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Produção gráfica teve queda em 2022
A produção física da indústria gráfica encerrou 2022 com redução de 2,7% em relação a 2021, como mostra a edição 56 do Boletim de Atividade Industrial, da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional). O resultado negativo reflete principalmente as incertezas do mercado devido às eleições presidenciais e em parte à elevada base de comparação da retomada das atividades em 2021 (8,1%) após enormes perdas exibidas pelo setor em 2020 (17,8%). Desde 2012 a indústria gráfica já perdeu mais da metade da sua produção física industrial.
O desempenho negativo em 2022 foi influenciado pelas quedas do segmento de Atividades de Impressão (que inclui, livros, revistas, cartões magnéticos, impressos para fins promocionais diversos e de segurança, entre outros) que registrou redução de 4,4%, enquanto no segmento de Embalagens (que inclui cartuchos, caixas, sacolas, sacos e bolsas de papel impressas) a contração foi de 2%. Neste mesmo período, o segmento de Produtos de Papel (que inclui, por exemplo, cadernos, agendas e etiquetas adesivas de papel impressas) cresceu 2,5% em comparação ao ano anterior, principalmente devido a retomada das aulas presenciais no país durante todo o ano letivo.
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O Boletim destaca que a produção física terminou o ano passado 13,5% abaixo do nível pré-pandemia (comparação com o quarto trimestre de 2019). Entre os segmentos, o de Atividades de Impressão é o que está mais distante do patamar pré-pandêmico, em virtude da forte redução no consumo dos impressos promocionais.
Nos próximos meses a produção industrial não deverá exibir recuperação significativa, em função das previsões sobre taxa de juros, inflação e incertezas sobre a política fiscal. Conforme consta no boletim da entidade, a projeção para produção industrial em 2023 indica discreta recuperação de 0,8%, que se confirmada, será a terceira desde 2012.
De acordo com os dados da Abigraf, a indústria gráfica brasileira diminuiu 4,3% em 2022, fechando o ano com 15.691 empresas, que juntas geraram 154.569 empregos.
A balança comercial do setor gráfico, em 2022, apresentou superávit de US$ 40 milhões ante saldo também positivo de US$ 8 milhões no ano anterior. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações no ano passado totalizaram US$ 284,5 milhões, alta de 22,7% em relação a 2021. Das vendas externas, 77,3% foram de produtos dos segmentos de Embalagens (US$ 177,1 milhões) e Editorial (US$ 42,7 milhões).
As importações, que cresceram 9,2% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 244,5 milhões em 2022. Juntos os segmentos Editorial (US$ 96,5 milhões) e de Embalagens (US$ 51,7 milhões) responderam por 60,6% da pauta de importação.