Zelo 51

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Exclusivas

LUXO EM EDIÇÃO LIMITADA

25 residências

1 por andar

4 suítes / 264 m2

3 vagas de garagem

Rua 148, ST. MARISTA

PERSPECTIVA ILUSTRADA DA SUÍTE MASTER

ESQUINA ENVIDRAÇADA DE 90º NA SUÍTE MASTER

VISTA ARBORIZADA

DEFINITIVA COM

SOL NASCENTE

AMPLAS ESQUADRIAS QUE INTEGRAM A PAISAGEM AO AMBIENTE

GOURMET COM

PISCINA PRIVATIVA

MOBILIÁRIO ASSINADO NA ÁREA COMUM

O FASCÍNIO DE UM EDIFÍCIO-ARTE INSPIRADO EM MILÃO

PERSPECTIVA
PISCINA
Gerador para 100% do empreendimento (áreas comuns e privativas)
Vaga verde: Ponto de energia para carregamento de carro elétrico (uma por apartamento)
Varanda gourmet com churrasqueira a carvão e bancada com cuba

DIRETORA EDITORIAL

Rosângela Motta

DIRETORA EXECUTIVA

Ângela Motta

EDITORA

Hannah Motta

EDIÇÃO

Hannah Motta

Alice Galvão

REPORTAGEM

Allan David

Ana Cláudia Rocha

Giovana Andrade

Hannah Motta

Loren Milhomem

Lucas Pereira

Tati Rocha

Thiago Queiroz

FOTOGRAFIA

Cristiano Borges

Edgard César

Fabricio Cardoso

João Augusto Oliveira

João Carlos

Kant Rafael

DIAGRAMAÇÃO

Mateus Feitosa (Freeesh!)

TRATAMENTO DE IMAGENS

Joãozimar Oliveira

REVISÃO

Fátima Toledo

ESTAGIÁRIO

Adan Neto

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Astero Motta (JP - 2233)

ZELO EM BRASÍLIA

Kell Motta (61) 99915-5115

ASSESSORIA JURÍDICA

Andressa Mota - OAB-GO 69.652

IMPRESSÃO

Gráfica Formato

Mota Editora Ltda

CNPJ 02.589.924/0001-09

Telefones: (62) 3259-6510 / (62) 98501-0333 www.revistazelo.com.br redacao@revistazelo.com.br Av. T-63, 1.296, sala 307, Edifício New WorldSetor Bueno, Goiânia - GO CEP: 74230-100

A Revista Zelo não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas colunas e artigos assinados por seus colaboradores e não tem vínculo empregatício com nenhum deles.

Maioridade

Como era o mercado de luxo no Brasil há 18 anos, quando a primeira edição da Zelo foi lançada? Seria possível prever a longevidade de uma publicação voltada a um segmento tão específico? Fazer uma revista é, antes de tudo, um exercício de olhar. É escolher o que merece ser visto, ouvido, sentido — e, por que não, lembrado. Quando a Zelo nasceu, há 18 anos, este era o desejo: enxergar a cidade com delicadeza, inteligência e profundidade. Revelar o que crescia aqui sem perder a pulsação da beleza, da criatividade e da força.

Ao longo desses anos, atravessamos tendências, inovações e transformações. Mas seguimos firmes em algo que nunca mudou: a crença de que o conteúdo impresso ainda tem lugar, sim, quando é feito com verdade, cuidado e curadoria. Esta edição reafirma o pioneirismo e a capacidade de adaptação da Zelo, sempre pronta a oferecer as melhores soluções aos clientes e manter uma curadoria editorial impecável.

Na capa, o destaque é o Art Déco. Fotografamos monumentos que dominam a paisagem urbana e celebramos um estilo arquitetônico que completará 100 anos em 2025. O tema é potente e preenche com vigor as páginas deste número.

A Zelo chega à maioridade com a leveza de quem aprendeu muito e o frescor de quem ainda tem muito a dizer. Somos uma revista feita por muitas mãos, são jornalistas, fotógrafos, designers, colaboradores, colunistas, leitores e parceiros, mas com uma só alma: a de valorizar o que Goiás tem de melhor. Como mostra esta edição comemorativa, nos consolidamos como a mais importante e confiável revista de lifestyle de Goiás. Isso graças a uma equipe que acredita no jornalismo de qualidade, em textos bem escritos, imagens interessantes e excelência gráfica.

Neste aniversário, mais do que celebrar o passado, celebramos a constância, a continuidade, a permanência. Seguimos atentos às mudanças do nosso tempo, mas fiéis à nossa essência: promover encontros entre pessoas, ideias e projetos que merecem ser notados.

Entre as matérias desta edição, o destaque vai para a diversidade de pautas — nossa marca registrada — e de personagens. É gratificante ver tantos rostos conhecidos e personalidades tão competentes reunidos em um único número: o presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-GO, Marcelo Baiocchi; a gerente de Empreendimentos da Consciente Construtora, Camila Inácio; Rildo Lasmar, referência em odontologia; o estilista Ronaldo Fraga, que inaugura um espaço multicultural na Cidade de Goiás, entre tantos outros. Por fim, obrigada a quem caminha conosco. Que venham muitos outros anos de páginas bem vividas.

Ângela Motta Hannah Motta
Rosângela Motta

Colaboradores

FEITOSA @MATEUSFFEITOSA DESIGNER ANA CLÁUDIA ROCHA @ANACROCHA64 JORNALISTA LUCAS PEREIRA @OUTLUCAS JORNALISTA

MARCUS ORRICO @MARCUSORRICO COMUNICAÇÃO DIGITAL

THIAGO QUEIROZ @THNQUEIROZ JORNALISTA

CARLOS @JOAOCARLOS84 FOTÓGRAFO

DAVID @ALLANDAVIDBH JORNALISTA KELL MOTTA @KELLDAMOTTA FOTÓGRAFA GIOVANA ANDRADE @ANDRADESGIO JORNALISTA LOREN MILHOMEM @LORENMILHOMEM JORNALISTA

GALVÃO @ALICEGALVAOGYN JORNALISTA ASTERO MOTTA @ASTEROFONTENELLE JORNALISTA

PEDRO MOTA @PEEEDROMOTA COMUNICAÇÃO DIGITAL TATI FERNANDES @TATIFERNANDESR JORNALISTA

NETO @ADDANS_ ESTAGIÁRIO FÁTIMA TOLEDO @MFATIMATOLEDO03 REVISORA

Jessika Alves e Vitória Lima foram fotografadas por João Augusto de Oliveira, com beleza assinada por João Pedro e styling de Jéssica Teixeira

Sumário

LEGADO

No ano em que Antônio Poteiro faria 100 anos, Zelo apresenta sua arte simples, que segue ensinando sobre diversidade e cultura

SABER

Ronaldo Fraga cria centro cultural multifuncional na Cidade de Goiás em antigo cabaré que será restaurado

MERCADO IMOBILIÁRIO

Na Consciente Construtora, Camila Inácio lidera nova visão sobre construções de alto padrão

HISTÓRIA

Zelo completa 18 anos e revisita sua trajetória em um olhar atento e sensível ao tempo

PATRIMÔNIO

Goiânia guarda 22 prédios tombados do Art Déco, o maior acervo do estilo arquitetônico no Brasil

ESTILO

Em editorial de moda, o centenário do Art Déco é destaque com beleza, história e arquitetura

AUTÓDROMO

Após 40 anos, MotoGP volta a Goiânia trazendo ao Brasil o principal campeonato de motovelocidade do mundo

ARQUITETURA

CasaCor Goiás 2025 propõe jornada sensorial com o tema “Semear Sonhos” em mostra no Marista. Confira os destaques

SERVIÇO

Marcelo Baiocchi fala sobre o papel do Sesc, Senac e Fecomércio na economia e no bem-estar coletivo

Ursos Pardos e Poemas Duvidosos

Estou há dez minutos olhando fixamente para uma tela na parede do escritório e a descrição da imagem (ou imagens) é completamente nonsense: resumindo, no alto, um casal de crianças, representadas sobre um painel de cerâmica de andorinhas de Athos Bulcão, sincroniza um cuspe esticado enquanto um garoto, à esquerda, escala um portal se apoiando nos braços e pernas; na parte inferior, uma garota usando branco faz mira com um bodoque e, um pouco à direita da tela, uma mulher com os seios à mostra gargalha segurando uma garrafa de cerveja com a mão direita, usando short tipo samba-canção amarelo com bolas vermelhas, chinelas de tira no braço e, com a mão esquerda, abraça um urso pardo de pé; o fundo é bege, com várias pinceladas acidentais e algumas pelotas de tinta a óleo. A autora é uma premiada artista de Brasília, Camila Soato. Sua estética mais confunde do que explica; a “sujeira” e os “ruídos” da tela remetem tanto a um lugar extremamente doméstico quanto te arremessam para o sonho mais estranho que jamais teve. Para mim, tudo é reconfortante exatamente porque é imperfeito e sofisticado ao mesmo tempo. Ela mesma define – mas não reduz – seu trabalho como uma estética da fuleiragem. Desvio o olhar e só me ocorre o quanto podemos divagar em pensamentos. Essa – e outras – pintura(s) só ilustra(m) a construção da imaginação.

Estamos muito distraídos e, consequentemente, pouco concentrados. Talvez seja consequência do excesso de fragmentos de existência: imagens, ideias, textos, tudo fragmentado para caber num átimo de cognição e ser deixado para trás, imediatamente, em seguida. Os olhos mal cumprem seu papel de definir a imagem e o cérebro já nos compele a procurar a próxima. O que foi deixado para trás não importa, é passado, mesmo que esteja há um zeptosegundo da sua percepção. Enquanto isso, um ou outro registro mental absolutamente necessário será igualmente descartável.

Eis que me peguei pensando na sorte; tanto pensei que me distraí com o acaso.

Parei pra pensar no mundo, no que fazemos nele e dele, recuei e despensei, se é que é possível apagar um pensamento já pensado. Talvez o destino do mundo não seja suficientemente interessante pra que dediquemos

Arte: Camila Soato, 2024

tempo em elucubrações. Talvez eu possa tentar outro tema: a felicidade! Esse, sim, é um baita de um tema pra se dedicar tempo elaborando um raciocínio. Acontece que me enviesou de novo o pensamento sobre sorte e, já sabem: me distraí com o acaso. O acaso, de tanto se impor em pensamentos, demandou organização. Tentei encaixá-lo na caixinha da ilusão e logo percebi o erro. Segui com aquilo a tiracolo e foi ficando pesado; apenas larguei ali, na senda que liga minha imaginação ao meu tímpano esquerdo. Percebi, enquanto isso, que havia passado pela mente um tanto de sortilégios e suposições; uma reflexão brevíssima e a constatação da necessidade de ir adiante. Mas o que é esse adiante que nunca chega? Vai-se como?

Bate em mim um súbito interesse pelos pensamentos lógicos e no quão resolutivos eles podem ser. Saio, num piscar, da angústia ao alívio. A distração pode ser tóxica qual o tédio do ócio. Opa, mas conheço uma receita para isso: a poesia. Se fosse aviada, prescreveria preenchimento, provocação, prazer. Mas, sabemos, em alguns o efeito é outro: vazio, apatia e amargor. Ocorreu-me um poema semiromântico de minha lavra:

Tem o sim

Mas tem o não; tem o talvez

Tem o instante e tem o sempre

Tem também o amor.

Mas será que talvez tem o sempre no instante do não dizer sim ao amor?

Sobre o poema, muito obrigado. E mil desculpas.

E sobre o urso da tela, de pé ali, se deixando abraçar por aquela garota seminua? Era sobre o acaso? Sobre a sorte? Sobre o tédio? Sobre a distração? Sobre o tempo ido? Sobre o hoje? Sobre coisa alguma? Sim, porque um urso pode ser apenas um urso sem propósito, mesmo que esteja sendo abraçado numa tela cheia de outras informações visuais.

Tenho que seguir com a dúvida, apesar da acuidade visual e, principalmente, da poesia.

Sandro Tôrres é artista e poeta

A felicidade não é para covardes

Nascer é uma aventura épica.

É sair de um útero protegido e conhecido rumo ao planeta Ar repleto de novidades e desafios. Sim, ao vencê-los, você poderá descansar um pouquinho. No entanto, pode escrever aí: outros aparecerão.

Ok. Então, podemos dizer que nascemos todos os dias? Claro.

Nascemos novos e em um mundo diferente todos os dias. Mas fique esperto! Carregar tristezas do passado ou expectativas pelo futuro, o tempo todo, é não estar no mundo-presente-que-é-novo. Por outro lado, abrir os olhos pela manhã com o desejo de existir (sem apenas se repetir) é ter a coragem de inventar.

Mas a gente nasce para viver ou para morrer, afinal? Para os dois. Viver intensamente e morrer se despedindo de uma vida bem vivida. Ah, tem mais sobre o nascimento: chegamos ao mundo nus em pelo.

Bem rapidinho colocam uns panos em volta do nosso corpo desprotegido para que a morte pelo frio não nos ameace. Depois desse primeiro momento, passamos a vida em busca de paninhos para nos proteger ou, no mínimo, para nos esconder.

Esses “paninhos-protetores” vão desde os braços, o olhar, a voz das pessoas que nos amam, aos objetos que nos protegem e trazem conforto material e social, como dinheiro, casa, carro – e até às tecnologias, como os celulares, que complementam o nosso corpo nos dando potência vinda de fora.

Só que, agora, vou te dizer o que pode parecer ser a coisa mais esquisita do mundo: o inconsciente também está do lado de fora da gente. Desde a vida pré-natal, aprendemos muito com tudo o que nos rodeia e fazemos um download em nosso cérebro para uso posterior. Essas informações são de utilização automática, não percebemos que são elas que conduzem nossas interpretações e escolhas.

Se agimos pelo que não sabemos que sabemos, os nossos

movimentos cotidianos são o inconsciente de cada um escancarado para o mundo, mostrando a cada passo que damos quem somos e o que queremos. Assim fazendo, como diriam nossos avós, somos os últimos a saber que somos traídos – por nós mesmos. Esta é a novidade aqui.

Mas quem é que presta atenção nisso?

A psicanálise presta muita atenção. E, acreditamos, nos dá a coragem para ficarmos nus sem tentarmos usar paninhos para nos cobrir e dando conta de inventar rotas a cada amanhecer. Ora, o risco nem é tão grande assim, já que o grande prêmio é o próprio viver. E viver bem.

Imagine nascer por meio das palavras, nascer novamente, topando o risco da aventura pelo encontro e desencontro com o leitor. É de assustar? E de comemorar!

Hoje compartilhamos com você, nosso leitor, o lançamento/ nascimento de um livro que é uma prova da coragem de inventar e de um encontro na vida, o de Valéria Belém com Luciene Godoy. É também um convite a voos e mergulhos em você e no mundo em que vive. Que mundo? O século 21, depositário das maiores riquezas – e dos maiores desafios de bem administrá-lo, é verdade –que todas as gerações anteriores do sapiens nos fazem herdeiros, da Idade da Pedra à Inteligência Artificial.

Afelicidade não é para covardes, livro feito a quatro mãos, ajuda a embarcar em uma deliciosa viagem pelos novos itinerários para nós conquistados.

Você já está nela, agora trate de USUFRUIR!

Luciene Godoy é psicanalista, pesquisadora e escritora (@lucienegodoy_)

Valéria Belém é psicanalista e escritora (@belemvaleria)

Foto: Ferbugs - Pexels
Ambiente Refúgio da Vindima Casa cor Goiás 2025
Por Studio Reis

PARAELES

O inverno chegou

O inverno está entre nós. E algumas tendências apontadas pelas grifes nos desfiles masculinos 2025 para a temporada podem ajudar a escolher os melhores looks para a estação. IM Men, Pronounce, Dolce & Gabbana, Louis Vuitton, Calvin Klein e Campillo, por exemplo, concordaram que monocromático não é sinônimo de monótono, com uma paleta de metálicos e acinzentados, passando por terrosos e amarronzados, até o bege e o rosa suaves, com sapatos e complementos nos mesmos tons.

A alfaiataria reina, inclusive, em composições denim, que aparecem muito, assim como as peles fake roubam a cena tanto nas sobreposições quanto nos detalhes. Ainda vieram com tudo as calças pregueadas, as golas altas, o veludo, as lapelas de jaquetas e agasalhos com texturas e cores, o xadrez e o perfume setentista, que retorna com uma proposta mais normcore e até officewear, mas com acessórios que fazem a diferença. São possibilidades que permitem experimentações aos mais variados estilos.

Florals? Not just for spring

Alegre, frutado, jovial, fresco, a essência do floral. “Le Beau Flower Edition”, de Jean Paul Gaultier, é a grande novidade aromática do ano para homens. Com perfil frutado, a composição abre com a nota fresca de quincã, seguida pela delicadeza da folha de violeta no coração. No fundo, o cashmeran confere uma base suave e envolvente, criando uma essência leve e refinada. Irresistível! !

Tênis sujo

LV Pre-Fall 2025

A LV deu start globalmente na sua coleção masculina Pre-Fall 2025, assinada pelo cantor Pharrell Williams. A proposta parte da ideia de um itinerário estiloso entre Paris e Miami e tem inspiração na era de ouro das viagens marítimas, além de uma pegada que evoca a vibe calorosa de Miami Beach. Um convite ao lifestyle do viajante moderno, aquele que entende que desfrutar da jornada é tão importante quanto o destino. O primeiro capítulo da nova linha traz a alfaiataria clássica e o sportswear sartorial, em referência direta ao dress code dos cruzeiros. Seguindo a estética náutica, a paleta evoca tons do pôr do sol refletido no mar, unindo elegância e conforto em silhuetas contemporâneas. Já o segundo mergulha no visual praiano e dos resorts de Miami, onde casualidade e sofisticação se encontram.

A Nike acabou de lançar o “Dirty Triple White”, uma edição especial do Air Force 1 que pode até parecer um par branco básico do clássico. O segredo está na superfície do calçado, que esconde camadas, digamos, especiais. Conforme o material externo se desgasta ou é removido, novas texturas e detalhes surgem, revelando um tênis totalmente novo. É uma experiência visual que se transforma com o tempo. Sua aparência envelhecida vai se tornando limpa e renovada de acordo com o uso e as lavagens. A ideia da gigante americana de sportswear é mostrar que os sinais do tempo não são um problema. Recém-lançado nos Estados Unidos, ainda sem previsão de chegada ao Brasil.

Les Années

Folles

OArt Déco completa 100 anos em 2025. Influenciado pela industrialização e pelas vanguardas modernistas, o estilo se espalhou por setores como arquitetura, automobilismo, design e moda.

Na década de 1920, com a ascensão feminina na sociedade, a moda ganhou novas formas, os espartilhos foram deixados de lado e surgiram vestidos retos, como os “tubinhos” de Coco Chanel. Joias, pérolas, franjas, estampas geométricas e cortes estruturados definiram a estética da época. Foi nesse cenário, por exemplo, que o corte baguete de diamantes tornou a Van Cleef & Arpels uma referência da joalheria.

Cem anos depois, marcas como Fendi, Moschino, Erdem, Jil Sander e Dolce & Gabbana revisitam o legado dos “loucos anos 20” com releituras contemporâneas do Art Déco em suas coleções.

Adan Neto
Fendi Primavera/Verão 2025
Jil Sander Outono/Inverno 2025
Dolce & Gabbana Primavera/Verão 2025
Erdem Primavera/Verão 2025
Catálogo de peças Van Cleef & Arpels de 1922

ZATELIER

Cerrado

Hello New York

Após sua estreia na New York Fashion Week, a marca Kennzai, da estilista goiana Bel Zaiden, se prepara para um novo momento. A coleção de estreia apresentou uma proposta conceitual que evoca as raízes arquitetônicas da designer. Agora, as peças ganham versões mais usáveis para o dia a dia, sem abrir mão da identidade moderna e estruturada da linha, que em breve estará disponível no site da marca, com envios para o Brasil. A produção será feita em tiragem limitada, reforçando o compromisso com a geração mínima de resíduos, já que a sustentabilidade é um dos pilares essenciais da Kennzai. No Instagram: @kenzzai.nyc

Cacos

Karine Brasil, que comanda sua marca homônima em Goiânia, acaba de lançar a coleção “Cacos”. Por meio de uma abordagem artística e simbólica, a designer de joias reutilizou fragmentos de cerâmica de seu ateliê para desenvolver as peças. A intenção é instigar a reflexão, por meio da arte e da moda, sobre a importância de ressignificar momentos e construir oportunidades únicas. Colares, gargantilhas, braceletes e pulseiras são apresentados em tons de vermelho, que remetem às explosões vulcânicas e à constante movimentação do magma terrestre, além de nuances de verde, que evocam as formas de vida dos fungos. Mais informações em @karinebrasildesign

A designer de calçados Fernanda Toledo comanda a direção criativa da Design Floresta, marca de calçados autorais, veganos e feitos sob medida. Os modelos, que são inspirados na diversidade do Cerrado goiano, conquistaram as principais semanas de moda internacionais, como a Paris e London Fashion Week. Em entrevista exclusiva, ela detalha o surgimento e valores que moldam a marca. Veja:

Você é arquiteta de formação. Como foi o processo de migrar de profissão e se aprofundar no universo da moda?

Trabalhei por 21 anos com arquitetura e durante esse período tive a oportunidade de dar aulas como professora convidada no curso de design da PUC-GO, quando me apaixonei pelo desenvolvimento de produtos. A escolha de calçados se deu porque nunca gostava de nenhum sapato e sempre queria andar descalça, eles me incomodavam demais. Matriculeime no curso de sapataria do Senai, em Goiânia, e assim surgiu a Design Floresta.

Como você busca representar o Cerrado em suas peças?

Cresci correndo descalça nos córregos do Cerrado; para mim, essa sempre foi a minha maior inspiração. Mesmo na arquitetura, sempre tive uma ligação muito forte com esse lugar da minha infância. A inspiração veio sempre da natureza, porque eu acho que nela temos as respostas para todas as nossas questões, tanto na forma como na função.

O veganismo e a sustentabilidade são alguns dos princípios da marca. De onde surgiu esse propósito e como você busca executá-lo?

Buscamos usar componentes que se decompõem na natureza para não gerar lixo, porque o produto precisa ter um ciclo de vida que o torne sustentável tanto para o planeta quanto para a própria marca. Sendo assim, a maior parte dos nossos calçados é produzida por encomenda. Não temos grandes estoques, assim evitamos desperdícios. Fazemos parte do conceito slow fashion. Também não usamos nenhum componente animal e nenhum tipo de metal. Queremos contribuir para a harmonia do meio ambiente.

Mais em @designfloresta.

Foto: Marina Faria
Foto: Luis Facina

Comemoração

A maioridade e o tecido do tempo

Celebrando seus 18 anos, a Zelo faz uma retrospectiva sobre sua trajetória e o compromisso de criar, propor e deixar sua assinatura no mercado editorial goiano contando histórias de relevância com sensibilidade e estilo

Quando a paixão por contar histórias se torna a própria história. Quando palavras reunidas formam um espaço de diálogos. Quando o rascunho de um projeto impresso resulta na materialização de identidade e autenticidade. Quando o olhar atento à realidade se pauta pela sensibilidade e a capacidade de reconhecer lutas e conquistas. Ao completar 18 anos, capitaneada pelas sócias-fundadoras e irmãs Ângela e Rosângela Motta, a Revista Zelo olha para trás com um sentimento de nostalgia boa, de quem tem no seu passado o seu principal propulsor, a essência que anda de mãos dadas com a curiosidade pela transformação.

O sentimento também não deixa de ser de gratidão por ser hoje um dos maiores veículos jornalísticos de Goiás, trazendo informação acessível e de qualidade, além de contribuir para a perpetuidade das publicações impressas na era digital com dedicação e cuidado. Lançados em 2006, a revista e o portal Zelo se tornaram referência no mercado editorial goiano, deixando a sua marca por meio de um apurado compilado de matérias sobre arte, cultura, comportamento, moda, viagem, política, arquitetura e decoração, gastronomia e outros temas de relevância, sempre pertinentes e atentos à realidade. Uma

preocupação que as suas diretoras compartilham é de se manterem conectadas às inovações, sem deixar de lado as tradições que melhor traduzem a goianidade, com estilo, leveza, ética e comprometimento com a verdade.

A moda e as artes dão cor e vida às páginas da Zelo, que sempre buscou dar rosto, voz e nome aos expoentes das mais variadas expressões artísticas e da cultura goiana. Editoriais que reuniram e impulsionaram grandes talentos fashion, lançaram e anteciparam tendências, e ditaram o rumo do comportamento de moda do público. Os maiores nomes das artes plásticas compartilharam sua intimidade criativa em entrevistas exclusivas, a exemplo de Siron Franco, Dalton Paula, entre outros, pintando a importância da arte para preencher a vida.

Os principais spots da cidade, os points e redutos culinários imperdíveis, com o toque pessoal de mestres da gastronomia local e do País, como Ian Baiocchi, Alex Atala, Henrique Fogaça, Junior Marinho. Os melhores destinos de viagens, com roteiros e dicas diversas para todos os gostos e estações do ano. Personalidades, estrelas da mídia, astros da música, criadores e contadores de histórias, relatos de superação, iniciativas pioneiras

e marcos históricos se conectam ao desses quase 20 anos em mais do que editorias de uma revista, mas em encontros que privilegiam quem tem algo a dizer.

Com ampla cobertura das principais mostras de arquitetura e decoração do Estado, foi criado o Casa Zelo, caderno especializado que se tornou referência no tema, pelo qual já passaram os maiores profissionais do mercado goiano, arquitetos e designers de renome nacional e internacional, e toda uma geração de novos talentos. Ao dar visibilidade a pessoas e eventos, a Zelo tem se dedicado ao fortalecimento da conexão entre indivíduos e suas comunidades, o que ressoa em compartilhamento e pertencimento.

Machado de Assis eternizou que “o tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo” e nos entregou uma das mais sensíveis observações sobre as fases da vida e suas possibilidades. Ao chegar à maioridade, a Zelo dá continuidade, com respeito pelo que escreveu até aqui e disposição para todas as páginas que ainda tem a redigir, seguindo seu compromisso de criar, propor, experimentar e deixar sua assinatura nesse grande tecido que, daqui de onde olhamos agora, é o futuro até se tornar o presente. *

Goiânia, capital do

Art Déco

Cidade abriga o maior conjunto arquitetônico do estilo no Brasil, com 22 imóveis tombados e campanha comemorativa pelos 100 anos do movimento francês

História
Ana Cláudia Rocha
Foto: Walter Folador / Júnior Guimarães

Por ter sido construída no ápice de um movimento modernista, Goiânia é conhecida como capital brasileira do Art Déco, estilo que nasceu na França há 100 anos. A Capital ganhou importância nacional com seus prédios públicos erguidos no entorno da Praça Cívica seguindo os traços do Art Déco, que logo se tornou a linguagem arquitetônica também de igrejas, escolas, hotéis, monumentos e residências. Boa parte do acervo foi demolida, mas ainda há concentração de bens no Centro da cidade e em Campinas, com ambientes eminentemente déco.

Na década de 1910, já havia edificações neste estilo na França. Mas foi a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris em 1925, que marcou o seu auge. Em Goiás, o Art Déco representa a transição da arquitetura colonial

da antiga capital para a modernidade do século 20. “Surgiu durante a Marcha para o Oeste, sob o governo de Getúlio Vargas”, contextualiza Renata Barros, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás. “Empregando formas geométricas, linhas elegantes e design abstrato, a arquitetura alinhou-se com a busca por funcionalidade e higienismo, e introduziu novos paradigmas, refletindo os ideais de progresso”, analisa a conselheira.

