Descubra quais são as cinco principais indústrias e empresas de serviços nas categorias mais relevantes para o varejo alimentar. Elas são reconhecidas pela competitividade, capacidade de inovação, produtos de qualidade e marcas fortes
MULTIUSO NÃO É TUDO A MESMA COISA
Trouxe fragrâncias inovadoras e com personalidade para rentabilizar o seu negócio A número marca 1 1
para ter o produto com preço médio 50% maior que a categoria oportunidade Grande
QUEM SÃO OS FORNECEDORES COM MAIOR LEMBRANÇA NO VAREJO ALIMENTAR?
A resposta a essa pergunta está nas páginas seguintes desta edição. Tradicional pesquisa do mercado, o levantamento Top Fornecedores da SA+ aponta quais indústrias têm marcas com maior força de preferência entre os varejistas. Por trás dessa escolha, pesam fatores associados ao relacionamento com esses fornecedores. Aqui, selecionamos algumas das principais categorias para os seus negócios. Em cada uma delas, você conhecerá os 5 fornecedores mais bem colocados em nossa pesquisa. Mas, em nosso portal, você encontrará todas as categorias pesquisas (temos QR Codes para acesso rápido espalhados pelas páginas internas da revista) Veja como os dados compartilhados nesta revista podem ser úteis:
Fornecedores cujas marcas estão entre as mais lembradas pelo varejista, em geral, investem constantemente em marketing, ações de trade e promoções de seus produtos
É possível entender quais indústrias contam com sortimento mais completo nas principais categorias, atendendo às necessidades de diversos perfis de consumidores
Aliar o índice de lembrança dos fornecedores a dados de mercado e de vendas internas permite criar indicadores para avaliar melhor a performance dos seus parceiros e entender, com maior profundidade, em que área cada um pode contribuir mais para os resultados da rede
PUBLICAÇÃO CINVA – CENTRO DE INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIOS DO VAREJO CEO Fundador – Sergio Alvim (sergio.alvim@samaisvarejo.com.br) CEO DA SA+ TRADE: Eduardo Jaime Martins (eduardo.jaime@samaistrade.com.br) DIRETORA EXECUTIVA: Camila Alvim (camila.alvim@samaisvarejo.com.br) APOIO DIRETORIA: Carla Morais (carla.morais@samaisvarejo.com.br) HEAD DE CONTEÚDO: Alessandra Morita (alessandra.morita@samaisvarejo.com.br) COLABORADORES: PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTE FmaisG Projetos para Comunicação TRATAMENTO DE IMAGENS: J. Soza EVENTOS: Rogerio Zetune (eventos@samaisvarejo.com.br) ASSINATURAS: Sueli Simão (assinaturas@samaisvarejo.com.br) COMERCIAL: Marcelo Luz (marcelo.luz@samaisvarejo.com.br) SÃO PAULO: Alexandre Niccolai (alexandre.niccolai@samaisvarejo.com.br) SÃO PAULO: Ação - Vanderlan Gonçalves (vanderlan.acao@terra.com.br) RIO DE JANEIRO E NORDESTE: Carla Morais (carla.morais@samaisvarejo.com.br) INTERIOR DE SÃO PAULO: SPI – Fabricio Baroni (fabricio@spimidia.com.br) PARANÁ/SANTA CATARINA: Spala - Gilberto Paulin (gilberto@spalamkt.com.br) RIO GRANDE DO SUL: In Trade – Cesar Pereira (cesar.intrade@hotmail.com) MINAS GERAIS: SBF - Cibelle Bernardes (cibelle@sbfpublicidade.com.br) Distribuição mensal gratuita para executivos e profissionais do varejo alimentar IMPRESSÃO: POSIGRAF / SM LOG Soluções em Marketing e Logística Ltda.
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ed. 67 maio de 2025 ano 08 samaisvarejo.com.br
Ações em parceria
Identifique fabricantes que podem contribuir para o desenvolvimento de iniciativas capazes de aumentar as vendas na sua empresa. Os dados desta edição podem ajudá-lo
Top Fornecedores
Um dos principais atributos do ranking dos 5 principais fornecedores por categoria, que você encontra nesta revista e que está disponível de forma completa em nosso portal, é poder entender a movimentação de um ano para outro no que se refere à preferência do varejista em relação aos fornecedores. Veja o que você encontra nesta edição:
Participação na categoria: gráfico com a somatória do share de todas as marcas dos 5 fornecedores e sua fatia no índice de lembrança total da categoria (na parte superior da página)
Classificação das marcas: listagem de todas as marcas do fornecedor citados na pesquisa da SA+ e sua classificação geral
Preferência dos varejistas: é o índice de lembrança total do varejista em 2025 e 2024, permitindo entender se houve crescimento ou não de um ano para outro
Varejistas que citaram a marca: percentual de supermercadistas que apontaram a marca na categoria, independentemente se como 1ª, 2ª ou 3ª opção no momento da pesquisa
131
Dados e negócios
Entenda a importância de trabalhar com informações dos negócios
142
Fórum Nacional
Um novo modelo de evento foi lançados pela SA+. Entenda
Metodologia da pesquisa
Mercearia alto giro
doce
lácteos
Perecíveis congelados e resfriados
Bebidas não alcoólicas
Bebidas alcoólicas
Higiene e beleza
Conheça a loja do Muffato que ganhou um prêmio internacional
182
Relembre o Trade Connection
O maior evento de trade do País estará de volta em julho com muito mais novidades. Até lá, reveja como foi em 2024
fornecedores
Especial Solução Sortimento
metodologia da pesquisa
Esta edição finaliza a sequência de três revistas que formam a Solução Sortimento.
A trilogia se iniciou em março, com a publicação do Especial Categorias, a única revista do setor que traz o dado de árvore de decisão (neste ano, foram 75 categorias com essa informação exclusiva).
Em abril, foi a vez do Especial Marcas, com o ranking das mais lembradas pelo varejista em nível nacional e por regiões.
E, em maio, é a vez do Especial Top Fornecedores, que traz a lista dos cinco principais parceiros do varejo, também por categorias.
Confira aqui todas as categorias pesquisadas em 2025
CRESCE EM KETCHUP CEPÊRA 26%
Marca apresenta hoje o maior avanço do mercado na categoria vs 2024
A LINHA TRADICIONAL CEPÊRA É UMA SOLUÇÃO PARA ACELERAR O SELL-OUT DA CATEGORIA
EXPONHA CONFORME ÁRVORE DE DECISÃO
• TIPO
• SEGMENTO (Premium/Intermediário/Econômico)
• TAMANHO
• EMABALGEM
“A execução no ponto de venda continuará sendo foco da nossa estratégia, por isso iremos aproveitar a força do nosso portfólio para oferecer uma solução eficiente e completa de mix e serviço para cada perfil de canal e loja. Estaremos cada vez mais próximos dos nossos clientes”
ROGÉRIO PIRES
Gerente Nacional de Trade Marketing da Cepêra Alimentos
SABORES CEPÊRA: ALTO VALOR AGREGADO PARA ELEVAR O TICKET MÉDIO DO VAREJO
LÍDER
ABSOLUTA NA CATEGORIA DE BARBECUE
Fornecedores
Especial Solução Sortimento
Como é feita a pesquisa
As informações que você encontra nas páginas seguintes foram geradas a partir da Pesquisa de Preferência de Marcas, realizada pela SA+ no final do ano passado. Ao todo, foram consultados 3.577 varejistas de todo o País. Esses profissionais apontaram as três marcas consideradas por eles as mais vendidas por categoria, em ordem de importância. Dessa forma, às marcas citadas no 1º posto foi atribuído peso 3; enquanto as que ficaram em 2º lugar receberam peso 2; e aquelas indicadas na 3ª classificação, peso 1. O passo seguinte foi ponderar os pesos das indicações para calcular o índice de lembrança ou share of mind. Os Top Fornecedores são aquelas empresas que, na somatória do índice de lembrança de todas as suas marcas citadas na pesquisa, ficaram da 1ª à 5ª colocação. É importante lembrar que existem casos de vários empates técnicos na mesma colocação.
29 JULHO NÃO PERCA A 3ª EDIÇÃO DO MAIOR EVENTO DE TRADE MARKETING DO BRASIL!
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INSIGHTS TRANSFORMADORES E CONEXÕES ESTRATÉGICAS QUE VÃO LEVAR SUA EQUIPE AO PRÓXIMO NÍVEL.
NETWORKING CONEXÕES
REFEIÇÃO
Especial Solução Sortimento
mercearia alto giro
• arroz integral
• azeite
• azeitona em conserva
• café torrado e moído
• catchup
• farofa pronta temperada
• feijão
• maionese
• molho de tomate em sachê
• óleo de soja
• vinagre
Confira aqui as categorias completas deste departamento
Este reconhecimento pelos nossos fornecedores reforça nosso compromisso em alimentar relações que fazem a diferença no dia a dia das pessoas. www.camilalimentos.com.br
As marcas de alimentos da Unilever têm apostado cada vez mais na criação de experiências memoráveis como um diferencial competitivo. Nesse contexto, ações promocionais se consolidam como uma das estratégias eficazes para gerar conex ão, engajamento e resultados, tanto no ponto de venda quanto no relacionamento com o consumidor
A experiência vende e transforma consumidores em fãs da marca
No pós-pandemia, o shopper está mais atento, exigente e seletivo. Agora, ele quer ser surpreendido, reconhecido e recompensado.
75%
dos consumidores1 estão dispostos a pagar mais por uma experiência de compra melhor O valor percebido vai muito além da etiqueta de preço e as promoções têm papel decisivo na conversão no PDV, abrindo as portas para a fidelização.
Promoções da Unilever viram case de sucesso
Nos últimos anos, marcas da Unilever Alimentos têm mostrado como ações promocionais bem estruturadas podem alavancar resultados expressivos. Em 2024, Mãe Terra acertou em cheio com uma promoção que premiava os consumidores com uma viagem ao Havaí e brindes instantâneos.
Este ano, a marca repetiu a estratégia com uma campanha que oferece uma viagem à Califórnia e prêmios colecionáveis. O resultado?
100% de resgate dos prêmios e aumento de 14% no sell-out em 20252
Crescimento de 72% em participação de shoppers e 18% na quantidade de lojas participantes, em apenas 20 dias
Já Knorr deu um show de criatividade no ano passado com a campanha
“Puro Caldo de Brasil”, que incluiu uma promoção com recompensas que foram desde tigelas temáticas até
R$ 100 mil em prêmios.
A campanha garantiu um aumento de 134% em participação comparado a 2023, além de um crescimento de 8% no sell-out 2 e 10% no mix 2 de produtos da marca
No mesmo caminho de ativações criativas e engajadoras, Hellmann’s também se destacou em 2024 com a promoção “Hora H da NBA”, que uniu comida gostosa e esporte. A ação, distribuiu mais de 25 mil prêmios e registrou mais de 42 mil participações. Neste ano, a marca volta com essa promoção de sucesso pelo 3º ano consecutivo e já registra números impressionantes de engajamento.
