Revista Saúde Bauru/SP - Edição 2 - 04/2016

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TECNOLAB 30 ANOS UM CASAMENTO PROFISSIONAL DE SUCESSO Em abril de 1986, dois jovens profissionais da Área da Saúde, a Dra. Márcia de Oliveira Nogueira - Farmacêutica Bioquímica - CRF: 6.349, Especialista em Análises Clínicas pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, e o Dr. Alberto Monteiro F. Neto – Médico - CRM: 25.813 - Especialista em Medicina Laboratorial pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - CRM: 25.813, escolheram Bauru para abrirem seu primeiro laboratório.

A Dra. Marcia e o Dr. Alberto não

zem as 4 unidades do Tecnolab em

em Bauru, e através de uma gestão

são bauruenses de nascimento, mas

Bauru, supervisionando tudo, com

visionária inauguraram mais 03 uni-

escolheram Bauru para ser a cidade

muito respeito, confiança mútua e,

dades próprias em bairros distintos

de coração de ambos. Acreditaram,

logicamente, muito trabalho com

de Bauru, proporcionando comodi-

desde o primeiro momento, que

foco na excelência.

dade aos seus clientes. As unidades

Bauru era a cidade certa para se es-

Após 06 anos do nascimento do

tabelecerem como profissionais e

Tecnolab, os sócios vislumbraram a

construírem suas famílias.

possibilidade de construir uma sede

equipadas, proporcionando alta tecnologia, conforto e logística perfeita aos seus usuários.

Foi o casamento profissional

própria. E assim o fizeram, objeti-

perfeito, pois ambos com espírito

vando acima de tudo o bem-estar

Nestes 30 Anos de Tecnolab, a

empreendedor, à custa de muito tra-

de seus clientes, com instalações

cidade de Bauru foi a maior benefi-

balho, dedicação, investimentos em

apropriadas e sempre mantendo um

ciada, pois através do trabalho sério

tecnologia e em sua equipe técnica,

nível tecnológico compatível com os

e de qualidade da Dra Marcia e do

construíram um dos nomes de maior

grandes centros.

Dr Alberto, a população de Bauru e

referência em Medicina Laboratorial do interior paulista, o Tecnolab.

E neste sentindo de inovação, e buscando sempre o melhor atendi-

No início deste ainda pequeno

mento a seus clientes, introduziram

Laboratório, os dois sócios faziam

a coleta em domicílio. Algo que pro-

praticamente tudo. Contavam com

porcionou muito conforto aos pa-

apenas uma funcionária para lhes

10

da Tecnolab são todas muito bem

cientes mais fragilizados.

ajudar. É justamente neste modelo

Com o passar dos anos, os sócios

de trabalho que atualmente condu-

da Tecnolab continuaram investindo

das cidades vizinhas puderam usufruir de uma Medicina Laboratorial de alto nível, com mais de 70 profissionais treinados e capacitados, equipamentos de análise de alta tecnologia e certificação ISO 9001, fatores estes que proporcionam segurança, qualidade e agilidade para seus clientes.



Índice Revista Saúde | Abril/2016 | Bauru/SP

10 18 19 20

38

Podoposturologia: os benefícios das palmilhas posturais

40

Tabagismo: a maior causa evitável de adoecimento

Dra. Fernanda de Oliveira Doná

Tecnolab

Trauma sonoro

Dra. Deborah Maciel Cavalcanti Rosa

Dr. Helder Fernandes Aguiar

Onde está o banheiro mais próximo?

42

Dr. Mikaell Faria

Diretoria do Hospital Estadual debate papel do trabalhador do SUS

44

ESPECIAL CAPA Você cuida bem do seu coração? QRS

Telemedicina, o futuro da saúde a distância Dr. Marco A. Sanches

Dra. Deborah Maciel Cavalcanti Rosa

22

Orelhas em abano e bullyng

24

Descongestionantes nasais, um alívio perigoso

26

Prevenindo e Tratando as Rugas de Expressão

28

12

Tecnolab 30 anos Um casamento profissional de sucesso

46

Dra. Vânia Garcia Wolf Santos Ferraz

Dr. Marco Antônio Ferraz de Barros Baptista

Dra. Vanessa Mello Tonolli

A Ortotanásia e o respeito à autonomia do paciente terminal a uma morte digna Camila Brandini Nantes Sia

30

Mitos e Verdades sobre o lúpus eritematoso sistêmico

32

Investimento em imóveis na Flórida

34

A Medicina, o Direito e a Justiça

36

Depressão

37

Pterígio

Dr. Carlos Eduardo Cury

IWBB

Dra. Renata Maria Gil da Silva Lopes Esmeraldi

Dra. Edna Oliveira Aguiar

Dr. Cesar Augusto de Paiva Monteiro Filho

A importância da programação do marcapasso por um médico devidamente capacitado e habilitado Dr. Edmir José Sia Filho

48

O que é Ecocardiograma?

50

Qual a importância da Nutrição na atividade física?

52

Dr. Lucas Sanches

Dra. Thais da Silva Barreto

Influenza a H1N1: da epidemia de 2009 à gripe comum em 2016 Dr. Gustavo Hideki Kawanami

54

Dor Crônica

56

Peelings químicos

58

Cuidados no pós-parto

59

Hérnia de Disco na Coluna lombar

60

Fadiga Feminina

Dr. Lauro de Franco Seda Jr

Dra. Daniela Alarcon Monteiro Fernandes

Mariana Bonnás

Dr. Ricardo Correa da Costa Dias

Dr. Andre Reis | Dr. Mohamad Barakat


Expediente

REVISTA TRIMESTRAL

Direção:

ABRIL/2016 | ANO 01 | Nº 02 | BAURU/SP

Marcelo Adriano Lopes da Silva

Editora Lopes e Rampani Ltda - CNPJ 07.986.256/0001-69

Ueslei Dias Rampani

Umuarama (sede): Rua Paulo Pedrosa de Alencar, 4291 - Ed. Manhattan Garden CEP: 87501-270 | Centro | Tel.: 44 3622-8270 e-mail: revistasaude@sempresaude.com.br

Layout:

Maringá: Av. Humaitá, 452 - Centro Empresarial Dalla Costa | Sala 303 CEP: 87014-200 | Zona 4 | Tel.: 44 3346-4050 e-mail: artemaringa@sempresaude.com.br

Tiago de Andrade e Vinícius Ribeiro

Alison Henrique, Dyego Bortoli, Diego Silva, Diego Correia, Marcio Garcia,

Jornalista Responsável: Marco Antonio dos Santos

Franquia de Bauru:

Revisão Ortográfica:

KR7 Magazine Ltda. CNPJ: 09.346.831/0001-94

Professora Vera Lúcia Pimentel Maia Ribeiro Circulação: Bauru e Região

Diretores Responsáveis:

Renato Dias Renovato

Anderson Hernandes Brito

Superintendentes:

Capa:

Dr. Edmir José Sia Filho - CRM/SP 134.466 Dr. Lucas Sanches - CRM/SP 129.313 Dr. Marco A. Sanches - CRM/SP 138.597

Foto Capa: Gutavo Baruffi

Ueslei Dias Rampani

Marcelo Adriano Lopes da Silva

ENTRE EM CONTATO PARA MATÉRIAS E ANÚNCIOS:

99677 4767

ANDERSON HERNANDES

14

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bauru@sempresaude.com.br

www.rsaude.com.br www.sempresaude.com.br As matérias e imagens veiculadas são de responsabilidade dos seus autores.

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Editorial

A Revista Saúde® destaca Bauru como um centro de peso na Saúde em nível nacional e internacional Quando chegamos do Paraná, no início de 2015, com o objetivo de trazer a Revista Saúde® para São José do Rio Preto, Araçatuba, Birigui e Bauru, tínhamos enraizado em nossos corações o verso nº 8 do Salmo 121:“O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre. ” E, assim, chegamos no interior de São Paulo para lançarmos esta marca de alto nível no segmento da Saúde, e mais uma vez, Deus nos abençoou. A Revista Saúde eleva o nome de Bauru um “status” mais que merecido, como um verdadeiro celeiro de profissionais de alto nível na Área da Saúde. Bauru possui Médicos renomados e é Referência Internacional na Odontologia. Este é um dos fatores primordiais do Destaque de Bauru, capital da região Centro-Oeste Paulista, com reconhecimento nacional e internacional quando o assunto é Saúde. Por estes fatores, trouxemos a Revista Saúde para Bauru e Região. Somos Especialistas na divulgação de anúncios e matérias na Área Médica e da Saúde. Mas, por que a revista Saúde traz tanto resultado? • Somos líderes neste segmento, atualmente estamos distribuídos em 33 cidades polos pelo Brasil. • Temos 12 anos de “Know-how”. A história da Revista Saúde começou há 12 anos e ao longo desse tempo, trabalhamos focados em

Renato Dias Renovato

Diretor Comercial Revista Saúde

Araçatuba/Birigui Bauru Ribeirão Preto São José do Rio Preto

14

resultados para nossos clientes, trazendo o que há de mais moderno nas impressões de alto nível e na sintonia fina com as mídias sociais, e com um portal supermoderno e atualizado com o Guia Médico e Profissionais da Saúde. • Matérias ou Anúncios em Revistas Segmentadas são conhecidas como mídia eficiente, mídia direta com foco na audiência e resultado praticamente assegurado. Trabalhamos focados em 4 Pilares: 1. Revista Saúde® Impressa - A Revista Saúde com alto nível de impressão, é distribuída nas melhores salas de espera de Bauru e Região. Uma mesma Revista Saúde® pode ser lida e relida inúmeras vezes, graças ao padrão da nossa impressão e à exclusividade do nosso mailing. 2. Fanpage Revista Saúde Bauru Somos totalmente inseridos nas mídias sociais, impulsionando as matérias, anúncios e vídeos da Área da Saúde dos nossos clientes. Semanalmente, temos mais de 12.000 pessoas alcançadas pela nossa página Revista Saúde Bauru no Facebook, e nossos vídeos alcançam mais de 2.500 visualizações por semana. 3. Portal-www.rsaude.com.br - Nosso portal possui mais de 4.000 acessos diários, onde nossos leitores podem acompanhar

as matérias dos nossos clientes, além de poderem agendar suas consultas com a ajuda do Guia Médico e Profissionais da Saúde. 4. Aplicativo Revista Saúde Oficial – O aplicativo da Revista Saúde entra praticamente dentro da vida dos nossos leitores por meio dos seus smartphones. Deixamos disponível o conteúdo das últimas três edições para serem consultados pelos nossos leitores e também o Guia Médico e Profissionais da Saúde. Finalmente, a Revista Saúde traz muito resultado porque é Especialista na Área Médica e da Saúde. E, neste sentido, gostaríamos de chamar a atenção para esta importantíssima Reportagem de Capa da Edição de Abril de 2016, onde estamos levando o tema: OS AVANÇOS DA CARDIOLOGIA: A Tecnologia a favor do Paciente. Assunto este de suma importância para nossos leitores, muito bem abordado por intermédio dos Drs. Edmir José Sia Filho, Lucas Sanches e Marco A. Sanches, que de forma didática proporcionaram informações de caráter informativo e educativo para a população de Bauru e região. Mais uma vez cumprimos nossa missão com nossos leitores, clientes e parceiros, buscando incansavelmente a excelência e alto nível na produção de cada Edição da Revista Saúde®. Obrigado e boa leitura.

Anderson Hernandes Brito

Diretor Comercial Revista Saúde Araçatuba/Birigui Bauru


Roraima Boa Vista

Paraíba João Pessoa Rondônia Porto Velho Cacoal Ji-Paraná

Goiás Goiânia

Mato Grosso Cuiabá Rondonópolis Sinop Sorriso Lucas do Rio Verde

Minas Gerais Uberlândia Rio de Janeiro Macaé/Rio das Ostras

Mato Grosso do Sul Campo Grande Dourados

Já estamos presentes em:

37

Cidades no Brasil

Paraná Campo Mourão Cascavel Cianorte Costa Oeste Curitiba Foz do Iguaçu Francisco Beltrão Londrina Maringá Paranavaí Ponta Grossa Umuarama

11 8 Estados

Capitais

Renato Dias Renovato - Diretor Comercial Araçatuba/Birigui - Bauru - Ribeirão Preto - São José Rio Preto 17 99669.1700 | 17 99669.7771

Santa Catarina Florianópolis Criciúma Joinville

São Paulo Araçatuba/Birigui Presidente Prudente São José do Rio Preto Bauru Jundiaí São José dos Campos

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CONCRETOS!

