Jornal Escola Aberta Educação SC - Julho 2017

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alimentaçã0

O sabor das cores A importância de refeições equilibradas e uso de ingredientes coloridos é um hábito que precisa ser reforçado desde a infância. Com essa proposta, as escolas da rede estadual criam projetos que envolvem os estudantes e as famílias, icentivando-os a cuidarem da saúde por meio da alimentação. Páginas 6 e 7

thiago marthendal

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO / SC | JULHO 2017


Jornal Escola Aberta celebra 10 anos e comemora o reconhecimento

Aliado aos conteúdos disciplinares, o jornal provoca posicionamentos sobre temas como meio ambiente, inclusão, discriminação, bullying, dente outros, que contribuem para o desenvolvimento do raciocínio e questionamentos sobre questões de abrangência cultural.

Página 4 Alunos se destacam em modalidades esportivas e representam Santa Catarina em competições nacionais e internacinais

THIAGO MARTHENDAL

Editora, Beatriz Menezes dos Santos

Utilizar os meios de comunicação como processo educativo nas escolas estaduais foi uma proposta inovadora, em 2007, quando a Secretaria da Educação firmou parceria com apenas um dos jornais diários de Santa Catarina. Ao longo desses 10 anos o programa se ampliou e as instituições podem continuar a utilizá-lo como representação de seu trabalho pedagógico, estreitando a distância entre os saberes escolares e as vivências dos estudantes. Isto fica claro pelo reconhecimento dos cerca de 5.500 alunos da rede, professores, gestores, membros das Regionais e de comunidades escolares. Hoje, com a avalanche de informações em diferentes plataformas, que incluem as redes sociais, o veículo jornal está a procurar novos caminhos para bem servir à sociedade. Na educação, mais que um recurso de aprendizagem, portador de diversos gêneros discursivos, o impresso é um grande instrumento que leva o aluno a interpretar a realidade a partir das diferentes versões apresentadas ou construídas por eles mesmos. Aliado aos conteúdos disciplinares, o jornal provoca posicionamentos sobre temas como meio ambiente, inclusão, discriminação, bullying, dente outros, que contribuem para o desenvolvimento do raciocínio e questionamentos sobre questões de abrangência cultural. Além disso, sabe-se que muitas escolas começaram, efetivamente, a produção de seus jornais de circulação interna, a partir do desenvolvimento de programas como este, que utiliza o jornal na sala de aula. Nesta edição, com a proposta de interiorizar as informações relativas aos programas e ações da Secretaria da Educação, apresentamos, na página Central, o projeto Colorindo o Prato, que incentiva hábitos alimentares saudáveis desde a infância. Antes, na página 3, o artigo Os jovens e a vulnerabilidade virtual ressalta a importância de a família estar atenta aos perigos da internet. Na entrevista, na página 5, destacamos o trabalho de avaliação de resultados da nova política de gestão escolar, implantada nas escolas catarinenses em 2015. Procurando sempre valorizar o trabalho de professores nas salas de aula, divulgamos ainda inúmeras experiências coletivas e inovadoras que instigam o conhecimento e são muito bem aceitas pelos estudantes e suas famílias. Boa Leitura. Continuemos celebrando a educação!

Índice

Editorial

Páginas 6 e 7 Projetos como Colorindo o Prato, desenvolvido em parceria com as empresas que fornecem alimentação escolar ensinam os alunos a comer melhor

Página 8 O Núcleo de Educação Ambiental, da Secretaria da Educação, orienta as escolas nas ações de sustentabilidade ambiental

Página 9 A Escola Gasino de Freitas, de Lajeado Grande envolve a comunidade na confecção de polvos de crochê que são doados às UTIs neonatais dos hospitais da região

Página 10 A Escola Julio da Costa Neves, de Florianópolis, dá exemplo de projetos interdisciplinares

Página 11 O Escola Aberta apresenta o panorama geral das obras de inauguração e ampliação das escolas da rede estadual durante o primeiro semestre

Expediente Editora: Beatriz Menezes dos Santos

Editor de fotografia: Thiago Marthendal

Revisão: Equipe Ascom

Participaram dessa edição: Edinéia Rauta, Janaína Mônego, Dafnée Canello, Thiago Marthendal, Ana Petry e Sabrina Domingos

Fotografia: Thiago Marthendal, Osvaldo Nocetti, Sabrina Domingos, Júlio Cavalheiro, Dafnée Canello, Janaína Mônego, Jaqueline Nocetti e James Tavares.

Diagramação: Bruno Pagani

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Assessoria de Comunicação: Edinéia Rauta Secretaria de Estado da Educação

Sobre a capa Alunos do IEE 8°ano - Luiza Brasil / Tainara Quintanilha Gabriella da Silva 6°ano - Artur Shmitz / Gustavo Eduardo da Cruz / Larissa da Silva

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Artigo

Os jovens e a vulnerabilidade virtual

Gerente de Políticas e Programas da Educação Básica e Profissional - Secretaria de Estado da Educação

Recentemente o Desafio Baleia Azul, jogo violento, virtual, que manipula grande número de adolescentes, se alastrou na mídia e passou a preocupar gestores e professores, porque propõe desafios ameaçadores, que muitas vezes colocam em risco a vida desses jovens, podendo levar até ao suicídio. Felizmente em Santa Catarina não foi identificado casos decorrentes do Desafio, mas a Secretaria da Educação, por meio da Política do Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) alertou e propôs 1.080 ações que buscam esclarecer e identificar possíveis envolvimentos no jogo.

