Jornal Escola Aberta Educação SC - Novembro 2017

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO / SC | NOVEMBRO 2017

divulgação EEB bruno heidrich

divulgação EEB exp. mario nardelli

divulgação EEB cedrense

s e t n a d u Est

MOBILIZAÇÃO PELA SAÚDE

As escolas públicas estaduais estão juntas no combate ao mosquito Aedes aegypti. Atuam como multiplicadoras da política de educação e prevenção às doenças, contando com o envolvimento das unidades de saúde, familiares e comunidades, para promover maior qualidade de vida às populações.


Editorial O jornal Escola Aberta chega agora a sua 46ª edição com o lançamento dos vencedores do concurso Escola Promotora de

Thiago Marthendal

Educação cidadã

Índice Página 4 Destaque Estudantes catarinenses são destaque nos programas Jovem Senador, Jovem Embaixador e Parlamento Jovem Brasileiro

Saúde – Todas Contra o Aedes aegypti. A iniciativa, que integra o programa Saúde na Escola foi promovida pelas Secretarias de Estado da Educação e da Saúde,

Página 5 Sáude na Escola Escolas Sônia de Oliveira Zani, Annes Gualberto e Getúlio Vargas realizam ações que unem educação e saúde

considerando que grande parte dos problemas de saúde que afetam as populações devem ser enfrentados valendo-se de ações intersetoriais Thiago Marthendal

de conscientização e prevenção. Uma educação cidadã, voltada à sustentabilidade, permite que as escolas realizem intervenções frente às más condições de saneamento que propiciam a proliferação e adaptabilidade do mosquito, em um trabalho conjunto com as unidades de saúde e Vigilância Sanitária

Páginas 6 e 7

dos municípios. Assim, com o intuito de potencializar a educação como uma grande

Concurso

aliada na qualidade de vida a todos, os estudantes foram instigados,

Alunos vencedores do 1º concurso Escola Promotora de Saúde – Todas Contra o Aedes aegypti são premiados. Confira os resultados

por meio de pesquisas e atividades práticas, a buscarem soluções para os problemas identificados nas comunidades, apresentando alternativas de como tornar esses espaços mais sustentáveis e humanos. As equipes classificadas nos três primeiros lugares estão destacadas na página Central. 4, o destaque dos jovens catarinenses em programas federais de educação e, na página 8, o Intercâmbio entre os gestores das escolas de EMTI. Confira também, na Página 10, o projeto que

Intercâmbio de Gestores promove troca de experiências e conhecimentos entre diretores de escolas estaduais

Página 9 Inclusão Escolas da rede estadual oferecem serviços especializados para pessoas com necessidades especiais divulgação

transforma o lixo em instrumen-

Página 8 Programas Aline Buaes

O jornal traz ainda, na Página

Com o intuito de potencializar a educação como uma grande aliada na qualidade de vida a todos, os estudantes foram instigados, por meio de pesquisas e atividades práticas, a buscarem soluções para os problemas identificados nas comunidades, apresentando alternativas de como tornar esses espaços mais sustentáveis e humanos.

tos musicais na Escola Fábio

Página 10 Projeto

Silva, de Tubarão. Todas esses programas desenvolvidos dentro e fora da escola fazem

Estudantes têm aulas sobre primeiros socorros na Escola Luiz Coradi, de Xanxerê

a diferença na vida dos alunos, posto que a eficácia do ensino depende, em grande parte, de quanto as intervenções realizadas pelos educadores são compatíveis com o nível de expectativa dos estudantes,

Página 11 Vitrine

que participam ativamente quando a aulas são mais dinâmicas, com

Materiais recicláveis são transformados em instrumentos musicais na Escola Fábio Silva, de Tubarão

atividades interdisciplinares e trabalhos coletivos. Boa leitura! Beatriz Menezes dos Santos Editora do Escola Aberta

Expediente

2 / NOVEMBRO 2017 / escola aberta

Revisão: Equipe Ascom

Diagramação: Bruno Pagani

DIVULGAÇÃO EEB CEDRENSE

Editor de fotografia: Thiago Marthendal

DIVULGAÇÃO EEB BRUNO HEIDRICH

Fotografia: Thiago Marthendal, Osvaldo Nocetti, Edinéia Rauta, Janaína Mônego, Andréia Oliveira e Sérgio Teixeira.

DIVULGAÇÃO EEB EXP. MARIO NARDELLI

Editora: Beatriz Menezes dos Santos Participaram dessa edição: Beatriz Menezes dos Santos, Ana Petri, Janaína Mônego, Dafnée Canello, Edinéia Rauta, Thiago Marthendal, Vitor Milezzi e Sérgio Teixeira.

Nossa capa

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO / SC | NOVEMBRO 2017

Assessoria de Comunicação: Edinéia Rauta

Secretaria de Estado da Educação

ESTUDANTES

MOBILIZAÇÃO PELA SAÚDE

As escolas públicas estaduais estão juntas no combate ao mosquito Aedes aegypti. Atuam como multiplicadoras da política de educação e prevenção às doenças, contando com o envolvimento das unidades de saúde, familiares e comunidades, para promover maior qualidade de vida às populações.

O Escola Aberta destaca os trabalhos vencedores do Concurso Escola Promotora de Saúde – Todas Contra o Aedes aegypti. Na foto, a produção dos projetos que integram educação, saúde e sustentabilidade, como vértices da qualidade de vida.

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Artigo

Os desafios da Educação Especial

Especialista em Educação Inclusiva e Supervisor de Atividades Educacionais Extensivas da Fundação Catarinense de Educação Especial( FCEE)

O próximo desafio não é mais o aluno, mas sim a formação do professor do Atendimento Educacional Especializado e sua competência funcional para ser o articulador da educação especial no âmbito da unidade escolar.

EM FOCO Dengue: essa luta também é sua!

DIVULGAÇÃO

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Com atividades lúdicas interdisciplinares e muita criatividade, os alunos da Escola Expedicionário Mário Nardeli participaram ativamente do Dia D, que marcou a luta contra o Aedes aegypti no município de Rio do Oeste. Na foto, os estudantes limpam os terrenos no entorno da escola para identificar focos de incidência do mosquito. Um exemplo a ser seguido por toda a sociedade.

