Revista Segurador Brasil - Edição 162

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Ano 20 | Número 162 | 2020

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Sabemi avança com a entrada no mercado de Corretores de Seguros e Affinity Com foco na ampliação do portfólio e na expansão dos negócios, a Companhia, uma das principais seguradoras do país, passa por uma reformulação intensa no modelo de atuação, com base em estratégia que incrementa ainda mais o segmento de seguro pessoal

Leandro Nunes Diretor Executivo Comercial da Sabemi


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Carta ao Leitor

Mercado volta a ficar otimista

O Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS), apurado através de pesquisa realizada pela Fenacor, aponta que corretores, seguradores e, em menor escala, os resseguradores, estão mais otimistas no final de outubro. Os indicadores voltaram a ficar acima de 100 pontos, tanto nos casos de corretores (111,1) quanto de seguradores (107,2). Já entre os resseguradores, chegou perto disso, alcançando 99,5. O incremento (mesmo que, em alguns casos, pequeno) nos indicadores econômicos e o sentimento de que a vacina pode estar em um horizonte próximo são fatores fundamentais para a mudança nas expectativas das empresas. A pesquisa apurou que 33% dos corretores e 44% dos seguradores acreditam em crescimento da economia nos próximos seis meses. Sessenta e sete por cento (a grande maioria) dos corretores aguardam um quadro de estabilidade, projeção feita por 36% dos seguradores. Há ainda um percentual de 20% de seguradores que acreditam em um quadro “pior” nos próximos meses. Apenas 5% dos corretores temem uma queda do faturamento do setor no final de 2020 e início de 2021. Para 76% dos entrevistados a receita ficará estável, enquanto 19% apostam no crescimento. Entre os seguradores, 4% dos entrevistados projetam um faturamento “muito melhor”, 32% aguardam um quadro “melhor” e somente 16% temem uma queda na arrecadação. Para 48%, a receita permanecerá estável. Quanto à rentabilidade, 61% dos corretores apostam em um cenário estável e 29% acreditam na possibilidade de um avanço. Entre os seguradores, 24% enxergam a possibilidade de crescimento e 48% projetam um cenário de estabilidade. Há ainda 28% que temem uma redução da rentabilidade do setor. O Editor

EXPEDIENTE Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br) Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br)

ANO 20 | NÚMERO 162 | 2020

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Foto/Capa - Jefferson Bernardes

Capa

“Neste novo momento da Companhia, os corretores de seguros assumem um papel fundamental para o nosso negócio e não mediremos esforços para construir uma relação salutar, séria e de muito profissionalismo, em que ambas as partes aprendem e crescem juntas” Leandro Nunes Diretor Executivo Comercial da Sabemi

Sabemi prepara salto com a entrada no mercado de Corretores de Seguros e Affinity 4


Com foco na ampliação do portfólio e na expansão dos negócios, a Companhia, uma das principais seguradoras do país, passa por uma reformulação intensa no modelo de atuação, com base em estratégia que incrementa ainda mais o segmento de seguro pessoal. Segurador Brasil conversou com o Diretor Executivo Comercial da Sabemi, Leandro Nunes, responsável pela condução de um dos movimentos mais estratégicos da Sabemi nos últimos anos: a entrada no mercado de Corretores de Seguros e Affinity. Ele ressalta que qualificação de equipe, investimento em tecnologia e ampliação da rede de distribuição são algumas das ações estratégicas implementadas pela Companhia para suportar o plano de expansão. Confira a entrevista:

parceiros. Essa mentalidade nos im- com o desafio de potencializar os nepulsionou até aqui e, certamente, é o gócios atuais e capitanear a entrada da Sabemi em novos segmentos. que nos fará seguir adiante.

SB - Neste cenário, como a Sabemi enxerga o mercado de seguros e de que forma projeta se adequar ao novo contexto? LN - O comportamento dos brasileiros em relação ao seguro pessoal tem mudado de forma significativa nos últimos anos. A pandemia, inclusive, acelerou essa mudança de comportamento, trazendo um novo olhar sobre a importância do seguro que, por muito tempo, foi um tabu no Brasil. Neste sentido, identificamos uma oportunidade de oferecer soluções melhores e mais aderentes ao dia a dia do nosso segurado dentro do mercado de Corretores de Seguros e Affinity, que será o nosso foco no próximo ano. Estamos promovendo Segurador Brasil - Como a Sabemi uma forte transformação no nosso projeta crescimento orgânico nos modelo de atuação, mas necessária próximos anos? para atender aos desafios do contexto Leandro Nunes - A Sabemi é uma atual. Companhia sólida, de quase 50 anos, com uma trajetória reconhecida no SB - Como a empresa tem se prepamercado nacional, especialmente rado para esse movimento? pelo seu DNA de pioneirismo e sua LN - Essa preparação se iniciou em capacidade de reinvenção. Somos 2019, mas foi acelerada com a pandeuma das principais seguradoras do mia, especialmente no que se refere país, presente em 23 Estados e no Dis- à tecnologia e à digitalização de protrito Federal, com cerca de 500 cola- cessos. No ano passado, nosso invesboradores, um patrimônio líquido de timento em tecnologia foi 40% supeR$ 268 milhões e um lucro líquido rior ao ano anterior. Nosso objetivo é de R$ 44 milhões. Vale reforçar que, dar mais agilidade em todas as etapas mesmo em meio à pandemia, as ori- do processo e garantir uma entrega ginações em seguros se mantiveram, rápida, segura e de alta qualidade com olhar de crescimento orgânico. para os clientes. Como parte desta Costumamos dizer que temos alma de reformulação, em outubro, também startup, pois a Sabemi é uma empresa integramos ao time da Companhia o em constante movimento e dinamis- Rodrigo Pecoraro, profissional com mo, que se adapta fácil aos cenários trajetória reconhecida no mercado impostos, buscando sempre trazer de seguros. Pecoraro chegou para asnovas soluções para clientes e rede de sumir a função de Head de Seguros,

SB- Fale um pouco sobre a diversificação do portfólio da Sabemi. LN – Mesmo atuando como specialty company, a Sabemi sempre revisitou seu portfólio, adaptando produtos de acordo com a demanda de mercado. Exemplo disso é o recém-lançado “Bem Prático”, voltado a oferecer serviço de proteção e cuidado aos profissionais de determinado segmento. Com a projeção de expandir a nossa linha de atuação, ampliaremos também o nosso portfólio, priorizando a qualidade dos produtos e das assistências contempladas em cada apólice. SB- Quais são os principais diferenciais da Sabemi para entrar e se manter competitiva neste mercado? LN - Eu destacaria dois principais diferenciais: a tecnologia e a relação com a nossa rede de parceiros. Tecnologia porque estamos investindo de forma bastante ostensiva na transformação digital da Companhia, com foco principal na agilidade dos processos, segurança das informações e autonomia e praticidade para o cliente final – quando ele precisa utilizar uma assistência, por exemplo – e para o corretor. Além disso, a forma como a Sabemi se relaciona com a sua rede de corretores de seguros é, certamente, diferenciada, trazendo-o para o centro das discussões. Neste novo momento da Companhia, os corretores de seguros assumem um papel fundamental para o nosso negócio e não mediremos esforços para construir uma relação salutar, séria e de muito profissionalismo, em que ambas as partes aprendem e crescem juntas. 5


Desafios

“Inovação não é disrupção, é evolução” Na abertura do evento “Sincor Digital – Conectando o Mercado de Seguros”, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Marcio Coriolano - durante o Painel “Papo Direto e Reto com as Autoridades do Mercado” -, abordou os desafios e as oportunidades que vê neste momento de pandemia. A inovação foi o tema da pergunta feita para Coriolano por Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP. Primeiramente, ele fez questão de frisar que inovação não é disrupção. “É uma evolução da criatividade, de processos e rotinas. Muitas vezes é uma ideia, que necessariamente não é tecnológica. E ficou claro que o mercado de seguros, com todos os seus atores, já estava há tempos inovando, de forma séria. Se passaram oito meses da declaração da emergência pandêmica e continuamos atendendo a todos indistintamente. É claro que temos de aumentar nosso passo”, comentou. Coriolano também citou o projeto Sandbox, aprovado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que permitirá avanços para o setor. “Não irá romper paradigmas tecnológicos. Veio em boa hora e é uma forma de permitir, inclusive a inclusão de mais gente no nosso mercado. Vai poder atender nichos de mercado”, ressaltou. Além do Sandbox, ele citou a regra de proporcionalidade para que as seguradoras precisem de menos exigência de capital e reservas, sem descuido da segurança delas. Essa norma pretende aumentar a oferta de produtos e o acesso dos consumidores. 6

Coriolano: temos uma enorme oportunidade de mostrar que estamos à altura da expectativa das pessoas

Arquivo SB

A inovação foi tratada de maneira ampla no painel, desde as que vieram sendo acumuladas e que estão permitindo a travessia, sem sobressaltos, do período da pandemia; passando pela necessária construção da reforma tributária, até os desafios da ampliação do papel do corretor de seguros em suporte ao consumidor nestes anos complexos que virão pela frente. A LGPD também foi citada como um dos principais itens de inovação adaptativa dessa nova agenda. Em suas considerações finais, Coriolano chamou a atenção sobre todos estarem vivendo o momento mais difícil que o Brasil já tenha vivido neste século. “O sofrimento das pessoas, não só pela morte e dor mas pelo medo.