O momento destaca também, além da escola, a importância da família estar atenta às novidades levadas pelos jovens, mas que precisam ser acolhidas, analisadas, questionadas e incorporadas, da mesma forma que devem ser desestimuladas quando há risco e sofrimento’ A revolução tecnológica e comunicacional pode ser uma grande oportunidade dependendo de como a utilizamos, por isso as proibições por si só, ajudam pouco. A ideia é ampliar o repertório cultural incorporando a mediação qualificada no uso dos instrumentos e, neste quesito, a escola é um lugar

especial, por ser a porta do conhecimento científico em prol da cidadania. O momento destaca também, além da escola, a importância da família estar atenta às novidades levadas pelos jovens, que precisam ser acolhidas, analisadas, questionadas e incorporadas, da mesma forma que devem ser desestimuladas quando há risco e sofrimento. O cuidado e o monitoramento das famílias são fatores determinantes no processo. Neste sentido, os adultos devem zelar pela integridade física, moral, psicológica e sexual das crianças e adolescentes. No entanto, essa prática requer estratégias de aproximação cada vez maior, para que seja possível conhecer o que os usuários fazem e com quem se conectam nas redes virtuais. O diálogo é sem dúvida a melhor forma de conhecimento para o cuidado mútuo. Refiro-me ao diálogo presencial, sem conexão virtual, aquele do pai sentado ao lado do filho, da mãe prestando atenção e orientando a sua filha, aquele que está se tornando cada vez mais líquido e veloz como diz Bauman. A escola aliada à família pode fazer a diferença para que as crianças e os adolescentes se tornem cada vez mais pessoas conectadas com o mundo real, não apenas ligadas em tecnologia. Desta forma, o Nepre atua como norteador dessas questões, incluindo quaisquer tipos de violências e ainda, drogas lícitas e ilícitas, preconceito, racismo, discriminação, homofobia, bullying, cyberbullying, entre outras, que interagem nos diferentes contextos sociais e educacionais.

Dia da Família na Escola O secretário da Educação, Eduardo Deschamps, fez um tour pelas unidades de ensino da Grande Florianópolis em comemoração ao Dia da Família na Escola (8 de abril). A interação entre pais e estudantes se reflete positivamente na aprendizagem e vem alterando o cotidiano das escolas da rede estadual. Na foto os alunos da Leonor de Barros festejam com o secretário.

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REPRODUÇÃO

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JÚLIA SIQUEIRA DA ROCHA

“Vivemos em tempos líquidos. Nada é para durar.” A teoria escrita pelo sociólogo polonês Bauman Zygmunt é de fato a era em que vivemos hoje. O mundo cada vez mais acelerado e mergulhado na virtualidade, em computadores e smartfones, torna a juventude mais vulnerável aos conteúdos da internet.

Arte e Cultura no Google

Visitar o Museu de Arte de São Paulo (MASP), um dos maiores e mais importantes museus da América do Sul, se tornou agora uma experiência muito mais prática e barata, principalmente pra quem não mora na capital paulista. Em uma parceria com o Google o acervo do museu pode agora ser visitado pelo aplicativo Google Arts&Culture. Além da exposição de vária obras, o aplicativo, disponível para Android e iOS, mostra endereços de exposições em museus e informações sobre as obras e seus autores, sendo interessante seu uso em sala de aula. A parceria com o MASP vai proporcionar também uma experiência em realidade virtual para 12 obras selecionadas, que podem ser vistas por vários ângulos usando um Cardboard.

O início de um novo ano letivo na escola ou faculdade pode se tornar um pesadelo pela quantidade de novas tarefas, aulas e contatos que você acumula em um curto espaço de tempo. Uma boa maneira de evitar estes problemas é usar um serviço de organização, como por exemplo o aplicativo Trello. Com o Trello, você pode criar quadros para organizar tudo em que estiver trabalhando. Use sozinho ou convide colegas de aula, amigos e família para trabalharem juntos e eles nunca mais vão poder usar desculpinhas como “não sabia” ou “me esqueci”. O aplicativo possui integrações com diversos serviços de armazenamento na nuvem, como Google Drive, Dropbox e OneDrive. Guardar seus trabalhos e listas de atividades em um desses serviços é uma maneira bacana de ter acesso a eles de qualquer lugar, além de manter uma cópia de segurança.

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divulgação

Espaço Alunos

Futebol brasileiro no Campeonato Mundial Escolar Alunas - atletas de Chapecó ficaram entre as quatro melhores do mundo na modalidade

por DAFNÉE CANELLO e ana petry

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Foi a primeira vez que uma instituição brasileira ficou entre as quatro melhores equipes do Mundial Escolar. As meninas representaram o Brasil, em Praga

epresentar o País em uma competição internacional é o sonho de todo atleta. Para as meninas da Escola Lourdes Lago, de Chapecó isso não é mais sonho. Após conquistarem o Campeonato Escolar Brasileiro de

Futebol Feminino Sub17, em Belém, no Pará, as 16 estudantes-atletas representaram o País, na cidade de Praga, República Tcheca. Depois de vários jogos, bastante disputados, as atletas conquistaram a quarta colocação na competição. Foi

a primeira vez que uma instituição brasileira ficou entre as quatro melhores equipes do Mundial Escolar, o que reforça ainda mais a excelente campanha realizada pelas meninas de Chapecó. Para a capitã da equipe, Julia Daltoé, a alegria e a união move

o time. “Dentro de campo não falta raça e vontade de vencer”, destaca. Dominar a bola não é o bastante, é preciso ter disciplina e bom rendimento na sala de aula. Com esta filosofia as alunas recebem o incentivo na escola, já reconhecida pela dedicação ao es-

porte e que conta com a Casa do Atleta, para abrigar estudantes esportistas de vários estados. A grande campeã do mundial foi a Áustria, goleando na final, a França por 5x0. A terceira posição ficou com a Alemanha, que venceu o Brasil por 5x4 no desempate.

osvaldo nocetti

As estudantes Larissa Faturi, de 16 anos, da Escola de Educação Básica Professora Maria José Barbosa Vieira, em São José, e Emilly Maira Silva Santos, de 13 anos, do Instituto Estadual de Educação, na capital, conquistam cada vez mais espaço e ampliam as oportunidades em competições de extrema importância. Uma escolheu o balé. A outra a Ginástica Rítmica Desportiva. Emilly é integrante da equipe de Ginástica Rítmica do IEE e estará com as demais atletas do Campeonato Pan-americano Juvenil e Adulto de Ginástica Rítmica, que será realizado em outubro, na Flórida, Estados Unidos. A vaga foi conquistada após a equipe ser vencedora do Campeonato Brasileiro de Conjunto Ilona Peuker, em 2016. Larissa foi selecionada para participar da 35ª edição do Festival de Dança de Joinville, considerado o maior do segmento no mundo. A jovem, que participa do Studio de Dança do IEE desde os quatro anos, foi escolhida após mandar um vídeo para a seleção em março. Este é o sexto ano que Larissa participa do Festival.

