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Sexualidade na Adolescência
HORIZONTE
SEXUALIDADE NAADOLESCÊNCIA
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SUSANACHEIS
Psicóloga, Coordenadora do Programa de Formação CONSIGO
Sexualidade não é o mesmo que sexo
Aeducação sexual tem início na infância, ou melhor, na sala de partos e acompanhanos toda a vida, do nascimento à morte. Sexualidade não é sinónimo de relações sexuais, diz respeito a quem nós somos e a como nos sentimos como homens e mulheres. Ensinar os nossos filhos sobre sexualidade vai muito além de falar de órgãos sexuais, de mudanças corporais, de gravidez e de contracetivos. É ajudá-los a conhecerem quem são, a sentirem-se seguros nos seus corpos, a lidarem pacificamente com as suas mudanças ao longo do tempo e a comunicarem as suas vontades e necessidades, respeitando os seus limites e os limites dos outros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde a sexualidade é "uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura e intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso,
influencia também a nossa saúde física e mental".
Crianças e jovens que vivem em ambientes 1sexualmente saudáveis terão oportunidade de viver com mais saúde física e emocional.
Quem ensina sexualidade?
Os pais são os primeiros e mais importantes educadores sexuais dos seus filhos e acerca disto todos os autores são unânimes. Devem ser os pais a transmitir os valores que desejam transmitir. A sexualidade está carregada de uma história cultural e diz respeito a crenças e atitudes dos que nos rodeiam. E porque nos dias que correm estamos rodeados de mensagens carregadas de valores sexuais, nas redes sociais, nos meios de comunicação, na publicidade, nos filmes, na música e por toda a parte, é muito importante que cada família, que tem os seus próprios valores, exerça o seu direito e responsabilidade de os transmitir aos seus filhos, etapa a etapa, ao longo do seu crescimento.
Esqueça a Grande Conversa!
Ensinamos sobre sexualidade quando perguntamos a um menino de 5 ou 6 anos se tem muitas namoradas na escola ou quando dizemos que devia vestir-se, pois é vergonha andar sem roupa. Ensinamos acerca da sexualidade quando fazemos comentários acerca dos corpos das pessoas, acerca de casais homossexuais ou acerca da responsabilidade das tarefas em casa. Tudo é aprendizagem. Tudo conta. E por isso esqueça a “grande conversa” e lembre-se de que as ações ensinam mais do que as palavras e aproveite os momentos propícios a boas conversas. A propósito de um filme ou de uma letra de uma música, podemos escutar atentamente as opiniões dos nossos jovens filhos e passar-lhes as mensagens que desejamos transmitir para que cresçam mais conscientes e saudáveis.