Pixel Buds

Mesmo frente a universalização do idioma inglês como língua base para que qualquer um possa se comunicar nos mais diferentes lugares do mundo, a realidade é que a maioria das pessoas ainda têm sérias dificuldades de se expressar em um ambiente que não seja o seu. Tinham, pois chegou um fone de ouvido, que fará a tradução. Junto com o anúncio de seu último smartphone, o Google anunciou seu novo gadget, o Pixel Buds, aparelho inteligente que pode reconhecer e traduzir até 40 idiomas diferentes. Funcionando em conjunto com o celular Android, que capta a conversa, os fones passam a tradução ao ouvinte e exibem na tela do celular a resposta traduzida. O novo fone de ouvido chega às lojas neste mês por US$159.

Microsoft Launcher divulgação

A proposta é de que esses serviços caracterizados como complementares e suplementares à escolarização, sejam viabilizados no mesmo período de frequência

dos alunos, ou no contraturno, dependendo da natureza do atendimento. Atualmente, esse apoio, denominado de Atendimento Educacional Especializado (AEE), é garantido pelo Governo do Estado a todos os estudantes da educação especial matriculados na rede. Desta forma, o AEE é obrigatório para os sistemas de ensino, mas opcional para o aluno. Por se tratar de um atendimento complementar à educação regular, voltado às especificidades de cada deficiência, com o propósito de promover a autonomia da criança ou adolescente especial, deve ser prescrito a todos, mas não deve ser perpetuado durante toda a trajetória escolar, à exceção de pouquíssimos casos, em que este suporte se revele imprescindível. Assim, compete ao AEE, oportunizar experiências aos alunos com deficiência visual para a apropriação do Sistema Braille, do Sorobã, dar orientação e mobilidade e outros recursos de acessibilidade; aos estudantes com surdez, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e a Língua Portuguesa, na modalidade escrita, como a segunda língua; e ainda, a qualificação dos processos mentais, no caso dos alunos com deficiência intelectual. O próximo desafio não é mais o aluno, mas sim a formação do professor do Atendimento Educacional Especializado e sua competência funcional para ser o articulador da educação especial no âmbito da unidade escolar. Para tanto, a FCEE vem promovendo cursos de formação continuada aos educadores, na forma presencial e a distância, que se refletem na qualidade do suporte e consequentemente na promoção da autonomia pessoal dos educandos, para que possam ter uma participação mais ativa na sociedade.

divulgação

Thiago Marthendal

Sérgio Bassetti

A inclusão de crianças e adolescentes considerado público da educação especial no sistema regular de ensino tem sido tema de debates em diferentes fóruns e objeto de políticas educacionais. Dentre essas questões está à universalização do acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado às pessoas de 4 a 17 anos, que apresentem diagnóstico de deficiência, transtorno do espectro autista e indicativo de altas habilidades/superdotação. O debate, que no início deste século ainda tinha traços de dúvida quanto à inclusão desse segmento no sistema regular, passou agora para outro patamar, centrado, não mais nas supostas insuficiências ou incapacidades, mas, nos obstáculos que impedem estes alunos de acessar o currículo escolar. Nesta perspectiva, em 2006, quando o Estado, por meio da Fundação Catarinense de Educação Especial e da Secretaria da Educação, implantou a Política Estadual de Educação Especial, instituiu também o chamado ‘Programa Pedagógico’, buscando romper esses obstáculos. Tal programa estabelece as diretrizes dos serviços especializados que são disponibilizados aos alunos da rede, com o objetivo, justamente, de remover a barreira que impedia o acesso deles aos conteúdos escolares.

A Microsoft abandonou a produção de celulares, mas ainda continua desenvolvendo aplicativos que ajudam no dia-a-dia de quem vive trabalhando entre o computador e o smartphone. Com o seu novo Arrow Launcher, que já está disponível para usuários Android, a Microsoft permite que você transforme seu celular em uma extensão de computador com sistema Windows. O aplicativo muda o visual do smartphone e disponibiliza a transferência automática de imagens entre os dispositivos. Além dessa e de outras funções, ele torna possível que um documento de texto que esteja sendo editado no celular seja sincronizado diretamente com outro no computador.

Escola aberta / NOVEMBRO 2017 / 3


Prêmios divulgação

Destaques em educação por Dafnée Canello

Os estudantes catarinenses têm se destacado, cada vez mais, em concursos ou programas educativos com projetos desenvolvidos no ambiente escolar. Concorrendo com instituições estaduais, federais e privadas, eles sempre estão dentre os melhores. Além de serem referência no cenário nacional e internacional, estreitam laços e potencializam o aprendizado por meio de pesquisas, redações ou viagens de estudo.

Maria Luisa e Ana Larissa, em Brasília, levantaram a bandeira de Santa Catarina durante a apresentação do Projeto de Lei

Parlamento Jovem Brasileiro Maria Luisa Schuller de Abreu e Ana Larissa Pavesi, ambas de 16 anos vivenciaram durante uma semana, em setembro, a rotina parlamentar na Câmara dos Deputados, em Brasília. As jovens selecionadas pelo programa Parlamento Jovem Brasileiro/2017 apresentaram aos parlamentares projetos de lei (PL)

voltados à educação e à sustentabilidade. O encontro permitiu que 50 estudantes das redes públicas do país trocassem experiências. O PL de Maria Luisa, estudante do Curso Técnico em Agropecuária, da Escola de Ensino Médio Valmir Omarques Nunes, critica o uso de agrotóxicos e inseticidas bastante utilizados na região de