INFORMAÇÃO SEGURANÇA QUALIDADE

bauru@sempresaude.com.br renato@sempresaude.com.br www.rsaude.com.br | www.sempresaude.com.br Revista Saúde Bauru




Trauma sonoro O som, quando em altura acima de 85db, pode provocar danos ao ouvido humano. Tanto na sua forma aguda, os chamados impactos sonoros, como explosão de bombas, fogos de artifício, shows com música muito alta, ou, de maneira crônica, em pessoas que atuam, frequentemente, com muito barulho, como trabalhadores da indústria, militares, entre outros. Nos casos de impacto agudo, duas situações podem acontecer; ruptura da membrana timpânica, com dor, barulho no ouvido, pressão e sangramento e/ ou inchaço nas células da cóclea, com zunido intenso e sensação de ouvido tampado. Esses casos são passíveis de tratamento, desde que o tratamento seja precoce, com boa evolução dos sinais e sintomas, fazendo uso de medicamentos e cuidados locais. Por outro lado, o barulho crô-

nas em sons agudos, aparecen-

nico, provoca uma destruição

do depois, os sinais de perda au-

das células ciliadas da cóclea,

ditiva. Essa perda é irreversível

órgão da audição, que transmi-

e tem que ser evitada, utilizando

te, pelos seus cílios, as ondas so-

equipamento de proteção indi-

noras. Essa lesão é silenciosa e,

vidual, os fones e plugs e, medi-

na demissão e periódico, bem

o primeiro sintoma é o zumbido,

das de engenharia e medicina do

como fornecer os equipamen-

pela seletividade da perda, ape-

trabalho, reduzindo o som, no

tos para a proteção.

DR. HELDER FERNANDES AGUIAR

ambiente do trabalho. Uma Lei Federal obriga o empregador a realizar exames audiométricos

na

admissão,

MÉDICO - CRM/SP 48749

• Membro da Academia Americana de Otorrinolaringologia; • Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp; • Residência em Otorrinolaringologia - Unesp Botucatu; • Médico do Trabalho - Fundação Oswaldo Cruz; • Chefe do Serviços Médicos do HRAC - Centrinho USP Bauru; • Membro da SBORL; • Médico Preceptor da Residência Médica em Otorrinolaringologia do Centrinho - HRAC USP-Bauru.

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Onde está o banheiro mais próximo?

Diarreias frequentes são mais comuns do que pensamos, uma vez que estão associadas à sua causa, desde intolerâncias alimentares, bactérias e vírus, até causas como estresse. As diarreias podem ser divididas em agudas, com duração limitada a dias, até semanas, já as crônicas, podem ocorrer durante semanas ou meses. As agudas podem ser causadas por vírus (famosas viroses e levam essa fama porque é difícil identificar qual o vírus causador para se dar um nome), são autolimitadas e melhoram com alguns dias de evolução, normalmente causadas por intoxicações alimentares e/ou uso em excesso de alguns alimentos. As crônicas ou prolongadas devem ser bem avaliadas e acompanhadas, pois podem causar muitos problemas, desde desnutrição, desidratação alterações de flora bacteriana intestinal até inflamações do intestino. Têm causas, na maioria das vezes, mais graves, normalmente não melhoram sem tratamento médico. Podem ser

causadas por bactérias, intolerâncias alimentares, inflamações intestinais (como doença de Crohn ou Retocolite), além de uma muito comum nos dias de hoje que é a síndrome do intestino irritável, e outras doenças orgânicas. Muitos pacientes se acostumam a essas alterações diarreicas, porque frequentemente podem ter dias melhores e dias piores, assim convivem com diarreias diárias por anos sem tratamento, até que começam evitar de sair de casa para o lazer, perdem compromissos de trabalho ou até o próprio emprego, porque passam a não ir a locais onde não tenha banheiro disponível próximo. Então, devemos procurar atendimento especializado no caso dessas diarreias, pois quanto antes for feito o diagnóstico melhor, mais rápida será a recuperação e o retorno para a vida, seja nos momentos de trabalho, seja nos momentos de lazer, sem se preocupar se há ou não um banheiro próximo de onde se está.

Quando essa pergunta começa a frequentar nossos pensamentos várias vezes ao dia e começa mudar nossa rotina diária tanto de trabalho como de lazer, devido a diarreias frequentes, precisamos avaliar bem o que está acontecendo, pois podemos estar passando por um quadro de diarreia crônica que precisa ser investigado para receber o tratamento correto.

DR. MIKAELL FARIA - CRM/SP 120.745 CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - RQE 45058 GASTROENTEROLOGIA - RQE 45059

• Membro Titular da SOBRACIL - Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica; • Membro Adjunto do CBC - Colégio Brasileiro de Cirurgiões; • Membro Titular Especialista do CBCD - Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva; • Membro Titular Especialista FBG – Federação Brasileira de Gastroenterologia; • Membro Associado SBCP - Sociedade Brasileira de Coloproctologia; • Membro Titular GEDIIB - Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil; • Membro da AGA – American Gastroenterological Association; • Membro ECCO - European Crohn’s and Colitis Organisation; • Membro ICS - International Continence Society.

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Diretoria do Hospital Estadual debate papel do trabalhador do SUS Entendimento das rotinas de trabalho é primeiro passo para gestão participativa

20

Sentir-se motivado, saber o seu papel na engre-

de grande porte e considerados referências em suas

nagem da vida, pertencer a um lugar. Esses são movi-

regiões para a realização de procedimentos em áreas

mentos bem-vindos para qualquer pessoa que busque

como Oncologia, Queimaduras, Hemodiálise, Cirurgias

realização profissional. E, se o esforço de atingir esses

Cardíacas, com Unidades de Terapia Intensiva Adulto,

objetivos for transferido para o universo de funcioná-

Infantil e Coronariana.

rios de hospitais públicos, o resultado pode ultrapassar

“Nós fazemos parte do SUS e tentamos fazer o SUS

a satisfação profissional, refletindo na qualidade dos

funcionar. Se trabalhamos para isso acontecer precisa-

serviços prestados. Foi pensando nisso, que a Direto-

mos ter clareza do nosso papel. Não tenho dúvidas de

ria Executiva do Hospital Estadual de Bauru (HEB) im-

que entendendo bem esse universo, nós entenderemos

plantou o “SUS na prática” – um programa de inserção

melhor a nossa atuação individual, o nosso papel den-

do trabalhador no cotidiano administrativo e assisten-

tro da macro realidade”, destaca a assessora hospitalar

cial do Hospital.

da Famesp e também diretora executiva do HEB, mé-

Gerenciado pela Fundação para o Desenvolvimento

dica Deborah Maciel Cavalcanti Rosa. “Num contex-

Médico e Hospitalar (Famesp), o HEB é um hospital re-

to geral, é preciso compreender que quem tem como

gional de alta complexidade que conta, hoje, com 1.671

função bater um carimbo num documento do Hospital,

trabalhadores, do nível básico ao superior. Sua equipe

também está trabalhando em prol do paciente – que é

de assistência atende pacientes de 38 municípios do

o nosso cliente final, mesmo num serviço público”, re-

Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS-

flete. “Muitas vezes, percebemos que a desmotivação

-VI), podendo estender seus serviços a populações de

do profissional de saúde pública vem da não compre-

mais 30 cidades da região. São serviços hospitalares

ensão do seu papel dentro do todo”, completa.


Mais de 500 envolvidos

“No segundo semestre, as ações vão intensificar

A ideia inicial é conceituar o que é o SUS, o que é

o olhar para a prática profissional, abordando postu-

uma Organização Social de Saúde, como a Famesp,

ra e conduta ética e aprofundando reflexões sobre

e qual a relação dessa fundação com a Secretaria de

o significado do trabalho e as possíveis ressignifica-

Estado da Saúde - com quem mantém contratos de

ções”, diz a assistente social Thais Couto, uma das

gestão para administrar hospitais e ambulatórios.

palestrantes do programa “SUS na Prática”. Na se-

“Ao apresentar conceitos macros, a equipe descortina o Sistema Único de Saúde e favorece um en-

gunda etapa, a equipe também aplicará uma pesquisa de opinião sobre o trabalho realizado na Famesp.

tendimento plural sobre o Hospital e sobre a gestora

O sucesso da iniciativa, que teve seu primeiro

Famesp. Assim, provocamos uma reflexão sobre a

encontro em 21 de janeiro no HEB, chamou a aten-

própria atuação de cada funcionário, identificando

ção de lideranças de outras unidades de saúde sob

onde cada trabalhador está inserido. Afinal, ele pre-

gestão da Famesp e, até o momento, o trabalho já

cisa sentir que faz parte de toda a engrenagem”, ex-

foi estendido para equipes dos Ambulatórios Médi-

plica Deborah.

cos de Especialidades (AME) de Bauru, Itapetininga,

Na prática, a diretoria planejou junto à equipe da

Ourinhos e de Tupã. Ao todo, até o momento, mais

área de Recursos Humanos da instituição uma série

de 500 profissionais da Famesp já participaram das

de encontros com lideranças e grupos de funcionários,

capacitações.

apresentando e debatendo temas que implicam na as-

O próximo passo? “Investir em ações de gestão

sistência direta e indireta. Até abril, o HEB promoveu

participativa. Eu não acredito em outra forma de tra-

32 encontros com grupos dirigidos de trabalhadores.

balhar”, conclui Deborah.

DRA. DEBORAH MACIEL CAVALCANTI ROSA

- CRM/SP 107135

• Diretora Executiva do Hospital Estadual de Bauru.

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ORELHAS EM ABANO

e bullyng As orelhas proeminentes ou também chamadas de orelhas em abano correspondem à alteração mais comum do pavilhão auricular e podem já estar presente ao nascimento. Possui característica genética importante, geralmente é bilateral e ocorre em cerca de 5% da população brasileira. Atualmente, é um dos principais alvos de Bullying.

O Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, contra uma pessoa, causando dor e sofrimento. Recentemente, uma pesquisa mostrou que, no Brasil, cerca de 60% dos alunos cometeram ou sofreram algum tipo de bullying nos últimos seis meses. A criança com orelhas em abano, muitas vezes, passa a sofrer bullying em idade escolar, período em que seu convívio social se expande e novos relacionamentos são iniciados fora do ambiente familiar. São, frequentemente, chamados de “Dumbo”, “Orelhão”, “Radar” e “Topo Gigio”, por isso as vítimas geralmente são tímidas, introspectivas e com baixa autoestima. Os adultos, com orelhas em abano, também apresentam algum grau de timidez, de retração social, visíveis em seu jeito de usar o corte de cabelo, mais comprido e solto, ou no uso de chapéus, bonés ou faixas na tentativa de minimizar seu complexo. A cirurgia para correção das orelhas proeminentes é chamada de Otoplastia e pode ser realizada a partir dos cinco anos de idade, quando a formação da orelha já está bem próxima à da fase adulta. É um procedimento relativamente simples e muito comum, estima-se que em 2015 tenham sido realizadas mais de 30 mil correções no Brasil. A cirurgia tem como objetivo corrigir a forma, posição e a proporção das orelhas, melhorando a harmonia da face, a autoestima e interferindo positivamente no convívio social. Pode ser realizada com anestesia geral ou local (com sedação) e a recuperação dura em média 7 dias. A cicatriz é, normalmente, imperceptível, na dobra atrás da orelha. A otoplastia, realmente, melhora a qualidade de vida desses pacientes. Estudos demonstram um aumento de mais de 90% na felicidade, autoconfiança, experiência social e redução quase total de bullying após a cirurgia. A decisão do momento ideal da realização de Otoplastia deve ser tomada em conjunto entre a família e o cirurgião. Porém, a motivação maior deve ser do paciente, inclusive das crianças, pois quando a própria criança demonstra desejo em corrigir as orelhas em abano, a adesão às recomendações pós-operatórias são respeitadas e melhores resultados são atingidos.

DRA. VÂNIA GARCIA WOLF SANTOS FERRAZ

CRM/SP 139441 | RQE: 40607

OTORRINOLARINGOLOGISTA

• Otorrinolaringologista pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-SP; • Fellowship em Cirurgia Plástica Facial no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-SP; • Título de Especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia em Cirurgia Cérvico-Facial; • Membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face; • Membro Titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; • Médica Preceptora da Residência Médica em Otorrinolaringologia do Centrinho - HRAC USP/Bauru.