E não parece que isso vai terminar tão rápido, como todos imaginam. Ao mesmo tempo cresce a aversão ao risco de qualquer pessoa. Ficou claro que o raio pode cair duas vezes na mesma pessoa. E isso vemos o clamor das pessoas pelo seguro. Não só do privado, mas também no governo. Temos uma enorme oportunidade de mostrar que estamos à altura da expectativa das pessoas. Principalmente das pessoas mais necessitadas. Para poder tornar esta oportunidade para a população em algo real, é preciso que todo o sistema de seguros esteja unido na mesma direção. Tanto empresários, profissionais, governo, com todas as diferenças do mundo, precisamos convergir em medidas necessárias para o crescimento de todos”, salientou.


C-100 M-20 Y-70 B- 0


Ponto de Vista | ANTONIO PENTEADO MENDONÇA

O Corretor de Seguros

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De acordo com o texto frio da lei, “o corretor de seguros, pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e promover contratos de seguros entre as Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de Direito Privado” (art.122 do Decreto Lei 73/66). Além disso, o artigo 124 do mesmo diploma legal determina que “As comissões de corretagem só poderão ser pagas a corretor de seguros devidamente habilitado”. Ao contrário do que muitos imaginam, o corretor de seguros não tem o monopólio da contratação dos seguros. Ele é o intermediário legalmente autorizado, mas não há nada na lei que impeça as seguradoras de venderem suas apólices diretamente. Ao contrário, a legislação dá os parâmetros para essa venda. Assim, o corretor de seguros tornou-se o principal canal de distribuição de seguros no Brasil não porque a lei o determine, mas porque ele se mostrou mais eficiente do que as demais formas de comercialização à disposição das seguradoras. Internacionalmente, o corretor de seguros tem lado. Ele representa e defende o segurado nas suas relações com a seguradora. Na legislação brasileira, todavia, essa tipificação não existe, razão pela qual,

seguindo a letra da lei, o corretor de seguros não tem lado, nem representa ninguém. Ele simplesmente angaria e promove os contratos de seguros, recebendo uma comissão para fazer isso. Ocorre que as relações humanas são muito mais sofisticadas e complexas do que a letra fria da lei, especialmente depois da lei completar, sem qualquer atualização relevante, cinquenta e seis anos de existência, como é o caso da lei dos corretores de seguros, que é de 1964 e que, ao longo das décadas, prestou - e vem prestando - relevantes serviços na proteção da sociedade brasileira. Sem dúvida, a regulamentação da distribuição dos seguros necessita ser revista e modernizada, mas entre rever e extinguir, como pretendeu o governo, vai uma diferença enorme, até porque o corretor de seguros desempenha papel fundamental para o equilíbrio da sociedade, através de sua atividade profissional. Como representante de fato do segurado na relação com a seguradora, figura pacificamente aceita pelo setor, o corretor de seguros vai muito além de simplesmente angariar e promover contratos de seguros.


O corretor de seguros tem que ter noções de econoO corretor de seguros tem como missão precípua a proteção da sociedade. Cabe a ele oferecer ao cidadão e mia, sociologia e história; conhecer a realidade social da às empresas as ferramentas mais eficientes criadas pelo região aonde atua; conhecer a realidade de seus seguraser humano para proteger e desenvolver sua existência e dos; conhecer os produtos das seguradoras; ser hábil negociador e ter independência para capacidade de ação. defender os clientes em todas as Há mais de quatro mil anos, o situações em que a sua intervenção seguro tem lugar de destaque no A regulamentação da se faça necessária. desenvolvimento humano. E desdistribuição dos seguros Não é possível dizer que uma de o princípio a intermediação necessita ser revista e profissão é mais importante do que sempre teve papel relevante para modernizada, mas entre a outra ou que um cargo é mais reo negócio. A título de exemplo, rever e extinguir, como levante do que outro. O trabalho basta lembrar que o Lloyds de pretendeu o governo, vai honesto e o exercício profissional Londres não é uma seguradora, uma diferença enorme, dentro de parâmetros éticos pertimas uma plataforma de colocaaté porque o corretor nentes têm, necessariamente, hieção de riscos, com todos os negóde seguros desempenha rarquia funcional, mas não podem cios realizados através dos interpapel fundamental para o ser medidos como mais ou menos mediários autorizados. equilíbrio da sociedade importantes. Ao contrário do que algumas Cabe ao corretor de seguros zeafirmações, muitas vezes fruto lar pela segurança de seus segurado desconhecimento, levam a dos e isso vai muito além de oferecrer, o corretor de seguros não é um vendedor de apólices. Quem faz isto é o agente cer apólices de seguros. Sua atuação profissional permeia de seguros, figura inexistente na legislação brasileira. O o bem estar social. corretor de seguros é o consultor do segurado. E isto faz Publicado no jornal “O Estado de S.Paulo” em 5/10/2020 toda a diferença.

A GRANDE JORNADA PELO MUNDO DOS SEGUROS Toda segunda-feira, das 7hs às 8hs Apresentação – Pedro Barbato Filho Rádio Imprensa FM 102,5 O programa pode ser ouvido em tempo real, pelo portal www.pbfproducoes.com.br

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Análise | DILMO BANTIM MOREIRA

A melhor proteção

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Vivemos numa sociedade de riscos. Deveria ser natural, a cada um, ter uma agenda de prevenção e gestão de tais riscos... Resguardar a execução de objetivos e proteger as metas alcançadas, garantindo a tranquilidade a cada dia é uma obrigação a que todos devemos nos impor, sob pena de, na ausência destes cuidados, reiniciar, por vezes, uma longa jornada. Trata-se de gestão de riscos, que implica em organizar um programa de prevenção de perdas, reduzindo sua frequência e severidade dos riscos administráveis, e após isto tratar os itens remanescentes. São estes riscos não controláveis, traduzidos como problemas, dificuldades ou necessidades, que se constituem no objeto do seguro, os quais são identificados e orientados pelos corretores de seguro com o apoio das seguradoras. Tais necessidades, sejam evidentes ou não, podem ser identificadas com o auxílio destes profissionais que, através do esclarecimento destas situações aos seus clientes, os tornam conscientes destes fatos e lhes transmitem poder, por meio do conhecimento e esclarecimento, permitindo assim uma correta e eficiente gestão de riscos. Muitas são as questões que surgem às pessoas e também às empresas para a aquisição de um seguro...

• Preciso de um seguro? • Como escolher a seguradora mais indicada para isto? • Quais as melhores opções de preços e coberturas? • Que coberturas são as mais indicadas para meu risco? • Qual é o valor correto da importância segurada? • Com ou sem franquia/carência? • Entendi as condições contratuais?

Essas e outras tão sensíveis variáveis atingem fatores objetivos como a proteção de um bem, de uma empresa, de uma vida ou a tranquilidade da realização de um futuro cuidadosamente projetado. É preciso que haja alguém para orientar, de forma idônea e apoiada na transparência do diálogo franco, esclarecendo obrigações e direitos. E, além de tudo isto, realizando o atendimento e dando apoio no momento da ocorrência do fato inesperado. Tal é a importância, responsabilidade e tarefa dos corretores de seguros. Profissionais estrategicamente situados, atuando como guardiões dos interesses de seus clientes nas relações contratuais securitárias, trabalhando no delicado espaço que varia da necessidade imediata à expectativa futura.