Bom Retiro, onde mora. Pelo PL, a jovem propõe o uso de plantas aromáticas que repelem ao Aedes aegypti, e também a substituição dos inseticidas por tais plantas, diminuindo a poluição e a intoxicação dos humanos causados pelos venenos. Para Maria Luisa, a viagem quebrou as barreiras da timidez e o olhar político do Brasil. “Me

tornei mais crítica e participativa, procurando raciocinar sobre cada decisão, buscando novos conhecimentos, tentando implantar novos projetos para beneficiar a vida da sociedade”, conta. Ana, da Escola Padre João Stolte, de Botuverá, é a protagonista do PL que incentiva a criação de cursos e debates sobre polí-

tica, sexualidade e participação social, assuntos de interesse dos adolescentes entre 13 e 17 anos. Segundo Ana, ser selecionada entre os 77 participantes foi uma surpresa. “Quero incentivar os jovens a fazer diferente, sair do comodismo. Então, sejamos críticos e participativos, lutando por mudanças”, ressalta.

divulgação

Jovem Embaixador 2018 Vivenciar a cultura americana e colocar em prática a língua inglesa é o sonho de muitos jovens que desejam viajar ao exterior. Para sete estudantes da rede estadual de ensino e um do IFSC, essa realidade está ainda mais próxima. Os oito estudantes foram selecionados na etapa estadual para irem em Julho de 2018 à Brasília, e lá poderão ser escolhidos, dentre os 50 finalistas da última e mais esperada etapa do Programa Jovem Embaixador, para uma viagem aos Estados Unidos. O resultado final será divulgado pelo MEC.

Alunos classificados na etapa estadual Vanessa festeja o 1 lugar com a professora Solange o

Jovem Senadora 2017 Com a redação, As diversas facetas da intolerância, Vanessa Loss Secchi, do 3º ano do ensino médio, da Escola João XXIII, de Maravilha, conquistou o 1º lugar em Santa Catarina na 10ª edição do Concurso de Redação, do Senado Federal. A aluna está entre os 27 estudantes do Brasil que atuarão como jovens senadores em Brasília, de 27 de novembro a 2 de dezembro. Com o tema desta edição Brasil plural: para falar de intolerância, Vanessa identifi-

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cou em diferentes momentos históricos do Brasil, as atitudes de intolerância que causam mal à sociedade. “Preparei-me, mas não esperava tamanha vitória. Estou muito feliz”, conta. A orientadora e professora de língua portuguesa e literatura, Solange Turcatto, também será premiada com uma viagem à Brasília e acompanhará a aluna, participando de uma programação específica na Capital federal, incluindo um curso de formação.

Berta Maria Thiesen EEB Cacilda Guimarães, de Vidal Ramos Júlia Ruiz Brito da Silva EEB Deputado Nilton Kucker, de Itajaí Paulo César Funk Assmann EEB Padre Vendelino Seidel, de Iporã do Oeste Agatha Welter dos Santos EEB Rui Barbosa, de Formosa do Sul Douglas Welter Reichert EEB Dom Helder Câmara, de Modelo Kelvin Galvan Pasqualotto EEB Nossa Senhora da Salete, de Maravilha Thiago Lopes Furtado EEM Victor Meirelles, de Itajaí Danielle Vitória Santana Dias Instituto Federal de SC, de Jaraguá do Sul

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Educação e Saúde

Práticas de saúde na escola Por Ana Letícia Petry - Ascom e Andréia OlIveira - ADR de Chapecó

Gravidez na adolelescência foi tema de reflexão e conscientização entre os alunos

DIVULGAÇÃO

Andréia OLIVEIRA

A educação e a saúde caminham juntas quando falamos de aprendizagem. Nas escolas da rede estadual, as orientações e discussões sobre aspectos ligados a educação alimentar, ambiental e à prevenção, são fundamentais para que as intervenções educacionais sejam eficazes. Os efeitos positivos são percebidos em casa, em uma melhora expressiva na qualidade de vida da família, e também na escola, auxiliando no processo de formação integral dos estudantes.

Os estudantes têm a tarefa de cuidar diariamente dos canteiros

Alimentação saudável A horta é uma das aliadas para estimular a alimentação saudável entre os estudantes da Escola Sônia de Oliveira Zani, de Chapecó. O resultado se observa pela beleza e qualidade das 400 mudas de alface e dos temperos produzidos nos dez canteiros disponíveis. Cada turma possui um ‘pedaço de terra’, e fica com a tarefa de molhar diariamente, adubar e mexer no solo quando necessário. Emilly Isabella Paixão, do 3º ano do ensino fundamental, conta que gosta de participar do projeto. “Fico feliz quando sou escolhida para molhar a horta”, destaca. A empolgação da aluna é tão grande que ela

resolveu trazer a mãe, Cleumara Paixão, para conhecer o espaço. “Ela ficou toda orgulhosa de levar para casa a alface que ela mesma cuidou”, conta Cleumara. Além do cuidado com as plantas, os alunos são incentivados a consumir mais saladas, valorizar produtos sem agrotóxicos, estudar e identificar a procedência dos alimentos e desenvolver bons hábitos alimentares. De acordo com a professora Ires Lago Brisola, o projeto, que teve adesão de todas as turmas do 1º ao 9º ano, também reforça os conhecimentos sobre a preservação ambiental.

O mascote do meio ambiente

DIVULGAÇÃO

A Escola Getúlio Vargas, de Florianópolis também esco- a produção do adubo, os estudantes também aprendem solheu a terra como uma das práticas de educação ambiental, bre a separação de resíduos e o destino correto dos materiais. presentes no currículo. A professora Euclídia Cunha Dal- Os potes de plásticos são muito utilizados pelos fabricantes e sasso começa o trabalho de conscientização desde as séries fornecedores de alimentos. iniciais. A revitalização da horta escolar envolveu sua turma A professora explica que a ideia surgiu quando pediu uma do 4º ano do ensino salada em um restaurante e recebeu o fundamental. alimento em um reA aluna Victória cipiente de plástico. Gomes diz que está Ela conta que ficou muito empolgada preocupada com o com o projeto. “Sempre gostei de alface e rumo que aquilo poderia levar. “Pensei brócolis, mas agora que poderíamos dar estou gostando de um destino correto outras verduras também. O projeto é bom aos materiais e ainda para nós e bom para incentivar o estudo o meio ambiente”, do tema. Antes, alguns alunos já levadestaca. vam produtos orgâniPelo projeto Compotinho: o potinho da cos para a horta, mas compostagem, os próeram em sacolas e, às As embalagens plásticas têm destino sustentável na Escola Getúlio Vargas, da Capital prios alunos levam vezes, vazava. Agora eles se sentem mais para a escola os resíduos orgânicos produzidos em casa. Cada um recebe um pote motivados”, explica. plástico que deve ser utilizado para o transporte dos resíduos O estudante João Gabriel da Maia, que se caracteriza de e quando entregam o material na escola, recebem um adesivo Compotinho, explicou que também leva o adubo feito na escola para casa. “Eu e minha família temos uma horta em casa do Mascote Compotinho. Além dos ensinamentos sobre os cuidados com a horta e também. E levo os resíduos orgânicos para trocar”, ressalta.

