Revista Secovi Uberlândia | 44ª 2024

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A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA

REVISTA ANO
I- Ed.
X
44 - 2024
Parque do Sabiá

DIretoria

Presidente:

Ronaldo Arantes de Mendonça

Vice-Pres. do Mercado Imob. e Incorporadoras:

Fernando Santos Silveira

Vice- Pres. Administrativo e Financeiro

Alessandro Henrique Nascimento

Vice-Pres. de Relações Institucionais

Cremilda Pereira de Lima

Vice-Pres. de Locação

Alex Feliciano Amaral Alves

Vice-Pres. de Marketing Comunicação e Eventos

Tereza Maria Siqueira Guimarães Netto

Vice-Pres. de Sust. e Meio Ambiente

Gabriel de Souza Silva

Vice-Pres. de Neg. Imobiliárias e Ética

Ivan Graciano da Costa Filho

Vice-Pres. de Desenvolvimento Urbano

Kleber Pires Fernandes

Vice-Pres.de Economia e Estatística

Rogério Gosuen

Vice-Pres. de Shop. e Galerias Comer.

Henrique Calixto da Silva

Vice-Pres. de Assoc. e Loteam. Fechados

Arcédio Mendonça Filho

Vice-Pres. de Incorporações Imob.

Bruno Alves Borges de Sousa

Vice-Pres. de Lançamentos Imobiliários

Donizete Tavares dos Reis

Vice-Pres. de Redes Imobiliárias

Ricardo Alves Ferreira

Conselho Consultivo e Fiscal

Vinícius de Oliveira Costa

Ovidio Carlos Spini Arantes

expediente

editora chefe: Cida Bitencourt Diagramação/design: Nando Silva

Revisão: Caroline Schwarzbold

Imagens: Pexels, Google, Freepik

Comercial:

Alcione Rosa (34) 99866-5131 negocios@secovitap.com.br

Ano XI - Nº 44 - 2024

CONTATO

Av. Ubiratan Honório de Castro, 220, Santa Monica Uberlândia-MG 38408-154 (34) 3210-5131

Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reprodução de matérias somente após expressa autorização da Redação. Os anúncio publicitários são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

APOIO

IPTU 2024 para imóveis de locação

04 05 06 08 10 12 13 16 Lista de associados O Síndico Pergunta
Condomínios Resilientes
Dicas de Saúde
SecoviMed Responde Secovi Entrevista Ações Secovi

Olá, caro leitor. Estava com saudade da nossa revista? Sim, esta edição levou mesmo mais tempo do que o habitual para ficar pronta e é a primeira edição de 2024. Com isso, a edição ficou ainda mais completa do que de costume, pois as matérias acabaram se acumulando. Como sempre, cada uma delas está repleta de informações que foram preparadas especialmente para o mercado imobiliário e condominial.

Temos um artigo repleto de dicas para lançar empresas do ramo imobiliário em um caminho socialmente responsável, desvendando o conceito da abordagem representada pela sigla: ESG.

Apresentamos também uma matéria sobre o IPTU Digital e quais os impactos dessa mudança para os proprietários de imóveis de locação em Uberlândia e para as imobiliárias.

Além disso, aproveitando essa fase inicial do ano, na qual empresas e condomínios estão voltados, com mais ênfase, para seus departamentos financeiros, apresentamos artigo sobre os desafios econômicos enfrentados pelos condomínios e como se preparar para esses momentos.

Já na seção “Dicas de Saúde” falamos sobre o que há de novo sobre a dengue, que está assolando Uberlândia nesse período. Não muito distante desse tema, na seção “Secovimed Responde”, explicamos a função e importância do Médico da Família e Comunidade para que os pacientes do Secovimed não percam a excelente oportunidade que têm, por ter essa especialidade a sua disposição.

Além disso, as seções, “O Síndico Pergunta” e “Entrevista com Síndico”, continuam trazendo conhecimentos valiosos para a função.

Voltando-nos, um pouco, para as realizações do sindicato, neste primeiro trimestre do ano é sempre marcado por planejamentos e fechamentos financeiros e contábeis. É um momento importante para olharmos para os números do nosso negócio, seja ele qual for. Análise que pode ser seguida por ajustes, comemorações ou preocupações, tudo depende dos resultados e das expectativas.

No Secovi-Tap não foi diferente, assim como em muitos condomínios e empresas associadas. Nos condomínios, a apresentação do orçamento anual faz parte da prestação de contas prevista em convenção e é de responsabilidade do síndico. Aqui no Secovi-tap estamos sempre alertando síndicos para estarem atentos a esta obrigação, pois, mesmo quando essa tarefa fica a cargo de uma administradora, a responsabilidade continua sendo do síndico o qual precisa garantir que tudo esteja sendo feito de forma correta e realista. De acordo com as leis, com as necessidades do condomínio e com a realidade vivida por ele no momento.

Porém, nós aqui no Secovi, também sabemos que nem todos os síndicos têm conhecimento para fazer essa análise, este ano criamos o Curso de Planejamento Orçamentário para Condomínios. Um curso rápido, porém, completo, que visa preparar o síndico para fazer o planejamento ou para se sentir seguro o

suficiente na hora de conferir o planejamento apresentado pela administradora.

