| AVIAÇÃO |
Foxtrot! O Gripen F é a variante biplace do Gripen de nova geração em desenvolvimento para a Força Aérea Brasileira para realizar as missões de conversão operacional dos seus futuros pilotos. Mas outras missões poderão ser incluídas como a guerra eletrônica e o ataque eletrônico, abrindo ainda mais a sua atuação no cenário de combate do século 21 João Paulo Moralez
programa binacional Brasil-Suécia para o caça Saab Gripen E/F já está trazendo vários dividendos para a Nação. Na parte de desenvolvimento do programa e da produção industrial, o País produzirá a fuselagem dianteira do Gripen E (monoplace) e Gripen F (biplace), o caixão das asas, a fuselagem traseira, os freios aerodinâmicos e o cone de cauda. Serão ao todo mais de 350 engenheiros brasileiros treinados, cerca de 1 milhão de horas de desenvolvimento apenas pela Embraer, em torno de 900 voos de testes e a criação do Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen no Brasil (GDDN), este já inaugurado em novembro de 2016 e que até o momento
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possui 120 funcionários, sendo quase a totalidade de brasileiros. Atualmente, mais de 170 engenheiros brasileiros já foram treinados na Suécia e, do total dos caças adquiridos, 28 Gripen E e oito Gripen F, 15 serão integralmente montados no País com mão-de-obra nacional. Na parte de transferência de tecnologia estão áreas específicas como fuselagem; sistemas veiculares; industrialização de fuselagem; engenharia de manutenção; ensaios em voo; produção e qualidade; e sistemas táticos e armamentos. Além de todo esse pacote de cooperação e transferência de tecnologia, o Brasil possui participação ainda maior no Gripen F. Sendo o primeiro e, até agora o único operador dessa varian-
te, vai trabalhar nas modificações e desenvolvimento para a adição do assento traseiro no cockpit; no sistema de oxigênio; na instalação de telas e comandos; na adaptação do sistema de energia elétrica; no redesenho da extensão da fuselagem dianteira e da seção das tomadas de ar; e no rearranjo da aviônica e das instalações elétricas. Os trabalhos no sistema de controle ambiental; interface do piloto com os aviônicos e as telas; sistemas de oxigênio; e de assento ejetável também estão sendo desenvolvidos no Brasil, assim como os estudos de elasticidade e de cargas. Em termos operacionais, é fato que o Gripen está introduzindo conceitos e tecnologias que impactarão diretamen-