Uma cidade singular Interventor em Goiás, Pedro Ludovico Teixeira quis construir uma capital moderna. O Art Déco foi adotado pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, responsável pelo plano urbanístico de Goiânia. O engenheiro Armando de Godoy o sucedeu. Em meio à prosperidade, Goiânia se

tornou o maior acervo do Brasil pelo conjunto. “Esse conjunto arquitetônico foi o primeiro a ser identificado e reconhecido no Brasil”, informa o professor da Universidade Federal de Goiás Wolney Unes. Os edifícios tinham quatro fachadas, formas geométricas organizadas em contraste, emoldurando materiais antes desconhecidos e características culturais da região.

Arquiteta e urbanista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás, Beatriz Otto de Santana detalha a linguagem na construção de Goiânia. “Com a negação dos antigos processos construtivos, o uso de adobe foi substituído por tijolo de barro cozido, concreto e novos materiais de acabamento, assim como a caiação deu lugar aos revestimentos em pó de pedra”, explica. “Na escala residencial, a adoção de uma linguagem homogênea ocorreu nas

chamadas Casas Tipo, o que assegurou um padrão de racionalização do espaço urbano”, recorda Beatriz Otto. “Outras arquiteturas também inspiraram, e uma diversidade de formas confere um caráter único a Goiânia”, diz.

“Nossa cidade abriga um dos acervos mais significativos do Art Déco no País, com 22 construções tombadas. Ver a identidade urbana da Capital refletida neste estilo dá singularidade à paisagem”, avalia a secretária estadual da Cultura, Yara Nunes.

Necessidade de preservação

A importância do acervo de Goiânia suscita a necessidade de preservação, para manter vivas história e identidade. Além do valor estético, o estilo é atrativo turístico, contribuindo para a economia local. “O acervo é identificado pela comunidade como herança dos primeiros anos”, analisa a arquiteta Beatriz Otto. O professor Wolney Unes vê aumento da conscientização. “A importância dos registros de bens de valor histórico e cultural é mais viva hoje. Mas não se tomou partido do tesouro, que foi muito maltratado, esquecido. É urgente fazer uma legislação de proteção. Tombamento teve, mas faltam iniciativas de instituições civis para educação patrimonial e compartilhamento de informações”, afirma.

“A preservação é essencial para a formação da identidade cultural dos goianos, promovendo um senso de pertencimento e valorização do patrimônio. O Art Déco enriquece o cenário. É nosso compromisso valorizar esse legado para as futuras gerações”, diz a secretária Yara Nunes. No

Restaurada em 2022, a Chefatura de Polícia de Goiânia foi um dos primeiros edifícios construídos na cidade
Localizado no coração da capital goiana, o Coreto da Praça Cívica foi inaugurado em 1942, durante o batismo cultural da cidade

entanto, há desafios, como aponta a conselheira Renata Barros. “Os edifícios históricos carecem de manutenção adequada, contínua e onerosa. Existe uma percepção equivocada de que a responsabilidade pela restauração recai sobre órgãos de proteção, como o Iphan, mas a preservação do acervo déco é do governo estadual e da prefeitura, os principais proprietários”, defende a conselheira.

Renata Barros destaca o péssimo Estado de conservação de bens como o Grande Hotel. Para ela, é necessário implementar políticas públicas eficazes, crescer o engajamento da população e envolver mais os proprietários. O Iphan lançou a normatização do acervo, que estabelece diretrizes para a conservação e restauração de bens históricos. A conselheira entende que tombamento por si só não garante a preservação. Ela enumera alternativas: trabalho contínuo de fiscalização, adaptação e conscientização da população; campanhas educativas e culturais; visitas guiadas, exposições e eventos culturais; escolas e universidades envolvidas em projetos de preservação; incentivo ao turismo cultural; e criação de espaços que utilizem os edifícios históricos de maneira funcional.

A museóloga Bárbara Freire afirma que é preciso trabalhar o valor simbólico e o social. “Há um descompasso na relação com os museus e bens de natureza imaterial, um esvaziamento da memória, deterioração por falta de manutenção. É preciso ter contato para valorizar”, diz.

Bárbara cita que a revitalização do Museu Frei Confaloni fez ligação com a obra do artista. “É pertencimento, noção de identidade pelo contato. Isso cria uma relação afetiva”, frisa.

A especialista explica que a educação patrimonial não deve ser formal, mas criar uma relação mais profunda. “Conhecer traz o contexto histórico pelo olhar, tocar, sentir. Conhecer para ter direito à cidade. Mas, para a população visitar, é preciso ter segurança e conexões entre os espaços, que devem ser abertos ao público”, reivindica.

Bárbara Freire é idealizadora da Calíope, empresa de projetos e ações patrimoniais, culturais e museologia. Ela também comanda o aplicativo Fala Sério, gratuito e voltado à família. “Goiânia é jovem, mas tem história”, frisa a museóloga.

Imóveis passam por restauro

Alguns dos edifícios tombados foram restaurados ou continuam em processo de restauração, como informa o secretário municipal da Cultura, Uugton Batista: “O prédio da antiga Estação Ferroviária foi restaurado, assim como a torre do Relógio da Avenida Goiás, o Coreto da Praça Cívica, a atual sede do Iphan, o Palácio das Esmeraldas e a antiga sede da Chefatura de Polícia. Atualmente está sendo restaurado o Museu Zoroastro Artiaga. E existem estudos para a restauração do antigo Fórum e Tribunal de Justiça.”

Relógio da Avenida Goiás, ou Torre do Relógio, é um dos monumentos ícones do acervo art déco de Goiânia

A Secretaria Municipal da Cultura elabora novos relatórios, vistorias, estudos, inventários e pareceres sobre o patrimônio. “Infelizmente, os recursos municipais destinados à revitalização e restauração dos bens tombados são muito limitados”, lamenta Uugton Batista. Ainda assim, ele destaca que parcerias com órgãos de proteção ao patrimônio têm viabilizado as ações de restauro. “Existe a proposta de requalificação do Centro de Goiânia, com melhorias no comércio, segurança, iluminação, paisagismo, urbanização, turismo, resgate de fachadas. Isso trará dinamismo e novos frequentadores ao Centro”, adianta.

Distinção com tombamento

Em setembro de 2001, foi acolhida a proposta de tornar o acervo arquitetônico Art Déco de Goiânia patrimônio nacional. O tombamento do conjunto de 22 edifícios representou a primeira distinção concedida a uma obra Art Déco no Brasil. Como informa o “Dossiê de Tombamento do Acervo Arquitetônico e Urbanístico – Goiânia Art Déco”, realizado pelo Instituto Casa Brasil com coordenação de Wolney Unes, publicado em 2003 e 2010.

Ex-superintendente do Iphan, Salma Saddi se recorda do estudo para tombamento. “O Art Déco é imprescindível para contar a história de Goiânia. Fizemos muitos movimentos para envolver a sociedade. Após o estudo, outros Estados brasileiros passaram a usar o Art Déco e foi aberta uma discussão sobre o tema. O tombamento foi fundamental, mas precisa ser melhor compreendido, ter continuidade. Um trabalho de educação patrimonial em escolas é essencial”, conta.

Projetos culturais

A passagem dos 100 anos do Art Déco está sendo comemorada em Goiânia. Até 24 de outubro, data do aniversário da cidade, eventos que contemplam programas educativos, turísticos e de preservação patrimonial serão realizados na Capital. A Prefeitura de Goiânia preparou projetos que celebram o estilo arquitetônico marcante na cidade desde sua construção. A abertura oficial da Campanha Goiânia Art Déco – 100 Anos foi realizada no dia 28 de abril, durante solenidade na antiga Estação Ferroviária, um dos principais acervos déco.

Com participação de autoridades como o prefeito Sandro Mabel e o governador Ronaldo Caiado, a solenidade revelou as principais ações, entre elas, palestras, debates, concursos, passeios turísticos guiados e programas educativos, todas com objetivo de valorizar e preservar o acervo e a memória urbana.

Inaugurado em 1946, Museu Zoroastro Artiaga carrega o nome do seu fundador e reúne a memória cultural do Estado
Teatro Goiânia, projetado pelo arquiteto Jorge Félix, foi decretado Patrimônio Nacional em 2003

O prefeito Sandro Mabel lembrou que Goiânia é referência em Art Déco no Brasil e no mundo. “Vamos comemorar, vivenciar e ensinar o goianiense sobre o estilo que construiu nossa cidade. Vamos nos unir para preservar esse patrimônio que tanto orgulha os goianienses”, disse, frisando que o projeto busca renovar e reestruturar o Art Déco em Goiânia, incentivando o turismo na Capital.

Sandro Mabel explicou que o movimento faz parte, ainda, dos trabalhos de revitalização do Centro da cidade. “Queremos um Centro pujante, com pessoas, comércio, restaurantes. Um corredor importante que começa no Jóquei Clube, desce a Goiás, passa pela Região da 44 e vai até a Pecuária”, ressaltou o prefeito. Para viabilizar a modernização da região, a prefeitura firma parcerias com a iniciativa privada.

A prefeitura poderá contar também com o apoio do governo do Estado, como anunciou o governador Ronaldo Caiado durante a apresentação do projeto comemorativo, ao confirmar o compromisso com a preservação do acervo. “Sou apaixonado por Goiás e acredito que devemos, cada vez mais, valorizar nosso Estado. O Sandro sabe que pode contar comigo: vamos recuperar o Centro de Goiânia e investir na região”, afirmou Caiado.

O governador informou que os investimentos realizados desde 2019, na recuperação de prédios históricos, somam mais de R$ 300 milhões, e prometeu concluir a restauração da Praça Cívica até o fim do seu mandato. “Temos que ter um compromisso com a nossa história, para que esses prédios não desapareçam”, pontuou.

O arquiteto e professor Wolney Unes destacou que, embora haja avanços na preservação,

ainda existem alguns desafios. “Goiânia tem preservado essa riqueza, mas ainda pode fazer mais”, afirmou. Para ele, a campanha também representa uma oportunidade de fortalecer o turismo cultural na Capital.

A campanha prevê, ainda, a criação de um Comitê de Art Déco, presidido por Nárcia Kelly, titular da Agência Municipal de Turismo e

Eventos (GoiâniaTur). “O Art Déco é uma marca forte da identidade de Goiânia e um atrativo que diferencia nossa cidade no cenário nacional”, assinalou a gestora.

Entre os próximos patrimônios que ganharão obras de restauração estão o antigo Fórum da Praça Cívica e o Palácio da Instrução, na Cidade de Goiás. *

A Antiga Estação Ferroviária testemunhou a evolução urbana de Goiânia e permanece como símbolo de transformação
Na Praça Cívica, o Centro Cultural Marietta Telles abriga as unidades do Museu da Imagem e do Som, Biblioteca Pio Vargas, Gibiteca Jorge Braga e Cine Cultura

Linhas Eternas

Assistente

Styling:

Cabelo e maquiagem: João Pedro

Assistente de beleza: Patrick Alvarenga

Modelos: Jessika Alves e Vitória Lima (MGManagement)

Agradecimentos: Teatro Goiânia, Estação Ferroviária, Palácio das Esmeraldas e Ação Vídeo

Fotos: João Augusto de Oliveira
de fotografia: Marreco
Jéssica Teixeira
Blusa Thays Temponi e Calça NV, ambas para Ivana Menezes. Acessórios Eleonora Hsiung
Conjunto Alphorria para Arranha Gata e blusa com saia We Match para Aluase. Acessório Eleonora Hsiung
Vestido Aluase para We Match e acessórios Eleonora Hsiung
Vestido Reinaldo Lourenço para Ivana Menezes e acessório Eleonora Hsiung
Vestido Alphorria para Arranha Gata e acessórios Eleonora Hsiung

100 anos de Poteiro

Dono de traços simples e expressivo legado, o artista continua a nos ensinar sobre atemporalidade, diversidade e descentralização da cultura

Loren Milhomem

Quando começou a moldar cerâmicas utilitárias para mais tarde passar às primeiras esculturas e depois às telas, Antônio Poteiro certamente não imaginava que um dia a arte celebraria seu centenário. É que, como disse em algumas entrevistas, “eu nunca quis ser chique, eu quis ser verdadeiro”. E foi tanta verdade que Poteiro trouxe em suas obras, que o artista de traços simples, considerado um dos maiores representantes do movimento naïf brasileiro, conseguiu retratar da forma mais genuína a diversidade e o sentimento do povo brasileiro.

Antônio Batista de Souza nasceu em 10 de outubro de 1925, na província do Minho, em Portugal. Já no ano seguinte, migrou com a família para São Paulo. Anos depois, residiu em Araguari e Uberlândia, em Minas Gerais, quando começou as atividades de ceramista utilitário. Chegou a montar duas fábricas de cerâmica, que foram à falência, motivo pelo qual precisou passar um período entre os índios na Ilha do Bananal, então Goiás. “Antônio Poteiro teve uma vida de filme, primeiramente cheia de complicações e atribulações, e depois vitoriosa e gloriosa. Em Goiânia, sua carreira começou em 1957, quando expôs seus trabalhos na antiga Feira Hippie. O nome artístico, Antônio Poteiro, foi dado pela folclorista Regina Lacerda, que se tornou a primeira divulgadora de sua obra”, explica o artista visual e diretor artístico da

Cerrado Galeria, Divino Sobral.

“Já nos últimos anos da década de 1960, sua produção estava sendo exibida em importantes instituições nacionais, e na década seguinte era apresentada em exposições nos Estados Unidos, México e Itália, além de participar da Bienal de São Paulo. Com sua linguagem espontânea e sua poética ligada à vida do povo, conquistou fama primeiro como ceramista e depois como pintor. Aliás, ele se tornou pintor pelo incentivo de Siron Franco, que deu apoio e material para ele se desenvolver no meio das tintas”, completa Sobral.

“Poteiro encarou o desafio e recebeu do artista plástico Siron Franco as primeiras telas e tintas que permitiram a seu imaginário migrar da materialidade do barro para o universo vibrante da cor. A partir daquele momento, a produção de esculturas e de pinturas passou a constar lado a lado na agenda do artista, cuja obra repercutia cada vez mais forte em territórios nacional e internacional”, acrescenta a artista plástica Sáida Cunha.

Cores, poesia e arte naïf

Antônio Poteiro consagrou-se por suas cores vibrantes, formas simples e generosas, traços lúdicos e expressivos, e por ter como temática central o povo: fé, festividades, meios de subsistência, múltiplas culturas, e cotidiano. Suas telas e esculturas retratam

festas, romarias, mitos e cenas do interior. Estão representados, também, ciclos agrícolas, e a fauna brasileira. As figuras são de características robustas, circulares e dançantes. Poteiro abrigava um Brasil plural em sua diversidade, abrindo espaço para quem não era enxergado.

"Meu trabalho é o Brasil. É o povo, é a festa, é a fé. Eu não pinto o que não conheço", disse o artista em uma entrevista à TV Brasil, em 2006. A espontaneidade, originalidade e fidelidade aos seus traços – além da ausência de qualquer formação em artes – renderam a Poteiro o título de representante do movimento naïf brasileiro. Embora em alguns momentos dialogue com a estética do Modernismo, a autenticidade do artista o inseriu de vez na chamada arte ingênua.

“O fato é que meu pai, fugindo da preocupação da estética perfeita, conseguiu ser muito fiel aos seus sentimentos. Ele dizia que 'arte não é coisa bonita, é criação, é o que a gente sente’. E o que ele sentia era humildade, simplicidade, esperança, poesia. Acho que é esse o maior legado que ele deixa, de ser verdadeiro com as pessoas, de ser verdadeiro com você mesmo”, diz Américo Batista de Souza Neto, o artista plástico Américo Poteiro, filho de Antônio Poteiro.

Mesmo com o reconhecimento internacional, Poteiro permaneceu uma pessoa humilde.

Com traços vibrantes e cenas carregadas de simbolismo popular, as cirandas de Antônio Poteiro apresentam um universo onde lúdico e sagrado se entrelaçam em movimento
Fotos: João Carlos

Seu ateliê em Goiânia, repleto de quadros empilhados e cheios de barro seco, era também espaço de convivência. Recebia com café e histórias visitantes, jornalistas e estudantes.

De Goiás para o mundo

Ao longo da carreira, Poteiro se tornou símbolo da arte produzida em Goiás, e contribuiu para a elevação da identidade cultural do Estado aos planos nacional e internacional. A obra de Poteiro está representada em alguns dos principais museus brasileiros, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), o Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp) e o Museu da Pampulha, em Belo Horizonte. Em Goiânia, está nos acervos do Museu de Arte Contemporânea de Goiás, no Museu de Arte de Goiânia, e também exposta em espaço público na Praça Universitária.

Mas Poteiro também levou Goiás para os salões de Paris, para galerias em Nova York e museus em Tóquio. Participou de mostras na

Itália, Alemanha, Portugal, Estados Unidos e México. Ganhou prêmios, foi tema de documentários e virou referência internacional da arte brasileira com raízes na terra. Há colecionadores de suas obras em países como França, Itália, Japão e Estados Unidos.

“Quando jovem, desejava ser poeta. Lia Castro Alves, Casimiro de Abreu e Catulo da Paixão Cearense, e escrevia versos pelas paredes do seu quarto. As muitas voltas do destino deslocaram a poesia do artista das palavras sobre o papel para as formas no espaço e para as cores sobre a superfície”, relata Sáida Cunha.

Centenário

Dentre as diversas formas de homenagear Poteiro pelo centenário de seu nascimento, as exposições de suas obras se mostraram a maneira mais original e com maior poder de aproximação da essência do artista com o público e com quem desejava conhecê-las.

No mundo dos games, as obras de Poteiro inspiraram o cenário do jogo digital “Pomar

de Cores”. Com duração de cerca de dez minutos, o gameplay propõe ao jogador cuidar do crescimento de um pomar com frutas típicas do Cerrado e da cultura sertaneja, como jabuticaba, manga, pequi, buriti e baru. Animais do céu, da terra e da água ajudam a dar vida e sementes ao ambiente. O jogo é indicado para crianças a partir de 6 anos de idade.

A ideia partiu do compositor e produtor musical Arlam Júnior, da Brasbravel Studio, que convidou a amiga Michelle Santos — embaixadora local do movimento “Women in Games”, da Ritus Studio — para participar do projeto. Executado em parceria com o programador Adriano Regino e outros colaboradores, o game foi lançado no Instituto Antônio Poteiro como parte das celebrações de seu centenário.

A Feira de Arte Goiás (Fargo 2025), realizada no Centro Cultural Oscar Niemeyer, também celebrou o marco com a exposição “Centenário do Mestre Antônio Poteiro”, dedicada à sua paleta vibrante, às esculturas em cerâmica e às cenas do cotidiano. O evento promoveu o debate sobre a produção artística e literária no Centro-Oeste e prestou uma bela homenagem à trajetória de Poteiro.

Com curadoria do também artista e diretor da Fargo, Sandro Torres, a mostra apresentou obras raras ao público. “Nas escolas, Poteiro é superestudado. Levamos grupos de crianças e visitas guiadas à Fargo para falar sobre ele. Também recebemos colecionadores de todo o Brasil para conhecerem o Instituto e a Casa Antônio Poteiro”, explicou a diretora da Fargo, Wanessa Cruz.

Antônio Poteiro faleceu em 8 de junho de 2010, aos 84 anos. “A vida da gente é um caminho. Quando é aquele caminho, não adianta desviar, porque você volta para o mesmo caminho”, afirmou certa vez em documentário do SescTV. O caminho de Poteiro foi o de iluminar tantos outros com suas telas e esculturas mundo afora. *

“Adão e Eva no Brasil” (à direita) foi exposta pela primeira vez em 1981, na 4ª Bienal Internacional de São Paulo
As obras de Antônio Poteiro exploram temas místicos e sociais por meio de uma linguagem visual própria, que rompe com as convenções da arte clássica e moderna
Obra "São Francisco Voador", em cerâmica
Antônio Poteiro foi retratado por nomes importantes das artes visuais, como Siron Franco (à esquerda) e Amaury Menezes (à direita)
"O Poder do Homem"
"Ciranda Céu e Mar"
" A Cavalhada e os mascarados"
Foto: Kant Rafael

Imersão

Voos sobre o Brasil profundo

Ronaldo Fraga transforma casarão histórico de Goiás em espaço cultural e exemplo de turismo que respeita e revela um País invisível

Giovana Andrade

Oque temos a aprender com os pássaros? Enquanto seres que não voam, para nós é mais difícil conhecer o que está do lado de lá de uma selva de pedras, e felizes são aqueles que conseguem cruzar o horizonte e descobrir o que está escondido. É isso que Ronaldo Fraga vem fazendo com seu trabalho voltado para o que ele chama de “Brasil profundo”, não apenas desvendando seus segredos, mas desvelando-o e criando pontes para que os outros também possam vê-lo.

Após o sucesso das expedições pelo interior do Nordeste, que promovem uma experiência imersiva na cultura dos lugares visitados e buscam se afastar do turismo predatório, o estilista e designer traz para o centro do País a sua paixão e curiosidade pelos Brasis que o Brasil não conhece. Conforme relata em entrevista exclusiva à Zelo , o projeto, desenvolvido em parceria com seu marido, o odontólogo Rodrigo Januário, teve início de maneira orgânica, após uma visita à histórica Cidade de Goiás, durante a Semana Santa, que deixou Fraga encantado.

“Nós pensamos: ‘e se tivéssemos uma casa aqui?’, sem ideia de projeto nem nada. Inicialmente ia ser uma casinha pequenininha que a gente ia fazer uma reforma. No entanto, quando nós decidimos, apareceu esse solar, esse sobrado. Aí imediatamente eu e o Januário falamos: ‘vamos fazer o Solar dos Urubus’. E desde então o projeto vem crescendo e se definindo como um espaço para vivências criativas, de hospedagem com experiência, e como um ponto de referência de cultura aqui no Estado de Goiás.”

O sobrado em questão é um casarão de 1913, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e cuja restauração transcenderá a obrigatoriedade de preservação da arquitetura original, de acordo com o designer Genésio Maranhão, que assina o projeto de interiores do Solar dos Urubus. “O Iphan exige que sejam mantidos a fachada e os telhados, mas nós iremos além disso. A estrutura interna, as paredes, escadas, o forro, o piso original de madeira, tudo isso será restaurado e preservado”, detalha Maranhão.

O casarão é dividido em dois andares e, originalmente, abrigava um cabaré. O térreo, que era uma taberna, se transformará em um espaço expositivo de galeria, biblioteca e café, transitando entre o passado e o presente com uma mistura de elementos modernos e de época. Já o segundo andar, onde ficavam as acomodações, está sendo restaurado para remeter completamente às décadas passadas, funcionando como um verdadeiro túnel do tempo. “Queremos contar a história da Cidade

de Goiás, que é muito rica e interessante, por meio da história dessa casa, que viu tantas mudanças acontecerem ao seu redor”, explica o designer.

A propriedade conta ainda com uma terceira parte, aos fundos do sobrado principal, que não está no traçado de tombamento do Iphan porque já sofreu inúmeras alterações ao longo dos anos. Destinado a hospedagens, esse espaço será reconstruído com um estilo contemporâneo e um número maior de quartos,

Detalhes do casarão de 1913 tombado pelo Iphan, que será transformado para visitação
Foto: Kant Rafael
Fotos: Acervo
Pessoal

a fim de garantir o conforto das estadias. A ideia das acomodações é promover o turismo de vivência e experiência, mas que, para além da experiência dos turistas, valorize e respeite a cultura local e os seus fazedores, conforme destaca Ronaldo Fraga.

“Tem toda uma cadeia que faz com que o turismo aconteça e todos têm que ser beneficiados. A pessoa que detém o saber tradicional, a gastronomia, o artesão, e não grandes conglomerados, donos de hotéis, que só sugam do lugar. E esse turismo que a gente tem feito, as expedições pelo Cariri, tem deixado um traço de prosperidade, de melhoria da vida dessas pessoas. Então, quando você traz e leva o turista para conhecer quem faz e detém o saber na cidade, e faz com que essas

pessoas ganhem nesse contato com o turista, isso movimenta toda a economia local, toda uma cadeia local.”

Fraga, que começou e ficou conhecido por sua trajetória na moda, expandiu seus horizontes tanto nos territórios que explora quanto na forma como o faz. Enxergando a moda como um vetor que permite o diálogo com outras frentes, como as artes visuais e a cultura como um todo, seu trabalho teve início nas passarelas, desfilando um Brasil que poucos enxergavam. Agora, com as expedições, ele leva as pessoas até esses Brasis, sempre guiado pela transformação dos olhares.

“Quando parei de desfilar regularmente no São Paulo Fashion Week, eu disse: acho que é porque a passarela ficou pequena demais para

os meus desejos. Então, desenvolver projetos em comunidades, em turismo de vivência e experiência, essa é a minha história, esse é o caminho que eu busco. E aqui na Cidade de Goiás existem histórias com potencial de inspiração não só para a área de moda, porque eu acho que a área de moda seria pouco, mas para a arte visual em geral”, elabora.

O objetivo do Solar dos Urubus, portanto, é explorar esse potencial e, simultaneamente, preservar a cultura que existe hoje e projetála para um futuro promissor. Para isso, Fraga mantém atentos seus olhos de poeta e aceso seu interesse pelo Brasil profundo, que explora em voos cada vez mais altos e belos, inspirado pelo pássaro que nunca será trancado em uma gaiola: o urubu. *

Genésio Maranhão dará vida ao Solar dos Urubus, sonhado por Ronaldo Fraga e Rodrigo Januário, na Cidade de Goiás, como parte da expedição "Brasil Profundo"
Foto: Kant Rafael
Fotos:
Acervo
Pessoal

Arte de reunir o País

Realizada pela Arte Plena, 7ª edição da Fargo celebra centenário de Antônio Poteiro e reúne colecionadores, curadores, artistas e novos públicos, além de fomentar mercado e democratizar acesso à cultura

Em meio às curvas sinuosas do Centro Cultural Oscar Niemeyer, a 7ª edição da Feira de Arte Goiás (Fargo), em Goiânia, consolidou o evento como a maior feira de negócios em arte do Centro-Oeste, ao registrar crescimento de 20% nas movimentações em relação a 2024. Neste ano, ao celebrar o centenário de Antônio Poteiro, foram reunidas obras de mais de 40 expositores de Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York e Holanda, com peças que transitam entre R$ 500 e R$ 500 mil.

Ponto de encontro de colecionadores, curadores, criadores e novos públicos, a Fargo também fomenta o mercado de artes visuais na região, incentiva a formação de novos colecionadores e democratiza o acesso à produção artística. Dentre a programação estavam lançamentos de livros, rodas de conversa, imersões artísticas e palestras, conectando audiências diversas em torno de temas como arte contemporânea, patrimônio cultural, mercado criativo e pensamento crítico.

“Nosso interesse é fomentar a região CentroOeste, dar visibilidade aos profissionais da arte e proporcionar aos colecionadores que eles conheçam tantos artistas incríveis”, diz Wanessa Cruz, organizadora, curadora da feira e sóciadiretora da Arte Plena Produção em Cultura, empresa especializada em implantação e execução de projetos eminentemente culturais. Foi com esta visão que a Fargo se consolidou como o maior evento de negócios em arte do CentroOeste, e desde sua primeira edição desenvolve importante papel como catalisador do mercado regional, devido à diversidade curatorial e à relevância no circuito nacional e internacional de arte. O sucesso atrai expositores de galerias de prestígio como Galeria Marília Razuk (SP) e Bel Galeria de Arte (SP).

“Nas feiras de arte existe toda uma troca de conhecimento, porque elas têm uma plataforma que não foca apenas na venda das obras. Elas hoje são o polo mais importante para o desenvolvimento do mercado de arte global. Eventos

como a Fargo ajudam o público a se desenvolver, porque existe uma seleção. Então, as obras apresentadas são de artistas que passaram por um crivo. Isso ajuda a formar um olhar mais apurado em torno das artes. Você expande o universo da cultura e das vendas”, observa Marília Razuk, galerista de São Paulo.

