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Acontece que nesta data, o dito senhor já havia falecido e os herdeiros não autorizavam que se fizesse a vedação que há muito vinha sendo reivindicada por nós. A estrada tinha cada vez mais trânsito, a escola era de vez em quando vandalizada e para segurança dos alunos era urgente que fosse feita.

À Câmara faltou vontade política para resolver a situação.

Foi mais fácil optar pelo encerramento e transferir os alunos para a escola nº 1 que por ter mais alunos, seria por lei esta a encerrar.

Foi na altura um grande choque para mim.

Fui forçada a concorrer a outra escola a um ano da idade da reforma.

Aqui fui feliz a fazer o que gostava.

Aqui fui professora, conselheira, psicóloga, enfermeira…

Também fui “contínua” (era assim que se dizia) e jardineira… só tivemos auxiliar uns três ou quatro anos, o que seria impensável hoje.

Agradei a todos?

Claro que não. Mas procurei sempre ser justa e fazer o melhor que podia. Quantos alunos passaram por mim!

A todos tentei não só transmitir conhecimentos, mas também ajudá-los a crescer, ajudá-los a fazerem as suas escolhas, a serem livres, a serem homens e mulheres de bem.

Será que consegui?