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DESCONGESTIONANTES NASAIS

um alívio perigoso PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS: • ARRITMIA • ELEVAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL • PERDA DO OLFATO • INSÔNIA • TROMBOSE • RINITE MEDICAMENTOSA • DESTRUIÇÃO DA MUCOSA NASAL • AUMENTO DA PRESSÃO INTRAOCULAR • VÍCIO A poluição, o ar seco e os agentes que causam alergia podem trazer dificuldades respiratórias e desencadear crises de rinite e sinusite naquelas pessoas que sofrem dessas doenças. Para aliviar os sintomas do nariz entupido, muita gente faz uso de descongestionantes nasais. Os descongestionantes nasais são medicamentos à base de nafazolina, fenoxazolina, fenilefrina, difenidramina e oximetazolina, substâncias vasoconstrictoras capazes de desobstruir as narinas. O alívio da congestão nasal é imediato, por isso a pessoa acha que está fazendo um grande negócio, mas é só um paliativo. Os descongestionantes nasais estão em terceiro lugar no ranking dos medicamentos com mais efeitos colaterais e uso incorreto, de acordo com dados do Centro de Atendimento Toxicológico de São Paulo. Na mucosa nasal, há uma extensa rede de vasos sanguíneos. Quando o nariz entope, significa que esses vasos estão dilatados e a respiração torna-se mais difícil. Essa dilatação pode ser ocasionada por

vários motivos, entre eles: tentativa de o corpo se livrar de vírus e bactérias; uma reação a substâncias que causam alergia, como poeira, pelos de animas e pólen; exposição a variações climáticas bruscas, ar condicionado e cheiros fortes. Nesse ponto, o uso dos descongestionantes nasais provoca uma reação de alívio, uma vez que o medicamento “desincha” os vasos. A respiração é facilitada, então, pela ação vasoconstrictora do remédio. O medicamento, embora traga alívio imediato ao nariz entupido, não é tão benéfico quanto parece. A mucosa nasal absorve a substância vasoconstrictora e espalha a ação para o restante do corpo, reduzindo o calibre de outros vasos sanguíneos. Como simula o efeito da adrenalina no corpo, as substâncias dos descongestionantes nasais podem causar efeitos colaterais perigosos, como taquicardia, arritmia cardíaca e hipertensão arterial. Além de todos os efeitos danosos, abusar das gotinhas diariamente pode causar ainda uma condição chamada rinite medicamentosa: quanto mais se usa o remédio, mais a obstrução nasal piora, uma vez que ele perde o efeito. O paciente desenvolve uma dependência (“vício”) que pode fazer até com que perca o olfato. Por que quanto mais se usa o descongestionante nasal, menos ele funciona? As substâncias vasoconstrictoras são semelhantes à adrenalina. Quando

entram em contato com a mucosa nasal, diminuem o fluxo de sangue na região e, consequentemente, o inchaço melhora. Mas o organismo tem um mecanismo de compensação chamado vasodilatação reativa. Qualquer vaso sanguíneo, quando sofre constricção (diminuição do diâmetro causada por medicamentos ou reações do organismo), procura compensar depois de um período. Por isso, depois de algumas horas, o efeito passa e o organismo entra nessa compensação com a dilatação dos vasos, e o inchaço piora mais ainda. Quando o paciente utilizar por mais de 7 dias consecutivos, ocorre o “efeito rebote”, ou seja, o organismo vai precisar cada vez mais de uma dose maior em menor tempo para conseguir o mesmo resultado. A primeira orientação é buscar a causa da obstrução nasal. As principais causas da obstrução nasal são: Gripes, Resfriados, Sinusites, Rinites Alérgicas e Não Alérgicas, Aumento da Adenoide, Desvio do septo nasal (estrutura interna que divide os dois lados do nariz), Corpos Estranhos no interior do nariz, Traumas, Tumores, Pólipos, entre outros. O tratamento para acabar com o “vício” pode incluir a diluição do descongestionante em soro fisiológico (visando diminuir sua potência), uso de corticoides e outros medicamentos tópicos, medicamentos de uso oral e injetável. Em alguns casos, é preciso fazer cirurgia para desobstruir as narinas.

DR. MARCO ANTÔNIO FERRAZ DE BARROS BAPTISTA

CRM/SP 136166 - RQE:48550

OTORRINOLARINGOLOGISTA

• Residência Médica em Otorrinolaringologia pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC); • Fellowship em Rinologia, Cirurgia Endoscópica Endonasal e Base de Crânio pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-SP; • Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; • Membro Titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; • Membro da Academia Brasileira de Rinologia; • Médico Preceptor da Residência Médica em Otorrinolaringologia do Centrinho - HRAC USP-Bauru.

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PREVENINDO E TRATANDO

AS RUGAS DE EXPRESSÃO A toxina botulínica, popularmente conhecida como botox®, é um dos tratamentos estéticos mais realizados em todo o mundo. São contabilizadas cerca de 3 milhões de aplicações anuais somente nos Estados Unidos.

Há uma tendência cada vez maior pela busca de procedimentos estéticos menos invasivos, que propiciam ao paciente uma rápida recuperação e retorno imediato às suas atividades diárias, eliminando as dores e o longo tempo de repouso dos procedimentos cirúrgicos. Quando bem indicada e realizada por profissional competente, apresenta resultados naturais e suaviza a expressão, dando ao rosto uma aparência mais jovial. Além disso, é considerado um tratamento preventivo, pois não permite que as rugas se estabeleçam, isto é, se transformem em rugas estáticas (permanentes mesmo em repouso). O que é a toxina botulínica? A toxina botulínica é uma medicação extraída de bactérias (Clostridium), cuja ação principal é paralisar a musculatura. Em pequenas doses, ela bloqueia a liberação de acetilcolina, neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do cérebro aos músculos. Como resultado, o músculo não recebe a mensagem

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de que deve se contrair, levando as linhas de expressão a serem suavizadas. Descoberta há mais de um século, começou a ser usada na oftalmologia para o tratamento de estrabismo, uma doença que faz com que os olhos não fiquem paralelos. O oftalmologista americano Alan B. Scott descobriu que o produto, quando injetado, relaxava os músculos e, dessa forma, corrigia o problema. E foi a partir do uso terapêutico, que surgiu o uso cosmético. Hoje, após muitos anos da sua utilização tanto para doenças como para estética, a toxina botulínica se consagra como um tratamento simples, efetivo e seguro. Dentre as principais áreas de aplicação estão: rugas como “pés de galinha”, ao redor da boca “código de barras”, linhas na testa, vincos entre as sobrancelhas, sorriso gengival e região nasal. Além dessas indicações, também é utilizada para o tratamento do suor excessivo nas axilas, palmas e plantas, distúrbio conhecido como hiperidrose.


Como é a aplicação? A toxina é aplicada através de uma agulha muito fina, em pontos específicos dos músculos responsáveis pelos movimentos, que causam as rugas. Esses pontos são selecionados de acordo com as características de cada pessoa. É utilizado um anestésico em pomada, para que o paciente não sinta desconforto. Os resultados aparecem em torno de 2 a 4 dias e o seu efeito final pode ser visto em 2 semanas. O efeito dura de 4 a 6 meses, podendo variar de pessoa para pessoa. A partir de que idade esse tratamento é indicado? Não existe uma idade certa para iniciar o uso da toxina botulínica, isso depende de cada paciente e da avaliação do médico. Vale lembrar que ela é utilizada pelos oftalmologistas e ortopedistas em crianças. A toxina serve para corrigir o “bigode chinês” ou aumentar os lábios? Não serve. O “bigode chinês” e o aumento/contorno dos lábios necessitam de preenchedores para serem corrigidos. A toxina botulínica somente é usada para paralisar o músculo e diminuir as rugas. Não serve para dar volume. No entanto, cada vez mais esses dois tratamentos são associados para combater o envelhecimento da pele, um conceito denominado Soft lift® ou tratamento global da face.

Figura extraída do artigo “Quadralização facial no processo do envelhecimento”, Surg Cosmet Dermatol 2014;6(1):6571.

Soft lift® ou tratamento global da face: o que é? Atualmente, há uma tendência mundial para o tratamento global da face, procurando amenizar os efeitos do envelhecimento não apenas na pele, mas principalmente na estrutura do rosto. Podemos comparar esse conceito à renovação de uma casa: se os alicerces não estiverem firmes, não adianta de nada pintá-la, ela continuará desabando. As mudanças estruturais decorrentes do processo de envelhecimento da face estão relacionadas com ação muscular, flacidez da pele, perda da sustentação óssea e diminuição do volume dos compartimentos de gordura faciais, que, com o passar dos anos, geram alterações em seu contorno.

Esse processo é denominado “quadralização facial”, e faz com que a forma da face se transforme com o passar do tempo, de um trapézio invertido, na juventude, em um quadrado. Por intermédio do uso combinado de diferentes técnicas, como a aplicação da toxina botulínica e o uso dos preenchedores, é possível devolver ao rosto as proporções anteriores ao processo de envelhecimento, sempre buscando um aspecto natural e harmônico. Consulte um dermatologista para saber mais sobre os tratamentos indicados para prevenir e tratar o envelhecimento da sua pele.

DRA. VANESSA MELLO TONOLLI - DERMATOLOGISTA - CRM/SP 145.401 - RQE 47620 • Dermatologista Formada pela Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP; • Especialista em Cosmiatria pela Faculdade de Medicina do ABC - FCMABC; • Preceptora da Residência Médica em Dermatologia do Instituto Lauro de Souza Lima – ILSL; • Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD.

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A Ortotanásia E O RESPEITO À AUTONOMIA DO PACIENTE TERMINAL A UMA MORTE DIGNA

Etimologicamente, o conceito de Ortotanásia é “a morte no tempo certo”, sendo “orto”, certo e “thanatos”, morte. Na prática, essa morte acontece quando o médico limita ou suspende procedimentos e tratamentos (esforços terapêuticos ou ações diagnósticas inúteis ou obstinadas) que prolongam a vida do doente em fase terminal, que padece grande sofrimento em razão de uma enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade do paciente ou de seu representante legal.

Esse tema é ainda muito novo, vem sendo objeto de debates entre os operadores de direito e médicos por não mais que dez ou quinze anos em razão do assunto envolver aspectos de comportamento da pessoa humana e a medicina e, principalmente a bioética, que atualmente vem ganhando destaque na doutrina e despertando o interesse da comunidade jurídica em geral. A ortotanásia é legalmente aceita em países como Estados Unidos, Itália, Canadá, França, Inglaterra e Japão. Aqui no Brasil, os debates sobre essa questão iniciaram-se em 2006, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) ratificou uma deliberação que normatizava a prática desse método. Essa lei elucidava que os médicos tinham o poder de suspender técnicas dispensáveis quando não havia qualquer possibilidade de recuperação do paciente. A adoção do procedimento da Ortotanásia não significa que o paciente esteja sendo abandonado, tendo em vista que a medicina continua a lhe conceder cuidados paliativos, no sentido de amenizar a dor e o sofrimento, permitindo que sua morte chegue naturalmente. Portanto, não se pode confundir a ortotanásia com a eutanásia, mecanismo que induz o doente à morte, normalmente com a injeção de uma substância própria para esse fim, tampouco com a distanásia, que é o contrário da ortotanásia, onde se prolonga o processo de morrer, e não a vida propriamente dita, tendo como consequência morte prolongada, lenta, acompanhada de sofrimento, dor e agonia em flagrante desrespeito ao princípio da dignidade da pessoa humana. Se por um lado, o Estado tem o dever de proteger a vida dos cidadãos, considerada, por muitos, como bem absoluto e intangível, por outro, a liberdade e a autonomia da vontade devem ser levadas em conta nos últimos momentos da vida. Por esse motivo, é imprescindível a análise dos fundamentos legais e doutrinários referentes à dignidade da pessoa humana, bem como liberdade e autonomia do paciente em estágio terminal, em contraposição ao prolongamento artificial da vida.

CAMILA BRANDINI NANTES SIA - ADVOGADA – OAB/SP 286.932 • Advogada, Inscrita na OAB/SP sob o n° 286.932, especialista em Direito Médico. • Graduada em Direito há 10 anos pela Instituição Toledo de Ensino, é também Especialista em Direito do Trabalho e Direito Empresarial.

14 3206 4556 | 14-3206-4561 | 14-99758-5556 Rua Antonio Alves, 16-32 – Bauru/SP 28



MITOS E VERDADES SOBRE O

Lúpus Eritematoso Sistêmico O LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES ou LÚPUS) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune (o sistema imunológico faz com que as células de defesa ataquem o próprio organismo), cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou em semanas. Febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo são os principais sintomas gerais. Outras doenças, específicas de cada órgão, como artrite, manchas avermelhados na pele, inflamação dos rins, dos pulmões, hipertensão arterial podem aparecer. O lúpus é mais comum nas mulheres entre 20 e 45 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, raça sexo. O número de pessoas com a doença no Brasil estão próximas dos 70 mil. Por essa razão, para o reumatologista, o lúpus é uma doença razoavelmente comum no seu dia a dia, isto porque as dores nas juntas e a artrite são uma das suas principais manifestações. Neste artigo, vamos abordar algumas verdades e mentiras sobre o Lúpus, no sentido de esclarecer as pessoas interessadas. Estresse emocional causa Lúpus? Não. No entanto, fatores emocionais negativos, como por exemplo, a perda de um ente querido ou uma separação, contribuem para o desencadeamento da doença. 30

Quem tem LES tem mais predisposição de ter doenças infecciosas? Por ser uma doença autoimune, o \lúpus favorece o aparecimento de infecçõese. Por outro lado, as infecções em pessoas com LES são facilitadas pelo uso de alguns medicamentos (cortisona e imunossupressores), os quais inibem alguns dos mecanismos de defesa do nosso organismo. Há algum problema de usar medicamentos para outras enfermidades junto com os remédios para Lúpus? Sim. Embora ocorra raramente, alguns remédios para tratamento de hipertensão arterial, infecções e para colesterol podem provocar sintomas parecidas aos do Lúpus ou mesmo interferir com os usados no Lúpus. Assim sendo o reumatologista deve sempre atentar para este fato e orientar seus pacientes, analisando sempre risco e benefício.