“A Fargo é uma feira que provoca e acelera uma grande mudança e oportunidade para o mercado de arte em Goiás, trazendo visibilidade para nomes regionais consagrados e emergentes, com a inclusão de diferentes perspectivas culturais. Ela traz a arte como investimento muito tangível, com valor histórico, prazer pessoal e cultural. Participar da Fargo como expositor representa a responsabilidade de comunicar saberes para um público ávido, crescente e potencialmente investidor”, diz a diretora da Bel Galeria de Arte, Izabel Garcia.

Colecionador de artes e participante de várias edições da Fargo, José Seronni destaca a importância da feira no mercado nacional ao

Cultura
Thiago Queiroz
Foto: Leo Iran

observar que Goiás sempre foi uma potência artística, e que a Fargo veio para dar visibilidade e proporcionar que essa cena artística local seja percebida pelo grande público e pelo público mais interessado. “Localmente, a mostra transformou a cidade. Na semana que antecede a da feira, existem várias exposições, eventos e shows que contribuem com essa semana das artes. A Fargo extrapola os limites do Oscar Niemeyer e passa a transformar a cidade como um todo, de uma forma muito bonita, por meio das expressões artísticas. Enquanto colecionador, ela me propicia conhecer novos talentos, estudantes com excelente qualidade técnica, outras galerias e artistas já conhecidos, mas com obras

novas especiais para a feira. Então, enquanto colecionador, é um momento de aprendizado, de descobertas, de valorização e de participação.”

Arte Plena

A Arte Plena é uma empresa goiana especializada em produção cultural e existe desde 2007, com atuação nacional. Entre seus principais produtos está a Fargo. Atualmente, a feira é realizada por uma equipe de cerca de 40 pessoas, direta e indiretamente. A primeira edição aconteceu em 2017 e, em oito anos, o evento movimenta expositores e colecionadores do Brasil inteiro, além de trazer benefícios para Goiás, nas áreas social, econômica e cultural.

“A Fargo é responsável por grande parte da transformação que está havendo na cena cultural de Goiás”, diz Sandro Tôrres, curador e coordenador-geral de projetos da Arte Plena. Segundo ele, a feira precisa crescer, inclusive, de tamanho, fisicamente, assim como tem evoluído em conceito, reputação e credibilidade na cena nacional. Como principal produto da Arte Plena, a Fargo é hoje um formato a que se chegou depois de várias experimentações. “A gente percebe que a empresa está em consonância com o que está sendo feito no Brasil e no mundo, e esse formato de evento cultural é um dos mais assimilados hoje em dia, porque contempla toda uma cadeia produtiva, é mais includente do que excludente.” *

Fotos: Murilo Cortez
Foto: João Carlos
Presente na feira, a Bel Galeria destacou a arte com investimento cultural
Para Marília Razuk, as feiras "são espaços de conexão com o mercado global"
À frente da Arte Plena, Wanessa Cruz e Sandro Tôrres assinam a curadoria e a coordenação da Fargo
A Fargo celebrou o centenário de Antônio Poteiro com obras que reafirmam seu legado na arte popular e seu vínculo com a identidade goiana

Liderança feminina

Sentir-se em casa

À frente da Gerência de Empreendimentos da Consciente Construtora, Camila Inácio aposta na inovação, sustentabilidade e impacto social como pilares do novo alto padrão imobiliário em Goiânia

Thiago Queiroz

Foto: João Carlos

Àfrente da Gerência de Empreendimentos da Consciente Construtora e Incorporadora, Camila Inácio se consolida dia a dia como arquiteta referência em inovação no setor imobiliário goiano e exemplo da nova geração de líderes que une técnica, propósito e responsabilidade. Com uma trajetória marcada pela visão estratégica e sensibilidade para o impacto social e ambiental, ela é peça fundamental na transformação do conceito de alto padrão em Goiânia, com propostas que ultrapassam a ostentação para abraçar sustentabilidade, responsabilidade social e qualidade de vida. À frente de um time que não apenas entrega imóveis de luxo, seu objetivo profissional é contribuir para uma cidade mais humana e verde. “Onde morar significa mais do que um endereço, e sim um estilo de vida”, diz, com voz firme e carregada de sotaque goiano.

No contexto da liderança feminina, e num ambiente ainda dominado por homens na direção e também nas obras, Camila reforça a importância de seu papel como protagonista. “Ser mulher e liderar nesse mercado é um desafio, mas também uma oportunidade de mostrar que gestão com sensibilidade, empatia e visão estratégica faz toda a diferença.

A Consciente valoriza essa diversidade, que enriquece nossos projetos e fortalece nossa cultura.”

Formada em Arquitetura, Camila ingressou na Consciente Construtora em um momento em que o mercado imobiliário vivia uma fase de expansão e mudanças rápidas. “Quando comecei, há cerca de uma década, a realidade era muito diferente. O consumidor buscava imóveis como status, e o alto padrão estava muito ligado à grandiosidade e luxo evidente, quase como um símbolo de poder. Hoje, essa percepção mudou, e é muito gratificante fazer parte dessa transição”, conta.

Para Camila, projetar empreendimentos de alto padrão não é apenas um exercício técnico, mas um desafio que envolve antever as mudanças culturais e sociais para além do óbvio. “É muito difícil projetar para o futuro, especialmente porque o tempo de uma obra é longo, e o comportamento das pessoas, as tecnologias e até os valores sociais mudam rápido. Por isso, a gente procura sempre separar o que é tendência do que é modismo. O modismo é algo que passa rápido e a gente evita investir pesado nisso, pois pode sair de linha antes mesmo de entregar o imóvel. Já erramos nisso no passado, e aprendemos.”

Sua capacidade de acompanhar essa transformação cultural e, ao mesmo tempo, manter a essência nos empreendimentos da Consciente faz toda a diferença. “Tendências são movimentos culturais duradouros. Por exemplo, a valorização do lazer, do verde, da sustentabilidade e do conforto realmente faz parte do modo como

as pessoas querem morar. Já o modismo, como certos tipos de revestimentos ou acabamentos que ficam ultrapassados em poucos anos, a gente deixa para a customização, para o cliente escolher.” Esse equilíbrio entre inovação e atemporalidade está presente em todas as etapas dos projetos, incluindo o uso da tecnologia.

A flexibilidade também vale para os ambientes decorados, que atualmente são elaborados mais próximo da entrega, para garantir que o cliente tenha uma experiência atual e contemporânea.

Entre os diferenciais da Consciente, o cuidado com o paisagismo e a integração com a natureza ganham destaque. “Desde o La Musique, que trouxe o conceito de resort urbano, notamos que o lazer com muita vegetação e áreas verdes é mais valorizado pelos moradores do que um lazer mais seco e fechado. No Botânico, por exemplo, criamos um lago ornamental com bosque ao redor, e isso

"Ser mulher e liderar nesse mercado é um desafio, mas também uma oportunidade de mostrar que gestão com sensibilidade, empatia e visão estratégica faz toda a diferença"

gera convívio e bem-estar. É um investimento na qualidade de vida e na valorização do imóvel”, diz ela, sobre novidades que foram bem recebidas nos empreendimentos.

Além do valor estético, Camila ressalta que a Consciente tem o compromisso ambiental de projetar áreas verdes que permaneçam vivas junto com a moradia dos clientes. A escolha das espécies de árvores e plantas é pensada para o clima e solo locais, priorizando a flora nativa e frutífera, ou que se adapte e sobreviva bem ao nosso Cerrado. “Isso melhora o microclima, traz sombra e conforto térmico, atrai pássaros e ajuda a reduzir custos de manutenção. É um paisagismo inteligente e responsável, que valoriza o entorno e traz benefícios reais para os moradores e para a cidade.”

Outro ponto de destaque é a valorização da brasilidade e da arquitetura regional. “Usamos materiais naturais, como madeira, e texturas que remetem à nossa cultura. Isso cria uma atmosfera acolhedora, quase de veraneio, dentro da cidade.

A arquitetura brasileira é muito respeitada lá fora, mas ainda subestimada aqui. A gente quer resgatar essa identidade.”

No âmbito urbano, a Consciente tem deixado sua marca por meio da regeneração de espaços. A praça pública de 3 mil metros quadrados no

entorno do WTC, na região mais nobre de Goiânia, é um exemplo emblemático. “Transformamos uma área árida em ponto de convivência, com uma pocket forest em solo natural. Isso atrai fauna, melhora o microclima urbano e reforça a imagem de Goiânia como ‘cidade verde’.”

Sobre próximos lançamentos, Camila revela que o foco segue na busca por terrenos únicos, que possam abrigar projetos com diferenciais relevantes, e deu um spoiler para a Zelo sobre o empreendimento que, por enquanto, é tratado apenas como 34. “O novo empreendimento, próximo ao Parque Areião, será mais um marco para a Consciente. Um terreno raro, com vista livre e respiro, onde vamos lançar apartamentos amplos. Chamamos esses imóveis de ‘Casarões’, porque queremos resgatar a sensação da casa espaçosa, com quartos grandes, salas amplas e varandas generosas. Serão apartamentos a partir de 360 metros quadrados, mas que passam a sensação de 500 metros, planejados com todo conforto e funcionalidade.”

Solidez no social

Mas o que diferencia a Consciente não é só a qualidade técnica e estética dos imóveis. A empresa se orgulha do compromisso social que vai além da obra, envolvendo colaboradores e comunidade. “Essa preocupação social nasceu quando vimos materiais e equipamentos parados no depósito, enquanto instituições sociais careciam de infraestrutura. Começamos então a fazer doações.”

Hoje, os projetos sociais da Consciente têm impacto direto na vida dos colaboradores e suas famílias. Um dos mais significativos citados por Camila é a Escolinha Consciente, em parceria com o Sesi, que alfabetiza operários no próprio canteiro de obras. “Eles param o expediente mais cedo, tomam banho, ganham lanche, vestem o uniforme e participam das aulas com material didático próprio. Já vimos pessoas triplicarem a renda após essa formação, o que melhora não só a vida delas, mas de toda a família. Isso também fideliza o time, que se sente valorizado e cuidado”, observa.

Além disso, a Consciente mantém o Projeto Novo Olhar, que financia metade dos exames oftalmológicos e óculos para os colaboradores. “Tivemos casos de pessoas com cinco graus de miopia, que nunca haviam feito exame. Também desenvolvemos cartilhas simples sobre cuidados com os filhos, vacinas, pré-natal, orientações básicas, mas que fazem toda a diferença no cotidiano das famílias.” Camila ressalta ainda que essas ações são parte da cultura da empresa. “Mais do que construir prédios, construímos relações e transformamos vidas. O capital humano é a base de tudo. Sem esse cuidado com as pessoas, não há qualidade que sustente um empreendimento”, diz. *

Outlander: SUV de luxo estreia no Brasil

Híbrido da Mitsubishi chega em duas versões, com sete lugares, tração 4x4 e autonomia combinada de até 680 km

AMitsubishi Motors lançou no Brasil a quarta geração do Outlander, SUV que se destaca por unir tecnologia híbrida plug-in, desempenho robusto e conforto de alto padrão. Disponível em duas versões, HPE-S (R$ 374.990) e Signature (R$ 389.990), o novo Outlander PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle) comporta até sete passageiros e chega com autonomia combinada de até 680 km, sendo 58 km no modo totalmente elétrico.

O modelo representa um marco na história da marca, que tradicionalmente é reconhecida por sua robustez off-road. A nova geração inaugura um patamar inédito de sofisticação e inovação para a Mitsubishi Motors. O modelo PHEV conta com tração integral nas quatro rodas e sete modos de condução, adaptando-se a diferentes terrenos e perfis de direção.

O conjunto mecânico combina dois motores elétricos, um dianteiro de 116 cv e outro traseiro de 136 cv, com um motor a combustão 2.4L de 137 cv, totalizando 252 cv de potência e 45,9 kgfm de torque. A bateria de 20 kWh garante autonomia elétrica para deslocamentos urbanos e pode ser recarregada em até 6h30 por tomada

convencional ou em cerca de 95 minutos usando o próprio motor a combustão.

Segundo a coordenadora de marketing da Asuka Mitsubishi Motors em Goiânia, Fernanda Jayme, os diferenciais são muitos. “Os pontos altos são os 11 airbags (incluindo os de joelho e central), sistema de tração 4x4 S-AWC com sete modos de dirigibilidade, aquecimento dos quatro bancos principais, massageador com três modos nos bancos dianteiros na versão Signature, duas tomadas de 12V, sete lugares com bancos moduláveis, ar-condicionado digital trizone, lavadores dos faróis dianteiros, persianas retráteis nas janelas traseiras, head-up display de 10,2” e bancos em couro semianilina”, detalha.

Além do desempenho, o novo Outlander aposta em um design marcante, com linhas fortes, skidplate, conjunto óptico full LED e assinatura frontal Dynamic Shield. Internamente, o veículo oferece acabamento refinado, bancos com ajustes elétricos e função massagem (na versão Signature), arcondicionado com controle de três zonas e isolamento acústico com vidros laminados.

O sistema multimídia é compatível com Android Auto e Apple CarPlay, possui tela de 9”

sensível ao toque e é integrado ao painel digital TFT de 12,3”. Um head-up display de 10,8” projeta informações diretamente no para-brisa. O som é assinado pela Bose e conta com nove altofalantes, incluindo subwoofer.

Com porta-malas que acomoda até 1.448 litros com os bancos rebatidos, o SUV também entrega versatilidade no transporte de cargas. A abertura e o fechamento do compartimento podem ser feitos por gesto ou toque.

O PHEV reforça a tradição da Mitsubishi no desenvolvimento de veículos eletrificados. A marca japonesa tem um histórico de pioneirismo no setor desde os anos 1970, com modelos elétricos e híbridos comercializados no Japão, Europa e América do Norte. No Brasil, a Mitsubishi foi uma das primeiras montadoras a vender carros eletrificados, como o i-MiEV (2010) e a primeira geração do Outlander PHEV (2015), à época o primeiro SUV híbrido plug-in vendido no País. A nova geração do Outlander PHEV amplia essa trajetória e sinaliza a aposta da Mitsubishi Motors no futuro da mobilidade sustentável, aliando eficiência energética, recursos tecnológicos avançados e conforto para toda a família.*

Carros
Foto:
Divulgação

Esporte

MotoGP volta a Goiás

Evento com projeção de 100 mil espectadores deve injetar cerca de R$ 1 bi na economia goiana e gerar 4 mil empregos

Allan David

AMotoGP está de volta a Goiás após 36 anos. Falta pouco para os poderosos motores de 1.000 cilindradas da categoria arrepiarem a plateia no Autódromo Internacional Ayrton Senna. Serão cinco anos consecutivos do evento na capital goiana, começando nos dias 27, 28 e 29 de março de 2026. A modalidade desembarcará em Goiânia novamente após contrato firmado entre o governo de Goiás, a Dorna Sports, detentora da marca, e a MotorSports, empresa que promove a MotoGP no Brasil.

De pilotos profissionais e amadores a fãs da motovelocidade, o anúncio da volta da MotoGP ao Estado já acelera os corações dos 100 mil espectadores aguardados nos três dias de evento (incluindo treinos, baterias classificatórias e a prova em si). A projeção é da Secretaria Estadual de Esportes e Lazer (Seel). Enquanto isso, a casa é arrumada para receber as equipes e, principalmente, os pilotos do circuito mundial.

A Seel garante que o Autódromo de Goiânia estará de cara nova, com as estruturas adequadas aos padrões exigidos pela Federação Internacional de Motociclismo e pela Dorna Sports. Para tanto, o trabalho começou ainda

em janeiro, com melhorias nos boxes, centro médico, torre de controle, camarotes e no prédio administrativo. Em 26 de março, foram iniciadas as intervenções na pista. Além disso, serão aperfeiçoadas as barreiras de pneus, guardrails e muretas de contenção, tudo isso no intuito de aumentar a segurança nas áreas de escape, que ficarão mais largas, assim como as caixas de brita. Os investimentos chegam a R$ 100 milhões.

O governo de Goiás projeta um retorno dez vezes maior. Isto porque, conforme estudo do Instituto Mauro Borges (IMB), a realização do MotoGP em Goiânia deve movimentar quase R$ 1 bilhão na economia goiana, com 100 mil visitantes transitando diariamente pela Capital e cidades da região metropolitana. Entre elas estão Aparecida de Goiânia, Trindade, Anápolis e até Caldas Novas, no sul do Estado. Só de arrecadação tributária, o evento internacional tende a gerar R$ 130 milhões, somando o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e do Imposto Sobre Serviços (ISS).

A etapa goiana deste Mundial de Motovelocidade (única no Brasil pelos próximos cinco

anos) deve gerar 4 mil empregos. Secretário geral de Governo, Adriano da Rocha Lima calcula que 12% dos visitantes virão do exterior e 32%, de outros Estados. "É um esporte que atrai milhares de pessoas em todo o mundo, e o Brasil, especialmente o Estado de Goiás, terá o orgulho de sediar essa corrida."

“O ponto mais visto do mundo”

O secretário estadual de Esportes e Lazer, Rudson Guerra, diz que o Estado conta com os municípios da região metropolitana e outras cidades próximas para alcançar os leitos necessários na rede hoteleira. A MotoGP, segundo ele, demanda 70 mil acomodações. “Na região metropolitana, nós temos 30 mil leitos, incluindo AirBnB. Então, a gente precisa trabalhar todos os municípios para poder receber bem. Nós teremos, a meu ver, mais de 100 mil pessoas por dia, aqui em Goiânia, nesses três dias do evento”, cita o gestor. Guerra ressalta que as adequações no Autódromo de Goiânia têm ocorrido, na verdade, desde 2019, começando pela reforma e ampliação dos banheiros e das caixas de brita. Ele argumenta que o Mundial de Motovelocidade

Piloto Diogo Moreira não esconde o entusiasmo pelo retorno da modalidade ao solo brasileiro e elogia estrutura de Goiânia
Foto: Divulgação/Red Bull

retorna ao Brasil após um hiato de 20 anos e, no caso de Goiás, depois de 36 anos de espera. “Nos dias 27, 28 e 29 de março do ano que vem, nós seremos o ponto mais visto do mundo, nós estaremos sempre mostrando a capacidade do povo goiano em receber.”

Histórico da MotoGP no Brasil Goiás foi o primeiro Estado a carimbar o passaporte para receber uma etapa do MotoGP em território brasileiro. Os goianos acompanharam de perto, em Goiânia, três edições consecutivas, em 1987, 1988 e 1989. A primeira dessas etapas, inclusive, selou a conquista do título mundial pelo australiano Wayne Gardner.

A MotoGP retornou ao Brasil três anos depois, em 1992, passando por Interlagos (SP). Ainda na década de 1990, realizou corridas no extinto Autódromo de Jacarepaguá, no Rio, entre 1995 e 1997, e de 1999 a 2004. Depois disso, foram iniciadas articulações para levar a MotoGP a Brasília, em 2015, mas as conversas com os organizadores não prosperaram.

O governo de Goiás e a MotoGP iniciaram as tratativas há cerca de um ano, em junho de 2024, quando os secretários Adriano da Rocha Lima (Governo) e Rudson Guerra (Esportes e Lazer) viajaram à Europa para acompanhar o GP dos Países Baixos em Assen, na Holanda. Depois disso, se reuniram em Madri com o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta. Seis meses mais

tarde, em dezembro, o contrato foi assinado pelo governador Ronaldo Caiado, Carmelo Ezpeleta e Alan Adler, CEO da Brasil MotorSport, empresa que também promove no Brasil a Fórmula 1.

Em março deste ano, eles voltaram a se encontrar para um evento de demonstração da MotoGP no Autódromo Internacional Ayrton Senna, o Autódromo de Goiânia. “É um evento que coloca Goiás no mapa mundial do esporte. Nós trabalhamos muito para [...] ter condições de promover algo dessa magnitude”, afirmou Caiado. Carmelo Ezpeleta, por sua vez, declarou que a MotoGP ansiava voltar ao Brasil. Ele enfatizou: “Graças ao esforço do Estado de Goiás e da cidade de Goiânia, esse retorno está se tornando realidade.”

Fotos: Divulgação

Foto: Divulgação

Piloto aprova Goiânia: "Excelente" Elite mundial do motociclismo, a MotoGP não tem pilotos brasileiros no grid atual. Mas dois brazucas brilham na Moto2 e MotoE, modalidades que dão acesso ao Mundial de Motovelocidade. São os paulistas Diogo Moreira, da equipe Italtrans Racing Team, da Moto2, e Eric Granado, titular da LCR E-Team, da MotoE. Ambos aceleraram em Goiânia, em março, dando uma degustação aos goianos do que vem por aí em 2026. Eles aprovaram o traçado do Autódromo Ayrton Senna.

“A pista de Goiânia tem um traçado excelente e, com as reformas, vai estar no padrão internacional do MotoGP ”, comentou Diogo Moreira. Ele contou que está entusiasmado por ver um autódromo brasileiro se preparando para um evento do calibre do Mundial de Motovelocidade. Eric Granado salientou que o retorno da MotoGP a Goiás e ao Brasil no ano que vem possibilita para pilotos como ele a oportunidade de correr estimulado por seus conterrâneos. “Para nós, pilotos brasileiros, é uma oportunidade única. Estamos ansiosos para sentir a emoção de correr diante da nossa torcida.” *

O Governador Ronaldo Caiado recebeu, no autódromo de Goiânia, Diogo Moreira, piloto da Equipe Italtrans Racing Team (Moto2), e Eric Granado, titular da LCR E-Team (MotoE), ambos à sua direita, além de Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports, e Alan Adler, CEO da Brasil Motorsport, à sua esquerda

Modernização

SERRA DOURADA RECEBERÁ ATÉ

R$ 1 BILHÃO DE INVESTIMENTOS

Patrimônio dos goianos, complexo esportivo receberá 100% de investimento privado para a maior reestruturação de sua história, preservará desenho original e terá capacidade para 43,6 mil pessoas

Reformulação da antiga geral, com cadeiras mais próximas ao campo

Reforma e construção de bares e novos banheiros

Rebaixamento do nível do campo de jogo

Novos equipamentos elétricos

Manutenção da Cobertura

OEstádio Serra Dourada tem lugar na história de Goiás como palco de grandes jogos e eventos culturais. No ano do seu cinquentenário, a praça esportiva entra em uma nova fase. O Governo de Goiás acaba de garantir recursos da iniciativa privada para promover a modernização do estádio e colocá-lo em um novo patamar, equiparando-o às grandes arenas do país. O projeto de reestruturação em andamento manterá a identidade original estádio.

Os investimentos serão os maiores da história e podem chegar a mais de R$ 1 bilhão nos próximos 35 anos. O objetivo é devolver o Serra Dourada aos goianos, transformando todo o complexo esportivo – que inclui o Ginásio Valério Luiz (Goiânia Arena) e o Parque da Criança –em uma moderna arena multiuso. Para modernização do complexo esportivo, o projeto prevê um investimento inicial obrigatório de R$ 215 milhões, além de investimentos opcionais. Não haverá emprego de recursos públicos.

Vencedor da licitação, o grupo Construcap tocará as obras seguindo as experiências bem-

Criação de Zona Mista

Espaço vai atrair investimentos, movimentar economia e gerar de empregos

Novoscamarotes e l o u n g e

Com a modernização, Serra Dourada será multiuso, capaz de receber shows, eventos corporativos, feiras de negócios, além de atividades esportivas. O complexo vai atrair diversas formas de arrecadação, impulsionando a economia com turismo, geração de empregos e desenvolvimento.

rutura para a p r á t i c a ed pserezaleetro

Instalação de Elevadores para facilitar acesso

Nova iluminação externa e paisagismo

-sucedidas de outros palcos do futebol brasileiro, como os estádios Mané Garrincha (Brasília-DF), Mineirão (Belo Horizonte-MG) e Arena Fonte Nova (Salvador-BA).

Novo Serra

O processo de modernização do Estádio Serra Dourada preservará o desenho do premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Estádio, no entanto, terá maior capacidade de público: 43,6 mil pessoas (atualmente, é de 38 mil). O projeto inclui ainda construção de novos camarotes, bares, sanitários e lounges, além da qualificação do estacionamento e a melhoria da acessibilida-

Novosi stemad e moni t o r a m e n t o ed ges çnaru a Recuperaçãod e calçad as e e s t a c i o n a sotnem od onrotne

de com instalação de elevadores.

O estádio também receberá assentos retráteis, bem como nova iluminação externa e paisagismo, o que proporcionará uma experiência ainda mais imersiva para os torcedores. Outra mudança será no gramado. O campo será rebaixado para facilitar o acesso de estruturas para grandes eventos, como shows. A antiga geral, inutilizada há anos, dará lugar a novos assentos próximos ao campo.

A iniciativa do Governo de Goiás segue uma tendência global que busca proporcionar uma experiência de conforto, segurança e serviço de alta qualidade para torcedores, clubes e atletas.

CasaCor Goiás

Na 28ª edição, mostra reúne projetos, arte e gastronomia no setor mais pulsante de Goiânia

Milão

Arquiteta visita a Salone del Mobile e compartilha ideias que inspiram o morar contemporâneo

Projeto: Mariela Romano Foto: Edgard César

Sementes do agora

CasaCor Goiás 2025 propõe uma jornada sensorial que conecta passado e futuro, em diálogo com arte, natureza e inovação

ACasaCor Goiás 2025, instalada no Setor Marista, ocupa um casarão de 3.500 m², em meio à intensa vida urbana e cultural de um dos bairros mais emblemáticos de Goiânia. Com o tema “Semear Sonhos”, a mostra reúne 48 ambientes assinados por 65 profissionais da arquitetura, do design e do paisagismo. Mais do que propor novas formas de morar, os projetos apresentados refletem sobre o tempo, a memória e os afetos. Em comum, há um convite à contemplação do presente como gesto essencial para cultivar o futuro que desejamos.

Arte

A arte é protagonista nesta edição da mostra. No “Studio do Artista”, do escritório JMasi De-sign, peças de madeira e cerâmica revelam histórias e saberes ancestrais. Uma prateleira próxima ao teto exibe cerâmicas iluminadas por luz indireta, criando uma instalação suspensa que convida à observação. A paleta neutra reforça o equilíbrio entre passado, presente e futuro, que guia o projeto.

Na “Casa de Bá”, Leo Romano propõe uma arquitetura que preserva e ressignifica. O arquiteto reaproveitou elementos remanescentes de uma antiga demolição no

terreno, como as paredes de tijolos aparentes, e escolheu cuidadosamente cada detalhe do espaço: móveis, aromas, sons e revestimentos. O resultado é uma experiência sensorial que homenageia a memória afetiva de Goiânia e de sua trajetória pessoal, em especial a de Maria Abadia Haich, amiga, curadora e colecionadora de peças de design, à frente da Armazém AZ. Outra homenagem delicada aparece no “Refúgio de Inspiração”, de Mariela Romano, que reverencia a história da arquiteta Janete Cecílio, fundadora da Ventura Casa. Música, formas e texturas se entrelaçam num loft onde o tempo é protagonista. Já a “Casa Novembro Essence”, de Nando Nunes, inspira-se nas casas de montanha para criar um refúgio acolhedor, com reves-timentos dispostos em espinha de peixe, ladrilhos estampados e materiais naturais.

Com curadoria de arte de Wanessa Cruz, a “Galeria Essência”, projetada por Eduardo Medei-ros, apresenta obras de arte selecionadas a partir da coleção particular do advogado Leopoldo Veiga Jardim. Em apenas 25 m², o espaço une vivência estética e convívio em uma proposta que valoriza a presença da arte no cotidiano.

