Espiral 112

APPA

Na capa, a Festa final de ano letivo que reuniu alunos, encarregados de edicação, antigos alunos, professores e colabordores. Um fim de tarde com muita animação que contou com várias Tasquinhas e muita música

Páginas 4 e 5

Caminhada

No final do ano letivo, os finalistas caminham até aos Valinhos onde fazem um balanço do tempo que viveram no Colégio e agradecem a Nossa Senhora o dom da Vida...

Pág 3

Youleaders

Os alunos do 11.º D e F participaram, ao longo do ano letivo, num projeto inovador que tem como principal objetivo capacitar os nossos jovens com competências empreendedoras.

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Colégio de São Miguel / Fátima

Diretor / Dr. Manuel Lourenço

Número 112 / Junho de 2024

ENTRE A SAUDADE

E O FUTURO!

Imaginem um local cuja entrada depende da subida de 61 degraus, em que o chá ocupa a posição fundamental na cura de doenças e onde a ordem de entrada no refeitório é crucial. Este foi o nosso barco por 8 anos e enquanto trocamos as memórias nostálgicas pelo futuro incerto, é inevitável sentir aquele frio na barriga tão característico do momento em que o rio sonhador, mas tímido, encontra o mar grande e desafiador.

Ocolégio não é um conjunto de paredes de tijolos. O colégio é, e sempre será, um conjunto de pessoas. As pessoas é que são as grandes velas deste barco e, acreditem, sem elas não seríamos metade do que somos hoje em dia.

Desde os professores que nos viram crescer, transmitiram conhecimento, motivação e tantas vezes coragem e inspiração, aos educadores que demonstram rigor, gentileza e muita experiência de vida.

Durante essa jornada, percebemos o quanto a nossa mente evoluiu. Nos primeiros anos, no 6.º ano, os nossos dias eram preenchidos pela pura e simples alegria de conviver com os amigos, jogar futebol nos campos até chegar a casa com a mãe a ralhar por mais umas calças rasgadas. Era o nosso rio, livre e despreocupado, onde a amizade era fácil e a felicidade estava nas pequenas coisas.

No

8.º ano, começamos a navegar em águas mais profundas e incertas. Foi um momento de transformação, onde enfrentamos dúvidas e incertezas. Assim como um rio encontra obstáculos no seu caminho, nós também encontramos desafios que nos fizeram questionar e crescer. A convivência mudou, as amizades aprofundaram-se

e começamos a compreender a complexidade da vida.

Eentão

no 12.º ano, estávamos prontos para enfrentar o mar agitado. Foi um ano de proximidade e maturidade. As pessoas, os amigos, o ambiente acolhedor e a proximidade com os nossos professores tornaram-se ainda mais valiosos. Aprendemos a valorizar cada momento, cada sorriso e cada lágrima. Os professores, que antes eram figuras de autoridade, tornaram-se agora mentores e aliados, guiando-nos com sabedoria e empatia. Eles não foram apenas navegadores experientes, mas também faróis que nos ajudaram a permanecer no rumo.

Eéao chegarmos ao porto após esta grande viagem que finalmente percebemos o significado da frase “o caminho é mais importante do que o destino”. É que agora, no 12.º ano, a vontade de crescer depressa e de “ser grande” foi rapidamente substituída pela noção de que o que realmente levamos desta vida são os momentos, as pessoas, os sorrisos, as conquistas e até as lágrimas. Por isso, para todos os pré-finalistas, só temos um pedido: por favor aproveitem cada momento como se do último se tratasse porque, um dia, piscam os olhos e saem pela última vez dos portões do colégio. E é exatamente nesse dia que querem tudo de volta.

Obrigado a toda a comunidade educativa por criarem pessoas verdadeiras, exigentes, bem formadas e acima de tudo felizes!

“Saudade é o preço que se paga por viver momentos inesquecíveis”

Ana Sofia Santos, 12.º A João Teixeira, 12.º E

CAMINHADA QUEM COMO DEUS.

Mais um ano, mais uma caminhada! No dia 4 de junho, fechou-se mais um ciclo para os alunos do 12.º ano, os nossos finalistas, que terminaram as aulas em festa, como só podia e devia ser! É tempo de agradecer pelo caminho feito.

Tudo começou às 9h, na sala D. João Pereira Venâncio, com a oração da manhã e uma saudação especial do diretor do colégio. Cada turma partilhou um pequeno vídeo onde apresentou, de forma criativa, momentos relevantes

vividos ao longo do ano letivo. Dali, seguiram em direção aos Valinhos, acompanhados pelos seus diretores de turma. Chegados à Loca do Cabeço, um lugar aprazível que evoca a simplicidade de vida dos pastorinhos de Fátima e a aparição do Anjo, teve lugar uma pequena celebração em que se rezou e cantou. Depois, em grupo e de candeia acesa na frente, simbolizando a Luz de Cristo que nos guia, dirigiram-se para o monumento a Nossa Senhora, onde

se consagraram a Maria. Receberam as pastas de finalistas, tiraram fotos para mais tarde recordar, e, depois de um pequeno lanche oferecido pelo colégio, regressaram à escola, desfrutando de um almoço especial, onde reinou a alegria, e que terminou com a partilha do bolo dos finalistas.

Paula Francisco

Prof.ª

TASQUINHAS.

O ano letivo está a entrar na sua reta final e, o dia 4 de junho, para além de marcar o fim das aulas para os alunos do 9.º, 11.º e 12.º ano, foi também o dia da nossa festa de final de ano, a nossa APPA (Assembleia de Professores, Pais, Alunos, Antigos Alunos e demais colaboradores).