Contudo, essa não foi a única ação do Secovi nesse período. Começamos o mês de janeiro com uma palestra sobre saúde mental para os pacientes do Secovimed, em consonância com a campanha do Janeiro Branco, na qual foi possível ouvir a Filósofa Clínica e Reprogramadora Neurodimensional, Marta Batalini, falar sobre os conhecimentos fundamentais para a manutenção diária do equilíbrio emocional e físico. Mais detalhes de como foi esse momento podem ser conferidos no site: https://secovitap.com.br/ saude-mental-os-conhecimentos-fundamentais-para-construir-e-manter-o-equilibrio-emocional-e-fisico-no-dia-a-dia/

Em fevereiro, tivemos mais uma edição do Café com síndico, o qual vem conquistando cada vez mais síndicos para esse momento preparado com tanto esmero. Essa é a melhor oportunidade para trocas de informações e ideias com pessoas que vivem as mesmas situações diariamente. Momento que transcorre de forma tranquila, enquanto se saboreia um gostoso café da manhã, contando com a segurança de um posicionamento jurídico na hora, sempre que as dúvidas surgirem.

Em março, o Secovimed desenvolveu duas ações. Uma delas homenageou as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher. Por isso, durante a semana da mulher, presenteou todas aquelas que estiveram no Secovimed com um carinhoso mimo. Se você não passou por lá, pode ficar sabendo como foi pelo nosso blog: https://secovitap.com.br/homenagem-do-secovimed-as-mulheres-pelo-seu-dia/

Por último, o Secovimed ainda fez valer o Dia da Saúde e Nutrição, que, embora seja lembrando, no calendário mundial, em 31 de março, foi antecipado no Secovimed para o dia 21, com atendimento pela nutricionista e distribuição de frutas para os pacientes do dia. Promovendo, assim, o incentivo ao cuidado com a saúde preventiva através de uma alimentação saudável.

Para os próximos meses, o Secovimed pretende retomar a Campanha do Agasalho, em formato já trabalhado outros anos e que deu muito certo, no qual, em conjunto com alguns condomínios e algumas empresas associadas, definimos diferente pontos de coletas para, posteriormente, quando chegar o período mais gelado do ano, fazermos a distribuição de roupas de frio e cobertores entre instituições que auxiliam pessoas em situação de vulnerabilidade. Condomínios e associados que tenham interesse em participar, já podem procurar a Assistente Social do Secovimed.

Por fim, no início de abril, realizamos mais uma turma, a 42ª, do aclamado Curso de Qualificação e Desenvolvimento para Profissionais de Portaria.

Todos esses assuntos, você acompanha agora nessa edição. Boa leitura!«

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4 REVISTA SECOVI
IMOBILIÁRIAS ADMINISTRADORAS DE CONDOMÍNIOS

O Síndico pergunta

1. Como proibir a entrada de entregadores mesmo o prédio sendo composto por muitos idosos?

É sempre indicado realizar normas proibitivas por meio de convenção ou regimento interno. Sempre que for proibir e estipular sanção (multa), orienta-se que faça a convocação de uma assembleia para decidir e alterar e/ou incluir a convenção ou regimento interno, em votação por quórum especial.

2. Condomínio pode cortar água de morador inadimplente com suas cotas?

O condomínio não pode cortar água de morador inadimplente, devendo entrar com ação de execução/cobrança da taxa de condomínio. A água não pode ser cortada como exercício arbitrário das próprias razões pelo condomínio, pois não há previsão legal. Ela apenas pode ser cortada pela própria prestadora do serviços público.

3. Pode-se colocar câmeras nos corredores e filmar as portas

das unidades?

Como se trata de área comum, pode sim ser instaladas câmeras nos corredores, o que, consequentemente, poderá pegar nas imagens as portas da unidades. Se os condôminos ficarem insatisfeitos com referida instalação, ou quiserem impedi-la, pode ser votada a proibição por meio de assembleia.

4. O devedor de condomínio pode perder o imóvel?

Mesmo sendo bem de família, o condômino inadimplente poderá perder o imóvel em uma ação judicial, caso não quite o débito. Referida exceção está disposta no art. 3º inc. IV da lei nº 8.009/90 que dispõe sobre o bem de família. Consolidada a dívida e não paga, o imóvel irá a leilão e o condômino perderá sua posse e propriedade.

5. A isenção da taxa de condomínio para o síndico abrange as chamadas de capital para despesas extraordinárias?

A resposta é não. Se ficou estipulado apenas a isenção da taxa de condomínio para o síndico, este deve ratear normalmente as chamadas de capital para pagamento das despesas extraordinárias. Ele somente ficará isento dessas outras despesas, caso esteja expresso na convenção de condomínio ou regimento interno.

6. O síndico isento de taxa condominial precisa recolher Imposto de Renda?

A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, decidiu que a dispensa do pagamento das taxas condominiais concedida ao síndico pelo trabalho exercido no condomínio não pode ser considerada pró-labore, rendimento ou acréscimo patrimonial – não incidindo, por essa razão, o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).«

5 A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.
Dr. Arthur
Jurídico Secovi-Tap juridico@secovitap.com.br
Srour Vidal

nÐomÍnios Resilientes

Assumir a função de síndico é administrar uma pequena comunidade, no qual, cada decisão tem impacto significativo na qualidade de vida de todos os moradores. Em meio às complexidades da gestão condominial, a administração financeira é uma força poderosa, cujas estratégias influenciam diretamente o cotidiano de condôminos e moradores. Neste artigo, mergulharemos nesse aspecto específico da administração condominial, explorando os desafios e as oportunidades que são comuns a todos os condomínios, independente de tamanho ou tipologia. Oferecendo insights valiosos que visam garantir um ambiente condominial sustentável e próspero.