Os medicamentos para Lúpus sempre deixam a pessoa inchada? Não. Entretanto, a cortisona quando dado em doses altas, principalmente nas fases ativas e mais graves da doença, podem reter líquido e deixar a pessoa inchada. Cabe ao médico assistente orientar o paciente e sempre que possível usar a menos dose possível de cortisona. O Lúpus pode causar trombose? O Lúpus em si não. Entretanto, quando ele associa à Síndrome Antifosfolipídeo pode ocorrer a trombose. Quem tem LES pode se aposentar pela doença? Atualmente, a maioria das pessoas com LES, pode ter uma vida produtiva, cuidando da casa, estudando, praticando esporte e mesmo trabalhando. No entanto, algumas pessoas têm uma evolução mais complicada e perdem a capacidade laboral, podendo ter algum benefício


da previdência social, bem como isenção do Imposto de renda. Pode ocorrer a presença de duas doenças autoimunes associadas? Sim. É relativamente comum, diante da evolução dos meios diagnósticos atuais, encontramos a superposição de LES com outras doenças autoimunes como: Artrite Reumatoide, Síndrome Antifosfolipídeo e Tireoidite. Outras doenças podem ter os mesmos sintomas de Lúpus? Sim. Os sintomas de Lúpus podem aparecer em outras doenças, dificultando o diagnóstico. Pessoas que têm Hanseníase, Hepatite C, Rubéola ou uma outra doença autoimune podem ter sintomas idênticos ao do lúpus, inclusive com FAN, e nunca ter desenvolvido a doença. A pessoa pode ter exame de FAN positivo, e mesmo assim não ter LES? Sim. Algumas pessoas com parentes portadores de Lúpus podem ter FAN e nunca desenvolverem a doença. Essas pessoas requerem observação a longo prazo ( sem que seja necessário usar nenhum remédio). Exame de FAN negativo e sintomas de LES, a pessoa pode, ainda assim, ter LES? Sim. Pode ocorrer casos de LES com FAN negativo, porém ela pode ficar positiva ao longo da evolução.

Quem tem Lúpus pode tomar vacinas? Sim. Podem usar as vacinas indicadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Não se recomenda, principalmente, no caso de pacientes de Lúpus, usando imunossupressores e corticoides, as vacinas com vírus atenuados como a Febre Amarela, Varicela, Rotavírus e Sabin. O paciente portador de LES precisa de usar sempre o protetor solar? Sim, inclusive com o tempo nublado, pois o paciente lúpico costuma ter muita sensibilidade ao sol.

Quem tem Lúpus pode engravidar? Sim. O ideal é que a mulher com LES só engravide com a doença totalmente sob controle por pelo menos 6 meses e função renal normal. Supervisão médica é importante, já que alguns medicamentos, no tratamento do lúpus, devem ser suspensos antes da gravidez. Ainda que a gestação em quem tem LES seja considerado de alto risco, se todos os cuidados forem tomados, a grande maioria das gestações é tranquila e bem sucedida. Normalmente, as crianças de gestantes com Lúpus são normais. Quanto tempo dura o tratamento? Tem cura? O Lúpus é uma doença crônica, assim como Diabetes, Hipertensão Arterial, Hipotireoidismo e outras doenças. Embora seja crônica, é uma doença que pode ter remissão clínica e, ficar estabilizada e a pessoa ter uma vida normal por períodos prolongados.

Como melhorar a imunidade de pacientes com LES? Vida saudável, incluindo uma dieta balanceada, sem álcool, cigarro ou excesso dietéticos.

DR. CARLOS EDUARDO CURY - REUMATOLOGISTA -

CRM/SP 15889 | RQE:6402

• Membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia; • Membro da Liga Internacional de Combate ao Reumatismo; • Membro da Liga Panamericana de Reumatologia; • Membro da Academia Brasileira de Reumatologia; • Ex-Professor da Faculdade de Medicina de Botucatu; • Conferencista em Eventos de Reumatologia com várias Publicações a Nível Nacional e Internacional.

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INVESTIMENTO EM IMÓVEIS NA FLÓRIDA Diversificação do patrimonio é ótima alternativa no contexto econômico atual A instabilidade política e econômica impulsiona investidores de perfis diferentes a procurar alternativas para resguardar seu patrimônio. Neste contexto, a aquisição de um móvel na Florida, EUA, para aproveitar as férias com a família além de ser o sonho de muitos brasileiros é uma forma de preservação patrimonial em um mercado imobiliário reconhecidamente seguro como é o mercado Americano. A compra de um imóvel em um país de primeiro mundo também está entre as metas de um número cada vez maior de investidores brasileiros. Advogado por formação, Gerson Esmeraldi uniu a experiência de sua atuação profissional com a expertise do empresário americano Jeff Chase, que atua há mais de 20 anos no mercado imobiliário na região da Disney World. Essa parceria resultou na “At Home Vacation Rentals”, empresa especializada na administração de casas de férias, localizada em Orlando e com foco de atuação na Flórida Central. “Nos últimos anos eu acompanhei, em meu escritório no Brasil, um aumento de questionamentos de clientes sobre situações jurídicas relacionadas à aquisição de imóveis na Flórida e a outros trâmites jurídico-tributários que envolvem esse tipo de investimento. Ao longo do tempo percebi que os investidores queriam mais do que orientações jurídicas, necessitavam de apoio em todas as fases desse processo para se sentirem seguros em relação ao investimento que pretendiam fazer em outro país”, salienta Esmeraldi. Para tornar completa a assessoria oferecida ao público brasileiro e de outras nacionalidades, Esmeraldi fundou a IWBB Invest, empresa brasileira que aliada ao grupo das empresas americanas At Home Vacation Rentals, a imobiliária Chase Team e a Celebration Executive Suites, presta toda a assistência necessária aos clientes e investidores. “Partimos da premissa de que o investidor estrangeiro não possui conhecimento da legislação estrangeira e bem como das rotinas internas do Estado da Flórida de modo que a IWBB Invest tem por objetivo informar e parear as obrigações e direitos de cada país de modo a trazer segurança ao cliente. Todo nosso atendimento, previamente à concretização do negócio e até a entrega das chaves e encaminha-

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mento do imóvel para a administradora, é acompanhado por advogados e todas as interfaces com contadores, corretores de imóveis, empresas de inspeção e cartório são acompanhados pessoalmente por toda a equipe”, esclarece Esmeraldi. “Na prática, muitas vezes essas rotinas, quando não são acompanhadas por especialistas, acabam se transformando em obstáculos, causando insegurança no investidor e por vezes até inviabilizando a aquisição do imóvel, que na verdade é um investimento seguro, numa economia sólida e que abre perspectivas pessoais inigualáveis”, destaca. Para complementar a ideia de atendimento integral ao investidor, faltava apenas contar com os serviços de uma imobiliária no Brasil que tivesse o perfil de solidez e eficiência. Assim surgiu a parceria com a MFX, administrada pelo Engenheiro Luiz Augusto Franzolin. “Essa parceria traz um produto novo e diferenciado aos nossos clientes, que é a aquisição de imóveis na Flórida através de uma consultoria personalizada e competente em conjunto com renomado grupo americano.”, afirma Franzolin, que complementa: “Além de todos os serviços imobiliários, nossos investidores a partir de agora contam também com a possibilidade de um agente difusor de suas casas de férias, cuidando de tudo o que é necessário para alugá-las a quem tem interesse de passar uma temporada em Orlando, experimentando o estilo de vida americano e usufruindo de estadias em casas de luxo a preços extremamente interessantes. Além da locação, trabalhamos somente com casas localizadas em condomínios fechados, com piscinas privativas, club house com academias de ginástica e piscinas com preços a partir de US$240.000,00.” A parceria formada pelos empresários tem forte atuação na região da Disney

World. A região de Orlando é o complexo de entretenimento mais visitado em todo o mundo. No último ano, a Flórida Central recebeu mais de 64 milhões de visitantes, mais do que New York, Los Angeles e qualquer outra região dos Estados Unidos. Conhecida por ditar tendências econômicas e mundiais, a revista Forbes colocou Orlando na lista de locais com o maior potencial econômico e imobiliário dos Estados Unidos. A cidade ocupa um dos primeiros lugares no ranking de investimentos. A valorização dos imóveis, segundo a revista, tem sido crescente. De acordo com publicação da revista online Exame.com, no primeiro semestre do ano passado a venda de imóveis para brasileiros na Flórida cresceu 26,5% em relação ao mesmo período de 2014. No ano passado, 21% das vendas do setor imobiliário americano foram no segmento de casas de férias. “Nos Estados Unidos, esse mercado é imenso no que diz respeito às possibilidades abertas aos investidores. É altamente seguro e garante que seu patrimônio esteja alocado em uma economia estabilizada”, afirma Franzolin. Além disso, a diversificação de patrimônio com a possibilidade de mantê-lo em terras estrangeiras é uma opção ao brasileiro para fugir não apenas dos riscos econômicos do Brasil mas também da própria instabilidade jurídica de nosso país. Na área médica em especial, o aumento constante de ações judiciais versando sobre erro médico traz aos profissionais do setor preocupação não apenas quanto à prática da boa medicina mas, também e infelizmente, preocupação de salvaguardar o patrimônio do médico de maneira correta e absolutamente dentro da legalidade sendo que a diversificação de patrimônio no exterior se revela ótima alternativa também sob este aspecto.



A Medicina, o Direito e a Justiça O Código de Ética Médica estabelece, logo em seu artigo 1º, que ”A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza“. De tal definição se retira que a medicina utiliza os conhecimentos biológicos para garantir ao paciente (e à coletividade) dignidade, cuidado à saúde e bem-estar. Dessa premissa, podemos observar, com muita certeza, que Medicina e Direito são profissões desenvolvidas com elevado caráter humanitário, são escolhidas por vocação e solidariedade ao próximo e constituem atividades em que, nas suas essências, visam a melhoria e pacificação da convivência social. Por isso é que o Direito e também a Medicina merecem reconhecimento como ciências sociais conquanto, afinal, contribuem e estudam para interação social e a evolução da sociedade. No contexto acima, as interfaces entre a Medicina e o Direito precisam ser privilegiadas para que, da somatória dos conhecimentos de ambas as atividades profissionais, retiremos conclusões e decisões, notadamente judiciais, cada vez mais aprimoradas e pautadas na dignidade da pessoa humana e na compressão de que a ati-

vidade médica é de meio e não de fim. Isto porque, afinal, a atividade médica quando submetida ao crivo do Poder Judiciário, apresenta reflexo direto ao cidadão nas áreas cível, penal, securitária ou mesmo justrabalhista o que, quando manuseados os conceitos médicos e jurídicos de forma harmônica, traz repercussão positiva e melhoria da qualidade de vida de nossa sociedade, com justiça, dentro dos princípios éticos e constitucionais que devem, sempre, ser observados e valorizados. A avalanche de ações judiciais questionando condutas médicas é uma lamentável realidade no Brasil. Bem por isso, tal circunstância exige dos profissionais da medicina cautela e zelo, seja na manutenção de boa relação médico-paciente, seja quando da pormenorizada anotação em prontuário médico, seja na disposição de se manter atualizado e, ainda e especialmente, no exercício da medicina com perícia, dedicação e comprometimento. Diz a lei que nasce o dever de reparar - moral, material ou esteticamente - quando preenchidos três pressupostos legais: (1) resultado danoso, (2) decorrente de conduta (3) ilícita ou antijurídica. E conduta ilícita é aquela advinda de omissão ou ação imperita, negligente ou imprudente. Da definição legal, retiramos, bem assim, que o mero resultado fora dos parâmetros da normalidade não deveria, necessariamente, levar o médico à condenação ressarcitória, caso

um de seus pacientes questione sua conduta profissional em juízo. Isto porque, para ser devida uma indenização, é imperioso que se verifique e cabalmente se confirme que o resultado danoso, efetivamente, decorreu de erro ou vício calcados em conduta omissa ou negligente, imperita ou imprudente, vez que os pressupostos da reparação civil (ato ilício, nexo causal e dano) devem, na forma da lei, estar caracterizados concomitantemente, ou seja, sem conduta eivada em vício, ainda que exista resultado danoso decorrente da prática médica, não há que se falar em condenação judicial posto que ausente um dos pressupostos legais: o ato ilícito. Se não a mais bonita, seguramente uma das mais importantes profissões é a do médico. Sempre que pode, salva vidas e promove assistência à saúde das pessoas o que, por si, já seria suficiente para louvarmos a missão profissional por ele carregada. Mas isto não é só. Os médicos exercitam a arte de contrariar a natureza intervindo em benefício do paciente naquilo que seja técnica e humanamente possível. Seguramente, a evolução do Direito e da Medicina passa pela imperiosa necessidade de obtenção de maior intimidade entre ambas as profissões, rumo ao encontro do justo e da própria aceitação de limites que a vida se incumbe de traçar a cada um de nós. Esse é um dos desafios que os operadores do Direito e da Medicina precisam urgentemente superar, para o bem de nossa sociedade.

DRA. RENATA MARIA GIL DA SILVA LOPES ESMERALDI ADVOGADA - OAB 171494/SP

• Advogada com Ampla Atuação na Área do Bio-Direito e Direito a Saúde. • Autora dos livros ‘Planos de Saúde- Anotações Sistematizadas” (Editora Tempo e Saber, 2011) e “Planos de Saúde no Brasil – Doutrina e Jurisprudência” (Editora Saraiva, 2015).