Atualmente, segundo dados da Fenacor, existem 93.859 registros ativos de corretores, sendo 53% deles pessoas físicas e 32% de profissionais mulheres, cuja participação nesse mercado vem progressivamente se fazendo mais presente. Registros jurídicos ou físicos, homens ou mulheres, tais agentes econômicos do bem e dos quais se exige cuidado, qualidade e precisão no auxílio à gestão de riscos, por meio de seu dedicado trabalho, contribuem positiva e reconhecidamente para a tranquilidade da sociedade. Que possamos contar sempre com sua qualidade profissional, auxiliando

Que possamos contar sempre com a qualidade profissional do corretor, auxiliando a refinar as bases do setor e da própria instituição do seguro, agregando cada vez mais valor, tanto aos segurados quanto às seguradoras

a refinar as bases desse setor e da própria instituição do seguro, agregando cada vez mais valor, tanto aos segurados quanto às seguradoras. Dilmo Bantim Moreira Presidente do Conselho Consultivo do CVG/SP, acadêmico da ANSP no segmento de Seguros de Pessoas, administrador pós-graduado em Gestão de Seguros e Previdência Privada, atuário, membro da Comissão Técnica de Produtos de Risco da FenaPrevi e de Seguro Habitacional da FenSeg, docente em Seguros de Pessoas, Previdência Complementar, Saúde, Capitalização, Atendimento ao Público e colunista em mídias de seguros.

Evento

Próxima edição do Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros será em São Paulo A 22ª edição do Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros será realizada em São Paulo em outubro de 2021. O anúncio foi feito pelo presidente da Fenacor, Armando Vergilio, durante sua participação em um painel do Sincor Digital, promovido pelo Sincor-SP. “Essa não é mais uma possibilidade. É uma realidade. Faremos um grande evento em São Paulo, em conjunto com o Sincor-SP e todos os demais Sindicatos e o apoio das seguradoras”, destacou Vergilio, acrescentado: “Esse será um evento histórico. Em primeiro lugar porque o Congresso volta a São Paulo após 21 anos. A última edição realizada na capital paulista foi em 1999”. O Estado gera aproximadamente 50% da receita global do mercado de seguros no Brasil. Atuam em São Paulo mais de 43,9 mil corretores de seguros,

entre pessoas físicas e jurídicas (45,5% da categoria). Outro fator relevante é que esse será o primeiro congresso brasileiro da categoria organizado dentro da chamada “nova ordem”, no pós-pandemia. Além disso, especificamente para os corretores de seguros de São Paulo, essa opção compensa, de certa forma, a não realização do CONEC em 2020, em decorrência da pandemia, ainda que o Sincor-SP tenha promovido um evento virtual, o Sincor Digital, que foi visto por mais de cinco mil profissionais. Veja a relação completa dos Congressos já realizados (a lista inclui a próxima edição): 1978 – Rio de Janeiro; 1981 – São Paulo; 1983 – Rio de Janeiro; 1985 – Bahia; 1987 – Minas Gerais; 1989 – Foz do Iguaçu (PR); 1991 – Rio de Janeiro

Armando Vergilio: evento histórico

- Congresso Mundial dos Corretores de Seguros (*); 1993 – Pernambuco; 1995 – Rio de Janeiro; 1997 – Goiás; 1999 – São Paulo; 2000 – Bahia; 2001 – Rio Grande do Sul; 2004 – Distrito Federal; 2005 – Alagoas; 2007 – Espírito Santo; 2009 – Santa Catarina; 2011 – Distrito Federal; 2013 – Rio de Janeiro; 2015 – Foz do Iguaçu (PR); 2017 – Goiás; 2019 – Bahia; 2021 - São Paulo. (*) em razão do evento internacional, não foi realizado o Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros 11


Visã Brasil Setor de turismo apresenta retomada

A atividade do comércio brasileiro registrou alta de 3,4% em setembro, segundo o indicador da Serasa Experian. É o quinto aumento mensal consecutivo, já considerando os ajustes sazonais. Em agosto, a expansão foi de 5,3%, a segunda maior do ano. Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o resultado mostra que o setor varejista segue se recuperando. “O crescimento, mesmo um pouco menor que o dos meses anteriores, é sempre muito importante, pois essa sequência de altas confirma a retomada do setor. Este avanço menor pode ser explicado pela redução do valor do auxílio emergencial, que tem sido um suporte muito importante para a economia nesse ano desafiador”, explica Rabi. O segmento de veículos, motos e peças respondeu pelo maior crescimento, de 5,8%, o melhor resultado do ano e o terceiro seguido. “Esse avanço pode ser uma indicação de que os brasileiros estão adquirindo veículos para geração de renda, ou seja, trabalhando com o transporte de pessoas e com entregas, por exemplo”, afirma Rabi. Neste sentido, outro estudo recente da Serasa Experian feito com base nas informações do Cadastro Positivo, mostra que 89,6% das parcelas de financiamento de veículos foram pagas em dia, representando a maior pontualidade dos brasileiros quando comparada com as modalidades de empréstimo pessoal (86,1%) e cartão de crédito (86,8%). “Além de ser um meio de transporte familiar, de fato, o veículo se fortaleceu muito nos últimos anos como uma alternativa de emprego dado o fraco desempenho do trabalho de carteira assinada desde 2015/16”, finaliza o economista. No indicador de atividade do comércio, os setores de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática tiveram a segunda maior alta (3,5%) e material de construção vem na sequência, com 3,3%. O Indicador da Serasa Experian mostra que quando comparada com setembro de 2019, a variação anual da atividade do comércio registra queda de 10,6%.

Segundo pesquisas de impacto realizada pela Fundação Getúlio Vargas, o segmento de Turismo está entre os líderes da lista das áreas mais afetadas pela crise de saúde em 2020. De acordo com estimativas da Organização Mundial do Turismo (OMT), agência da ONU, o número de turistas internacionais caiu 65% no primeiro semestre do ano e o setor conta com prejuízo de aproximadamente 2,5 bilhões de reais. A OMT ainda afirma que, embora a abertura de fronteiras tenha começado em alguns destinos, o aumento do número de turistas internacionais no Hemisfério Norte, devido à temporada de verão, não se concretizou. Os prejuízos também são visíveis nos estabelecimentos turísticos espalhados pelo Brasil. Estudos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que cerca de 50 mil estabelecimentos turísticos, como bares, hotéis, pousadas, restaurantes e agências de viagem, se viram obrigados a encerrar as atividades entre os meses de março e agosto deste ano, o que representa uma perda de 16,7% das instalações turísticas no país. Por outro lado, estudos apontam para uma retomada gradual. Segundo dados da sexta pesquisa de impacto realizada pela FGV com o Sebrae, as perdas de faturamento do setor estão, atualmente, em 74%, uma melhoria em relação aos 88% atingidos no final de março. “A tendência é que o cenário de turismo tenha uma retomada mais lenta, mas já há indícios de uma mudança de hábitos relacionados à viagens de lazer”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, especializada em controle de ponto online e gestão de rotinas do Departamento Pessoal para pequenas e médias empresas. “Verificamos aqui na mywork que empresas do setor de hospitalidade e turismo já têm funcionários voltando das suspensões de contrato de trabalho e algumas até já estão contratando novos colaboradores”, conta o executivo.