Quem está à frente de um condomínio sabe que uma gestão eficiente é tarefa desafiadora, especialmente quando se trata de equilibrar receitas e despesas para garantir um ambiente sustentável e agradável. Nesse cenário, a economia do país desempenha um papel crucial, influenciando diretamente os custos operacionais e as oportunidades de otimização finan-

Inflação e Custos Operacionais

A inflação é fator determinante que afeta diretamente os custos operacionais de um condomínio, e em tempos de inflação elevada, é crucial que os condomínios estejam preparados para renegociar contratos, buscar fornecedores mais competitivos e implementar medidas de eficiência energética para reduzir o impacto financeiro desses aumentos.

Uma das formas de se preparar para momentos nos quais a economia nacional está mais difícil, é dedicar maior atenção ao planejamento orçamentário anual, levando em conta as projeções de inflação de forma correta e o mais preciso possível, sem nunca esquecer os reajustes contratuais. Assim, é possível prever as despesas e as receitas do condomínio com mais exatidão e evitar surpresas desagradáveis. Outra forma é investir em reservas de contingência, que é o fundo destinado a cobrir eventuais imprevistos ou emergências que possam afetar o

Navegando

Pelos Desafios Econômicos de um Futuro Sustentável

condomínio. Embora, a maioria dos condomínios façam uso dessa estratégia, aqueles que ainda não implantaram algum tipo de Fundo de Reserva, devem permanecer atentos à sua necessidade, reavaliando constantemente essa possibilidade. O valor do Fundo de Reserva de contingência pode ser calculado com base no valor do condomínio e na sua exposição aos riscos.

Medidas para Redução de Custos Além disso, é importante que os condomínios busquem formas de reduzir custos sem comprometer a qualidade dos serviços ou a segurança dos moradores. Com clareza na importância de manter esse equilíbrio, algumas medidas podem ser adotadas:

- Renegociar contratos com fornecedores, buscando melhores condições de preço e prazo, sem redução de qualidade.

- Pesquisar novos fornecedores, comparando propostas, reputação e capacidade técnica de cada um.

- Implementar medidas de eficiência energética, como instalar sensores de

6 REVISTA SECOVI
ceira.

presença, substituir lâmpadas incandescentes por LED, regular a temperatura dos aparelhos de ar-condicionado, entre outras.

- Promover a conscientização dos moradores sobre o uso racional dos recursos, de modo a influenciar o uso consciente de água, luz e gás, tanto nas áreas privativas quanto em áreas comuns, criando hábitos de consumo sustentáveis.

Financiamentos de projetos

As taxas de juros praticadas pelo sistema financeiro têm implicações diretas nos financiamentos e empréstimos para obras de melhorias e reparos em condomínio. Em períodos de taxas de juros mais baixas, é mais acessível buscar financiamentos para projetos de longo prazo, como reformas estruturais, instalação de equipamentos mais eficientes e atualização de sistemas de segurança. Essa abordagem pode resultar em economias com custos de manutenção a longo prazo, além de valorização do patrimônio.

No entanto, antes de contratar um financiamento, é preciso fazer uma análise criteriosa da viabilidade e da necessidade do projeto, bem como da capacidade de pagamento do condomínio. Alguns aspectos que devem ser considerados:

- O valor do financiamento, o prazo de pagamento, a taxa de juros e as condições de amortização.

- O impacto do financiamento nas despesas mensais e na taxa condominial.

- A urgência e a relevância do projeto para o condomínio, levando em conta aspectos como segurança, conforto, funcionalidade e estética.

- A aprovação dos moradores, a qual deve ser feita em assembleia, respeitando o quórum e as regras estabelecidas pelo código civil e pela convenção do condomínio.

Desenvolvimento Econômico Local e Valorização Imobiliária O desenvolvimento econômico local desempenha um papel significativo na valorização imobiliária. Quando a economia local está em ascensão, a demanda por propriedades aumenta, o que pode levar a uma valorização do patrimônio. Esse aumento de valor

pode ser aproveitado para gerar receitas adicionais, seja através da venda de unidades ou da locação de espaços comerciais no condomínio.

Para que o condomínio se beneficie da valorização imobiliária, é preciso que ele esteja em boas condições de conservação, segurança e funcionalidade. Por isso, é importante o investimento em obras de manutenção corretiva e preventiva, bem como em melhorias que agreguem valor ao imóvel, como paisagismo, pintura, iluminação, acessibilidade, entre outras.

Sustentabilidade e Eficiência Energética Investir em práticas sustentáveis e eficiência energética pode ser uma estratégia valiosa para reduzir as despesas condominiais e valorizar o patrimônio. A implementação de tecnologias verdes, como sistemas de captação de água da chuva, iluminação LED e painéis solares, pode resultar em significativas economias a longo prazo, além de promover a responsabilidade ambiental.

A captação de água da chuva consiste em coletar e armazenar a água proveniente das chuvas, a qual pode ser utilizada para fins não potáveis, como irrigação, lavagem de áreas comuns, descarga de sanitários, etc. Essa prática pode reduzir o consumo de água potável do condomínio, diminuindo o valor da conta de água e contribuindo para a preservação dos recursos hídricos.

