RP em Foco - Edição II - 2013

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rPEmFoCo Jornal laboratÓrio do Curso dE rElaÇÕEs PÚbliCas da PuCPr

ano i .

nÚmEro 2 . JulHo/agosto 2013

RP

no Terceiro Setor

O trabalho dedicado de Comunicação no Instituto Compartilhar p. 4 e 5

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Pesquisa ConFErP e abErJE indicam rumos para a Comunicação

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Case rP: o lado doce do empreendedorismo

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PuCPr atrai egressos para trabalharem na instituição

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E d i to r i a l

Caros leitores, Chegamos ao número II do RP em Foco, publicação que fechou o 1º semestre de 2013 no curso de Relações Públicas da PUCPR. Nesta edição, você encontra uma reflexão sobre o direcionamento que a atividade de RP e da Comunicação Organizacional vêm tomando. São exemplos a matéria sobre os resultados do CONFERP e da ABERJE sobre o desenvolvimento de uma teoria de liderança em RP, na página 3, além das matérias sobre as Relações Públicas digitais, da editoria Mercado e Tendências. Falando um pouco de mercado de trabalho, a matéria do Case de RP desta edição retrata a trajetória de uma profissional empreendedora que, mesmo tendo montado o seu negócio fora da área de Comunicação, utiliza – e muito! – os conhecimentos adquiridos nos bancos da universidade para obter sucesso em seu negócio. E na entrevista, há possibilidade de desenvolver um grande trabalho no Terceiro Setor. Isso mostra que as Relações Públicas são uma profissão chave e que tem muito campo para explorar! A abertura também traz consequências, pois cabe a cada profissional dar foco e objetivo para sua trajetória no mercado de trabalho. Ainda nesta edição: as histórias dos trabalhos de conclusão de curso, as imagens de um dia do curso de RP da PUCPR, a opinião de quem sabe fazer uma boa pesquisa, atualidades, cultura e muito mais! Esperamos que você goste do que preparamos com muita dedicação para você estar bem informado! Boa leitura!

Profª. Gisele Passos

RPemFoco

Jornal laboratório desenvolvido na disciplina de Jornal de Empresa I, pelo 5º período do curso de Comunicação Social - Relações Públicas, da Escola de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Coordenadora do curso de Relações Públicas: Profª. MSc Francieli Mognon

Reitor: Prof. Dr. Irmão Clemente Ivo Juliatto

Coordenação gráfica: Prof. MSc Ivan Mizanzuk

Decana ECA: Profª. Dra. Eliane Cristine Francisco Maffezzolli

Redação, Revisão e Diagramação: alunos do 5º período de Relações Públicas

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Coordenação do projeto: Profª. MSc Gisele Passos Lima Romanel – DRT 0658 PR / CONRERP nº 3720 – gisele. passos@pucpr.br Distribuição gratuita e dirigida. Tiragem: 500 exemplares.

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r p e m pa u ta

RELAÇÕES PÚBLICAS TEM BUSCADO ESPECIALIZAÇÃO Estudo busca conhecer como as mudanças no mercado impactam na rotina dos profissionais da Comunicação Por Priscila Forlin sxc.hu

as tendências de cada localidade. As conclusões do estudo apontam para a importância de um aprofundamento não apenas na relevância da liderança do profissional de Relações Públicas, mas também chama a atenção e os olhares para uma análise mais profunda de todas as rotinas e processos comunicacionais presentes hoje nas instituições.

A trajetória do RP não termina com a conclusão da faculdade. A graduação é apenas o primeiro passo para a formação profissional. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (CONFERP), que contou com a participação de 18 países de diferentes continentes. A maioria dos participantes tem formação superior em Relações Públicas e aproximadamente 60% deles possuem algum tipo de pós-graduação. Foram entrevistados 303 profissionais para obtenção dos resultados quantitativos, sendo mais de 72% dos respondentes, mulheres jovens com menos de 35 anos e com experiência profis-

sional na área de até onze anos. A pesquisa também mostra que 32% dos entrevistados exercem cargos de liderança em seu ambiente de trabalho. Também se pode notar por meio da pesquisa que os setores de comunicação nas organizações ainda são pouco expressivos, tendo mais de 54% dos entrevistados afirmado que tem menos de cinco pessoas atuando na área. Outro ponto apresentado na pesquisa é a dimensionalidade territorial e sua influência sobre o exercício da profissão de Relações Públicas. Segundo os pesquisadores, todas as grandes diferenças e peculiaridades entre as regiões brasileiras, afetam no exercício da atividade, seguindo