A promoção gerou 50%2 mais vendas em squeeze e um recorde no share de Hellmanns, chegando a 61% no 2º trimestre de 2024 3
Vender mais e melhor começa com uma boa ideia
Esses três cases mostram que, quando bem planejadas, as promoções são verdadeiros motores de crescimento. Elas aumentam a visibilidade, movimentam o ponto de venda e trazem resultados tangíveis. Não se trata apenas de vender mais, mas de encantar o shopper, criar memórias e transformá-lo em fãs da marca. E esse é o verdadeiro poder de uma promoção bem-feita.
Muito além do brinde: fidelização que gera retorno
Mais do que atrair o shopper no ponto de venda, as promoções têm um papel estratégico na fidelização, reforçados principalmente com lojas aceleradoras, parcerias que a Unilever faz com o varejo, os programas de selos, sorteios e brindes exclusivos criam uma conexão emocional com o consumidor, gerando recorrência, preferência e lealdade.
85%
dos brasileiros preferem comprar de marcas que contam com programas de fidelidade4
74%
dos consumidores são mais leais a marcas que oferecem recompensas5
Fontes: (1) Anuário CX Trends – Opinion Box - Março de 2023 (Análise referente a 20222. (2) DataHub - Pós Morten da Promoção (Sell-Out entre promoções de 2023 e 2024). (3) Nielsen - Share de Hellmanns em Q2/2024. (4) CNDL - Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas – Nov/2023 (Dados referentes aos 2º semestre de 2023). (5) Priory Marketing – Artigo: “O poder das promoções no varejo” – Jan/2024 (Dados coletados entre 2022 e 2023). (6) Portal da Promo – Tendências e Insights Preditivos 2025.
Marcas de alimentos da Unilever preparam mais ações
As promoções com comidas embalam o mundo de atração do consumidor, de acordo com o Portal da Promo, alimentos ficam em primeiro no ranking de categorias que mais utilizam promoções, e o consumidor da valor a Unilever, a empresa sempre embala entre as 30 primeiras indústrias (hoje em 9º lugar6 ).
Análises de dados com base nos KPI’s, monitoram e pautam 100% das promoções feitas pela Unilever, para que além de beneficiar o shopper, essas ações gerem retorno para a indústria e o varejo.
“Celebrar com Hellmann’s é Tudo de Bom”, foi a promoção que fechou o ano de 2024 para Unilever Foods Brasil com chave de ouro! Em 10ª posição6 na lista de promoções mais queridas do ano passado, Hellmann’s distribuiu prêmios diversos, como pratos, facas, saladeiras e até 500 mil reais ao final da campanha. Em 2025, a Unilever vai continuar movimentando as prateleiras com ações em todas as marcas!
Outro grande destaque deste ano é a promoção de Knorr
Comprando a partir de R$ 5,00 em produtos da marca, o consumidor consegue selos para ganhar prêmios exclusivos, além de concorrer a 100 mil reais e 1 fogão ao final da campanha.
1 Unilever Brasil
BRASIL LTDA. GABRIELA.BRATKE@UNILEVER.COM • (14) 99146-1805 WWW.UNILEVER.COM.BR
CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS
Hellmann´s 1ª • Arisco 17ª
2 Kraft Heinz
HEINZ BRASIL S/A SAC@KRAFTHEINZ.COM • 0800-7737737
Favorita de quem compra e também de quem vende: por mais um ano consecutivo, lideramos a categoria no ranking de preferência dos varejistas. Com um mix completo de produtos saborosos e de alta qualidade, isso não é coincidência. É Bem Brasil.
Fale com um distribuidor bembrasil.ind.br/b2b
Marca de Corte de Carne Bovina Embalada
2 Swift
LNVCOMERCIAL@SWIFT.COM.BR • (11) 91014-6960
3 Best Beef
(55) 2103-2525
CongeladoQueijo
1 Forno de Minas
CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS
Forno de Minas 1ª • São Geraldo 11ª
2 BRF BRF S/A
IMPRENSA@BRF.COM • 0800-702331 WWW.BRF-GLOBAL.COM
CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS
Perdigão 2ª • Sadia 12ª
3 Aurora Alimentos
CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS
Aurora 3ª
CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS
Massa Leve 5ª • Seara 6ª
Peixe Congelado
respondentes citaram a marca
2 Costa Sul Pescados
COSTA SUL PESCADOS S/A COSTASUL@COSTASUL.COM.BR • (47) 2103-3000 WWW.COSTASUL.COM.BR
3 Seara
CLASSIFICAÇÃO
LILIAN.CARELLI@SEARA.COM.BR • (11) 3144-4000 WWW.SEARA.COM.BR CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS
Especial Solução Sortimento
bebidas não alcoólicas
• bebida energética
• suco 100% natural
• suco integral
Confira aqui as categorias completas deste departamento
REVISTA
alimentar.
Alcançar milhares de decisores da indústria e varejo não é pouca coisa.
POR QUE O APP MINHA GESTÃO DE LOJAS É IDEAL PARA AS OPERAÇÕES DO SEU
A resposta é simples: porque com nosso app é possível controlar o estoque e evitar a ruptura nas gôndolas.
GERAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE TAREFAS – análise inteligente de dados que monitora o comportamento de vendas e estoque dos produtos.
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leitura digital do código de barras do produto gerando uma tarefa para a equipe de repositores.
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Faça como os mais de 250 clientes que utilizam os sistemas TOTVS para supermercados.
totvs.com/varejo/supermercados/
uma revista dentro da revista
DIGITALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES FÓRUM NACIONAL
Confira duas matérias que vão ajudar os seus negócios. A primeira traz uma reflexão sobre a importância de se utilizar dados para ajustar estratégias. Já a cobertura do evento da SA+ apresenta planos de desenvolvimento de indústrias em conjunto com o varejo alimentar
...não são mais um diferencial. Elas são fundamentais para se ter resultados sólidos e retorno dos investimentos. Inspire-se com insights e cases do varejo e da indústria
Aumento de sell out
Precificação
Otimização de sortimento
Gerenciamento por categorias
Redução de rupturas
Acima estão algumas frentes que, com o uso estratégico de dados, podem trazer ganhos significativos. Esses benefícios se estendem também aos fornecedores, promovendo relações mais eficientes entre as partes ao deixar de lado os famosos “achismos”. Nesta matéria, a SA+ aborda as mudanças que o uso de informações geradas pelo próprio negócio e cruzadas com dados de mercado têm provocado nas empresas. Confira ainda cases práticos de dois varejistas e uma indústria.
A favor do negócio
Saiba como as principais empresas fornecedoras de soluções veem essa nova etapa dos negócios a partir da disseminação do uso de dados
MARIA CABRAL BARBARO CEO da Mtrix
“Em nosso dia a dia, não tomamos quase nenhuma decisão sem utilizar dados. Quando saímos de casa, por exemplo, e queremos saber qual caminho será mais rápido, estamos consumindo dados para tomar decisão. Essa lógica também se aplica às empresas, especialmente em um setor tão competitivo como o alimentar, composto por uma cadeia com players variados, que vão da indústria ao consumidor, passando por distribuidores/ atacadistas e varejistas. Por isso, ineficiências operacionais ou na estratégia representam milhares de reais. Por meio do uso de dados é possível entender onde elas estão e corrigir rotas. Importante ressaltar que, em se tratando de um mercado tão competitivo e dinâmico, estamos falando do uso de dados atualizados. Isso porque se basear em informações equivocadas ou atrasadas configura-se um tiro no pé. Imagine o quanto é poderoso conseguir analisar no detalhe o comportamento de compra do consumidor, entendendo o que ele gosta e compra. Quando isso acontece, toda a cadeia passa a ser impactada. O uso de dados transforma informações em insights valiosos que orientam decisões mais precisas, eficientes e alinhadas às necessidades do mercado.”
SUPPLY CHAIN INTELIGENTE MUDA O JOGO!
Pedido mãe com emissão de multiplas entregas com recalculo dos volumes de acordo com as N entregas de nidas e equalizadas; Distribuição recional e equalizada entre lojas no pedido de compra e também em frequência de nida pelo parâmetro;
Comece a ter resultado!
Elasticidade de preço em tempo real. Isso traz muita agilidade em de nir demanda x promoção com acionamento em tempo real;
Tudo isso totalmente sincronizado com ERP, promoções e cotações.
LEANDRO JARDIM
Líder da Geofusion dentro da Cortex
“Estamos entrando em uma nova era de inteligência artificial e agentes autônomos, em que dados se tornam ainda mais críticos. Eles são o insumo essencial para modelos avançados de automação, predição e prescrição, que permitem não apenas responder ao comportamento do consumidor, mas antecipá-lo. Essa transformação tecnológica pode gerar saltos de escala em processos antes manuais, como sortimento, definição de pontos e até previsões de faturamento, ampliando a margem competitiva das empresas que adotam esses recursos. Trabalho com inteligência geográfica já há alguns anos e posso dizer que o crescimento e o retorno esperado são consequência direta da habilidade de traduzir dados em decisões práticas — quando saímos do dado bruto e chegamos a respostas estratégicas, como ‘vale a pena ou não investir aqui’ ou ‘quanto terei de retorno com uma unidade neste local?’. No fim das contas, a grande contribuição dos dados nesse setor é reduzir o risco e aumentar a segurança de decisões estratégicas e táticas importantes.”
DOMENICO TREMAROLI FILHO
Diretor da vertical de retail da NielsenIQ
“Nos dias de hoje é praticamente impossível imaginar decisões tomadas sem o uso de dados, que alcancem resultados esperados dentro de um plano estratégico. Isso porque o mercado de consumo é dinâmico, e o cenário macroeconômico brasileiro provoca ou intensifica mudanças de hábitos. Imagine uma situação hipotética em que o Varejo do seu João conhece uma consumidora igualmente fictícia, a dona Maria. O gerente acompanha a cliente durante as compras, entende sua frequência, os tamanhos de embalagens e fragrâncias adquiridas por ela, por exemplo de amaciante. Entretanto, a consumidora, diante do fato de o marido ter ficado desempregado, está comprando mais pela internet a fim de aproveitar as campanhas de preço e indo menos à loja física. Ela também passou a visitar mais o atacarejo, onde encontra embalagens econômicas. Nesse cenário, o Varejo do seu João passou a ser visitado pela cliente para compras de reposição. O gerente de loja, desacostumado a pautar suas decisões em dados, não atentou a essa mudança de hábito. Por conta disso, deixou de oferecer à consumidora uma melhor experiência, com embalagens menores e ações promocionais que poderiam ter maior aderência diante do que a dona Maria passou a buscar. O fato é que existem milhões de consumidoras como ela, e entender os seus comportamentos de compra é fundamental para se obter sucesso no varejo. Os dados são o caminho mais curto para esse entendimento.”
