Pantsir para o Brasil, o fim da novela

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13/02/2017

PANTSIR para o Brasil, o fim da novela. ­ Noticias Infodefensa América

AMÉRICA | Defensa Infodefensa noticiou em outubro de 2015 o cancelamento dessa compra.

PANTSIR para o Brasil, o fim da novela.

14/02/2017 | São Paulo

Roberto Caiafa

Em outubro de 2015, um documento publicado no Diário Oficial da União (publicação do Governo Federal) informava sobre o cancelamento dos fundos ou recursos destinados para estudar, avaliar ou testar o sistema de defesa antiaéreo Pantsir, fabricado pela KBP Instrument Design Bureau . Então uma sugestão de aquisição "governo a governo", essa compra começou a definhar com a deposição do governo Dilma Rousseff, e a nota publicada na revista semanal VEJA há alguns dias reconfirmou e o cancelamento da compra, algo noticiado por Infodefensa ao final de 2015. Na ocasião, Infodefensa demonstrava a insatisfação das Forças Armadas brasileiras com uma escolha de cunho unicamente político e que, entre outros óbices, traria consigo desvantagens estratégicas como a falta de transferência de tecnologias associadas (especialmente dos códigos IFF, guiamento dos mísseis e integração/transmissão de dados entre posto de comando e bateria de mísseis). A compra de um sistema "caixa preta" com acentuada dependência do fornecedor, uma empresa baseada em um País alvo de sérias sanções diplomáticas e econômicas por parte da comunidade internacional(e que ainda continuam), também foi outro fator de risco considerado. Como Infodefensa questionou a época, o sistema Pantsir não atendia a questão da aerotransportabilidade, sendo baseado em caminhão 8x8 pesado, o que o tornava incapaz de ser embarcado em navios da Marinha do Brasil ( O Corpo de Fuzileiros Navais poderia ser um dos usuários) ou nos transportes da Força Aérea Brasileira. Até mesmo seu deslocamento por terra, em autoestradas, se tornaria um problema devido ao seu peso, massa concentrada e tamanho avantajado. Portanto, para o Exército Brasileiro, envolvido com o Projeto Estratégico Defesa Antiaérea, o Pantsir era uma carta fora do baralho. Desde o início, ficou claro que os militares brasileiros nunca desejaram o sistema Pantsir. A época, os comentários nos corredores do Ministério da Defesa apregoavam que sistemas mais capazes (e pesados) como o S­400 ou o novíssimo S­500 é que deveriam ser analisados, em caso da compra de material de origem russa se concretizar. Na atualidade, o PEE Defesa Antiaérea anota entregas de mísseis SAAB RBS 70 V/SHORAD, blindados SPAAG KMW Gepard IA2, novas unidades de MANPADS IGLA­S e algumas ações pontuais de recuperação do cansado material de tubo em 40mm e 35mm. Para a faixa de média altura, diferentes empresas brasileiras, associadas com parceiros estrangeiros desenvolvem sistemas antiaéreos que apresentam como principais características a transportabilidade pelo ar, modularidade de componentes, radar sólido do tipo AESA associado com sistemas de guiamento conectados através de link digital robusto e protegido, e mísseis de alto desempenho, compactos e preparados para disparo a frio direto de sua rampa de http://infodefensa.com/latam/noticias.php?noticia=22047&previo=1

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