Com muita dedicação e horas de treino, Larissa, no balé, e Emilly, na Ginástica Rítmica, participam de competições nacionais e internacionais

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Balé e ginástica rítmica do IEE

Eduardo comemora o título com a diretora Deise Maria Baretta

Xadrez no sangue O estudante do 7º ano da Escola São José, de Fraiburgo, Eduardo Antunes Perosa, de 12 anos, comemora a conquista nacional do Campeonato de Xadrez Fenac. O Festival Nacional da Criança– Sub 12, organizado pela Confederação e Federação Brasiliense de Xadrez, que aconteceu no mês de abril, em Brasília, mobilizou esportistas de vários estados brasileiros. Santa Catarina foi muito bem representada pelo atleta e estudante Eduardo.

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Entrevista Maristela Fagherazzi Coordenadora de Gestão Escolar da Secretaria da Educação

Resultados da política de Gestão Escolar por DAFNÉE CANELLO

Os integrantes do Conselho Deliberativo das escolas estaduais, membros da Secretaria da Educação e das regionais estão avaliando a Gestão Escolar, de acordo com a nova política idealizada a partir de 2015. A sistemática estabeleceu a escolha de diretores por professores, pais, alunos e servidores, para um período de quatro anos. Em 2017, as propostas selecionadas saíram do papel e já apresentam resultados positivos envolvendo as comunidades onde as escolas estão inseridas. Em entrevista ao jornal Escola Aberta, a coordenadora de Gestão Escolar da Secretaria da Educação, Maristela Fagherazzi apresenta as ações previstas para este ano letivo. Confira!

Escola Aberta: Qual a política da Secretaria da Educação para a Gestão Escolar em SC? Maristela Fagherazzi – Em 2015 teve início uma nova forma de escolha dos diretores das unidades de ensino. Cada candidato elaborou um Plano de Gestão para ser aplicado na escola. O documento foi apresentado e votado pela comunidade escolar, ou seja, pelos pais, estudantes, professores e servidores. Com a escolha do Plano, o seu autor se tornou o diretor. Em 2016, a maioria das escolas teve novos diretores que passaram a colocar em prática as ações previstas no Plano.

thiago marthendal

EA: Quais as ações previstas para este ano? M: Uma das principais ações é a avaliação, um dos compromissos assumidos na proposta. A Secretaria criou a Sistemática de Avaliação da Gestão Escolar de Santa Catarina (SAGE-SC). Este processo considera indicadores externos e internos que sinalizam os avanços e as dificuldades da gestão escolar do período. A análise dos resultados da SAGE, relacionados com a realidade educacional da escola a qual está inserida, constitui-se em ferramenta fundamental de (re)planejamento, tomada de decisão e gestão dos processos escolares, possibilitando intervenções pedagógicas comprometidas com a aprendizagem dos estudantes. Outra ação em destaque é a realização de nova etapa da formação continuada dos gestores escolares. Estamos priorizando o aprofundamento de temas da dimensão pedagógica, tais como o gestor e as concepções de aprendizagem, a interdisciplinaridade e a integração curricular, a avaliação da aprendizagem, a educação integral e o percurso formativo.

EA: Como é feito o acompanhamento do plano de gestão? M: A Secretaria da Educação, por meio das Gerências Regionais, prioriza a formação em serviço dos diretores das escolas. Os diretores foram desafiados a manter as discussões e reflexões do plano com a comunidade escolar e com as instâncias de decisão colegiada, como o Conselho Deliberativo, o Grêmio Estudantil e a Associação de Pais e Professores. Este processo contínuo de reflexão promoveu o efetivo acompanhamento do plano de gestão e a possibilidade de aperfeiçoamento, assim como a definição de novas metas e ações a partir da realidade da escola e dos compromissos assumidos coletivamente. EA: A formação dos gestores no decorrer dos quatro anos é uma das ações fundamentais. Como é realizada? M: Os cursos de formação dos gestores têm momentos presencias, em âmbito estadual nas regionais de educação, e à distância, por meio da plataforma digital desenvolvida para o processo (e-Proinfo). Este preparo contempla também a realização de atividades na escola, buscando o envolvimento da comunidade escolar no acompanhamento, execução e avaliação do Plano. O foco da formação dos diretores é o efetivo acompanhamento da Gestão Escolar. Todos os conteúdos e textos utilizados na formação serviram para subsidiá-los em sua prática. Contemplamos assuntos que envolvem a organização escolar de forma ampla, tais como o planejamento dos recursos financeiros, prestação de contas, alimentação escolar, conselho deliberativo, gestão dos recursos humanos,

análise dos indicadores educacionais, políticas de prevenção, a inserção na Proposta Curricular de Santa Catarina, no projeto Político-Pedagógico e no próprio Plano de Gestão Escolar, dentre outros assuntos. EA: E se o diretor não conseguir colocar em prática as ações do plano? M: Neste caso, a Secretaria fará um trabalho de identificação e investigação dos fatores que influenciaram no descumprimento, para resolver as possíveis distorções. Porém, nossa perspectiva com a avaliação, é a de fortalecer a gestão participativa e democrática. A meta é que todas as escolas realizem ações periódicas de diagnóstico, planejamento, acompanhamento e avaliação envolvendo a comunidade escolar. EA: Qual a participação do Conselho Deliberativo Escolar e da Associação de Pais e Professores neste processo? M: Mais que um processo democrático, a participação dos pais, estudantes e servidores por meio dos Conselhos Deliberativos é necessária e efetiva. Eles foram criados para envolver a comunidade escolar que poderá contribuir com o bom andamento das ações desenvolvidas nas unidades de ensino. Já a Associação de Pais e Professores, além de atuar na gestão democrática, também auxilia no cumprimento de sua função social que é contribuir com alternativas de trabalho conjunto e com objetivos que levem em consideração o Projeto Político-Pedagógico, o Plano de Gestão Escolar e a realidade da escola.