BRUNO FAVA
Head de marketing do Weduu
CASES 03
“O modelo atual de transmissão de dados de sell out não gera valor, de fato. Precisamos evoluir para um cenário de maior colaboração entre varejo e indústria, pois só assim conseguimos trabalhar juntos por um objetivo comum: fazer o produto girar na gôndola. Hoje, o dado é enviado para a indústria, que faz a análise de forma isolada. O que realmente faria diferença é o varejo ter domínio sobre seus próprios dados, mas com um olhar colaborativo, compar tilhando uma visão única com a indústria. Isso muda completamente o jogo na hora de tomar decisões mais estratégicas e baseadas em dados concretos. O ponto-chave para mudar o mindset está em transformar a forma como o varejo enxerga a colaboração com o fornecedor. Existem muitos objetivos em comum, e quando os dados são usados de forma conjunta, conseguimos melhorar muito a performance dos produtos na gôndola — seja com sortimento mais assertivo, precificação mais eficiente ou melhor reposição. O varejo também precisa entender que ele é o principal gerador desses dados, e que isso tem um valor enorme para toda a cadeia de suprimento. Esse insumo ainda é pouco explorado e monetizado pelo setor. Quando o varejo passa a ver os dados como ativos estratégicos e se abre para essa troca com a indústria, cria-se um caminho mais colaborativo, produtivo e, acima de tudo, mais inteligente.”
DE USO DE DADOS NA PRÁTICA
Saiba como as varejistas Arasuper e Comercial Zaffari e a fabricante Kellanova, com suporte de fornecedores, transformaram insights em vantagens competitivas a partir da análise de informações
A partir de dados, a Arasuper consegue ajustar estratégias nas lojas
Resultados da rede
4
milh ões de reais
Valor de vendas de produtos que têm desempenho crítico recuperados pela varejista
36,5%
Queda no índice de itens classificados como “sem venda” em 11 meses
135 mil tarefas
executadas com base em insights gerados pela solução da Neogrid
01. Mais vendas
Com uma atuação concentrada no Acre e em Rondônia, o Arasuper possui 15 unidades. Diante de desafios na gestão de sortimento, desempenho dos produtos e abastecimento, a empresa implementou a solução VIU Varejo, da Neogrid, melhorando importantes indicadores. A solução adotada padroniza processos e realiza verificações diárias em gôndola. Algo que propiciou a otimização do sortimento e o desenvolvimento de estratégias direcionadas a itens com desempenho abaixo do esperado.
“A Neogrid tem nos apoiado de forma crucial, identificando problemas de estocagem e sinalizando diariamente os produtos com comportamento de venda alterado”
ROZEANE ARAÚJO
Gestora comercial do Arasuper
Segundo a varejista, o acompanhamento detalhado permite ações estratégicas, como pesquisas de preço e ajustes de exposição, assegurando a recuperação de vendas e a melhoria contínua dos resultados.
“Com o acesso aos dados diários, é possível fazer ajustes rápidos, aprimorar a exposição dos produtos e orientar decisões estratégicas que proporcionam maior assertividade na gestão do sortimento e no atendimento às demandas do consumidor”
LEANDRO MURTA (foto)
Head da BU Inteligência Comercial na Neogrid
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Portfólio
02. Inteligência comercial
A Kellanova, dona de marcas como Sucrilhos, Fruit Loops e Kellogg’s, tinha como um de seus principais obstáculos dados dispersos e não integrados no ERP. Isso dificultava o fornecimento de informações estratégicas e operacionais ao time comercial; pressionava o aumento da performance de vendas e de produtividade da equipe; e afetava o acompanhamento do crescimento acelerado da companhia. Por isso, a empresa adotou o Data Lift, da Incube Metrics, com o objetivo de transformar sua operação comercial por meio da inteligência analítica. A tecnologia envolveu uma nova arquitetura de dados, automação de rotinas e aplicação de modelos analíticos preditivos.
A equipe da fabricante se tornou ainda mais capacitada por ter acesso a informações qualificadas, elevando a eficiência operacional
Os resultados foram:
• Redução estimada de 80% no tempo que supervisores levavam para preparar materiais e gerenciar equipes
• Mais de 800 usuários ativos, incluindo diretores, supervisores e vendedores
• + 15.000 acessos diários – crescimento de 500% sobre o mesmo período do ano anterior
• Aumento de 30% no número de visitas presenciais a pontos de venda
Em outras palavras, a Kellanova notou maior consistência nas entregas, otimização das rotinas de gestão de equipes, unificação do acesso à informação e uma visão de negócio detalhada na palma da mão. “Isso nos permitiu acelerar o desenvolvimento de soluções, aumentar a eficácia na tomada de decisões e disponibilizar informações mais qualificadas e alinhadas às necessidades reais do negócio”, relatou Dyego Calabres, gerente de inteligência de negócios da Kellanova. Para Ricardo Roza, diretor comercial da indústria, estruturar uma operação comercial baseada em inteligência analítica deixou de ser diferencial e se tornou essencial. “Agilizando diagnóstico e antecipando tendências, capacitamos a equipe com informações qualificadas e conseguimos elevar nossa eficiência operacional”, explica.
“Esse projeto mostra o quanto empresas podem se beneficiar com a construção adequada da cultura de Business Intelligence, que passa pelo desenvolvimento de pessoas e de ferramentas apropriadas”
RAFAEL GOMES
Fundador e COO da Incube Metrics
O Comercial Zaffari, que atua nos formatos de atacarejo e de supermercado, registrou faturamento de R$ 5,8 bilhões no ano passado
03. Oportunidade
no sortimento
O Comercial Zaffari (RS), que possui hoje 36 lojas de atacarejo Stok Center e 9 supermercados Comercial Zaffari, enfrentava um baixo índice de vendas de ovos vermelhos por questões operacionais. A empresa então decidiu utilizar a ferramenta ScannView, que analisa o desempenho da categoria, com comparativos de mercado no nível de SKU individual, e as principais oportunidades de melhoria.
Como resultado:
• A varejista passou a vender 29% a mais que a média do mercado
• Registrou crescimento de 32,1% nas vendas, enquanto o mercado como um todo apresentou uma retração de 21,5%
Consequentemente, houve um incremento no faturamento. “A ferramenta de análise da Scanntech tem uma grande importância na tomada de decisões das negociações, seja para ações de produto no PDV ou de cadastro e ativação de mix das lojas da rede”, contou Helinton Oliveira, gerente de FLV do Comercial Zaffari.
“O processo, desde a identificação do problema até a observação dos resultados positivos no cliente, aconteceu em apenas dois meses. E a primeira avaliação já revelou uma resposta positiva ao plano de ação em torno do reajuste na distribuição dos ovos vermelhos para as lojas”
TIAGO VAVASSORI
Dretor de inteligência do varejo da Scanntech
Novas experiências e mais conexões
Um evento pensado para criar muito mais pontos de relacionamento. Esse foi o objetivo do novo modelo do 14º Fórum Nacional de Integração Varejo e Indústria, focado em experiências –mas sem deixar de priorizar oportunidades de negócio e sell out. O encontro aconteceu nos dias 24 e 25 de abril, no hotel Jequitimar, localizado no Guarujá, litoral paulista.
As interações entre fornecedores e varejistas começaram de maneira descontraída.
Pela manhã, nos dois dias do Fórum, havia prática de esportes, degustações e muito bate-papo.
Na sequência, os participantes se dirigiam à plenária, onde conheceram os planos de trabalho conjunto dos seus principais parceiros, assistiram palestras com conteúdos selecionados para ampliar o conhecimento e participaram de debates.
Sergio Alvim, CEO da SA+: “Conseguimos entregar um Fórum diferente de todas as outras edições: intenso, com novas experiências, conteúdo forte e muita colaboração e conexões que vão deixar saudades. Agora, é manter a régua lá no alto para o próximo” 130 varejistas estiveram presentes ao evento, representando as principais empresas de todas as regiões do País
FOTOS ALEXANDRE BATTIBUGLI E RENATO PIZZUTTO
14º Fórum Nacional de Integração Varejo & Indústria
01. Caminhada e massagem foram opções para as manhãs dos varejistas. Já a meditação coube a Leo Simão, autor do livro 365 dias com a Calma da Mente: Estoicismo, PNL e Neurociência e especialista em saúde mental
02. Campeão olímpico em 2004 e 2016, entre diversos outros títulos, Serginho Escadinha (3º da esq. para a dir.) fez sua carreira como líbero nos times de vôlei em que atuou e na seleção brasileira. O atleta ensinou algumas técnicas para os varejistas, que estiveram atentos às dicas
03. Durante os dois dias de Fórum, a SA+, por meio da diretora executiva Camila Alvim, reuniu um grupo de mulheres que participaram do evento com seus maridos varejistas, para debater assuntos relacionados a negócios e a equilíbrio pessoal. No primeiro dia do encontro, elas estiveram com Leo Simão, escritor e especialista em saúde mental, quando se aprofundaram mais no tema. Já no último dia, o encontro foi com Cristina Baumgart e Rodrigo Pecchiae, especialistas em governança, que tiraram as dúvidas do grupo
04. Vini Font (no centro, vestido de preto) é tetracampeão mundial de beach tennis e o primeiro não italiano número 1 do mundo no esporte. No segundo dia do Fórum da SA+, ele contou sua trajetória para alcançar esses títulos, envolvendo todos com muita emoção
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PARCERIAS
Ampliar a relação e unir os decisores do varejo e da indústria em projetos conjuntos tem sido um dos grandes benefícios do Fórum. Saiba mais
Parcerias
14º Fórum Nacional de Integração Varejo & Indústria
Jantar do dia 01
Não
Vitor Kley (foto ao lado) tocou suas músicas mais conhecidas durante a apresentação. Varejistas do Ceará (acima) aproveitaram a noite de música
é só sobre negócios
O Fórum Nacional de Integração Varejo e Indústria oferece momentos que tornam varejistas e indústrias mais íntimos uns dos outros. Foi o que aconteceu no jantar com show do cantor Vitor Kley, oferecido pela Heineken e pela Senff.