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Dicas de prevenção aos adolescentes Uma importante discussão que diz respeito à saúde dos jovens e adolescentes está sendo travada na Escola Annes Gualberto, de São Francisco do Sul. Dentre as diversas atividades realizadas desde o primeiro semestre, os alunos dos anos finais do ensino fundamental estão desenvolvendo projetos interdisciplinares sobre a gravidez na adolescência. A ideia surgiu durante uma aula de Ciências, do 8º ano, quando a professora Letícia Vilodres solicitou aos estudantes que realizassem pesquisas sobre o tema gravidez precoce, que traz muitas consequências pessoais e sociais aos adolescentes. “Eu vi que precisaria trabalhar aquilo de forma que chamasse a atenção dos alunos, então de repente tive a ideia de fazer algumas atividades diferentes. Apresentei para os outros professores e todos apoiaram”, explica Letícia.

Júri simulado A primeira ação foi a simulação de júri popular, onde os alunos deveriam decidir, em uma situação hipotética, se uma jovem de 13 anos, que engravidou do namorado de 18, deveria assumir a responsabilidade do filho sozinha. Após a discussão os estudantes apresentaram suas dúvidas aos professores e a partir disso, foram realizadas outras atividades.

Intersetorialidade A educação escolar articulada à programas de prevenção, por meio de ações práticas desenvolvidas pelas Secretarias da Educação e da Saúde veem a escola como espaço essencial para o conhecimento compartilhado e de potencial disseminador de informações às comunidades. O desenvolvimento de uma política integrada e intersetorial engloba os programas Saúde na Escola, que promoveu o concurso Espaço Sustentável e Promotor de Saúde: Todos contra o Aedes aegypti, e o Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), esse desenvolvido com a Polícia Militar.

Escola aberta / NOVEMBRO 2017 / 5


Concurso

Todos contra o Aedes aegypti COMUNICAÇÃO SOCIAL

Jaraguá do Sul Projeto: Dengue hoje! Alunos e professores no combate a dengue. Venha você também ajudar essa causa! Professor orientador: Katiane Rodrigues Link: https://goo.gl/U7HXRm divulgação

1O LUGAR EEB BRUNO HEIDRICH - Mirim Doce

As estudantes percorreram o bairro para entregar materiais informativos de prevenção

Projeto: Aedes aegypti? Aqui não! Professor Orientador: Neide Altino de França Link: https://goo.gl/xa8D4m

Revista As estudantes contaram, por meio de uma fotonovela, que elas foram as próprios personagens, a evolução histórica do combate e prevenção ao mosquito no município de Mirim Doce.

COMUNICAÇÃO SOCIAL

1O LUGAR EEB CEDRENSE - São José do Cedro

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Projeto: Vamos juntos vencer o mosquito Aedes Aegypti! Professor Orientador: Aldoir Oeschsler Link: https://goo.gl/MHDZwp

Vídeo

Projeto: Todos contra a dengue EEB Cedrense Professor Orientador: Giaeli Ana Zavaglia Link: https://goo.gl/CWdcE1

Após estudos sobre o mosquito e por meio de desenhos em cartolinas, gravado com a câmera de um celular e o áudio em estúdio, o trabalho consiste em transmitir informações e conscientizar o público sobre os cuidados necessários para o combate ao mosquito.

Comissão julgadora A comissão julgadora, formada por sete profissionais das pastas da Saúde e da Educação classificaram os trabalhos de acordo com critérios que variaram desde o impacto visual, até o nível de reflexão e discussão sobre mudanças de atitudes e práticas ambientais desenvolvidas pelas equipes no ambiente da comunidade escolar.

2O LUGAR EEB FRANCISCO MACIEL BAGESTON – Paial Projeto: Todos juntos no combate ao mosquito Aedes aegypti Professor Orientador: Marilete Maria Feruck

3O LUGAR EEB WALTER FONTANA - Concórdia

Confira online os depoimentos dos professores e alunos vencedores do concurso

https://goo.gl/KA8URM

Projeto: Dengue: sempre é hora de combater Professor Orientador: Maritânia Rodio Schimidt

divulgação

Leonardo Gorges, orientador do projeto pedagógico vencedor, recebe o computador em nome da Escola Mario Nardelli, de Rio do Oeste

Prêmios Os primeiros lugares da categoria produto de comunicação social receberam um tablet. Todos os finalistas ganharam o título de Aluno Promotor de Saúde, juntamente com seus professores. As escolas finalistas foram premiadas com computadores.

3O LUGAR EEB CRISTO REI – São João do Oeste

Thiago Marthendal

Os projetos têm o propósito de alertar que o aumento da proliferação do Aedes está associado a diversos fatores, como às más condições de sa-

neamento, mudanças ambientais globais, ilhas de calor urbanas, aumento da população e da adaptabilidade do mosquito, além de informar sobre o vírus da zica e suas consequências mais graves, como o aumento dos casos de microcefalia. Os estudantes abraçaram a ideia e sob a orientação de professores e com o apoio da Vigilância Sanitária dos municípios, produziram vídeos, revistas e pesquisas, realizaram ações de limpeza nas comunidades, identificando os possíveis focos e participaram de seminários e palestras. A coordenadora do concurso na Secretaria da Educação, Rosimari Koch, explica que os trabalhos cumpriram com a proposta de promover a reflexão e a construção de conhecimentos sobre medidas de prevenção à saúde e voltadas à sustentabilidade. “Percebemos que nossas escolas estão preocupadas em contribuir para um mundo melhor”, destaca.