A pesquisa esteve sob responsabilidade dos professores Andreia Athaydes e Gustavo Becker, da Universidade Luterana do Brasil (RS), e, representando a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), Rodrigo Cogo, Mateus Furlanetto e seu diretor executivo Paulo Nassar. Seus resultados foram sintetizados em um relatório quantitativo por meio de um questionário online e outro qualitativo baseado em entrevistas em profundidade. Os participantes foram questionados sobre temas de grande importância para os lideres na área de Relações Públicas e da Comunicação. Para mais informações sobre a pesquisa: www.conferp.org.br

Com a colaboração de Gabriel Abreu, Laura Freitas, Monique Nolli, Nayara Viana

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e n t r e v i s ta

Relações Públicas

conquista

o Terceiro Setor Representar uma organização de grande visibilidade na sociedade, não parece ser tarefa fácil para uma jovem recém-formada em Relações Públicas. Aos 24 anos, Flávia Monteiro Neves é analista de comunicação do Instituto Compartilhar, instituição sem fins lucrativos, idealizada pelo técnico de voleibol Bernardinho. A ONG, que tem como missão o desenvolvimento humano por meio do esporte, atua em projetos socioesportivos trabalhando a iniciação ao voleibol em uma metodologia específica. Atualmente, atende 3.500 mil crianças e adolescentes em cinco estados do Brasil (PR, SP, RJ e RN), sendo a sede administrativa em Curitiba, Paraná. Flávia é especialista em Marketing Empresarial pela UFPR, e é um exemplo para quem quer atuar na área. Em entrevista para o RP em Foco, respondeu algumas questões que podem esclarecer possíveis dúvidas dos futuros profissionais de comunicação. 4

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arquivo pessoal

O trabalho de Flávia Neves no Instituto Compartilhar revela a importância da profissão em ONGs Por Caroline Pabis

Flávia Neves, formada em Relações Públicas pela PUCPR, é analista de comunicação no Instituto Compartilhar

Em qual área da comunicação você atua? No Instituto Compartilhar, o setor de comunicação é formado apenas por mim e por uma estagiária de Relações Públicas, por isso trabalhamos em todas

as áreas. Assessoria de imprensa, gestão de marca, comunicação interna e externa, mídias sociais, produção de conteúdo, produção de eventos, elaboração de materiais gráficos, contato com público externo, manu-

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tenção de site e blog, produção de relatórios de prestação de contas, contato com parceiros, revisão de textos... Qual a diferença de trabalhar em uma empresa de Terceiro Setor e Segundo Setor? A diferença é poder usar seu conhecimento em comunicação para contribuir para o desenvolvimento da sociedade, para um país mais justo. O Terceiro Setor está em crescimento e alto nível de profissionalização, necessita de profissionais em todas as áreas, principalmente comunicação. A remuneração é boa, segue a tendência do mercado do Segundo Setor. Vejo instituições muito sérias, que desenvolvem atividades interessantes, mas por falta de um profissional de comunicação, são pouco conhecidas, não conseguem crescer e conseguir financiadores.

“O Terceiro Setor está em crescimento e alto nível de profissionalização, necessita de profissionais em todas as áreas, principalmente comunicação” Existe um perfil específico de profissional para atuar no Terceiro Setor? Não. Hoje o Terceiro Setor funciona como o Segundo: há muita competitividade e profissionais

competentes. Para entrar neste e em qualquer outro setor, os diferenciais, os cursos e aperfeiçoamentos são necessários. Não há mais diferenciação entre setores. Há, inclusive, ONGs que exigem uma segunda língua.

de fotos, são estudadas e, caso seja necessário, o consultamos diretamente. A vantagem é que ele nos dá muita autonomia para tomar estas decisões, porque confia no trabalho desenvolvido em quinze anos de atuação.

Em se tratando de uma instituição sem fins lucrativos, quais são as dificuldades de conseguir verba suficiente para implementar as ações?