Os Anos 80 deram o mote à noite das nossas Tasquinhas que decorreram entre as 16h e as 22h com muita alegria e animação entre todos os presentes.

O início foi marcado por um miniconcerto do nosso coro que nos brindou com 4 magníficas interpretações e que nos fez cantar.

Depois, por entre uma sandes de porco no espeto, uma pizza ou um cachorro, a alegria dos reencontros era notória. Antigos alunos (de há 2, 4, 10 ou 30 anos) voltaram ao Colégio e as histórias recordadas foram mais que muitas e tornaram a

noite ainda mais especial.

Os alunos de cada ano de escolaridade colaboraram em cada tasquinha e a vontade de querer vender os produtos era visível (e audível) à distância.

Quem nos visitou, pôde comer um gelado tradicional, o tradicional caldo verde, deliciar-se com um pratinho de moelas ou de pica-pau, comprar produtos regionais biológicos (feijão, batatas, alfaces, mirtilos, árvores de fruto, …), ou simplesmente comer umas cerejas, sempre ao som da excelente música dos anos 80, com que nos brindava o “nosso” DJ.

No final, a certeza de que o tempo de estar com os outros é tempo de revitalização e de recarregar energias para os exames (9.º, 11.º e 12. ano) que aí vêm ou para as últimas aulas (restantes anos) do ano letivo.

TASQUINHAS.

APPA DA PÁSCOA.

Na tarde de 27 de março, último dia de aulas antes da Páscoa e integrada na Semana Cultural, a Família do Colégio de São Miguel teve a sua APPA (Assembleia de Pais, Professores e Alunos) com o tema, que acompanhou toda a caminhada quaresmal: “Procura Amar, Arrisca Perdoar”.

A comunidade educativa, antigos alunos, encarregados de educação, familiares e amigos reuniu-se para preparar a Páscoa com alegria e focados no que ela significa para nós cristãos.

O senhor Diretor acolheu-os no Pavilhão com palavras de gratidão a todos quantos trabalharam, deram de si, do seu tempo e puseram o seu dinamismo

em todas as atividades, salientando esta que estava para acontecer. Fez referência ao tema e deixou votos de uma Páscoa Feliz para todos.

Seguiu-se um momento cénico, em que se viveu alguns passos da Paixão e Ressurreição de Cristo, apresentados pelos nossos alunos em parceria com a Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima do Santuário, dirigido por José Leite, acompanhado por Sílvio Vicente, antigo aluno do Colégio.

Depois deste belíssimo momento, houve a atuação do Coro do Ensino Articulado, numa colaboração entre o Colégio de São Miguel e o Conservatório de Música e Artes do Centro, sob a

orientação do professor Nuno Parreira. A festa terminou com a atuação da banda “The Moon”, composta por sete antigos alunos e um atual, num ambiente de muita juventude e boa disposição. Entre belas músicas, brindaram-nos também com o hino do nosso Colégio. O nosso Diretor com a sua guitarra juntouse a eles e tocou o “Homem do Leme”.

Foi a celebração da vida. Bonita preparação para a Páscoa do Cristo Ressuscitado.

Um obrigado a quantos se dedicaram com paixão e amor para que esta fosse uma tarde de muita alegria.

Departamento Ciências Sociais e Humanas

CELEBRAÇÃO MARIANA.

No dia 15 de maio, a comunidade educativa do Colégio de São Miguel dirigiu-se, em peregrinação, à Capelinha das Aparições.

Foi um bonito momento de união e de oração em que se agradeceu à nossa Mãe tudo o que aconteceu ao longo do ano letivo que agora está a terminar.

Esta celebração começou a ser preparada / vivida uns dias antes quando foi proposto a todos os alunos que, numa palavra/ frase, respondessem a uma das questões: “O que procurei durante o ano letivo?” ou “Onde/como arrisquei?”, num pequeno círculo, azul ou verde. Depois, cada turma foi colar os respetivos círculos num mapa mundo que, simbolicamente, foi oferecido a Nossa Senhora, durante a oração, como sinal do nosso compromisso

Propriedade

Colégio de São Miguel

Rua D. João Pereira Venâncio, 1 2495-440 Fátima

Telefone: 249531128 | Fax: 249532512

Diretor Dr. Manuel Lourenço

Diretor Pedagógico

Dr. Cláudio Barroca

Coordenação geral e paginação

Prof. Rui Parreira

Projeto gráfico / capa

Prof.ª Otília Pedro

O nosso Diretor, Dr. Manuel Lourenço recordou o Papa Francisco que nos disse que vivemos uma “guerra mundial aos pedaços”, lembrando os conflitos na Ucrânia, na Rússia, na Terra Santa, em África, na América e na Ásia e terminou com um apelo : “cada um de nós tem um papel a desempenhar na construção da Paz. Cada gesto de bondade, cada palavra de compaixão, cada ato de perdão que realizamos contribui para a construção de um mundo melhor. Cada vez que escolhemos o diálogo em vez do confronto, a tolerância em vez do ódio, plantamos sementes de paz.”

Foi, sem dúvida, mais um momento de grande interioridade, partilha e oração.

