Edição XIX - Maio/Jun 2019

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inteligência artificial

uma tendência de marketing

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PUCPR Há 60 anos fazendo o futuro acontecer

MARVEL

Como a Marvel saiu da quase falência para um case de sucesso

Usina 5 De espaço desativado ao fantástico mundo dos eventos


EDITORIAL Olá! Você já ouviu falar em inteligência artificial e sabe como ela funciona? Talvez nunca tenha pensado nisso, mas com certeza já deve ter se perguntado por que as sugestões que aparecem nas suas redes sociais são exatamente aquilo que estava procurando. Sim, são os famosos algoritmos, eles mapeiam nossos interesses e fazem algumas “sugestões”, uma ótima ferramenta para o Marketing. Na sessão Empreendedorismo fomos conhecer melhor a Usina 5, um lugar de eventos que faz parte do Vale do Pinhão, um movimento da prefeitura de Curitiba para promover ações de Cidades Inteligentes. Vale a pena conferir. Essa edição da RP em Foco é bem cultural. Claro que entramos no clima final dos Vingadores, mas fiquem tranquilos, não somos uma revista de crítica de cinema, somos apenas curiosos espectadores a fim de entender esse sucesso, que nem sempre foi assim. Sabia que a Marvel quase foi à falência? Leia a sessão Entretenimento para saber mais. Ótima leitura e até a próxima! Prof. Carolina Pineli

ANO 6 | n 19 | Mai/Jun 2019 Revista Laboratório desenvolvida nas disciplinas de Comunicacão Dirigida I e Planejamento Gráfico II, por estudantes do 5 período do curso de Relações Públicas, da Escola de Comunicação e Artes, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Reitor Waldemiro Gremski

Decana da Escola de Comunicação e Artes Prof Eliane Cristine Francisco Mafezzolli

Coordenadora do curso de Relações Públicas Prof Francieli Mognon - francieli.mognon@pucpr.br

Coordenação do projeto editorial Prof Carolina Pineli – carolina.pineli@pucpr.br

Coordenação do projeto gráfico Prof Juliano Bodão - juliano.bodao@pucpr.br

Matéria em inglês Tradução Izabelli Malinoski Revisão - Profª Laura Jade Martin Capa: Camila Lunard Diagramação: Raquel Caron Expediente: Estudantes da turma do 5º ano de RP Revisão Estudantes da turma do 5º período de RP, Profª Carolina Pineli e Profº Juliano Bodão Distribuição gratuita e dirigida Tiragem: 500 exemplares Contato Curso de Relações Públicas da PUCPR Rua Imaculada Conceição, 1155 – Bairro Prado Velho CEP: 80215-901 Curitiba – PR. Telefone: (41) 3271-2210

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USINA 5

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Tecnologia e Gastronomia

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PUCPR 60 anos

PUCPR 60 anos Inglês

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Inteligência Artificial

Mundo Marvel

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Case Gillette

Polêmica no Oscar

Empreendedorismo Jovem


Usina 5 De espaço desativado ao fantástico mundo dos eventos Qual a fórmula para transformar 42 mil metros quadrados, de uma antiga fábrica do setor sucroalcooleiro, em um espaço rentável e lucrativo? Esse foi o desafio que os idealizadores do projeto Usina 5 enfrentaram na construção do que hoje se tornou um dos principais espaços para eventos de Curitiba. Situada no Prado Velho, a Usina 5 ganhou forma sob a estrutura da antiga fábrica de sal e açúcar da Diana, construída em 1960. Foto: Gui Urban 2017 A antiga fábrica deu lugar a um espaço sócio da Usina, foram necessários mais modular com diversos barracões de todos os de 50 caminhões de lixo para limpeza do tamanhos, salas, áreas externas, gramados, terreno, além da demolição de estruturas um amplo estacionamento e um diferencial comprometidas pela ação do tempo, peculiar, a localização, próxima ao centro recuperação do piso, revitalização de 16 mil da cidade, mas fora das zonas residenciais, metros de áreas construídas, instalação de fato que exime a Usina 5 das tradicionais uma nova rede de hidrantes, novos sistemas reclamações que sempre ocorrem por parte de alarme e rede elétrica de iluminação. “Mas da vizinhança de outros espaços de eventos já assim, não foi fácil revitalizar o terreno de 42 mil m²”, completa tradicionais da cidade, Contin ao lembrar de como a Pedreira Paulo todos os esforços. Leminski. “Preservamos a história A aceitação do A preservação do do lugar, conseguimos projeto foi logo de cara lugar sempre foi uma manter o mais original abraçada pela cidade. das prioridades do possível, com essa Devido ao seu caráter projeto, conta Patrik decoração industrial que inovador, a Usina 5 Cornelsen, um dos muitos tentam montar, entrou para o Projeto sócios e idealizadores aqui temos como original” Vale do Pinhão, um da Usina: “Preservamos projeto da prefeitura a história do lugar, da cidade que tem conseguimos manter o mais original possível, com essa decoração como objetivo tornar a cidade ainda mais industrial que muitos tentam montar, aqui inteligente e inovadora. “A ideia de aliar espaços como a temos como original”. Para renovação do espaço foi necessário Usina 5 ao Vale do Pinhão é integrar e muito trabalho e criatividade. Segundo o desenvolver a economia criativa, cultural e desenhista industrial Marcelo Contin, também de entretenimento, sendo assim apoiamos e