“Trabalhar no Terceiro Setor, para mim, é muito gratificante. Trabalhar em benefício de crianças e adolescentes, me faz sentir mais completa”

A grande diferença não está nos recursos, mas sim nos presidentes e gerentes. O que eu percebo no mercado é que os recursos destinados à comunicação dependem exclusivamente da valorização da área pelo gestor da entidade. Se os presidentes entenderem a importância, eles investirão dinheiro, tempo e até se envolverão nas ações, mas se ele não considera importante não adianta ser uma empresa com muitos recursos. No Instituto Compartilhar, o gerente gosta, entende e investe em comunicação, portanto não temos dificuldades em implementar as ações planejadas pelo setor. Como a instituição tem como diretor presidente Bernardinho, uma referência no esporte, quais os principais cuidados que devem ser tomados em relação a publicações e uso de imagem do mesmo? Este cuidado é constante na instituição, faz parte de nossa cultura organizacional: planejar, estudar e estruturar ações que não atrapalhem a imagem do Bernardinho. Todas as atividades em que nos envolvemos, desde grupos de estudos a uso

Você é realizada profissionalmente? Como você se sente trabalhando para uma instituição que visa beneficiar crianças e adolescentes carentes? Sim, sou muito realizada profissionalmente! Aqui, trabalho com comunicação o tempo inteiro. Gosto de olhar para trás e ver todo o caminho que percorri dentro do Instituto Compartilhar - de estagiária a analista - e fico cada dia mais motivada ao ver o quanto ainda dá para fazer aqui. Trabalhar no terceiro setor, para mim, é muito gratificante. Trabalhar em benefício de crianças e adolescentes, me faz sentir mais completa. Muitos não sabem, mas a comunicação é capaz de mudar uma sociedade. Temos em mãos ferramentas e linguagens que nos munem de estratégias capazes de mudar a realidade. O que falta é abrir os olhos, a cabeça e enxergar as oportunidades e possibilidades.

Com colaboração de Bruna Patrícia Tonial, Maíra Karas, Mariana Alves Favorito e Thairine Mazurek

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S E m e u TC C FALASS E

RP E SAÚDE: OPORTUNIDADE E DESAFIO

Tema, orientador e equipe são alguns dos assuntos mais importantes para a realização de um TCC Por Giovanna Berg Miriam Fontoura

fessora Fancieli, pois ela trabalhava e tinha afinidade na área. As ações foram implementadas em uma clínica da área de estética e saúde, de um médico e professor da PUCPR, que tinha como sócia a sua esposa. A Professora Francieli optou por realizar o trabalho com seu grupo de amigas, com quem fazia trabalhos desde o início do curso. Mesmo com toda a pressão do final do curso e divergência de ideias, em geral o trabalho fluiu bem, deixando as boas lembranças.

Professora e Coordenadora do Curso de Relações Públicas da PUCPR, Francieli Mognon

Todos que têm um diploma na faculdade realizaram o seu Trabalho de Conclusão de Curso. A coordenadora e professora do curso de Relações Públicas da PUCPR, Francieli Mognon, conta um pouco sobre a experiência que viveu ao realizar seu TCC, no final de 2004. A professora Francieli Mognon lembra que, na época da sua graduação, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) era realizado em duas etapas: a monografia e o trabalho de implementação. O tema escolhido para a monografia foi Marketing de Serviços aplicado na área da saúde. Esse tema já estava na cabeça da pro-

Em relação às dificuldades para realizar o trabalho em sua parte inicial, a professora lembra que, naquela época, a iniciação científica não existia e, por isso, os alunos sentiam dificuldade para produzir um texto científico. A organização e dedicação da professora Francieli e sua equipe é um dos aspectos que fez com que seu trabalho fosse um sucesso. Recebendo orientação do professor e aval dos proprietários da clínica (cliente), a equipe conseguiu evoluir e implantar várias ações, comprovando que o TCC vai além da sala de aula. Uma das ações realizadas foi a produção de um vídeo institucional, com todos os custos pagos pelo cliente. A equipe realizava reuniões semanalmente com a gerente da clínica, que acompanhava de perto e dava o

feedback positivo e negativo, garantindo assim a vivência profissional necessária para a conclusão do curso. Próximo ao dia da apresentação, a equipe praticou e simulou sua apresentação para exercitarem a postura e se sentirem mais confiantes na hora da Banca. “Os alunos devem estar preparados para responder perguntas dos avaliadores, por isso é bom compreender o seu projeto como um todo”, relembra Francieli. No dia da sua apresentação, o cliente e seu professor supervisor de estágio estavam presentes. No início, ela estava um pouco tensa com a situação, mas, após iniciar a apresentação, Francieli diz que a presença deles trouxe segurança. “Ao passar de alguns anos, a experiência do TCC foi muito gostosa”, finaliza Francieli.