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Depressão É um quadro delicado e de difícil reconhecimento, mas se pararmos para observar, essa condição se manifesta na perda da animação, desinteresse por situações e eventos que outrora proporcionava motivação, mudança no ritmo de sono e alimentação, mudança de humor, sensação de ansiedade, derrota, perda da vitalidade, choro em excesso, complicação para concentrar-se e finalizar aquilo que se iniciou e em outros comportamentos oriundos, também, do universo de pensamentos e sentimentos nocivos à qual a pessoa se encontra. O diagnóstico, muitas vezes, gera uma confusão entre a tristeza e a depressão, originada na semelhança entre seus sinais e formas de se tratar, mas ao analisar é possível perceber que tristeza, vista como sendo sadia, por auxiliar na compreensão de aflições eventuais, é um sentimento temporário e, é causado por fatores externos, ou seja, acontecimentos que ocorrem conosco mesmo ou com aqueles que estão ao nosso redor, e não se torna empecilho para que o indivíduo continue com seus afazeres ou vivencie seus sentimentos. Já a depressão, é um estado mais duradouro, uma tristeza prolongada que causa opressão, desesperança, desânimo e, é originado por muitos fatores e seguido por sensações que afetam os vários aspectos da vida. Alguns comportamentos que ocorrem de maneira excessiva podem estar ligados à depressão, como compras em demasia e desnecessárias, a utilização desmedida da rede mundial de tecnologia, perda de apetite ou alimentar-se de maneira compulsiva, o consumo excessivo do cigarro e, o consumo exagerado do álcool que, inclusive, pode estar relacionado com o aumento da frequência e intensidade das crises depressivas. Outro sinal que merece atenção é o ato de esquecer, tendo em

vista que pessoas deprimidas, podem apresentar esse sintoma. Além disso, aqueles que de maneira súbita deixam de se cuidar ou passam de uma pessoa estável à hipersensível, tem uma maior possibilidade de estarem passando por uma crise depressiva. Com relação ao tratamento, o primeiro passo é buscar a assistência de um Psicólogo que atue na abordagem Cognitiva Comportamental, que irá auxiliar o paciente em seu processo de autoconhecimento, e com isso o reestabelecimento da força íntima necessária para mudar pensamentos e atitudes e vencer a Depressão, superação essa que, vale ressaltar, acontece de maneira lenta, mas contínua. DRA. EDNA OLIVEIRA AGUIAR

Paralelo à terapia, se faz necessário, e importante, o auxílio do Psiquiatra, que auxiliarão neste processo. É válido também, o estímulo daqueles com o qual o paciente convive, tendo em vista que, quanto mais ele se sentir auxiliado, mais eficiente será seu tratamento. Por fim, lembrem-se, como diz Augusto Cury “nunca despreze as pessoas deprimidas. A depressão é o último estágio da dor humana”. 1 Cury, Augusto Jorge. Dez leis para ser feliz: ferramentas para se apaixonar pela vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. Disponível em: https://docs.google.com/document/

PSICÓLOGA - CRP 06/70209

• Graduação em Psicologia na Universidade do Sagrado Coração; • Pós-Graduação em Terapia Cognitiva TCC pelo Instituto de Terapia ITC São Paulo; • Pós-Graduação LATO SENSU em Educação Especial - Autismo e Síndrome de Down - Faculdade Internacional de Curitiba; • Especialização em Psicopedagogia; • Graduanda em Neuropsicologia Centro Sul Brasileiro de Pesquisa Extensão e Pós-Graduação.

14 99798 4843 | edna.ap.aguiar@hotmail.com www.ednapsico.com | facebook.com/ednapsicobauru Edna O. Aquiar Pisicóloga

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CRP: 06/70209


Pterígio O Pterígio é uma membrana fibro - vascular que avança sobre a córnea. Tem um aspecto semelhante ao da conjuntiva (membrana que reveste a esclera e a parte interna das pálpebras).

Os sinais e sintomas mais frequentes são: Prurido, lacrimejamento, ardência, hiperemia ocular, fotofobia (desconforto com a luminosidade) e sensação de areia nos olhos. Além de poder diminuir a qualidade visual quando existe: 1. Diminuição da transparência corneana. 2. Alteração da curvatura da córnea (astigmatismo). As principais causas do aparecimento do pterígio são fatores ambientais (exposição solar) e fatores genéticos (herança familiar). Também chamamos de Pseudo – Pterígio quando essa membrana fibrovascular surge após um trauma na superfície ocular. Geralmente o crescimento do pterígio é lento e progressivo, podendo levar meses e anos, invadindo a superfície corneana. Porém, algumas vezes, essa progressão pode ser mais agres-

siva e rápida, levando a uma baixa acuidade visual mais intensa e maior desconforto ao paciente. Tratamento: Nas formas iniciais, o tratamento é apenas com lágrimas artificiais e ou colírios vasoconstritores para aliviar os sintomas e diminuir a vermelhidão. Mas, com a progressão do pterígio, o tratamento passa a ser cirúrgico. Existem várias técnicas para a cirurgia de pterígio: Em todas, se realiza a retirada total do pterígio. As técnicas diferenciam-se no que é colocado no lugar onde se encontrava o pterígio sobre a esclera. 1. Técnica simples = apenas aproxima-se as bases da conjuntiva. 2. Transplante conjuntival: retira-se um pedaço de conjuntiva de outra parte olho para recobrir a área desnuda.

DR. CESAR AUGUSTO DE PAIVA MONTEIRO FILHO

3. Transplante de membrana amniótica: Tecido retirado da placenta em laboratório especializado para recobrir área sem conjuntiva. É preciso dar pontos na cirurgia de pterígio? Na maioria das vezes, é necessário dar pontos para fixar o transplante (conjuntiva ou membrana amniótica). Hoje, temos a disponibilidade da Cola Biológica, que gruda e fixa os enxertos sem necessitar de pontos (cirurgia sem pontos). Todas essas técnicas foram desenvolvidas no intuito de diminuir a taxa de recidiva do pterígio. E para diminuir ainda mais esse índice de recorrência, também usamos a mitomicina C (antimetabólico que atua em nível celular bloqueando a replicação de DNA e RNA e inibindo a síntese protéica.

- CRM/SP 131178

• Formado em Medicina pela Universidade De Joinville (SC). • Residência Médica em Medicina Oftalmológica no HORP - Hospital de Olhos de Rio Preto. • FellowShip em Cirurgia de Catarata no HORP – Hospital de Olhos de Rio Preto . • Membro do Corpo Clínico na Área de Oftalmologia no Hospital Estadual João Paulo Segundo em São José do Rio Preto. • Membro do Corpo Clínico na Área Oftalmológica no AME – Assis (Departamento Catarata). • Associado do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. • Participação Ativa em Congressos Nacionais e Internacionais na Área de Oftalmologia

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Podoposturologia: OS BENEFÍCIOS DAS PALMILHAS POSTURAIS

Principais indicações: • Dores nos pés • Metatarsalgia • Fascite plantar • Esporão de calcâneo • Neuroma de Morton • Hálux valgo (joanete) • Lombalgias e dorsalgias • Periostite tibial (canelite) • Pé diabético, mal perfurante • Tendinites de membros inferiores • Bolhas e rachaduras nos pés • Pé cavo e pé plano • Alterações no tipo de pisada (pronada e supinada) • Problemas no joelho • Diferenças de membros inferiores (perna curta) • Gestantes

Podoposturologia é uma técnica que auxilia no tratamento e prevenção de diversos transtornos causados por alterações posturais do corpo, e na correção e melhoria da função dos pés. A técnica tem como objetivo corrigir as variáveis posturais dos pés, joelhos, quadril e coluna, mediante o uso de palmilhas posturais. As palmilhas são produzidas de acordo com a individualidade de cada paciente. Seu uso é exclusivo e as palmilhas são confeccionadas pelo fisioterapeuta após criteriosa avaliação. Serão escolhidas as peças podais a serem inseridas nas palmilhas, assim como a densidade e tipo de material mais indicado. As palmilhas podem ser mais básicas (podendo algumas ser utilizadas até em sapatos sociais), para uso em tênis (inclusive podendo ser específicas para determinados esportes) e podem ser feitas até mesmo em chinelos. As palmilhas atuais proporcionam melhor funcionalidade, não restringindo os movimentos e são confortáveis ao mesmo tempo que fornecem estímulos proprioceptivos. Com o uso das palmilhas é possível conseguir bons resultados de forma eficaz e segura. O acompanhamento, mediante retornos, garante a verificação dos avanços do tratamento. Procure um fisioterapeuta com formação em Podoposturologia, caso queira agendar uma avaliação ou tirar dúvidas.

DRA. FERNANDA DE OLIVEIRA DONÁ

FISIOTERAPEUTA - CREFITO3 56985-F

• E-mail: fernanda_dona@yahoo.com.br 14 3224 1384

Clínica Fisiocorpus: Rua Hermínio Pinto 7-27 - Higienópolis

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Tabagismo A MAIOR CAUSA EVITÁVEL DE ADOECIMENTO O tabagismo, hoje considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) doença epidêmica, é a maior causa evitável de adoecimento e morte precoce em todo o mundo.

É responsável por 63% das mortes relacionadas a doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio), doenças cerebrovasculares (AVC - derrame cerebral) e doenças pulmonares (DPOC – enfisema pulmonar), e é fator de risco importante para o desenvolvimento de outras doenças, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlceras gastrointestinais, impotência sexual, infertilidade, osteoporose, catarata, dentre outras. Atinge cerca de 3,9 bilhões de pessoas em todo o mundo, sendo responsável, direta ou indiretamente, por 8 milhões de morte por ano. No Brasil, há uma variedade de produtos derivados do tabaco que são usados predominantemente fumados e/ou inalados, como ci40

garro, cachimbo, charuto, cigarro de palha e narguilé. Há também outras formas de consumo, como aspirado (rapé), mascado (fumo-de-rolo e snuff, este também é um tipo de tabaco mascável) e absorvido pela mucosa oral (snus, termo sueco utilizado para indicar um tabaco úmido, em pó). Das mais de 4.700 substâncias nocivas encontradas nos produtos à base de tabaco, destacam-se a nicotina que causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante a outras drogas, como álcool, cocaína e heroína, o monóxido de carbono e o alcatrão. As pessoas começam a fumar em sua maioria na adolescência, desenvolvendo dependência à nicotina em torno dos 19 anos de idade, movidas, frequentemente, pela busca de alívio para angústias

relacionadas à aceitação social e tensões ou por imitação de modelos de comportamento (pais, professores, ídolos). Muitos acreditam que o tabagista é uma pessoa “sem força de vontade”, “fraca” e que “não deixa de fumar porque não quer”. Mas, na verdade, quem fuma sofre de dependência química, ou seja, se depara com grandes dificuldades físicas e psicológicas que trazem sofrimento. Entender o que acontece com o tabagista e suas tentativas, muitas vezes frustradas, de parar de fumar é fundamental para que se possa ter sucesso no seu tratamento. Por isso, nos casos em que há maior dificuldade em parar de fumar, aconselha-se procurar um tratamento especializado, para abordagem adequada e, se


necessário, associação de terapia medicamentosa visando minimizar os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina e, portanto, os desconfortos físicos e psicológicos, para que tenham sucesso nesta “batalha”. Os primeiros dias sem o tabaco são os mais difíceis, mas tendem a melhorar entre uma a duas semanas (raramente chegam a quatro semanas) e a “fissura” geralmente não dura mais de cinco minutos e vai se espaçando mais com o passar do tempo. O aumento de peso é temido por muitos que desejam parar de fumar, devido à melhora do paladar e normalização do metabolismo, mas apesar de possível é temporário e com o devido cuidado na alimentação, associando atividades físicas regulares, é bem minimizado. Recaídas podem acontecer, mas com orientações adequadas ocorre uma grande minimização dessas taxas. É importante saber que quanto antes você parar menor será o risco de adoecer. E, caso já tenha alguma doença causada por tabaco, ao parar de fumar você pode diminuir a progressão da doença e melhorar muito a sua qualidade de vida. Parar de fumar sempre vale a pena! O mais importante é saber que não adianta ter

somente a convicção que precisa parar de fumar, é preciso querer parar. Veja o que você ganha parando de fumar: • Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; • Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue; • Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue normaliza; • Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor; Atenção: Essas orientações não substituem uma consulta médica. Se você apresenta alguma dúvida sobre qualquer tema de saúde citado aqui, procure seu médico ou a equipe de assistência mais próxima para que você possa se informar adequadamente.

DRA. DEBORAH MACIEL CAVALCANTI ROSA

• Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida; • Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.; • Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.; • Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

- CRM/SP 107135

PNEUMOLOGIA - RQE 51303

• Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (2001); • Residência Médica em Pneumologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista - Unesp (2002-2005); • Especialista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2008); • Doutora em Fisiopatologia em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (2009).

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VOCÊ CUIDA BEM DO SEU CORAÇÃO?