Estamos priorizando o aprofundamento de temas da dimensão pedagógica, tais como o gestor e as concepções de aprendizagem, a interdisciplinaridade e a integração curricular, a avaliação da aprendizagem, a educação integral e o percurso formativo.

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Alimentação

compromisso com qualidade e sustentabilidade O Programa Estadual de Alimentação Escolar promove uma cultura nutricional e ambiental nas escolas thiago marthendal

por SABRINA DOMINGOS

A alimentação escolar ofertada pelo Estado a todas as escolas públicas da rede é planejada visando o atendimento pleno das necessidades nutricionais dos alunos durante o período de permanência na escola. Com essa proposta, o Programa Estadual de Alimentação Escolar (PNAE), que contribui para a formação de hábitos alimentares saudáveis também mostra o caminho para um desenvolvimento mais sustentável. Além da aquisição de mais de 40% dos produtos

O projeto Colorindo o Prato, que incentiva os alunos a se alimentarem melhor desde a infância, propõe atividades lúdicas e envolve os pais

da agricultura familiar,

O

projeto Colorindo o Prato ensina os alunos a escolher alimentos saudáveis usando as cores, proporcionando a inclusão de legumes, cereais e frutas nas refeições. Pela parceria entre a Secretaria da Educação e as empresas responsáveis pela alimentação escolar, Nutriplus e Risotolândia, os estudantes são orientados por nutricionistas

promovendo um estímulo à permanência no campo dos produtores, com o incentivo a uma cultura que não agrida o meio ambiente, a Secretaria da Educação, em parceria com as empresas que fornecem a alimentação nas escolas, desenvolvem

sobre a importância de refeições equilibradas e o uso de ingredientes coloridos, um costume que precisa ser reforçado desde a infância. A abordagem ocorre durante os intervalos, quando os profissionais interagem com as crianças por meio de atividades lúdicas, como a montagem de um prato gigante com recortes de alimentos trazidos de casa. A ação busca envolver

também os pais com brincadeiras e tarefas para serem avaliadas em conjunto. “Temos relatos de pais que foram incentivados pelos filhos a incluir nas refeições caseiras alimentos saudáveis. Esse é um dos propósitos deste projeto, levar para a família orinetações sobre hábitos alimentares mais saudáveis”, destaca o diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola.

O gerente de comunicação da Nutriplus, Antônio Valini, destaca que, se desde cedo os jovens forem orientadas, terão condições de fazer melhores escolhas nutricionais no futuro. Para a gerente operacional da Risotolândia, Renata Maluly, o material reforça as propriedades nutricionais dos alimentos, com a proposta de sensibilizar os pais ou responsáveis sobre o assunto.

Como funciona

projetos que ensinam a comer melhor.

Os alunos recebem um flyer com os principais grupos que fazem parte da alimentação brasileira, como leguminosas e cereais, raízes e tubérculos, legumes e verduras, castanhas e nozes, água, leite, queijos, frutas, carnes e ovos. Para complementar a atividade, os estudantes descrevem a rotina alimentar e fazem uma autoavaliação dos seus hábitos. Sabrina Domingos

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Na foto ao lado, alunos do IEE na montagem de um prato gigante com todos os grupos alimentares


JANAÍNA MÔNEGO

Tecnologia a serviço da alimentação escolar Educação desenvolve aplicativo para contagem automática das refeições envolvendo mais de 180 mil estudantes por DAFNÉE CANELLO JANAÍNA MÔNEGO

O aplicativo Foram desenvolvidos dois métodos com linguagens diferentes para serem utilizados de acordo com a realidade de cada escola. Dessa forma a contagem poderá ser feita por meio das câmeras dos tablets fornecidos às escolas via QR Code ou por código de barras lido através do aparelho leitor identificado no computador. “Cada estudante terá a própria Carteira de Identificação Estudantil emitida pelo Sistema de Gestão Escolar de Santa Catarina (Sigesc), o que garante precisão na contagem”, explica o diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola.

Formação para o uso dos tablets

A estimativa é economizar até 10% da alimentação escolar em 2017. A ideia é que o método de contagem das refeições seja estendido para todas as escolas

A ferramenta torna o processo de contagem da alimentação escolar mais ágil, econômico e transparente. A estimativa é economizar até 10% na alimentação em 2017, sendo que em 2016 o investimento foi de R$ 130 milhões. Desenvolvido pelo Ciasc a pedido

da Secretaria da Educação, o aplicativo foi disponibilizado em maio, com a função de realizar a contagem automática das refeições servidas aos alunos. Ao todo 270 escolas da rede estadual utilizarão o novo método para contabilizar a merenda nas escolas.

Concurso Nutrindo Canções

Cerca de 180 mil estudantes terão acesso ao serviço no momento das refeições. Os dados computadorizados serão transferidos para o sistema de registros da alimentação escolar, repassando a quantidade de refeições a serem pagas por estudante em cada escola.

Para o domínio do aplicativo, de maio a setembro, 320 profissionais das escolas entre gestores, assistentes de Educação e profissionais das Gerências passarão por formação para conhecer o novo sistema e aperfeiçoar o uso dos tablets. “O processo é uma forma de legitimar a quantidade e garantir a qualidade da merenda”, enfatiza a participante do curso e diretora da EEB Arnoldo Agenor Zimmermann, Doris Ramos, de Gaspar. O diretor Matiola ressalta que a ideia é levar a todas as escolas o novo método de contagem. “Neste primei-

ro momento, 270 escolas com mais de 900 alunos têm acesso ao aplicativo, porém estamos trabalhando para ampliar este números”, completa.