A iluminação LED é uma alternativa mais econômica e ecológica do que as lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, pois a iluminação LED consomem menos energia, dura mais e não contém mercúrio ou outros metais pesados. Além disso, a substituição das lâmpadas convencionais por LED pode gerar uma economia de até 80% no consumo de energia elétrica do condomínio, além de melhorar a qualidade da iluminação e o conforto visual dos moradores.

Os painéis solares são dispositivos que convertem a energia solar em energia elétrica, que pode ser utilizada para alimentar os equipamentos e as instalações do condomínio. Essa tecno-

logia pode reduzir ou até eliminar a dependência do condomínio da rede elétrica, gerando uma economia significativa na conta de luz e reduzindo a emissão de gases de efeito estufa.

Envolvimento Comunitário e Participação Ativa

A participação ativa da comunidade condominial é essencial para uma boa gestão administrativa financeira. Assembleias, Conselheiros Fiscais e Comissões de Finanças desempenham importante papel na identificação de áreas de otimização de despesas, na busca de soluções criativas e na promoção de uma cultura de economia compartilhada. A participação ativa dos moradores também pode fortalecer o senso de comunidade, a confiança e a cooperação entre vizinhos.

Como é possível perceber, são vários os fatores econômicos que afetam as receitas e as despesas do condomínio. Por isso, é importante que síndicos e condôminos estejam atentos às mudanças e às oportunidades que possam surgir, buscando formas de se adaptar e de otimizar recursos. Além disso, é fundamental investir em práticas sustentáveis e eficientes, que possam gerar economias a longo prazo, além de valorizar o patrimônio. Além disso, não menos importante, é essencial que os moradores participem ativamente da gestão do condomínio, contribuindo com ideias, sugestões e soluções para melhorar o ambiente condominial.

Afinal, gerir um condomínio vai muito além da cobrança de taxas e administração das despesas. É um exercício de equilíbrio entre a realidade econômica atual e a busca pela sustentabilidade financeira. Ao compreender e se adaptar às nuances dessas mudanças, os síndicos e condôminos podem navegar pelas possíveis turbulências com mais confiança, encontrando oportunidades onde antes se percebia apenas desafios. «

Referências:

https://jus.com.br/artigos/85990/a-importancia-da-ciencia-da-administracao-na-gestao-condominial https://medium.com/blog-da-acolweb/o-impacto-da-economia-nacional-na-redução-das-despesas-condominiais-estratégias-para-um-18d41b27dbf7 https:// periodicos.iesp.edu.br/index.php/campodosaber/ article/download/430/314

TCC Contábeis - Hermann Erwin Bücken - 112729 (ufrgs.br) https://www.wribrasil.org.br/noticias/cidades-em-desenvolvimento-precisam-de-dinheiro-recuperacao-da-valorizacao-imobiliaria

7 A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.

O IPTU Digital, lançado pela Prefeitura de Uberlândia em 2024, afetou a todos os proprietários de imóveis de locação. Enquanto para os demais contribuintes, o principal incentivo para fazer a adesão ao IPTU digital é o desconto no valor do imposto, para os proprietários de imóveis de locação a adesão tornou-se imperativa.

Isso ocorre, por que, a partir deste ano, devido a essa mudança, as imobiliárias passam a ter acesso ao IPTU exclusivamente por meio eletrônico e somente após autorizado pelo proprietário dentro do Portal Cidadão.

O Lançamento oficial do IPTU Digital em Uberlândia, aconteceu no dia 30 de novembro do último ano, em solenidade realizada no Centro Administrativo. O Prefeito Odelmo Leão juntamente com a Secretaria Municipal de Finanças, em parceria com a Pradaub, apresentou aos representantes de classes e diversas autoridades locais as novidades a respeito do novo formato de recolhimento do Imposto. O Secovi-Tap se fez presente por meio de seus representantes: o Diretor Kleber Pires Fernandes, Vice-Presidente de Desenvolvimento Urbano, e a Gerente Executiva, Cida Bitencourt.

Desde aquele momento, o Secovi-Tap passou a acompanhar de perto as mudanças decorrentes do novo formato de recolhimento do imposto, elas afetam diretamente os processos de

administração da locação de imóveis. Por este motivo, imediatamente após o lançamento da novidade, o Secovi-Tap intermediou junto à prefeitura, nova reunião. Dessa vez em formato direcionado e exclusivo para imobiliárias e sindicato. Essa segunda reunião ocorreu no dia 04 de dezembro, no auditório Cicero Diniz, no Centro Administrativo e contou com a participação de 28 representantes das 17 maiores imobiliárias de Uberlândia. A partir daí foram mais três encontros entre imobiliárias, Prodaub e Secovi-Tap alinhando processos que pudessem facilitar o trabalho das empresas de administração de imóveis e diminuir, o máximo possível, qualquer transtorno para os proprietários dos imóveis.

Para os proprietários, a maior mudança está na necessidade de seguir os seguintes passos:

1. Acessar o Portal Cidadão (cidadao.uberlandia.mg.gov.br) utilizando seu acesso “gov.br”;

2. Dentro do portal, fazer a adesão ao IPTU Digital;

3. Ainda dentro do portal, emitir uma autorização para que a imobiliária possa administrar o referido imposto.

Proprietários que possuem mais de um imóvel precisam fazer a adesão e a emissão da autorização para cada um de seus imóveis, indicando qual imobiliária administra cada imóvel.

