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Em 1982 fiquei colocada na escola Nº 2 de Arroteias. Como ficava perto de casa ia sempre a pé. Comigo iam as crianças do bairro que tinham o mesmo horário (tínhamos que atravessar a linha) e pelo caminho mais se iam juntando.

Era uma escola simpática, com uma arquitetura diferente de todas as que conhecia.

Uma escola que nasceu nos pós vinte cinco de Abril, fruto do empenho e união da população local que deitou mãos à obra e a pôs em pé.

Deram-lhe o nome Escola Henrique Galvão.

Havia nesta altura cerca de cem alunos, divididos por quatro turmas, como só tinha duas salas de aula trabalhava-se em regime de desdobramento, duas turmas de manhã e duas de tarde.

Ao longo dos anos os alunos foram diminuindo, de quatro turmas passámos a duas e com número reduzido de alunos.

Em 2005/2006 eram apenas 20 e eu era a única professora.

No entanto o seu encerramento deveu-se sobretudo a problemas que advinham da cedência do terreno em que estava implantada.

O mesmo tinha sido cedido por um senhor de apelido Caiado (se bem me lembro) e, segundo o que os populares me diziam, nõ era apenas o que o edifício ocupava mas também a zona do pátio e do parque infantil. Só que o acordo foi apenas verbal, nada ficou registado.