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Empreendedorismo

Foto: Gustavo Remor

divulgamos as ações da empresa”, explica Plínio Schemes, técnico de Produção de Eventos e responsável pelo Lançamento do Projeto Vale do Pinhão pela Agência Curitiba de desenvolvimento. Vindo em contrapartida à crise econômica, enfrentada pelo Brasil desde 2015, o empreendedorismo vem crescendo no país. A Usina 5 é um exemplo de negócio que surgiu em meio a tensão econômica atual, e vem surpreendendo a cada dia com com seu crescimento exponencial. A ideia inicial era, segundo Contin, encontrar um

Foto: Gustavo Remor

espaço diferenciado para realização de um evento do setor cervejeiro e após avaliação do potencial do terreno, os sócios viram as diversas possibilidades de se desenvolver outros tipos de atividades no local, e assim, em meio a crise, em 2017, surgiu a Usina 5. Em março deste ano, trazendo a cereja do bolo, a Usina 5 ampliou sua participação no mercado de eventos curitibano, inaugurando a Usina Reconcert. O espaço de eventos, inaugurado dentro da Usina 5, traz em seu DNA o conceito de sustentabilidade. “Por muitos anos, Curitiba foi considerada a cidade modelo do Brasil, sendo referência não só em mobilidade e urbanismo, mas também por apostar no conceito dos R’s de reutilização, redução e reciclagem, e essa é uma das propostas da ReConcert, um espaço inovador que preza pela redução de materiais descartáveis, como canudos e copos plásticos, promovendo a conscientização e a reutilização do espaço, com excelência em infraestrutura e recebendo os principais eventos culturais da capital paranaense”, comenta o produtor cultural Patrik Cornelsen. Com capacidade para 7 mil pessoas, a Reconcert foi construída a partir do aproveitamento de todo o tipo de material abandonado dentro da fábrica, em especial ferro e madeira. Toda essa estrutura aliada a um potente sistema de som e iluminação, assinado por empresas responsáveis por festivais de grande porte no país, como Rock in Rio e Lollapalooza, fazem desse novo empreendimento mais um case de sucesso em um cenário que está em constante crescimento, o ramo de entretenimento da capital paranaense. Felipe Marsczaokoski, Larissa Fiorese e Rafaela Chaves

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ELES POR ELES A Gillette mostrou que exemplo de conduta é o que importa atualmente

A Gillette é uma famosa marca americana que surgiu no ano de 1900 com o intuito de criar lâminas de barbear mais finas, leves e descartáveis para homens. No entanto, apesar de seu público-alvo, em 2019, a Gillette decidiu expor a ‘’masculinidade tóxica’’ em sua nova campanha, retratando homens que cometem qualquer tipo de assédio às mulheres, seja moral ou físico. A marca elaborou um vídeo que apresenta reportagens sobre o movimento #MeToo or #HeForShe e pede aos homens que tratem as mulheres com respeito e intervenham quando alguém não está sendo um exemplo positivo. É importante ressaltar que a questão não é usar as pautas sociais como uma estratégia de marketing, pois a marca visa conscientizar os homens das mudanças

Campanha The best man can be

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necessárias dos seus valores e costumes em relação à objetificação da mulher, e com ele a cultura e os costumes machistas. O professor da PUCPR, Jeferson Thauny, afirma que existe uma geração preocupada com o amanhã, com as diferenças, com a procedência dos alimentos e com uma mente mais aberta para se posicionar pelas questões sociais. As marcas compreendem que há uma necessidade de mudança e não dá para ficar em cima do muro. Ele relata que “a sociedade precisa entender que a comunicação precisa acompanhar o posicionamento na sociedade, não acredito que a comunicação pode influenciar as pessoas para opiniões boas ou ruins, mas sim, que contribuem a desenvolver o senso crítico de cada um, há uma preocupação maior com o mundo e com a sociedade”.


CASE RP A campanha que não é só uma campanha Um estudo recente da instituição britânica The Fawcett Society de outubro de 2018, divulgado no site da Universa Uol, apontou que 53% das pessoas mudaram de ideia sobre comportamentos que eram considerados “aceitáveis” e hoje são tidos como abusivos. A pesquisa apontou que pessoas entre 18 e 34 anos são as que mais disseram estarem propensas a denunciar abusos, incluindo 58% dos homens. Com o objetivo de contribuir efetivamente com a causa, a Gillette assumiu o compromisso de destinar um valor significativo de US$ 3 milhões, pelos próximos três anos, para ONGs norte-americanas que buscam inspirar, educar e a judar homens a alcançar seus interesses pessoais e tornarem-se modelos para as próximas gerações. Em entrevista ao The Drum, Elena Valbonesi, diretora da Gillette Venus para a Europa, explicou que a marca já havia, em 2019, começado a fazer uma comunicação que incentiva os homens a assumir papéis diferentes dos estereótipos: “A geração mais jovem requer mais das marcas do que apenas vender produtos“. Eles apreciam o significado que a Gillette tem para eles. Isso é exatamente o que queríamos fazer e vamos continuar fazendo no futuro”, conta a executiva. Sobre as críticas, Valbonesi diz que “A marca está contente com o nível de enga jamento e conversa que a campanha gerou porque acreditam que o tema é importante. Mas o importante é que a Gillette seja autêntica para si e aos olhares dos consumidores de diversas gerações”. O fato de o público predominante da marca ser masculino está sendo desconstruído, pois uma grande quantidade de mulheres também são o público-alvo da marca, refletindo o impacto do posicionamento assumido pela Gillette através da campanha. As marcas estão promovendo um debate sobre os comportamentos que permeiam a sociedade e colocando em discussão quais são corretos ou não, o propósito é incentivar esse debate fazendo com que a população se conscientize de seus atos.