Equipa dinamizadora

Beatriz Pinéu, Camila Neves, Diana Neves, Gabriel Neves, Inês Sá, Leonor Ribeiro, Lucas Prazeres, Margarida Paraíso, Maria Eduarda Costa, Maria Laíns, Maria Vicente, Rafael Deboeuf, Ricardo Ferreira, Teresa Gonçalves, Vicente Gonçalves, Vitória Pereira

Colaboradores

Prof. Abílio Martins, Prof.ª Ana Alexandra Ferreira, Prof. Carlos Ribeiro, Prof. Fernando Valente, Prof.ª Filipa Grave, Prof.ª Hélia Salvado, Prof.ª Inês Fartaria, D. Natália Teodósio, Prof.ª Paula Francisco, Prof.ª Sílvia Gomes, Prof.ª Sónia Alves,

YOULEADERS.

No âmbito do projeto "YouLeaders", inserido no programa Erasmus+, e liderado por diversas entidades parceiras nacionais, como a “Cáritas Portuguesa” e “Rosto Solidário”, juntamente com outras entidades estrangeiras, os alunos do 11.º F e do 11.º D concluíram mais uma etapa deste projeto, tendo completado este percurso de aprendizagem com êxito.

Para celebrar este marco significativo, realizou-se, no passado dia 3 de junho, uma cerimónia singela na presença dos encarregados de educação, durante a

qual foram entregues certificados de participação aos alunos envolvidos e anunciado o projeto, que após análise por júris internacionais, terá agora a oportunidade de receber mentoria especializada em políticas juvenis e empreendedorismo social, culminando num evento final em Trapani, Itália. Este evento reunirá delegações europeias, parceiros do projeto, universidades e representantes de organizações locais, regionais e nacionais.

Esta cerimónia não só reconheceu o empenho e dedicação dos alunos

ao longo do projeto, mas também reforçou a importância da necessidade de capacitarmos os nossos jovens com competências empreendedoras que lhes permitirão fazer a diferença no futuro. Por terem arriscado e persistido, estes alunos corresponderam a um projeto ambicioso e exigente.

Estão todos de parabéns e, com certeza, foram plantadas sementes para que um dia venham a ser uns verdadeiros líderes.

Prof.ª Sónia Alves

CONCURSO DECLAMAÇÃO DE POESIA.

No dia 26 de abril, os alunos do Colégio de São Miguel participaram no Concurso de Declamação de Poesia, subordinado ao tema “Liberdade”, no âmbito das comemorações dos cinquenta anos do 25 de abril.

Este concurso, que tem como objetivo incentivar as capacidades artísticas e literárias dos alunos, foi um dos momentos marcantes neste ano escolar, onde vimos vários alunos a declamar poemas em várias línguas: português, francês, espanhol, inglês, ucraniano e até em japonês.

Neste ano, para além da declamação de textos de autor, houve espaço para a

declamação de poemas originais.

Foi um momento muito agradável que juntou algumas dezenas de alunos, durante a hora de almoço para ouvirem as declamações dos seus colegas. Como todos os concursos têm vencedores, este também teve… nove, para sermos mais exatos. Do 2.º ciclo, o Gabriel Gonçalves, do 5.º A, com o poema “Sísifo”, de Miguel Torga e a Madalena Buruiana, do 5.º A, com o poema “If I were a bird”, de um autor desconhecido. No 3.°ciclo, a Jacinta Oliveira, do 9.º A, com o poema “Porque”, de Sophia de Mello Breyner Andresen e o Tomás Oliveira, do 8.º C, com o poema inédito

“A Liberdade como um poema”. Por fim, mas não menos importante, os restantes vencedores do Secundário: a Bruna Pereira com o poema “ O dia em que abateu o mundo em que nasci”, de Carlos Amaral, a Matilde Carvalho, com o poema “Awaken”, de Angelina Gwaziwa, o Gonçalo Ferreira com o poema inédito “Cravo escarlate”, (os 3 do 11.º A) e, para a além destes, também a Joana Vitória, do 10.º C e a Laura Barbosa do 11.º D foram vencedoras com os poemas inéditos, “Há quem nos prefira calar” e “Uma mulher comportada”, respetivamente.

A todos, muitos parabéns!

UMA AVENTURA...

Os alunos do Colégio de São Miguel que foram premiados no concurso "Uma Aventura Literária 2024" foram, no passado dia 31 de maio, à Feira do Livro de Lisboa receber os prémios das mãos das autoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.

Este concurso envolveu cerca de 11 401 trabalhos, o que faz dele o maior do género em Portugal!

Do Colégio de São Miguel, foram 25 alunos a concurso.

Mariana Mariano, Marília Trindade e Inês Costa, do 5.ºA, ganharam o terceiro prémio, na categoria de texto original coletivo. Miguel Soares, do 5.ºB, conquistou o terceiro prémio, na categoria de texto original individual. Santiago Campos, do 5.º B, alcançou o Prémio Especial do Júri, na categoria de texto original individual.

CONCURSO CANGURU MATEMÁTICO.

O Concurso Canguru Matemático é uma competição internacional de Matemática destinada a estudantes do ensino básico e secundário. Criada em França, em 1991, a competição foi inspirada no sucesso de um concurso semelhante na Austrália, daí o nome "Canguru". Atualmente, mais de 80 países participam desta competição, que é uma das maiores do mundo em termos de número de participantes.

Neste ano letivo, no dia 12 de abril, 43 alunos do segundo ciclo participaram no concurso. Destes, 7 alunos alcançaram classificação nacional entre os 20761 outros participantes do mesmo escalão: Catarina Santos do, 6.º C (16. ª, a nível nacional e 2.ª, a nível do distrito); Afonso Sousa do 5.ºA (74.º lugar); Lucas Prazeres, do 6.ºA (75.º lugar); Lourenço Santos, do 6.ºA (93.º lugar); Mariana Santos, do 6.º C (114.º lugar); Duarte Sebastião, do 6.º C (134.º lugar); Vinícius Duarte, do 6.ºC (193.º lugar).