A arte extrapola os espaços expositivos

fixos. O Senac Goiás, por exemplo, realizará uma ex-posição de obras que exploram a integração entre o urbano e o natural, além de uma mostra de moda focada em sustentabilidade e inovação. Já o Sebrae promove o Prêmio CasaCor Goiás de Artesanato, que reconhecerá os projetos que melhor integrarem obras de artistas e artesãos locais, reforçando o vínculo entre design autoral e cultura goiana.

Gastronomia

Nesta edição, a gastronomia ocupa lugar central na experiência da mostra. O restaurante “Me & Mr. Lu”, assinado pela designer Mayara Oliveira, é comandado pelos chefs Ian Baiocchi e Lucas Duarte, do Grupo Íz. Com 200 m², o espaço une áreas internas e externas e privilegia a integração visual, com móveis curvos, tons de verde e fotografias de natureza.

A imersão sensorial se estende ao “Bar de Vinhos – Taberna D’Época Arte & Vinho”, projeto de Ednara Braga, Juliana Resende e Flávia Araújo. Com uma jabuticabeira como ponto de partida, o local mistura tradição, arte e sustentabilidade. A carta de vinhos traz rótulos cuidadosamente selecionados para harmonizar com tábuas de charcutaria e petiscos artesanais.

Hannah Motta
Refúgio de Inspiração - Mariela Romano
Fotos: Edgard César
Morar

Elementos como cimento oxidado, espelhos envelhecidos e obras de Heloísa Lobo e Siron Franco completam a ambientação.

Para os apreciadores da coquetelaria, o Soto, de Clécio Lourenço e Gervásio Milaneze, é um refúgio sofisticado. Inspirado nos clubes sociais londrinos, o bar convida à apreciação com sua iluminação estratégica e paleta refinada. O projeto conecta luxo, bem-estar e desaceleração.

A “Casa Amaranta”, uma boutique de chá e confeitaria que seguirá ativa mesmo após o fim do evento, foi projetada por Isabela Barra. O ambiente mescla madeira escura, tons neutros e peças artesanais para criar um espaço acolhedor e autoral. Os visitantes podem experimentar blends de chá exclusivos, drinks criativos e petits fours, em um encontro entre tradição e reinvenção.

A cafeteria Fábrica, do empresário Alexandre Jardim, completa o roteiro gastronômico. Com projeto de Geovanna Apolinário, o espaço de 60 m² une estética industrial e elementos natu-rais, com destaque para os tijolos aparentes, o verde suspenso e o carrinho de sorvetes arte-sanais que recepciona os visitantes. É um ponto de parada pensado para pausas leves em meio ao circuito da mostra.

Arquitetura e afeto Espaços voltados ao convívio, à introspecção e à inovação traduzem o conceito de “Semear Sonhos” em diferentes escalas. No “Meu Encontro”, Luísa Azevedo integra bancada, ilha e mesa de jantar em uma planta fluida que estimula trocas. O muxarabi arremata o espaço e sim-boliza os ciclos da vida.

No “Refúgio Afeto”, Rodrigo Peixoto cria um espaço sereno e minimalista, com madeira, texturas naturais e iluminação indireta. Já o “Lounge Bar BRB”, de Lucas Machado, une o azul profundo do Mediterrâneo à ardósia e à madeira, valorizando a luz natural e a materialidade como ponto de conexão com o tempo.

Outro projeto que traduz com sensibilidade o espírito da mostra é o espaço “É Tempo de Semear”, de Sammea Vilarinho. Em apenas 20 m², a arquiteta compõe um ambiente de reconexão com a natureza. Tons de terracota, flores vibrantes e elementos naturais criam uma atmosfera de renascimento e pausa, reafirmando a ideia de que semear é um ato de fé no futuro.

Em “Tempo em Três Atos”, Luísa Macêdo apresenta uma narrativa sensorial dividida em passado, presente e futuro. A loja de aromas estimula os sentidos por meio de fragrâncias, curadoria afetiva e uma instalação interativa

que convida o visitante a refletir: qual é o seu sonho? A atmosfera tátil e acolhedora traduz o próprio tempo como matéria poética do habitar.

Inspirada pela serenidade dos spas, Sheila Teodoro propõe uma pausa urbana no “Banho Público”. Com revestimentos de bambu, bancada em granito e sons da natureza, o local convida ao relaxamento e ao bem-estar. A proposta transcende a funcionalidade para afirmar o autocuidado como um ritual necessário na vida contemporânea.

Outros projetos propõem experiências conectadas à vida contemporânea. A “Casa Smart”, de Rodrigo Ferreira e Isabela Tonelli, apresenta uma morada modular e automatizada, voltada para um casal jovem. Enquanto a “Garagem do Atleta”, de Regina Amaral, transforma uma área funcional em ponto de encontro para ciclistas e esportistas. A mostra propõe ainda novas formas de criar e comunicar. A “CasaCast”, de Gabriella Meireles e Leife Cantuária, é um estúdio de gravação de podcasts que alia estética, conforto e tecnologia. Com um projeto acústico e luminotécnico preciso, o ambiente reafirma o design como instrumento de expressão.

Nas páginas a seguir, conheça em detalhes alguns dos profissionais e projetos que integram esta edição. *

Casa de Ba - Leo Romano
Casa Novembro Essence - Nando Nunes
Anoitecer - Ana Laura Demarcki, Bárbara Catharinne
E Isabela Guimarães
Casacast - Estúdio Cantuária Meireles
Galeria Essência - Stúdio Medeiros
Samba De ¼ - Genésio Maranhão
Refúgio da Vindima - Studio Reis Arquitetura
Varanda Respiro - Carol Gama
Varanda Novo Ciclo - Juliana Durando
Espaço do Incorporador O.M - Pedro Ernesto Arquitetura
Conviver Deca - Bezerra Panobianco

Todas as flores

Arquiteta Sammea Vilarinho cria, na Casa Cor Goiás 2025, metáfora sobre cultivo da fé no futuro com ambiente de 20 m² onde a natureza dita o ritmo dos afetos

Uma pausa para respirar e sentir a natureza em um recanto onde diversas espécies de flores se misturam ao design e a uma concepção de afeto que parte da sensorialidade. Essa proposta imersiva é a essência do ambiente assinado pela arquiteta Sammea Vilarinho na CasaCor Goiás 2025, uma espécie de floricultura-refúgio batizada como "É Tempo de Semear", que tem 20 m² de reverência ao natural. “O projeto foi inspirado no ritmo da natureza, no gesto do cuidado e na beleza dos processos silenciosos. A proposta é ser um refúgio sensorial e simbólico. Representa um intervalo poético no tempo, onde a arquitetura acolhe o ciclo da vida e nos convida a plantar intenções, memórias e afetos”, caracteriza.

O espaço une o trabalho autoral e linguagem poética da profissional à sensibilidade botânica de Ana Paula Carvalho, criadora do estúdio floral Flosofia. “Convidamos o visitante a desacelerar, respirar e se reconectar com a natureza, em uma espécie de floricultura contemporânea e emocional”, diz a arquiteta, que está na sua quarta participação na mostra. “A curadoria floral da Flosofia acompanhará o tempo e literalmente florescerá, de forma sutil e fluida, ao longo do período da mostra. A proposta é valorizar o design sensível e o afeto nos detalhes, como os objetos com memória e as imperfeições que contam histórias, por meio da arte floral. Nesse ritmo, entre silêncio

Arquiteta Sammea Vilarinho
O ambiente propõe uma pausa sensorial em meio à rotina, em que o tempo desacelera e cria uma atmosfera de acolhimento que desperta memórias e sentidos
Encanto
Lucas Pereira

e presença, as composições respiram e as flores se fundem ao cenário arquitetônico”, diz Sammea. Predominam no projeto materiais naturais e texturas orgânicas, escolhas fundamentais para criar uma atmosfera de acolhimento e presença. Entre os destaques está o uso de cerâmicas rústicas, pedras e madeira em seu estado bruto.

No mobiliário, foram utilizadas peças de design brasileiro autoral, com destaque para linhas simples e materiais naturais. “Cada peça foi escolhida pela sua capacidade de emocionar. São objetos que dialogam com

a ideia de tempo, memória e permanência. O design aqui não é protagonista, mas, sim, coadjuvante de um enredo mais profundo: o de semear sentidos”, afirma a arquiteta. A linha pentagrama, da Tidelli, faz a vez de receber na parte externa com charme e aconchego. Destaque também para embalagens e joias de parede exclusivas, criadas especialmente para o ambiente, que arrematam essa aura de naturalismo convidativo.

A iluminação foi minuciosamente desenhada para criar um efeito de extensão da luz natural: suave, pontual e com texturas, como

se pudesse contar uma história por conta própria. Harmonizando com essa ideia, a paleta de cores é terrosa, orgânica e reconfortante, com tons terracota e oliva em meio às flores, que revelam a alma do projeto. “As cores não gritam, sussurram, como sementes que germinam devagar”, complementa.

O paisagismo foi construído a partir da ideia de uma semeadura literal e simbólica. A sustentabilidade está presente na valorização do fazer local e artesanal, na permanência dos tijolos à vista e na escolha de materiais duráveis. “Mais do que um ambiente expositivo, o projeto propõe uma vivência, uma narrativa visual e emocional que transforma a visita a uma floricultura em um ritual de introspecção e beleza”, conjectura. Ainda de acordo com Sammea, a proposta faz referência ao tema da 28ª edição da CasaCor Goiás, ‘Semear Sonhos’. “Em meio às nossas flores, está cultivado o ato de semear como uma metáfora de fé no futuro e de compromisso com o que se deseja ver florescer”, conclui. *

SAMMEA VILARINHO ARQUITETURA E DESIGN DE INTERIORES @SAMMEAVILARINHOARQUITETURA (11) 98538-4486

Fotos: Edgard
César
O Terracota se mistura ao verde e domina a paleta de cores
Texturas orgânicas e materiais naturais traduzem a conexão entre ambiente, permanência e sensibilidade estética
O espaço recebeu curadoria floral assinada pela Flosofia

Essência

Encontro que alimenta a alma

Elementos naturais, materiais nobres e linhas orgânicas se misturam para integrar requinte e leveza ao projeto do restaurante concebido por Mayara Oliveira na mostra CasaCor Goiás 2025

Lucas Pereira
Designer Mayara Oliveira
Foto: João Carlos
Fotos:
Edgard
César
Tons terrosos, mobiliário bem pensado e a arte fotográfica de Marcello Menezes criam um elo entre sofisticação e natureza

Elegância, fluidez e conexão com a natureza definem o restaurante Me & Mr. Lu, spot capitaneado pelos chefs Ian Baiocchi e Lucas Duarte, com projeto assinado por Mayara Oliveira na CasaCor Goiás 2025. Convidada pela Essence Acabamentos para a mostra, a designer concebeu um ambiente onde a gastronomia encontra a arquitetura em perfeita harmonia. Em 200 m² integrados de maneira orgânica, o layout propõe uma circulação contínua e harmoniosa, que favorece os encontros e a contemplação. “Nossa localização é privilegiada e favoreceu a união da sofisticação e da leveza com o uso de materiais nobres, como madeira e mármore, a presença de arte e da natureza, que invade o espaço com delicadeza. A conjunção desses elementos é um convite a se sentar para ter uma experiência sensorial na qual arquitetura e gastronomia se fundem”, afirma a designer.

Na sua sétima participação na mostra, Mayara investiu em uma paleta de tons predominantemente terrosos aliados ao verde. A profissional conta que a escolha das cores que remetem ao meio ambiente também partiu de referências do tema asiático muito presente na culinária servida no restaurante. “A Ásia tem uma cultura riquíssima e essa conexão entre a potência dos sabores e a mescla única de cores e sentidos”, complementa. A iluminação é sutil, indireta, com pontos focais estratégicos que exaltam um clima intimista e discreto. Saltam aos olhos o lustre de design italiano, da Moooi, inserido no centro do ambiente, e as luminárias esculturais dispostas sobre as mesas.

O mobiliário, exclusivo da Natuzzi Goiânia, traz peças com curvas orgânicas que agregam um dinamismo visual sutil e uma maior fluidez para o deslocamento pelo espaço. O bar rouba o protagonismo para si, com balcão especialmente desenhado e executado com maestria no mármore Verde Guatemala esculpido pela Marmoraria Minas Goiás, que também foi responsável pela

execução das peças. O teto recebeu marcenaria pela Hoa Studio, que ainda assinou a adega côncava com iluminação focal e o banco curvo que circunda boa parte do salão.

Madeira natural envelopa o ambiente interno de maneira elegante e calorosa. A sua proeminência ainda cria um contraste sofisticado com o mármore verde e com os mais de 100 m² de revestimentos fornecidos pela Turimex Revestimentos, entre eles o Travertino Romano, aplicado com destaque nos pisos externos. A colaboração com a empresa se estendeu aos materiais usados nas paredes próximas à estante e ao revestimento orgânico da área dos ombrelones. O piso da área externa recebeu Travertino Anticato, enquanto a parede do jardim foi revestida com Suez Orgânico, em uma composição que valoriza cada detalhe e enaltece o poder dos materiais nobres no design de interiores. O piso geral, com destaque para a cerâmica em cacos, o piso de olaria da área do pergolado e o cimentício na parede verde da área interna são da Essence Acabamentos.

Obras de arte do fotógrafo Marcello Menezes funcionam como elo entre o indoor e o outdoor, carregando um pouco mais do verde do jardim

para o ambiente, o que colabora para a prevalência da atmosfera suave proposta e reforça a integração visual. Nesse sentido, assim como a madeira abraça os espaços internos, a natureza envolve a área de convívio ao ar livre. A designer manteve árvores frondosas preexistentes no terreno e providenciou a companhia de novas espécies, inseridas em parceria com o paisagista Gilberto Caldeira. A área aberta também recebeu ombrelones exclusivos, desenhados e executados especialmente para o projeto pela Summer, com estampas nos mesmos tons das almofadas do banco e do tecido que reveste parte da parede do bar.

Dessa forma, aliando técnicas, tendências e uma intenção de permitir que o ambiente respire, Mayara leva a natureza viva para dentro da 28ª edição da CasaCor Goiás. “Minha maior intenção era a de despertar o acolhimento e o desejo das pessoas de estarem presentes, sentindo e vivenciando o ambiente”, conclui. *

(62) 99607-5261

Circulação fluida favorece o convívio e cria momentos de contemplação em meio à experiência gastronômica
Madeira domina teto e paredes, ampliando a sensação de aconchego no salão principal
Mármore Verde Guatemala e iluminação pontual compõem o bar, peça central do ambiente

Elegância

Onde

tudo se conecta

Um espaço de contemplação, onde as ideias emergem e o design provoca os sentidos. Esse é o ambiente proposto pelo arquiteto Lucas Machado na 28ª CasaCor Goiás

Lucas Pereira

Existe intenção em cada detalhe do projeto pensado pelo arquiteto Lucas Machado para a edição 2025 da CasaCor Goiás. Com 35 m², o Lounge Bar BRB, fruto da parceria com o Banco BRB, oferece uma experiência sensorial em que arquitetura, arte e design se encontram com leveza. “Inspirado pela elegância atemporal italiana, o espaço mergulha no azul profundo do Mediterrâneo, criando um contraste delicado a partir da combinação de materiais naturais, como madeira e ardósia, que proporcionam uma base sólida e ao mesmo tempo acolhedora”, caracteriza ele, que dá início à comemoração dos 10 anos do seu escritório, o Studio Lucas Machado, com o projeto na mostra.

O profissional se valeu dos princípios da neuroarquitetura – conceito que utiliza conhecimentos de neurociência e psicologia aplicados à arquitetura para criar espaços que impactam positivamente a saúde e o comportamento do ser humano – para traduzir uma atmosfera que representa a imensidão do mar em analogia à profundidade dos desejos.

terrosos, azul mineral, cinza carvão e neutros. A iluminação é cênica e emocional, com o uso dramático de luz difusa e pontos focais para compor atmosferas distintas de maneira sutil.

No mobiliário, todo da Ventura Casa, predomina o desenho curvo e acolhedor, como nas peças de Linda Martins. “Eu quis valorizar o design sensorial para despertar conexão e memória. São formas singulares e texturas autênticas, que unem brasilidade a referências italianas, entre o clássico e o contemporâneo”, explica Lucas. Todo o projeto de marcenaria foi executado pela OG Ambientes, os revestimentos são da Monet Acabamentos e as peças em mármore inseridas no ambiente são da Marmorarte.

@STUDIOLUCASMACHADO (62) 99860-8510

A paleta de cores é carregada de sofisticação, com a mistura entre o tom de Azul Mistério do Oceano, da Coral, tons

Em destaque, o bar se integra ao ambiente com elegância e funcionalidade. O arquiteto preservou as janelas em arco original como símbolo de memória e integração entre tempos. “Esse recurso permite que a luz natural percorra o espaço, criando uma dança de sombras que se transforma ao longo do dia”, elabora. E, ainda, uma parede com ladrilhos de andorinhas como instalação artística viva representa uma metáfora ao voo através dos sonhos. *

STUDIO LUCAS MACHADO ARQUITETURA
Arquiteto Lucas Machado
Com 35 m², o lounge integra bar, mobiliário de formas orgânicas e revestimentos naturais com iluminação cênica e janelas em arco preservadas
Fotos: Lucas Gouveia

Laços

Arte do encontro

Na sua quinta participação na CasaCor Goiás, arquiteta

Luísa Azevedo brinda as conexões da vida com ambiente de proposta intimista e repleto de simbolismos

Lucas Pereira

Vinícius de Moraes eternizou que a vida é a arte dos encontros. São eles que dão início e forma a tudo, seja a um agrupamento de dois ou mais indivíduos, ou mesmo à possibilidade de um colóquio íntimo consigo mesmo. Na vida, então, o encontrar é inevitável, já o ‘se encontrar’ é imprescindível. E é para celebrar a força instintiva das conexões humanas que a arquiteta Luísa Azevedo apresenta um espaço sensorial de 40 m² na CasaCor Goiás 2025: o mEU encontro.

“O nome carrega um duplo sentido intencional: representa tanto o encontro pessoal e interior como o encontro entre pessoas e a troca de experiências. Eu parti da proposta de refletir sobre os ciclos da vida, desde os obstáculos que enfrentamos até a realização dos sonhos. E, assim, eu quis relacionar essa concepção com o tema desta edição da mostra, que é ‘Semear Sonhos’, de modo que o ambiente representa o plantio simbólico de ideias, emoções e relações”, conjectura a profissional.

A ideia de integração é a alma do ambiente. Para unir as pessoas, o social está integrado com a bancada e uma ilha ao centro, e, ainda, à mesa de jantar, que tem base em muxarabi.

A arquiteta conta que decidiu utilizar o item por ser um elemento arquitetônico que une

estética, tradição e funcionalidade. Destaque para a adega, com iluminação indireta em uma das paredes, que faz referência ao compartilhamento e às trocas. No mobiliário, peças de design assinado endossam a atmosfera de sofisticação do espaço, como a poltrona Carcará, do Estúdio Dup Design; as cadeiras Prima, de Bernardo Figueiredo, e o mancebo Parabelo, dos designers Renata Gutierrez e James Rowland.

Na sua quinta participação na CasaCor Goiás, Luísa comenta que, para representar os ciclos do tempo, baseou a estética do projeto na repetição de quadrados como símbolo da interligação entre as pessoas e as fases da vida. “A forma geométrica repetitiva figura como identidade visual e conceitual”, explica. Ainda nesse sentido, a paleta de cores traz o branco cru da Coral e tons de preto em predominância, criando um jogo dinâmico que dialoga com a composição geométrica, com forte uso da madeira, aplicada na marcenaria e na mesa de jantar.

Associado aos tons sóbrios e aos materiais nobres dispostos também nos itens decorativos, o paisagismo arremata com um toque de leveza. “Em tantos encontros, de vida e almas, temos nossos sonhos semeados, plantados e colhidos”, finaliza. *

Arquiteta Luísa Azevedo
O ambiente favorece a convivência com bancada, ilha central e mesa de jantar apoiada sobre base em muxarabi
Foto: Edgard
César
Foto: Higor Lima

Arquitetura, design e música convergem para evocar memórias e emoções, e suscitam uma espécie de narrativa afetiva criada pela arquiteta e designer de interiores Mariela Romano para o seu ambiente na CasaCor Goiás 2025. Com 65 m², o Refúgio de Inspiração é um loft sofisticado inspirado na trajetória da empresária Janete Cecílio, fundadora da tradicional loja Ventura Casa, referência em design brasileiro há mais de quatro décadas em Goiânia. “O projeto apresenta um amplo repertório de materiais, peças de design autoral e soluções técnicas que aliam conforto e exclusividade. Cores, texturas e acabamentos foram cuidadosamente escolhidos para construir um ambiente acolhedor, contemporâneo e poético”, conta a profissional.

O painel de parede Quartzito Polaris Gold e o Granito Marrom Chocolate com acabamento vintage nas soleiras, da Marmorarte, ao lado do piano, roubam o protagonismo para si.

Legado inspirador

Arquiteta Mariela Romano assina projeto na CasaCor Goiás 2025 que faz refletir sobre perpetuidade por meio da arte e do design com mix de materiais e atmosfera intimista

Destaque ainda para as portas de correr e pivotantes, com perfis em alumínio aço Corten e muxarabis, da Line Esquadrias, que foram inseridas para garantir uma maior integração entre interior e exterior. “O muxarabi é um item muito versátil, não somente para compor a divisão de ambientes. Aqui, eu quis inseri-lo com vidro por se tratar de um espaço interno e para dialogar com a atmosfera do projeto”, diz.

No mobiliário, todo da Ventura Casa, a mesa de jantar Trevo, de Luciano Santelli, cria um efeito entre côncavo e convexo com as poltronas Blowed, de Ronald Sasson, cujo estofamento amarelo ilumina o espaço, e, ainda, com o espelho painel Índigo, de Ricardo Vidigal. Mariela ainda inseriu o ar-condicionado de teto Cassete, da Daikin, fornecido pela Supertech, especialmente escolhido na cor preta para harmonizar com os painéis e pilares revestidos com laminado Malemínico padrão Moka, da Marel. O som ambiente, composto por um completo sistema de som com caixas de embu-

tir Bluetooth e subwoofer, da Infynit Áudio e Vídeo, reforça o clima acolhedor e convidativo.

A iluminação indireta contribui para a atmosfera intimista, abraçando de forma suave e bem direcionada todo o projeto por meio do uso de luminárias embutidas e perfis de LED, da Studio Luz, criando um efeito sofisticado que dialoga e valoriza a paleta de tons sóbrios predominantes. Nas paredes, obras de Siron Franco colorem a ambientação. Já o paisagismo foi projetado a partir de uma composição tropical e ornamental com vasos de barro. A proposta de Mariela ainda dialoga com o tema da mostra deste ano, ‘Semear Sonhos’. “Cada elemento é um tributo ao poder transformador dos sonhos e àqueles que, com talento e generosidade, os fazem florescer”, finaliza.*

MARIELA ROMANO ARQUITETURA @MARIELAROMANO (62) 99971-0800

Afeto
Lucas Pereira
Arquiteta Mariela Romano
Foto: João Carlos Foto: Edgard César
O espaço une design autoral, arte e memória em um loft poético que celebra a história da empresária Janete Cecílio

Sustentável

Casa do futuro

Rodrigo Ferreira e Isabela Tonelli criam projeto modular com soluções tecnológicas associadas à inspiração artística e memória afetiva que reforça a riqueza da personalização na arquitetura

Olar como organismo vivo: um lugar que cresce com seus moradores e expressa as possibilidades de um viver contemporâneo. Funcional, compacta e em constante evolução, essa é a Casa Smart, projeto de Rodrigo Ferreira e Isabela Tonelli na CasaCor Goiás 2025. O espaço apresenta um novo modo de habitar: flexível, sustentável e conectado. Em 30 m², o ambiente modular foi pensado para um jovem casal que valoriza experiências, propósito e liberdade. Tecnologia e estética se fundem, e a arte reforça vínculos com a memória afetiva, tendo como foco possibilidades de expansão, adaptabilidade e personalização.

“A construção modular permite uma obra rápida, acessível e sustentável, atendendo às necessidades de um mundo moderno sem renunciar à qualidade e ao design. O projeto valoriza materiais sustentáveis, soluções inteligentes e um design que abraça a simplicidade sem perder a sofisticação. Por isso, a modularidade permite que o espaço seja adaptável e expansível, garantindo que cada ambiente atenda às necessidades do momento”, explica a dupla de arquitetos.

Assim, a tecnologia foi incorporada de maneira sutil e eficiente, oferecendo conforto e praticidade sem interferir na estética acolhedora e sofisticada que sobressai no projeto. Os profissionais explicam que automação inteligente, eficiência energética e materiais sustentáveis são os principais elementos que fazem da casa uma alternativa moderna e consciente.

A iluminação é predominantemente quente e foi pensada para criar cenas com a automação. “Iluminamos os nichos e posicionamos arandelas em pontos estratégicos para iluminar nossas peças de arte, que foram selecionadas com muito critério para o desfrute dos

César

Foto: Edgard

visitantes”, contam. Destaque para a luminária de piso e o abajur de mesa Fungi, de Guilherme Wentz, fornecidos pela Interpam+Luz.

O mobiliário, todo da Armazém da Decoração, conta com peças-chave, como o sofá Parati, de Sérgio Rodrigues; banco Ela, da Etel; mesa de jantar Moon, da Folio; a cadeira Pedro, de Fernando Mendes, e a banqueta Viki, do Estúdio Bola. Entre os itens decorativos, alguns adornos da Casa Mix, como o tapete Espiral, do artista Marcus Camargo, e objetos que agregam um perfume poético, como os cabideiros de parede e piso, assinados por Leo Romano. No quarto de casal, o espelho Piedra compõe a decoração. Desenhado por Rodrigo Ferreira, trata-se de sua primeira peça de design, e revela, por meio de seu traço, sua história e memória, o olhar apurado que o acompanha em sua jornada como arquiteto. “A presença da arte no ambiente reforça o caráter afetivo e singular do projeto, tornando a casa um refúgio para mentes criativas e inquietas”, caracterizam. O projeto paisagístico ficou a cargo da Rogoski Paisagismo, em parceria com a Verdô Atelier Botânico, com diferentes espécies de plantas escolhidas para garantir mais suavidade ao ambiente.

“Nós quisemos construir um refúgio para aqueles que querem experimentar, colecionar momentos e viver de forma mais significativa e conectada com o tempo. Um refúgio que traduz a alma da mostra e reforça a ideia de que, ao semear sonhos, cultivamos novas possibilidades para o futuro da arquitetura e do design”, concluem. *

RODRIGO FERREIRA E ISABELA TONELLI @RODRIGOFERREIRA.ARQ/ @ISTOARQUITETURA (62) 99652-6946 / 98167-7602

Foto: Edgard César

Arquitetos Isabela Tonelli e Rodrigo Ferreira
Foto: João Carlos
Compacta, funcional e tecnológica, a casa modular se adapta ao morador e permite expansão e personalização

Consciência da arte, dualidade do reflexo

Arquitetos Jefferson Castro e Ricardo Masi assinam ambiente imersivo que homenageia a arte, os processos criativos e a cocriação com saberes ancestrais na CasaCor Goiás 2025

Na obra Cidades Invisíveis , do italiano Italo Calvino, Valdrada é uma cidade visualmente assimétrica que, construída à beira de um lago, é inteiramente refletida pelas águas. Como se replicada, entre o real e o ilusório, a vida e a fantasia. É dessa dualidade quimérica que surge o Studio do Artista, ambiente assinado pelos arquitetos Jefferson Castro e Ricardo Masi na CasaCor Goiás 2025.