Ganhador de um brinde da Heineken, César Barossi, do Cubatão (SP) (ao centro), com Karina Freitas, diretora de vendas Sul e Sudeste da indústria, e Sergio
Eandres Aguiar (à esq.), CMO do Grupo Amigão (PR), com Murilo Gouveia, diretor comercial do Trimais Supermercados (SP)
Sandra Lima, diretora de marketing do Arco Mix (2ª à esq.), e o time da Senff: Margareti di Siqueira (1ª à esq.), Adriele Gritten (3ª à esq.) e Fernanda Silva
Alvim
BR Spices
Solução completa em temperos
A categoria é uma grande oportunidade para o varejo, mas em certa medida também um desafio. Segundo a Scanntech, o mercado conta com um grande número de SKUs. Daí a importância de apostar em parceiros que ofereçam soluções completas, agregando valor ao mix. Nesse sentido, a BR Spices apresentou uma série de inovações para os varejistas presentes na última edição do Fórum. Gabriel Daniel, fundador e diretor da marca, apresentou a linha Quero. Lançada no final do ano passado, ela completa o portfólio da empresa, atuando no segmento valor – até agora, a empresa focava os temperos mais premium. Além disso, a BR Spices passa a oferecer uma solução completa na categoria para o consumidor. Outras inovações apontadas foram as linhas de temperos para cozinhar na Air Fryer e a farofa com chimichurri. A fabricante lembra ainda a importância do churrasco para a categoria e as suas diversas opções para o consumidor preparar suas carnes.
10 %
Participação dos temperos premium no total da categoria
90 % Share do segmento valor
Gabriel Daniel, fundador e diretor da BR Spices, apresentou a estrutura comercial da empresa, que tem buscado um atendimento diferenciado para o varejista
14º Fórum Nacional de Integração Varejo & Indústria
Jantar do dia 02
e internacionais conhecidas dos varejistas
Espírito colaborativo
O jantar do segundo dia do evento foi um oferecimento da Ambev e da M. Dias Branco. Os varejistas novamente cantaram e se divertiram com mais uma noite de músicas, que terminou com fogos de ar tifício na praia.
ação com marca da Ambev (da esq. para a dir.): Alexandre , sócio-proprietário do Passarela (SC) e presidente da Acats; , diretor comercial do MundialMix (SC); Valdecir
Sergio Alvim, CEO da SA+ (no centro), com Gilmar Brandão, gerente comercial do capixaba MultiShow (à esq.), e Mirko Ribeiro, diretor comercial do Juba Supermercados (MT)
Pressi, CFO do Asun (RS); e Eduardo Jaime, CEO da SA+ Trade
O final do evento aconteceu com queima de fogos na praia
Savencia Brasil
Reformulação da marca
Desde o ano passado, a Polenghi adota o nome Savencia Fromage & Dairy Brasil. “Junto à mudança de nome aproveitamos para renovar as embalagens e o por tfólio”, contou Conrado Plothow, diretor comercial. Alethéa Risoléo, gerente de desenvolvimento de vendas e trade marketing, comentou sobre o relançamento da marca Polenghi. “Com a nova embalagem, resgatamos a tradição italiana da marca, mas com a alma brasileira e muito mais premiumnização. Teremos um novo material para o PDV, mídias digitais, influenciadores e comunicação pela TV e OHH", disse a executiva. Ela também falou sobre a expansão do portfólio do Campo Lindo, que ganhou o queijo suíço, gouda, fondue e o brie fornin, com embalagem forneável. Ronaldo Maranhão, gerente regional em São Paulo, apresentou o “queijismo”, um movimento para aprimorar o desenvolvimento da categoria de queijos, envolvendo a degustação sensorial com base em CRM, promoções personalizadas e treinamento especializado. O executivo trouxe ainda alguns cases de sucesso com queijos especiais. “Um player registrou crescimento de 170% em 2023, e em 2024 aumentou mais 93%. Sem commodities, esse aumento foi de 81% e 69%, respectivamente", contou.
Varejista de São Paulo registrou:
78% Aumento em 2023
107%
Crescimento em 2024
Novos produtos para o varejo (da esq. para a dir.): Ronaldo Maranhão, gerente regional SP; Conrado Plothow, diretor comercial; e Alethéa Risoléo, gerente de desenvolvimento de vendas e trade marketing da Savencia
14º Fórum Nacional de Integração Varejo & Indústria
TOTVS
Escuta e progresso
“Quero parabenizá-los. Vocês transformaram a dor dos varejistas em oportunidades. Não temos mais do que reclamar”
AMANDA VASCONCELOS
Diretora comercial e de marketing do Hiperideal (BA)
Um dos principais objetivos do evento é fomentar a integração entre as duas frentes do setor. Esses momentos de troca geram um resultado valioso: evolução. É por meio da escuta ativa e do diálogo que o crescimento conjunto se torna possível. E a TOTVS é um exemplo claro dessa prática. Após ouvir atentamente o feedback dos varejistas na edição anterior do Fórum, Miguel Micali, gerente executivo da empresa, juntamente com sua equipe, trouxe soluções específicas para apoiar os supermercadistas nas atualizações de seus sistemas de gestão. Ele também compartilhou com os varejistas presentes a estrutura da companhia voltada a dar suporte aos clientes do setor. A TOTVS conta com uma área de produtos, comercial e de serviços que respondem à mesma diretoria.
Miguel Micali, gerente executivo comercial da TOTVS, aproveitou o encontro para também abordar a questão da reforma tributária com os varejistas
Heineken
Compartilhar conhecimento
Com mais de 25 marcas no portfólio, a Heineken possui diversos dados sobre as categorias com que atua. E, com o intuito de aprimorar a gestão dos varejistas, criou uma plataforma para compartilhar insights e dicas. Ricardo Sabatine, diretor sênior de vendas off trade, também aproveitou para contar algumas das perspectivas para o setor. “Além do crescimento, a categoria tem passado por uma evolução. Até 2011, o segmento premium representava menos de 5% das vendas, hoje já está em 23,1% e vai continuar crescendo nos próximos anos. Isso é mais valor agregado para a gôndola de vocês”, afirmou Sabatine. Já Daniel Mota, diretor comercial da Better Drinks, parceira da Heineken, falou sobre algumas iniciativas da Spin, uma frente da empresa com foco na sustentabilidade e marcas de impacto. Alguns exemplos são a Praya, Baer-Mate e as águas em lata de alumínio da Mamba Water, que em breve também terão uma versão com proteína. O executivo ainda trouxe um dos lançamentos mais recentes, feito em parceria com gamers: o energético Aztro. "Acreditamos muito em conexões, sociedade e negócios ganha-ganha de longo prazo. Entendemos o que cada público busca e criamos a quatro mãos esses produtos", disse.
26,2% das vendas
Quanto as cervejas premium vão representar no mercado até 2028
A Heineken destacou três tendências para o varejo:
Sustentabilidade e economia circular Slow retail
Gerenciamento por categorias
Ricardo Sabatine, diretor sênior de vendas off trade da Heineken: cervejas com até 250 ml vêm se destacando em crescimento percentual
Papapá
Potencial para avançar
111 %
Crescimento
da rede paranaense Festval com os produtos da indústria em 2024 x 2023
A empresa nasceu da experiência de seus proprietários com o primeiro filho. A partir dela, entenderam que havia uma grande oportunidade pela falta de opções mais adequadas para a alimentação de bebês e de crianças. A proposta da fabricante segue uma mudança de paradigma no campo da nutrição infantil. No passado, explicou Leonardo Afonso, CEO da empresa, os produtos para esse público eram mais açucarados devido à crença de que bebê gordinho era bebê saudável. Além disso, com mais filhos nas famílias, o foco estava neles. Conforme o número de crianças nos lares diminuiu, os pais passaram a priorizar a busca pelo equilíbrio. Daí a importância de o varejista incluir no sor timento produtos que atendam às novas necessidades.
Leonardo Afonso, CEO da empresa: “O consumo per capita de produtos infantis no Brasil é de R$ 10,1 mil ao ano”
Novidades e crescimento
À medida que o consumo de energéticos aumenta, as ocasiões de consumo também se multiplicam. Hoje, além dos drinks para balada, a bebida está sendo associada a atividades espor tivas. A tendência foi compartilhada por Diego Colicchio, presidente da Red Bull. Inovação é uma das apostas da marca para sustentar o crescimento. Colicchio compar tilhou alguns resultados. “O sabor amora sugar free capturou 73% de novos consumidores. E 60% da contribuição de crescimento da linha sabores vem da versão melão. Já o Pomelo representou mais de 6% das vendas da categoria desde o 1º mês de lançamento”, disse. O executivo ainda assegurou aos varejistas o compromisso da Red Bull com o desenvolvimento regional: “Não vamos tratar o Brasil como se fosse São Paulo. Nosso time, incluindo o marketing, está distribuído pelo País inteiro para que possamos alavancar a marca e o consumo da categoria em cada uma das diferentes oportunidades."
85%
Evolução
esperada para os energéticos até 2028
O que traz crescimento (além da gôndola):
Lata gelada no checkout: +18%
Geladeira na loja: +20%
Exposição secundária na ponta de gôndola: +15%
Diego Colicchio, presidente da Red Bull, explicou que, ao aplicar o gerenciamento por categorias em um cliente de SP, o faturamento aumentou em duas vezes
Fórum
Neogrid
Abastecimento
e promoções
83,3% dos consumidores acompanham as promoções de produtos específicos que querem comprar
O varejo alimentar brasileiro tem enfrentado uma série de desafios nos negócios. Eles passam por aspectos macroeconômicos a internos das empresas. No segundo grupo, pode-se destacar o processo de abastecimento, que leva ao atual nível de perdas em vendas –7%, em média – e de ruptura, em torno de 14%. Segundo Jean Carlo Klaumann, CEO da Neogrid, 33% dos consumidores buscam a mercadoria em falta em outra loja. Além disso, outro desafio diz respeito às promoções, pois apenas 41% geram aumento de vendas. Tornar essa estratégia mais eficiente passa pela automação dos encartes e cartazes, precificação com IA (Inteligência Artificial), personalização das ações, entre outros pontos. Ou seja, é preciso ter o suporte de tecnologia para contar com ações mais assertivas. Nesse sentido, o MundialMix (SC) utiliza uma das ferramentas da Neogrid. Julio Lohn, diretor comercial da varejista, explicou durante o Fórum que a solução permite monitorar todo o ciclo das promoções, assim como precificação, execução e resultados atingidos.
Em relação aos desafios do abastecimento, Jean Carlo Klaumann, CEO da Neogrid, comentou que a estimativa de mercado é de R$ 11 bilhões referentes a estoque em excesso
4 pilares de crescimento
As balas de regaliz movimentam cerca de R$ 600 milhões ao ano, enquanto as de gelatina ultrapassam R$ 1,2 bilhão.
“Essa última versão ganha maior relevância no longo prazo e é a principal impulsionadora de crescimento no comparativo de mesmo mês em relação ao ano anterior”, explicou Camila Couto, diretora executiva de shopper market global da Fini. Para desenvolver esses produtos no varejo, a fabricante atua com quatro pilares. São eles: Tem Checkout Tem Fini, Conexão Fini & Varejo, Fini JBP e Loja Perfeita. No caso da exposição nos caixas dos supermercados, é possível trabalhar produtos com diferentes momentos de compra. Um deles é o consumo imediato, que diz respeito principalmente às balas de gelatina e aos Tubes. Outra possibilidade são os itens para ocasiões especiais, como o marshmallow. Segundo Camila, a Fini é líder de mercado com 74,9% de participação.