Os principais objetivos do Canguru Matemático são: promover a matemática entre os jovens; incentivar o interesse e o gosto pela Matemática de uma maneira divertida; desenvolver habilidades matemáticas; proporcionar aos alunos oportunidades de resolver problemas e desafios matemáticos que vão além do currículo escolar habitual.

A prova consiste em questões de múltipla escolha, com diferentes níveis de dificuldade. As perguntas são divididas em três partes: questões fáceis, médias e difíceis, com penalização para as respostas incorretas.

Os participantes recebem uma pontuação baseada na quantidade e dificuldade das questões respondidas corretamente. Há uma penalização para respostas incorretas, o que incentiva a reflexão cuidadosa.

Todos os participantes estão de parabéns por terem aceitado este desafio, em especial estes sete alunos que brilharam a nível nacional.

Prof.ª Sílvia Gomes

TEATRO NA ESCOLA.

No dia 24 de abril de 2024, a Companhia de Teatro Educa veio ao nosso colégio interpretar as peças "O Príncipe Nabo" e "Os Piratas", para o segundo ciclo.

O espetáculo foi cheio de cor, luz, música, ação e não dispensou a brilhante participação dos nossos alunos, que tiveram a oportunidade de contracenar com os atores e proporcionar muitas gargalhadas aos seus colegas!

Foi muito divertido e educativo!

NOITE DE TEATRO.

No dia 19 de abril, os alunos do 11.° ano do Colégio de São Miguel, deslocaram-se até à capital para explorar a cidade e assistir à peça “A Senhora de Dubuque”, no Teatro da Trindade. Apesar de estreada em 1980, na Broadway, a tragicomédia do dramaturgo Edward Albee, aborda questões atuais como a Política, Identidade e como lidar com a iminência da Morte.

Foi, pela primeira vez, representada em Portugal e estará em cena até ao dia 21 de abril deste ano.

Depois de terminada peça, tivemos ainda a oportunidade de contactar, falar e tirar fotos com alguns dos atores.

Foi uma experiência enriquecedora, divertida e que nos deixou o "bichinho" pelo teatro.

Lara Manso e Mafalda Frazão, 11.°A

CARTAZES MATEMÁTICOS.

O Projeto Cultural de Escola do Colégio de São Miguel, |Des|envolvete, procura envolver todos e mobilizar a Arte na escola como recurso para as diferentes disciplinas por, de facto, se tratar de uma área transdisciplinar, não sendo necessário ficar apenas circunscrita às disciplinas artísticas. Encarando o Plano Nacional das Artes como um veículo que facilitará a prossecução dos princípios educativos, nomeadamente a promoção da educação para a criatividade, o pensamento crítico, as habilidades de comunicação,

Richard Anuszkiewicz

a liberdade e a autonomia, foi proposto à turma do 10.º A a realização de um cartaz que associasse a Op Art às transformações de funções, tema integrante nas aprendizagens essenciais da disciplina de Matemática.

Os alunos, embora com algum receio, aceitaram o desafio e surgiram cartazes surpreendentes que permitiram articular as suas escolhas ao saber matemático que lhes é exigido, desenvolvendo o seu espírito crítico. Em conversa com cada um dos grupos de trabalho, foi possível perceber que este

trabalho os obrigou a apropriarem-se destes conceitos matemáticos levando-os a associar as representações gráficas às respetivas expressões algébricas da função escolhida e ao que cada uma das transformações provoca na imagem.

A exposição dos cartazes permitiu que a comunidade escolar tivesse acesso a 5 artistas associados à Op Art e à Matemática que apoia cada uma das novas obras de arte construídas.

Prof.ª Inês Gervásio Fartaria

Natália Teodósio

Sempre bem disposta e com muita paciência, a D. Natália trabalha há 14 anos no Colégio (nos últimos anos na portaria) e é natural de Alvaiázere. Gosta de ler, passear e ver televisão e tem um fascínio pela Arte, em geral, e talvez por isso gostasse de fazer uma viagem a Itália ou à Grécia.

Também gosta de desenhar e pintar e, gastronomicamente falando, gosta de coisas simples.

Vamos conhecê-la um bocadinho melhor.

ESPIRAL (ESP) - Sempre trabalhou na portaria do colégio?

D. NATÁLIA (NT) - Não. Inicialmente comecei no segundo ciclo, como educadora, depois passei para o nono ano e, de seguida, para o sétimo. Por fim, vim para a portaria. Mas eu acho que a escola, o nosso Colégio, principalmente, não deveria ter esses lugares pré-definitivos. Nós somos polivalentes e fazemos um bocadinho de tudo. Tanto podemos estar a trabalhar com os alunos do segundo ciclo, como do terceiro ciclo ou do Secundário, como vamos fazer portaria… não temos lugares fixos.

ESP - Há quem diga que esse trabalho, de estar na portaria, é muito monótono. O que é que a D. Natália acha? Gosta do que faz?

NT - Gosto. Eu acho que nós temos que nos entregar às coisas que vamos fazer. Qualquer que fosse a minha função, iria entregar-me da mesma maneira. Porque sou um bocado camaleónica e conseguiria tirar o melhor de mim.

A vida tem de ser agradável... e é fundamental que vocês cheguem à escola e subam até à sala de aula bem dispostos. A partir do momento em que vocês entram indispostos, tristes, sinto que precisam de um abraço ou de uma palavra amiga para depois o dia correr de outra forma. E eu acho que tenho, também esse papel.