Ilustrações: Freepik

Atividade do comércio sobe 3,4% em setembro

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Especial

O Grupo Allianz apresenta a primeira edição do seu “Relatório Global do Sistema Previdenciário”, tomando o pulso dos sistemas em todo o mundo com seu indicador próprio de previdência, o Allianz Pension Indicator (API). O indicador segue uma lógica simples: inicia a análise com os pré-requisitos demográficos e fiscais e, em seguida, continua a examinar os sistemas previdenciários acerca de suas duas dimensões decisivas: “sustentabilidade” e “adequação”. Assim, baseia-se em três pilares e leva em consideração cerca de 30 14

parâmetros, que são classificados em uma escala de 1 a 7, sendo 1 a melhor nota. Ao somar todos os subtotais ponderados, o API atribui a cada um dos 70 países analisados uma nota entre 1 e 7, proporcionando assim uma visão abrangente do respectivo sistema previdenciário. “Dados demográficos e as previdências foram ofuscados por outras políticas nos últimos anos, principalmente as mudanças climáticas e, hoje, a luta contra a Covid-19”, disse Ludovic Subran, economista-chefe do Grupo Allianz. “Mas você ignora

• Nas próximas décadas, os baby boomers se aposentarão em massa e colocarão o sistema de seguridade social sob forte estresse • Apenas alguns países já colocaram seu sistema previdenciário à prova da demografia, sobretudo Suécia, Bélgica e Dinamarca • A maioria dos outros sistemas enfrentará dificuldades, cercados por elevados déficits públicos e equilíbrio desigual entre “sustentabilidade” e “adequação” – inclinados na maioria dos casos a favor deste últim • O sistema previdenciário do Brasil ocupa a 43ª posição – algumas lições de casa ainda devem ser feitas nas reformas previdenciárias

Reprodução

Relatório Global 2020 do sistema previdenciário: estamos prontos ou não?


a demografia por sua própria conta e risco, a mudança demográfica logo estará de volta com uma vingança. Neutralizar a iminente crise previdenciária e preservar a justiça e a igualdade geracionais são fundamentais para a construção de sociedades inclusivas e resilientes”. A mudança dramática na demografia é melhor caracterizada pelo aumento da taxa de idosos inativos economicamente: até 2050, crescerá de 77% a 25%, ou seja, mais rápido do que nos últimos 70 anos desde 1950. Em muitas economias emergentes, a taxa vai mais do que dobrar nas próximas três décadas, isto é, em menos da metade do tempo que esse desenvolvimento levou na Europa e América do Norte. O exemplo mais proeminente é a China, onde a proporção aumentará de 17% para 44%. Para os países industrializados, no entanto, o nível absoluto dessa proporção é o principal motivo de preocupação, atingindo, por exemplo, 51% na Europa Ocidental.

Pilares Esse desenvolvimento se reflete no primeiro pilar do API, chamado de “pontos de partida”, que combina mudança demográfica e situação financeira pública (margem financeira). Não surpreendentemente, muitos países emergentes na África ou na Ásia têm uma boa pontuação, pois a população ainda é jovem e os déficits públicos e as dívidas são bastante baixos. Por outro lado, muitos países europeus, como Itália ou Portugal, estão entre os piores desempenhos: a população de idosos enfrenta dívidas altas. “Para a maioria dos países industrializados, a velha piada escocesa se aplica: se eu construísse um sistema previdenciário estável, certamente não começaria por ali”, disse Michaela Grimm, autora do relatório. “E essa é a situação antes do coronavírus e seu tsunami de novas dívidas. Um dos legados da atual crise certamente será o de que teremos de dobrar nossos esforços para reformar nossos

sistemas previdenciários. O que havia sobrado de margem financeira se foi para sempre”. O segundo pilar do API é a “sustentabilidade”, medindo como os sistemas reagem às mudanças demográficas: existem estabilizadores embutidos ou o sistema será destruído quando o número de colaboradores diminui e o número de beneficiários continua subindo? Nesse contexto, uma alavanca importante é a idade da aposentadoria. Na década de 1950, um homem de 65 anos, em média, morando na América do Norte ou Europa, poderia esperar passar cerca de 12,5 anos na aposentadoria. Hoje, a expectativa média de vida adicional de uma pessoa de 65 anos é de 17,6 anos e deve aumentar para 20,8 anos em 2050. Como consequência, a proporção entre vida profissional e tempo de aposentadoria diminuiu acentuadamente. Os países que decidiram ajustar a idade legal para aposentadoria ou o 15


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seguradoras de vida a explorar classes alternativas de ativos”, disse Cameron Jovanovic, chefe da proposta global de aposentadoria do Grupo Allianz. “Esse impulso para alternativas permite que os provedores de benefícios capturem o prêmio de iliquidez que combina bem com a duração do portfólio. Outra estratégia é descarregar o risco, em vez de buscar retornos, já que as permutas de longevidade, transferências de risco de pensão e configurações criativas de resseguro se tornam um meio de otimizar a exposição assumida pelos fundos de pensão e pelas seguradoras.” A combinação das pontuações dos três pilares do API fornece os resultados gerais: Suécia, Bélgica e Dinamarca têm relativamente os melhores sistemas previdenciários do mundo (veja a tabela). O Brasil, por outro lado, ocupa a 43ª posição. Tem uma posição inicial difícil. A

margem financeira é relativamente baixa (mesmo antes da Covid-19). E em nenhum outro país da América do Sul o envelhecimento da população será tão rápido quanto no Brasil: a taxa de idosos inativos economicamente quase triplicará nas próximas três décadas para cerca de 36%. Mesmo após as reformas mais recentes, o Brasil ainda possui um sistema previdenciário relativamente desigual: enquanto a pontuação de “sustentabilidade” (4,3) está claramente abaixo da média global (vide idade da aposentadoria e taxas de contribuição), a pontuação de “adequação” (3,2) está muito acima, principalmente graças à boa cobertura e a taxas de benefícios. Embora o Brasil já tenha feito grandes progressos para melhorar o sistema, não se pode permitir uma “fadiga” da reforma da Previdência: o trabalho ainda não está concluído.

Os dez principais sistemas previdenciários do mundo: País

Classific.

Pont. total

Suécia

1

2.9

3.4

3.0

2.6

Bélgica

2

2.9

4.3

2.9

2.3

Dinamarca

3

3.0

3.3

3.2

2.5

Nova Zelândia

4

3.0

3.5

3.8

1.9

EUA

5

3.0

3.1

3.3

2.8

Austrália

6

3.1

3.0

3.3

3.0

Países Baixos

7

3.1

4.0

3.9

2.0

Noruega

8

3.2

3.3

3.9

2.4

Bulgária

9

3.2

3.8

2.7

3.3

Canadá

10

3.2

3.4

3.8

2.6

Brasil

43

4.0

4.8

4.3

3.2

Pontos de Sustentabilidade partida (nota) (nota)

Adequação (nota)

Reprodução

aumento dos benefícios ao desenvolvimento de uma expectativa de vida adicional - como a Holanda - têm, portanto, um sistema previdenciário mais sustentável do que os países onde adiar por mais tempo a aposentadoria ainda é um tabu. O terceiro pilar do API classifica a “adequação” do sistema previdenciário, questionando se eles proporcionam um padrão de vida adequado na velhice. Elementos importantes são a taxa de cobertura – ou seja, qual a proporção da população em idade ativa e do grupo em idade de aposentadoria coberta pelo sistema previdenciário? – a relação de benefícios – ou seja, quanto (em termos de renda média) um aposentado recebe? – e, por último, mas não menos importante, a existência de fundo pensão para idosos e outras fontes de renda financiadas por capital. No geral, a pontuação média no pilar de “adequação” (3,7) é um pouco melhor do que a do pilar de “sustentabilidade” (4,0), um sinal de que a maioria dos sistemas ainda atribui maior peso ao bem-estar da atual geração de aposentados do que a da futura geração de contribuintes e contribuições sociais. Os países que lideram o ranking de “adequação” ainda têm pagamentos a aposentados bastante generosos, como Áustria ou Itália, ou fortes segundo e terceiro pilares, como Nova Zelândia ou Holanda. No entanto, as soluções de aposentadoria financiadas por fundos de pensão estão sob crescente pressão no cenário persistente de baixa taxa de juros. A pandemia da Covid-19 exacerbou ainda mais essa tendência, pressionando ainda mais os rendimentos. “O cenário de baixo rendimento forçou os fundos de pensão e as


Feliz Mês do Corretor(a) de Seguros! Outubro comemora-se o dia do profissional que gera confiança, tranquilidade e segurança para seus clientes. Um mês dedicado aos Corretores de Seguros - o mais importante ativo de nossos negócios. Nós, da Fator Seguradora, sabemos da sua importância e valorizamos muito seu trabalho. Nossa motivação é trabalhar incansavelmente para te entregar o melhor em produtos e serviços, por isso, para o que precisar, saiba que estamos aqui... sempre muito, muito próximos a você!

Antes da contratação, consulte seu corretor e leia as condições contratuais da apólice, que regem o contrato de seguro, as quais descrevem as coberturas, prazos, limites, riscos excluídos e demais condições do seguro. FATOR SEGURADORA S.A., CNPJ 33.061.862/0001-83. Cód. SUSEP 6122. SAC 0800-77-07229 e Ouvidoria 0800-77-32867. SUSEP - SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS, autarquia federal, responsável pela fiscalização e controle dos mercados de seguro, previdência complementar aberta, capitalização, resseguro e corretagem de seguro. Contato: 0800-201-8484.

