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ISSO É MUITO PODEROSO, PORQUE TRANSFORMA A PERCEPÇÃO DA PESSOA, DE UM JEITO

Que Ela Nunca Mais Vai Olhar Para Um

Asfalto E Para Um Terreno Livre Da

MESMA FORMA. E ELA VAI COMPARTILHAR

Esse Entendimento Com Outras Pessoas

Guilherme Castagna, engenheiro e permacultor pronúncia é ecos], a ecologia como o estudo da casa, e o estudo da nossa casa maior que é o planeta”, acredita o engenheiro e permacultor Guilherme Castagna.

O ambientalista Nik Sabey endossa a importância de reavaliarmos nossa relação com a biodiversidade nos espaços urbanos. “A árvore condensa muitas soluções: ela reduz a temperatura, garante áreas permeáveis, reduz o impacto das chuvas – ou seja, a chuva primeiro passa pelo filtro das árvores, de suas copas –, além de umidificar o ar e dar abrigo para a fauna. Eu acho que a aproximação de todo esse universo das árvores, das soluções e da inteligência da natureza mostra para as pessoas que ainda não entenderam porque a gente deve preservar e plantar.”

Ainda que no Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo – lei que orienta o crescimento e o desenvolvimento urbano de toda a cidade – a dimensão ambiental desempenhe papel fundamental na estruturação e ordenação territorial, repensar o modelo de urbanização exige a participação e a vigilância constante da sociedade. E para que isso aconteça, precisamos nos enxergar como seres da natureza, aponta a ambientalista Ângela Mendes, filha de Chico Mendes (1944-1988), e presidenta do comitê que carrega o legado de seu pai. Assim como o seringueiro e líder ambiental, Ângela explica que, se antes acreditava estar lutando para salvar a Floresta Amazônica, hoje ela percebe que está lutando para salvar a humanidade. sustentabilidade / para ver no sesc

“As pessoas vivem cansadas, esgotadas, e a gente sabe, por exemplo, que é muita informação todo tempo, com a internet, que é muito boa porque informa, mas também vai afastando as pessoas, cada vez mais, desse elemento íntimo que nos liga ao mundo. Acho que é preciso se dar momentos de pausa e de reflexão para olhar o entorno, olhar o que tem à sua volta e tentar se enxergar nesse lugar. Entender os milagres da natureza, como uma semente de samaúma, a rainha da Floresta Amazônica [árvore que chega a ter 60 metros de altura, 40 metros de copa e três metros de diâmetro].

A gente sabe que não é uma tarefa fácil no mundo de hoje, mas é necessário”, ressalta a ambientalista, que participará, neste mês, do Festival Florestar, realizado pelo Sesc São Paulo [Leia Somos Natureza].