ESP - Os alunos têm uma imagem da Dona Natália como uma pessoa muito bem disposta. É sempre assim?

NT - Tento fazer o meu melhor… Vocês não têm a culpa de que os meus dias corram menos bem. E então tento sempre passar essa boa disposição para vocês, sem dúvida.

ESP - Todos os alunos passam por si. O que mais a irrita e o que mais lhe agrada quando os alunos entram ou saem do colégio?

NT - Irrita-me que não passem o cartão. Até porque é a minha função. Irrita-me que vocês venham meios a dormir e não me cumprimentem e irrita-me quando vêm chateados já para a escola.

ESP - Como é que foi a sua infância e juventude? Acha que foi muito diferente da nossa?

NT - Foi bastante diferente. Enquanto vocês têm tudo dado como adquirido - os telemóveis, por exemplo - eu e os meus irmãos tínhamos que construir o nosso telemóvel com umas latas de salsichas ligadas por uma corda… depois, um ia para cima de uma árvore e o outro ficava cá em baixo para o testarmos! Vocês agora têm tudo. A tecnologia foi avançando muito rapidamente. Ou seja, têm mais tempo para fazer outras coisas… mas não sei se estão a aproveitar esse tempo da melhor maneira!

ESP - Sabemos que têm um hobby muito giro. Quer revelar-nos a que se dedica nos seus tempos livres?

NT - Vocês nem imaginam os hobbies que eu tenho. Eu tenho imensos.

Mas, há uns anos, descobri a pintura e tem sido fantástico. Não só porque acaba por ser uma terapia para mim, mas também pelo facto de ter feito algumas exposições em lugares que estavam encerrados… e poder abrir essas portas em benefício também da arte e do convívio, tem sido fantástico.

Para além disso, adoro reciclar, adoro lojas de solidariedade, adoro velharias. E gosto muito de reinventar, de trabalhar os móveis… a parte da decoração fascina-me, também. E a rádio também é outra das minhas paixões. Adoro música. Adoro comunicar. E gosto muito de fazer rádio e tenho um programa muito giro.

ESP - Mas são hobbies que tem há muito tempo?

NT - Olhem, nem sei como é que começou. Acho que foi durante a pandemia. De repente, vi-me com tanto tempo disponível e sempre gostei muito de decorar e como os quadros são caros, comecei a reinventar e a fazer os quadros para decorar as paredes lá de casa. E depois a aguarela, como era fácil de transportar para uma esplanada, para qualquer lado que eu fosse, tornou-se então um vício. E em qualquer sítio onde eu estivesse mais tempo, ia pintando qualquer coisa.

ESP - Então, estamos a falar de há quatro anos atrás. Mas antes não pintava, não desenhava?

NT - Não, nada. Fazia uns quadros em acrílico, mas não desenhava quase nada. As minhas pinturas também não são muito “mentais”, ou seja, não é aquilo que eu estou a pensar que transfiro para o papel… Eu tenho que estar sempre a ver.

ESP - Então, e sonhos? Ainda há algum por concretizar?

NT - O meu maior sonho, neste momento, acho que tem a ver com aquilo que nos atinge agora: estes conflitos, estas alterações climáticas. Gostava que o mundo vivesse em paz.

Por outro lado, gostava que vocês fizessem um percurso extraordinário. E no vosso caminho, ao manterem-se focados nos vossos objetivos, ao longo do caminho, fossem absorvendo e olhando para o lado, olhando para as pedras, olhando para as flores.

E não fizessem um percurso linear só para atingir os objetivos mas tratassem mais do nosso planeta, da nossa humanidade.

ESP - Se pudesse fazer uma lista com os 5 melhores momentos da sua vida até agora, quais seriam?

NT - O meu nascimento.. Não tinha graça nenhuma um mundo sem mim. (risos) Era uma tristeza. E o facto de eu ter nascido no Natal, quando fazia festas de aniversário, pouca gente ia aos meus anos porque ou iam para a casa dos avós, ou iam para a casa dos tios. Era sempre um aniversário muito solitário. Mas fascinava-me passar pelas cidades e ver que estavam todas enfeitadas “por minha causa”. E eu captava essa energia toda como se fosse para mim....

Outros dois momentos, foram o nascimento dos meus filhos. Tenho uma filha com 29 anos, a Luísa, e um filho com 25, o Luís, que são pessoas extraordinárias e que fizeram também o seu percurso aqui no São Miguel e que agora estão a fazer o seu percurso pelo mundo.

Depois, há um momento que marcou a minha adolescência. Aos 17 anos, a minha vida travou a fundo. Tive um gravíssimo acidente de viação vi-me entre o outro lado e este. E talvez isso seja o momento mais marcante que me faz reinventar e olhar para o mundo de outra maneira. Estive muitos anos hospitalizada e quando vi, primeira vez, o sol depois de sair do hospital foi uma sensação que ainda hoje, quando me acontece alguma coisa de mal, recordo e

que me faz relativizar muito as coisas.

Falta o quinto… mas não sei se há mais algum! Acho que não. O quinto ainda está para vir. Ainda está para vir, exatamente. Vai ser a minha exposição no Louvre... ou na Gulbenkian, para não irmos para tão longe. (risos)

ESP - Trabalha há 14 anos no Colégio? Como é que o vê hoje em dia?

NT - O Colégio São Miguel foi criado para vocês… então, esta é a vossa!

O objetivo desta escola foi sempre criar pessoas extraordinárias. E os mestres fantásticos, que são os professores e os educadores que vocês têm aqui ao vosso dispor, servem para vos amparar em todos os momentos e vos ajudar a serem pessoas melhores. Como aprendi aqui, na altura com o Padre Ventura, nós não

somos um número, somos pessoas.