“A proposta era criar um espaço que funcionasse como um portal entre o urbano e o natural, um local de cocriação entre artistas e artesãos, onde o design se conecta à ancestralidade, à sustentabilidade e à filosofia. O projeto celebra o luxo consciente, voltado a um público que busca moradias compactas sem renunciar à profundidade conceitual. O Studio do Artista é um manifesto sensorial sobre ‘Semear Sonhos’, tema deste ano da mostra”, afirmam os profissionais.

Em 31 m², o ambiente reverencia o processo criativo e valoriza a memória ancestral

de mestres artesãos. As texturas são naturais: madeira nas paredes, granito rústico no piso e cerâmicas com acabamento artesanal. Elas mantêm um diálogo suave com a paleta de cores, que privilegia tons terrosos e neutros, como nude, branco, madeira clara e granito cinza azulado. “Quisemos criar uma atmosfera de tranquilidade e sofisticação sensorial”, dizem. A iluminação é 100% em LED, o que resulta em uma luz pontual e acolhedora.

Um painel-arte em cerâmica de argila branca, composto por 70 peças de 28x28 cm, foi criado por Ricardo como releitura das cidades descritas por Calvino. Já o espelho de cor âmbar, aplicado no teto, cria um efeito visual que remete ao reflexo do lago de Valdrada e ao diálogo entre a realidade e sua duplicação. E, ainda, um painel muxarabi em alumínio branco integra o visual interno ao externo, assim como a janela circular, que tem vista para uma jabuticabeira no jardim.

O mobiliário reflete a criação como legado, o tempo como matéria e gesto poético. En-

tre as peças de design assinado, com estética simbólica e artesanal, estão o pendente Fungi, a luminária Adobe e a escrivaninha Officer, de Guilherme Wentz; a poltrona Canela, de Bruno Faucz; a poltrona Paese e o sofá Genoa, de Fabio Lima; a mesa Tsuru, de Jayme Bernardo, entre outros. “Cada peça foi escolhida por sua capacidade de expressar o diálogo entre natureza, arte e design funcional, alguns com referências diretas ao trabalho artístico de Ricardo Masi, como o origami e o tsuru”, afirma Jefferson.

A maioria das obras de arte presentes no espaço é fruto da colaboração com artesãos do Sebrae, reafirmando a valorização dos saberes ancestrais e da cocriação. Segundo os arquitetos, essa união entre arte e artesanato é uma homenagem ao ‘sonho coletivo’ e à força da tradição como caminho para inovação. *

JMASI ARQUITETURA, DESIGN, ARTE @JMASIDESIGN (62) 99925-3909/ 99993-0111

Arquitetos Ricardo Masi e Jefferson Castro
O ambiente celebra o luxo consciente em um espaço que propõe a cocriação entre artistas e artesãos
Talento
Foto: João Carlos
Foto: Edgard César

Morada de afeto

Um refúgio onde a vida realmente acontece precisa abrigar sensibilidade e afetuosidade. Essa é a essência do projeto concebido por Rodrigo Peixoto para a 28ª CasaCor Goiás

Amissão do arquiteto Rodrigo Peixoto foi transformar sentimentos em algo visível e palpável no seu studio de 25 m² na CasaCor Goiás 2025. O Refúgio Afeto é um espaço que reproduz a beleza da simplicidade e o morar enquanto gesto de acolhimento. A atmosfera que prevalece é de serenidade e introspecção, para criar uma “casa com cara de casa”, como define o profissional. “O ambiente foi pensado para cultivar relações e sonhos cotidianos. Mais do que estética, o projeto expressa uma filosofia de vida: morar com leveza, conexão e propósito. Um lugar para receber família e amigos, tomar um drink, beber um vinho e comer algo, com o intuito de criar memórias e semear novos sonhos com as pessoas que amamos”, afirma.

A estética predominante é pautada por um minimalismo orgânico, linhas puras e sensibilidade tátil. Em destaque no ambiente está um quadro da artista Natália Lage, que remete ao corpo feminino no período da amamentação. “Nada mais afetuoso do que uma mãe amamentando seu filho”, observa o arquiteto. Nesse sentido, ele fez prevalecer essa aura delicadamente calorosa. “Investi em uma

iluminação indireta, em parceria com a Conceito Lux, para criar uma atmosfera mais agradável e intimista. Junto com cores mais escuras e neutras, como branco, bege e amadeirados, a ideia era ressaltar essa sensação de acolhimento e aconchego”, comenta.

Os itens que compõem o mobiliário assinado são do acervo da Ventura Casa, como a mesa de jantar Baobá, do Studio Forma Bruta, e as cadeiras de Pitita, assinadas pela Tissot. “O design é contemporâneo e elegante, com linhas retas e elementos orgânicos que se integram harmoniosamente. São móveis que trazem personalidade e fogem do convencional. Como o espaço é reduzido, a ideia foi aproveitá-lo da melhor forma para criar uma área aconchegante por meio do mix de acabamentos”, explica.

Entre os elementos escolhidos para o projeto estão madeira natural, tecidos leves e texturas acolhedoras. Destaque para o MDF Sucupira, da Arauco, e o revestimento de cerâmica da Delfavero. Toda a marcenaria presente foi executada pela Casamais Ambientes. Itens decorativos distribuídos pelo espaço dão um toque de memória afetiva que arremata

a proposta sensorial. O paisagismo foi introduzido por meio da composição de plantas de área interna em vasos de diferentes tamanhos. Eles dialogam com a mistura de elementos naturais, texturas e formas, reforçando o clima acolhedor. “Assim, eu quis que o ambiente pudesse comunicar aos visitantes da mostra a ideia de um lar ao mesmo tempo moderno e afetivo, onde estética, arte e memória se encontram para criar uma experiência sensorial completa”, diz. *

Tons neutros, madeira e linhas retas criam uma atmosfera tranquila, cultivando o convívio, os encontros e trocas
Com design elegante e móveis fora do óbvio, o studio une formas orgânicas e personalidade
Arquiteto Rodrigo Peixoto
Fotos: Lucas Gouveia

Abrigo funcional

Regina

Amaral rompe com a ideia de garagem tradicional ao propor espaço de

lazer contemporâneo e utilitário que celebra um estilo de vida ativo

Vida é movimento. Ela acontece até durante as pausas, mesmo nos momentos de descanso. E nesse ritmo estão as mudanças, que oscilam, mas são frequentes. É dessa constância que nasce a ideia da arquiteta Regina Amaral para a sua Garagem do Atleta, de 46 m², na CasaCor Goiás 2025, um abrigo que celebra o movimento, o autocuidado e a paixão por um estilo de vida ativo.

Aliando conforto e funcionalidade, a profissional concebeu um espaço de lazer e bem-estar pensado para ciclistas e aficionados por esportes, no qual une oficina e convivência em um ambiente equipado para manutenção de bicicletas, reunir amigos, assistir a competições e celebrar hábitos mais saudáveis. “Em um mundo que valoriza a saúde física e emocional, eu quis propor um refúgio contemporâneo em que se cultivam sonhos, objetivos e conexões, unindo performance, cuidado pessoal e paixão pelo movimento”, comenta.

Com uma profusão de concreto aparente, madeira e metais, o projeto tem um layout funcional e o conforto predomina em meio aos recursos versáteis e dinâmicos que traduzem um lifestyle prático e moderno. Entre as tendências presentes, a profissional enfatiza a escolha do silestone Raw D, da Consentino, utilizado nas bancadas e na parede onde foram instaladas as bikes, assim como os mó-

veis que receberam a cuba e as bancadas, itens que podem ser retirados em caso de mudança.

Entre as peças de design assinadas inseridas no mobiliário, saltam aos olhos o pendente Frak, de Jader Almeida, destaque absoluto na iluminação, bem como as banquetas Disco, de Arthur Casas, e o sofá Mauro, do designer Lucas Bond. “A iluminação foi pensada para ser cênica, de modo que iluminamos uma parede com o revestimento Minimal Rústico, de concreto, da Munó Acabamentos, e valorizamos também o mobiliário”, comenta Regina.

Sobre a paleta de cores, ela conta que a base utilizada foi a cor Traços de Artista, da Coral, que tem um tom cinza escuro. “Complementamos com piso e parede em concreto e os móveis em maioria na cor preta. Assim, tivemos um resultado despojado para receber as cores dos equipamentos e mobiliário”, complementa. Um tapete e algumas almofadas Kilim ainda contribuíram para dar um toque mais descontraído ao ambiente. No paisagismo, a arquiteta optou por inserir Espadas de São Jorge plantadas em vasos de concreto por se tratar de uma planta prática que traria um resultado visualmente agradável e agregaria leveza ao espaço. Regina defende que um bom projeto é aquele em que, além da estética, pode-se aproveitar bem todos os elementos e espaços. Foi o que ela fez. *

REGINA AMARAL ARQUITETURA E DESIGN @ESTUDIO.REGINAAMARAL (62) 99977-2037

Lucas Pereira
Em 46 m², projeto reúne oficina e convivência com funcionalidade, acolhendo amigos, esporte e boas histórias
Arquiteta Regina Amaral
Foto: João Carlos
Foto: Marcus Camargo

A sustentável leveza do bem-estar

Com atmosfera de frescor e composição suave de elementos naturais, Sheila Teodoro renova conceito de banheiro urbano com experiência de contemplação

Plantas, luz suave e sons da natureza transformam o banho público em refúgio urbano e espaço de bem-estar

Influenciado pela serenidade dos spas e pela força regeneradora da natureza, o ambiente Banho Público, assinado por Sheila Teodoro para a 28ª edição da CasaCor Goiás, reinventa de maneira simples e delicada a experiência de um banheiro urbano. “O projeto nasceu da conexão profunda com a natureza, inspirado na experiência sensorial e relaxante de um spa. É um espaço que convida ao respiro e à contemplação, trazendo elementos naturais que despertam os sentidos e proporcionam bem-estar”, caracteriza. Mais do que funcional, o ambiente é um refúgio sensorial em meio ao cotidiano acelerado, como diz a profissional. Com revestimentos em bambu natural, bancada em granito e vegetação viva, o projeto agrupa três conceitos principais: estética, sustentabilidade e introspecção. A iluminação suave e os sons da natureza completam a experiência de descanso e renovação. Sheila reforça que quis evocar o ato de respirar fundo e, em um ritmo desacelerado, encontrar, na arquitetura, um caminho para o bem-estar.

“O revestimento em painel de bambu natural totalmente sustentável, em tons terrosos, fornecido pela Techrip, não só reveste o espaço, como emana a simplicidade sofisticada da natureza. No piso, inseri o mármore natural 'Zante', lançamento da Multi Pedras, que acrescentou mais textura e frescor, reforçando o conceito orgânico e proporcionando um caminhar agradável e sensorial”, garante.

A arquiteta conta ainda que a bancada em granito natural, fornecida pela Marmorarte, foi talhada manualmente com detalhes rústicos, conferindo um aspecto autêntico e artesanal ao espaço. “Para intensificar a conexão com a natureza, inserimos plantas naturais estrategicamente posicionadas atrás e abaixo da bancada, trazendo frescor, vivacidade e um toque orgânico ao ambiente”, diz. Todas as cubas, louças e metais foram fornecidos pela Deca, garantindo qualidade, design e funcionalidade para a experiência dos visitantes.

A iluminação, com peças discretas no teto e no piso, é baixa e acolhedora, para criar uma atmosfera de intimidade e conforto. A paleta de

cores faz transcender o frescor, com tons suaves que remetem à natureza. Os espelhos da coleção Chuva e o cabideiro, assinados por Leo Romano para Movelaria Brasileira, agregam uma fluidez e complementam o conceito do espaço com elegância e funcionalidade. Destaque ainda para os banquinhos da Vermel e a luminária de Tânia Terpins para Legado Galeria.

“O ruído da água em movimento, proveniente de uma fonte estrategicamente posicionada, se mistura a uma trilha sonora suave de elementos naturais, como o canto dos pássaros e o som das folhas ao vento, intensificando a sensação de refúgio dentro da rotina urbana”, conjectura ela sobre a proposta sensorial que abraça o lugar. “Este banheiro público transcende sua função convencional e se torna um espaço de renovação onde a natureza e o design dialogam para criar uma experiência única e memorável”, enfatiza. *

Conexão
Designer Sheila Teodoro
Foto: João Carlos
Foto: Edgard
César

Tempo em três atos

Memória, identidade e propósito constroem jornada cronológica em ambiente de estética maximalista e sinestésica com assinatura de Luísa Macêdo

Lucas Pereira

Arquiteta Luísa Macêdo apresenta o tempo, enquanto conceito interconectado, como matéria-prima do viver em uma atmosfera tátil, subjetiva e essencialmente humana, e transporta os visitantes da CasaCor Goiás 2025 a um percurso pelo ciclo da vida, revelando uma narrativa afetiva ancorada na memória e no pertencimento. Com sensibilidade poética, a profissional materializa a esperança coletiva por um futuro mais consciente, ao mesmo tempo em que resgata a sabedoria ancestral e celebra o momento presente com o Tempo em Três Atos, uma loja de aromas de 20 m².

“A entrada, que representa o passado, remete à ancestralidade e à troca entre gerações. Como uma espécie de ‘alpendre contemporâneo’, convida a se reconectar com a essência”, explica. As poltronas e o banco

Jorge, assinado pela própria profissional, reforçam a atmosfera de acolhimento. “O presente, simbolizado pelo grande arco central, é o elo entre o que fomos e o que podemos ser. Nele, elementos da natureza, como flores, especiarias e materiais que inspiram as fragrâncias da Cravo & Canela Aromas, se aliam ao design autoral e à arte regional. Já o futuro é representado pela instalação interativa composta por um totem de luz tensionada e uma urna de acrílico que provoca uma pergunta essencial: Qual o seu sonho?”, completa.

O mobiliário mescla contemporaneidade e detalhes artesanais. O pendente Ymá, também de autoria de Luísa, traz o tempo como o fio condutor da existência. Destaque para as poltronas Malu, a mesa lateral Pisa, a base de mesa de jantar Cone e os adornos sob a mesa, todos assinados por Leo Romano para a Movelaria Brasileira. “Inseri, ainda, elementos de resgate afetivo, como peças garimpadas e obras de arte feitas sob medida, que reforçam o conceito de um espaço que carrega histórias”, conta.

Os revestimentos têm caráter tátil, desde a madeira com acabamentos naturais, a argila no piso e os tecidos com tramas. A cortina verde, da Bela Arte, ao fundo, emoldura o espaço e remete à natureza. Nas prateleiras iluminadas, os frascos de perfumes e difusores são exibidos como objetos de desejo. A iluminação, fornecida pela LA Studio, é quente e indireta, valorizando texturas e sombras, e a paleta de cores investe em tons terrosos e neutros para evocar conforto e sofisticação.

“A madeira, com seus veios e ranhuras naturais, traz calor e autenticidade, contrastando com tecidos suaves e texturizados. A luz valoriza essas superfícies e reforça a sensação de aconchego. A curadoria de peças foi pensada para criar um diálogo entre arte, mobiliário e arquitetura. A proposta transcende a funcionalidade de uma loja habitual e se posiciona como um refúgio sensorial, onde cada detalhe foi pensado para despertar memórias e emoções”, diz.

Em Lavoura Arcaica, Raduan Nassar escreveu que, “embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento; sem medida que o conheça, o tempo é, contudo, nosso bem de maior grandeza”. E Luísa traduz esse caráter etéreo do tempo com a sensibilidade de quem compreendeu que não é possível capturá-lo, mas é preciso senti-lo. *

Peças autorais e detalhes artesanais emolduram passado, presente e futuro, criando um refúgio sensorial
Arquiteta Luísa Macêdo
Arco central simboliza a passagem do tempo
Foto: João Carlos
Fotos: Edgard
César

Um drink no Soto

Atmosfera de intimismo convida a viver o momento presente em bar de visual sofisticado e confortável, com inspiração londrina, assinado por Clécio Lourenço e Gervásio Milaneze

Um reduto que celebra o hedonismo e a liberdade, onde a exclusividade é um convite a relaxar. Mais do que um bar ou um ponto de encontros, é um refúgio que traduz a máxima de viver o agora. Esse é o Soto Bar, ambiente concebido pela dupla de designers Clécio Lourenço e Gervásio Milaneze na CasaCor Goiás 2025.

Em 35 m², o projeto propõe mais que um bar: cria um ponto de conexão, onde o tempo desacelera e os sentidos ganham espaço. Inspirado nos tradicionais clubes sociais londrinos, mas com um olhar cosmopolita e contemporâneo, e sem perder a brasilidade, o Soto mistura o clássico e o cool, o cuidado com o design e a liberdade de estar. “Quisemos propor uma pausa elegante na rotina, em um espaço onde o design valoriza o bem-estar, as conexões e os rituais em torno de bons drinques e boas conversas”, afirmam os profissionais.

“Escolhemos os elementos tanto pela estética quanto pela funcionalidade. Cada item foi pensado para criar memória: do aroma dos materiais naturais à textura das superfícies”, contam. O mobiliário reforça a personalidade do ambiente e privilegia peças de design brasileiro contemporâneo, com destaque para itens com formas orgânicas e visual atemporal. A marcenaria se equilibra com as obras de arte e adornos, que reforçam o caráter acolhedor do projeto.

A seleção de objetos partiu de uma conjunção de referências clássicas e atuais, com destaque para

o teto, que recebeu intervenção do artista Rubem Brito com plantas fitoterápicas que ganham vida em uma pintura, reforçando o lado sensorial, descolado e criativo do ambiente.

Com uma paleta que transita entre tons terrosos e pontos de cor, o espaço tem um clima intimista. A iluminação é indireta, pensada para valorizar texturas, criar sombras e dar aquele ar de conversa que dura horas. “Utilizamos luminárias de piso estrategicamente posicionadas e uma tela tensionada sobre o bar, que simula a luz natural e cria um jogo suave de reflexos”, explica a dupla.

A escolha dos materiais segue o mesmo espírito: madeira, tecidos, texturas e acabamentos naturais. Cada peça foi pensada para criar memórias, seja no toque, no olhar, no olfato, no som dos copos brindando ou no sabor único e autoral dos drinques. “O Soto nasceu para ser vivido”, contam os designers. “Queríamos um lugar que acolhesse, mas sem formalidade. Que despertasse o desejo de estar, de brindar, de criar boas histórias.”

O nome ‘Soto’ remete a um lugar com ares de segredo, um refúgio urbano com personalidade. Toda a composição sensorial criada por Clécio e Gervásio traduz a ideia de que sofisticação e aconchego não são opostos. “Mais do que um bar, o Soto é lugar de momentos. É design com alma, descomplicado e elegante. É para chegar, pedir seu drinque favorito, encontrar amigos ou só apreciar a beleza das pequenas pausas”, arrematam. *

Com formas orgânicas e visual atemporal, o mobiliário valoriza o design brasileiro
A paleta mistura tons terrosos e de bege com toques vintage, criando um cenário intimista
Os designers Clécio Lourenço e Gervásio Milaneze
Foto: João Carlos
Foto: Edgard
César

Detalhes que transformam

Mundial Mix leva inovação, criações exclusivas e acabamentos sofisticados à CasaCor Goiás 2025

Em um mundo onde cada detalhe conta, os acabamentos em uma obra vão além da função estética, são a alma dos espaços, imprimindo personalidade, conforto e identidade. Na CasaCor Goiás 2025, essa filosofia ganha vida com a presença marcante da Mundial Mix Acabamentos. Com mais de 15 anos de história e duas unidades em Goiânia — a multimarcas Mundial Mix e a exclusiva Mundial

Design —, a marca reafirma seu papel como formadora de tendências no design de interiores. “Sempre fomos uma vitrine de lançamentos em Goiás. Trabalhamos com grandes nomes do mercado, muitos deles exclusivos, e desenvolvemos produtos em parceria com arquitetos, o que nos permite lançar tendências que reverberam ao longo do ano”, destaca a diretora comercial da loja, a designer de interiores Denise Carvalho.

Nesta edição da mostra, o grupo aposta no retorno do bege, do off-white e de elementos orgânicos, que aparecem tanto no paisagismo quanto em produtos industrializados. A volumetria natural, o toque da madeira e o movimento das formas inspiradas na natureza são protagonistas nos espaços, reforçando a proposta de levar aconchego, fluidez e identidade a cada projeto.

Destaque
Cobogó autoral de Giordano Rogoski, em parceria com a Szent e a Mundial Mix, valoriza luz e ventilação no ambiente Verdante, assinado por ele e Bibiana Rogoski. A parede ganhou Filletto Crema, da Natu Pedras
Ísis Dallarmi escolheu o vinílico Temps Noz, da linha Floor da Eliane, para o home office

Um dos destaques é o ambiente Verdante, assinado por Giordano e Bibiana Rogoski. Nele, o revestimento Mata Atlântica Cajaíba, da Decortiles, cobre o piso e remete à leveza das areias da Ilha Grande, enquanto o Patch Pólen, também da marca, estampa folhas brasileiras com acabamento envelhecido. A parede com Filletto Crema, da Natu Pedras, adiciona sofisticação, e o forro em madeira Tauari, da Indusparquet, aquece o lugar com suavidade.

Um elemento exclusivo é o cobogó cimentício criado por Giordano em parceria com a Szent, uma peça autoral desenvolvida com a Mundial Mix que valoriza a ventilação e a luz natural. “A parceria foi essencial. Desde o início, eles foram muito abertos ao projeto e nos ajudaram a especificar os melhores produtos para nossa paleta de cores e acabamentos”, afirma Rogoski.

No espaço O Tom do Hoje, de Lívia Martins, a inspiração veio do quintal da avó, resultando em um local afetivo e acolhedor. “Quis criar um ambiente confortável, que remetesse a encontros e brincadeiras. Os ladrilhos no piso resgatam essa memória, e as cores branco e azul trazem a leveza do verão mediterrâneo”, explica.

O espaço, dedicado aos eventos da mostra, traz o revestimento Copa Osso (formato 1x1 metro), que remete à estética japonesa e promove calma e acolhimento, enquanto o Palau Corsário, aplicado como detalhe, transporta o visitante às ilhas gregas com seu visual em branco e azul.

Já a arquiteta Geovanna Apolinário assina o Café da Fábrica Panela Mágica, onde o rústico e o sofisticado se encontram. “As peças assinadas por Carol Gay para a Decortiles, escolhidas com a Mundial Mix, reforçam o diálogo entre passado e presente”, comenta. No piso e no balcão, as linhas Nimbo e Cumulus, da Decortiles, criam uma transição visual entre tons escuros e claros, evocando a memória sensorial do café.

No banheiro público da mostra, a arquiteta Amanda Bonfim propõe um resgate das superfícies naturais e artesanais. O piso traz o material Kraft Greige, da Decortiles, com nuances quentes e aspecto reciclado que remete ao granilite. Nas paredes, o destaque é o Amazônia Acre, também da Decortiles, com brilho e alto-relevo. “Pensamos em elementos que transmitissem uma experiência sensorial e, ao mesmo tempo, destacassem a beleza

da floresta em sua forma mais bruta e viva”, afirma a sócia-administrativa da empresa, Daniella Carvalho.

No home office assinado por Ísis Dallarmi, a proposta foi unir conforto e praticidade sem abrir mão do design. No piso, o vinílico Temps Noz, da linha Floor da Eliane, simula madeira com toque suave. Já as paredes ganham contraste com os revestimentos Cité Avesso Passado Calcário e Acesso Presente Orla, que criam um jogo de volumes e superfícies aplicadas.

A atuação da marca vai além da curadoria de acabamentos: a empresa também participa da criação conjunta de produtos exclusivos, como o lançamento nacional da torneira desenvolvida por Alexandre Milhomem em parceria com a Rubinetto. “É um diferencial muito grande sermos também criadores. Isso faz com que cada projeto se torne único e memorável”, reforça Denise. *

MUNDIAL MIX ACABAMENTOS @MUNDIALMIXACABAMENTOS / @MUNDIAL.DESIGN AV. T-63, 3.448 - JARDIM AMÉRICA, GOIÂNIA - GO (62) 3945-7481

No banheiro público, Amanda Bonfim utiliza Kraft Greige no piso e Amazônia Acre nas paredes,
No banheiro público, Amanda Bonfim utiliza Kraft Greige no piso e Amazônia Acre nas paredes
Foto: João Carlos
O Café da Fábrica, de Geovanna Apolinário, recebeu criações de Carol Gay para a Decortiles
As sócias Daniella e Denise Carvalho
O Tom do Hoje, de Lívia Martins, traz revestimento Copa Osso, com inspiração nas formas do Japão

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Exclusivo

Design que toca a alma

Marca goiana autoral e de curadoria refinada, a Status Interiores participa da CasaCor Goiás 2025 com presença no ambiente CasaCast

Tati Fernandes

Em um lar, cada peça pode ser mais do que decoração, pode ser afeto, história, memória. Quando o projeto nasce do olhar atento e das mãos que compreendem o tempo das coisas, ele ultrapassa a estética e se transforma em presença. É esse sentimento que a Status Interiores leva para a CasaCor Goiás 2025: o de um design que emociona. Com criação autoral e curadoria refinada, a empresa goiana apresenta no evento uma seleção que une exclusividade e personalização artesanal, os pilares que sustentam sua identidade desde a origem.

Neste ano, a Status participa da mostra compondo todo o mobiliário do ambiente CasaCast, idealizado pelo Estúdio Cantuária & Meireles, do designer Leife Cantuária e da arquiteta Gabriella Meireles. Unindo sofisticação a uma proposta inovadora, o espaço reúne o melhor do design afetivo. O CasaCast nasce com um formato singular de podcast living que provoca os sentidos, acolhe ideias e transforma conversas em inspiração.

“A participação da Status na CasaCor 2025 representa a síntese do que acreditamos: design com propósito, curadoria sofisticada e sensibilidade criativa. O CasaCast foi pensado para acolher, inspirar e transformar ideias em conversas que semeiam sonhos. E é exatamente nesse solo fértil que nossos móveis se tornam protagonistas”, afirma a fundadora e diretora criativa da marca, Márcia Dantas.

O projeto valoriza cada detalhe, desde a paleta terrosa, inspirada na Pantone Mocha Mousse 2025, à funcionalidade acústica pensada para gravações. O mobiliário da Status Interiores preenche o ambiente com sofisticação sensorial e traz conforto aos encontros profissionais. Márcia destaca que o processo de personalização esteve presente em todas as etapas, desde a escolha dos materiais até o acabamento final. “Criamos peças em perfeita sintonia com o conceito do ambiente”, ressalta.

Um dos grandes lançamentos é o sofá Tunísia, assinado por Leife e produzido com exclusividade pela Status. Seus arcos evocam construções arquitetônicas clássicas do país que lhe dá nome. Protagonista do ambiente, a peça conecta criação autoral, ergonomia e acolhimento. “Desde o início, houve uma sinergia muito clara entre a minha visão criativa e a expertise da Status”, declara Leife sobre o processo de criação.

A arquiteta Gabriella Meireles reforça essa parceria como um dos pontos altos do projeto. “Fiquei encantada com o cuidado da Status em todo o processo, desde o atendimento até a fabricação. Desenhamos diversas peças exclusivas, e eles executaram tudo com uma maestria que fez toda a diferença. É gratificante contar com uma empresa regional, com essa qualidade de fabricação, dentro do nosso Estado”, arremata. *

Gabriella Meireles, Leife Cantuária e Márcia Dantas
O sofá Tunísia reflete a personalização dos móveis produzidos pela Status Interiores. Assinado por Leife Cantuária, traz arcos que remetem à elegância das construções clássicas
Foto: João Carlos
Foto:
Edgard
César

Curadoria

Summer celebra 20 anos

Referência no mercado de interiores, loja goiana promove mostra com 11 ambientes assinados e reforça experiência personalizada como diferencial

Thiago Queiroz

Ao completar duas décadas no mercado de arquitetura, design e decoração, a Summer reafirma seu posicionamento como mais que uma loja de mobiliário: é um espaço de experiências, curadoria e conexões criativas. Com uma trajetória construída sobre pilares como atendimento próximo, excelência em produtos e parcerias com arquitetos e designers, a empresa se consolidou como referência no segmento de interiores de alto padrão em Goiânia.