83% das compras
são influenciadas pela visão
A força da marca Fini foi reforçada por Camila Couto, diretora executiva de shopper market global da empresa: 95% das pessoas no Brasil conhecem a Fini
Fidelização e blindagem da concorrência
60% dos cartões próprios
são pagos nos caixas das lojas do Arco-Mix. Com isso, o crédito é restituído na hora e o cliente pode pagar a nova compra com ele
A empresa apresentou o case do Arco-Mix, de Pernambuco. Dezesseis meses após se tornar parceira da Senff, o cartão próprio alcançou 9% das vendas na operação de varejo da rede. “Essa decisão foi importante, pois o nosso mercado é muito competitivo”, explicou Sandra Lima, diretora de marketing da varejista, uma das mais importantes do Estado. Marco Senff, diretor comercial da Senff, ressaltou que a medida contribuiu para fidelizar e blindar a rede da concorrência. Para isso, foi necessário adotar uma estratégia de divulgação que envolvesse desde comunicação com o consumidor até treinamento de toda a equipe para oferecer o cartão ao público. “Os colaboradores sabem que o cartão pode ajudar a bater as metas e levar à participação nos resultados”, disse Sandra. Outra iniciativa é começar a captar clientes antes mesmo de as lojas serem inauguradas. Dessa forma, quando a unidade abre as portas, já é possível utilizar o cartão para pagar a compra.
Marco Senff, diretor comercial da Senff, e Sandra Lima, diretora de marketing do Arco-Mix (PE), comentaram os resultados alcançados pela varejista em apenas um ano e meio
Básico bem-feito
“Nosso propósito é liderar com inovação, mas sabemos que o que nos trouxe até aqui não necessariamente vai nos levar aonde queremos chegar. Por isso, somos incansáveis na busca pela excelência comercial”, afirmou Manoela Victal, diretora comercial responsável pelo canal off trade da Seara. A executiva ainda destacou que, para 2025, os planos da empresa envolvem colocar o cliente no centro da estratégia, fazer o básico bem-feito e fortalecer o JBP e o desenvolvimento das categorias. Entre as apostas da Seara para este ano estão as linhas gourmet e a Panelinhas, de refeições prontas. A expectativa é de que esta última registre um volume de vendas três vezes maior até 2025. Atento às tendências de consumo, Eduardo Jakus, diretor de trade marketing e merchandising, também apresentou novidades, como os produtos voltados para preparo na Air Fryer e o mais recente lançamento, em parceria com a Netflix, que traz snacks para maratonar séries. O portfólio inclui Bolinho de Carne, Hot dog Coreano, Chicken Supreme e Pipoquinha de Frango. “Seguimos as tendências de indulgência, praticidade e novas ocasiões de consumo, que guiam as nossas inovações”, ressaltou o diretor de trade da Seara durante sua apresentação no Fórum.
e 14 centros de distribuição em 11 Estados
70% das categorias
crescem em volume e valor devido ao aquecimento da economia
21 unidades
Manoela Victal, diretora comercial do canal off trade, e Eduardo Jakus, diretor de trade marketing e merchandising: a Seara conta com
de alimentos preparados
RP Info
Excelência voltada ao varejo
200 colaboradores
aproximandamente estão voltados ao atendimento dos cliente da empresa em todo o País
A RP Info está agregando inteligência artificial às suas soluções. A ideia é atender cada vez mais as necessidades do varejo. Segundo Tiago Nascimento, diretor comercial, uma análise das principais dores do varejo alimentar demonstra que elas passam por sistema, processo, atendimento e agilidade. “Trabalhamos em cima desses pilares. Temos clientes em 21 Estados, por isso contamos com polos de atendimento espalhados pelo País, com quase 200 pessoas para atender nossos clientes”, explica o executivo. Segundo ele, os valores da RP Info são principalmente excelência e inovação, atributos que norteiam as ações e iniciativas da empresa.
Tiago Nascimento, diretor comercial da RP Info: “Não estamos preocupados em vender serviço. Queremos evitar desgastes para os nossos clientes, estando sempre próximos deles”
Ypê
Suporte comercial e confiança
“Buscamos ir além da gôndola com portfólio adequado, giro rápido, produtos eficientes e entrega de valor por meio de inovação, olhando para as mudanças de consumo”, compartilhou Gabriela Pontin, vice-presidente comercial da Ypê. Com 75 anos de história a serem celebrados em 2025, a empresa segue investindo em suporte comercial para se tornar um aliado estratégico do varejo. Dois novos Centros de Distribuição previstos para inauguração no segundo semestre, serão peças importantes nessa estratégia. “Queremos que vocês sejam mais do que nossos parceiros – queremos que sejam nossos embaixadores. É assim que criamos maior equilíbrio e transparência. Temos estudos de mix sob medida para cada perfil de loja. Produto certo no lugar certo, com inteligência de mercado, é o que faz vender mais”, comentou Gabriela. A executiva ainda trouxe cases de sucesso com clientes em que foram aplicadas estratégias de sortimento, exposição e posicionamento adequado, elevando a categoria como um todo. No caso do lavaroupas, um cliente em São Paulo registrou volume de vendas 8,6 pontos percentuais acima do mercado, enquanto um varejista do Paraná alcançou volume 18,9 pontos percentuais superior.
Segundo Gabriela Pontin, vice-presidente comercial, os principais pontos de atenção do atendimento da Ypê ao varejo são logística eficiente, capacidade produtiva, visibilidade no ponto de venda e escuta ativa
95% dos lares brasileiros já têm a presença da marca
25,8%
Participação
da marca em março de 2025, o que levou a empresa a ser líder em vendas de sabão em pó pela 3ª vez consecutiva no mercado
A LedWave apresentou um case de sucesso com o Grupo Mateus. O segundo maior varejista do Brasil investiu R$ 18.000 em telas e tem registrado um ROI de R$ 80.000 por mês
LedWave
3ª onda da digitalização
O phygital é o agora, e a LedWave acredita que há três níveis de digitalização nas lojas. O primeiro, já presente em muitos varejos, é o básico: telas em pontas de gôndola e áreas estratégicas, focadas em promoções e anúncios simplificados. A segunda etapa envolve telas maiores e conteúdos altamente instagramáveis. “Essa fase gera maior conexão entre a marca e o shopper”, explicou Tiago Brito, CEO da LedWave, citando fachadas inteiras revestidas por telas como exemplo dessa etapa. “Já a terceira envolve a Inteligência Artificial e vai chegar nos próximos dois anos. Ela permitirá aos clientes tirar dúvidas e localizar produtos diretamente nas telas, promovendo interatividade”, completou.
Tiago Brito, CEO da empresa, que conta com clientes em diversos setores. Entre eles, estão Pague Menos, RD, Renner e GloboNews. No varejo alimentar, alguns exemplos são, além do Mateus, Fort Atacadista, Cia. Zaffari e Mega Box
Reestruturação e adaptação regional
A Danone iniciou sua palestra com a apresentação de Roberto Carrelas, novo vice-presidente de trade & sales. Com mais de 20 anos de carreira, o executivo destacou: “Vamos seguir com o que já está bom, mas também transformar o que é necessário. Quero escutar e construir junto o futuro que acreditamos ser o da companhia.” Rodrigo Jordão, head do canal alimentar indireto, apresentou a nova estrutura. “Agora temos uma área comercial dividida regionalmente, que foca somente o varejo. Temos ainda uma nova estrutura de trade dedicada ao canal alimentar, e os líderes regionais passaram a ter um gerente de trade marketing", explicou no Fórum. Além das mudanças estruturais, a Danone pretende continuar crescendo em 2025 por meio da estratégia de "superioridade", executada com uma nova visão de categoria. Juliana Moreti, diretora de trade & merchandising, trouxe o exemplo do UHT proteico. "Vamos focar o sortimento eficaz para cada formato e região, verticalização da gôndola e mais espaço para o sabor chocolate. Além disso, verificamos que os melhores pontos extras são a seção de saudáveis, geladeira de iogurtes, perecíveis refrigerados e FLV/padaria”, afirmou. Um exemplo ocorreu com Activia, que cresceu 29,2% após passar pelo plano de "superioridade".
Executivos da Danone falaram sobre oportunidades (da esq. para a dir.): Juliana Moreti, diretora de trade & merchandising; Rodrigo Carrelas, vice-presidente de trade & sales; e Rodrigo Jordão, head do canal alimentar indireto
Os varejistas presentes no Fórum cresceram 2,2 vezes mais do que as redes regionais como um todo
41%
Aumento nas vendas
nas lojas que expuseram UHT Proteico nas seções de saudáveis, iogurtes, refrigerados e FLV/padaria, além de ajustar o sortimento
Para a Rock Encantech, as plataformas digitais estão roubando o protagonismo do varejo. A qualquer momento elas podem criar uma dark store e comercializar os itens com maior margem. Entretanto, esses players digitais não têm a mesma audiência das lojas do setor
Rock Encantech
Confie no seu potencial
Liderança inspiradora, melhoria contínua e criatividade disciplinada são alguns dos pilares da cultura da Rock Encantech. Carlos Formigari, sócio-fundador e presidente da empresa, também reforçou a importância de valorizar os principais ativos do varejo: dados e pessoas. Segundo o executivo, transformar o cliente em audiência exige mais do que apenas presença digital: é preciso construir um "palco" sólido, com feed dinâmico, encantamento digital, inteligência aplicada, vínculo, reconhecimento, aprendizado contínuo, governança e segurança. Formigari também provocou os varejistas sobre o potencial oculto de suas lojas. “O supermercadista já tem o relacionamento com o consumidor. Sua loja não precisa ter todos os produtos, mas o digital oferece possibilidade de uma gôndola estendida”, contou. “Se o seu cliente tem hábitos saudáveis, pode receber um anúncio de um mixer, por exemplo, e continuar comprando com você – invertendo a lógica de buscar o produto em plataformas digitais, como o Mercado Livre.”
Carlos Formigari, sócio-fundador e presidente da Rock Encantech, comentou que transformar o cliente em audiência exige mais do que apenas presença digital
AB Mauri
Proximidade e parceria
Dona de marcas como Ovomaltine, Danke, Fleischmann e Twinings, a AB Mauri fatura R$ 1,5 bilhão ao ano e tem como uma de suas principais estratégias o fortalecimento do relacionamento com o varejo alimentar. “Abrimos dois centros de distribuição, um em Alagoas no último ano e outro em Santa Catarina neste semestre. Reconhecemos que é preciso melhorar o serviço logístico. Também mudamos nossa estrutura comercial. Antes era nacional e agora é regionalizada”, contou Brenda Lisboa, diretora de vendas da AB Mauri. “Queremos trazer crescimento por meio de proximidade e de parceria estratégica com os clientes. Não acreditamos em outro modelo de negócio que não seja o JBP”, disse.