ESP - E que mensagem gostaria de deixar a todos os alunos que vão ler esta entrevista?

NT - Primeiro, que vocês são fantásticos!

Depois, acima de tudo, que sejam felizes e que pelo caminho vão deixando umas sementes que possam ajudar as pessoas que por ele passam. Nunca se esqueçam de pensar naqueles que estão ao vosso redor... Vivemos em sociedade e a humanidade precisa de todos nós! A vida só é fantástica quando é partilhada não tem graça nenhuma chegar ao topo e ter muito sucesso e muito dinheiro quando se está sozinho.

ATREVE-TE.

Dia 17 de março, os alunos do sexto ano do Colégio de São Miguel participaram no Encontro Interescolas de EMRC, que se realizou no quartel do Regimento de Artilharia n.º 4, em Leiria. O encontro tinha como tema "Atreve-te".

Na parte da manhã, depois do acolhimento feito com música e com a presença do senhor bispo, D. José Ornelas e do comandante do quartel, fizemos uma caça ao tesouro, com mensagens que falavam sobre a natureza e a importância da

sua proteção. A atividade foi bastante competitiva e realizada entre muitos risos e brincadeira.

Depois de um almoço piquenique, chegou a música, para animar os nossos corações e para podermos conviver de forma fantástica uns com os outros.

E assim nos atrevemos a conhecer outras pessoas e a fazer novas amizades!

Alice Sanches, 6.ºA

REDESCOLAS.

Os alunos do 8.º ano, ao longo deste ano letivo, estiveram envolvidos no programa RedEscolas- All4integrity, onde trabalharam o tema da Corrupção.

Criaram uma exposição de cartazes RedEscolas- Anticorrupção, fizeram várias formações de literacia financeira, analisaram os sites dos principais partidos políticos e as medidas que cada um apresenta, face ao combate contra a Corrupção, entre outras atividades.

No dia 6 de junho, os alunos André Pereira e Eva Freitas, do 8.º B, representaram a nossa escola na Cerimónia Final online, deste programa, o RedEscolasAnticorrupção, apresentaram o trabalho desenvolvido e receberam, em nome do Colégio de São Miguel, a distinção de Selo Digital de Bronze! Parabéns a todos os envolvidos!

SELO

LABEL.

O Colégio obteve o Selo Prata do eSafety Label, uma iniciativa da European Schoolnet dedicada à promoção de um ambiente seguro e enriquecedor no uso das tecnologias digitais no contexto educativo.

O processo de certificação do eSafety Label permitiu-nos identificar os pontos fortes e áreas de melhoria em três áreas distintas da segurança digital: infraestrutura, políticas e práticas.

Reforçamos, assim, o nosso compromisso em promover um ambiente seguro e responsável para toda a comunidade escolar

Prof.ª Hélia Salvado

ATIVIDADE FÍSICA.

Os alunos do 11.º ano do Curso de Atividade Física e Desporto Adaptado, no âmbito das disciplinas de Anatomia Funcional e Desenvolvimento do Jogo, proporcionaram aos utentes da Fundação Arca da Aliança uma sessão de mobilidade articular e ritmoterapia.

Com esta atividade, os alunos colocaram em prática os conhecimentos de dança criativa e de análise do movimento. Os utentes receberam os nossos alunos da melhor forma e terminaram com um “ voltem sempre, gostámos muito”.

SKATE & SURF. VOLEI.

Realizou-se no dia 27 de maio a 10.ª edição da nossa habitual visita de estudo à Escola Superior de Desporto de Rio Maior. Esta visita tem como objetivos conhecer as instalações e a respetiva oferta formativa da ESDRM.

A turma do 11.º E do curso com planos próprios de Atividade Física e Desporto Adaptados teve ainda a oportunidade de

participar numa atividade de iniciação e prática de deslizar em vários tipos de SKATE. No período da tarde, deslocamo-nos para Peniche onde também foi possível fazer a iniciação ao SURF e simular a prática de SURF ADAPTADO para pessoas com deficiência motora e sensorial.

Prof. Abílio Martins

Realizou-se, no dia 3 de junho, o torneio interturmas de voleibol destinado aos alunos finalistas do 12.º ano. Foram jogos muito competitivos onde as equipas revelaram um excelente nível de jogo e de fairplay.

A arbitragem e organização do evento teve o contributo da turma do 11.º E, no âmbito de algumas disciplinas do curso com Planos Próprios de Atividade Física e Desporto Adaptados.

Muitos parabéns a todos os participantes, de um modo especial aos vencedores: 12.º E (masculinos) e 12.ºB (femininos).

QUEM É O/A FRALDINHAS ?

1. Ser professor sempre foi um desejo de infância ou ambicionava ter outra profissão?

Sempre foi um desejo de infância… foi algo que sempre idealizei para a minha vida e, felizmente, consegui atingir esse objetivo.

2. Quais as 3 palavras que escolheria para definir o seu “dia perfeito”?

Alegria, família e trabalho.

3. Os seus amigos convidavam-no para um jantar de sábado à noite. Qual seria a refeição e a bebida?

Um bom vinho tinto e o arroz de pato da minha esposa.

4. Qual o destino da sua viagem de sonho e com quem? Com a minha família. Eu gosto muito de Cabo Verde.

5.Gosta de cozinhar? Se sim, qual o prato que mais gosta de fazer? Gosto, gosto muito de cozinhar, devo dizer que sou bom cozinheiro. Gosto muito de fazer polvo à lagareiro… gosto de fazer assados.