“Trinta anos atrás, lançamos nosso slogan The best man can be. Desde então, tem sido uma declaração aspiracional, refletindo padrões que muitos homens se esforçam para alcançar. Mas com as notícias é mais fácil acreditar que os homens não estão no seu melhor. Muitos se encontram em uma encruzilhada, presos entre o passado e uma nova era de masculinidade. Embora esteja claro que mudanças são necessárias, onde e como podemos começar a efetuar essa mudança, é menos óbvio para muitos. E quando as mudanças necessárias parecem tão monumentais, pode parecer assustador começar. Então vamos juntos.’’

Acesse a campanha

Arthur de Ramos, Evelyn Bonatti e Alana Girardi

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O Impacto da Tecnologia

na Gastronomia

A tecnologia está presente no dia-a-dia da população de diversas maneiras, com ela é possível ter acesso a variados conteúdos, se locomover de forma mais segura para diferentes lugares e comprar o que deseja sem precisar ir até um shopping ou loja. Com o passar do tempo, a modernização também chegou para o ramo alimentício com o desenvolvimento de aplicativos com a função delivery, facilitando ainda mais o cotidiano do consumidor. Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), o ritmo de crescimento e faturamento no número de pedidos via aplicativos delivery é de R$ 1 bilhão a cada ano, um crescimento superior a 12%. Pode-se dizer que tal resultado se deve principalmente pelo estilo de vida atual. Antes da chegada dos famosos “apps”, o telefone era a preferência daqueles que buscavam rapidez e facilidade ao comprar um produto alimentar, entretanto, com a maior valorização do tempo e diversidade, esse acabou virando a segunda alternativa de muitos consumidores, uma vez que através dos aplicativos é possível ter acesso

“A vantagem é que a plataforma faz a venda e você fica responsável apenas pela produção, entretanto, a comissão é alta” 8 | Revista RP em Foco | 2019

aos melhores restaurantes da cidade, as mais variadas opções de comida, pagar pelo próprio celular e ainda filtrar a sua escolha com base na sua localização, deixando a entrega mais rápida. Os aplicativos mais populares no Brasil são o Ifood, Rappy, James Delivery e Uber Eats. Esses, além de levarem praticidade para o dia-a-dia do consumidor, também são muito benéficos para os restaurantes que adquirem essa forma de entrega, dado que 56% das pessoas que possuem algum aplicativo de delivery realizam ao menos um pedido por semana, segundo uma pesquisa realizada em 2016 pela empresa Ifood. Daniel Mocellin, proprietário da hamburgueria local Whatfuck, afirma que desde começou a disponibilizar seus produtos nas plataformas James e Rappi, teve um aumento de 10% no volume de


Atualidade venda de hambúrgueres. Porém ressalta: A expansão do ramo alimentício para o mundo online fortaleceu marcas e ampliou os negócios, gerando lucros e novas formas de se trabalhar. Assim, reforçando que a segmentação dos benefícios que os aplicativos geram ao público, é de relevância inegável e de grande importância neste momento. Em pesquisa realizada pela RP em Foco pelas redes sociais com os usuários adeptos dos aplicativos, em 2019, obteve-se que grande parte começou a utilizá-los entre 1 ou 2 anos. Destacam que sua divulgação entre diferentes plataformas foi o necessário para conhecimento do grande público e assim gerar indicações. Usualmente os entrevistados relataram que costumam fazer pedidos semanalmente, poucos foram os que disseram mensalmente. E, foi constatado que os pedidos são recorrentes no período da noite, principalmente nos finais de semana. Ter diversas opções de comida a um clique não é mais uma tendência, mas sim um hábito que está inserido na rotina de boa parte da população. A tecnologia, quando bem aplicada, gera benefícios tanto para usuários quanto para os comerciantes, mostrando ser uma grande aliada daqueles que buscam praticidade e conforto.

O Ifood atualmente é líder no ramo de entregas de comidas via internet. A empresa conta com mais de 2 milhões de usuários ativos e é responsável por cerca de 3 milhões de pedidos ao mês.

Muito além de ser apenas um aplicativo voltado ao ramo alimentício, o Rappi também se destaca por fornecer outros serviços sendo eles de entregas solicitadas. Pela plataforma também é possível fazer pesquisas de promoções ou até mesmo comparar preços.

O aplicativo James Delivery também possibilita solicitar a entrega de produtos de diferentes segmentos como pet shop, farmácia e gastronomia. É o primeiro delivery no mundo a proporcionar o diferencial de pedidos por comandos de voz O aplicativo Uber Eats é um serviço de entregas de alimentos da Uber. A plataforma oferece cupons de desconto, suporte a diversos restaurantes e opções de cancelamento do pedido com reembolso, sendo também possível agendar um horário para entrega. Camila Lunard, Luis Minetto e Maria Clara Rocha

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Inteligência Artificial uma tendência de marketing digital Você sabe o que é a inteligência artificial? Calma, a gente explica um pouco sobre ela. A inteligência artificial, ou IA, é um ramo que estuda mecanismos e tecnologias para desenvolver o pensamento e o raciocínio humano em máquinas. Seus algoritmos permitem que computadores e/ou softwares desenvolvam uma linha de pensamento para executar suas tarefas. Loucura, né!? Agora vamos falar sobre como o marketing digital está apostando nesta tecnologia. O marketing digital pode ser definido como um conjunto de ações estratégicas para promover uma marca no âmbito online. Como a maioria das áreas, essa também viu a necessidade de buscar novas tecnologias, apostando fortemente na IA. Atualmente, o que nos diferencia das máquinas é a nossa capacidade de criar. Porém, já existem ferramentas para mudar este cenário, como o machine learning, o qual faz com que o algoritmo aprenda novas formas de trabalhar com base em erros e acertos. Parece muito conosco, né!? Outro grande artifício é o big data que realiza uma análise profunda de dados, entendendo melhor o público-alvo da empresa, atingindo de forma certeira. O CEO da Mercado Binário e especialista em IA, Rodrigo Schvabe, fala um pouco sobre essa integração: “antigamente eu tinha que fazer pesquisas para poder montar uma boa história, vender um produto. E com o uso da IA, aumenta muito essa capacidade de análise