O que vai mudar Atualmente, os estudantes entregam uma fichinha de papel para a profissional responsável pelo acesso do aluno ao refeitório, que conforme apurado pela Secretaria e em auditorias internas pode resultar em imprecisão dos números finais das refeições servidas e pagas às empresas prestadoras do serviço de alimentação escolar. Segundo o diretor de Tecnologia e Inovação, Francisco Reis Von Hertwig, que gerenciou o processo de desenvolvimento do aplicativo, serão realizados automaticamente relatórios diários, o que facilita no levantamento e contagem final das refeições. De acordo com o analista, Edson Luiz Pacho, a ferramenta facilita e otimiza o tempo de trabalho, pois além dos fatores como os relatórios finais diários emitidos, a análise nutricional é outro destaque. “O sistema possibilita identificar os estudantes que acabam se interessando por alimentos mais calóricos e acabam não ingerindo nos dias que é oferecido salada, frutas e verduras, por exemplo”, esclarece.

por SABRINA DOMINGOS

Os autores das 37 melhores paródias musicais sobre o tema alimentação saudável e adequada serão premiados no segundo semestre com equipamentos eletrônicos Pegando carona no sucesso que os influenciadores digitais fazem com as paródias, e o exemplo do grupo Rádio Comida, que disponibiliza vídeos no YouTube, relacionados à alimentação e humor, as empresas Nutriplus e Risotolândia, em mais uma parceria com a Secretaria da Educação criaram o concurso Nutrindo Canções. A competição tem o objetivo de incentivar os estudantes a desenvolver bons hábitos alimentares exercitando a criatividade.

Os autores das 37 melhores paródias serão premiados com um headphone supra auricular sem fio, com tocador de MP3. As inscrições para o concurso encerraram dia 30 de junho na secretaria das unidades de ensino. Participam estudantes do quinto ao nono ano do ensino fundamental e as canções puderam ser feitas individualmente ou em dupla. Para a etapa estadual será selecionado apenas um candidato por escola.

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Meio Ambiente

Projetos sustentáveis por dafnée canello e ana petry DAFNÉE CANELLO

Uma das atividades do Projeto foi a captação da água da chuva destinada à irrigação da horta escolar, que é cuidada pelos professores e alunos DAFNÉE CANELLO

Falar sobre meio ambiente na escola parece fácil, até porque é um assunto cada vez mais presente no cotidiano. Mas de que forma tornar os estudantes mais sensibilizados? Como fazer com que eles preservem e conservem os bens mais preciosos da humanidade? Cultivar pomares, plantas e jardins, evitar o desperdício de água, consumir mais produtos orgânicos são algumas das inúmeras atividades desenvolvidas por professores e alunos. A Secretaria da Educação, por meio do Núcleo de Educação Ambiental (NEA), tem o importante papel de orientar essas ações que envolvem os 520 mil alunos da rede. De acordo com a coordenadora, Maria Benedita Prim, promover a educação ambiental é priorizar atitudes em benefício do meio ambiente de forma multiplicadora.

Horto escolar atrai a comunidade Este é o quarto ano que a Escola Ivo Silveira, de Palhoça, promove a Semana do Meio Ambiente (1 a 05 de Junho), com o intuito de incentivar o protagonismo entre os estudantes. “Buscamos provocar a capacidade de pesquisa dos jovens e os deixamos livres para organizar os conteúdos e meios de apresentação, explicou a professora de biologia, Karina Pereira. Durante a Semana, a Ivo Silveira apresentou à comunidade o Horto Escolar, desenvolvido e cuidado por alunos e professores. O número de

visitantes alcançou a expectativa, recebendo cerca de 2.500 pessoas. A ideia de criar o horto partiu do professor de química, Adriano Curcio, em 2012, buscando aproximar os estudantes da realidade sustentável e aproveitar o espaço que não era utilizado pela escola, com atividades educativas e pedagógicas. “Sempre contei com o empenho dos alunos, até nas férias. Eles se envolvem de verdade, criam responsabilidade, além de adquirirem muita maturidade com as causas ambientais”, conta.

Conscientização ambiental na Escola Luis Ledra Ao promover uma política ambiental norteadora para as unidades de ensino, a Secretaria da Educação implantou, em 2016, o Projeto Escola Espaço Educador Sustentável e Promotor de Saúde. A ação, ainda em andamento, é o concurso Escola Promotora de Saúde com o tema Todos contra o Aedes aegypti. Dentro desse projeto, a EEF Luis Ledra, de Rio do Sul, realiza ações de conscientização ambiental, com a adesão de alunos, professores e funcionários. A prática principal é o recolhimento e venda de material reciclável com apoio da comunidade. O dinheiro arrecadado foi utilizado na compra de livros para o acervo da biblioteca. Com a ação, a escola já comprou mais de 100 livros. Divulgação

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Criação das Com Vida e Cadernos de Orientação A Secretaria da Educação, por meio do NEA, também incentiva e promove a criação nas unidades de ensino, das Comissões de Meio Ambiente e de Qualidade de Vida (Com-Vida), com o objetivo de implantar os conceitos da Agenda 21 na escola. Da mesma forma, está organizando o Caderno Orientativo de Educação Ambiental para que as escolas desenvolvam ações formais e sociais.

Oficinas e passeio orientado Dentre as atividades apresentadas estão a horta, o espaço de compostagem e a eco sala, utilizada ao longo do ano, principalmente nas aulas de biologia e química. O foco das oficinas é o impacto que atitudes humanas causam ao meio ambiente. Para Lucas Cunha, aluno do 2º ano do ensino médio regular, o intuito não é só a preocupação com fatores básicos de sobrevivência humana. “São atitudes que beneficiam além do nosso mundo humano. É uma questão

de não sermos egoístas com as outras espécies”, alerta. O passeio no Horto foi acompanhado pelos alunos que explicaram sobre o plantio de verduras e ervas medicinais, junto com processo da captação da água da chuva, que é utilizada para a manutenção de toda a horta.“São ideias que levamos para nossa casa e o mais legal é que nossos pais também aprendem com a gente”, diz aluna do 1º ano do ensino médio integral Manuela Garcia de Souza.