6. Pratica algum desporto? Se sim, qual? Se não, qual aprecia mais enquanto espetador/a?

Atualmente, já não sou muito praticante, mas gosto de ver jogos de vários desportos. Gosto muito de ver voleibol, futebol e basquetebol. Mas no basquetebol já sou um bocadinho mais seletivo, só NBA.

7. Tem animais de estimação? Quais e como se chamam? Tenho um coelhinho que se chama Bolinha. Entretanto, está para chegar mais um membro à família que é um cãozinho que vai ser o Spotty.

8. Onde encontra motivação para superar momentos mais difíceis?

Sobretudo nos meus filhos... ainda precisam muito do pai.

9.Qual é a coisa que gostaria que mais pessoas soubessem sobre si? Que não sou uma pessoa rude ou antipática como pode parecer... Talvez o meu lado mais sensível, que também o há, às vezes não parece, mas também há.

10. Gostaria de ser famoso? Famoso por quê?

Eu tive um sonho, que ainda continua um bocadinho vivo. Eu gostava muito de ser treinador profissional de futebol.

11. Quais as qualidades de personalidade que mais admira e quais mais detesta numa pessoa?

A sensibilidade, o espírito aberto, a amizade, a compreensão… Não gosto de pessoas que se acham a mais do que os outros, que têm o nariz empinado…

12. Qual o presente mais memorável que já recebeu?

Foram os meus filhos. Foi a coisa mais desejada e foi mesmo o melhor presente.

13. Poderia definir o colégio numa palavra?

Não é fácil numa palavra. O colégio é para mim uma realização pessoal. Eu sinto-me mesmo muito bem aqui a trabalhar. Por isso, diria “casa”.

Prof. Carlos Ribeiro

Espaço dedicado a antigos alunos

Por Jorge Frazão

Ontem

entrei no Colégio de São Miguel.

Parece ter sido ontem, mas foi a 7 ou 8 de outubro de 1974, há praticamente 50 anos. Depois de muitas palestras de vários seminários, no então Externato de São Domingos e de ter considerado a hipótese do Colégio Sagrado de Maria, a escolha da escola foi fácil e clara, sem dúvida alguma porque assisti, de minha casa, à construção do edifício.

Estudar no colégio foi uma experiência muito interessante e importante para a minha vida pessoal e profissional. Depois de entrar, em 1967, no Externato de São Domingos e de ter entrado no Colégio São Miguel, em 1974, onde fiz o nono ano, segui os meus estudos no ensino profissional; ensino esse com o qual muito concordo e que muitos querem destruir. No colégio era cultivado o respeito, a partilha e os grandes valores de uma boa educação que nos

preparam para um futuro que cada um de nós tem que ajudar a construir. Guardo muito boas memórias desse tempo: das aulas, das atividades extracurriculares, de vários professores e dos recreios.

Não era um aluno “5 estrelas”, mas era eu! E não sendo desordeiro tinha uma alguma apetência para o desafio e para a desobediência como quando escorregava no corrimão das escadas exteriores que era lisinho e convidativo. Era algo proibido, mas às escondidas lá ia fazendo cavalinhos e a malta organizava-se para vigiar o Sr. Frazão de forma a que eu pudesse escorregar.

Era muito agradável estudar nessa casa que, pela sua arquitetura vanguardista na altura e ainda hoje, a maioria das pessoas considerava fora do comum. As APPAs eram também sempre um momento grande . Lembro-me muito das aulas de Religião Moral, com o Grande Mestre, o Sr. Padre Ventura, onde estávamos sentados no chão da capela do colégio. Eram aulas de uma grande calma e muita pedagogia. Recordo, também, as aulas de Fotografia, à quarta-feira à tarde, com o professor Graça e as atividades de apoio aos pobres e doentes das nossas proximidades, algo que já me era transmitido em casa. Não esqueçamos que a educação começa em casa, continua na escola e nunca acaba!

Cedo

emigrei para a Suíça, levando na bagagem o que tinha aprendido no Colégio. Consegui ultrapassar muitas dificuldades por que passei, mas estive sempre disponível para ajudar quem me abordava. Quando regressei a Portugal criei o meu próprio espaço comercial, o restaurante Telheiropizza, e tive o grande privilégio e prazer de ter como clientes, na sua grande maioria, muitos jovens como vocês.

Queria

deixar-vos uma mensagem: nunca desistam dos vossos sonhos! Partindo do princípio que nem todos irão enveredar pelo ensino superior, digo-vos que haverá sempre espaço para nos afirmarmos na vida. Sejam sempre verdadeiros e cordiais. Apliquem o que aprenderam nesta grande escola. Nem todos os jovens tiveram a oportunidade de receber este ensino de qualidade. Haverá muitos tipos de trabalho e terão que optar por algum, pois sem trabalho, nada feito.

Espero e desejo-vos muita sorte na caminhada da vida.

Espaço dedicado à escrita criativa dos alunos

Cravo EsCarlatE

Cravo Escarlate murcho, Sob o sol do dia, Só vês um teto. Entre quatro paredes, Ainda te vês repleto.

Isolas-te sozinho, careces de carinho, és seduzido por esse pervertido que sente prazer em ver-te ferido, iludido, perdido.

Mas não é só desistir, ser ou existir.

Da prisão à morte. Chega! Basta! Sê forte! Mete a máscara, E deseja sorte. Prepara-te E arranja alguém que tenha um coração.

Mas eu só sou mais um ser! Para ele não.