20% de avanço ao ano
30% do crescimento da empresa vem de inovações
Brenda Lisboa, diretora de vendas da AB Mauri: a empresa conta com marcas líderes e realiza investimentos em mídia durante o ano todo
“A Dux está pronta para construir a categoria de suplementos e vitaminas no varejo alimentar"
PAULO SILVA E ADRIANA SCANAVACA
Diretores da empresa
Participação dos canais na venda de suplementos
35%
Salto
de R$ 20 bilhões em 8 anos
De R$ 5 bilhões em 2020 para R$ 25 bilhões em 2028. Esse é o salto que o mercado de suplementos e vitaminas deverá dar em função da maior busca por saudabilidade.
Entretanto, os principais canais ainda são o e-commerce e as lojas especializadas. Portanto, mais uma oportunidade para o varejo alimentar.
Outro benefício da categoria são as margens de lucro. No caso dos suplementos, elas podem variar de 35% a 50%. “O Brasil já é o 3º país em consumo de creatinina e o 4º em Whey Protein”, explicou Paulo Silva, diretor comercial da fabricante, no Fórum.
A Dux Nutrition nasceu digital e agora tem a proposta de focar o canal alimentar. A força da marca é uma das alavancas que podem ajudar o varejista a ganhar mais com a categoria. Segundo a empresa, ela já é a 3ª mais lembrada no segmento de suplementação e a 2ª mais buscada no Google.
Adriana Scanavaca, diretora comercial de varejo, compartilhou resultados alcançados por supermercados com mais de 20 checkouts a partir de suplementos e vitaminas. Há casos de varejistas que venderam 299% mais.
Time da empresa presente no evento para apresentar aos varejistas dados sobre a categoria
Nivea
R$ 430 milhões a mais para o varejo alimentar
O mercado de skin care (ou cuidados com a pele) movimenta R$ 24 bilhões ao ano, mas apenas uma pequena parcela desse total está no varejo alimentar. Mudar esse cenário é a proposta da Nivea, apresentada aos varejistas presentes no Fórum. Para a empresa, há potencial para esses produtos alcançarem fatias semelhantes às de categorias como desodorantes (73% de participação no canal), sabonetes (78%) e fraldas (43%). “Aumentando a participação dos produtos para pele de 20% para 30%, a oportunidade para o varejo alimentar é de R$ 430 milhões”, disse Iñaki Iriar te, diretor de vendas e shopper da Nivea. O tempo em frente à gôndola é um dos fatores que demonstram o potencial de skin care nos supermercados e atacarejos. O shopper passa 77 segundos em frente à gôndola, o maior tempo registrado entre as categorias de higiene e beleza.
Iñaki Iriarte, diretor de vendas e shopper da Nivea, explicou que a empresa tem uma nova estrutura de atendimento para o canal alimentar. Agora são cinco lideranças de vendas, segmentadas por região, o que demonstra o interesse de impulsionar os negócios no setor
43%
a mais em vendas
em loja-piloto sobre as demais filiais foi o resultado alcançado em uma rede na categoria de cuidados com a pele
Maiores crescimentos
69,4%
Suplemento
20,9%
Iogurte proteico
18,5%
Barrinha proteica
14,9%
Isotônico
14,1%
Leite proteico
Scanntech
Oportunidades e desafios do mercado
Incerteza é a palavra que define o 1º trimestre de 2025 para o varejo alimentar, segundo a Scanntech. No período, o faturamento subiu (3,3% no total e 5,8% excluindo o efeito calendário), mas foi puxado pelo aumento nos preços. De janeiro a março, o volume caiu 2,2% no geral e ficou estável em 0,3% sem o efeito calendário. Em termos de cestas, a de perecíveis foi a que mais avançou em valor: 9,9%. Em seguida, vem a de bebidas (6,3%). O levantamento da Scanntech confirma ainda que os saudáveis se mantêm em rota de crescimento. Em faturamento, esses produtos avançaram nada menos do que 17,3%, com expressiva alta em volume de 14,3%. “É importante ressaltar que o consumo de produtos com apelo à saudabilidade deixa de acontecer apenas no âmbito de quem faz exercício físico e entra na rotina do brasileiro”, explicou Thomaz Machado, CEO da empresa durante o evento da SA+. Dessa forma, suplementos também se destacaram em crescimento.
Período: 1º Tri/2025 x 1º Tri/2024
Segundo Thomaz Machado, CEO da Scanntech, ao contrário do que se pode imaginar devido ao cenário econômico, os produtos premium de algumas categorias crescem no mercado
Ambev
Consumidor no centro
Crescer com o varejo é o objetivo da Ambev a partir de aumento de tráfego, maior conversão e faturamento. “Trabalhamos sempre tendo o consumidor no centro da nossa estratégia”, afirmou Fabio Mar tini, VP de vendas off trade da empresa. Como reflexo disso, a fabricante segue a tendência de mercado priorizando segmentos mais voltados à saudabilidade, como os produtos zero álcool e isentos de açúcar. De acordo com Manuela Telles, diretora de trade marketing, o segmento de cervejas não alcoólicas cresceu 34%, sendo que 65% desse aumento vem do portfólio da Ambev. “Mesmo assim, é impor tante manter a versão regular nas gôndolas, pois 9 em cada 10 consumidores de cerveja zero também consomem a regular”, explicou a executiva. Por essa razão, a Ambev recomenda ainda a dupla exposição, com as zero no corredor regular e na área destinada apenas a esse segmento. Luís Felipe de Carvalho, diretor de vendas, ressaltou que, paralelamente às inovações, a empresa tem feito uma revisão constante do portfólio para otimizar produção e garantir aumento de faturamento para o varejo a partir de itens mais relevantes.
21% do faturamento de bebidas vem de 8 semanas do ano (ou 56 dias)
Das três categorias que mais contribuíram para o crescimento do varejo alimentar em 2024, duas têm atuação da Ambev:
1ª Cerveja
2ª Óleos e azeites
3ª Refrigerantes
Luís Felipe de Carvalho, diretor de vendas da Ambev, Manuela Telles, diretora de trade marketing, e Fábio Martini, VP de vendas off trade: cervejas geram R$ 23 bilhões em vendas para o varejo moderno (autosserviço e cash & carry)
14º Fórum Nacional de Integração Varejo & Indústria
Expositores
Lado a lado com o varejo
M. Dias Branco, Tropisuco e Midfy também estiveram presentes no Fórum apresentando seus produtos e soluções. Os varejistas presentes puderam interagir com os representantes dessas empresas e entender melhor as oportunidades de negócios.
Tropisuco
A fabricante expôs sua linha de produtos 100% natural, alinhada às atuais tendências de saudabilidade. Dessa forma, a empresa mostrou durante o evento da SA+ por que seus produtos podem contribuir para os negócios do setor.
Midfy
A empresa apresentou aos varejistas sua solução voltada ao acompanhamento da execução dos JBPs [os planos comerciais conjuntos entre varejo e indústria]. Também distribuiu aos presentes o E-book com o passo a passo para ter sucesso nesse processo.
Mateus Alencar, novo vice-presidente comercial da empresa, se apresentou para os varejistas na nova empresa e destacou a importância de fortalecer laços. “Estamos de peito aberto. Somos líderes em biscoitos, massas e granola. Estarei aqui para construirmos um novo futuro. Contem comigo e com o meu time para fazermos bons negócios”, afirmou.
10% dos JBPs apenas são executados conforme planejado
CONHECIMENTO
Como lidar com as mais recentes transformações do mercado, ser uma companhia educadora e refletir sobre alternativas para fazer o negócio crescer e ser perene. Esses foram alguns temas abordados nas palestras de especialistas realizadas durante o evento
Romeo Busarello
“Os negócios do futuro ou o futuro dos negócios”
Ofuturo é agora. Não dá para ganhar dinheiro usando mapas antigos. O que não muda não cresce. Esses foram alguns dos principais insights compar tilhados por Romeo Busarello, professor, conselheiro, palestrante e sócio da Startse. “Cada vez mais as coisas ocorrem com a observação. Nada de extraordinário acontece em torno de opiniões ordinárias. É preciso levar os olhos para passear. O que você vê depende de onde você se senta”, falou o especialista aos varejistas presentes no Fórum com a intenção de que estejam abertos à inovação e às tendências. Entre elas, estão novos modelos de trabalho. Empresas como Mercado Livre, Uber, iFood, por exemplo, têm sido fontes de renda mais atrativas para os profissionais do que supermercados e indústrias. A liderança também mudou. Se antes a postura dos líderes era de resolver tudo sozinho, hoje é preciso demonstrar vulnerabilidade e estar aberto ao aprendizado.
“Um líder que não quer aprender precisa parar de liderar, quem não senta para aprender não merece levantar-se para falar”, disse Busarello. Comparando o faturamento da Raia Drogasil e o do GPA, o especialista também demonstrou como o varejo alimentar deve aprender com as farmácias, levando o cliente a não só comprar na loja, mas a usufruir de todos os negócios.
“No passado, as pessoas investiam tempo para economizar dinheiro. Hoje, cada vez mais, as pessoas investem dinheiro para economizar o tempo”
“Antes a ideia era comprar e vender bem, agora o foco é a multicanalidade, reter, engajar, conquistar clientes e adicionar novas verticais e receita recorrente”
Ari Kertesz
Futuro do varejo alimentar
Líder da Prática de Varejo Alimentar da Accenture nos EUA, Ari Kertesz enfatizou que as necessidades dos consumidores já não cabem mais na loja. “Hoje, o que mais se destaca na busca dos clientes são aspectos como a loja ser perfeita para as necessidades de cada um, a busca por premiumnização e valor, saúde, bem-estar e confiança”, disse durante sua palestra no Fórum. Por isso, conquistar a fidelidade deles se torna um desafio cada vez maior. É isso o que tem colocado, por exemplo, as marcas próprias em rota de ascensão nos EUA. Por lá, a participação já atingiu 28% das vendas do setor. “Também é importante contextualizar que quando há milhares de produtos à disposição do consumidor, o varejista deve entender quais são os produtos que fazem sentido para os consumidores. Além disso, o varejo consegue influenciar a compra ao instruir o cliente por meio de informações sobre os itens vendidos. Ou seja, isso está no seu controle”, disse.