O presidente da Prodaub lembra que, a necessidade de acessar o portal através do “gov.br”, não representa maiores problemas, pois o portal cidadão não tem o IPTU Digital como único objetivo. É o mesmo acesso para diversos outros serviços públicos municipais, como 2ª vias de DMAE, Taxa de coleta de lixo, atualização de cadastro, emissões de certidões, entre outros, e que já vem sendo utilizado em larga escala pelos cidadãos de nossa cidade.

Após os encontros e muito diálogo entre Secovi-Tap e prefeitura, visando minimizar prováveis dificuldades, foi possível garantir que imóveis que se encontravam, no final de 2023, sob a administração de imobiliárias associadas ao Secovi-Tap, pudessem passar por essa mudança de forma automática, possibilitando às empresas dar continuidade em suas operações com o menor prejuízo operacional possível e sem a necessidade de intervenção do proprietário, que, do contrário, teria sido acionado individualmente.

Dessa forma, a adesão e autorização para administração do imóvel que o proprietário precisa emitir, conforme os passos acima, somente serão necessárias para imóveis cadastrados pelas imobiliárias associadas, a partir de janeiro de 2024.

No dia 05 de março, aconteceu um novo encontro, desta vez na sede do

Secovi-Tap, com o objetivo de sanar dúvidas operacionais das imobiliárias. Esse último encontro contou com a participação de representantes da Prodaub, do Cadastro Imobiliário da Prefeitura e da Secretaria de Finanças. Na ocasião, foram apontadas dificuldades que os proprietários de imóveis e imobiliárias ainda estavam enfrentando para o acesso ao IPTU dos imóveis de locação. Todas as dúvidas foram tiradas e algumas melhorias foram sugeridas, as quais foram prontamente acolhidas para análise.

Portanto, proprietários de imóveis precisam estar atentos a essa novidade, caso a empresa que administre o seu aluguel faça contato solicitando a adesão ao IPTU Digital e emissão da autorização, esses passos precisam ser seguidos. Do contrário, a imobiliária não terá acesso ao IPTU e o seu recolhimento deixará de ser responsabilidade dela, além de impossibilitar a cobrança do IPTU do locatário, passando a ficar a cargo do proprietário.

Além disso, quem não fizer a adesão, irá receber o carnê impresso, pois a prefeitura vai enviá-lo para o endereço de correspondência do proprietário e não mais para a imobiliária como acontecia até 2023. Ou seja, se o proprietário não fizer a adesão e emitir a autorização, a empresa que administra o aluguel ficará sem acesso ao carnê digital e o carnê impresso será enviado para o proprietário.

Quanto ao recolhimento do imposto, o desconto de até 10% para pagamento à vista venceu em 29 de fevereiro. Ainda foi possível obter 8% de desconto para quem deixou para fazer o pagamento até 28 de março. Mas, quem perdeu ambos os prazos e ainda quer desconto, poderá fazê-lo até o dia 18 de abril com até 5% de desconto ou até 30 de abril e obter 3% de desconto. Para quem prefere parcelar, não tem desconto e precisa efetuar o pagamento da primeira, das seis parcelas, até 30 de abril. Contudo, para conseguir esses percentuais de desconto, os contribuintes precisam atender a dois requisitos: Estar adimplente com o recolhimento do imposto dos anos anteriores e fazer a adesão ao IPTU Digital.

Por isso, o Secovi-Tap aconselha: se você tem imóvel para locação e não quer perder os prazos nem os descontos do IPTU, e nem quer correr risco de ter problemas futuros por causa de inadimplência, deixe tudo na mão de uma imobiliária associada ao sindicato, siga as instruções de adesão e de emissão de autorização e não volte a se preocupar com isso. Pois uma vez autorizado, somente será necessário repetir o processo, quando e se, o imóvel for alugado por outra imobiliária.

Para as imobiliárias vale lembrar:

1. Não serão mais gerados carnês impressos para os imóveis com adesão ao IPTU Digital.

2. Um dos sócios da imobiliária precisa entrar no Portal Cidadão, através do seu CPF.

3. Dentro do portal, o sócio precisa informar os CPFs dos funcionários que terão permissão para acessar os IPTUs dos imóveis administrados.

4. Na lista de imóveis somente irão aparecer os imóveis com adesão ao IPTU Digital e com autorização emitida para sua imobiliária.

5. A emissão dos carnês, dentro do Portal Cidadão, ainda está sendo feito de forma individual, embora a Prodaub esteja avaliando a possibilidade de emissão de um único DAM(Documento de Arrecadação Municipal).

6. Por hora, o portal que, até ano passado, era utilizado pelas associadas para acessar todas as informações sobre o imposto, continua funcionando normalmente.

O Secovi-Tap continua acompanhando a evolução dessas mudanças e auxiliando empresas associadas nesse processo. «

9 A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.
Gerente
Execuvita Secovi-Tap

A dengue é uma doença infecciosa viral que faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, o qual representa um grande problema de saúde pública não apenas no Brasil, mas em vários países da América Latina. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.

1. Qualquer pessoa pode ser contaminada?

Pessoas de qualquer idade podem se contaminar, porém, as mulheres grávidas, pessoas com mais de 65 anos, indivíduos com doenças crônicas (como diabetes e hipertensão) e crianças até dois anos têm risco aumentado de desenvolverem a forma mais grave da doença e até mesmo outras complicações.