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de dados, por onde conseguimos mensurar o resultado das campanhas, e dobrar ou triplicar os resultados”, destacou. Serviços disponíveis no mercado A IA integrada ao marketing digital engloba três pilares: análise de dados mais efetiva, otimização de campanhas de Ads e dinamização de tempo. Alguns dos serviços disponíveis no mercado que englobam esses conceitos são: Qualificação de leads: serve para mensurar, qualificar de forma precisa os clientes e prospects, melhorando as possíveis vendas de maneira rápida e precisa; Mídia paga: criar anúncios personalizados, por meio do comportamento do usuário, como visita em sites. Tudo isso, com base em um banco de dados; Chatbots: auxiliam o visitante dentro do site, utilizando uma linguagem natural, respondendo perguntas básicas e melhorando a qualidade das respostas ao longo do tempo; Sistemas de recomendação: é quando a empresa tenta acertar seu gosto. Coleta dados e recomenda com base nas suas pesquisas, compras anteriores e hábitos.


Tendências

Mudanças no comunicação

cenário

da

O mercado da comunicação já sente o impacto dessa tecnologia, pois a IA realiza uma série de atividades e otimizações em tempo recorde, gerando resultados cada vez mais rápidos. E com a grande presença de clientes “ansiosos” é mais do que necessário o auxílio dos algoritmos para suprir todas as demandas. Um grande case de uma agência que se adaptou a IA é a Mercado Binário, empresa que tem a integração tecnológica em seus serviços como características. Só para ter uma ideia, ela conta com um robô de Ads, o qual atua com automação de campanhas, otimizando os lances de 30 em 30 minutos até alcançar a estratégia que demonstra mais efetividade. Mas como estarão as agências daqui a dez anos? Fizemos esse questionamento para Raphael Lacerda, também sócio da Mercado Binário, e ele respondeu, “acredito que daqui a 10 ou 20 anos a maioria dos processos que são feitos por pessoas nas agências serão substituídos por máquinas ou algoritmos. Os profissionais humanos serão empregados em outras tarefas ou no controle destes algoritmos”, pondera. Desse modo, se você deseja empreender ou até mesmo atuar na área digital, deverá estar alinhado com todas as mudanças que a inteligência artificial proporcionará, enxergando a ferramenta de maneira estratégica, utilizando-a ao seu favor para conseguir grandes resultados em suas campanhas.

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Bruno Novais, Douglas Pessoa e Yngrid Camargo

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Marvel - “Gênio, bilionário, playboy e filantropo” Como a Marvel saiu da quase falência para um case de sucesso A Marvel Comics foi fundada na década de 1930 com o nome de Timely Comics e sua primeira revista foi lançada somente em 1939. A primeira tentativa da editora de transformar seus heróis em filmes foi em 1944, com uma série de filmes de 15 partes sobre o Capitão América, o resultado foi tão desastroso que fez a editora desistir de seus filmes por cerca de 30 anos, voltando a se aventurar no cinema apenas no fim da década de 1970. “Por anos os filmes baseados em personagens da Marvel foram um fracasso. Isso se dava porque os chefes de estúdio não sabiam vender os personagens e não conheciam o seu público-alvo”, conta o Professor e Diretor Paulo Biscaia, bacharel em artes cênicas pela PUCPR e mestre em artes

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pela Royal Holloway University of London. Nos meados da década de 1990, a Marvel passava por uma grande crise financeira, pois não conseguia fazer vender histórias e revistas de super-heróis como antigamente, seguindo o caminho de outras editoras que decretaram falência na época, e ainda vendo a rival DC com índices de vendas gigantescos. A saída encontrada foi vender os direitos cinematográficos de seus personagens a outras empresas, com mais sucesso e experiência no cinema. Foi em 2000 que o mundo começou a levar os super-heróis a sério, graças ao lançamento de “X-Men - O Filme”, lançado pela FOX, o diretor, Bryan Singer, trouxe uma nova visão a um dos maiores e mais famosos


Entretenimento grupos de heróis, com uma visão mais realista, sem aquelas fantasias e roupas coloridas, uma abordagem séria e dramática. O filme fez tanto sucesso que foi o primeiro a ultrapassar a marca de US$ 100 milhões em uma única semana. Em 2002, produzido pela Sony, chegava às telonas Homem-Aranha. O diretor Sam Raimi apostou num caminho contrário do X-Men: tra jes coloridos, doses de humor, estilo adolescente, relembrando o Homem-Aranha dos quadrinhos. A partir de 2004-2005, a Marvel decidiu iniciar o planejamento do seu próprio universo cinematográfico com os heróis que ainda eram seus. Iniciando uma série de negociações e financiamentos para produzir seus próprios filmes. A maior aposta da Marvel entrou em cena em 2008, com o lançamento de “Homem de Ferro”, um personagem secundário de seus quadrinhos, que acabou se tornando um filme de sucesso, mas que seria só um filme, se não fosse pelas “Cenas Pós-Créditos”, onde Samuel L. Jackson aparece e fala sobre a existência de outros seres super poderosos. De repente, todos os filmes da Marvel pareciam estar situados no mesmo ponto do universo, os filmes se interligam e até mesmo interagiam entre si, com as cenas pós-créditos revelando detalhes do que esse Universo Compartilhado Marvel estava planejando. Homem de Ferro arrecadou mais de US$580 milhões e teve duas indicações no Oscar. Tamanho potencial não passou despercebido pela Disney, que em 2009 anunciou a compra da Marvel por mais de 4 bilhões de dólares. O grande clímax desse universo chegou em 2012, com Vingadores, estabelecendo

