os principais aspectos jurídicos presentes na operação de Fomento Mercantil. Relacionar e debater o que pode ser adquirido. Analisar os principais documentos relacionados à operação. PALESTRAS Avaliação Política Atual do País 30 de maio, em Porto Alegre. Rodrigo Giacomet (reunião almoço) Objetivo: Apresentar e esclarecer pontos relacionados a política atual do país e a sua relação com o setor de Fomento Qualidade de Vida e Saúde 27 de junho, em Porto Alegre. Palestrante: Dr. Franciso da Costa (psicólogo). Objetivo: Esclarecer para público interessado (ênfase nas mulheres do Fomento) aspectos importantes relacionados à qualidade de vida atualmente na nossa “agitada” sociedade. O que é Factoring? 29 de agosto, em Porto Alegre. Palestrante: Carlos Damasceno Objetivo: Esclarecer para todos interessados (público em geral e imprensa) a importância e as principais características do setor de Fomento Mercantil. O Factoring e o Judiciário 26 de setembro, em Porto Alegre. Palestrante: Carlos Damasceno Alexandre Neves Diretoria e Representantes do Poder Judiciário Objetivo: Esclarecer para os magistrados de nosso Estado a importância e as características de nossa atividade.




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