Projeto: Homo Sapiens vs Aedes aegypti Professor Orientador: Tamires Pavei Donadel Pignatel Link: https://goo.gl/iaJUui

Projeto: Dengue não é brincadeira: é uma doença rara e pode matar Professor Orientador: Ane Francelize Shulz Link: https://goo.gl/5oMGkU

divulgação

A

1ª edição do concurso lançado em agosto de 2016 pelas Secretarias da Educação e da Saúde premiou, dia 23 de outubro, os trabalhos dos alunos do ensino médio e de seus professores orientadores, nas categorias: produto de comunicação social (impresso e audiovisual), e pedagógico. Dentre os 71 trabalhos vencedores da etapa regional apresentados por equipes de 31 Gerências Regionais de Educação, a comissão julgadora destacou os finalistas de cada categoria, que receberam os prêmios na presença do secretário da Educação, Eduardo Deschamps, do secretário-adjunto da Saúde, Murillo Capella, representantes da Fiesc, Assembleia Legislativa, professores e diretores das escolas estaduais. Para Deschamps, o programa terá continuidade. “Realizamos um trabalho de conscientização durante o ano, envolvendo os alunos e a comunidade escolar em ações de prevenção e combate ao mosquito”, destaca. O secretário-adjunto da Saúde ressalta a importância de ações conjuntas com a educação, que só trazem benefícios à sociedade.

3O LUGAR EEB PROFESSORA MARIA DA GLÓRIA SILVA - Içara

2O LUGAR EEB JULIA BALEONI ZANIOLO – Canoinhas

Thiago Marthendal

Alunos e professores comemoram com o secretário Eduardo Deschamps a entrega do prêmio aos vencedores do concurso, em Florianópolis

Multiplicadores da política

Thiago Marthendal

2O LUGAR EEB JOSÉ DUARTE MAGALHÃES -

Thiago Marthendal

Thiago Marthendal

As escolas públicas estaduais se mobilizaram para o concurso Escola Promotora de SaúdeTodos Contra o Aedes aegypti e envolveram as comunidades nos projetos voltados à sustentabilidade ambiental e prevenção à saúde, alertando sobre a importância do combate ao mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e zika. O concurso, que integra o programa Saúde na Escola, foi promovido pelas Secretarias da Educação e da Saúde, com a proposta de potencializar as ações pedagógicas voltadas à sustentabilidade ambiental.

Uma das atividades foi o teatro para os alunos dos anos iniciais

1O LUGAR EEB EXPEDICIONÁRIO MÁRIO NARDELLI - Rio do Oeste

Projeto: Dengue: essa luta é sua também Professor orientador: Leonardo Maurício Pisetta Gorges

Trabalho de pesquisa Os alunos realizaram atividades pedagógicas interdisciplinares, relacionando a importância das práticas de sustentabilidade para a manutenção da saúde e melhoria de qualidade de vida da população. A pesquisa visa contribuir para a formação cidadã dos estudantes.

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Programas

Intercâmbio promove gestão mais eficiente A troca de experiências entre os diretores das 15 escolas que oferecem o Ensino Médio em Tempo Integral (EMITI), em Santa Catarina, tem o objetivo de aperfeiçoar a nova modalidade que torna o currículo mais atrativo aos jovens e traz inovações pedagógicas e de gestão

Ricardo Lunge

Por Dafnée Canello

O aluno de eletrotécnica Maiki Pessati já está aproveitando os conhecimentos adquiridos no Cedup, que possuem ambientes que se assemelham à indústria

As diretoras das escolas Dom Jaime Câmara e Mater Dolorum puderam trocar experiencias e observar as práticas pedagógicas de cada uma das escolas

C

om a ideia de promover conhecimento e trocar experiências sobre a sistemática adotada nas escolas que implantaram o EMITI em 2017, a Secretaria da Educação em parceria com o Instituto Ayrton Senna, promoveu de setembro a outubro, uma formação inovadora, o Intercâmbio de Gestores. A ação que envolve as 15 escolas estaduais foi espelhada em sistemas de educação americanos e europeus, como os da Academia de Lideranças de New York e do Sistema de Formação de Líderes, da Inglaterra, e também em práticas da Universidade Federal de São Paulo (UFSP). “Promover essa troca de experiências é uma forma de fortalecer a atuação dos gestores escolares na liderança da implementação do Programa Ensino Médio Integral em Tempo Integral, de modo que tenham oportunidade de dar

Escolas de EMTI em Santa Catarina continuidade à sua formação, a partir de vivências que poderão impactar na qualidade de suas práticas desenvolvidas no âmbito da gestão e, consequentemente, nos resultados de aprendizagem dos estudantes”, explica a coordenadora de Ensino Médio, da Secretaria, Sirley Damian de Medeiros.

Práticas compartilhadas A visita de três dias permite que os gestores vivenciem a rotina do Programa em outras unidades, como por exemplo, o caso do diretor da Escola Prof. Heleodoro Borges, de Jaraguá do Sul, Leopoldo Diehl Filho, que viajou quase 200 km para conhecer as práticas da Ivo Silveira, de Palhoça. “Durante a visita foi possível observar o quão é importante a participação e o envolvimento da equipe administrativa nas diversas ações do EMITI.