Importante ressaltar que o mesmo mosquito da dengue também pode causar outras arboviroses, como Chikungunyia e Zika. Por isso, é tão importante o diagnóstico correto e o auxílio médico.

2 – Como ocorre a transmissão?

O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que

se reproduz principalmente em depósitos de água limpa e parada. O vírus possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-

4. Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão por via vertical (de mãe para filho durante a gestação) e por transfusão de sangue é extremamente rara.

3 – Quais são os sintomas?

Nem sempre a pessoa contaminada com a dengue desenvolverá sintomas – ela pode ser totalmente assintomática ou apresentar um quadro leve.

Se a pessoa apresentar febre alta repentina (entre 39oC e 40 oC) acompanhada de, pelo menos, dois dos sintomas abaixo, deve procurar um serviço de saúde para diagnóstico:

• Dor de cabeça intensa

• Dor atrás dos olhos

• Dor nas articulações ou nos músculos

• Prostração

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. Mas atenção: se após o declínio da febre (entre o 3º e 7º dias do início

da doença), outros sinais continuarem presentes, é preciso buscar novamente o serviço de saúde porque eles podem indicar a evolução para uma forma grave da doença e a piora do quadro. Esses sintomas podem ser:

• Dor abdominal intensa e contínua

• Náusea e vômitos persistentes

• Manchas vermelhas pelo corpo

• Inchaço causado pela retenção de líquido

• Sangramento de vias aéreas

• Letargia e irritabilidade

4 – Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da dengue é basicamente clínico, com base em análise médica e nos sintomas apresentados pelo paciente.

Quando o paciente procura um pronto-socorro, ele faz um teste rápido que identifica se é positivo ou negativo para a dengue.

5 – Qual o tratamento?

Não existe um medicamento específico para o ví- rus da dengue – o tratamento é baseado,

principalmente, na reposição de líquidos e no controle de sintomas. Por isso, é recomendado:

• Repouso enquanto durar a febre

• Ingestão de líquidos

• Uso de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre

• Interrupção do uso de AAS (ácido acetil salicílico) e de antiinflamatórios não hormonais (como diclofenaco, ibuprofeno, etc) a fim de minimizar o risco de sangramentos

• Retorno ao serviço de saúde em caso de pioras dos sintomas ou quando o médico orientar que o paciente retorne para reavaliação.

Em geral, como a maioria dos casos são leves, a recuperação completa acontece, mais ou menos, em dez dias.

6 – Existe vacina?

Sim. A vacina Qdenga, que protege contra os quatro sorotipos da dengue, foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no início de 2023. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) e o imunizante passou a integrar o Calendário Nacional de Vacinação em 2024 – esse imunizante requer a aplicação de duas doses.

Com isso, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. Esta vacina também está disponível nos

Centros de Imunização da rede privada.

O Instituto Butantan também está desenvolvendo uma vacina contra a dengue que, até o momento, apresenta resultados promissores – os resultados do estudo clínico com 16.235 voluntários apontaram uma eficácia de 79,6% com uma única dose do imunizante, o que é uma vantagem. A expectativa é apresentar os dados para pedido de registro à Anvisa no segundo semestre de 2024.

7 – Qual a melhor maneira de se prevenir a dengue?

Uma das formas de evitar a transmissão é o controle do mosquito, evitando deixar água parada em recipientes, pneus, vasos, calhas. Essa prevenção acontece por meio de ações pessoais, de toda a população, além de ações dos órgãos públicos por meio de campanhas de orientação e visitas dos agentes de saúde às casas, em busca de criadouros.

É importante entender que adotar medidas de controle é essencial para reduzir a transmissão do vírus. Quando a epidemia se instala, ela segue seu curso e nesse momento as ações de controle mostram pouca ou nenhuma efetividade.

A vacinação é mais uma importante ferramenta na busca pelo controle da doença, que continua causando epidemia no Brasil.

8 – Posso ter dengue várias vezes?

Sim. Como existem 4 sorotipos diferentes da doença, uma pessoa pode se contaminar até quatro vezes ao longo da vida – cada vez por um dos sorotipos. A recuperação da infeção por um sorotipo proporciona imunidade vitalícia apenas contra ele.

Ao ser contaminada novamente por qualquer um dos outros sorotipos da dengue, o risco de desenvolver a dengue hemorrágica, que é a forma mais grave da doença, aumenta.

9 – A doença acontece o ano inteiro?

A dengue é uma doença sazonal –costuma acontecer nos períodos mais quentes e chuvosos (especialmente entre os meses de outubro e maio). No entanto, aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o saneamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor e da doença o ano inteiro.«

Fonte: https://vidasaudavel.einstein.br/ dengue-9-perguntas-e-respostas-para-voce-entender-a-doenca/

Angélica L. N. Bernardes

Assistente Social do SecoviMed CRESS/MG 28489

Uma especialidade médica que é muito difundida e bastante procurada em outros países e ainda pouco conhecida no Brasil é o Médico da Família e Comunidade. A sua importância e o seu reconhecimento dentro da área médica é enorme. Mais abrangente e de uma investigação mais minuciosa que a Clínica Médica, esta especialidade desempenha importante papel no diagnóstico de doenças.