Instalada no Setor Bueno, a Summer foi pensada para proporcionar acolhimento desde a chegada. Mais do que vender produtos, a marca se propõe a oferecer uma experiência afetiva e imersiva, na qual o cliente se sente parte do ambiente. “A gente quer que o cliente se sinta em casa, literalmente”, afirma Helen Simone, uma das sócias. “Nosso atendimento é muito próximo, personalizado. Aqui, o cliente pode colocar o tecido da cortina ao lado do papel de parede, do tapete e do mobiliário, e visualizar o

ambiente como um todo”, explica. Essa abordagem humanizada reflete a identidade da empresa, de origem familiar, que valoriza o cuidado em cada detalhe. “Nosso diferencial é a experiência e a entrega, não só a venda”, pontua Clarismar Machado, também sócio. “Não somos uma loja de prateleiras. O cliente vê o ambiente montado, pode experimentar, sentir a proposta. A experiência se concretiza na casa dele, com o resultado pronto, bem instalado e satisfatório”, ressalta.

A Ambientes Assinados ocupa a loja com projetos autorais que convidam o público a explorar cada detalhe
Fotos: Lucas Panobianco

Na comemoração pelos 20 anos, os clientes podem visitar a 8ª edição da Ambientes Assinados, que ocupa toda a loja com projetos autorais de grandes nomes da arquitetura e do design goiano. Em 2025, o evento reúne 11 ambientes criados por 13 profissionais. Inspirados na brasilidade e regionalidade, os projetos exploram a fauna e a flora de diversos biomas do País.

“Preferimos chamar de Ambientes Assinados, não de mostra”, explica Clarismar. “É uma loja viva, com ambientes reais que se renovam a cada dois anos. As pessoas podem explorar, tocar, se sentar nos sofás, enxergar as possibilidades. É diferente de uma mostra convencional. Aqui é um espaço comercial e de experiência ao mesmo tempo”, completa.

Um dos pilares da atuação da Summer é a curadoria de produtos. Com um mix que inclui mobiliário, cortinas, persianas, toldos, papel de parede, tapetes, tecidos e adornos, a loja oferece soluções completas para compor ambientes. “Hoje, temos quase tudo para decoração. Isso permite ao cliente visualizar e decidir com segurança. Ele não precisa ir a vários lugares para ver se o tecido da cortina combina com a madeira do móvel ou com o papel de parede. A gente faz essa curadoria completa aqui dentro”, explica Simone.

A seleção dos produtos é feita pelos sócios, em parceria com profissionais convidados e fornecedores escolhidos criteriosamente. A proposta é manter o alto padrão de qualidade e sofisticação que define o DNA da empresa.

Para sua casa

Outro diferencial da Summer é o ateliê próprio, onde são confeccionadas cortinas, roupas de cama, almofadas e outros itens têxteis, de forma personalizada. “É um trabalho feito com muito cuidado, de acordo com o gosto do cliente e o projeto do arquiteto. Eu brinco que nem é personalizado, é pessoalizado, porque é feito com muito envolvimento”, destaca Simone.

Essa herança vem da matriarca da família, Maria Bárbara Machado, que participou ativamente da criação da loja, cuidando do ateliê desde os primeiros anos. “Ela era costureira de formação e paixão. Começou a fazer as cortinas quando monta-

mos a loja e ajudou a moldar esse nosso olhar para o cuidado com a entrega final”, lembra Clarismar.

Mobiliário

Desde 2020, a Summer é representante exclusiva da marca Sierra Móveis em Goiânia. A empresa gaúcha de mobiliário de luxo compartilha os mesmos valores de sofisticação e qualidade e tem sido uma parceira estratégica na consolidação da marca Summer. “É um móvel de altíssimo padrão, feito no Brasil, mas exportado para diversos países. Recentemente, realizamos vendas para os Estados Unidos e para Punta del Este, no Uruguai”, destaca Clarismar.

A presença da Sierra dentro da loja amplia ainda mais a experiência dos clientes, que podem ver, tocar e interagir com o mobiliário em ambientes cuidadosamente compostos.

Parcerias e história

Desde sua criação, em 2005, a Summer cultiva uma relação próxima com profissionais da arquitetura e do design de interiores. Mais de 80% das vendas contam com a participação técnica desses especialistas. “70% das vendas são com acompanhamento direto de arquiteto ou designer, e mais 10% com alguma orientação prévia. O vendedor não está ali apenas para vender, mas para colaborar na especificação e orientar para a melhor escolha”, explica Clarismar.

Essa relação de confiança foi fortalecida com a participação constante da Summer na CasaCor Goiás. “Sempre acreditamos no poder dessas conexões com os profissionais. Foi assim que fomos entrando no mercado de luxo, com base nessas parcerias e na confiança que fomos construindo.” Os sócios fazem questão de destacar que os 20 anos da Summer representam um marco de consolidação que valoriza o humano, a beleza e a experiência em cada detalhe. “Nosso maior orgulho é ver o resultado final bem feito, com cuidado, carinho e excelência”, resume Simone. “Essa entrega completa é o que nos move há 20 anos, e o que vai continuar nos movendo”, enfatiza. *

Ergonomia e estilo definem a Poltrona Jozzia, com estrutura em inox e madeira de Carvalho Americano
Flávio Antônio, Helen Simone e Clarismar Machado
Com ateliê próprio, a Summer cria peças têxteis totalmente personalizadas
A poltrona Blanc, da Sierra, esteve em exposição no Salão do Móvel de Milão
Foto: João Carlos

Exclusivo

Décor com personalidade

Arquiteta e designer de interiores Taisa Bueno desembarca na Milan Design Week e comenta as tendências de decoração da temporada

Adan Neto

Buscar referências é parte essencial da rotina de um profissional criativo. Filmes, feiras artesanais, museus e artes plásticas têm o poder de inspirar artistas e criativos na concepção de seus projetos. A Milan Design Week, realizada em um dos centros estéticos e comportamentais mais influentes do Ocidente, reúne algumas das ideias mais relevantes da atualidade. Foi nesse contexto que a arquiteta e designer Taisa Bueno viajou para a Itália, em abril deste ano.

O Salone del Mobile, evento central da semana, apresentou showrooms, exposições, palestras e workshops sobre arte, sustentabilidade, inovação e design. A imersão na mostra, assim como nos eventos paralelos que ocuparam as ruas de Milão, revelou texturas, cores e formas que sinalizam as principais tendências do momento.

Taisa, profissional com forte atuação no mercado goiano, gerencia o acervo de mobiliário e interiores da Ventura Casa,

espaço em Goiânia que abriga referências do design contemporâneo brasileiro. Durante a viagem, ela compartilhou com exclusividade à Zelo suas percepções sobre arte, decoração e moda com base no que observou na mostra. O minimalismo dá espaço à expressividade. Os ambientes apresentados propõem o uso de tons vibrantes e a combinação de texturas pouco usuais, indicando a personalização do décor. O tom maximalista surge como contraponto à padronização estética, com influência visível

Roche Bobois, empresa francesa de mobiliário e decoração de interiores, homenageou o cineasta espanhol Pedro Almodóvar com um ambiente colorido e maximalista

tanto na moda quanto na arquitetura.

Os espaços apresentam uma narrativa visual que proporciona uma experiência mais completa, explorando diferentes vertentes criativas. O sensorial é estimulado por meio da combinação de materiais diversos, que aguçam os sentidos e tornam a proposta mais imersiva. Estofados, tapeçarias, aplicações, almofadas e cadeiras foram exibidos sob diferentes perspectivas, destacando a variedade de materiais e o estímulo ao tato.

As cores mantiveram-se em uma paleta terrosa, com destaque para o Mocha Mousse, marrom intenso inspirado em café e chocolate, selecionado pela Pantone como a cor do

ano. Cores primárias, como azul, amarelo e vermelho, também apareceram em detalhes e revestimentos. A profissional observa que os ambientes transmitiam uma atmosfera vibrante, com o contraste entre tons fortes e um mobiliário de presença marcante. Linhas curvas e formas orgânicas estiveram presentes tanto no mobiliário quanto na iluminação. A fluidez foi a principal referência na concepção dos espaços. Na Euroluce 2025, Taisa destacou a iluminação indireta como protagonista. O traço estético orgânico, com inspirações na indústria japonesa, deu origem a objetos que ampliaram as possibilidades criativas e de personalização dos ambientes.

Milão preservou sua conexão com a moda. A programação incluiu mostras de grifes que lançaram coleções de objetos e produtos para a casa. A Valentino, sob nova direção criativa de Alessandro Michele, apresentou um showroom com suas peças mais recentes. Já a francesa Louis Vuitton lançou sua nova linha “Objets Nomades”. No luxuoso Palazzo Serbelloni, a marca reuniu móveis, luminárias, baús, jogos, louças e estofados. O universo da moda também permeou diversos ambientes. Segundo Taisa, tecidos e mantas foram aplicados, pendurados e combinados em diferentes estilos, criando atmosferas únicas e cheias de identidade. *

Instalação Suspendo, da Studiotamat, com a coleção de luminárias Lola, da Plato Design
Coleção Anima, assinada por Lara Bohinc e exposta em Alcova
Instalação “Ritmos Diários – A Vida à Mesa", de Marlot Baus
Arquiteta e designer Taisa Bueno
Coleção Giopagani de Giovanni Pagani
Foto: Arquivo
Pessoal

"Estamos preparados para a Inteligência Artificial"

Marcelo Baiocchi ressalta a importância social e econômica da Fecomércio/Sesc e Senac e destaca excelência de benefícios oferecidos para comerciários e população em geral

Apoio
Thiago Queiroz
Foto: João Carlos

Com vasta experiência no movimento sindical patronal, no mercado imobiliário e na presidência de instituições como Sicoob Central e Secovi, o empresário e líder classista Marcelo Baiocchi Carneiro foi eleito em 2018 e reeleito em 2022 para comandar a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), responsável pela gestão do Sesc e Senac, serviços que atuam em Goiás há mais de 75 anos. “Nosso lema é fazer mais com menos, melhor e mais rápido”, diz ele, que é também vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em entrevista concedida presencialmente à Zelo, Baiocchi detalha os ramos de atuação e os benefícios oferecidos gratuitamente pelo Sistema Sesc/Senac aos comerciários goianos, sobretudo na formação e qualificação de mão de obra, na saúde, lazer, turismo, social, educação e cultura, além de primar sempre pela inovação. “O Senac Infinite nos inseriu na alta tecnologia e nos prepara para acompanhar a Inteligência Artificial”, diz. Ele destaca o projeto Claque Cultural, que fortalece artistas goianos e a cena artística em Goiás, e se expande para outros Estados. Confira os principais trechos.

Como é composta a Fecomércio?

A Fecomércio reúne 34 sindicatos de diferentes segmentos. Ela participa da Confederação Nacional do Comércio e dentro do seu leque de atribuições está a gestão do Sistema S, especificamente do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Em Goiás, temos as duas instituições atuando há mais de 75 anos.

E qual a finalidade de cada instituição?

O Senac forma e qualifica mão de obra para atuar nas áreas do comércio de bens, serviços e turismo. Tradicionalmente, oferecemos diversos cursos, como enfermagem, beleza e informática. Recentemente, desde que iniciamos nossa gestão, abrimos e ampliamos mais o leque. Viemos para a gastronomia, com a criação de dois restaurantes-escola (Cora). Um funciona dentro do Tribunal de Justiça e o outro, na Assembleia Legislativa. É hoje o curso que mais prepara mão de obra qualificada para atuar na gastronomia. Estamos incluindo o Senac Infinite, com qualificação de alto nível, alta expertise, na área de Tecnologia e Informação.

Vamos estabelecer parcerias com várias empresas, como a Microsoft, a Apple e a Checkpoint, organização israelense de segurança cibernética, para atender ao novo comércio: o da internet, o tecnológico. Já com o Sesc, atuamos na saúde, no lazer, no turismo, no social, na educação e também no

O Senac Infinite forma talentos em TI para impulsionar negócios com IA e inovação
Projeto Claque Cultural fortalece a cena artística e movimenta o cenário com apresentações gratuitas
Fotos: Divulgação

complemento da alimentação. Temos o Mesa Brasil, por exemplo, que é o maior serviço de distribuição de alimentos do País. No turismo social, temos três hotéis, todos passando por licitação para iniciar reforma.

Em Caldas Novas, estamos fazendo um investimento de R$ 100 milhões na requalificação do prédio. É mais que uma reforma, é o retrofit de toda a unidade. Agora, vamos iniciar também, na Cidade de Goiás, no Hotel Vila Boa. Vamos sair de 33 apartamentos para 62. E, posteriormente, em Pirenópolis, que de 42 apartamentos será ampliado para 99. Temos o clube do Sesc Faiçalville, em Goiânia, já também em reforma, com investimentos de R$ 38 milhões. Na educação,

lei, 70% das vagas são oferecidas aos associados. Nas escolas, o percentual chega a 90%. Na ociosidade, se oferece ao público em geral. E, diga-se de passagem, é bom frisar que esse recurso é 100% privado, bancado pelos empresários.

Em Goiás, são quantos conveniados?

Algo em torno de 400 mil pessoas cadastradas como trabalhador ou como conveniado.

Todas essas 400 mil conseguem ter acesso aos benefícios oferecidos?

Sim, essas pessoas usufruem de toda a assistência e todos os serviços que a gente oferece, seja em Goiânia, na Região Metropolitana ou nas

unidades que temos no interior do Estado. Têm as unidades móveis, caminhões, que dão assistência em vários pontos do Estado e, às vezes, até nos pontos mais vulneráveis. A unidade vai e faz a prestação de serviços. Um exemplo disso é a carreta de odontologia. Ela tem consultórios e fica estacionada no município por três meses fazendo tratamento dentário. São três meses, porque não é um simples atendimento, e sim um tratamento completo. E junto a isso tem lazer, esporte e cultura. Somos sempre convidados a estar presentes nas promoções sociais que os governos estadual e municipais fazem.

com a escola Sesc Cidadania, no Jardim América, atendemos 2,5 mil crianças, sendo 97% delas do comércio. Somos a escola mais inclusiva do Centro-Oeste. Atendemos mais de 200 crianças com necessidades especiais. E temos também um grupo de mais de 600 idosos, num trabalho de educação física, com atividades laborais.

Qual o alcance social dessas ações?

Nosso sistema, por representar o comércio de bens, serviços e turismo, soma 70% do PIB em Goiás e 65% dos empregos. Temos um leque grande de ações que devemos exercer para poder chegar até o nosso público, que é o comerciário [a pessoa que trabalha no comércio]. Ele tem no Sesc e Senac um braço de assistência, como se fosse um braço da empresa, para poder qualificar mais e dar melhor qualidade de vida aos comerciários. De todas as nossas atividades, por

O Mesa Brasil é o maior serviço de distribuição de alimentos do País
Carreta de odontologia, editais de apoio e parcerias com o poder público fazem parte das ações da instituição

Como são as parcerias com o poder público?

Temos parcerias, em especial, com o governo de Goiás. Iniciamos, durante a pandemia, junto às secretarias da Retomada e da Cultura, principalmente, para podermos realizar eventos para ajudar profissionais que estavam sofrendo por falta de renda: os artistas. Com todo mundo em casa, eles não tinham onde exercer suas atividades. Lançamos o projeto Claque Cultural, inicialmente um investimento de R$ 2 milhões. Foram contemplados artistas de toda a ordem, artes plásticas, música, cênicas e literárias. Depois, ampliamos para R$ 15 milhões e, para este ano, já lançamos um edital de R$ 23 milhões. As parcerias se estenderam para o Fica, Canto da Primavera, Natal do Bem, Festa Junina da OVG e outras.

O Senac tem uma preocupação de o comerciário goiano estar conectado. Além dos cursos de TI, tem também os de idiomas. Como é esse preparo para o mundo globalizado?

Temos a escola de idiomas, com quase 2 mil alunos. Lá, se ministram aulas de inglês, francês e espanhol. Estamos entrando agora com o italiano. Oferecemos bolsas de estudo e o Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG). Só na escola de idiomas, são 900 alunos que não pagam mensalidade, e ainda recebem uniforme, material didático e dinheiro para lanchar todos os dias. Esses cursos são gratuitos para a população mais carente.

Além da formação da mão de obra, é feito algum encaminhamento para o mercado de trabalho?

Sim, a gente procura sempre conectar nossos cursos às necessidades do mercado. Por exemplo, na área de gastronomia, temos a parceria com o Sindibares, que é um dos sindicatos filiados a nós e engloba bares, restaurantes, buffets e casas de festas de Goiânia. Então, 90% dessa mão de obra que se forma conosco já sai com direcionamento para o emprego.

Qual ação de maior importância está sendo realizada no momento?

Posso dizer que a de formação de pessoas de alta performance, porque há uma carência muito grande desses profissionais no mercado. Com o Senac Infinite, formamos pessoas com altíssima capacidade para trabalhar dentro da área de Tecnologia da Informação. Temos, em Goiás, o Pacto pela Inovação, que reúne 70 entidades e é uma parceria públicoprivada, que no momento é coordenada pelo presidente Marco Chaul, do Sindinformática. E nós entendemos, junto com o Pacto pela Inovação, que podemos investir em Goiás e aqui criar, entre aspas, o nosso Vale do

Silício, uma estrutura de alta tecnologia, alta performance. Goiás já é referência em IA. Lançamos aqui o primeiro curso técnico do Brasil, com 150 vagas, mas tivemos 1,5 mil inscritos, e decidimos dobrar para 300 vagas, em parceria com a Universidade Federal de Goiás e outras entidades. E dentro do escopo do Sesc, sem dúvida, nosso maior carinho é pela educação. Porque a educação transforma vidas. Não apenas procuramos alunos para formar e entregar um diploma, mas para ajudar a transformar a vida deles.

E para os próximos anos, tem alguma novidade para os comerciários?

Temos, sim. E esse é até um spoiler, vamos assim dizer. Recebemos em doação da Prefeitura de Jataí o Clube de Água Quente. Nós o fechamos, reformamos e reabrimos parte dele, e estamos em processo de aprovação de um hotel de água quente junto com o clube. Serão

123 apartamentos, um projeto lindíssimo. E não temos dúvida: da mesma forma que o Sesc, há 40 anos, chegou a Caldas Novas e remodelou o turismo da região, nossa chegada a Jataí, explorando a água quente em frente àquele lago maravilhoso, terá efeito semelhante.

Qual a previsão de conclusão?

Já estamos na fase de projeto. O prefeito Geneilton Assis esteve aqui e o apresentamos a ele. Acreditamos que ainda neste ano vamos deixar todos os projetos arquitetônicos e complementares aprovados. A gente põe no Plano Nacional de Investimentos de 2026, para que o Sesc Nacional nos envie os recursos, que devem vir em 2027. A previsão de início das obras é em 2027. É o tipo de empreendimento com perfil de obra para ser concretizada em dois anos. Então, imagino que no final de 2028 para 2029 seja concluída. Tudo no padrão Sesc, com muita qualidade. Vai ficar maravilhoso. *

O Sesc Goiás apoia projetos culturais como o Festival Internacional de Cinema de Goiás e o Canto da Primavera

Refinado

Cozinha afetiva, técnicas de mestre

Fernando Hanna prepara cardápios da alta gastronomia e os transforma em memórias e experiências sensoriais com buffet referência em excelência na entrega

Por trás dos aromas envolventes e da apresentação impecável dos pratos que marcam os eventos mais memoráveis de Goiânia, há uma história de afeto, persistência e identidade. Fernando Hanna, chef com mais de 30 anos de atuação, é o nome à frente do Hanna Buffet, referência em gastronomia personalizada no Centro-Oeste. Neto de libaneses, ele construiu seu saber entre as panelas da infância, o amor por suas raízes e a busca incansável por excelência. Hoje, transforma grandes celebrações em momentos inesquecíveis, em que traduz sua trajetória servindo mais do que comida, mas afetuosidade, memória e experiência. E quem prova, guarda não só o sabor, mas a emoção. Hanna diz que procura sempre criar uma experiência ao apresentar um preparo. “Eu entrego aquilo que o cliente contratou, tecnicamente impecável”, conta. Ele se lembra de uma situação recente, em um almoço mais reservado. “Uma moça veio até mim, impressionada, e disse: ‘Além de bonito, aquilo estava extraordinário.’ É esse tipo de reação que vale cada momento. E essa entrega só é possível porque na minha culinária a única coisa que não entra é a mentira. Para mim, tudo tem que ser verdadeiro, desde a escolha dos ingredientes até o jeito de servir. E o cliente sente quando é autêntico.”

A cozinha de Fernando Hanna é composta, segundo ele, das recordações da infância cheia de encontros familiares em volta da mesa farta de preparos marcados pelas especiarias árabes. “Uma amiga de infância chegou em um dos eventos que realizamos recentemente e disse: ‘Se você acha que ele cozinha, é porque não conheceu a mãe e a avó dele’”, conta, sorrindo. “Eu venho de uma gastronomia emocional. Comer com a família era surreal, e essas memórias nunca me deixaram.”

A base afetiva e o aprendizado familiar não impediram o chef empreendedor de buscar excelência técnica. Autodidata no início da carreira, ele se graduou e fez várias especializações na área da gastronomia. “Busquei especializações também

na parte administrativa, pois precisava entender o meu negócio como um todo, desde o atendimento até a entrega final.”

A fusão entre as raízes e a técnica, entre o sabor de casa e os rigores da alta gastronomia, moldou a assinatura do chef. “Na cozinha, eu sou conservador, mas sou curioso. Gosto de entender o que me chega, por que me chega, de onde vem. Para mim, refeição tem que seduzir. Não é só um preparo bem executado. Ele precisa encantar, precisa falar com quem come”, diz ele, que é viajante e conhecedor da gastronomia mundial.

“Eu venho de uma cozinha afetiva, emocional. Comer com a família era surreal, e essas memórias nunca me deixaram”

E é nessas andanças que ele diz procurar entender o que vive lá fora, na cultura, religião e território. E procura trazer o que “está lá para cá”. “Você não consegue trazer a vivência que teve lá, porque está toda lá. Vivenciar aquilo que vivi lá aqui é lúdico. Você traz um espelhamento, de uma forma circense. Você vai representar o seu aqui. E fica bonito. Quando consigo reproduzir, me dá muita satisfação fazer com que alguém entenda aquele momento que eu tive em outro lugar do mundo.”

Das culinárias que conheceu nas viagens, a preferida é: todas. “Não tenho uma preferida, nem mais exótica. Não é exótico, é o que se tem e o formato que se tem para nutrir o povo. Mas, confesso, em Laos foi a culinária, digamos, mais marcante para mim, porque ela é primitiva. Como se estivessem estacionados, parados no tempo. Mas é o que eles têm. E não acho errado. Acho lindo. Aquele lugar parece não ter globalizado, ainda tem um sentido, um desejo de se encontrar com o antigo. E se não começarmos a voltar às origens, vamos perder as referências e deixar de ser interessantes.”

Buffet

O resultado dessa filosofia é o sucesso do Hanna Buffet, fundado em 2002, após uma experiência frustrada na indústria de alimentos. “Na época, não foi o produto que deu errado. Foi o conjunto de situações, foi administrativo. Isso me fez ver que, para o próximo passo, eu teria que agir de forma diferente. E foi o que realizei. Hoje, não abro mão da organização administrativa. Ela é a base de tudo”, diz.

O Hanna Buffet atende ocasiões como casamentos, formaturas, aniversários e eventos corporativos. “Eu não me limito geograficamente. Já realizamos produções em Paracatu (MG), em Rio Verde (GO), e em várias fazendas. Se o cliente quer, a gente vai. Tenho um compromisso com essa entrega, com a qualidade do serviço oferecido, independentemente do lugar”, afirma.

Mesmo contando com uma equipe azeitada, Hanna faz questão de manter o olhar próximo. Ele afirma não ser centralizador, mas que gosta de participar do dia a dia, orientar os processos e compartilhar experiências. “Gosto de acompanhar, de testar junto, de propor. E vejo minha equipe como uma extensão de mim. Preciso que eles entendam o que eu penso, o que eu quero, porque é assim que a mágica acontece.”

O olhar humano também se reflete no cuidado com os profissionais de sua equipe, que ele diz fazer questão de selecionar e cuidar de cada um. “Se estiverem desconfortáveis, isso vai refletir na qualidade do serviço. Preciso que eles estejam bem, para que o convidado também esteja.”

A confiança no trabalho é tamanha que Hanna costuma dizer que o buffet é ele. E é mesmo. O cuidado, o perfeccionismo, o carinho com os detalhes, cada elemento passa por ele. “Vivo isso aqui intensamente. Estou todos os dias presente. A empresa sou eu”, finaliza. *

HANNA BUFFET @HANNABUFFET

RUA R-4, 210, ST. OESTE, GOIÂNIA (GO) (62) 3293-6606

Foto: João Carlos

ZELOBELEZA

Supercílios

A Sephora Collection apresenta a máscara Size Up Colors, agora em azul, marrom e burgundy. Com fórmula vegana de longa duração e escova em formato de ampulheta, oferece até 180% mais volume com definição. A linha também ganha nova embalagem metálica para a versão à prova d’água, mantendo sua alta performance. Os lançamentos já estão disponíveis no site e nas lojas Sephora.

A Nudestix lança Stax, produto multifuncional para olhos, lábios e bochechas, com acabamento soft matte e fórmula rica em ativos de skincare. São 11 tons empilháveis em embalagem magnética, com ingredientes como óleo de rosa mosqueta e vitamina E. A proposta é unir praticidade, sustentabilidade e beleza em qualquer lugar.

Relançamento

Make B. relança a coleção Urban Ballet, sucesso de 2016, com edição limitada focada em maquiagem. Inspirada na elegância do ballet, a linha traz paleta com 12 tons e quatro batons em formato de sapatilha, com alta hidratação, cobertura de leve a média e FPS 25. Sofisticação e performance para mulheres contemporâneas.

A Caudalie inaugura em Goiânia seu primeiro SPA Boutique do Centro-Oeste, inspirado no famoso SPA da marca em Bordeaux. O espaço une loja e duas salas de tratamento, incluindo uma sala VIP para experiências em dupla. O ambiente minimalista convida ao relaxamento, com agendamentos pelo site, WhatsApp ou localmente.

Dyson no Brasil

A Dyson estreia no Brasil com três de seus ícones de beleza: Airwrap, Supersonic e Corrale. Com tecnologia avançada e foco na saúde capilar, os aparelhos agora estão disponíveis no site oficial da marca, com entrega em todo o País. É a chance de obter resultados profissionais em casa, com proteção e desempenho superiores, graças à tecnologia pioneira que utiliza fluxo de ar rápido e controle inteligente de calor para secar os cabelos com mais eficiência.

SPA Boutique
Fotos: Divulgação

Todas as idades

A Natura relança a linha Chronos com novo nome: Natura Chronos Derma, e uma tecnologia inédita: a Biociência Chronos. Com fórmulas que combinam bioativos da biodiversidade brasileira e amazônica com alta tecnologia dermatológica, a marca oferece soluções personalizadas para todas as idades, dos 30 aos 80+. A novidade inclui pré-tratamento que potencializa os resultados dos séruns, cremes antissinais, além de uma linha de limpeza repaginada, com novos formatos e texturas. Para o corpo

A Creamy lança o Ceramide Body Cream, loção sem fragrância, com textura cremosa e ativos restauradores como ceramida tipo 2 e glicerina. Indicado para todos os tipos de pele a partir dos seis meses, o hidratante promove reparação intensa sem deixar o corpo oleoso ou pegajoso.