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Voluntariado

Crochê solidário A Escola Gasino de Freitas, de Lajeado Grande, envolve alunos e famílias em projeto junto às UTIs neonatais, dando exemplo de solidariedade por Janaína Mônego, ADR de Xanxerê

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O exemplo veio da Dinamarca A professora Roselei, agora aposentada, tem o crochê com um hobby. Informa que o projeto surgiu na Dinamarca e que veio para o Brasil no ano passado, em Brasília, e de lá pra cá foi se expandindo. “Aqui na nossa região ainda não tinha ninguém que fizesse e como eu trabalhei muito tempo na educação resolvi envolver os alunos, pais e avós”, disse. Ela explica que os polvos são colocados junto ao corpinho dos bebês recém-nascidos prematuros. Os tentáculos se assemelham ao cordão umbilical da mãe e passam ao bebê segurança e tranquilidade, proporcionando um ambiente de aconchego parecido com o útero materno. Letícia Costa de Oliveira é aluna do 9º ano e uma das voluntárias. “Eu achei muito legal a ideia. Eu adoro crianças e por isso topei participar do projeto. Eu não sabia fazer crochê e assim também estou aprendendo”, explica.

Solidariedade Além de beneficiar os bebês, a inserção do projeto na escola tem o objetivo de despertar nos alunos e familiares a sensibilidade da doação. “É a prática voluntária em benefício de uma outra pessoa, outra família”, explica a diretora Silvana da Silva Pereira. “Fortalecer a solidariedade é fundamental. Nós fomos de porta em porta e conseguimos um bom número de voluntárias”, acrescenta. Todos os anos a escola realiza uma ação solidária e neste ano, o Mini Guerreiros foi o escolhido. Além do trabalho voluntário, o projeto também contou com a

doação de empresas. “Muitas empresas nos auxiliaram doando linhas, agulhas e outros itens necessários para a confecção dos polvos”, explica. A professora que protagoniza o projeto disse que a recompensa são os sorrisos e o carinho recebido de quem é beneficiado. “Com certeza quem recebe o polvo, tanto o bebê quanto a mamãe, sente quanto amor foi disponibilizado para confeccionar este brinquedo e de uma forma ou de outra isso faz bem tanto para quem recebe quanto para quem doa uma hora do seu trabalho”, afirma Roseli. JANAÍNA MÔNEGO

gilidade entre a agulha de crochê e a mobilidade dos dedos para a arte com os fios. Carinho e muito amor em cada ponto firmado. O resultado só pode ser a solidariedade apresentada em forma de polvo. Médios, pequenos, coloridos ou de uma cor só. Eles farão a diferença nas UTIs neonatais dos hospitais da região. A atividade faz parte do projeto Mini Guerreiros da Escola Gasino de Freitas, do município de Lajeado Grande. Alunas, mães, tias, avós e voluntárias da comunidade, se reúnem duas vezes por semana para se dedicar ao crochê e a confecção dos polvos. “Os polvos são entregues aos pais após a alta do bebê e por isso é importante que o projeto tenha continuidade para que possamos repor”, explica a idealizadora, Roselei Tonetti. São aproximadamente 20 voluntárias que já confeccionaram cerca de 50 polvos. A expectativa é chegar a no mínimo 100 unidades nesta primeira etapa. Após a doação, os polvos passam por um processo de esterilização a 70 graus antes de serem utilizados nos hospitais.

Cerca de 20 voluntárias participam do projeto e ensinam as alunas a confeccionarem os polvos de crochê

Renda extra Para muitas voluntárias os primeiros pontos foram firmados nesta ação solidária. Nem todas dominavam técnicas de crochê. “É muito importante proporcionar este espaço de aprendizagem, pois hoje em dia parece que a juventude não se interessa mais por este tipo de atividade. E nós adultos, o que estamos fazendo? Incentivando ou entregando tudo pronto?”, questiona a coordenadora. Cada peça tem valor agregado significativo e pode ser uma possibilidade de renda a partir da aprendizagem no projeto solidário. “Se as alunas aprenderem bem, poderão até ter uma renda extra”, finaliza.

JANAÍNA MÔNEGO

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Divulgação

Vitrine

por Dafnée Canello

Abordar o mesmo assunto de maneira interdisciplinar é uma das metodologias mais desafiadoras do ambiente escolar. Com essa ideia, alunos e professores da escola Julio da Costa Neves, de Florianópolis desenvolveram o projeto pedagógico O Diário de Anne Frank: uma história dentro da história.

Interdisciplinaridade pela literatura De forma lúdica os estudantes se envolveram em diferentes atividades na escola Julio da Costa Neves, da Capital

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o longo do primeiro semestre, foram realizadas atividades como sessões de filme e produção de cartazes, que foram expostos na unidade, envolvendo todas as disciplinas. Um dos destaques foi a ação Torta na cara, já existente na escola como um desafio de perguntas e respostas, e adaptado ao projeto Anne Frank. O Facebook também foi utilizado para incentivar os alunos à leitura do livro, por meio

de interações com postagens, além de dicas de pesquisas para as aulas. As publicações partiram dos estudantes, como consolidação de conhecimentos sobre os conteúdos estudados no projeto, que passaram por avaliação dos professores Na disciplina de história, por exemplo, foi trabalhada a contextualização dos fatos históricos da personagem Anne, que viveu no período da Segunda Guerra Mundial.

A atividade tomou conta das aulas dos 560 estudantes e envolveu todas as disciplinas do ensino fundamental e médio. Para a idealizadora e professora de língua portuguesa, Idonézia Collodel Benetti, o trabalho coletivo possibilita diferentes oportunidades para associar conceitos, teorias, métodos e ferramentas de ensinoproveitoso para o professor e para o jovem.