Saiba Algumas Dicas Para Se Dar Bem no TCC 1. Escolha um tema relevante. 2. Leia os livros utilizados durante o curso. 3. Faça projeto de iniciação científica. 4. Participe de congressos e palestras.

Com a colaboração de: Larissa Caxambu, Letícia Ribeiro e Marina Ida de Carvalho

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C ULTURA

Começa contagem regressiva para a Jornada Mundial da Juventude Por Renata Aquino

Neste ano, no mês de julho, o Brasil será palco do maior evento católico do mundo. Será a XIII edição da Jornada Mundial da Juventude e vai acontecer na cidade do Rio de Janeiro, no período de 23 a 28 de julho, com o tema: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. A “Cidade Maravilhosa” já se prepara para o grande evento em operações especiais para os jovens turistas do mundo inteiro.

Na PUCPR as expectativas do evento ganharam mais força com a chegada da cruz, ícone do evento, em fevereiro. Também foi elaborada uma programação especial e o Núcleo de Pastoral da Universidade organizou uma excursão para os alunos interessados em participar deste grande evento. As inscrições já foram encerradas. Mais informações sobre a JMJ: www.rio2013.com

Com a colaboração de Julia Bettega, Mariana Ventura, Nicole Caroline, Nivea Nunes.

Ravi Brasileiro lança o projeto “Cortinas Abertas’’ Por Mariana Ventura

Fala mansa, estilo alternativo, unhas compridas e sempre com um violão do lado, Ravi Brasileiro não precisa nem contar que é musico para notar que ele faz parte do universo musical.

Usando seus conhecimentos em Relações Públicas, Ravi iniciou o projeto ‘’Cortinas Abertas’’. O projeto conta com um site, vídeo promocional para pedir patrocínio e, para anga-

José Mario

O aluno de Relações Públicas da PUCPR cresceu em meio à arte e cultura e desde pequeno é apaixonado pela música, sempre

envolvido em projetos dentro e fora da universidade, o cantor ousou buscar o seu maior sonho, seu primeiro CD.

riar fundos, está usando a rede “Catarse’’, que funciona como uma “vaquinha’’ virtual. Os investidores do projeto poderão contribuir com diferentes valores, todos eles com retorno financeiro que variam entre CDs do cantor, tratamentos de cura, shows particulares, luais e outros. Além disso, as empresas que investirem no projeto terão seus nomes nos produtos associados ao projeto do cantor. Para ser um patrocinador, não é necessário ser pessoas jurídica, basta entrar no link catarse.me/ pt/RaviBrasileiro, escolher um valor e fazer o depósito via boleto que será enviada como link para seu e-mail.

Ravi Brasileiro em foto promocional do projeto “Cortinas Abertas”

Com a colaboração de Julia Bettega, Nicole Caroline, Nivea Nunes e Renata Aquino.

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C a s e d e Rp

Mariah Larissa empreende e conquista sucesso sxc.hu

Profissional mostra como as Relações Públicas podem auxiliar no sonho do próprio negócio Por Paula Almeida

A Relações Públicas Mariah Larissa Barbosa, de 38 anos, é também uma empresária de sucesso. Formou-se em Relações Públicas pela Universidade de São Paulo (USP) e há dez anos abriu a “Confeitaria Requintada” na cidade de São Paulo e hoje colhe os frutos de seu estudo e trabalho. Durante a faculdade, focou seus estudos na comunicação interna e na organização de eventos. Abrindo seu próprio negócio, pôde unir as duas áreas da comunicação com a administração, para qual diz que o curso em que é formada ajuda em muito. A Confeitaria não funciona para o público em geral, mas atendendo eventos sociais e empresariais. Utiliza totalmente a co8