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Cenário

Seguros de Pessoas Presente e Futuro Fotos – Freepik

Dirigentes de sete entidades estaduais analisaram as principais mudanças no ramo e projetaram o cenário para o pós-pandemia. O encontro teve apoio da Segurador Brasil

O inédito encontro virtual que reuniu em outubro sete entidades estaduais especializadas em seguro de pessoas, organizado pelo CVG-SP, trouxe uma visão abrangente das transformações no ramo e ajudou a delinear o cenário para o futuro. Com foco nas principais tendências, os dirigentes do CSP-BA, CSP-MG, CVG-ES, CVG-RJ, CVG-RS, CVG-SP e ISB Brasil (PR) debateram desde a ascensão do seguro de pessoas até as mudanças provocadas pela tecnologia – na subscrição de riscos, distribuição etc. –, apontando caminhos para o desenvolvimento. Sob a mediação da jornalista Kelly Lubiato, da revista Apólice, e com transmissão ao vivo pelo canal do CVG-SP na Internet, o evento foi realizado em duas etapas. Na primeira, os dirigentes responderam questões 18

relacionadas ao presente e futuro do seguro de pessoas. Na segunda rodada, as perguntas vieram dos veículos da mídia especializada em seguros que apoiaram o evento: Segurador Brasil, Apólice, Cobertura, CQCS, Insurance Corp, JNS, JRS, Roncarati, Seg News, Segurador Brasil, Seguro Nova Digital, Seguro Total, Seguros em Foco e Sonho Seguro.

Tendências A pandemia ajudou a acelerar a transformação digital no seguro de pessoas, segundo a percepção da presidente do Clube de Seguros de Pessoas e Benefícios do Estado da Bahia (CSP-BA), Patrícia Jacobucci. Ela concluiu que o setor de seguros sempre foi digital e que deverá avançar nessa área. Para o presidente do Clube Vida em Grupo Espirito Santo

(CVG-ES), Antonio Santa Catarina, a venda digital de seguros “é um processo irreversível, que deverá baratear o custo do seguro”. A pandemia despertou o interesse do consumidor pelo seguro vida? “Nesse novo normal a prioridade é preservar vidas, disse o presidente do Clube Vida em Grupo Rio de Janeiro (CVG-RJ), Octávio Perissé. Ele elogiou as seguradoras que decidiram indenizar os sinistros provocados por covid-19 e também a agilidade dessas empresas na rápida adaptação ao home office. Em relação ao futuro do ramo, a presidente do Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio Grande do Sul (CVG-RS), Andréia Araújo, constatou que a pandemia trouxe um senso de urgência na contratação do seguro que o consumidor não tinha.


“Talvez, este seja o maior legado, o de fazer o consumidor pensar no futuro e ser mais previdente”, disse. Se no passado, o processo de subscrição de riscos era binário – aceita ou não aceita riscos -, hoje, com a incorporação de novas tecnologias, os riscos até então excluídos passaram a ter mais chance de aceitação. Esta é a percepção do presidente do Clube Vida em Grupo São Paulo (CVG-SP), Silas Kasahaya. “Com base nos dados disponíveis, hoje, já é possível fazer uma avaliação precisa do risco”, ressaltou. Na visão de João Paulo Mello, presidente Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), os corretores, principalmente, devem focar suas vendas no segmento de pequenas e médias empresas. Para Joceli Pereira, presidente do Instituto Superior de Seguros e Benefícios Brasil (ISB Brasil), com sede em Curitiba (PR), é possível melhorar a formação dos profissionais. “As entidades que proporcionam essa formação precisam se voltar para a produção de conhecimento e o fomento de pesquisas”, afirmou.

Imprensa especializada pergunta “Na pandemia, o mercado de seguros brasileiro está em linha com outros países?”. Esta foi a pergunta de João Carlos Labruna, da revista Segurador Brasil, respondida por Andréia Araujo. Ela, que participou recentemente de evento da Limra/Loma, confirmou: “Não estamos descolados do resto do mundo”. Sobre a decisão das seguradoras de cobrirem o risco de Covid-19, ela disse: “Isso mostra o quão importante é o ramo vida e o quão comprometido o mercado de seguros está”. Carlos Pacheco, da revista Insu-

rance Corp, quis saber se a tecnologia será a melhor estratégia no relacionamento entre corretores e clientes. Patrícia Jacobucci respondeu que sim, mas ressalvou que a venda consultiva não acabará. “O cliente precisará cada vez mais de um consultor”, disse. Já Joceli Pereira respondeu a Júlio Pereira, da Seguros em Foco, se a tecnologia pode melhorar a regulação de sinistros. “Agora, a indenização é a entrega do produto e a tecnologia veio para efetivar esse processo”, disse. William Antony, da JRS Digital, perguntou sobre a tendência de crescimento do seguro de pessoas no pós-pandemia. João Paulo Mello alertou para a necessidade de melhorar produtos e condições para aumentar a penetração. “Nisso, temos de ser disruptivos, pensar diferente”, disse. Ele cogitou, inclusive, produtos direcionados para outros públicos, como o microsseguro. Na mesma linha, Antonio Santa Catarina respondeu ao jornalista Sergio Guerra, da revista Seguro Nova Digital, que para aumentar a penetração do seguro de vida é preciso focar no nicho de profissionais liberais, informais e de baixa renda. Para tanto, a distribuição digitalizada, a seu ver, abrirá caminhos, facilitando a cobrança. “As insurtechs estão aí para encontrar uma solução para isso”, exclamou. “Seguros e benefícios estão em alta

e isso não vai mudar. Daqui para frente é crescimento total”. Esta foi a resposta de Octávio Perissé ao questionamento do jornalista Kleber Ferreira, do CQCS. Ele acrescentou que o desenvolvimento do seguro de pessoas tem sido fomentado pela demanda do consumidor, que também está mudando. Perissé comentou, ainda, a necessidade de desenvolver o microsseguro para atender, principalmente, as famílias das vítimas fatais da pandemia. “Muitas estão desamparadas”, disse. A última pergunta veio da jornalista Denise Bueno, do Blog Sonho Seguro, que questionou a impossibilidade de contratação de nova apólice do seguro de doenças graves para o consumidor que já teve sinistro, mesmo diante do avanço da medicina. Silas Kasahaya reconheceu essa dificuldade, mas ressaltou que a subscrição personalizada traz a tendência de aceitação de casos mais comuns, como diabetes, infartos. “É um privilégio participar de evento tão importante, em que reunimos, pela primeira vez, os presidentes de sete entidades especializadas. Espero que seja o primeiro de muitos”, disse Kasahaya. Ele também cumprimentou os professores pelo seu dia, além dos corretores e securitários que também comemoram a data em outubro. “Estou terminando a gestão no CVG-SP e este evento fechou com chave de ouro”.

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Contexto

Arquivo SB

Saúde suplementar precisa se manter forte em cenário de crise

A saúde suplementar tem lidado com uma série de tarefas no período da pandemia de covid-19. Passam não só pelo enfrentamento da doença, mas pela crise econômica, avanços tecnológicos, cobranças da sociedade, dos legisladores e mesmo do judiciário. Ao mesmo tempo, precisa cuidar de seus 47 milhões beneficiários. O futuro trará novas demandas para o setor que também precisarão ser olhadas com cuidado. “O nosso desafio para o pós-pandemia é manter a cadeia funcionando bem mesmo em um cenário de maior demanda por saúde, queda de renda, queda no emprego formal, e menor capacidade do Estado de atender a população por meio do SUS”, afirmou a diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente, na entrevista “Lições da Pandemia”, conduzida pela CEO do Instituto Coalizão Saúde (ICOS) e presidente do comitê científico do Masterclass de Saúde Suplementar 20

da SAHE ’21 (South America Health Education), Denise Eloi. Para lidar com esse novo contexto, o setor tem proposto aperfeiçoamentos regulatórios de maneira a adequar o mercado às condições econômicas do país e à capacidade financeira das famílias e das empresas. Esse novo modelo inclui maior segmentação, com mais modalidades de cobertura além dos planos referência, hospitalar e ambulatorial; novos modelos de franquias e coparticipação; e mais liberdade para a comercialização de planos individuais, com regras mais competitivas para preços e reajustes. “Temos de deixar o mercado funcionar, tornar os planos mais competitivos”, disse Vera. O caminho tem apresentado alguns percalços, como uma série de projetos de lei que interferem no setor. Um deles, o PL 6.330, prevê a incorporação automática de quimioterápicos orais sem passar pela indis-