A ideia agora é redirecionar atividades, garantindo mais qualidade no desenvolvimento do Programa”, explica Diehl. O intercâmbio também partiu da Capital para o interior, entre as escolas Dom Jaime de Barros Câmara, de Florianópolis e a Mater Dolorum, de Capinzal, município localizado no Centro Oeste do Estado. Segundo Giana Carla Martins, da Mater Dolorum, essa troca de conhecimentos é inovadora. “O diferencial está na forma com que é conduzida cada situação”, esclarece. Para Rosimari da Silva, da escola da Capital, o importante foram as ideias de gestão, com a melhor distribuição das atividades. “Agora, realizo reuniões semanais, que já estão me trazendo bons resultados e deixando alguns processos mais ágeis”, destaca. Conheça mais sobre o Ensino Médio em Tempo Integral no site da Secretaria da Educação: www.sed.sc.gov.br

OSVALDO NOCETTI

Educadores em evidência Pela segunda vez consecutiva um educador da rede estadual de ensino se destaca internacionalmente no International Leaders in Education Program (ILEP). Roney Gonçalves Pereira, professor de Língua Inglesa, do Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis, está entre os seis selecionados do Brasil para embarcar aos Estados Unidos em janeiro de 2018. A viagem tem como finalidade o aperfeiçoamento do idioma em um curso de cinco meses, além de vivenciar a

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realidade das escolas públicas americanas. Para o professor, que sempre busca conciliar as aulas com ferramentas digitais educativas, a experiência irá incentivar novas ideias, agregando conhecimento, já que uma das vertentes do curso será a tecnologia em sala de aula. “Sempre quis um curso ou especialização fora do País, e agora chegou a hora de buscar ainda mais inovação”, conta o docente, que leciona há 10 anos em escolas públicas da rede estadual.

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Aline Buaes

Inclusão

Mais autonomia para Lívia Na FCEE, o atendimento às crianças autistas, com deficiências intelectuais e múltiplas, é realizado por especialistas que desenvolvem competências de acordo com cada especificidade. Nas escolas da rede estadual, recebem o apoio do segundo professor

por Victor Milezzi

D

ificuldades de comunicação e falta de interação com outras crianças: estes foram os sintomas que levaram a pediatra que atendia Lívia Kirchheim, na época com três anos de idade, a indicar o diagnóstico de autismo. Ao contrário do que acontece em muitos casos, seus pais, Dennis Kirchheim e Andréia Pedemonte não reagiram com susto ou apreensão à notícia. “Sempre tivemos como filosofia de vida a aceitação ao diferente”, explica a mãe da menina. Atingindo cerca de uma em cada 68 crianças, segundo estimativas do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, o autismo é, ainda, um desafio para pais e educadores. Hoje com sete anos, Lívia frequenta o 3º ano do ensino fundamental na EEB José Matias Zimmermann, em São José, e, no contraturno, tem acesso ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com Transtorno do Espectro Autista na

Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Desenvolvido pelo Centro de Ensino e Aprendizagem (Cenap), o atendimento é realizado pelas pedagogas Lívia Ferreira e Mariele Finatto, que ao todo dão suporte a oito crianças com diagnóstico de autismo na faixa etária de 7 a 11 anos.

Rendimento escolar A partir do diagnóstico e do início do atendimento na Fundação, muitas coisas mudaram na vida de Lívia. A começar pela escola: no colégio particular onde estudava, não havia o segundo professor, que tem a função de acompanhar crianças com deficiência em sala de aula. De acordo com os pais de Lívia, o suporte especializado em autismo realizado pela FCEE e a mudança para escola estadual com a presença do segundo professor são

A pedagoga Lívia Ferreira realiza o atendimento especializado na FCEE

responsáveis pelo bom rendimento escolar da filha, que agora já consegue acompanhar sua turma do 3º ano. Descrita pelos pais como uma criança carinhosa e com grande interesse por jogos eletrônicos, Lívia agora consegue realizar atividades como se vestir sozinha ou planejar atividades do dia a dia. Para os pais, o AEE não ajuda apenas na questão escolar, mas contribui também para aumentar a autonomia da pessoa com autismo em várias áreas da vida.

Estratégias de aprendizagem Com jogos e estratégias específicas, as professoras do AEE tentam trabalhar com as crianças as habilidades que dificilmente seriam desenvolvidas no ensino regular. “Inicialmente é feita uma avaliação para verificar as possíveis defasagens, que no caso do autismo, costumam ser a capacidade de comuni-

cação e o planejamento”, explica a pedagoga Lívia Ferreira. Nas escolas regulares, o apoio a esses alunos é acompanhado de uma orientação, com professores capacitados para lidar com o autismo, que é o segundo professor. Por lei, desde 2006, a presença do segundo professor é obrigatória para turmas com alunos com autismo, deficiência intelectual e deficiência múltipla que necessitem de apoio mais intenso. Atualmente 3.878 profissionais atuam como segundo professor de turma atendendo este público nas escolas estaduais. Quase 700 alunos com diagnóstico de autismo frequentam o AEE oferecido nas escolas da rede estadual de ensino. A FCEE, vinculada à Secretaria de Estado da Educação, é o órgão responsável por autorizar a implantação dos serviços especializados em educação especial, beneficiando, mais de 11,5 mil alunos da rede pública estadual.

EDUCAÇÃO ESPECIAL EM NÚMEROS Alunos beneficiados pelos Serviços Especializados:

3.878 Segundos Professores

5.698 alunos com Segundo Professor

171 Professores Bilíngues

215 alunos com Professor Bilíngue

230 Interpretes da Libras

503 alunos com Interpretes da Libras

658 Professores do AEE

5.460 alunos com professores no AEE (Fonte: SISGESC, 31/08/17)

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Projetos

Conhecimentos que ficam Na Escola Luiz Coradi, de Xanxerê, projeto ensina sobre primeiros socorros sob a orientação de Bombeiros Militares, como forma de integrar o currículo às vivências dos alunos e orientar ações de promoção à saúde TEXTO E FOTOS por Janaina Mônego ADR de Xanxerê

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ntre o português, a matemática, a física, a química e todas as demais disciplinas que fazem parte da grade curricular, surge uma nova abordagem: primeiros socorros. Motivada por experiências vivenciadas no dia a dia, a professora de educação física, Dione Cristina Maldaner, da Escola Luiz Coradi, de Xanxerê, resolveu construir junto com os alunos do 9º ano um novo conhecimento. “Às vezes nos deparamos com situações em que não sabemos como agir e o primeiro socorro é sempre importante. Desde a calma em ligar para os bombeiros e conseguir repassar as informações corretamente, até a chegada da ambulância, e ainda, o auxílio no primeiro atendimento”, explica Dione. De acordo com a professora e coordenadora do projeto, a disciplina de educação física, por ser abrangente, permite buscar alternativas que auxiliem na promoção da saúde e prevenção de doenças. Pelo programa, os alunos, em grupos, pesquisaram sobre os primeiros socorros em caso de afogamento, queimaduras, convulsões e acidentes. O conhecimento foi compartilhado por meio de seminário. “Os estudantes ressaltaram que o mais interessante foram os exemplos trazidos durante as apresentações. Situações vivenciadas com vizinhos, amigos e parentes e que marcaram a vida de cada um”, conta.