A vida moderna trouxe muito mais conforto para a humanidade, mas as consequências dessa sociedade baseada em resultados, excelência e rapidez também geraram efeitos colaterais que afetam diretamente a saúde pessoal. Entre eles: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) responsável por uma estatística relevante em termos de mortes no Brasil e no mundo. É como se a soma alimentação ruim + estresse + tendências genéticas + falta de exercícios regulares se tornassem o estopim para a ocorrência do infarto. E os pacientes que conseguem sobreviver ao IAM ainda correm riscos devido à insuficiência cardíaca ou arritmias malignas, que são sequelas que podem ocorrer após o infarto. Estima-se que os casos letais representem quase 50% do total das mortes causadas pelo IAM antes do primeiro atendimento médico. 42

Isso prova que se o paciente receber o socorro correto em tempo, as chances de sobrevida aumentam consideravelmente. O diagnóstico precoce da doença aterosclerótica coronariana de um determinado paciente se dá por meio do seu histórico genético e de saúde. E, com exames físicos e complementares, podemos confirmar se o paciente tem riscos por questões hereditárias ou por causa do colesterol alto. É bom lembrar que a tendência para o colesterol alto não se deve apenas à questão alimentar: O corpo produz cerca de 70% desse colesterol que coloca o coração em risco, os outros 30% vem do tipo de dieta, por isso a necessidade do diagnóstico médico precoce para a prescrição de medicamentos que combatem esse aumento excessivo do colesterol, associado a uma dieta equilibrada e exercí-

cios regulares para levar uma vida normal. Alguns dos exames mais utilizados no início de uma investigação clínica, não invasiva, são os marcadores bioquímicos (exames laboratoriais), Eletrocardiograma, Ecocardiograma e o Teste Ergométrico, podendo quando necessário lançar mão da utilização de exames mais sofisticados como a Cintilografia, Ecocardiograma com estresse, Angiotomografia de coronária ou Angioressonância de coronária. O cateterismo cardíaco também é utilizado, tanto para o diagnóstico, quanto no tratamento da doença coronariana. Os principais fatores de risco para Doença Aterosclerótica Coronariana (DAC) são: Hipertensão Arterial, Diabetes, Tabagismo, Elevação dos níveis de LDL e Triglicerídeos, Obesidade, Sedentarismo, Histórico Familiar e a Idade (homens com mais de 55 anos e mu-


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O diagnóstico precoce da doença aterosclerótica coronariana de um determinado paciente se dá por meio do seu histórico genético e de saúde. E, com os exames físicos e complementares, podemos confirmar se o paciente tem riscos por questões hereditárias ou por causa do colesterol alto.

lheres com mais de 65 anos). Um dado curioso é que até a metade do século passado o IAM era uma doença considerada exclusiva dos homens. Hoje, com as mulheres assumindo posições no mercado de trabalho e sofrendo a mesma pressão por resultados, se alimentando mal e vivendo o mesmo sedentarismo antes característicos mais nos homens, elas passaram a integrar a lista das vítimas de IAM e, hoje, os índices colocam os dois sexos praticamente no mesmo patamar. O sintoma mais comum é a ANGINA ou dor anginosa, que é caracterizado por uma sensação de dor ou desconforto torácico, podendo ainda se manifestar como uma dor opressiva (aperto, peso, pressão ou queimação), podendo irradiar para o ombro esquerdo e/ ou mandíbula. Ou ser desencadeada por esforço físico ou estresse emocional, durando de 2 a 15 minutos e aliviada com o repouso. Existem ainda os sintomas “atípicos” como dores em pontadas, fis-

DR. LUCAS SANCHES MÉDICO - CRM/SP 129313

DR. EDMIR JOSÉ SIA FILHO MÉDICO - CRM/SP 134466

DR. MARCO A. SANCHES MÉDICO - CRM/SP 138597

gadas ou mesmo, simplesmente, um cansaço, fadiga, tonteiras, sensação de queimação no estômago. Os sintomas atípicos são mais comuns em mulheres, idosos, diabéticos e portadores de insuficiência renal crônica. Reconhecer esses sintomas é fundamental para se buscar a tempo o socorro necessário. O tratamento depende do grau de complexidade da Doença Aterosclerótica Coronariana, sendo necessário avaliar minuciosamente cada caso que pode ter um tratamento medicamentoso apropriado ou ainda, se necessário, a associação com a intervenção como a angioplastia e utilização de stents - um tubo minúsculo expansível colocado para manter a

artéria aberta e permitir o fluxo de sangue. Um procedimento que já vem sendo realizado há mais de uma década para tratar casos de doenças coronarianas. Existem casos, onde é necessária uma cirurgia de revascularização miocárdica, conhecida como ponte de safena ou mamária. Mas, mesmo com a vida estressante que vivemos, hoje, a medicina tornou possível salvar de forma mais rápida e eficiente os casos de IAM. E, para ter um coração saudável e livre de riscos, basta fazer exames regulares, tentar mudar ou reduzir alguns hábitos alimentares considerados ruins para o coração, além de exercícios regulares e controle de doenças como hipertensão, diabetes e colesterol alto.


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TELEMEDICINA O FUTURO DA SAÚDE A DISTÂNCIA

Em 2011, a população mundial atingiu 7 bilhões de pessoas. Dados de 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o Brasil ultrapassou os 193 milhões de habitantes. À medida que a população cresce e envelhece, a assistência médica será cada vez mais necessária. A conta não vai fechar se a medicina continuar a ser praticada da forma tradicional em consultórios e hospitais. Mas, perspectivas apontam que esse cenário deve mudar bastante. O motivo? A Telemedicina. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Telemedicina compreende a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico. Tais serviços são prestados usando tecnologias de informação e de comunicação para o intercâmbio de informações válidas para diagnósticos, prevenção e tratamento de doenças e a contínua educação de prestadores de serviços em saúde, assim como para fins de pesquisas e avaliações. Os exames mais realizados no âmbito da cardiologia em telemedicina, são Eletrocardiograma (ECG), Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e o Holter 24h. O Eletrocardiograma O Eletrocardiograma (ECG) é um exame simples, barato e não invasivo. Permite uma ideia da condição cardíaca do indivíduo e pode, eventualmente, identificar situações de risco de morte súbita. Todas as

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pessoas deveriam ter um ECG em algum momento da vida, que somente fosse repetido segundo necessidade clínica. Os sistemas de Telecardiologia registram o traçado eletrocardiográfico feito a distância, por diferentes meios e tecnologias de transferência de dados, capazes de reproduzir com precisão o exame feito com 12 derivações simultâneas, a partir de diretrizes nacionais e internacionais. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) A pressão arterial (PA) varia em virtude da interação de fatores neuro-humorais, comportamentais e ambientais. Existe uma variação contínua da PA batimento a batimento, de acordo com as atividades do indivíduo, e em hipertensos, essa variabilidade apresenta maior amplitude do que em normotensos e está relacionada a pior prognóstico. Durante o período de vigília, esses valores são maiores do que os obtidos durante o sono. A medida da PA casual no consultório, apesar de considerada procedimento-padrão para o diagnóstico de hipertensão arterial e para o seguimento de pacientes hipertensos, está sujeita a inúmeros fato-

res de erro, destacando-se a influência do observador e do ambiente onde a medida é realizada. Além disso, propicia um número reduzido de leituras que não apresentam boa reprodutibilidade em longo prazo. Entre outras, essas são razões para a necessidade de obtenção de medidas da PA por meio de outros métodos capazes de abstrair esses erros e criar condições que propiciem uma medida de pressão arterial que reflita, com segurança e fidelidade, o seu real comportamento. MAPA é o método que permite o registro indireto e intermitente da PA durante 24 horas, ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais na vigília e durante o sono. A MAPA deve fazer parte do fluxograma para diagnóstico da hipertensão arterial. Existem evidências de que as variáveis obtidas pela MAPA possibilitam estabelecer melhor o prognóstico dos desfechos primários, ou seja, eventos cardiovasculares maiores, tais como infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico, quando comparadas às medidas casuais de consultório da pressão arterial. Além disso, apresentam algumas


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vantagens potenciais em relação à medida casual, como atenuação do efeito do observador sobre a PA, eliminação do viés de registro, obtenção de valores que mais se aproximam aos da PA habitual dos indivíduos, possibilidade de avaliação do efeito da pressão durante o sono e na elevação matinal e avaliação da resposta terapêutica durante as 24 horas. A MAPA é um exame que apresenta boa reprodutibilidade. Os valores da pressão arterial sistólica, diastólica e média, bem como a frequência cardíaca obtida em 24 horas, vigília e sono, apresentam resultados semelhantes em exames consecutivos, realizados em curto intervalo de tempo, podendo ser utilizado em diferentes populações. Em crianças e adolescentes não existem estudos avaliando a associação de níveis de pressão arterial na MAPA com desfechos clínicos definidos. Portanto, as recomendações para utilização de MAPA nessa população são baseadas em opiniões de especialistas, e não em evidências. Em diabéticos, a MAPA pode contribuir para a avaliação de hipotensão secundária à neuropatia autonômica, muitas vezes relacionada a sintomas como síncopes, tonturas e sudorese, auxiliando no diagnóstico diferencial com hipoglicemia. Alterações do padrão vigília-sono podem correlacionar-se com a presença de microalbuminúria e com o aumento do risco cardiovascular. A MAPA pode trazer subsídios clínicos valiosos em pacientes idosos, como nos casos de suspeita de hipotensão arterial ortostática, pós-prandial, medicamentosa e situacional, bem como na avaliação de disautonomia e síncopes. As características da hipertensão arterial associada à Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) incluem sua predominância durante o sono do componente diastólico, alta prevalência e, frequentemente, abolição do descenso durante vigília-sono. Holter 24h Uma nova eletrocardiografia foi iniciada em 1961quando Norman J. Holter introduziu um sistema para gravar o eletrocardiograma (ECG) de um indivíduo, DR. MARCO A. SANCHES - MÉDICO -

Na gravidez, a MAPA tem sido utilizada para identificar hipertensão do avental branco, cuja prevalência é semelhante nas grávidas e não grávidas. Entretanto, sua identificação é fundamental para evitar o tratamento desnecessário e potencialmente lesivo ao feto. por longos períodos de tempo, durante suas atividades. Este método passou a ser identificado como método de Holter ou eletrocardiografia pelo sistema Holter, eletrocardiografia de longa duração, eletrocardiografia dinâmica, monitorização eletrocardiográfica ambulatorial ou, simplesmente, Holter. Atualmente este método é utilizado nas seguintes condições: a. Confirmação de arritmias como causa de sintomas ocorridos durante as atividades diárias; b. Detecção de isquemia miocárdica; c. Documentação da eficácia terapêutica de agentes antiarrítmicos e anti-isquêmicos; O método de Holter faz o registro do ECG por longos períodos e durante as atividades diárias do paciente. Isso permite observar as alterações espontâneas e aquelas provocadas por atividades ou situações vividas pelo paciente no seu dia a dia e, acima de tudo, ter certeza de que o sintoma relatado se relaciona ou não a uma alteração eletrocardiográfica.

CRM/SP 138597

• Graduado em Medicina pelo “ITPAC – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos” Araguaína – TO; • Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia; • Membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo; • Atual Diretor Clínico do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru; • Médico Plantonista da Unidade de Terapia Intensiva (desde Abril/2013) do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru; • Coordenador da Equipe do Pronto Atendimento IAMSPE (desde Abril 2013) do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru; • Coordenador da Equipe da Enfermaria de Cardiologia (desde Abril 2014) do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru; • Responsável pelo Serviço de Métodos Gráficos (ECG; MAPA; Holter 24h e Ergometria) da Policlínica Bauru; • Diretor Clínico e Responsável pelo Serviço de Métodos Gráficos (ECG; MAPA; Holter 24h e Ergometria) e Central de Telemedicina no QRS Instituto de Cardiologia.

Os sintomas que podem ser provocados por alterações no ritmo cardíaco devem ocorrer com uma frequência suficiente para serem surpreendidos enquanto se faz a gravação do ECG. O diagnóstico das arritmias cardíacas e avaliação dos resultados terapêuticos necessitam de observação prolongada do ECG; além disso, o ECG de longa duração possibilita o esclarecimento de sintomas paroxísticos que podem ocorrer após um procedimento terapêutico. Na avaliação terapêutica instituída, deverá ser considerado as características específicas da arritmia tratada. Tendo em vista o maior risco de tromboembolismo a que estão sujeitos os pacientes que apresentam episódios paroxísticos de fibrilação atrial, este grupo de pacientes deverá fazer controle terapêutico com gravações de Holter. O agravamento de arritmias pré-existentes ou o surgimento de novas arritmias (pró-arritmia) constituem fenômenos possíveis de ocorrer durante o tratamento, principalmente medicamentoso, sendo o Holter o exame que pode fornecer essas informações, mesmo nas situações assintomáticas. O Holter não deve ser feito como rotina no acompanhamento de portadores de marca-passos artificiais; entretanto, constitui-se em ferramenta poderosa no esclarecimento dos sintomas paroxísticos desse grupo de pacientes. Como se tratam de avaliações complexas, envolvendo aspectos técnicos (do aparelho) e individuais (do paciente), em geral, o Holter é solicitado nas clínicas especializadas, como complemento à avaliação habitual do marca-passo.