pensável Avaliação da Tecnologia em Saúde (ATS) conduzida pela ANS. “Em qualquer país do mundo esses produtos passam por essa avaliação. Outro ponto grave do projeto é que o SUS não é alcançado. Se uma tecnologia for boa que ela seja para todos. O PL tem em seu escopo o aumento da desigualdade”, afirmou a diretora executiva. Outra dificuldade tem sido a constante judicialização. Tem sido comum ao setor lidar com decisões judiciais obrigando-o a oferecer tratamentos e serviços fora dos contratos ou do rol de procedimentos da ANS. A consequência é que como o setor funciona sob os princípios do mutualismo, os custos são repartidos, as mensalidades ficam mais caras para todos. “As pessoas entram na justiça para pedir o que não têm direito, que não está nos seus contratos. O que parece justo é injusto. O conjunto dos beneficiários só tem a ganhar com a previsibilidade, com o respeito às leis e aos contratos, com a segurança jurídica”, disse Vera. Mas a pandemia trouxe alguns ganhos expressivos para a sociedade. Um dos mais evidentes é o crescimento exponencial da telemedicina. O fundamental agora é manter a conquista, já que ficou definido que a regulamentação definitiva caberá ao Conselho Federal de Medicina (CFM), após o período de crise causado pelo coronavírus. “Que o CFM tenha consciência do papel dele no momento e não impossibilite essa evolução tão importante num país do tamanho do nosso”, defendeu Vera Valente.


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Reprodução

Medicina baseada em valor põe resultados e qualidade para paciente no foco da saúde

O sistema de saúde, não só brasileiro, mas mundial, deve se preparar para uma alteração estrutural e cultural em direção a novos modelos baseados em evidências, desempenho e resultados. É uma transição para sistemas que colocam o paciente no foco da assistência e não apenas a quantidade de procedimentos, privilegiadas pelo chamado modelo do “fee for service”, ainda hoje em voga. Essas e outras questões relacionadas foram debatidas no webinar “Transição para Medicina Baseada em Valor”, promovido pela FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) em parceria com o Ibravs (Instituto Brasileiro de Valor em Saúde). O cenário atual é de custos elevados, incorporação de tecnologias caras, transição demográfica e um sistema acostumado a desperdícios – tudo agravado por uma demanda crescente 22

em razão da pandemia do novo coronavírus. Por isso, a cada dia é maior o consenso em favor da necessária mudança do modelo de remuneração de prestadores. “Eu sintetizo isso numa frase: é preciso mudar o foco, de quantidade para desempenho, produzir melhores resultados e desfechos para os pacientes. Temos, como ponto de partida, interesses e objetivos comuns: ampliar acesso, diminuir custos, combater ineficiências e gerar mais valor para os pacientes”, afirmou a diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente, moderadora do debate. Segundo o presidente do Ibravs, César Abicalaffe, para ocorrer a mudança é preciso encontrar métricas e dados corretos, tendo como pano de fundo não o ato médico, mas a jornada do paciente. Informações e indicadores claros são fundamentais no processo.

“Essa relação de desconfiança do sistema de saúde entre o pagador, o prestador, a indústria e o paciente é um cancro. Por isso, o grande desafio é a transparência das informações. Nos países que estão evoluindo para um sistema baseado em valor, os dados são mais transparentes”, disse Abicalaffe. Especialista em economia da Saúde e ex-economista sênior do Banco Mundial, André Medici acredita que o grande desafio para a transição em direção a uma medicina baseada em valor é não analisar os dados de um paciente isoladamente, mas sempre na perspectiva de todo um grupo. “Para obter resultados favoráveis para o paciente, é importante tratar, de alguma forma, os determinantes de saúde da população em que ele está inserido e contribuir para que essa população melhore seu estado por meio do controle dos seus fatores


logia. Avaliar as evidências que mostram se a tecnologia traz eficácia, efetividade e segurança. O passo seguinte é a discussão econômica”, defendeu. Citando como exemplo os tratamentos contra câncer, Vianna reiterou a importância da ATS para que os avanços ocorram com segurança nos resultados e, sobretudo, para os pacientes. “Abrir mão da ATS pode ter um preço muito alto para a sustentabilidade do nosso modelo de saúde e não necessariamente gerar melhores resultados”. Neste contexto de valor em saúde, o modelo do “fee for service”, a remuneração por serviços, também precisa ser aprimorado, por em geral estimular procedimentos dispendiosos, nem sempre mais eficientes para os beneficiários. “O ‘fee for service’ provoca um círculo vicioso, em que quem oferta os serviços de saúde gera sua própria demanda. Não se produzem, assim, incentivos robustos para a redução dos custos”, afirmou Vera Valente. Neste modelo, que tem sido dominante em todo o mundo ao longo de décadas, faltam critérios que estimulem o aprimoramento dos procedimentos, pois na prática os custos

O cenário atual é de custos elevados, incorporação de tecnologias caras, transição demográfica e um sistema acostumado a desperdícios – tudo agravado por uma demanda crescente em razão da pandemia do novo coronavírus. Por isso, a cada dia é maior o consenso em favor da necessária mudança do modelo de remuneração de prestadores são sempre assumidos pelos pagadores, ou seja, as operadoras, no caso da saúde privada, ou o Estado, no caso do sistema público. Os debatedores também discutiram a proposta de criação de uma agência única de avaliação de tecnologias, unindo a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), do Ministério da Saúde, à análise da ANS, que cuida do assunto na perspectiva da saúde suplementar. “Se a gente institucionaliza isso num organismo único, unindo os esforços, com celeridade, independência, a sociedade vai se beneficiar”, disse Denizar Vianna.

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de risco”, disse ele, também especialista em financiamento público e privado em saúde. Para tanto, são necessárias redes integradas de saúde, resolutivas, com maior retorno e bem-estar para os pacientes. Nesse caminho, também será preciso, entre outras medidas, estratégias de melhoria de saúde que exigem parcerias sólidas entre pagadores e provedores, novos modelos de gestão, dados integrados, estruturas de TI redesenhadas e pensamento inovador para solução de problemas. Algo também fundamental no processo de transição para o modelo de geração de valor em saúde, segundo Medici, são os investimentos em atenção primária. A Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) é também etapa fundamental quando se objetiva trazer mais valor para saúde, na avaliação de Denizar Vianna, ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde e doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UFRJ. “A ATS é um ganho. Visa avaliar as consequências clínicas, econômicas, sociais de uma incorporação de tecno-

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Proteção de Dados

Representantes dos corretores lançam ferramenta para adequação à LGPD A Fenacor e os Sincors estão disponibilizando a melhor ferramenta para que corretores de seguros de todo o Brasil possam se adequar aos dispositivos da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e evitar, dessa forma, ações judiciais, punições e multas elevadas que podem, em alguns casos, inviabilizar a continuidade da empresa. Trata-se do LGPDCOR, que reúne as soluções específicas para as necessidades de empresas corretoras de seguros. “Esta é a primeira iniciativa setorial, de âmbito nacional, de adequação à LGPD”, afirma Paulo Moura, executivo da Quinto Domínio Plataformas Cibernéticas, empresa que desenvolveu a ferramenta em parceira com a Fenacor e os Sincors. A nova solução poderá ser contratada por qualquer corretor de seguros. Mas, para os associados ao Sincor serão ofertados descontos especiais, que podem chegar a 65% mesmo se comparados aos similares que oferecem as melhores soluções. Além disso, os corretores de seguros poderão disponibilizar e vender o LGPDCOR para seus clientes, com um valor muito acessível e competitivo, e ainda se rentabilizarem muito bem, o que cria, na prática, um novo e promissor nicho de mercado para a categoria. “Para esses mesmos clientes, o corretor poderá oferecer também o seguro contra riscos cibernéticos”, sugere Paulo Moura. Outro diferencial é que todos receberão um “Certificado de Adequa24

ção”, importante diferencial para indicar que a empresa está cumprindo a Lei e que não há riscos para os dados pessoais dos consumidores. E mais: em novembro, a ENS e os Sincors iniciarão um treinamento para que aqueles que contratarem o LGPDCOR aprendam a utilizar a plataforma e a cadastrar os dados dos seus clientes, gerir os riscos e eventuais incidentes, gerar relatórios e utilizar a biblioteca na qual estão formulários, avisos e cronogramas, além de mais de 30 documentos que poderão ser utilizados em diversas ocasiões, como no termo de consentimento dos clientes para o uso de seus dados pessoais. Haverá ainda uma cartilha com o passo a passo de todo o processo de estrutura de governança, assessoria jurídica e mapeamento dos processos.