EXEMPLOS DE atividades Língua Portuguesa: leitura do livro e abordagem do diário enquanto gênero textual. Relatos pessoais anônimos de violência sofrida ou testemunhada. História: contextualização dos fatos históricos presentes no livro. Artes: a arte das propagandas nazistas e dos símbolos utilizados na segunda guerra.

Biologia: experiências e desenvolvimento da ciência médica e transmissão de doenças nos campos de concentração.

Física: bombas de Hiroshima e Nagasaki – radioatividade.

Sobre Anne Frank O relato pessoal mais poderoso sobre a realidade da Segunda Guerra Mundial foi escrito por uma garota alemã de origem judaica de apenas 13 anos, Anne Frank (1929-1945). Começou a ser escrito pouco antes de Anne, seus pais, sua irmã e outros judeus terem de se esconder em um anexo secreto junto ao escritório de Otto H. Frank, pai dela em Amsterdã, em 1942 durante a ocupação nazista da Holanda. Otto, que foi o único da família a sobreviver ao holocausto, conseguiu acesso ao diário quando Anne já havia morrido. À 70 anos os relatos viraram o livro já traduzido para mais de 70 idiomas.

Filosofia: Alienação e ideologia como produções da segunda guerra.

Matemática: perímetro e área do Anexo Secreto (esconderijo da família Frank). Conversão de pés e polegadas em metros/centímetros para a confecção de maquetes do Anexo Secreto em escala reduzida. Ensino Religioso: Judaísmo e intolerância religiosa. Inglês: leitura e compreensão de textos com curiosidades sobre o Diário de Anne Frank.

10 / JUlHO 2017 / escola aberta

Divulgação

aprendizagem, tornando

Torta na Cara foi uma das ações do projeto

Maquete do sotão onde Anne se escondeu e objetos representativos dos conteúdos disciplinares como religião, artes e matemática, dentre outros

Geografia: cartografia da segunda guerra focalizando o espaço percorrido pelas tropas aliadas e do eixo. Química: gases letais – monóxido de carbono (usado nos caminhões de exterminação) e o Zyklon-B (utilizado nas câmaras de extermínio).

secretaria de estado da educação


Infraestrutura

espaço ESCOLAR valorizado Julio Cavalheiro

por THIAGO MARTHENDAL

O espaço escolar é um forte potencial para o desenvolvimento pleno do processo de aprendizagem, dizem estudos de organismos nacionais e internacionais sobre educação. Em Santa Catarina, somente no primeiro semestre, o Estado inaugurou, ampliou e reformou escolas que atendem quase 7.500 alunos. Para isso foram investidos cerca de R$70 milhões do programa Pacto pela Educação.

INFRAESTRUTURA As novas escolas entregues este ano seguem um padrão arquitetônico com acessibilidade, uma média de 12 salas de aula, sete laboratórios, ginásio de esportes, auditório, refeitório, além das dependências administrativas.

A Elfrida da Silva foi a primeira de uma série de escolas inauguradas em 2017. Foram entregues também obras de reformas e ampliações em várias regiões do Estado

INAUGURAÇÕES EEB Elfrida Cristino da Silva - Itajaí Com estrutura totalmente nova e investimento de R$ 8 milhões, a EEB Elfrida foi a primeira unidade inaugurada em 2017. A escola tem capacidade para atender até 1,2 mil alunos. Presente na inauguração o governador Raimundo Colombo destacou que as escolas entregues tem excelente infraestrutura. “É um avanço significativo no modelo de Educação”, afirmou. EEB Frei Manoel Philippi - Imbuia Atendendo 700 alunos, a nova escola foi inaugurada em 24 de fevereiro, com investimento de R$ 6 milhões. O reconhecimento dos alunos foi imediato. A estudante do 1º ano do ensino fundamental, Carolina Rengel, destacou que a nova estrutura é um incentivo a mais para estudar. “É muito bom frequentar uma escola ampla, que nos oferece mais qualidade e segurança”, destaca.

EEB Luiz Carlos Luiz – Garopaba Com investimento de R$ 10,7 milhões, a escola foi inaugurada em 23 de maio com cinco blocos em 6 mil metros quadrados. A nova unidade tem capacidade para 1,4 mil alunos nos três turnos. “Passamos o dia todo nesta escola. Aqui é o nosso local de aprendizado, onde também contamos com excelentes profissionais”, salientou o aluno do 1º ano, Jorge Pacheco. EEM Governador Luiz Henrique da Silveira – Joinville Tendo capacidade para atender 1,4 mil alunos, a escola foi inaugurada em maio com a presença do ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho. Para o ministro o objetivo é colocar o interesse dos alunos em primeiro lugar. “Aqui os alunos são atendidos num ambiente lindo, com infraestrutura

de primeiro nível o que vai se traduzir em educação de excelente qualidade”, ressaltou. O investimento foi de R$ 9,2 milhões, em uma área de 6 mil metros quadrados para atender o ensino fundamental e médio. EEB General Osvaldo Pinto da Veiga Capivari de Baixo Esta escola foi entregue em fevereiro, totalmente reconstruída com aplicação de mais de R$ 4 milhões para atender cerca de 400 estudantes. EEB Campos Verdes Jaguaruna Cerca de 250 alunos dos ensinos Fundamental e Médio receberam a unidade totalmente nova. São nove salas de aula, biblioteca, salas de apoio e laboratórios. O prédio tem três pavimentos e elevador.

AMPLIAÇÕES / REFORMAS

secretaria de estado da educação

EEB Paulo Bauer - Itajaí A escola que atende quase mil alunos recebeu investimento de aproximadamente R$ 6 milhões. Além da reforma da antiga estrutura, o novo prédio passou a ter sete salas de aula, auditório para 350 pessoas e laboratório de ciências.

Julio Cavalheiro

EEB Governador Irineu Bornhausen Dionísio Cerqueira Com 15 salas de aula e mais de três mil metros quadrados de área construída, a unidade recebeu um investimento de quase R$ 5 milhões, sendo projetada para atender até 750 alunos.