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municação para captar clientes, recursos e atender bem. Hoje, conta com 15 funcionários, exercendo diversas funções como confeiteiros, garçons, atendentes e motoristas. O principal problema que Mariah enfrentou no começo foi o de angariar clientes. Segundo ela, “conseguir clientes no começo é a parte mais complicada, pois como mostrar que seu trabalho é bom quando no fundo você ainda não tem o que mostrar?”. Mas, após três anos, o retorno financeiro começou. Hoje, a empresa vai muito bem e trabalha apenas com preços tabelados. Segundo o Sebrae, esse é o período médio que uma micro ou

pequena empresa leva para dar retorno, portanto é importante planejar-se financeiramente para não ter surpresas na hora de pagar as contas. Deve-se levar em conta o capital inicial e principalmente o capital de giro, que é o responsável por manter o dinheiro circulando no negócio. No Brasil, foram abertas aproximadamente 651 mil novas empresas até maio de 2013. Num ambiente de tamanha concorrência a graduação em Relações Públicas, que forma o profissional para atuar em diversos mercados, foi o diferencial de Mariah. A Relações Públicas ressalta que indicações são de extrema importância e que para ter uma empresa de sucesso é preciso estar sempre dentro da lei, com alvará regularizado, escolher o ponto certo e acreditar no seu trabalho. “Nunca deixe que outra pessoa lhe rebaixe ou diga que o serviço é caro, pois só você sabe o quanto vale toda a sua especialização e formação”, aconselha Mariah. Outro conselho é que o recém-formado faça uma boa especialização, pois só com ela vai conseguir atingir o campo ideal. Durante a graduação, o estudante que escolhe as Relações Públicas tem contato com di-

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versas áreas e busca ser desenvolvido nele diferentes habilidades. Fotografia, televisão, rádio e eventos são exemplos de matérias práticas que agregam valor ao estudante e que lhe dão a possibilidade de direcionar sua vida profissional para diferentes caminhos, como no caso de Mariah. E prosseguindo nessa linha, Mariah Larissa não vai parar por aqui. Até o final do ano, vai abrir um estúdio de fotografia com uma equipe especializada, para agregar ainda mais valor para a empresa que já tem e mostrar que o Relações Públicas é um profissional completo.

O empreendedor Para Sergio Diniz, consultor do Sebrae-SP, o empreendedorismo é um conjunto de comportamentos e hábitos. “Antigamente, imaginávamos que o empreendedor nascia empreendedor, mas hoje sabemos que as características de um empresário de sucesso podem ser adquiridas com capacitação adequada”.

Com colaboração de Amália Mayer, Letícia Tacla e Simone Tavares.

Iniciativa, perseverança, capacidade de planejamento e liderança são as características principais que um empreendedor deve desenvolver.

10 PASSOS PARA abrir seu próprio negócio 1. Defina a natureza comercial e jurídica.

6. Solicite a sua inscrição na previdência social.

2. Realize consultas de imóvel, nome da empresa e sócios.

7. Obtenha o alvará de funcionamento.

3. Registre o Contrato Social.

8. Solicite senha para emissão de documentos fiscais.

4. Obtenha o CNPJ e a Inscrição Estadual. 5. Faça a inscrição municipal na prefeitura da sua cidade.

9. Procure outros órgãos como a

vigilância sanitária para cadastro.

10. Registre-se no seu sindicato.

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e v e n to s

agende-se! • Mês de Agosto Fala Egresso! Horário: 8h Local: Auditório - Escola de Comunicação e Artes Bloco Vermelho - Campus Prado Velho - PUCPR Informações: (41) 3271-2210 • 04 a 08/08 XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – INTERCOM 2013 Local: UFAM - Manaus - AM Informações: http://www.intercomanaus.com/brasil/ • 16 a 18/09 XIII Congresso Internacional de Relaciones Públicas y Comunicación Local: Hotel O’Higgins, em Vilã del Mar - Chile Informações: http://www.alarpchile.cl/congreso-xiii/

fique ligado Filme: Uma Manhã Gloriosa

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Tema: administração de vendas e marketing Sinopse: Chris Anderson usou do mundo dos filmes, dos livros e da música para mostrar que a internet deu origem a um novo universo, no qual a receita total de diversos produtos de nicho, com baixo volume de vendas, é igual à receita total de poucos produtos de grande sucesso. Por isso cunhou o termo 'cauda longa' para descrever essa situação, o qual tem sido usado pela alta gerência das empresas e pelos meios de comunicação no mundo todo. Nesse livro, Anderson mostra como chegamos a esse ponto e revela as enormes oportunidades que se originam desse fato, vislumbrando um futuro que está presente.