28%
Participação
das marcas próprias nas vendas do varejo alimentar nos EUA
Conheça a jornada de compras confiável
Mais de 70% dos shoppers começam digitalmente
Multiverso de descoberta
O Algoritmo de escolha será o marketing do futuro
Personalização e flexibilidade: expectativas básicas
Produtos disponíveis quando e como o cliente precisar
Painel
Famílias empresárias
Os especialistas
Oos
painel discutiu a perpetuidade das empresas familiares a partir da experiência de Marcelo Silva, que passou pelo Bompreço, Pernambucanas e Magazine Luiza, onde foi CEO e preparou a transição para o atual presidente, Frederico Trajano. Também participaram do debate outro especialista no tema, Rodrigo Pecchiae, e o conselheiro de empresas José Barral. Em sua palestra, Marcelo Silva ressaltou as vantagens das empresas familiares, como mais econômicas e capazes de realizar investimentos condizentes com seu lucro, além de, em geral, optar pelo crescimento orgânico. O especialista também fez um alerta. “Não misture as finanças da empresa com as da família, pois depois não se consegue separá-las. Isso é consequência. A causa do problema são as pessoas, mas termina no caixa. Depois que se pede empréstimos, chega uma hora que o banco não refinancia”, disse Silva.
32,4 milhões de empresas nos EUA são familiares
54% Participação delas no PIB estadunidense
59% dos empregos gerados nos EUA vêm dessas empresas
debateram
desafios dos fundadores das empresas, entre outros aspectos importantes
Sucessão nas empresas
O assunto foi alvo de perguntas pelos varejistas presentes no Fórum. O principal questionamento foi como preparar tanto sucessores quanto sucedidos. Veja as respostas:
RODRIGO PECCHIAE
Especialista em governança corporativa
"É importante cuidar do sucedido e incentivá-lo a encontrar uma nova carreira, algo novo a fazer, que seja mais desafiador do que aquilo que já construiu. Outro aspecto é que existe uma crença equivocada de que para construir algo melhor é preciso destruir o que foi construído. Também é importante que, na busca por um sucessor profissional, não se olhe apenas o currículo das pessoas, mas se elas têm afinidade com os valores da empresa, como explicou o especialista em governança corporativa."
JOSÉ BARRAL
Conselheiro e sócio na Cendon & Barral
“O sucedido tem que decidir o que ele deve fazer. Entretanto, em geral, há uma imposição para que ele seja uma coisa ou outra, como presidente do conselho. Esse é um ponto que normalmente não se discute, mas que precisa ser abordado. Quando uma empresa tem muitos sucessores e sucedidos, precisa preparar a empresa, ter um conselho de família, entre outras medidas."
MARCELO SILVA
Ex-Bompreço e Magazine Luiza e autor de livros sobre empresas familiares
“O problema da sucessão está nos dois lados. Os sucessores querem e se preparam para assumir, enquanto os sucedidos não conseguem largar o bastão. Afinal, eles construíram a empresa. Mas também existe um pouco de vaidade. O importante é, para o sucessor, expor todos os problemas, mesmo que desagrade a alguém. O sucedido precisa desapegar e dar espaço para quem está assumindo, pois ele mesmo, quando começou a empresa, cometeu equívocos, que foram ajustados depois.”
Painel J&F
Empresa educadora
Aescassez de talentos é um desafio de todos os setores e o motivo pelo qual a J&F, holding à qual pertencem empresas como a JBS, criou uma unidade de negócio de educação. Ela atende todas as companhias do grupo, formando e retendo as melhores pessoas por meio de escolas próprias e outras iniciativas.
Há 4 frentes de atuação:
• Apoio às escolas públicas: inclui programas voltados à comunidade
• Educação profissional: aqui estão inseridas as escolas Germinare Business, Germinare Tech e Germinare Vet, bem como o programa Jovem Aprendiz
• Formação continuada: nesse bloco estão programas de desenvolvimento por função, como supervisores de produção e vendas e gerentes de loja
• Ensino superior: inclui uma faculdade. Há ainda planos para universidade, mestrado e MBA
“O que o mercado de trabalho precisa é muito distante do que a educação tradicional oferece”, explicou Thaís Lima, diretora de relações institucionais da J&F no evento. Por isso, a ideia é formar lideranças, ensinando a pensar com o mindset de um presidente. Na escola Germinare Business, por exemplo, os alunos saem aptos a entregar resultados práticos. No ensino fundamental a médio, eles aprendem educação financeira e jurídica e, em geografia, entra a parte de logística – para citar alguns exemplos.
“O nosso sonho é que as pessoas, ao entrarem nas empresas do Grupo, não saibam se estão trabalhando ou ensinando. É isso o que diz o Joesley [Batista, presidente do Instituto J&F], e é isso que buscamos praticar”
PAULO GUALTIERI diretor do Instituto J&F
Paulo Gualtieri, diretor do Instituto J&F; Brenda Mello, gerente de vendas da Seara, e Thaís Lima, diretora de relações institucionais
Por onde o varejista pode começar
01. Jovem aprendiz: segundo Thaís Lima, é possível dar um melhor direcionamento a esse programa, montando uma grade de conteúdo que faça sentido às necessidades da empresa
02. Formação por função: nos projetos com esse objetivo, identifique quais as posições em que há maior dificuldade de se obter profissionais e o que é estratégico para ensinar àqueles que estão sendo treinados
“Em 2022, aconteceu algo importante na minha trajetória na Seara: fui reconhecida no ranking de incentivos da empresa, ficando em primeiro lugar. Tive a oportunidade de ir para a Patagônia, o que significou uma conquista profissional e pessoal, pois foi a minha primeira viagem internacional. No ano passado, passei a exercer um cargo gerencial, atendendo o autosserviço do interior de São Paulo”
BRENDA MELLO gerente de vendas da Seara
Das aulas para a Seara
Brenda Mello, gerente de vendas da Seara, atende atualmente clientes como o Covabra e o Cavicchioli (Supermercados São Vicente), ambos do interior paulista. Sua história, contudo, começa aos 11 anos, quando ingressou na Germinare Business. Desde então ela vem sendo preparada na prática para saber lidar com gestão de pessoas, contabilidade, logística e todas as competências necessárias para tocar um negócio. Enquanto aluna do ensino médio, realizou tarefas da área comercial da Flora, vendendo produtos como os da marca Minuano. Depois foi gerente de loja da Swift e se formou aos 17 anos. Dois anos depois, ingressou na Seara, onde foi supervisora de vendas por quatro anos.
Ex-estudante da Germinare Business, Brenda Mello tem evoluído de forma consistente na Seara
Consumo: jogo do rouba-monte e as transformações do mercado
O crescimento sustentável do varejo esteve no centro do debate, que aconteceu ao final do segundo dia do Fórum Nacional
Do ponto de vista econômico, o varejo atual é impactado pela desvalorização do real, redução do poder de compra e ascensão das Bets. Demograficamente, o envelhecimento populacional e domicílios menores também surtem efeito. Tendências de saudabilidade, menos filhos e mais pets e abandono de categorias mais rapidamente têm sua participação em parte das mudanças. Além disso, a concorrência phygital –com marketplaces, plataformas de delivery e e-commerces – impõe novos desafios para o setor.
Há quatro perguntas que precisam de respostas no varejo:
1. é o fim dos descontos massivos?
2. as áreas de influência geográfica estão sendo analisadas?
3. as mudanças nas categorias de consumo estão tendo a devida importância?
4. o alcance da audiência dos clientes é conhecida?
FERNANDO GIBOTTI
CEO de CRM da Rock Encantech
Segundo o especialista em ciência do consumo, as plataformas de marketplace são competidoras silenciosas. Ele também destacou a impor tância de olhar as áreas de influência das lojas. “No Trader Joe’s, dos EUA, metade do mix é comum e os outros 50% são adaptados conforme a região. Além disso, é preciso observar quem está comprando, com que frequência e como”, explicou. Gibotti também provocou os varejistas a refletir sobre o futuro das promoções: “Será que os descontos massivos vão permanecer em uma era em que conseguimos falar individualmente com os clientes?”, finalizou.
JORGE FAIÇAL
CEO da Plurix
Jorge Faiçal abordou os desafios da gestão de sortimento e precificação nas redes em expansão. Segundo ele, empresas regionais conseguem gerenciar essas áreas manualmente até certo ponto, mas, conforme o número de lojas cresce, o uso de ferramentas especializadas torna-se essencial. “Estimamos que 5% do faturamento se perde devido à precificação inadequada”, afirmou. Faiçal explicou a estratégia de ofertas segmentadas adotada nas bandeiras do grupo: “Temos o P1 — ofertas para 100% dos clientes —, o P2 — focado nos membros do clube de fidelidade —, e o P3 — comunicações personalizadas por SMS ou e-mail, destinadas a CPFs específicos.”
ALEXANDRE SIMIONI
Sócio do Passarela e presidente da Acats
O empresário compartilhou muito de seu aprendizado na China. Para ele, o varejo precisa repensar a maneira como apresenta o produto para o consumidor. “É necessário ter coragem, juntamente à indústria, para aplicar mudanças. Isso é impor tante para a nossa sobrevivência e para continuar prestando um serviço de qualidade", disse Simioni, que também reforçou a importância de fortalecer a relação com a indústria. “Precisamos simplificar o JBP. O Brasil é composto majoritariamente por pequenos e médios varejistas. A relação tem que ser mais próxima.”
Experiências Internacionais
Hora ou outra, muitas tendências internacionais desembarcam no Brasil. Com ampla experiência em diversos países, Gonzalo Balcazar, vice-presidente sênior de Household Care da Reckitt, destacou movimentações do varejo global que já estão surtindo efeitos ou devem em breve impactar o mercado brasileiro.
A primeira é a busca por saudabilidade – seja por suplementos e vitaminas ou produtos voltados para restrição alimentar, o novo hábito veio para ficar.
O segundo e terceiro fatores envolvem questões sociais: a população está vivendo mais e marcas e categorias começam a mirar o público acima dos 50 anos.
Além disso, as famílias estão menores, com mais pets em casa e menos filhos, porém o consumo não diminuiu.
Outra tendência é a valorização do lar como refúgio. “Com a sensação de que o mundo está ficando mais
perigoso, as pessoas se voltam mais para suas casas. Assim, aromatizadores de ambiente e itens de organização para embelezar as áreas internas estão conquistando o consumidor”, conta Balcazar. A experiência do executivo na China trouxe um aprendizado importante: a ascensão do social commerce. “Já não é mais um nicho. Cerca de 20% de toda a receita e 50% do crescimento do e-commerce no país vêm dessa modalidade”, destaca. O executivo também apresentou o caso de sucesso abaixo.