PUNIÇÕES Vale lembrar que a LGPD, que entrou em vigor em setembro, abrange todas as empresas que utilizam dados pessoais de clientes, empregados ou terceirizados, exatamente o foco da atividade profissional exercida pelos corretores de seguros, o que aumenta a responsabilidade e a importância de a categoria contar com uma ferramenta apropriada para adequação à lei. A lei prevê a possibilidade de a empresa ser alvo de multas pesadas que podem ser aplicadas em caso de incidente. “A sua empresa será responsabilizada pelo vazamento de dados pessoais ou pela utilização desses dados sem uma base legal adequada”, alerta o professor da ENS, Aluízio Barbosa.


Inteligência Artificial

Uso massivo de dados no setor de seguros pode potencializar viés discriminatório Tese de doutorado do advogado Thiago Junqueira analisa o impacto da introdução da inteligência artificial em mecanismos decisórios, com foco no mercado de seguros

Divulgação

Advogado Thiago Junqueira

Com a promessa de oferecer uma precificação individualizada das apólices, as seguradoras estão expandindo o acesso a dados pessoais dos segurados, elevando o risco de violação da privacidade e da perpetuação de viés discriminatório nos processos decisórios. É o que afirma o advogado Thiago Junqueira, sócio do escritório Chalfin, Goldberg & Vainboim Advogados e professor do ICDS, em seu livro Tratamento de Dados Pessoais e Discriminação Algorítmica nos Seguros, resultado de sua tese de douto-

rado defendida na UERJ e publicada pela Revista dos Tribunais. O especialista analisa as transformações no mercado de seguros, com foco na expressiva adesão ao uso de dados e à inteligência artificial na estruturação do negócio. Em vez do “prêmio fixo”, determinado por cálculos atuariais antes da contratação, o valor da apólice está, cada vez mais, baseando-se no acompanhamento dos “riscos” do segurado, calculados e definidos por algoritmos. Para seguros de automóveis, os

produtos pay as you drive ou pay how you drive ( “pague conforme você usa” e “pague como você dirige”) tiveram forte crescimento no Brasil, especialmente no período da pandemia (de até 200%), ante o recuo nos contratos tradicionais (que chegou a alcançar o número de 60%). Para estes produtos, os smartphones têm servido como ferramentas poderosas para a captura de dados. Em ambas modalidades são inúmeros os benefícios, como produtos mais acessíveis e adequados ao perfil dos segurados, contudo, não 25


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Embora o uso do Big Data e da Inteligência Artificial no setor de seguros traga muitos benefícios, inclusive para os consumidores e aponte para decisões mais consistentes e justas, prevenindo fraudes e outras condutas de má-fé dos segurados, o novo sistema não elimina a possibilidade de haver discriminação indireta (não intencional) podem ser menosprezados possíveis danos causados aos consumidores. Embora o uso do Big Data e da Inteligência Artificial no setor de seguros traga muitos benefícios, inclusive para os consumidores e aponte para decisões mais consistentes e justas, prevenindo fraudes e outras condutas de má-fé dos segurados, o novo sistema não elimina a possibilidade de haver discriminação indireta (não intencional) a determinados perfis nos contratos. “O algoritmo aprende por repetição. Mesmo não sendo desenhado com a intenção de discriminar, ele reproduz preferencias sociais de forma racional e, se não forem tomadas salvaguardas, necessárias irá repetir e perpetuar formas de discriminação”, analisa o professor. “O uso de dados para a precificação dos seguros poderia levar ainda a uma devassa nas informações pessoais do segurado, colocando em xeque seu direito à privacidade, à igualdade, à liberdade de expressão, à liberdade de associação e à identidade pessoal”, alerta. Em seu livro, Thiago Junqueira demonstra que o titular dos dados tem, na realidade, um controle apenas parcial sobre a fonte de informa-

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ções utilizada para a tomada de decisão pelos seguradores. A permissão de acesso a dados, como a localização, por exemplo, leva o segurador a formar um perfil bastante sofisticado do segurado, que pode abranger o hábito de frequentar a academia de ginástica, comer em redes fast-food, ir constantemente a farmácias, tabacarias, bares ou casas noturnas, por exemplo. “Caso os seguros realmente marchem para um robusto tratamento de dados pessoais, a maioria das apólices passará a exigir amplo acesso aos dados dos segurados e consequências ainda não devidamente mapeadas poderão ocorrer”, afirma. De acordo com o professor, pode-se vislumbrar o potencial de expansão do uso de novos dados “comportamentais” coletados “indiretamente”, como as atividades on-line do proponente (buscas e compras em sites da internet e utilização de redes sociais), dados oriundos de wearables e telemetria (os aplicativos de celulares ou aparelhos que controlam desde os passos do indivíduo até a forma de direção do veículo), dados financeiros provenientes do uso de cartão de crédito, entre outros.

O que fazer No mundo digital, os dados pessoais tornaram-se cruciais para as empresas direcionarem seus negócios e aumentarem os lucros. Em seu estudo, Junqueira alerta que uma parte considerável das empresas ainda descuida das implicações sociais e éticas que o uso destes dados pode gerar. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, embora oferecendo instrumentos capazes de contribuir para o combate à discriminação, mostra-se, em geral, insuficiente, sobretudo no que se refere ao problema da discriminação indireta. O advogado, contudo, aponta que as possibilidades de controle na inteligência artificial são expressivas. “As empresas podem auditar os resultados de seus algoritmos. E quem foi alvo de uma discriminação também tem direito a uma explicação sobre a decisão automatizada”. Para o professor, no entanto, é mandatória uma mudança cultural e regulatória no país: “A indiferença para a realidade social e os riscos envoltos na tomada de decisões automatizadas devem ser rapidamente alterados. É preciso haver um treinamento de ética e um investimento em diversidade nas seguradoras”, conclui.


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Giro

Tokio Marine passa a oferecer Seguro Carta Verde para motos A Tokio Marine, que recentemente ampliou seu portfólio oferecendo seguro para motocicletas em todo o Brasil, apresenta novidades no produto para os Clientes de Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS). Trata-se do Carta Verde, seguro de Responsabilidade Civil obrigatório para trânsito de veículos brasileiros nos países do Mercosul. A partir de agora, a cobertura será concedida automaticamente nesses Estados para apólices de motos que incluírem coberturas de casco e RCV-F. “Nossa entrada no segmento de motos foi muito bem aceita pelo mercado. Vendemos seis mil apólices ainda no mês de lançamento e estamos de olho nas oportunidades de negócios em todo o Brasil. Com a disponibilização do Carta Verde, fortalecemos o mix de produtos de nossos parceiros dessas regiões e nos tornamos ainda mais competitivos”, afirma Luiz Padial (foto), diretor de Automóvel da Tokio Marine.

Bradesco Saúde investe em produto regionalizado com o plano São Paulo+ Com o sucesso dos produtos da linha regional, a Bradesco Saúde segue expandindo sua estratégia de atuação, desta vez com lançamento do plano Bradesco Saúde São Paulo+ para a Capital e mais 28 municípios da Região Metropolitana, incluindo ABC Paulista e Baixada Santista. O objetivo é oferecer um plano exclusivo para quem vive e trabalha no coração econômico do país, valorizando a mobilidade da população, a parceria com rede referenciada de qualidade reconhecida e preço competitivo no mercado. O novo produto Bradesco Saúde São Paulo+ traz uma série de facilidades aos beneficiários, como a plataforma de telemedicina para atendimento a distância em diferentes especialidades, opção de agendamento de consultas e exames por meio de central exclusiva, além do acesso à rede de 28

clínicas Novamed e ao Programa Meu Doutor. “O produto regionalizado se baseia na parceria com prestadores de referência, fruto de um modelo de negociações, que, aliado a gestão da assistência, resulta em maior previsibilidade de custos, redução de desperdícios de recursos e a expectativa de reajustes menores nas mensalidades para o beneficiário final”, aponta Manoel Peres (foto), diretor-presidente da Bradesco Saúde.