Fanpage: RP da Depressão

A fanpage RP da Depressão já é a segunda maior página da área profissional no Facebook. Nela, são publicados assuntos e imagens do cotidiano de um profissional formado em Relações Públicas, com o objetivo de tornar as informações que poderiam ser desinteressantes, em formatos engraçados e dinâmicos de se compreender. Dentre os conteúdos mais divertidos da fanpage, encontra-se: “como funciona a mente de um RP”, “significado das frases em TCC”, “o super RP”, “por que se casar ou não com um RP”, “As casas dos Relações Públicas” e vários outros conteúdos bem aceitos pelo público. Acesse: facebook.com/rpdepressao

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Gênero: comédia Sinopse: Becky Fuller (Rachel McAdams) é uma produtora de televisão que foi demitida de seu programa de notícias, mas consegue uma vaga para tentar levantar a moral de outro em uma nova emissora. O único problema é que para conseguir isso terá que fazer muitas mudanças, entre elas, convencer o premiado Mike Pomeroy (Harrison Ford) a apresentar matérias de moda, amenidades, de conteúdo fraco e, para piorar, ao lado de uma ex-miss Arizona (Diane Keaton), seu desafeto. Com pouco tempo para reverter a queda de audiência, Becky terá que se virar para driblar o humor de seu elenco, ser reconhecida profissionalmente e ainda viver um novo amor.

Livro: A Cauda Longa

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PUCpr

O bom filho a casa torna

Após ter concluído a graduação, Fernando Oliveira, conta sua experiência de ter voltado à instituição, dessa vez, atuando como colaborador ao invés de aluno Por Mariana Fraresso da Cunha arquivo pessoal

nos de Comunicação Social tiveram grande participação nesse projeto, atuaram como atores e produtores. No ano de 2012, ganharam o prêmio Aberje Regional Sul, na categoria "Comunicação de Programas, Projetos e Ações Culturais".

Fernando Oliveira, analista de marketing da PUCPR

Fernando Oliveira, 23 anos, jovem analista de marketing, graduado em Relações Públicas pela PUCPR, revelou que acha muito satisfatório trabalhar na mesma instituição em que se formou. Conta que seus amigos sempre o questionam em tom de piada: “Como você aguenta, continuar na Universidade, por tanto tempo?”. Mas, brincadeiras à parte, ele acredita que leva vantagem por ter familiaridade com seu público-alvo, afinal, fez parte desse universo há pouco tempo. Mesmo antes de concluir o curso, já almejava trabalhar na instituição. No en-

tanto, a vaga só foi conquistada um ano após se formar, quando foi chamado para participar da equipe. A paixão por seu trabalho não impede que as dificuldades apresentem-se em seu dia a dia. Em sua história de colaborador da PUCPR, Fernando também participou de vários projetos de destaque. Um deles foi a websérie “Apartamento 41” , produzida com a equipe da Gazeta do Povo e a agência de comunicação da PUCPR, a LINK. A série foi filmada e veiculada em 2011 e foi um grande sucesso. Os alu-

Outra parceria de sucesso com os alunos de Comunicação Social foi o flash mob realizado também em 2011, com o intuito de promover a feira de cursos. O projeto consistiu em uma apresentação da bateria da Associação Atlética Acadêmica de Comunicação Social (AAACS) na saída dos principais cursinhos curitibanos, chamando a atenção dos alunos para a divulgação da feira “Você faz a PUC e a PUC faz você”. Essa ação conjunta ajudou Fernando e sua equipe a cumprirem as metas de visitação da feira, estipuladas por seus superiores. Como dica aos futuros Relações Públicas, Fernando ressalta a importância de três competências básicas: saber relacionar-se e ter facilidade de lidar com o público, conhecer as ferramentas da comunicação e escrever bem. Com essas qualidades e um espírito proativo, os futuros profissionais da área devem ter uma carreira promissora em uma das vertentes da comunicação que estão cada vez mais valorizadas e bem remuneradas pelas empresas.