Em uma publicação no TikTok com link para o próprio shopping da rede social, a Reckitt vendeu US$ 10 milhões em cerca de um mês
Gonzalo Balcazar, vice-presidente sênior de Household Care da Reckitt: o social commerce não é mais um nicho
Relembre o Trade Connection 2024
O evento proporcionou momentos de networking, experiências, geração de negócios e conteúdos que ampliam o entendimento sobre transformações de comportamento e tendências de mercado
como protagonista
transformações e comportamento do consumidor e de mercado
Asociedade de consumo passou por grandes transformações, especialmente na última década. A fragmentação das jornadas, de canais e pontos de contato ampliou os momentos de escolha; ao mesmo tempo, a quantidade infinita de dados em circulação provocou as empresas a personalizarem cada vez mais a experiência.
O repertório do shopper se ampliou: hoje, ele tem mais referências e sabe que pode exigir mais de quem oferece apenas o básico. Tornou-se, portanto, mais criterioso. Nesse cenário, tecnologias que já são utilizadas há décadas – como CRM – mantiveram-se relevantes, mas tiveram de evoluir para colaborar com a análise, interpretação e estruturação de dados, junto a outras tecnologias. Em paralelo, novas tecnologias, métodos e recursos ascenderam e aumentaram o potencial de encantamento das marcas.
Essas transformações foram profundamente exploradas durante os debates realizados no Trade Connection 2024. Foi nesse cenário que o Trade Marketing passou a ser visto sob uma perspectiva mais estratégica — um caminho para alcançar diferenciação competitiva. Ao integrar dados, tecnologia e inteligência de mercado, o trade passou a se posicionar como protagonista da jornada de conversão — e não mais como uma área secundária. Para isso, a integração entre varejo e indús-
Eduardo Jaime, CEO da SA+ Trade; Tânia Miné, CEO da Trade Design Consultoria; Rubens Sant’Ana, escritor, palestrante e consultor; e Sergio Alvim, CEO da SA+ Ecossistema de Varejo
tria foi fundamental, assim como uma abordagem omnicanal verdadeira.
Essa visão foi reforçada por Tânia Miné, CEO da Trade Design Consultoria, e por Rubens Sant’Ana, escritor, palestrante e consultor, no Trade Connection 2024. Ambos destacaram o papel colaborativo do Trade Marketing e a importância de se desenvolver inteligência analítica e estruturar processos sólidos antes mesmo da implantação de tecnologias.
Para os especialistas, o grande desafio do Trade Marketing ainda é cultural: é preciso que haja clareza sobre seu papel dentro das empresas, uma estrutura clara estabelecida e a valorização da atuação conjunta com comercial, marketing, operações e finanças.
“Os indicadores mostram o quão relevante é discutir o Trade Marketing de maneira estratégica. Nos últimos anos, mais de 12 bilhões de ofertas equivocadas foram realizadas. Houve, de um lado, rupturas na ordem de R$ 25 bilhões; de outro, superestoques entre 20% e 30%, além de níveis de colaboração ainda em patamares intermediários”, afirmou Fátima Merlin, CEO da Connect Shopper.
Rubens Sant’Ana reforçou que, para o Trade Marketing ser estratégico, é necessário sair de um modelo centrado em execução para outro que envolva planejamento, inteligência e colaboração. Portanto, não basta estruturar a área: é preciso que o trade seja compreendido internamente como integrador
de todas as frentes. Sem apoio da alta gestão e sem cultura colaborativa, as ações da área ficam restritas e sem protagonismo. Para que isso mude, é essencial investir em formação de equipes, soft skills e domínio das alavancas de demanda.
“É o consumidor que, cada vez mais, demanda a forma como gostaria que fosse o relacionamento com as marcas”, diz Cristiana Leal, fundadora da Inmedia Consultoria em Retail Media. Por isso, a capacidade de entregar ativações e experiências personalizadas junto às marcas tornou-se um diferencial competitivo para o varejo.
Cristiana mencionou ainda um estudo do Google que ilustra como a jornada de compra se tornou complexa e multifacetada, saindo de uma estrutura linear e adotando um formato interligado, em que consumidores pesquisam em um canal e compram em outro, exigindo um esforço omnicanal ainda mais coordenado.
“É o consumidor que, cada vez mais, demanda a forma como gostaria que fosse o relacionamento com as marcas”
CRISTIANA LEAL
Fundadora da Inmedia Consultoria em Retail Media
Douglas Mendes, Sr. Client Partner da Meta; Eduardo Jaime, CEO da SA+ Trade, Daniela Capeletti, CEO da Senso Performance, e Sergio Alvim, CEO da SA+ Ecossistema de Varejo debatem sobre redes sociais
Ainda da perspectiva de canais, a especialista destacou que, apesar de o e-commerce ter criado novos desafios para quem atua no varejo físico, as compras feitas presencialmente ainda têm muita força na América Latina. Nesse ponto, o Trade Marketing entra em cena, sempre com foco na conversão. Agora, o Retail Media complementa esse trabalho, abrangendo o funil de vendas por completo.
Natália Urnikes, gerente nacional de trade marketing do Grupo Heineken, corroborou a visão de integração das estratégias digitais com as físicas, enfatizando a importância da colaboração. “Na Heineken, temos áreas de trade, digital e mídia digital trabalhando integradas. O grande desafio é conectar essas áreas e garantir que todos estejam alinhados, inclusive com o marketing, para ações realmente eficazes no ponto de venda”, diz.
Natália trouxe também exemplos práticos do impacto das ações de Retail Media nas vendas físicas. “Em uma ativação específica, crescemos 24% em vendas após implementar materiais personalizados de Retail Media. Para a marca Heineken. especificamente, o crescimento foi de 19%. Isso demonstra claramente o potencial dessa estratégia”, explicou.
“Na Heineken, temos áreas de trade, digital e mídia digital trabalhando integradas. O grande desafio é conectar essas áreas e garantir que todos estejam alinhados”
NATÁLIA URNIKES
Gerente nacional de Trade Marketing do Grupo Heineken
A abertura do evento contou com uma apresentação circense
Sergio Alvim, CEO da SA+ Ecossistema de Varejo, e Eduardo Jaime, CEO da SA+ Trade
MUDANÇAS PROVOCAM MUDANÇAS
Nos últimos anos, o atacarejo foi muito impactado pelas transformações de comportamento do consumidor e assumiu um papel de crescente relevância. Não por acaso, a evolução estratégica do segmento foi também debatida no Trade Connection 2024.
A evolução do atacarejo ocorreu em duas fases principais: uma a partir da modernização inicial
das lojas e localização estratégica, seguida pela consolidação e expansão, impulsionada por contextos econômicos desafiadores que direcionaram cada vez mais consumidores ao formato. Nesse sentido, Caio Lira, diretor-geral do Dom Atacadista, enfatizou que a chave do sucesso está na integração de esforços entre indústria e varejo,
ressaltando que o formato cash & carry deixou de ser meramente transacional para se transformar em uma plataforma estratégica de construção de marcas e relacionamento com o consumidor.
O executivo explicou ainda que o canal evoluiu operacionalmente, oferecendo novos serviços como padarias, açougues e bazares, além de criar departamentos de marketing e trade marketing mais estruturados. A importância crescente do CRM foi um destaque, afinal, essa é uma ferra-
menta essencial para segmentar ações específicas tanto para consumidores finais quanto para clientes comerciais, ampliando significativamente a eficácia das campanhas.
Hugo Medeiros, diretor de trade marketing da Coca-Cola FEMSA, contou que a empresa adaptou estratégias e materiais promocionais especificamente para o ambiente intenso das lojas de atacado – focando um tripé que gera ganhos para todos: para o shopper, o varejista e a indústria – e
reforçou a importância de compreender o atacarejo como um canal de desenvolvimento de marca e não apenas de volume.
Além disso, o executivo também abordou a importância da colaboração integrada entre as áreas comerciais e de trade marketing, afirmando que ações bem-estruturadas geram aumentos significativos na recorrência e no tíquete médio, beneficiando todos os envolvidos.
Portanto, a cooperação entre áreas da empresa é indispensável, assim como a colaboração entre varejo e indústria. Isso vale não apenas para o atacarejo, mas para estratégias omnicanal como um todo.
Por isso, como contou Paulo Sérgio Mariano, gerente de trade marketing e retail media do GPA, a empresa investiu fortemente na digitalização e no mapeamento detalhado dos ativos de trade, garantindo uma execução precisa das campanhas acordadas com os parceiros industriais. Felipe Votisch, diretor nacional de trade marketing e merchandising da Nestlé Brasil, por sua vez, ressaltou a necessidade de uma abordagem transparente e colaborativa, destacando que o sucesso das estratégias está diretamente relacionado à capacidade de ambos os lados entenderem e compartilharem informações estratégicas.
Além disso, defenderam que o trade precisa ser regional, sensível às particularidades do consumidor local e com autonomia para implementar ações personalizadas. O sucesso de uma operação está na capacidade de o varejo se posicionar como protagonista, usando os dados para ditar a estratégia e não apenas cumprir com aportes financeiros da indústria. De acordo com Lira, do Dom Atacadista, todas as negociações e ações promocionais da rede são guiadas por análises profundas, combinadas com o conhecimento prático adquirido no chão de loja. Essa combinação de tecnologia e prática tem sido decisiva para a eficiência operacional e o sucesso comercial.
“Os indicadores mostram o quão relevante é discutir o Trade Marketing de maneira estratégica. Nos últimos anos, mais de 12 bilhões de ofertas equivocadas foram realizadas. Houve, de um lado, rupturas na ordem de R$ 25 bilhões; de outro, superestoques entre 20% e 30%, além de níveis de colaboração ainda em patamares intermediários”
FÁTIMA MERLIN CEO da Connect Shopper
Trade Connection 2025
O Trade Connection cresce ano após ano e comprova a necessidade de se criar ambientes de inspiração e acolhimento para a comunidade de Trade Marketing no Brasil. Não por acaso, em 2025, o evento será maior do que nunca. Além da plenária principal, com sessões de destaque, o evento terá salas paralelas, nas quais executivos e especialistas compartilharão conhecimento sobre Inteligência Artificial aplicada ao varejo, geração de valor a partir do uso de dados e, é claro, retail media. Também não faltarão experiências e momentos de networking e geração de negócios.
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Prêmio internacional
Inaugurada em Londrina no início deste ano, a loja do Super Muffato Alphaville recebeu o prêmio Gold Winner 2025 na categoria Design de Interior, concedido pelo Muse Design Awards. Desenvolvida pela Opus Design, a unidade combina elementos que conferem a sensação de bem-estar e convivência, usando tecnologia em um design criativo. Entre os exemplos, estão a utilização de painéis de LED e um totem com inteligência artificial para sugestões de harmonização de vinhos. A loja conta ainda com uma cortina d’água e uma parede verde de 45 m² na seção de hortifrútis, reforçando o frescor dos produtos.
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O interior da filial apresenta teto com curvas geométricas e elementos de MDF. Há ainda diversas seções voltadas à alimentação pronta.
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