Amanhã já me vou esquecer, Calar-me, e obedecer-lhe. Ele só me quer proteger. Não me deixa nem um segundo.

Cravo escarlate imundo, A quem tu queres mentir? Sentimento pouco e muito profundo te deixa um enorme pesar. Deixaste-te persuadir, Sem nada em troca pedir, Sentes tudo a contrair, A tua liberdade cada vez mais a reduzir. Já só te resta aceitar, Já só te resta mudar, Sair, voar.

Ele procurou, arriscou, decidiu e seguiu a sua vida, aquela desconhecida e prometida. aceitou a luz que seduz os limites e rompe as grades e… Não. Não.

Foste consumido pelas saudades daquela descontração ou despreocupação nesta nova “relação que tanto arde”, mas pouco solta e quando dás conta, já é tarde.

Gonçalo Jorge Ferreira, 11.ºA

os olhos dE uma mEnina

Vi uma menina

Mas ela não me viu, Será que tem hipermetropia

Ou será que resistiu? Não era hipermetropia. Falei, e ela ouviu, Era miopia

Eu olhei, ela sorriu. Tinha uma íris linda

Azul da cor do mar, Perdi-me nestes olhos

E não consigo voltar.

A sua córnea brilhava,

Prendeu-me àquele olhar.

O cristalino focou-a,

A minha retina formou a sua imagem, Para sempre me irei lembrar.

Martim Almeida, Maria Pinto, Maria Sobral e Mara Vieira, 8.ºA

(Trabalho elaborado por, no âmbito da disciplina de FísicoQuímica, na unidade temática "A visão dos objetos)"

o sEntimEnto dE libErdadE

Se tu estivesses lá

Se Tu sentisses o que eu senti

Numa jaula fechada

Se só quisesses o fim

Tanta gente armada

A olhar para ti

Com o coração na boca

Cheia de medo e vergonha pensando Que por um único movimento brusco

Te poderiam tornar menos uma pessoa neste mundo

Só pensava na liberdade

Mas sabia que ali ficar ali

Até ter muita mesmo muita idade

Só me apetecia

As grades partir

Começar a correr

Voar como uma pomba

Porque isto é que é viver!

Alice Sanches, 6.ºA

a Família

Felicidade é o que sentimos

Amor e união

Maior tesouro não há

Impossível não gostar dela

Luta para nos educar

Imensas coisas nos dá

Apoia-nos para toda a vida

Leonor Oliveira, Sara Jesus, Noah Silva, Santiago Campos, 5.º B

uma mulhEr Comportada

Um dia disseram-me para me comportar como uma mulher

Uma mulher comportada

Uma mulher determinada

Uma mulher calada

Pediram-me para ser uma mulher

Como assim uma mulher?

Não posso ser desleixada?

Não posso ser ouvida?

Não posso ser livre?

Não posso ser eu?

Não posso ter comportamentos de homem

Não posso levantar o tom

Não posso ser curiosa

Não posso ficar com quem eu quiser

E todos com a mesma justiça

Porque sou apenas uma mulher

Eu sou apenas uma mulher

Ou tu, homem, tens medo

Medo de mulheres

Mulheres Imponderadas

Mulheres Fortes,

Mulheres com voz

Mas depois chamam-te incapaz

E dizem que merecem respeito

Respeito?

Não posso sair de casa

Sem ouvir um assobio a passar

Não posso beijar muitas bocas

Porque senão sou vulgar

Mas eu não tenho medo

Eu sei bem o que sou

Somos mulheres

Mulheres...

Mulheres no bom sentido

Com o nosso valor

E com o nosso próprio amor

libErdadE

Tu consegues-me ajudar

Eu consigo-te curar

Nós conseguimos juntos

O mal do mundo mudar

Dá-nos a Liberdade

Se for essa a tua vontade

Dá-nos o amor

Neste mundo cheio de dor

Tu consegues-me ajudar

Eu consigo-te curar

Se precisares de um amigo

Eu estarei aqui contigo.

Mara Raposo, 5.ºA

Laura Barbosa 11.º D

DESTINOS...

Aldeia das

Dez

Aldeia risonha e encantadora, localizada junto ao rio Alvôco, no município de Oliveira do Hospital. Construída predominantemente em granito, as vistas da aldeia conquistam qualquer visitante apreciador de deslumbrantes paisagens.

Freguesia portuguesa do município de Bragança, conhecido como um oásis na montanha, localizada nas proximidades do Parque de Montesinho. pitoresca aldeia transborda de tradições e encantos que merecem ser descobertos

Casa do Penedo

Localizada na Serra de Fafe, na união de freguesias de Várzea Cova e Moreira do Rei, na região Norte de Portugal. O seu nome deve-se ao facto de ter sido construída entre quatro rochas de grandes dimensões.

PASSATEMPOS.

Descobre o caminho...

Para rir...

Foz D’égua

Foz d’Égua pertence à freguesia do Piódão, concelho de Arganil. É caracterizada pelo seu aspeto rural serrano, com típicas casas de xisto e lousa, rodeada por uma natureza pitoresca, quase em estado puro.

Porto das Salemas

Praia que se destaca pelas piscinas naturais, aquando da maré baixa, localizada na parte Norte da ilha de Porto Santo. Aqui é possível observar o aparecimento de inúmeras piscinas naturais, com um azul turquesa vibrante.

Curral das Freiras

Freguesia portuguesa pertencente ao município da Câmara de Lobos, na Madeira. Situa-se no vale profundo, semelhante à cratera de um vulcão.Conhecida como uma das localidades mais pitorescas da ilha da Madeira

Gimonde