Com a colaboração de Amanda Costa, Gabrielle Mendes e Isabele Ribeiro

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mercado e tendências

Web: a Nova Faceta das Relações Públicas

Um novo panorama desenhou-se para a Comunicação. Agora, mais forte do que boas pautas e releases sempre peculiares, o trabalho acontece na web Por Emanuelle Brizola

Um exemplo do uso das novas mídias na atividade de Relações Públicas está na trajetória profissional da Relações Públicas Juliana Machiori, 26 anos, formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em 2009. Depois de graduada, fez um curso de gestão de mídias sociais e foi convidada para cuidar do relacionamento com os clientes e auxiliar na comunicação interna da própria instituição de ensino. Na sua opinião, os meios de comunicação online são as mais importantes disciplinas de Relações Públicas, dada a importância que a web

adquiriu nos últimos anos. Para ela, as redes sociais tornaram-se o novo centro de comunicação, sendo necessário realizar um trabalho de formação de imagem positiva que integre todos os meios onde a organização aparece.

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A ideia continua a mesma: comunicar de forma eficiente e positiva, alcançando o maior número possível de pessoas. Comunicar–se bem é essencial para um profissional da área de comunicação que busca destaque, mas não é só isso. O mercado web é uma grande tendência para os profissionais de Relações Públicas, e cada vez mais é preciso um profissional para fazer a interface entre os clientes e a organização, usando as redes sociais e a web de forma geral, seja com campanhas, páginas, e-mails ou outros recursos.

Juliana atua há sete meses na agência de internet PontoCom. A nova colocação profissional da relações públicas mostra uma outra tendência do mercado da Comunicação, que desempenha um importante papel no seu desenvolvimento: as agências especializadas em Web. De acordo com a Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), é importante monitorar as informações e mensurar os resultados para que a comunicação seja efetiva, avaliando

os resultados e fundamentando as respostas para uma melhor comunicação corporativa. A satisfação dos clientes envolve diversos fatores como o zelo pela qualidade dos serviços, a construção de parâmetros éticos de atuação e a valorização do profissional do setor. Estabelecer-se no mercado e conquistar mais consumidores é essencial para que as organizações se desenvolvam e se destaquem. Segundo Marcello Póvoa, sócio diretor da MPP Solutions, a internet está a todo vapor e quem não se estabelecer na web corre um grande risco de não ‘sobreviver’ ao mercado. Póvoa afirma que na “visão estratégica das empresas, está transparente como água que a sobrevivência a longo prazo depende da habilidade da empresa de participar da rede”. Em outras palavras, somente a boa reputação e o boca a boca não têm a força que a imagem na rede adquiriu nos últimos tempos. É preciso formatar outras formas de manter o público próximo, com informações precisas e atualizadas. O reforço da comunicação digital tornou-se de reputação, influência e conhecimento.

Com a colaboração de: Amadeus Muller, Bruna de Souza, Elias Bonfim, Luana dos Santos e Ravi Brasileiro.

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rp em imagens

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Graduandos de Relações Públicas realizam o evento Homenagem ao Colaborador no dia 14 de junho, executando na prática os conceitos adquiridos em sala de aula.

Alunos do 1º período de fazem a inscrição para o evento

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Laura Freitas e Giovanna Berg, alunas do 5º período de Relações Públicas, fazem a recepção do evento

Alunos do 1º período de Relações Públicas prestigiam o evento organizado pelo 5º período do mesmo curso

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Mestres de cerimônia Gabriel Abreu e Mariana Ventura na abertura do evento

Alunas de Relações Públicas organizam o coffee break para receber os convidados após o evento

Bruna Cabral entrevista a mestre de cerimônia Mariana Ventura após o evento

Por Emanuele Brizola, Luana dos Santos, Marina Pedroso, Mariana Pinton e Ravi Brasileiro.

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opinião

pesquisa: uma aliada das organizações

Aproximando a empresa do público-alvo, a pesquisa de mercado ganha importância nas organizações Por Larissa Pavin

José Zablonsky, professor da PUCPR, mestre e doutor, dá sua opinião sobre as pesquisas.