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A IMPORTÂNCIA DA PROGRAMAÇÃO DO MARCAPASSO POR UM MÉDICO DEVIDAMENTE CAPACITADO E HABILITADO

A primeira citação de uma ressuscitação com a aplicação de choque elétrico no coração é de Aldini, em 1774. Somente em 1932, Albert Hyman construiu o primeiro marcapasso (figura 1), estabelecendo o conceito de “PACE”, que reanimou um coração com impulsos elétricos conduzidos para dentro da caixa torácica por meio de uma agulha, iniciando realmente a história da estimulação cardíaca artificial (ECA). A partir disso, Chardack introduziu comercialmente o marca-passo endovenoso, e no dia 8 de outubro de 1958, o equipamento foi implantado em Arne Larsson, começou, então, a era dos marca-passos, que já salvaram a vida de milhões de pessoas. Deste ano em diante, o crescimento e o desenvolvimento na bioengenharia relacionados à área foram meteóricos. Unidades cada vez mais sofisticadas e com possibilidades de tratar várias arritmias diferentes vêm sendo desenvolvidas ao longo do tempo. O tratamento das taquiarritmias potencialmente malignas e de Insuficiência Cardíaca Avançadas relacionadas a Miocardiopatias Dilatadas são os mais novos campos da terapia de Estimulação Cardíaca Artificial, com mudanças robustas na evolução e qualidade de vida desses pacientes. 46

No Brasil, o Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA), http://www.deca.org.br, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), fundado em 1986, por cardiologistas, cirurgiões cardíacos e outros médicos interessados no tema, é quem regulamenta a atividade do ramo. Durante esses 28 anos, o DECA mantém seus objetivos de agregar, disciplinar e capacitar os profissionais da medicina envolvidos na área de estimulação cardíaca artificial. Atualmente, o DECA conta com aproximadamente 800 Membros Habilitados em todo o Brasil, sendo o Dr. Edmir José Sia Filho o número 799, que realizam em média 50 mil implantes de marca-passos, desfibriladores e ressincronizadores cardíacos por ano, para pacientes previdenciários (SUS), particulares ou conveniados.

Os marcapassos cardíacos são dispositivos implantáveis capazes de monitorar o ritmo cardíaco e estimular o coração, impedindo que a frequência cardíaca se reduza abaixo de determinados limites, além de outras funções extremamente complexas que fogem ao tema. Ele é composto por uma unidade geradora (UG) que armazena os circuitos eletrônicos e a bateria, além de ser ligado ao coração por um ou mais cabos eletrodos (CE). A unidade geradora (UG) é alojada em nosso serviço, preferencialmente, no plano submuscular, abaixo da clavícula, geralmente à esquerda, conferindo maior conforto ao paciente, proteção e durabilidade ao sistema, além de um melhor resultado estético. Nos implantes epimiocárdicos, reservados a situações específicas, a unidade geradora é alojada na região


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subxifoide, abdominal ou na posição habitual com transição do (s) cabo (s) eletrodo (s) até o local. A UG é substituída quando se esgota sua bateria. Apresenta uma vida útil de 5 a 15 anos, dependendo de sua programação e modo de funcionamento e esse desgaste é acompanhado por revisões periódicas por um médico devidamente qualificado. Os cabos eletrodos (CE) na extremidade distal possuem aletas que auxiliam na sua devida fixação, fixação passiva, às trabéculas do ventrículo direito, ou delicados parafusos, fixação ativa, fixados ao coração por uma rotação do eletrodo ou de sua guia, após posicionados no local escolhido. São fabricados com silicone ou poliuretano que revestem um conjunto de fios em paralelos ou coaxiais que se conectam à ponta ou ao anel do CE. Esses eletrodos são, extremamente, maleáveis, sendo necessário um estabilizador, guia de metal, que passe por dentro deles e confira sustentação e torque para poderem ser manipulados durante o seu posicionamento. Esse guia é removido após a fixação do eletrodo. Atualmente os cabos eletrodos são, preferencialmente, bipolares, isto é, os dois polos estão localizados dentro do coração. A ponta sempre é o polo negativo e o anel,

DR. EDMIR JOSÉ SIA FILHO - MÉDICO -

Figura 2 – Marca-passo Ventricular

distante alguns centímetros da ponta, o polo positivo. O cabo eletrodo unipolar só tem a ponta dentro do coração, o polo positivo é a unidade geradora ou a caixa do marca-passo. Para implantes epimiocárdios, são utilizados cabos eletrodos que são suturados ou aparafusados no lado externo ou epicárdico do coração. Os cabos eletrodos, se devidamente implantados, têm uma vida útil de aproximadamente 15 anos, alguns ainda em uso por mais de 20 anos. São somente removidos em ocasiões especiais e com técnica e material específico para o procedimento. Quando fora de uso, são em geral abandonados e sepultados isoladamente dentro da loja do dispositivo. Atualmente existem diferentes modelos de marca-passos aplicáveis para cada tipo de paciente, o que possibilita uma terapia individualizada a partir de algoritmos complexos, além de proporcionar ao paciente uma qualidade de vida muito semelhante à normal.

CRM/SP 134466

• Graduado em Medicina pela Universidade de Marília (2008). • Especialização em Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - FCM SANTACASASP (2009-2011). • Especialização em Cardiologia em Adulto pelo Instituto do Coração INCOR/SP - HCFMUSP (2011 a 2013). • Especialização em Arritmia Clínica e Estimulação Cardíaca Artificial Clínica pelo Instituto do Coração - INCOR/SP - HCFMUSP (2013 - 2014). • Especialização em Estimulação Cardíaca Artificial Cirúrgica pelo Instituto do Coração, INCOR/ SP - HCFMUSP (2014 - 2016). • Membro Titulado em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) • Membro Titulado e Habilitado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e pelo Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA) em Estimulação Cardíaca Artificial Clínica e Cirúrgica. • Tem experiência na área de Clínica Médica, Cardiologia, Medicina Intensiva, Ritmologia Clínica, Estimulação Cardíaca Artificial (Ênfase Clínica e Cirúrgica).

Figura 1 - Em 1932, nos Estados Unidos, Albert Hyman, utilizou um gerador de pulsos movido à manivela e um cabo-eletrodo bipolar introduzido diretamente no tórax para promover estimulação cardíaca.

Para que o paciente se beneficie de todos os recursos disponíveis nos dispositivos, é necessário realizar periodicamente a programação do marcapasso por um MÉDICO devidamente capacitado e habilitado. Infelizmente, o que se vê na prática, são ambulatórios diversos no qual a avaliação eletrônica do dispositivo e tomadas de decisões médicas fundamentais ficam a critério de técnicos ligados à empresa dos dispositivos, sendo o paciente o maior prejudicado. ”, comenta Dr. Edmir José Sia Filho.


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O QUE É ECOCARDIOGRAMA? Ecocardiograma é um exame de imagens obtidas através dos diferentes graus de refração de ondas sonoras de alta frequência (acima de 20.000 ciclos por segundo), muito além, portanto, da capacidade humana de audição.

Um transdutor deslizado sobre o peito do paciente direciona essas ondas para estruturas do coração do paciente e capta o eco delas, transformando-o em imagens. Assim, a ecocardiografia pode fornecer imagens estáticas e em movimento dos músculos e das valvas cardíacas e o mapeamento em cores do fluxo sanguíneo pela técnica Doppler, permitindo identificar a direção e velocidade do fluxo sanguíneo no interior das cavidades cardíacas. Há várias modalidades de ecocardiograma, mas as mais evoluídas, em associação com o Doppler, oferecem imagens coloridas em 3D, capazes de possibilitar a visualização de detalhes anatômicos e funcionais mínimos do coração. O exame também pode ser realizado no feto em gestação, permitindo um diagnóstico muito precoce de eventuais anomalias cardíacas e possibilitando intervenções ainda no interior do útero. Por tratar-se de um exame que não apresenta efeitos colaterais, ser de custo relativamente baixo e de fácil operacionalidade e transporte, além de seu excelente alcance diagnóstico, o ecocardiograma tem grande destaque na cardiologia moderna. Para que serve o exame? O ecocardiograma é, hoje, um dos principais e mais utilizados recursos da cardiologia. Ele permite ao médico avaliar aspectos anatômicos e funcionais tanto das paredes quanto das cavidades cardíacas (tamanho das cavidades, espessura das paredes, movimentação das válvulas car48

díacas, etc.), bem como de aspetos funcionais do coração. Quase sempre associado ao Doppler, permite também avaliar o fluxo sanguíneo através das válvulas do coração e entre as cavidades cardíacas. É utilizado para estabelecer o diagnóstico e o grau de gravidade de quase todas as afecções cardíacas e para o planejamento terapêutico e prognóstico delas. Quais são os tipos de ecocardiograma? Ecocardiograma bidimensional com doppler é um exame de ultrassom, no qual as imagens do coração, captadas por um transdutor colocado sobre o tórax do paciente, são transmitidas para um monitor. É um método diagnóstico muito utilizado em cardiologia para a detecção de alterações estruturais e/ou funcionais do coração. Ecocardiografia tridimensional em tempo real representa importante avanço à investigação diagnóstica não invasiva das doenças cardíacas e traz grande evolução na qualidade das informações detectadas pelo exame bidimensional convencional, facilitando assim a comunicação entre o cardiologista clínico e o cirurgião cardíaco. Ecocardiograma sob estresse farmacológico é um exame de ultrassom do coração, associado ao uso de medicamento, que possibilitam visualizar a contração do coração em repouso e em esforço máximo, semelhante ao atingido durante o exame de esforço realizado em esteira ergométrica.

É indicado em casos de suspeita de obstrução das artérias coronárias, responsáveis pela irrigação do músculo do coração (doença arterial coronária). Ecocardiograma sob estresse físico é um exame de ultrassom do coração que possibilita visualizar a contração do coração em repouso e após teste de esforço máximo, realizado em esteira ou bicicleta ergométrica. Ecocardiografia Transesofágica é um método ultrassonográfico realizado por meio da introdução de sonda no esôfago. Permite, de forma complementar ao procedimento transtorácico, a obtenção de informações relevantes para o esclarecimento diagnóstico. É indicado para visualizar a anatomia cardíaca e suas malformações, diagnóstico de fontes de embolia pulmonar e sistêmica, presença de trombos intracavitários pré-cardioversão, melhor detalhamento anatômico e funcional das valvas cardíacas e de próteses valvares (sobretudo em posição mitral), diagnóstico e avaliação de complicações de endocardite, diagnóstico de doenças da aorta, e ecocardiografia transtorácica com limitação importante de imagem. Ecocardiografia Transesofágica Intraoperatória, esse exame fornece ao cirurgião, em tempo real, informações importantes sobre o aspecto das estruturas cardíacas e sobre a função do coração.


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Ecocardiografia com Doppler Tecidual para Ressincronização Cardíaca é uma técnica ecocardiográfica especial, em que são estudados os intervalos eletromecânicos do coração. Esses intervalos espelham a relação entre a atividade elétrica cardíaca e a contração muscular cardíaca resultante do estímulo elétrico. Para determinar a sincronia das diversas paredes do coração e sua contribuição para a contração cardíaca global, e para avaliar o resultado da terapia de ressincronização ventricular por implante de marcapasso biventricular em pacientes com insuficiência cardíaca avançada, proporcionando melhora dos sintomas, da qualidade de vida e dos índices de performance cardíaca. Ecocardiografia fetal é um método ultrassonográfico não invasivo realizado no abdome da mulher grávida, após a 18ª semana de gestação, para avaliação intrauterina morfológica e funcional do coração do feto, podendo detectar ou excluir anormalidades cardíacas fetais durante o pré-natal. Os avanços da ecocardiografia na análise anatômica e funcional do coração. Contrastes miocárdicos Com importante papel na avaliação estrutural e funcional do coração, bem como na pesquisa de doença coronariana, a ecocardiografia com contraste baseia-se na injeção intravascular de agentes sintéticos para aumentar a reflexão dos sinais ultrassônicos, permitindo excelente delineamento das bordas endocárdicas e mapeamento de toda a microcirculação miocárdica, como também melhora do sinal do Doppler para estudo da função diastólica e dos fluxos transvalvares. Em consequência disso, obtém-se uma melhor avaliação funcional e estrutural do ventrículo esquerdo, confirmando ou afastando a presença de cardiomiopatia hipertrófica apical, aneurisma apical, pseu-

DR. LUCAS SANCHES - MÉDICO -

Figura 1

Figura 2

doaneurisma, ruptura miocárdica, ventrículo esquerdo não compactado e massas intracardíacas (tumor e/ou trombo), entre outras condições. Já o papel do exame na pesquisa de doença coronariana é possível porque, com a melhor definição das bordas endocárdicas, as alterações da motilidade do ventrículo esquerdo tornam-se mais visíveis, seja no ecocardiograma em repouso, seja sob estresse físico ou farmacológico. Speckle Tracking É uma nova modalidade ecocardiográfica, utilizada principalmente na avaliação da função sistólica do ventrículo esquerdo. Muitas vezes as alterações segmentares são imperceptíveis ao ecocardiograma transtorácico , e só o uso de novas metodologias é capaz de identificar estas alterações regionais. (Figura 1) Muitas são as aplicações do método: acompanhamento da função cardíaca em pacientes em quimioterapia; diagnóstico diferencial das miocardiopatias hipertróficas; detecção de alterações da contratilidade na forma indeterminada da doença

CRM/SP 129313

• Membro do Corpo Clinico de Ecocardiografia do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru-SP; • Membro do Corpo Clinico de Ecocardiografia do Instituto de Cardiologia QRS; • Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

de Chagas; doença arterial coronária aguda e crônica; análise da viabilidade miocárdica; sincronismo cardíaco e pesquisa clínica. Conclui-se que a nova metodologia do speckle tracking tem permitido melhor conhecimento da contratilidade miocárdica e é ferramenta promissora para avaliação das patologias que modificam a contratilidade miocárdica, detectando precocemente alterações preliminares, ou antes, consideradas inexistentes. (Figura 2) Aplicações Futuras – Do diagnóstico à terapêutica. Estudos experimentais demonstram a possibilidade de se recanalizar artérias recentemente ocluídas por meio de interação terapêutica do ultrassom com o uso de contraste de microbolhas. O ultrassom transtorácico com alta energia tem sido estudado no tratamento do infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST adjunto à trombólise farmacológica e à intervenção coronária percutânea, demonstrando melhora para recanalizar tanto a microcirculação, quanto aos vasos epicárdicos. Um mecanismo proposto de como o ultrassom dissolve o trombo é induzindo à cavitação. Isto leva a forças de cisalhamento, que perturbam o meio e tem o potencial de romper trombos, sendo um método seguro e viável em um departamento de emergência de grande porte.