Medicina da Família e Comunidade é uma das especialidades oferecidas no Secovimed, atualmente atendida pela Dra Fernanda Miranda Moises. Por isso, na seção Secovimed Responde desta edição, iremos abordar a principais dúvidas sobre esse tema.

O que faz um médico de família e comunidade?

Esse especialista é responsável por acompanhar pacientes de todas as idades e gêneros do início ao fim da vida. Na prática, a definição abrange crianças, jovens, adultos, idosos e até puérperas que procuram o sistema de saúde com qualquer tipo de queixa.

Qual é a formação de um médico de família e comunidade?

Assim como as demais especialidades, a medicina de família e comunidade também exige longos anos de estudo. Inicialmente, o profissional completa os seis anos da graduação em Medi-

cina e, depois, realiza uma residência de dois anos em Medicina de Família e Comunidade. São, no mínimo, oito anos de estudo. Ao longo desse período, ele irá se aprofundar em temas como saúde coletiva, medicina preventiva e epidemiologia.

É importante lembrar que Médico de Família é diferente da Clínica Médica, pois esta última precisa fazer residência em Clínica Médica e atua com pacientes adultos, sem englobar questões pediátricas ou ligadas à ginecologia e obstetrícia. Também difere do generalista, que é todo profissional formado na graduação em Medicina que ainda não fez nenhuma especialização.

O que atende um médico de família e comunidade?

• Consultas de rotina;

• Check-ups;

• Queixas ginecológicas;

• Doenças crônicas;

• Questões de saúde mental;

• Uso de substâncias químicas;

• Dores crônicas;

• Falta de ar;

• Taquicardia.

Quando o problema exige cirurgia, tratamento oncológico ou se revela uma doença rara, é preciso encaminhar para outros especialistas.

Qual é a importância de um médico de família e comunidade?

Justamente por esse contato mais próximo com a comunidade, o médico de família atende pessoas em diversas situações sociais, culturais e econômicas. Por isso, ele não foca apenas na prescrição de medicamentos, mas nas raízes do que pode estar causando o problema em questão. Dessa forma, é capaz de resolver as queixas logo no início, reduzindo o encaminhamento a hospitais e evitando que os pacientes tenham de fazer exames ou intervenções desnecessárias.

Por meio desse laço de confiança, o especialista também aproveita para prevenir doenças, trabalhar a redução de danos e orientar a população sobre medidas de saúde pública. «

Angélica L. N. Bernardes Assistente Social do SecoviMed CRESS/MG 28489

SECOVI ENTREVISTA

Hoje, o Secovi Entrevista mergulhou nos bastidores do Condomínio Residencial Palermo, localizado no Jardim Holanda, para uma conversa esclarecedora com Lucimar Batista do Nascimento, síndica há seis anos e sete meses. Com 108 apartamentos sob sua gestão, Lucimar compartilhou sua jornada desde a aceitação inesperada do cargo até se tornar uma líder dedicada e comprometida com a comunidade condominial. Nesta entrevista reveladora, Lucimar aborda os desafios iniciais enfrentados, estratégias para a adaptação dos moradores às normas condominiais e a importância de promover a segurança. Além disso, ela destaca o papel fundamental do Secovi em seu percurso, enfatizando a relevância dos recursos oferecidos pela instituição. Prepare-se para uma viagem pelos aprendizados, desafios e conquistas da gestão condominial com Lucimar Batista do Nascimento.

Há quanto tempo você é síndica e por que aceitou essa função?

Lucimar: Estou como síndica há 6 anos e sete meses. A princípio, eu aceitei o cargo apenas para acabar a assembleia com a construtora logo. Antes disso, eu não tinha nenhum conhecimento e nem tinha ido a nenhum condomínio na vida. Foi uma decisão tomada na hora, mas com o tempo fui pegando gosto e permanecendo na função.

E como você abordou os desafios iniciais?

L: No começo foi um pouco tenso, porque na ocasião o pessoal da administradora me informou que o síndico

não faria nada, que eu podia aceitar o cargo porque síndico não faz nada. Depois de ser eleita, eu passei a ter conhecimento da responsabilidade de um síndico, foi então que comecei a buscar os conselhos dos meus advogados, que tinham conhecimento na área e eles me orientaram. Troquei de administradora e, depois dessa troca, o administrador da empresa, que inclusive mora aqui no condomínio, me ajudou bastante. Os problemas maiores, que a gente sempre vê, são de construção e adaptação. Porque o pessoal está acostumando a morar apenas em casas e morar em condomínio é uma novidade e um desafio. Mas, no geral, deu certo. Desde o começo fui conscientizando cada um e hoje aqui é um condomínio bem tranquilo de morar.

Você falou sobre a adaptação inicial. Quais foram os problemas que você encontrou e precisou resolver?

L.: É mais sobre comportamento mesmo, porque quando a gente mora em uma casa, queremos usar uma furadeira a qualquer hora, queremos mexer nos móveis e fazer mudanças sem horário e sem dia, mas ao morar em condomínio você tem regras. Aí foi preciso conscientizar que o condomínio é um lugar misto, onde vivem vários tipos de pessoas e precisamos respeitar o espaço de todos, porque nem todo mundo trabalha durante o dia. Tem os que trabalham à noite e esses precisam de silêncio e sossego. Você não pode lavar o carro na área comum, porque pode sujar o estacionamento. Uma área comum não é o local onde você faz o que você quer, pois é de uso comum de todos.