Ao alcance de pequenas e médias empresas, as pesquisas podem ser realizadas a partir de empresas terceirizadas e até mesmo dentro da estrutura organizacional ou por estudantes universitários, conforme a complexidade da pesquisa. O Relações Públicas é parte vital no processo de pesquisa de mercado, sendo um profissional com competência para executar essa ferramenta com sucesso. Marcos

Época propícia O período eleitoral é muito favorável para atuar na área de pesquisa de opinião. Como no Brasil temos eleições de dois em dois anos, o mercado é bem promissor. Indicador de tendências Hoje, as empresas precisam de dados relevantes e analisados para a tomada de decisões estratégicas. As pesquisas ajudam a entender o cenário, pensar o futuro e particularmente verificar as tendências.

Mariana Pinton

A Pesquisa de Mercado é uma ferramenta importante para as organizações em geral, desde as pequenas e médias até as grandes empresas, com o objetivo de proporcionar um conhecimento do mercado onde as empresas atuam ou pretendem atuar. Quanto maior essa noção de mercado atuante, melhor será o desempenho nesse negócio.

Percepção do consumidor A pesquisa de opinião é um instrumento muito importante para avaliar o clima organizacional e ajuda nas decisões estratégicas. Na área de pesquisa de mercado, o profissional de relações públicas busca levantar a percepção do consumidor em relação à marca e os serviços oferecidos pela empresa. A elaboração da pesquisa auxilia a selecionar as questões/temas que são pertinentes para compreender a percepção do consumidor em relação a marca e colabora na analise e nas recomendações.

Tomada de decisões Primeiro gostar de pesquisa de opinião, conhecer estatística e ter uma boa compreensão do mundo. Exige um cuidado com os dados que são determinantes para a tomada de decisão e suas recomendações são decisivas.

Marcos José Zablonsky,é professor na PUCRPR. Possui experiência na iniciativa privada na área de Comunicação, com ênfase em Relações Públicas e Marketing. Bacharel em Comunicação Social - Relações Públicas, especialista em Administração de Marketing Avançado, mestre em Educação, na área de concentração em Pensamento Educacional Brasileiro e Formação Docente. Consultor na área de marketing e gestão de matriculas em IES. Doutorando na PUCPR em Politicas Públicas Educacionais.

Com a colaboração de Mariana Pinton e Marina Pedroso

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at u a l i d a d e s

Todo Mundo

Precisa de um RP

A partir da demanda do público, agência muda sua abordagem e se torna referência para profissionais da área e futuros profissionais usando o Facebook por Danieli Castioni

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estão agendados eventos com participação de Guilherme em Goiânia e Salvador.

Para um bom Relações Públicas, planejamento estratégico é fundamental

Pessoas inquietas e questionadoras sempre alcançam bons resultados. Há vários exemplos e não foi diferente com Guilherme Alf, fundador da Todo Mundo Precisa de um RP. A ideia inicial foi abrir uma agência de Relações Públicas, mas a partir daí a agência foi percebendo o que os clientes necessitavam e a iniciativa foi tomando outros rumos.

que deu atenção à demanda por saber mais sobre a profissão por parte dos profissionais de RP e também futuros profissionais. Com o sucesso da página – com 4.901 curtidas – e os convites para ministrar palestras para universitários e novos profissionais de RP, Guilherme passou a acumular a função de gestor de redes sociais com o atendimento a seus clientes da agência..

Guilherme considera que em 2006 tornou-se oficialmente um Relações Públicas com a sua graduação, mas que na verdade sempre foi um. Adora se relacionar com as pessoas, trocar ideias e experiências. O diferencial surgiu com a página criada (facebook.com/todomundorp),

“O principal resultado foi a mudança do nosso DNA. Abrimos uma agência de RP para atender clientes e acabamos virando uma agência de RP para RPs”, relata Guilherme. A página acabou virando uma “referência” na área, foi lançado o vlog e os convites têm surgido de todo o Brasil. Já

“O principal resultado foi a mudança do nosso DNA. Abrimos uma agência de RP para atender clientes e acabamos virando uma agência de RP para RPs” Em relação à página, Guilherme teve a sensibilidade de entender as necessidades de seu público e levar suas atividades para o rumo certo. Gerar conteúdo sempre foi uma paixão para Guilherme, bem como levar informações para as pessoas. Se tudo der certo, no futuro vai se dedicar só a isso, mas por enquanto ainda precisa dar atenção aos seus clientes, os responsáveis por pagar suas contas no fim do mês. Com a colaboração de: Fernanda Sawczyn, Leandro Couto e Natasha Shalders. RPEMFOCO

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