um ponto em que os cinco filmes anteriores se encontraram, um grande crossover nunca visto anteriormente na história do cinema, indo muito além de uma franquia, mas criando um universo, que agora conta com mais de vinte filmes em 11 anos, ultrapassando o valor de US$ 18,44 bilhões de bilheteria. Atualmente, todo esse conglomerado multimídia é avaliado em mais de US$ 7 bilhões. O sucesso para esse universo passa em grande parte pela continuidade e realismo, pois mesmo contando histórias de seres fantásticos, a realidade sempre os acompanharam, fosse em mutantes com problemas de discriminação pela sociedade, ou por um herói passando por problemas de alcoolismo ou até mesmo atrasando aluguel por falta de dinheiro. A Marvel sempre foi precursora de movimentos nos gibis, e nos filmes não seria diferente. Nos últimos anos houve uma forte pressão por representatividade e a consequência foi o filme Pantera Negra (2018), que conta com seu elenco quase todo formado por atores e atrizes negros, e tem sua importância afirmada por abordar toda a cultura africana em sua diversidade e beleza de maneira imponente. O filme foi vencedor de 3 oscars - Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte além de ter concorrido como Melhor Filme. O filme da Capitã Marvel (2019) foi além, retratando uma protagonista segura de si, digna do ser mais poderoso do UCM. Quebrando os estereótipos machistas construídos em Hollywood, a heroína não é interesse amoroso de ninguém e nem é a mocinha em perigo. Além disso, o filme não se sustenta em cima da sua sensualidade, mas aborda a força feminina em toda sua representatividade nas tela. Obviamente, ela não é a primeira heroína dos cinemas e nem da Marvel, mas a sua importância serve para que não seja a última, representando o início de uma nova fase midiática, em que cada vez mais as pessoas se sentirão representadas por filmes de super-heróis, até mesmo os guaxinins falantes, as árvores e os homens verdes.

Gilyard Matheus , Leonardo Masck, Raquel Caron, Rubya Guntin e Vinicius Yanaga

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Há 60 anos fazendo o futuro acontecer Comprometimento, evolução, respeito, ética e valores cristãos na construção da educação Construir o amanhã é um desafio do hoje. Dedicar-se na construção de valores humanitários à educação, formando cidadãos responsáveis por fazer a diferença na sociedade é o começo de uma história. E para isso, a PUCPR não dedicou somente um tempo, mas uma vida inteira. A Universidade carrega a responsabilidade de inventar e reinventar o presente através da evolução do conhecimento. Faz brotar em cada estudante o sentimento de pertença ao mundo e faz cada um transcender em si. Uma nova era para o Ensino Superior se fez nascer no dia 14 de março de 1959. Pelas mãos do então Arcebispo de Curitiba, Dom Manuel da Silveira, a Universidade Católica do Paraná ganhou vida. O título de Pontifícia veio anos depois, em 1985, consolidando o que temos hoje. Desde então, vem sido movida pelo anseio de fomentar o empreendedorismo, inovação, comprometimento com a vida e

progresso da sociedade através da educação universitária. A transformação de 100 mil vidas em 60 anos de história prova a concretização de um sonho, longe ainda de acabar. Scientia, Vita et Fides (Ciência, Vida e Fé). Pilares pelos quais a Universidade se edificou como a Melhor Universidade do Paraná*. Sua essência é transmitida de forma a prezar pela integração dos âmbitos do conhecimento científico, da promoção da vida e do cultivo da fé. Orientada por princípios éticos, cristãos e maristas, em 2017 lançou um novo modelo de ensino e aprendizagem inspirado em abordagens canadenses. Nessa nova era, a aprendizagem é desenvolvida através de metodologias ativas, proporcionando ao estudante a atuação protagonista, enquanto os professores atuam como mediadores de todo o processo. E para celebrar os 60 anos de transformação e conexão, o dia 14 de março foi * De acordo com o Times Higher Education

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PUCPR preenchido por eventos no Câmpus Curitiba. O início das comemorações se deu com a missa celebrada por Dom Pedro Fedalto e teve continuidade com a inauguração da placa comemorativa de 60 anos, seguindo de homenagem às figuras públicas relevantes na história da universidade, como a do antigo reitor, Irmão Clemente Ivo Juliatto. A Prefeitura de Curitiba também esteve na festividade, presenteando a PUCPR com uma apresentação da Camerata Antiqua da cidade e proporcionando à comunidade uma feira com diversos serviços de cidadania, além de palestras e oficinas. Desses 60 anos, resta a certeza de que cada Filho da PUC - transformado pela educação refletida na excelência profissional e liderança transformadora - é capaz de chegar em qualquer lugar do mundo. Juntos, com o protagonismo ético e atuação inovadora, Universidade e estudante caminham lado a lado na construção do amanhã. A universidade é preenchida por histórias, estejam elas em livros, estejam elas em seus filhos. PUCPR, ampliando, conectando e transcendendo há 60 anos. Créditos: Centro de memória PUCPR