Liberty Seguros lança plataforma digital de seguro de vida personalizável A Liberty Seguros lançou a plataforma Meu Momento de Vida. A ferramenta 100% digital foi co-criada com os corretores parceiros da companhia que participam do Conselho de Corretores e tem como objetivo facilitar o processo de venda do seguro de vida, viabilizando o processo de contratação do produto de forma didática, ágil e personalizada. O Meu Momento de Vida é simples e intuitiva, permitindo que o próprio cliente preencha todos os seus dados e contrate a apólice sem necessitar de ajuda. “É muito gratificante lançar o projeto Meu Momento de Vida, pois é fruto de um trabalho entre a companhia, nossos corretores e nosso laboratório de inovação, o Solaria Labs. Com a ferramenta, traremos uma forma inovadora de oferecer seguros de vida que aproximará os corretores do consumidor por meio de uma tecnologia simples e eficiente, para que possam ampliar ainda mais as suas oportunidades de negócios em um mercado que já se encontra em ascensão”, afirma Carlos Magnarelli (foto), CEO da Liberty Seguros.


SulAmérica lança SOS Prev e anuncia inclusão de telemedicina em Previdência A SulAmérica passa a oferecer aos clientes de Vida Individual e Previdência Individual o uso do Médico na Tela, serviço de telemedicina disponível 24h por dia, sete dias por semana. O atendimento é realizado por chamada de vídeo com médicos plantonistas de forma prática, rápida e segura. “Somos a primeira empresa a oferecer teleconsulta médica para clientes de Previdência. Trata-se de mais um exemplo da visão de Saúde Integral da companhia, promovendo o equilíbrio entre corpo, mente e finanças para melhorar a vida das pessoas», afirma Marcelo Mello (foto), vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica.” Outra novidade exclusiva e pioneira anunciada pela SulAmérica é o SOS Prev, uma assistência para apoiar os clientes de Previdência na manutenção do planejamento futuro. Com o SOSPrev, os clientes de planos PGBL e VGBL terão acesso a um crédito equivalente a até 50% da reserva previdenciária.

Seguros Unimed é a primeira seguradora do país a lançar um Super App A Seguros Unimed apresenta aos seus seis milhões de clientes pelo país o primeiro Super APP das seguradoras brasileiras. O aplicativo, que reúne todos os serviços oferecidos pela Companhia em um só lugar, está disponível nas plataformas IOS e Android. O Super APP possui uma proposta diferenciada, que vai além dos relacionamentos usuais da empresa com o cliente. Na parte de serviços é possível acessar informações gerais dos produtos contratados, solicitação e prévia de reembolso, autorizações, busca de rede e a carteirinha digital do plano. Além disso, é possível ter acesso aos conteúdos e programas de parceiros da seguradora; realizar a compra digital de produtos (como seguros de vida ou residencial e planos odontológicos); e cuidar da saúde e do bem-estar com um coah virtual e um sistema de metas. “O Super App da Seguros Unimed é a transformação do nosso cuidado com a saúde física e financeira das pessoas e instituições para a plataforma mobile. Uma proposta ancorada em nossa estratégia de futuro digital, que chega para aprimorar a experiência dos clientes com os nossos serviços”, releva o diretorpresidente da Seguradora, Helton Freitas (foto).

Vistoria Online para Seguros Previsul Residencial e Empresarial

Os segurados que contratarem apólices residenciais ou empresariais da Previsul contam agora com a Vistoria Online. A novidade traz praticidade para as inspeções de imóveis, que podem ser feitas de forma digital e contribuem para evitar aglomeração de pessoas neste período de pandemia. Segundo o diretor técnico, Thiago Soares, com a inspeção online, há diminuição de custos para seguradora e corretores. “Ao contratar o seguro Residencial e/ou Empresarial, o segurado recebe um link para que ele mesmo fotografe o ambiente, comprovando que a propriedade existe, que está em boas condições para ser assegurada ou até mesmo conteúdo do imóvel. Para a seguradora, isso é ótimo, pois asseguramos a avaliação mais consistente do risco”, diz. Além disso, os corretores também são beneficiados, uma vez que não é necessário o deslocamento de profissionais até o imóvel para avaliar suas condições. Para Renato Pedroso (foto), presidente da Previsul, essa é mais uma novidade que reforça o momento de inovação da Companhia.”

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PONTO FINAL LEILA NAVARRO

Eu escolho viver o Agora e você? Na estrada da vida, a probabilidade de levar tombos é imensa! Ter coragem de quebrar a cara também é importante, pois faz parte do processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano. A diferença está no que vem a seguir! Tem gente que escolhe continuar prostrado após uma queda, reclamando da vida, da falta de oportunidades, das pessoas ao redor e das circunstâncias. Outros, assim como eu, decidem aprender com os tombos, levantam, sacodem a poeira e procurar dar a volta por cima. Como diz Viktor Frankl: “Quando a circunstância é boa, devemos desfrutá-la; quando não é favorável devemos transformá-la, e quando não pode ser transformada, devemos transformar a nós mesmos.” Portanto, temos a capacidade de virar o jogo em qualquer situação da vida, depende de nossa escolha. Depende única e exclusivamente de nosso comportamento diante as ocorrências do tempo. Pensar pequeno ou pensar grande dá o mesmo trabalho. Isso é fato! Só que, quando pensamos grande, grandes coisas podem acontecer. Quem procura acha, não é mesmo? Me diz: O que você anda procurando neste momento? Viver é como escolher feijão. Quando eu era pequena, minha mãe me colocava para separar os feijões bons dos ruins. Venho aprendendo com isso até hoje. Em meio a este cenário de pandemia, procure os feijões que realmente importam. Essa é a mentalidade por trás da capacidade de Virar o Jogo, mudar de comportamento e estruturar novos paradigmas. Não existe essa de Novo Normal! Existe apenas o Agora! Afinal, 30

Viktor Frankl, neuropsiquiatra austríaco que criou um método terapêutico chamado logoterapia

Viver é como escolher feijão. Em meio a este cenário de pandemia, procure os feijões que realmente importam. Essa é a mentalidade por trás da capacidade de Virar o Jogo, mudar de comportamento e estruturar novos paradigmas o que é normal? Comum? Natural? Usual? Esperar que o mundo transforme sua existência, que a felicidade bata à sua porta ou que você tenha certeza de alguma coisa, é puro desperdício. Escolha viver o Agora. Essa é a única saída! Alimente-se de boas projeções, acompanhe seus avanços, não perca seus sonhos, desenvolva novas habilidades, capacidades e tenha atitude! Mesmo que você esteja no fundo do poço ou que o mundo esteja um Caos, saiba que dar sentido ao sofrimento alivia a dor e abre caminhos. Viktor Frankl me inspira novamente quando diz: “Quem tem um porquê enfrenta qualquer como.” Este porquê nos Empodera! Este porquê nos dá o poder de sermos

capazes de mudar nossa realidade e a nossa percepção quando nos tornamos sensíveis aos nossos sentidos. Não feche a caixa e não se prenda apenas a uma categoria. Seja uma pessoa ETC. Você tem esse potencial! Estamos nessa jornada para aprender juntos.

Leila Navarro é palestrante motivacional há 20 anos. Top 5 na categoria “Palestrante” no Top of Mind de RH 2019. Autora de 16 livros, especialista em comportamento humano, influenciadora motivacional e atitudinal.


A Avaliação Patrimonial é a GARANTIA de um SEGURO bem feito.

Os procedimentos mais modernos de Gerenciamento de Riscos indicam a correta Avaliação dos bens como um dos fatores mais importantes para a contratação dos seguros. Independentemente da forma com o seguro é contratado, conhecer o valor correto dos bens, permite ao segurado definir com segurança qual o valor que pode ser adotado como franquia e também optar com tranquilidade sobre qual tipo de apólice comprar. Nada mais problemático do que descobrir no momento de um sinistro que a importância segurada não cobria o valor dos bens e que a Seguradora somente irá indenizar parte dos bens perdidos.

A Avaliação Patrimonial elimina ainda o risco de se pagar prêmios em excesso devido a contratação de seguro com valores superestimados dos bens. 44 anos de atuação no mercado nacional e da América do Sul. Mais de 80 anos de atuação no mercado mundial. Australia, Belgium, Brazil, Dutch Caribbean, France, India, Italy, Mexico, Mozambique, The Netherlands, New Zealand, Portugal, Singapore, Spain, Sweden, Thailand, UK, U.S.A.

Evite riscos desnecessários, faça a Avaliação dos seus bens.

769 9°/13°/14° 31



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