Aprendi que uma das coisas mais importantes é manter a calma e entrar em contato imediatamente com os bombeiros”

Bombeiros na escola Além da pesquisa realizada em aula, os 40 alunos envolvidos também participaram de um treinamento ministrado pelo Corpo de Bombeiros. O Soldado Lucena, que atua no 14º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Xanxerê, orientou os estudantes sobre como agir em situações de emergências. “Desde como se portar ao ligar para a central de emergência, até a prestação de um primeiro atendimento, como por exemplo, em situações de acidentes de trânsito, paradas cardiorrespiratórias, engasgamentos, queimaduras, fraturas e convulsões”, explica Lucena. Segundo a professora Dione, a atividade, além de proporcionar o conhecimento, traz tranquilidade aos alunos, já que eles vivenciam com frequência situações que exigem calma e primeiros socorros. “Na escola acontecem casos de desmaios e convulsões. Este treinamento e conhecimento repassado pelos bombeiros é uma forma de preparar os nossos alunos frente a uma ocorrência como esta, que pode ocorrer com o colega de classe ou alguém na rua”. Os primeiros socorros fazem a diferença e é por este motivo que o conhecimento deve ser disseminado. “Quanto mais as pessoas souberem como agir em uma emergência, maior a efetividade de vidas salvas em ocasiões reais”, afirma o soldado Lucena.

Mariana Afonso, estudante

Lição de casa: fazer a diferença! “A vida está tão corrida. Acidentes acontecem dentro da própria escola e muitas vezes de forma involuntária. Eles precisam estar preparados para um auxiliar o outro”. A frase é da diretora, Gessi do Carmo de Oliveira. Para ela, a escola além de cumprir com o currículo, ainda pode formar os alunos para a vida, já que o conhecimento abre um leque importante para os alunos. Isadora Sudatti tem 14 anos e é uma das alunas que participou do projeto. Depois do treinamento garante estar segura em auxiliar colegas. “Aprendemos na prática o que havíamos estudado na teoria em sala. Além disso, agora temos mais conhecimento para agir em situações adversas”, afirma.

10 / NOVEMBRO 2017 / escola aberta

Para a aluna Mariana Afonso, de 15 anos, o principal aprendizado é ficar tranquila. “Não podemos piorar a situação. Temos que saber como agir até a chegada do socorro. Aprendi que uma das coisas mais importantes é manter a calma e entrar em contato imediatamente com os bombeiros”, enfatiza. O interesse dos alunos pela temática foi surpreendente e ficou evidente na participação de cada um, a atenção e recepção aos aspectos abordados. “É fundamental levar este conhecimento para a escola. Fiquei surpreso ao vivenciar o interesse dos alunos pela temática. É uma forma de compartilharmos o conhecimento e, principalmente, prepará-los, pois em uma situação real, manter a calma e os primeiros socorros podem salvar uma vida”, afirma o soldado Lucena.

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divulgação

Vitrine

Na pintura dos instrumentos os alunos homenagearam grandes pintores nacionais, como Tarsila do Amaral

Alunos se tornam músicos e fabricam seus próprios instrumentos com materiais recicláveis na Escola Fábio Silva, de Tubarão TEXTO por Ana Letícia Petry – Ascom

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arrafas pet, canos de PVC, latas, pedaços de madeira e outros materiais recicláveis têm um destino inusitado na Escola de Ensino Fundamental Fábio Silva, de Tubarão. Por meio do projeto Orquestra de Sons e Latas, feito em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, os objetos são transformados em instrumentos musicais e utilizados nas aulas de música. Tudo isso feito pelos próprios alunos. Para Leonardo Alves Filho, 12 anos, o projeto é algo que vai além da música. “A orquestra é muito legal, nós aprendemos a tocar, estudamos sobre sons e ritmos, aprendemos a construir coisas. Isso tudo faz parte da nossa vida”, afirma. De acordo com a diretora, Rosa de Lima Lúcio, o objetivo é fortalecer os vínculos e a proteção social por meio de oficinas de mu-

sicalização e de instrumentos reciclados. “A Orquestra tem uma grande influência no processo de empoderamento e melhoria da autoestima dos estudantes”, destaca. Os materiais recicláveis são arrecadados pelos próprios alunos e os de acabamento como o couro, os pallets para construção dos pandeiros e as latas de tintas, são doados pelas empresas parceiras do projeto. Na pintura dos instrumentos, sempre é utilizado um tema. Nos últimos, os jovens buscaram inspiração nas obras de Tarsila do Amaral e Romero Britto. Um dos idealizadores da Orquestra, o professor André Soares Simoni explica que a procura pelo projeto é grande. “Nós focamos, principalmente, na música brasileira. Os alunos adoram participar de todo o processo, desde a construção até a hora de tocar uma música”, ressalta.

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O lixo que virou orquestra

Iniciativa O projeto iniciou em 2014, em uma escola municipal de Tubarão e em 2017 foi aplicado na Escola Fábio Silva. Coordenadas pelos professores André Soares Simoni, Rodrigo Correa e Claudiomiro Victalvino, as aulas envolvem 115 estudantes do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental, três vezes por semana no contraturno escolar, sendo uma delas dedicada a construção dos instrumentos e duas para os ensaios.