Quanta história cabe em 60 anos? “Quando eu vim, já tinham construído o bloco de Ciências Humanas, mas só a primeira parte da estrutura. Eu sei que na época que deu neve em Curitiba, em 1975, eu subi todo aquele bloco, mas imaginem que coisa bonita! E Ir. Clemente Ivo Juliatto quando eu estava no meio do prédio, as escadas eram de ferro e eu não tinha luva, não tinha nada e os corrimãos estavam congelados. Cheguei no meio e pensei “E agora?”. Olhei pra cima, olhei pra baixo e bom, pra cima era mais perto para tirar fotografia, continuei. Cheguei lá em cima e não conseguia desabotoar a máquina, de tanto frio que estava. Fiquei uns 5 minutos esquentando a mão dentro do casaco para poder tirar a fotografia. Tirei várias fotos pelo câmpus, estava tudo branco, estava tão lindo, aí amarrei um lenço na mão e desci o mais rápido possível. Bons tempos esses de 75.” Irmão Clemente.

Amanda Caroline, Izabelle Malinoski e Lorena Cecconello

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Making the future happen for 60 years Commitment, evolution, respect, ethics and Christian values in the construction of education Building tomorrow is a challenge of today. Dedicating itself to building humanitarian values in education, forming citizens responsible for making a difference in society is only the beginning of a the university story. And for that, PUCPR did not dedicate only some time, but a lifetime. The University carries the responsibility of inventing and reinventing the present through the evolution of knowledge. It plants the feeling of belonging to the world in each student and makes each transcend themselves. A new era for Higher Education was born on March 14, 1959. At the hands of the then Archbishop of Curitiba, Dom Manuel da Silveira, the Catholic University of Paranรก came to life. The Pontifical title came years later, in 1985, consolidating what we have today. Since then, it has been driven by the desire to foster entrepreneurship, innovation,

commitment to life and the progress of society through university education. The transformation of 100,000 lives in 60 years of history proves the realization of a dream, far from over. Scientia, Vita et Fides (Science, Life and Faith). Pillars for which the University was built as the Best University of Paranรก *. Its essence is transmitted in such a way as to cherish the integration of the areas of scientific knowledge, the promotion of life and the cultivation of faith. Guided by Christian and Marist ethical principles, in 2017, the university launched a new model of teaching learning inspired by Canadian approaches. In this new era, learning is developed through active methodologies, providing the student with a protagonist role, while teachers act as mediators of the whole process. And to celebrate 60 years of * De acordo com o Times Higher Education

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PUCPR transformation and connection, March 14 was filled by events at Curitiba's Campus. The beginning of the celebrations took place with the mass celebrated by Dom Pedro Fedalto and continued with the inauguration of the commemorative plaque of 60 years, following in honor of the relevant public figures in the history of the university, such as the former Rector, Brother Clemente Ivo Juliatto. The Curitiba City Hall also attended the festival, presenting PUCPR with a presentation of the city’s Camerata Antiqua and providing the community with a fair with various citizenship services, as well as lectures and workshops. From these 60 years, there remains the certainty that every PUC Son - transformed by education reflected in professional excellence and transformative leadership - is able to reach anywhere in the world. Together, with ethical protagonism and innovative action, University and student go hand in hand in the construction of tomorrow. The university is filled with stories, be they in books, be they in their children. PUCPR, enlarging, connecting and transcending for 60 years.

Créditos: Centro de memória PUCPR

How much history fits in 60 years? “When I came, they had already built the Human Sciences block, but only the first part of the structure. I know that the time that it snowed in Curitiba, in 1975, I went up that block… imagine what a beautiful thing! When I was in Ir. Clemente Ivo Juliatto the middle of the building, the stairs were iron and I had no gloves, I had nothing, and the handrails were frozen. I came in the middle and thought, “What now?”, I looked up and I looked down, and up was closer to take the picture, so I continued. I got up there and could not unbutton the camera, because it was so cold. I spent about 5 minutes warming my hand inside my coat so I could take the picture. I took several photos through the campus, it was all white, it was so beautiful, there I tied a handkerchief in my hand and went down as fast as possible. Good times these 75.” - Brother Clement.

Amanda Caroline, Izabelle Malinoski e Lorena Cecconello

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Polêmica no Oscar Como a falta de representatividade afeta a reputação da premiação. Considerada a maior premiação do ci-