E atualmente, quais os problemas que você identifica que ainda precisam ser resolvidos?

L.: Hoje o problema ainda é a disciplina. As pessoas são muito individualistas, querem do jeito delas, na hora e tempo delas e se não for dentro do que querem, não concordam. Mas isso está sendo mais fácil de lidar, estamos conversando e orientando. Os grandes problemas que precisam ser resolvidos são coisas como o animal de estimação dentro do apartamento que, às vezes, fica muito tempo sozinho e começa a ficar estressado. Também tem a questão da inadimplência, mas isso a gente resolve com o jurídico. No entanto, acredito que a maior dificuldade dentro do condomínio seja a higiene pessoal. Isso é muito grave, é até chato. A separação do lixo orgânico e reciclado é uma cultura que falta em muita gente aqui, deixam o lixo dentro do apartamento e bichos saem para fora, para se ter uma noção a pessoa escarra dentro do elevador, deixa o cachorro urinar dentro do elevador e não limpa. Carrega o lixo e deixar o líquido escorrer no chão e com mau cheiro dentro do elevador. Eu oriento o pessoal que o elevador é um equipamento muito caro dentro de um condomínio e precisa ser respeitado e ter cuidado, e temos que pensar que se entra com alguma coisa com odor, isso tem que ser resolvido, porque outras pessoas vão usar. Então hoje para mim o maior desafio é essa questão de higiene pessoal de cada morador e a separação do lixo. Mas, eu oriento cada morador, por exemplo, os bichos que saem do lixo de dentro do apartamento, eu oriento, porque a última coisa que quero fazer é aplicar uma notifi-

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cação ou multa. Então faço a orientação e acompanhamento, afinal a limpeza no condomínio é feita todos os dias de segunda à sábado, então a área comum do condomínio é limpa, e precisa ser mantida assim. Essas medidas têm funcionado, agora o que está quase impossível, mas vou encontrar a solução, é a questão do lixo reciclável. Fazer essa separação é o que está sendo o maior desafio hoje. Temos a lixeira para o lixo orgânico e um contêiner para o reciclado e quando o pessoal da coleta passa, o contêiner está pela metade de lixo orgânico enquanto outros estão jogando o reciclado dentro da lixeira dos orgânicos. Minha solução será instalar uma câmera na área e fazer um acompanhamento de perto, para identificar quem não está fazendo a separação correta, porque temos um pessoal que faz a fiscalização. Quando é uma casa ninguém liga, mas no condomínio é diferente, é um desafio, mas irei vencer.

Como você avalia o impacto da sua gestão no condomínio?

L.: Olha, eu sou a primeira síndica aqui do condomínio e toda vez que tem eleição para síndico se mobilizam e votam em mim. Eles falam que, por eu ser uma pessoa muito rígida e sincera, que falo o que precisa na cara, se um dia eu sair o condomínio vai desandar de vez, esse é o feedback que tenho

escutado. Além disso, meu foco maior é segurança, eu cuido muito dessa parte. Tanto que hoje o hábito do pessoal é: entrou uma pessoa que não conhecem já me comunicam. Às vezes eu sou grossa e sem educação, mas se eu ficar abaixando a cabeça, tudo desanda e estou aqui pra defender o CNPJ do condomínio e não o meu CPF. Isso está muito claro para todo mundo. Eu ajudo à todos o quanto puder, porém se for colocar em jogo a conduta ou reputação do Residencial Palermo, ai minha postura é outra.

Você falou sobre foco em segurança. Sobre esse aspecto, quais são os planos adotados no condomínio?

L.: Eu ainda não tenho portaria 24h porque não foi aprovado e o pessoal é muito resistente. Mas eu consegui colocar portaria parcial e segurança noturno. Além disso, aqui usamos o sistema de Tag. Não tem senha e nem chave. É Tag, é individual. O sistema mip que identifica quem está usando. É proibido mesmo sendo do mesmo apartamento, utilizar a Tag do outro. Tem esse mesmo sistema no portão, então a entrada e a saída é identificado no sistema, onde permanecem os dados, se precisar buscar a informação, pode ser feito. Tem as câmeras e moradores que são militares que sempre me dão apoio aqui. Graças a Deus,

até hoje nunca aconteceu nada, a não ser uma vez que tentaram entrar aqui, mas o plano foi frustrado.

E o Secovi tem te ajudado?

L.: O Secovi me dá muito apoio. Eles têm os advogados disponíveis. Os cursos são fundamentais, Tem o café com síndico, sentar lá e conversar durante uma hora, mesmo que fossem 15 minutos, escutar a experiência de outros síndicos, o que acontece em outros condomínios é muito importante. O papel do Secovi é fundamental para nossa vida, comecei a frequentar há pouco tempo, mas esse tempo está sendo muito produtivo. Ainda não tenho o SecoviMed, mas ouvi de outros síndicos que é muito bom e só tem profissionais capacitados.

Alguma mensagem para finalizar?

L.: O que quero deixar como mensagem é que temos que ter muito foco. Dedicação, priorizar o condomínio e não ficar focado em problemas de moradores. Temos que cuidar e dar atenção, parar e entender algum atrito entre moradores. Eu não deixo morador entrar em conflito com outro para não ter atrito. Eu sempre falo que condomínio é família e se tiver que brigar, briga comigo. E é isso, temos que ter muito discernimento e sabedoria para administrar o condomínio. «

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