Para as mãos

A Care Natural Beauty lança o Hand and Neck, hidratante com vitamina E, cálcio e FPS 30. Desenvolvido para mãos e pescoço, o produto trata, protege e combate sinais de envelhecimento. Vegano e livre de toxinas, é compacto, prático e ideal para cuidados diários.

Longa duração

A Estée Lauder apresenta seu novo corretivo líquido Double Wear, com 24h de duração, controle de oleosidade e cobertura ajustável. O aplicador 3D garante precisão, enquanto a fórmula leve proporciona acabamento matte natural, com efeito respirável e confortável ao longo do dia.

Com fórmula potente à base de ácidos salicílico e mandélico, o novo spray antiacne corporal da Sallve promete secar espinhas desde o primeiro uso e reduzir marcas em uma semana. Com válvula 360°, é fácil de aplicar em todo o corpo, não resseca a pele, nem mancha roupas.

A Contém1g lança a linha Glow Filter, com Booster e Corretivo Iluminador. As fórmulas combinam tecnologia de refração de luz, efeito blur instantâneo e ativos de skincare, entregando um acabamento radiante e sofisticado. Uma proposta que une beleza e cuidado com alto desempenho.

Antiacne
Glow
Foto: Tristana / Karla Passaglia

Bem-estar: autoestima que se reflete na pele

Com mais de 35 anos de experiência, o dermatologista Rogério Ranulfo alia ciência, inovação e sensibilidade estética para oferecer tratamentos personalizados

Com trajetória consolidada na dermatologia estética, a clínica do Dr. Rogério Ranulfo aposta em inovações constantes para ampliar os resultados e a experiência dos pacientes. Uma das novas tecnologias do espaço é o laser de CO2 fracionado de nova geração, que combina a precisão do CO2 tradicional ao laser ultrapulsado, o chamado “CO2 a frio”. A tecnologia permite tratar rejuvenescimento, cicatrizes e estrias com mais eficácia e menos tempo de recuperação. “O CO2 fracionado mudou o padrão de resultados na dermatologia. Com os novos pulsos ultrarrápidos, conseguimos mais precisão, menos danos à pele e um efeito rejuvenescedor muito superior ao que se fazia anos atrás”, explica o dermatologista Rogério Ranulfo.

Além do CO2, a clínica reúne recursos tecnológicos avançados para tratamentos faciais e corporais, como radiofrequência microagulhada, ultrassom microfocado e lasers de hérbio, além de aparelhos como Liftera, Atria, Fotona, Spectra, VirtueRF, PowerShape e Vanquish, que integram protocolos desenvolvidos sob medida, que combinam técnicas contemporâneas com uma abordagem centrada na individualidade do paciente.

Inovação e cuidado também para os cabelos Referência em cosmiatria, Dr. Rogério também tem ampliado sua atuação na tricologia, ramo da dermatologia que trata distúrbios capilares como calvície, afinamento, dermatites e queda de cabelo. Sua clínica acaba de lançar um novo serviço voltado exclusivamente para cuidados com os fios e o couro cabeludo.

A estrutura conta com equipamentos de última geração, técnicas modernas como eletroporação, aplicação de exossomos e medicina regenerativa. Para 2025, o espaço prepara um investimento ainda maior nessa área. “Estamos estruturando um bloco específico para tricologia, com aplicação de técnicas modernas. Teremos protocolos exclusivos para preparo e cuidados no pós-transplante tanto capilar quanto de sobrancelhas, que moldam o olhar e, quando bem cuidadas, realçam a beleza com naturalidade”, explica o médico.

Mais do que aplicar técnicas ou operar equipamentos de última geração, o propósito da clínica é oferecer uma experiência transformadora, aliando conhecimento técnico, inovação e escuta ativa. Todos os tratamentos são pensados a partir de protocolos exclusivos, que respeitam a individualidade de cada paciente. “A beleza precisa ser natural, possível e sustentável. Compreender as expectativas e o contexto de cada pessoa é o que torna o tratamento verdadeiramente eficaz. A dermatologia é, acima de tudo, uma ponte entre saúde, autoestima e bem-estar”, resume.

Olhar técnico e sensível

Desde 1989, o médico atua com foco em dermatologia clínica, cirurgia dermatológica e cosmiatria. “A dermatologia sempre me atraiu pelas possibilidades que oferece de transformação. É uma especialidade que exige técnica, sensibilidade e percepção estética refinada. Ela permite que eu una meu lado profissional ao meu lado artista”, conta.

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Goiás, Rogério Ranulfo fez residência no Instituto de Residência Médica de São Paulo e concluiu o mestrado em Dermatologia pela USP. É membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e fundador da Sociedade Brasileira de Psiquiatria Dermatológica, entidade que presidiu em 2002. Além do reconhecimento técnico, já presidiu dois dos principais congressos da área, sendo o de 2019 eleito o melhor evento dermatológico do País naquele ano. Seu trabalho se destaca pelo foco no rejuvenescimento natural, no tratamento de cicatrizes e na melhoria da qualidade de vida por meio da estética. “Cada procedimento é autoral. Acredito na beleza que respeita a história e a essência de cada paciente. Meu papel é valorizar isso com equilíbrio e técnica”, pontua o médico, que também é apaixonado por arte e vê na dermatologia estética uma forma de expressão criativa. Com tecnologia avançada, atendimento humanizado e um olhar estético refinado, a clínica do dermatologista Rogério Ranulfo reafirma a dermatologia como aliada da autoconfiança, da saúde e da expressão pessoal. Mais do que tratar a pele, o propósito é revelar a beleza que já existe em cada um com naturalidade, ciência e sensibilidade.*

DERMATOLOGISTA ROGÉRIO RANULFO

CRM- GO 5476 CRM-DF 5138

@DR.ROGERIORANULFO

ED. NASA BUSINESS STYLE - AV. 136, 761 ST. SUL, GOIÂNIA (GO) Referência

Beleza com precisão

Referência em transplante capilar e cirurgia plástica, Edilson Carvalho Ramos une ética, excelência médica e bem-estar na Med Plastic, onde tecnologia e acolhimento caminham juntos

Saúde
Thiago Queiroz
Foto: João Carlos

Cirurgião plástico com mais de 35 anos de experiência, Edilson Carvalho Ramos alia expertise médica, visão empresarial e um lifestyle que equilibra autocuidado e bem-estar, além de ser referência em transplante capilar e diretor do Med Plastic Hospital. Reconhecido em Goiás e no país, o lugar reúne equipe especializada com foco em excelência e inovação em procedimentos estéticos e reconstrutivos. A proposta vai além do atendimento cirúrgico, é um verdadeiro centro com estrutura própria de atendimento humanizado e de tecnologia de ponta. Mas é no campo de golfe e na rotina de academia que Edilson cultiva a saúde, o foco e a constante busca pela longevidade, a mesma prescrição que faz para seus pacientes.

Especialista e com experiência em vários tipos de procedimentos estéticos, Edilson comanda e se dedica atualmente a uma equipe qualificada em transplante capilar, no Med Plastic Hospital, onde são oferecidos e seguidos protocolos rígidos de avaliação, preparo, realização e pós-operatório. “Ao todo, são quatro centros cirúrgicos dedicados somente ao transplante capilar, dentro de um complexo que conta com outros seis para os demais tipos de cirurgias plásticas. O hospital oferece estrutura de ponta, com o que há de mais moderno em tecnologia, e, junto a isso, o especialista em anestesia, que estará durante o tempo todo ao lado do paciente, um profissional em cada sala, zelando da vida dele, que é única”, pontua.

Edilson explica que o transplante capilar também é uma ciência e, embora seja amplamente oferecido, quem busca pelo procedimento deve se informar e saber se o médico que escolheu é qualificado na área e se é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica “Senão não vai ter um bom resultado, dentro da expectativa. Se você não souber tratar o folículo piloso, você vai matá-lo. Hoje, utilizamos tecnologia de última geração para garantir o adensamento

capilar, para que a pessoa olhe no espelho e se sinta feliz, satisfeita, jovem. É para isso que existem áreas específicas de atuação. E a de transplante capilar não é para qualquer um, não é para ser feita em qualquer lugar. Estou indo para Madrid, para um congresso mundial de cirurgia de transplante capilar perfeito, onde existem as técnicas mais avançadas disponíveis de retirada do fio, preparação e o implante, que hoje a gente faz 100% com um dispositivo chamado Implanter. É o que há de mais moderno, que vai trazer ao paciente um bem-estar, uma juventude legítima, um sorriso no rosto”, comenta.

O Med Plastic Hospital oferece, ainda, tratamentos prévios para fortalecimento dos fios, uso de equipamentos de laser e infravermelho e acompanhamento contínuo. “Cada pessoa atendida é acolhida com cuidado, com suporte real. Tem gente que, após o procedimento, vem só para lavar o cabelo com a nossa equipe”, conta. O comprometimento com o bem-estar de quem nos procura vai além da técnica. “Muita gente se surpreende com a atenção que damos. Isso faz diferença. Isso é o que importa”, diz Edilson, ao explicar que o transplante capilar hoje se popularizou e é muito buscado tanto por homens quanto por mulheres, que gostam de corrigir principalmente o traçado, a chamada hairline, que se altera com o avanço da idade. “A mulher quer o cabelo com um desenho bonito, definido, igual ao que ela tinha na juventude. Então, vamos elaborar e confeccionar a mesma hairline agora na atualidade”, ressalta.

Orgulhoso da estrutura que construiu, Edilson celebra o reconhecimento espontâneo e a satisfação dos próprios pacientes do hospital. “Outro dia ouvi uma senhora de São Paulo dizer aqui mesmo, ao telefone, contando a alguém, que estava operando em um ‘hospital de grife’. Aquilo, para mim, foi a glória”, conta. Todo esse sucesso de empreendedor e autoridade no ramo da cirurgia plástica construídos desde o início da carreira se devem ao profissionalismo e franqueza com os pacientes. Edilson recusa

procedimentos que, em sua avaliação, não darão bom resultado. “Às vezes, digo com todas as letras: você não está preparado para operar. Porque o espelho da casa do paciente vai dizer a verdade, e eu não posso enganar ninguém”, afirma. Segundo defende, “a ética deve sempre estar acima do ganho financeiro”. “Se a cirurgia só for boa para mim, eu não faço. O paciente pode até encontrar outro profissional, mas aqui, eu só operarei se acreditar que será bom para os dois”, garante.

Arte da precisão

A mesma precisão que orienta suas incisões em uma cirurgia plástica acompanha Edilson também no golfe, esporte que define como sua verdadeira paixão. “No golfe, a bola está parada, e mesmo assim cada tacada exige cálculo, técnica, foco e calma. É uma analogia perfeita com a cirurgia plástica, em que não se corta onde se quer, mas onde a técnica exige”, compara. “Nesse ambiente, a gente desestressa, conversa, dá risada. Quando você acerta a tacada, parece até que está mandando embora o que não presta”, diz.

Além do golfe, a rotina de atividade física é levada a sério por ele. Após os atendimentos no consultório, ainda reserva tempo para a academia. “O tempo é inexorável. Ou você cuida do seu corpo, ou ele vai cobrar mais adiante”, observa, ao destacar que esse espaço e tempo vão muito além do exercício físico, pois são também de introspecção. “Às vezes, você está na esteira ouvindo uma música e conversando com você mesmo. Nesse momento, você rejuvenesce. E acho que é um tanto disso que todos nós buscamos hoje”, conclui. *

DR. EDILSON CARVALHO RAMOS CIRURGIA PLÁSTICA E TRANSPLANTE CAPILAR CRM 4720 | RQE 440 MED PLASTIC HOSPITAL RUA T-38, 106 - ST. BUENO, GOIÂNIA – GO @DREDILSONCARVALHO/ @MEDPLASTICHOSPITAL (62) 98164-0180 / (62) 98329-0044

Foto: João Carlos

Centro clínico de excelência no Flamboyant

Rildo Lasmar fala dos diferenciais da Vie Pratique e sua localização em shopping de luxo de fácil acesso e comodidades, do corpo clínico qualificado e multidisciplinar, do atendimento humanizado e personalizado e do ambiente sofisticado e acolhedor

Sob a liderança do odontólogo Rildo Lasmar, a Vie Pratique é a primeira clínica instalada dentro de um shopping em Goiânia. No terceiro piso do Flamboyant, reúne alta tecnologia em centro cirúrgico completo, atendendo odontologia, estética avançada, cirurgia plástica e exames laboratoriais. A proposta é unir excelência em resultados naturais à praticidade da localização estratégica.

Mineiro radicado em Goiânia, Rildo é especialista em dentística estética, mestre em odontologia, especialista em implantodontia e ortodontia, com reconhecimento nacional e internacional. Ainda integram a equipe da clínica a cirurgiã plástica Renata Magalhães, referência em procedimentos como rinoplastia e rejuvenescimento, e Bel Lasmar, fisioterapeuta e fundadora da Bel Laser, especialista em depilação a laser e estética.

Em entrevista à Zelo, o odontólogo, que faz o sorriso de celebridades, empresários e políticos de todo o País, fala dos diferenciais da Vie Pratique, sua localização e comodidades, do corpo clínico altamente qualificado e multidisciplinar, do atendimento humanizado e personalizado, e do ambiente sofisticado e acolhedor.

Como é o seu dia a dia aqui na clínica?

Sou muito feliz trabalhando. Acordo com vontade de vir para a clínica, de atender, de fazer a diferença na vida das pessoas. Saber que, com o meu trabalho, posso transformar a autoestima de alguém é algo muito gratificante. Só entrego um tratamento quando tenho absoluta certeza de que está perfeito, que o paciente está satisfeito, confortável com a própria imagem, vivendo sua melhor fase. Tenho esse mesmo cuidado com toda a equipe. Nosso ambiente é leve, com brincadeiras, amizade e respeito. Trabalho com pessoas que admiro, que considero exemplares, e isso torna o dia a dia aqui ainda mais especial.

Como surgiu a ideia de reunir nesta estrutura, dentro de um shopping?

A proposta de criar uma clínica com essa estrutura surgiu da necessidade de facilitar a vida do paciente. Pensamos em quem tem uma rotina corrida e não pode perder tempo se deslocando entre diferentes clínicas. Observávamos isso no dia a dia: o paciente precisava fazer um exame e tinha que ir a outro lugar, agendar, esperar o resultado. Queríamos que ele economizasse tempo. Por isso o nome Vie Pratique, que significa “vida prática” em francês. Reunimos várias especialidades da saúde em um único espaço, com cerca de 2 mil m², e escolhemos uma localização que também oferecesse conforto, como estacionamento facilitado. Isso evita atrasos, torna toda a experiência mais leve e eficiente.

O que é oferecido ao paciente?

Contamos com um centro cirúrgico totalmente equipado e um laboratório de análises clínicas, onde o paciente pode fazer a coleta de exames sem agendamento prévio e sem precisar se deslocar. Na área médica, oferecemos especialidades como urologia, dermatologia, cirurgia plástica e, mais recentemente, nutrologia. Disponibilizamos também de tecnologias como depilação a laser, lasers médicos para tratamentos diversos, cuidados com sobrancelhas e transplante capilar. E, naturalmente, temos toda a estrutura voltada à odontologia. Hoje, a Vie Pratique é um centro completo, que atende com agilidade, eficiência e alto padrão de qualidade.

Em Goiânia, é novidade uma clínica em um shopping. De onde veio essa inspiração?

A ideia surgiu há alguns anos. Inicialmente, tentei implantá-la em outro shopping, mas na época eles não aceitavam serviços, apenas lojas. Eu já enxergava que esse cenário iria mudar, e, de fato, mudou. O próprio Flamboyant percebeu a importância de oferecer serviços em seu mix.

Por isso, foi uma honra receber o convite para estar aqui. Foi um momento muito especial e, hoje, somos muito felizes por fazer parte desse espaço.

Como você conseguiu reunir profissionais tão qualificados?

A formação do nosso corpo clínico foi cuidadosamente planejada. Trouxe meu nome para este projeto, e tive o compromisso de escolher profissionais não apenas altamente qualificados, mas também com valores alinhados aos nossos, como ética, competência e excelência no atendimento.

Como foi construído esse ambiente tão acolhedor? Como começou essa história?

Essa história vem sendo construída ao longo de 30 anos de carreira. Sempre observamos o que realmente faz o paciente se sentir à vontade; não é sobre luxo, mas sobre cuidado nos detalhes. Criamos um ambiente acolhedor com um café sempre disponível, ar-condicionado na temperatura ideal, uma trilha sonora suave e um aroma exclusivo, desenvolvido por nós. Tenho uma preocupação constante com o conforto, o cheiro, a temperatura e a limpeza, tudo isso transmite ao paciente a sensação de que ele está sendo genuinamente cuidado. E essa sensibilidade também é compartilhada por todos que trabalham conosco, a equipe de apoio e os profissionais de saúde. Todos entendem que o ambiente fala, e buscamos que ele diga, silenciosamente, que aqui o bem-estar vem em primeiro lugar. *

VIE PRATIQUE BY RILDO LASMAR @VIE.PRATIQUE/ @RILDOLASMAR/ (62) 98188-0400 SHOPPING FLAMBOYANT - AV. DEP. JAMEL CECÍLIO, 3.300 – PISO 3, JARDIM GOIÁS, GOIÂNIA (GO) RILDO LASMAR É ESPECIALISTA E MESTRE EM IMPLANTODONTIA, ORTODONTIA, ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES, DENTÍSTICA ESTÉTICA E SAÚDE PÚBLICA. É MEMBRO DA ADA, SBOE, ABOR, FDI, ABOE, ABO E AACD

Equilíbrio

Beleza com propósito

Com foco em estética, bemestar e medicina integrativa, espaço em Anápolis comemora dois anos oferecendo serviços inovadores e personalizados

Fundada em 2023, a Clínica Orphia Saúde e Bem-Estar se consolidou como referência em estética, medicina integrativa e spa no Bairro Jundiaí, em Anápolis, no interior de Goiás. Com um modelo de atendimento que une tecnologia, cuidado individualizado e abordagem multidisciplinar, o espaço celebra aniversário com a marca de uma trajetória sólida no mercado. “Há dois anos, iniciamos uma jornada dedicada ao cuidado, à beleza e ao bem-estar. Celebramos com gratidão, além de reafirmarmos o compromisso de ser um espaço de renovo para o corpo, a mente e a alma”, enfatiza a farmacêutica bioquímica e empresária Carla Caixeta, proprietária da clínica e com 14 anos de experiência na área.

O espaço foi criado com o propósito de atender a uma demanda crescente por soluções estéticas e de saúde em um único local, com excelência técnica e acompanhamento personalizado. “Via em Anápolis a necessidade de uma clínica integrativa onde o paciente entrasse e tivesse vários serviços disponíveis para ele em um só lugar”, complementa.

Especialidades

A Orphia oferece uma ampla gama de serviços, que vão desde estética tradicional a procedimentos médicos. Entre as opções disponíveis estão protocolos injetáveis faciais e corporais, aplicação de toxina botulínica, preenchimentos, bioestimuladores, esvaziadores de gordura, terapias para melasma, depilação a laser e cuidados capilares.

O spa da clínica proporciona uma experiência completa, com massagens relaxantes, drenagem linfática, modeladora, detox power e equipamentos como radiofrequência, corrente russa, endermoterapia e ultracavitação.

Na área médica, o atendimento inclui especialidades como nutrologia, geriatria e medicina integrativa, com foco em terapias injetáveis,

distúrbios hormonais e cuidados preventivos. Outro diferencial é o uso de tecnologias de ponta, como os lasers Lavieen e Ultraformer MPT, além de eletroporação e linhas de colágeno, que ampliam as possibilidades de tratamento e os benefícios esperados.

Harmonização de glúteos

Entre as intervenções mais procuradas na clínica está a harmonização de glúteos, indicada para quem deseja remodelar a área, aumentar o volume ou corrigir assimetrias. Utilizando bioestimuladores de colágeno e ácido hialurônico, a técnica contribui para a firmeza da pele e definição muscular, com efeitos progressivos e aparência natural.

Dra. Carla Caixeta utiliza o protocolo Glúteo Up, que une os dois tipos de substâncias. “O bioestimulador incentiva a produção natural de colágeno, trazendo benefícios estéticos e funcionais tanto para a pele quanto para os músculos da região. Já o ácido hialurônico, naturalmente presente no corpo, é utilizado para proporcionar volume imediato ao bumbum, preenchendo e suavizando a pele”, explica.

A especialista reforça a importância de realizar a técnica com profissionais qualificados e produtos de origem segura. “É preciso desconfiar de tratamentos com preços muito baixos, pois materiais falsificados podem resultar em sérios problemas, como a necrose nos tecidos”, alerta.

A quantidade de sessões depende dos objetivos individuais e do mapeamento estético feito na primeira consulta. As recomendações para o pós-procedimento incluem evitar sol, bebidas alcoólicas, uso de antibióticos e antiinflamatórios por 24 horas.

Entre os benefícios observados com a harmonização de glúteos estão a melhora da firmeza e elasticidade da pele, definição do contorno corporal, aumento de volume de forma natural e a redução da celulite em estágios iniciais e intermediários. *

CLÍNICA ORPHIA @ORPHIA.BR AVENIDA VISCONDE DE TAUNAY, 750 JUNDIAÍ, ANÁPOLIS (GO) (62) 99312-1896

Farmacêutica bioquímica e empresária Carla Caixeta
Foto: Breno Lisboa

A revolução invisível do sorriso

Com tecnologia de impressão direta e material inteligente, Up Aligner transforma a ortodontia com mais conforto, agilidade e eficiência

Um sorriso pode transformar um dia, e, muitas vezes, uma vida inteira. Mais do que estética, alinhar os dentes é sobre autoestima, liberdade e bem-estar. Com a Up Aligner, inovação desenvolvida em Goiânia, a ortodontia entra em uma nova era: mais confortável, rápida, precisa e sustentável. À frente dessa revolução está o cirurgião-dentista Dr. Marcelo Cunha, referência em alinhadores transparentes e fundador do Grupo Cunha Odonto.

Ele apostou na técnica de impressão direta 3D, chamada Direct Print Aligner. “A grande vantagem da Up Aligner é que a gente imprime diretamente o alinhador. Isso reduz o impacto ambiental e agiliza o tempo de entrega, assim, em até sete dias conseguimos fabricar o aparelho”, explica. O diferencial está no material, um polímero com memória de forma, que recupera sua estrutura original ao entrar em contato com a temperatura da boca.

Essa solução possibilita ajustes mais constantes e suaves, garantindo maior comodidade e, em muitos casos, um tratamento até duas vezes mais rápido. “É um alinhador que trabalha o tempo todo para você, sem perder eficiência”, resume Dr. Marcelo.

A ligação dele com esse tipo de inovação não é recente. “Minha tese de mestrado e doutorado

foi sobre fios com memória de forma. Então, quando esse tipo de técnica surgiu, fez todo sentido para que eu fosse atrás e aplicasse isso na prática”, esclarece. Os pacientes do profissional contam também com o monitoramento remoto do tratamento por meio da plataforma digital Grin, que usa inteligência artificial para acompanhar a evolução dos casos. A clínica tem exclusividade em Goiânia no uso do dispositivo, que, acoplado ao smartphone, permite capturar imagens da boca para análise a distância.

Hoje, a Up Aligner figura entre as seis empresas nacionais que dominam o processo de impressão direta no Brasil. Um diferencial importante é a autonomia: o Grupo Cunha Odonto fabrica seus próprios alinhadores, o que garante flexibilidade, agilidade e controle total da qualidade, sem depender de terceiros.

Essa independência também permitiu expandir o conhecimento para outros profissionais: mais de 100 dentistas em todo o País já utilizam a Up Aligner. “Muita gente ainda nem sabe que essa técnica existe. Nosso papel também é educar o mercado, participar de congressos, mostrar que é possível fazer ortodontia com mais comodidade, agilidade e precisão”, defende.

Os resultados comprovam os efeitos: estudos mostram que os alinhadores impressos direta-

mente superam os modelos termoformados em movimentos como rotação, torque e expansão transversal. A técnica ainda permite variações controladas de espessura, oferecendo encaixes mais precisos e previsibilidade nos movimentos — uma revolução que se reflete na prática clínica. E os ganhos não são apenas técnicos. “A estética e o bem-estar são grandes vantagens, claro, mas o que mais me motiva é ver como isso devolve autonomia para as pessoas. O paciente pode seguir o tratamento mesmo longe do consultório. Isso transforma a autoestima.”

Enquanto o mundo ainda testa os limites dessa tecnologia, no consultório do Dr. Marcelo Cunha o futuro já acontece; invisível, silencioso e poderoso, como todo sorriso que muda uma história. Com foco em modernização, independência na produção e constante atualização técnica, o ortodontista reforça: “Mais do que estética ou inovação, o que me move é o impacto real que essa técnica tem na vida das pessoas.” *

Saúde bucal
Tati Fernandes
Foto: João Carlos

Fitness

Se essa rua fosse minha

Fenômeno esportivo, corrida ganha cada vez mais adeptos e se torna estilo de vida na busca pelo bemestar e por conexões sociais

Thiago Queiroz

Anutricionista Raysa Ribas deu uma pausa no crossfit durante sua gravidez e o período puerperal. Tentou retomar a atividade esportiva, mas desistiu porque passou a sentir dores e a dormir mal, devido à prática ser muito extenuante. Foi aconselhada por amigos a tentar a corrida, mas sempre procrastinava. O corpo cobrou. E num dia em que passeava por um shopping com as duas filhas, como incentivo, decidiu se equipar.

“Entrei em uma loja e comprei um par de tênis. Voltei para casa com esses tênis, entreguei as crianças para o meu marido e falei: vou correr agora. E aí foi o meu primeiro dia de corrida, em outubro do ano passado”, conta.

Esse foi o começo de uma paixão que Raysa cultiva até hoje, e que passou a fazer parte do seu dia a dia. Desde então, ela buscou ajuda profissional para promover o fortalecimento dos músculos, faz fisioterapia e já prepara a participação na sua primeira maratona, em agosto próximo. Ela viu na corrida de rua um esporte acessível e, devido ao dinamismo e versatilidade da prática esportiva, pôde obter crescimento muito rápido. “Também sou muito disciplinada. Nunca matei um treino”, diz.

Realizado ao ar livre, o esporte foi o mais praticado no Brasil em 2024, segundo o relatório Year in Sport 2024, divulgado pela Strava, com forte crescimento nas corridas em grupo (+30%) e participação em clubes de

corrida (+109%). Outro dado que chama atenção é que 58% dos praticantes afirmaram ter feito novas amizades por meio dessa prática. Tanto sucesso chama a atenção econômica para si, e marcas famosas têm se aproximado da comunidade de corredores no Brasil e oferecido a seus integrantes conteúdos informativos, estudos, produtos específicos e promovido ou auxiliado na realização de corridas de rua. Muito além de uma prática esportiva, a modalidade virou estilo de vida e uma forma de cuidar da saúde, bem como uma atividade social que une pessoas com o mesmo propósito. Goiânia, com seus parques e clima propício na maior parte do ano, assiste esse esporte se transformar em um verdadeiro fenômeno.

São comuns em todas as regiões da cidade grupos correndo pela manhã ou ao final da tarde, e atletas que participam constantemente de provas e eventos fora do Estado e do País.

Raysa, assim como centenas de goianienses adeptos da corrida de rua, após iniciar por conta própria, teve um incentivo extra para se manter firme em seu propósito e alcançar da forma correta e com orientação técnica um rápido crescimento. Ela procurou por uma das assessorias de corrida, que em Goiânia são oferecidas por várias empresas, que acompanham grupos de praticantes do esporte em locais como a Avenida Ricardo Paranhos, parques, autódromo e outros.