A CRISE: OSCAR SO WHITE

nema, a cerimônia do Oscar movimenta O ano de 2015 chamou a atenção de milhões de fãs e atrai cada vez mais especmuita gente por não ter nenhuma indicação tadores todos os anos. Em sua 91ª edição, a a profissionais negros e, em 2016, sendo o premiação trouxe grandes mudanças e trans51º ano com apenas brancos indicados. Foi aí formações importantes que começou uma discuspara a indústria cinemato“Não é que o problema são sobre a falta de repregráfica. Além de ser a priseja porque as pessoas sentatividade logo após meira vez desde 1987 sem nominadas sejam brancas. a divulgação dos indicaum apresentador, o Oscar Eles não estão vendo o dos. A #OscarSoWhite ou 2019 teve um aumento de filme e dizendo ‘oh isso #OscarAindaMuitoBran12% em sua audiência em é muito branco. Não vou co, se tornou o tema mais relação ao ano anterior, tonominar esse filme negro’. comentado nas redes sotalizando 29,6 milhões de O problema é que os ciais, incluindo o trending pessoas sintonizadas na filmes com negros, latinos topics no Twitter. rede ABC. Mas quais foram e mulheres não estão Já instalada a polêmios motivos para mudanças chegando até você, porque ca e suposta crise, vários tão evidentes e significaa ideia é de que não há atores, diretores e produtivas para a premiação? filmes negros. Então isso vai tores a judaram na denúnE por que falar do Oscar continuar acontecendo até cia e aclamavam pelo boidepois de tanto tempo da que deixem de fazer filmes cote da premiação. A atriz premiação? como ‘Os Vingadores’ com e apresentadora americamais de 50 caras brancos Pelo olhar de um Rena Whoopi Goldberg cosalvando a Terra. Isso lações Públicas, é funmentou em seu programa me deixa muito irritada, damental para qualquer de televisão The View: sabe por quê? Porque marca ter um posiciona“Não é que o probleeu gostaria de ser uma mento definido para consma seja porque as pesdessas pessoas salvando truir uma boa reputação e, soas nominadas sejam a Terra, mas esses filmes assim, favorecer o trabalho brancas. Eles não estão não vêm até a mim. Quer de gestão de crise. No caso vendo o filme e dizendo fazer um boicote? Não vá do Oscar, houve uma série ‘oh isso é muito branco. assistir esses filmes que de polêmicas envolvendo Não vou nominar esse filnão te representam. Esse a falta de representativime negro’. O problema é é o boicote que você deve dade do povo negro em que os filmes com negros, fazer.” - Whoopi Goldberg conjunto com os episódios latinos e mulheres não esmachistas e casos de abutão chegando até você, so na grande Hollywood. porque a ideia é de que não há filmes neCom isso, o boicote à premiação surgiu com gros. Então isso vai continuar acontecendo o movimento da #OscarSoWhite e a crise já até que deixem de fazer filmes como ‘Os estava lá para piorar a reputação da marca. Vingadores’ com mais de 50 caras brancos

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Comportamento

Regina King e Hannah Beachler Foto: Craig Sjodin

salvando a Terra. Isso me deixa muito irritada, sabe por quê? Porque eu gostaria de ser uma dessas pessoas salvando a Terra, mas esses filmes não vêm até a mim. Quer fazer um boicote? Não vá assistir esses filmes que não te representam. Esse é o boicote que você deve fazer.”

MAS POR QUE NÃO HÁ REPRESENTATIVIDADE? Não é por falta de capacidade que atores negros não são vistos em premiações e filmes, mas sim por falta de visibilidade a uma classe que sofreu anos sendo silenciada pelo resto da humanidade. No caso do Oscar, já havia outro problema na diversidade dos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que são os responsáveis por escolher os indicados. Até 2016, os membros eram um grupo formado por 77% de homens brancos acima de 50 anos. O ator norte-americano Cuba Gooding JR enfatizou que “O prêmio é só o final da

cadeia. É preciso ir além, começar com o processo de escolha de elenco. Se olhar a televisão hoje está dando de dez a zero, um arco íris de diversidade em tantos programas.” Então, estava na hora de o Oscar pagar pelas suas promessas, botar a mão na massa para minimizar o impacto negativo, recuperar a confiança do público e melhorar a sua reputação de modo verdadeiro e transparente. Desse modo, entra em cena a Relações Públicas e presidente da Academia na época, Cheryl Boone Isaacs, que se demonstrou muito insatisfeita e interviu com medidas urgentes para uma atualização nos votantes da academia e garantir a representatividade da premiação. A atriz e especialista em premiações cinematográficas, Mariana Oliveira, nos explicou sobre a falta de representatividade do Oscar e o que que deve ser feito para melhorar este cenário: “Para termos diversidade em premiações é preciso que ha ja diversidade nas grandes produções. É um problema estrutural, que para ser mudado é Alana Maia, Cátia Elis Rodrigues e Fabiana Souza

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preciso repensar desde a raiz do problema. A diversidade precisa estar também em outros setores como entre roteiristas, produtores de elenco, diretores, produtores, só assim irá se contar histórias de novas perspectivas e investir em novos criadores.”

No Oscar, a falta de representatividade da comunidade negra gerou uma crise de imagem que poderia ser evitada já no ano de 2015, quando surgiram comentários tanto dos espectadores, quanto dos próprios artistas da academia.

A especialista também enfatiza que para modificar esse contexto é necessário desconcentrar o poder monetário na mão de pessoas brancas, ainda que é enraizadoa a perspectiva europeia nas grandes produções. Ela diz que a solução rápida seria reestruturar a equipe de criação e produção com mais diversidade. Já a longo prazo, o ideal é que “esse poder fosse distribuído, ou seja investido, entre novos criadores para que tenham a oportunidade de se aperfeiçoar e produzir com maior qualidade.”

O que fez a Relações Públicas e ex presidente da academia, Cheryl Boone Isaacs, foi a reestruturação dos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Hoje, 46% são mulheres e 41% não são brancos. Consequentemente, a medida adotada garantiu a representatividade dos próximos anos e melhoria na reputação da marca.

AFINAL, QUAL A IMPORTÂNCIA DESSE POSICIONAMENTO PARA A COMUNIDADE NEGRA? Para Mariana Oliveira, “a real importância está em abrir nossos olhos para que não precisamos da validação de premiação para continuar produzindo. A forma do povo negro fazer arte, contar histórias e fazer filmes transcende o que o Oscar significa, ele é legal, mas não é vital. Spike Lee segue gigante, Jordan Peele segue uma crescente fora da curva, o movimento Blaxpoitation segue revolucionário e nós devemos continuar produzindo e humanizando nossas histórias, mas é claro que não devemos ser ignorados e somos dignos de prestígio.”