EEB Maria Rita Flor – Bombinhas Nesta escola foram aplicados R$ 4,4 milhões na reforma e construção de um novo bloco com dois pavimentos. Houve reforma do ginásio de esportes, refeitório, cozinha, setor administrativo, sala dos professores, laboratórios de biologia, química e informática, além de auditório, com capacidade para 450 pessoas.

Jaqueline Nocetti

EEB Regente Feijó - Lontras É a maior escola da região de Ibirama e recebeu investimentos de mais de R$ 3 milhões. Foi ampliadas as salas de aula e melhorias no sistema de água e ginásio de esportes.

EEB Felisberto de Carvalho - Palmitos Reinaugurada em maio é a maior unidade da cidade. A escola conta com laboratórios, palco com camarim, ginásio e quadra de esportes podendo atender até 626 alunos. O investimento foi de R$ 5 milhões.

Julio Cavalheiro

EEB José Clemente Pereira José Boiteux Uma escola completamente reformada foi entregue para a comunidade do Centro de José Boiteaux em fevereiro. Com investimento de R$ 3 milhões, houve melhorias na estrutura.

Escola aberta / julho 2017 / 11


Notícias da SED

Agricultura familiar Buscando ampliar a oferta de produtos oriundos do campo para a mesa dos estudantes, a Secretaria da Educação assinou contratos para compra de gêneros alimentícios com 30 Cooperativas de Agricultores Familiares do Estado. Os produtos serão utilizados na Alimentação Escolar dos mais de 525 mil alunos. Com a assinatura, o Governo investe, em 2017, cerca de R$ 16 milhões, beneficiando mais de 4 mil agricultores familiares. A com-

pra de cerca de 40% dos produtos da agricultura familiar permite que muitas cooperativas continuem com suas atividades no meio rural. Pela primeira vez, uma comunidade quilombola, a Associação Morro do Fortunato, de Garopaba, também está participando. As cooperativas e associações fornecem aipim, batata doce, biscoitos, doces, temperos, arroz, pinhão, filé de tilápia, maçã, farinhas de milho e mandioca, frutas, verduras, legumes e carnes.

ATENÇÃO

Curtas

Cadastro no Censo Escolar 2017 encerra dia 31 de julho Anualmente, a última quarta-feira do mês de maio é marcada como data referência para o preenchimento do Censo Escolar. Este ano, todas as escolas de educação básica do país usarão as informações do dia 31 de maio para repasse dos dados detalhados e individualizados das escolas públicas e privadas, bem como turmas, alunos e profissionais da educação em sala de aula. Essas informações vão subsidiar a implementação e acompanhamento de políticas públicas e planejar a distribuição

de recursos federais e estaduais. A data limite para preenchimento é dia 31 de julho. Todos os dados serão inseridos no Sistema Educacenso, do Inep, por meio do preenchimento online ou via ferramenta de Migração de Dados. A coleta é obrigatória e de caráter declaratório da escola, por isso os gestores educacionais são os responsáveis pela veracidade dos informes. Após a publicação final no Diário Oficial da União, os dados não mais poderão ser corrigidos.

CPESC THIAGO MARTHENDAL

A Secretaria da Educação repassou neste primeiro semestre cerca de R$ 4 milhões para 1.070 escolas da rede pública estadual por meio do Cartão de Pagamento do Estado de Santa Catarina (CPESC). O recurso atende às necessidades do cotidiano escolar de forma ágil e eficiente, consolidando o cartão como ferramenta de gestão educacional. Os recursos concedidos para cada Unidade Escolar são escalonados conforme o porte da escola, com base nos dados do Censo Escolar do exercício anterior. Esta é a primeira parcela de 2017, a segunda será liberada no segundo semestre.

12 / JUlHO 2017 / escola aberta

OSVALDO NOCETTI

Santa Catarina é referência nacional na compra de produtos da Agricultura Familiar

2ª Expo Estudar Florianópolis recebe, entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, no Centrosul, a segunda edição da Expo Estudar, a maior feira de educação do Sul do Brasil, que reunirá várias instituições de ensino do país. Será um programa gratuito para quem deseja fazer a diferença. Cerca de 60 expositores entre editoras, universidades, escolas particulares, entidades, cursos profissionalizantes e de intercâmbio que, juntos, apresentarão suas estruturas, cursos, diretrizes pedagógicas e plataformas de ensino a quem já estuda, quer retomar os estudos, precisa de estágio ou pretende ter uma nova experiência estudando ou trabalhando fora do Brasil. Mais informações: capacitareventos.com.br/feiras-e-eventos/expo-estudar/

12º Educasul

Estão abertas até o dia 14 de agosto as inscrições para o Prêmio Gestão Escolar 2017, que contempla projetos inovadores e gestões competentes na Educação Básica da rede pública. Promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em parceria com o Ministério da Educação, o prêmio será em quatro etapas: local, estadual, regional e nacional. Serão premiadas as categorias Escola Destaque Local,Destaque Estadual/Distrital, Destaque Regional e Referência Brasil. Além dos diplomas, haverá viagens de intercâmbio nacional e a um país da América Latina. Para participar, o gestor deve se inscrever no: www.premiogestaoescolar.com.br.

Além da feira, o 12º Congresso Educasul, que acontece em paralelo à Expo Estudar, vai reunir no Centrosul, em dois dias (31/08 e 01/09) uma ampla programação voltada a pesquisadores, professores, educadores e profissionais, com foco em buscar respostas para a evasão escolar. O Congresso debate formas de reduzir evasão no Ensino Médio. Inscrições: capacitareventos.com.br/feiras-e-eventos/congresso-educasul/

Recesso Escolar Os alunos das escolas da rede estadual terão férias de 17 a 28 de julho. Na primeira semana do recesso escolar (17 a 21), os professores terão um período para formação continuada e planejamento do segundo semestre. Boas férias!!

secretaria de estado da educação


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