Escola Irmã Maria Felícitas

Mostra Cultural agita os alunos texto e foto por Sérgio Teixeira da Silva - ADR Canoinhas

A A equipe vencedora apresentou a dança gauchesca por ser alegre e contagiante

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prendi como as manifestações culturais podem fazer um povo melhor e mais feliz”, diz a aluna Ana Paola Ferreira, que junto com os colegas Cesar Augusto Kuze e Suiane Wardebski conquistaram o primeiro lugar na 6ª edição da Mostra Cultural, realizada no final de outubro, na Escola Irmã Maria Felícitas, de Canoinhas. A mistura de ritmos, crenças e comidas típicas envolveu professores e alunos que prestigiaram as 19 apresentações, sendo cinco do ensino fundamental e 14 do ensino médio. Os trabalhos foram avaliados pela comissão julgadora nos quesitos danças e comidas típicas. A diretora Adalgiza

Mara Maziero ressalta a importância da mostra que valoriza a diversidade do povo brasileiro. “Somos formados a partir da mistura de várias etnias e de culturais regionais diferenciadas, que os jovens devem conhecer para conviver sem discriminações”, ressalta. Na representação das danças e comidas típicas das culturas alemã, italiana, ucraniana, indígena, gauchesca e africana, a turma do matutino, com maior pontuação, foi a do 2º ano do ensino médio, que representou a cultura gauchesca; no período vespertino, o destaque foi para o 8º ano do ensino fundamental, com a cultura típica do norte do país e a dança do carimbó.

Escola aberta / NOVEMBRO 2017 / 11


Notícias da SED

O primeiro centro de formação de professores Recentemente inaugurado em Blumenau, o Espaço de Formação e Experimentação em Tecnologia Educacional (EfeX), pioneiro no país, possui equipamentos de ponta e metodologias de apoio às práticas educacionais inovadoras

Menção Honrosa à Educação

EDINÉIA RAUTA

O trabalho de educadores catarinenses que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula foi reconhecido pelo Prêmio Professores do Brasil do MEC. Na etapa estadual, a professora Josiane Mendes Bezerra, da Escola Maria Rita Flor, de Bombinhas, foi a vencedora da categoria Ensino Médio; e Caroline Pereira, da Escola Silva Jardim, de Alfredo Wagner, nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Pela distinção, as duas professoras receberam uma Menção Honrosa do Governo de Santa Catarina, juntamente com os professores Ana Maria Quinoto Imhof, Marcos Fiorentin, Jairo Marchesan e Alaide Alves Leite, que também foram destaques em suas categorias.

Multiplicação da cultura de paz

O secretário da Educação Eduardo Deschamps, Lucia Dellagnelo, do CIEB, Vendelim Borgueson, do IEE e Francisco Hertwig, diretor de tecnologia da Educação, no lançamento do EfeX

entrar em contato com a Secretaria da Educação, que ficará responsável pelo gerenciamento. O espaço está localizado em Blumenau na FURB. A proposta pedagógica do EfeX contempla um conjunto inédito de diretrizes de formação para os educadores, com conteúdos e metodologias alinhadas ao conceito de experimentação e aprendizagem ativa. O material foi elaborado em parceria com especialistas em tecnologia educacional. No evento também foi lançado o Plano Estadual de Inovação e Tecnologia Educacional, organizado com ampla participação de representantes dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs), técnicos, gerentes e diretores da SED.

FIQUE ATENTO Matrículas Ano letivo 2018

Concurso 2017

Estudantes interessados em ingressar no Ensino Fundamental ou Médio na rede pública estadual de Santa Catarina podem efetuar a matrícula para o ano letivo 2018 em uma das 1.073 escolas de 30 de novembro a 10 de dezembro. Procure a escola mais próxima da residência do aluno ou do trabalho dos pais com os seguintes documentos: • certidão de nascimento ou RG; • cartão de vacina ou declaração dos pais e/ou responsáveis do aluno, assegurando estar em dia com as vacinas; • histórico escolar. As aulas iniciam no dia 15 de fevereiro.

Profissionais da educação que fizeram concurso para o quadro efetivo da educação fiquem atentos ao calendários: • 4 de dezembro: resultado da prova de títulos; • 5 de dezembro: resultado final do concurso Serão contratados 1 mil profissionais para atuarem nas escolas da rede pública estadual.

12 / NOVEMBRO 2017 / escola aberta

DIVULGAÇÃO EEB MATER DOLORUM

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m dia após o Dia do Professor, a Secretaria de Estado da Educação, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e a Universidade Regional de Blumenau (FURB) entregaram aos professores o primeiro Espaço de Formação e Experimentação em Tecnologia Educacional (EfeX). O centro é um espaço para criação e compartilhamento de práticas pedagógicas inovadoras. Voltado a professores das redes públicas, o EfeX foi concebido para funcionar integrando as redes de ensino, permitindo ao professor experimentar tecnologias educacionais, ao mesmo tempo em que aprimora suas competências no uso de instrumentos e recursos digitais. Para participar das atividades e formações, é preciso

Marcando a Semana Estadual da Cultura de Paz nas escolas, de 5 a 12 de outubro, a Secretaria da Educação orientou as unidades de ensino para a criação de uma série de atividades esportivas, culturais e de lazer, considerando que a partir do processo de educação, haja a substituição da violência instalada na sociedade, por atitudes cidadãs e pacíficas. Em Santa Catarina, a Semana foi instituída pela Lei 13.834/21/08 de 2006. A Política de Educação e Prevenção às Violências, de Santa Catarina prevê que as escolas sejam, cada vez mais, espaços de convivência cidadã. A implementação dessa política cabe aos Núcleos de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências (Nepre’s), instituídos na SED, nas Gerências Regionais e unidades escolares com o objetivo de levar orientações às escolas e planejar atividades.

Outubro Rosa na Educação Os servidores da Secretaria da Educação aderiram à campanha de conscientização para alertar as mulheres e a sociedade em geral sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A iniciativa Outubro Rosa na Educação arrecadou lenços, maquiagens e outros produtos de beleza que foram doados aos pacientes em tratamento no Cepon.

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