Feito isso, o Oscar 2019 bateu o recorde com mais indicações e premiações para artistas negros e mulheres. Dentre eles, se destacou o cineasta e produtor Spyke Lee com duas indicações nas categorias de ‘Melhor Diretor’, ‘Melhor Filme’ e vencedor do prêmio de ‘Melhor Roteiro Adaptado’. Sendo assim, a cerimônia teve um aumento de 12% em sua audiência em relação ao ano anterior em sincronia com a exposição positiva na mídia e comentários do público sobre a percepção da grande mudança da premiação.

O

C

O QUE A CRISE NA FALTA DE REPRESENTATIVIDADE DO OSCAR NOS ENSINA SOBRE RELAÇÕES PÚBLICAS?

P

No trabalho de Relações Públicas, reconhecer o problema é o primeiro passo. A partir daí, todas as ações e estratégias devem comprometer-se para garantir a transparência e uma mudança com eficácia e agilidade.

O

Atriz e Produtora, Mariana Oliveira. Foto: Pino Gomes

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O QUE É BUREAU DE RP?

Um laboratório de aprendizagem do curso de Relações Públicas da PUCPR, em formato de agência júnior.

COMO FUNCIONA?

É direcionado por supervisores da área da comunicação e produção gráfica. Todos alunos do curso e de afins podem participar, auxiliando em eventos como: Fala Egresso e Destaque RP. CARRO-CHEFE: RP Comunitário, envolve trabalhos de produção, como a comunicação da Associação Brasileira de Alzheimer em conjunto com projetos parceiros da universidade: Programa.

POR QUE FAZER O BUREAU?

A experiência traz conhecimento e auxilia na formação de seu portfólio. Existe jeito melhor para aprender do que colocando a mão na massa? Se tem, desconhecemos!

ONDE ESTAMOS?

Laboratório de Comunicação e Artes da PUCPR.


Empreendedorismo Jovem

Claudia de Paula Meneses conta como foi sua experiência ao fundar sua agência aos 24 anos Atualmente o universitário vem buscando

Com diversas experiências no mercado de

alternativas para iniciar sua vida profissional,

trabalho, a publicitária foi desenvolvendo sua

uma delas é ter sua própia empresa. A

agência: “Já trabalhei na Rictv Record e na

partir da segunda metade dos anos 2000, o

Rádio Jovem Pan, fiquei 10 anos no grupo

empreendedorismo vem se mostrando cada

RIC, sendo por 5 deles gerente de Marketing

vez mais comum pelos jovens entre 18 a 34

das Rádios Jovem Pan Paraná. Também

anos, essa estratégia busca novos meios

trabalhei como coordenadora de Marketing

para se tornar independente no mercado

do Instituto de Neurologia de Curitiba por 3

de trabalho atual. Mas você sabe o que é

anos”.

empreendedorismo? É o desejo de iniciar algo novo, enxergar algo que ninguém vê e

Há 6 anos no mercado, a Shine Consultoria

partir para a ação. Pessoas empreendedoras

de Marketing trabalha com identidade visual,

movimentam o mundo, pois possibilitam

marketing digital, planejamento estratégico,

desenvolvimento social e econômico de uma

assessoria de imprensa e marketing médico

sociedade.

e

promocional.

Sua

rotina

de

trabalho

envolve reuniões semanais, contato direto Um exemplo disso é a nossa entrevistada

via WhatsApp, planilha e e-mails contendo

Claudia de Paula Meneses, hoje com 30 anos.

pesquisas

Claudia tem formação em Publicidade e

acompanhamentos e relatório de resultados/

Propaganda, Gestão de Marketing Integrado

lições aprendidas para o cliente. Dentre seus

e Gerenciamento de projetos e fundou sua

clientes, estão o Instituto de Neurologia de

própria empresa, a agência Shine Consultoria

Curitiba, o Paris Ternos, Pincela, Unity Dermo

de Marketing, em 2013. Segundo ela, esse foi

entre outros. Para a empresária, mesmo que o

o maior desafio de sua vida, ultrapassando

cliente contrate a agência para apenas uma

barreiras e se motivando a conhecer essa

arte, esta arte deve ser entregue alinhada

nova área mercadológica. “Na faculdade

com os objetivos, imagem e os valores da

sempre me interessei por planejamento e

empresa. “O maior desafio é ter que entender

comunicação integrada, fazia com muito

o negócio de cada cliente. Temos atualmente

empenho os trabalhos e gostava de mensurar

23 clientes, de indústria a serviços, e cada

os resultados. Assim fundei a agência Shine

um com suas peculiaridades. Para fazer

Consultoria

maior

um plano de comunicação é preciso fazer

dificuldade foi estruturá-la sozinha. A ideia

imersão e vestir a camisa de cada um.” - diz

sempre foi ser mais que uma agência e sim

a publicitária.

de

Marketing,

eficácia.”

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minha

de

conteúdo,

planejamentos,


Entrevista Com a vida profissional estável aos

criativas de acordo com a verba disponível e

30 anos, a do cliente, com os resultados

também na proximidade com o cliente para

e a jovem empreendedora acredita que o

que ha ja confiança em seu trabalho. “Meu

segredo

com

maior objetivo é entregar cada vez mais

resultados, inovação, aperfeiçoamento, mais

está

no

resultados para nossos clientes que cuidamos

conhecimento na área em que trabalha,

com todo carinho. Marketing de resultado é

flexibilidade

nosso slogan.”

para

comprometimento

encontrar

soluções

''O segredo esta no comprometimento com o resultado, na busca de inovações na área, na flexibilidade para encontrar soluções criativas dentro da verba e na proximidade no atendimento.'' Claudia de Paula Menezes

CONHEÇA O

AMERICAN ACADEMY https://www.pucpr.br/american-academy/

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