Também chamado de grupo de corrida, o movimento é formado por serviços compostos por profissionais da área da educação física, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos do esporte. Juntos, eles dão suporte aos atletas iniciantes ou já experientes, em uma abordagem completa, por meio de planos de treinamento personalizados, adaptados às necessidades e objetivos de cada um.

Seja no preparo da condição física ou no bem-estar emocional, a equipe faz acompanhamento para participação em corridas de diferentes distâncias e níveis, para cada etapa da jornada, e também para quem deseja apenas se exercitar por hobby ou como meio de interação social.

“Procurei uma assessoria de corrida para me orientar melhor. Nela, tem toda uma comunidade. Ainda é difícil, mas a motivação

que vem é enorme, a gente vai se empolgando”, explica Raysa, que perdeu dez quilos depois que começou a praticar o novo esporte.

A triatleta Yashmim Danielle, que corre desde os 13 anos, destaca que a disciplina exigida pelos treinos transformou sua rotina por completo. “Me vi precisando organizar minha rotina, meus horários, minhas prioridades. Tudo para que os treinos, que foram ficando mais longos e exigentes, se encaixassem da melhor forma. E, de maneira muito natural, essa disciplina me fez evoluir em todos os outros aspectos: profissional, pessoal e emocional.”

Ela também reforça a importância do suporte técnico na construção dessa trajetória. “Por trás de qualquer atleta, existe uma grande equipe. Ninguém chega longe sozinho. Ter profissionais capacitados, que cuidam de mim com tanto zelo, faz toda diferença no meu desenvolvimento, na minha evolução e, principalmente, na minha saúde física e mental”, ressalta.

Rede de acolhimento e incentivo

Produtora de eventos esportivos com excelência em corridas em Goiânia e grande incentivadora do esporte, Larissa Leão vê o crescimento das assessorias na Capital como fundamental no processo de a corrida de rua se transformar em estilo de vida e fenômeno esportivo e social para os goianienses. Segundo ela, isso se deve ao fato de o serviço oferecer acompanhamento técnico, planos

personalizados e, principalmente, criar um senso de pertencimento.

“Muita gente começou a correr por conta própria, mas encontrou nas assessorias um espaço de acolhimento, disciplina e evolução.

Além disso, elas ajudaram a profissionalizar e popularizar ainda mais a corrida, promovendo eventos e treinos em grupo”, observa.

Larissa explica que esses movimentos organizados colaboram para incentivar e manter em alta a motivação dos praticantes, pois há uma troca constante de experiências, metas em comum, comemorações e até amizades que se formam dentro desses grupos. “A sensação de fazer parte de algo maior, de ter companhia nos treinos e de contar com apoio técnico e emocional faz toda a diferença. Isso tudo transforma o treino em algo mais leve, prazeroso e duradouro.”

Benefícios à saúde

Exercícios aeróbicos como a corrida de rua estimulam a liberação de substâncias no organismo, que, muito além da sensação de prazer e bem-estar, podem auxiliar na prevenção e tratamento das dores em geral, mesmo as crônicas, explica o fisioterapeuta Felipe Campos. Durante sua prática, é estimulada a produção de substâncias que protegem a cartilagem articular, e isso pode auxiliar na diminuição da velocidade de processos degenerativos naturais do envelhecimento, como a artrose. Além disso, a corrida é forte aliada do controle do peso corporal. *

A corrida traz saúde social, promove a interação entre diferentes indivíduos e a sensação de pertencimento

“O músculo cardíaco, assim como os demais, é uma estrutura treinável, e a corrida é uma das melhores formas de fazer com que essa máquina de bombeamento se torne mais eficiente. Ou seja, o coração de um corredor precisa bater bem menos do que o de um não corredor para bombear a mesma quantidade de sangue. Isso economiza muita energia”, explica Felipe.

Uma das principais preocupações dos profissionais da área da saúde atualmente, o bem-estar mental das pessoas é outro ponto que tem muito a ganhar. “A corrida de rua, principalmente em grupo, traz também o benefício social. É uma das formas mais saudáveis de conhecer e interagir

com diferentes indivíduos, seja em treinos, competições, nas ruas e parques. Inclusive, eu brinco que a corrida é o esporte individual mais coletivo que existe”, diz.

Mas para manter esse bem-estar e a saúde mental em dia, o profissional chama a atenção para que a corrida seja uma atividade leve, prazerosa, aquele momento em que a pessoa se desliga dos problemas e se dedica a um momento de paz. Pois, dessa forma, tende a não abandonar esse hábito tão saudável para corpo e mente, que, segundo ele, gera muitos outros benefícios aos seus praticantes.

“Com o passar do tempo, o corredor começa a cultivar hábitos de vida saudáveis,

que passam a ser sua cultura. A rotina de treinos traz consigo a melhora na performance física geral, e quem corre ao ar livre começa a se atentar mais para a qualidade do sono, da alimentação, da hidratação, e o 'normal' passa a ser uma rotina mais equilibrada”, observa.

Como lembra Yashmim Danielle, começar na modalidade pode parecer difícil, mas vale a pena: “A corrida tem esse poder quase mágico de te transformar de dentro pra fora. Ela te ensina, te fortalece, te molda. E, com o tempo, você percebe que nunca foi só sobre pace, sobre cronômetro ou sobre linhas de chegada. É sobre você. Sobre se tornar alguém mais forte, mais leve, mais confiante.” *

Triatleta Yashmim Danielle é adepta das corridas de rua desde os 13 anos
Foto: Rodrigo Ninja

Efervescência

Criatividade com endereço fixo

Primeira unidade da Soho House na América do Sul é inaugurada no complexo Cidade Matarazzo, unindo arquitetura histórica, arte contemporânea e experiências gastronômicas

Hannah Motta

ASoho House inaugurou sua primeira unidade na América do Sul em um dos pontos mais estratégicos de São Paulo: o complexo Cidade Matarazzo, no bairro da Bela Vista, ao lado do Hotel Rosewood. Instalada no antigo prédio da maternidade do Hospital Matarazzo, a nova casa segue o modelo internacional da marca, que reúne profissionais das indústrias criativas em espaços voltados à convivência, trabalho, bem-estar e lazer.

A convite da casa, a Revista Zelo visitou as dependências da Soho House em São Paulo

e acompanhou de perto a proposta que une hospedagem, arte, gastronomia e bem-estar em um dos endereços mais interessantes da cidade. São 32 quartos, que podem ser ocupados também por não membros, além de restaurante, bar, academia, piscina e áreas sociais exclusivas para membros e seus convidados.

Arquitetura

A arquitetura da casa mantém a estrutura original do prédio de 1904, combinando preservação patrimonial com elementos contemporâ-

neos. O projeto de restauro e ambientação foi conduzido pelo estúdio interno da Soho House em parceria com os escritórios Ateliers de France Construtora e Spol Architects. A intervenção respeitou a identidade arquitetônica do edifício e incorporou materiais e soluções que dialogam com o design brasileiro atual.

O edifício foi reorganizado a partir de um pátio central cercado por grandes janelas em arco. Dali, é possível acessar os diversos ambientes da casa, como o Sitting Room, usado pelos membros como área de trabalho durante o dia; o Main Bar com sala de jogos; a

Luz natural, vegetação exuberante e janelas em arco criam um refúgio ao ar livre no coração da casa
Fotos: Christopher Sturman

Drawing Room com lareira e bar secundário, além das salas Condessa e Zambone, ambas dedicadas à realização de eventos. Os quartos variam em tamanho e estilo, com opções que incluem banheiras independentes e terraços privativos, sempre com decoração que acomoda peças de design brasileiro.

A ambientação prioriza materiais naturais, como madeira e couro, e adota padrões gráficos e texturas variadas. Todo o mobiliário e objetos foram desenvolvidos localmente, reforçando a proposta de valorização da produção nacional.

Arte

A coleção permanente da Soho House São Paulo reúne obras de mais de 60 artistas brasileiros, entre nomes reconhecidos e novas vozes da arte contemporânea como Leda Catunda, Alexandre da Cunha, Marina Perez Simão, Paulo Nimer Pjota e Jonathas de Andrade. A curadoria priorizou artistas nascidos, formados ou residentes no Brasil, muitos deles com atuação em São Paulo.

As obras ocupam os vários espaços e estão integradas ao cotidiano de quem passa por ali.

A sala de jogos reúne peças de Gabriel Pessoto, Nazareno e André Azevedo. Nos quartos, há gravuras de Fernanda Galvão e Nino Cais.

A coleção abrange diferentes linguagens e temas, como pintura figurativa, abstração, fotografia e experimentações com materiais diversos. O resultado é uma experiência de contato direto com a produção artística brasileira, em espaços de uso cotidiano.

A combinação entre patrimônio histórico, curadoria artística e experiência personalizada reforça o posicionamento da marca como um espaço para criação, troca e inspiração.

Gastronomia

A gastronomia da Soho House São Paulo é conduzida pelo chef executivo João Melo. O cardápio combina pratos clássicos da rede com referências da culinária brasileira contemporânea. Massas artesanais e pizzas assadas em forno a lenha são alguns dos destaques, sempre com uso de ingredientes frescos e locais. O

cardápio também inclui pratos como tartar de peixe branco, sobremesas com frutas frescas e cortes nobres grelhados, como o tomahawk com legumes assados.

No primeiro andar, o restaurante do terraço acomoda até 68 pessoas em um ambiente ao ar livre, cercado por vegetação e com cobertura retrátil. As mesas de madeira e a iluminação suave criam um clima informal, mas bem estruturado para refeições em diferentes momentos do dia.

Para marcar a inauguração da unidade, foi criado um drink exclusivo: o Casa Verde. Durante a visita, a reportagem teve a oportunidade de elaborar – e provar, é claro! –o coquetel inspirado nos sabores de São Paulo, em uma mistura de rum de coco Bacardí, cachaça Leblon, maracujá, pimenta verde e saquê. A bebida homenageia a diversidade cultural da cidade, incluindo uma referência à forte presença da comunidade japonesa.

O menu de bebidas é assinado por Daniely Maiara, chef de bar da casa. Os drinks exploram ingredientes brasileiros com criatividade

A antiga maternidade Matarazzo, de 1904, ganha nova vida com elementos contemporâneos e respeito a construção original
Pizzas artesanais assadas em forno a lenha e ingredientes frescos traduzem a essência do menu local

e equilíbrio, acompanhando a proposta de integrar referências locais ao padrão internacional da marca.

Membership

O acesso à Soho House São Paulo é restrito a membros e seus convidados. A associação pode ser feita em duas categorias: Every House, válida para todas as unidades do grupo no mundo (R$ 21.500 ao ano), e Local House, exclusiva para a unidade paulistana (R$ 8.500 ao ano). Ambas podem ser pagas mensalmente.

Há também tarifas reduzidas para candidatos com menos de 27 anos. A Every House Under 27 custa R$ 9.300 e a Local House Under 27, R$ 5.400. Membros dessa faixa etária contam com benefícios adicionais, como descontos em alimentos e bebidas em dias específicos.

A unidade paulistana inclui ainda um Soho Health Club, com academia equipada com aparelhos de última geração e foco em bemestar holístico. As próximas fases do clube devem incluir sauna, sala de vapor e outros espaços voltados à saúde. Já o bar da piscina, localizado na cobertura, funciona diariamente das 8h às 20h. *

Inspirado em São Paulo, o coquetel Casa Verde mistura rum de coco, cachaça, maracujá, pimenta verde e saquÊ
O cardápio une clássicos a ingredientes brasileiros: destaque para o delicioso ceviche de lichia com palmito
Cada um dos 32 quartos apresenta capítulos singulares do design brasileiro, combinando identidade, conforto e peças produzidas sob medida
Obras de mais de 60 artistas brasileiros ocupam os espaços da casa, integrando arte contemporânea ao cotidiano de quem circula por ali

Som da alma, batida do coração

Cantora Anna Jukes e DJ Cássia

Kilmister formam o duo Santê, que vem conquistando a cena musical goiana com a fusão perfeita entre sensibilidade e autenticidade

Arte que conecta e transforma. Som que traduz sonhos e vivências. Ritmo que dá vida e melodias que alcançam os sentidos. Formas de expressar emoções e contar histórias. Experimentações sensoriais que surgem da capacidade de traduzir sentimentos em sonoridades e possibilidades artísticas. Esses são alguns dos pilares que podem caracterizar o Santê, projeto vibrante que combina a energia da música eletrônica com a sonoridade orgânica, criado pela cantora Anna Jukes e pela DJ Cássia Kilmister.

O trabalho do Santê parte de um mix de vocais ao vivo e sets de DJ, nos quais Anna canta ao vivo e Cássia comanda as batidas. “Nossa intenção é oferecer uma experiência dinâmica e envolvente, para que cada apresentação seja única e cheia de improvisos”, explicam. O duo tem se destacado no cenário goiano por sua capacidade de criar um ambiente festivo e cativante com leveza e muita personalidade, levando o público a uma viagem musical que celebra a diversidade.

Com 17 anos de trajetória, Anna traz uma rica bagagem que demonstra em suas performances, e, com cinco anos como DJ, Cássia Kilmister soma uma perspectiva fresca e inovadora, explorando batidas eletrônicas e envolventes. Suas influências são amplas, desde a MPB e o rock até a disco music.

“Estilos que refletem a diversidade cultural que caracteriza o Brasil e a paixão que temos pelas diferentes vertentes musicais”, afirmam.

Experimentação e intuição

Anna e Cássia comentam que o seu processo criativo é uma jornada colaborativa e dinâmica que envolve pesquisa de repertório e análise de mercado. Elas buscam canções conhecidas e amadas, com significado especial para o público, e as reinterpretam, agregando uma nova roupagem e arranjos inovadores. “Essa abordagem nos permite conectar o familiar ao novo, construindo uma ponte entre diferentes gerações e estilos”, explicam.

O duo enfatiza o quanto a pesquisa é parte essencial desse processo. Elas exploram influências e tendências variadas. “Testamos novas combinações de ritmos, melodias e harmonias até encontrar algo que ressoe com a essência do Santê”, elaboram. A sensibilidade é uma qualidade crucial. Elas acreditam que a capacidade de perceber e transmitir sentimentos por meio da música é o que realmente toca o coração das pessoas. “Ao reinterpretar uma canção, inserimos nossas próprias vivências pessoais e emoções, gerando uma conexão mais profunda com quem a ouve”, dizem. Essa sensibilidade também se reflete na forma como se apresentam. “A interação com

o público e a capacidade de ler o ambiente são essenciais para que possamos garantir que cada show seja uma performance singular. A música não é apenas uma combinação de sons, mas uma forma de comunicação que transcende palavras e toca a alma. Essa filosofia orienta cada passo do nosso processo de criação”, refletem.

A dupla comenta que a cena cultural goiana é vibrante e crescente. “Goiânia é conhecida por sua rica tradição musical, especialmente em estilos como sertanejo e MPB. O público é aberto a novas propostas artísticas e há uma crescente valorização de projetos que misturam diferentes gêneros, como o Santê. Além disso, existem diversas plataformas e eventos que promovem a música local, o que é uma oportunidade valiosa. Mas ainda temos desafios, como a necessidade de mais espaços dedicados a gêneros alternativos e uma maior divulgação de artistas independentes”, garantem.

Nesse ritmo, o Santê continua a evoluir e a explorar novas experimentações, sempre buscando encantar o público com sua arte, que está entre o som da alma e a batida do coração. *

SANTÊ LIVE VOCAL & DJ @SANTE.MUSIQUE (62) 98111-1360

DJ Cássia Kilmister e a cantora Anna Jukes
Foto: Lucas Dourado

Social

A Caudalie celebrou a chegada de seu novo SPA Boutique em Goiânia com um encontro charmoso no Shopping Flamboyant. Primeiro das Américas a adotar o novo conceito da marca, o espaço foi projetado pelo renomado escritório francês Ciguë e evoca a atmosfera do icônico SPA Vinothérapie de Bordeaux.

Combinando materiais naturais e reciclados, o ambiente convida ao bem-estar e à desconexão. Os protocolos exclusivos, assinados por Mathilde Thomas, fundadora da Caudalie, aliam ingredientes de alta performance a técnicas avançadas de skincare.

Com duas salas de atendimento, incluindo uma VIP dupla destinada a experiências a dois, o novo endereço reforça o compromisso da empresa com sofisticação e excelência.

César Brito
Lara Prado
Fotos: João Carlos / Isabella Mendes
Aloma Schmaltz, Carlos Martins e Marielle Merhi
Amanda Jayme Ana Carolina Naciff
Farley Mattos, Silvia Kolber e Larissa Garrote
Paula Guimarães
Ceres Bueno

Bateia

A Moya Joias dá início a uma nova fase com o lançamento de sua primeira linha autoral, “Bateia”. Comandada pelas irmãs Claudia, Katia e Carina Moya, a marca, já consolidada no mercado goiano, reforça seu posicionamento ao apresentar um conceito de criação com identidade, propósito e contemporaneidade. A iniciativa faz parte do processo de reposicionamento conduzido pela especialista em branding Sheyla Doumit.

Com mais de 50 anos de atuação, o ateliê se destaca pelo uso do ouro bruto como diferencial. As peças da coleção atual têm formas inspiradas na natureza e em ferramentas comumente utilizadas do garimpo, como a própria bateia, bacia antiga usada na extração manual de metais às margens dos rios. As joias refletem uma filosofia pautada na resiliência, na persistência e na valorização da tradição, valores que acompanham a Moya há mais de duas décadas.

O coquetel de lançamento foi realizado na Marmorarte, em Goiânia, e reuniu convidados, familiares e equipe.

Fotos: João Carlos
Katia Moya, Carina Moya, Sheyla Doumit e Claudia Moya
Vanessa Graner, Poli Quinta e Cynthia Veloso
Taisa Bueno e Viviane Gusmão
Andreia Spessatto e Náira Sá
Joias em formas orgânicas traduzem a primeira coleção autoral da Moya
Gisele Brandão e Sissi Calixto
Julianna Borges, Giovanna Rocha Diniz e Michelle Mourão
Marcela Paiva e Marcela Uchoa
Carina, Matias, Lucy, Claudia e Katia Moya

Avant-Première

As franqueadas da CasaCor Goiás, Eliane Martins e Sheila de Podestá, receberam empresários, parceiros e profissionais do elenco para o coquetel que marcou a avant-première da 28ª edição da mostra, este ano em novo endereço no Setor Marista. O encontro apresentou os 48 ambientes assinados por 65 nomes da arquitetura, design e paisagismo, sob o tema “Semear Sonhos”.

Com trilha sonora do DJ Eduardo Lara e buffet impecável do Hanna Buffet, a noite antecipou o clima da edição 2025, que propõe reflexões sobre novas formas de morar com foco em sustentabilidade, inovação e integração com a natureza.

Social
Eliane Martins, Lívia Pedreira e Sheila de Podestá
Clarismar Rocha, Hellen Simone e Flávio Antônio
Ana Flávia Canedo e Vinicius Montrezol
Eliane Martins, Gisela Maciel, Joel Sant’Anna Braga e Yara Nunes
Cláudio Prado, Mariana Torminn, Nando Nunes, Amanda Melo Zago e Felipe Zago
Izabelle Capuzzo e Lucas Dutra
Leo Romano e Marcelo Trento
Pedro Ernesto Gualberto e Leandra Gualberto
Fotos: João Carlos / Cristiano Borges
Mariela Romano e Janete Cecílio
Marcus Camargo e Giordano Rogoski
Victor Tomé e Maria Julia Vulcano
Izabela Toledo
Rose Pinheiro, Leopoldo Veiga Jardim e Yara Nunes
Ricardo Masi, Wender Ribeiro e Jefferson Castro
Vinicius Carvalho e Carol Gama
Lucas Machado e Ivana Menezes
Rodrigo Borges, Ieda Jardim e Rodrigo Ferreira
Natiara Reis e Paulo Reis

Social

Dia do Amor

Ronaldo Fraga e Rodrigo Januário oficializaram a união, durante a Semana Santa, em uma cerimônia afetiva e simbólica na Cidade de Goiás. O “Dia do Amor entre Januário e Fraga” aconteceu em paralelo às tradicionais celebrações religiosas da cidade, permitindo aos convidados mergulharem na cultura local, como a emblemática Procissão do Fogaréu.

A celebração reuniu criativos de diversas áreas. A estilista goiana Naya Violeta assinou as lembranças junto com um coletivo LGBTQIA+ formado por 15 jovens. As túnicas foram idealizadas por Fraga e confeccionadas em renda renascença, com bordados produzidos por rendeiras do Cariri Paraibano, exaltando o artesanato brasileiro.

A jornalista Sandra Annenberg conduziu a cerimônia, marcada por emoção.

Maria Berenice Dias
Perla Paraguaia
Sandra Annenberg e Ernesto Paglia
Genésio Maranhão e Abadia Haich
Léo Romano
Ronaldo Fraga, Zeca Camargo e Rodrigo Januário
Ronaldo Fraga, Rosa Santana e Rodrigo Januário
Manoel Januário e Val Januário
Ronaldo Fraga e Rodrigo Januário
Ludovico Fraga, Ronaldo Fraga e Graciliano Fraga
Fotos: Kant Rafael / Celestial Wedding

Social

Joias de Afeto

O joalheiro Antônio Henrique promoveu um almoço exclusivo na loja Arranha Gata para apresentar a coleção “Amores”. Inspiradas em sua mãe, Dona Miriam Paiva, as peças celebram a sutileza da maternidade. Unindo afeto e simbolismo, as joias combinam pedras preciosas, ouro e materiais orgânicos, sintetizando viagens e referências culturais, marcas já registradas de seu trabalho.

Antônio Henrique e Edna Oliveira
Carmen Lúcia Perillo, Antônio Henrique e Liliane Lobo
Gavin Louis, Rossana Jardim e Efigênia Costa
Cristina Machado Rocha, Wanessa Cruz e Miriam Paiva
Aline Peixoto e Lucilene Dutra
Cristina Lopes, Etienne Gomes e Gisela Haun
Cândida Dias, Jaci Melo e Edna Oliveira
Peças repletas de simbolismo exaltam a beleza do vínculo materno
Fotos: João Carlos

Social

Liderança

A Acieg lançou o Acieg Mulher, projeto que celebra o protagonismo feminino nos negócios. A cerimônia nomeou as novas diretoras do núcleo, entre elas a sócia da revista Zelo Ângela Motta, e destacou profissionais de áreas como comunicação, saúde, arquitetura e comércio.

O encontro, que contou com a presença dos presidentes Marisa Carneiro e Rubens Fileti, teve palestra exclusiva da CEO do Grupo Flamboyant, Alessandra Louza, que falou sobre o papel da iniciativa no fortalecimento do empreendedorismo feminino em Goiás.

Para Elas

O LIDE Mulher comemorou o Mês da Mulher em um encontro elegante na Gruta Mármores, em Goiânia. Reunindo lideranças femininas de setores historicamente masculinos, como aviação, engenharia e pecuária, o evento reforçou a importância da representatividade.

Com talk mediado por profissionais de diferentes áreas, o grupo destacou o tema “Lugar de mulher é onde ela quiser” e mostrou, na prática, a força da diversidade feminina no mercado.

Karine Franco, Luiza Taveira, Ana Flávia Canedo e Andreia Queiroz
Marina Godoy, Raika Miclos, Roberta Chaveiro, Bel Lasmar, Thaily Semensato, Lucilene Dutra, Sônia Braga
Sheyla Doumit, Marisa Carneiro, Raika Miclos, Karine Terra
Anna Bastos, Tatiana Accioly, Danielle Andrade, Anna Vitória Gomes Caiado e Larissa Junqueira
Rubens Fileti, Alessandra Louza, Ângela Motta e Marisa Carneiro
Alessandra Louza, Claudia Zupani, Marisa Carneiro e Rubens Fileti
Janayna Dalastra e Danielle Gaioso
Priscila Maura, Alexandra Mohamed, Anita Bufaiçal, Ana Gabriela Lins e Izabela Toledo
Patricia Garrote e Gabi Pedroso
Patrícia Mercês
Fotos: Jota
Eurípedes
Fotos:
Fernando Zutto

Social

Para celebrar seus cinco anos em Goiânia, a Cinex Arch abriu as portas de seu novo showroom, no Setor Marista. O projeto é da arquiteta Monica Rizzi, que traduziu a sofisticação da grife em um espaço minimalista com contraste elegante entre os acabamentos de alto padrão.

O coquetel de inauguração recebeu profissionais da arquitetura, design e construção, em clima de networking e celebração.

Carine Rocha, Willian Hanna, Karine Espírito Santo e Fernanda Gemus
Pedro Paulo Estrada e Alexandre Milhomem
Matheus Couto, Isabela Ianni, Márcia Estrada, Pedro Paulo Estrada, Pedro Estrada, Rafaela Ianni e Rodrigo Carneiro
Rafael Setmaier, Pedro Estrada, Josivan Monteiro, Rafaella Campos e Pedro Paulo Estrada
Pedro Paulo Estrada, César Cini e Josivan Monteiro
Pedro Nogueira, Diogo Carlos e Fernando Pinto
Georges Naoum e Fabíola Naoum Bruno Veras
Taisa Bueno e Mariana Viana DJ Jesus Luz
Fotos: João Carlos

Social

Estilo

As empresárias Andrea Aprígio e Thais Morbeck reuniram convidados na Porsche Center Goiânia, em Alphaville, para uma noite de moda com assinatura de Vitor Zerbinato. O evento celebrou a coleção Inverno 2025, “Strike a Pose”, inspirada nas divas hollywoodianas dos anos 1950 e 1960, com cortes estruturados e cores vibrantes.

O desfile também marcou a estreia da primeira shop-in-shop de Zerbinato no Centro-Oeste, em parceria com a Emporium Lolithà, reforçando a conexão da marca com o mercado goiano.

Andrea Aprígio, Vitor Zerbinato e Thais Morbeck
Rose Vieira, Ana Paula Panarello e Mônica Quinan
Karla Rattes e Heloise Rizzo
Victor Cardoso e Anna Melo
Pollyanna Mota, Sammea Vilarinho e Sheila Teodoro
Mariana Viana, Bel e Bia Lasmar
Andressa Suita
Gina Facuri, Camila Roriz e Amanda Gomes
Samuel Di Faria e Daniel Porto
Larissa Kipper, Ana Júlia Manzi e Ana Rosa
Fotos: João Carlos

Social

A nova edição da Fargo ocupou o Centro Cultural Oscar Niemeyer com encontros, arte e refle-xões sobre o fazer criativo. A programação homenageou o centenário de nascimento do escultor, ceramista e pintor Antônio Poteiro e celebrou a trajetória de Sáida Cunha, artista, professora e referência no colecionismo nacional.

Na abertura, palestra de Adriano Alves (Sesc Goiás) abordou o “Circuito da Arte Itinerante”, seguida por performance que marcou o lançamento da coleção “Camélias”, da marca goiana Jacobina.

Com olhar voltado ao empreendedorismo artístico, a feira também discute os rumos do cole-cionismo brasileiro e as heranças modernistas na produção contemporânea.

Feira de arte
Ana Carolina Cruz, Sandro Tôrres e Wanessa Cruz
Leopoldo Veiga Jardim
José Seronni
Helena Vasconcelos e Tai Hsuan
Roberto Loeb, Nei Vargas e Marília Razuk
Marcelo Solá
Maria Paula Queiroz e Júlia Manzzutti
Amaury Menezes e Sáida Cunha
Adressa Lima e Susana Guimarães
Fotos: João Carlos

DIVERSIDADE E VERSATILIDADE EM SOLUÇÕES QUE PERMITEM LIBERDADE CRIATIVA, DE PEQUENOS DETALHES A ROBUSTAS ESTRUTURAS ARQUITETONICAS.

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