Qual a importância da Nutrição na atividade física? Ao longo de muitos anos, a atividade física para crianças e adolescentes foi sinônimo de lazer, encarada como uma atividade para incentivar os jovens a se movimentarem e praticarem exercícios físicos, tendo como aliados o bem-estar e a qualidade de vida. São números os benefícios do esporte na vida de um jovem, bem como a disciplina necessária para ser usada no dia a dia, mas é necessário ficar atento a um detalhe importante e que, muitas vezes, passa desapercebido – a alimentação. O maior cuidado é com as crianças e os adolescentes que já praticam esportes regularmente. É de suma importância que o jovem nunca vá com o famoso “estômago vazio” para os treinos, tendo em vista que nessa fase de crescimento é muito importante que se faça uma alimentação pré-treino adequada a intensidade da modalidade a ser praticada. Uma boa pedida, são os carboidratos, frutas como banana, açaí, aveia e mel entre outras refeições rápidas saudáveis e seguras. Outro ponto importante e que normalmente é esquecido pelos jovens é a hidratação. Os jovens precisam se manter hidratados. É aconselhável que além da água, sejam ingeridos sucos (naturais), água de coco e, em alguns casos, isotônicos, com moderação. O ser humano necessita de atividades físicas para o seu desenvolvimento e consciência corporal. A atividade física cria e aprimora habi-

lidades como coordenação, equilíbrio força e agilidade. A promoção da atividade física deve ser feita durante toda a vida, tornando-se um estilo de vida, onde o bem-estar e a qualidade de vida prevaleçam. Segundo Guilherme Santos, armador da equipe juvenil e profissional do Bauru Basketball Team, a alimentação se tornou uma grande aliada nas batalhas enfrentadas no dia a dia: “O que as pessoas precisam entender é que ser saudável não significa ser radical” afirma. Segundo a nutricionista Thais Barreto, é necessário uma abordagem diferenciada para com os jovens: “Eles chegam ao consultório já di-

DRA. THAIS DA SILVA BARRETO

zendo o que não comem com medo daquelas dietas malucas de internet, onde não se come nada e se perde muito, inclusive qualidade de vida. Depois de muito estudo com o Bauru Basketball Team, várias especializações e a vivência de consultório, desenvolvemos e nos preparamos de tal forma a deixar esse atendimento mais leve e tem funcionado muito bem. Cada dia mais, vamos até os paciente ao invés deles irem até nós, deixando-os na zona de conforto, ou no caso das crianças mais novas, otimizando o tempo para os pais. Com os jovens e crianças, precisamos ser amigos, conselheiros e também nutricionista” afirma.

- NUTRICIONISTA - CRN 38825

• Guilherme Santos - Armador da Equipe Juvenil e Profissional do Bauru Basketball Team

14 99185 1517 | 99697.1562 contato.clinicabarreto@gmail.com /clinicabarretobauru 50



INFLUENZA A H1N1 da epidemia de 2009 à gripe comum em 2016 Em abril de 2009, conhecemos uma nova versão de uma doença considerada corriqueira. Era o início da epidemia de “gripe suína”, causada pelo vírus Influenza A H1N1.

O que mais assustava é que, ao

Desde crianças, ouvimos de

cas ao ar livre, permanecer sem-

contrário dos vírus influenza conhe-

nossos pais e avós que é preci-

pre bem alimentado e hidratado,

cidos até então, o H1N1/2009 era

so lavar as mãos antes de comer,

manter o diabetes, a pressão e

capaz de causar doenças em pes-

após tocar em dinheiro ou em

o peso controlados são atitudes

soas completamente saudáveis e

objetos em que todos encostam.

que também ajudam a prevenir

jovens, justamente a população que

Ouvimos que é feio espirrar e tos-

doenças e complicações.

considerávamos de menor risco.

sir sem cobrir a boca ou o nariz

Por fim, higienizar as mãos,

ou que não é ideal visitar alguém

evitar tocar a boca, olhos e nariz

quando se está doente.

com as mãos sujas, buscar aten-

Em 2016, o H1N1/2009 voltou a merecer atenção e até o momento não há provas de que ele

Por algum motivo, nos esque-

dimento médico, antes de ir ao

tenha sofrido novas mutações,

cemos desses conselhos e volta-

trabalho ou escola, quando apa-

dando origem a um novo vírus

mos a nos expor. Culturalmente,

recerem sintomas e seguir as re-

ou aumentando sua gravidade.

não deixamos de ir ao trabalho

comendações vacinais, são estra-

Quem sabe estejamos diante de

por causa de “uma gripinha”, mas

tégias simples que podem fazer

mais um momento em que o nosso

é preciso saber que, com essa ati-

uma grande diferença para a sua

comportamento diário é que pre-

tude, colocamos nossos colegas

saúde e para a daqueles que vi-

cisa ser repensado.

em risco. Fazer atividades físi-

vem perto de você.

DR. GUSTAVO HIDEKI KAWANAMI - INFECTOLOGIA - CRM/SP 107879 - RQE 30290 • Graduado em Medicina Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. • Residência Médica na Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp. • Mestre em Infectologia pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista - UNESP de Botucatu. • Membro da Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH). • Especialista em Infectologia pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).

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DOR CRÔNICA A dor, em termos gerais, é uma sensação desagradável de intensidade variável, causada por uma lesão tecidual real ou em potencial, que resulta em uma resposta orgânica e/ou emocional. Desta forma, a dor é um marcador biológico que tem a função de autodefesa e conservação da espécie, pois indica que alguma lesão tecidual está ocorrendo ou prestes a ocorrer no indivíduo, reiniciando, imediatamente, por parte, a retirada ou afastamento dom agente agressor. Além disso, a dor resultante de lesão ou doença é bem conhecida por todos, fácil de ser definida quanto ao tipo, intensidade e localização e dura ao longo de todo o período mórbido até à sua cura. Entretanto, quando a dor persistir

Muitos são os mecanismos

calgias, neuralgia trigeminal, poli-

além do processo de cicatrização

fisiológicos envolvidos na croni-

neuropatia do diabetes, artralgias

tecidual e/ ou de cura da lesão, é

ficação de uma dor. A multipli-

reumáticas, cefaleias, fibromial-

denominada de crônica. Além dos

cidade e complexidade destes

gia e outras, são atualmente bem

sinais, como o termo “crônica” é

torna, praticamente, impossível

reconhecidas do ponto de vista

indicativo de tempo, muitos espe-

criar um modelo iniciam de aten-

clínico, e seu diagnóstico, quan-

cialistas no assunto, admitem em

dimento.

do conduzido de forma criteriosa

termos práticos, que uma dor que

Ainda assim, muitas situações

por uma especialista, aumentam

perdura já há mais de 3 meses é

onde se está presente a dor crô-

as chances de um tratamento

considerada como crônica.

nica como nas lombalgias, cervi-

bem-sucedido.

DR. LAURO DE FRANCO SEDA JR NEUROCIRURGIA - CRM/SP 89407 - RQE 4708

• Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia; • Membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Funcional; • Membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.

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PEELINGS QUÍMICOS Os tratamentos dermatológicos variam com a estação do ano e clima. Com a chegada do Outono, já podemos começar o preparo na pele para o procedimento mais procurado na época do frio: PEELING QUÍMICO.

Peelings químicos são realizados desde a década de 1960, e se mantém como método efetivo no tratamento de uma grande variedade de condições. São utilizados para atenuação de rugas, manchas e cicatrizes; na diminuição das lesões pré-malignas como as queratoses actínicas; na prevenção do câncer da pele e controle da acne. Os peelings consistem na aplicação de agentes químicos cáusticos que destroem as camadas superficiais da pele, seguindo-se a sua regeneração, com uma aparência geral melhor. É uma forma de acelerar a esfoliação ou renovação da pele que acontece normalmente. Podem ser superficiais, médios e profundos. Os peelings superficiais precisam ser feitos em séries, enquanto os médios e profundos são realizados em aplicações únicas. Cada paciente deve ser avaliado para melhor indicação do seu caso específico. Os efeitos dos ácidos sobre a pele podem aparecer mais rapidamente, quando utilizados em alta concentração para a realização dos peelings químicos. Nesses procedimentos, podem ser utilizados diversos tipos de ácidos de acordo com o resultado que se deseja obter e com a profundidade que se deseja atingir. Os resultados são mais aparentes quanto mais profundos, assim como aumentam também os riscos e o desconforto durante

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o peeling e no pós-peeling. O peeling profundo só pode ser realizado sob sedação, devido à dor durante o procedimento, enquanto que alguns peelings superficiais são completamente indolores. Bons resultados podem ser obtidos com vários peelings superficiais seriados, realizados a pequenos intervalos. A descamação subsequente costuma ser fina e não chega a atrapalhar o dia a dia, podendo a pessoa voltar à sua vida normal no dia seguinte. Os peelings superficiais melhoram a textura da pele, clareiam manchas e atenuam rugas finas, além de estimular a renovação do colágeno que dá melhor firmeza à pele. Já os peelings médios, provocam descamação mais espessa e escura, necessitando de 7 a 15 dias para retorno à vida normal, porém são mais indicados quando a pele já apresenta asperezas como as ceratoses (lesões pré-cancerosas) e rugas mais pronunciadas. Os peelings médios renovam a camada superficial da pele, clareando manchas e alterações de superfície da pele, como rugas, algumas cicatrizes de acne e as ceratoses. O peeling profundo é bem mais agressivo que os demais, provoca

a formação de muitas crostas e o pós-peeling exige o uso de curativos e a recuperação pode durar até um mês. No entanto, os resultados são muito bons, com renovação importante da pele e diminuição até mesmo de rugas profundas como as rugas ao redor da boca e dos olhos. Novas técnicas, como a aplicação pontuada do peeling de fenol, visam a diminuir os possíveis efeitos colaterais e o tempo de recuperação após o peeling. Para se realizar um peeling químico, a pele deve ser preparada previamente com antecedência de 15 a 30 dias e também receber um tratamento pós-peeling. Esses cuidados permitem a obtenção de melhores resultados, além de ajudar a evitar possíveis efeitos indesejáveis dos peelings, como

DRA. DANIELA ALARCON MONTEIRO FERNANDES

pigmentação pós-peeling ou queimaduras, que podem acontecer mesmo quando todos os cuidados são tomados. Por isso, os peelings só devem ser realizados por médicos capacitados para o uso das técnicas e que estejam aptos a resolver qualquer problema que possa se apresentar em decorrência do tratamento. Após um peeling químico superficial, a pele se refaz em 1 a 4 dias; já os peelings médio e profundo, constituem uma ferida cuja cicatrização inicia-se em 24 horas e se completa de sete a 15 dias. Os peelings químicos, particularmente os médios e profundos, não devem ser realizados em pessoas que se recusam a proteger-se do sol de forma adequada, na gravidez, se existe alguma “ferida” aberta no local a ser tratado, pessoas sob estresse físico ou mental, pessoas que têm hábito de “cutucar” a pele e que esperam do tratamento aquilo que ele não é capaz de fazer. Procure seu médico de confiança para avaliação de procedimentos estéticos.

- MÉDICA - CRM/SP 143606

• Formada em Medicina pela UNAERP - Ribeirão Preto - SP.

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Cuidados no

PÓS-PARTO

O pós-parto é um dos momentos mais delicados da vida de mãe. Isso porque são muitas adaptações que acontecem de uma só vez. O corpo que não é mais o mesmo, o bebê que é totalmente dependente, os hormônios que mexem com o humor de qualquer um.

É muito importante que a nova mãe tenha alguns cuidados neste período, principalmente nos primeiros 40 dias. Nesse início, é importante que a mulher siga as instruções médicas que vão variar de acordo com cada caso, pois depende bastante do tipo de parto e de como tudo aconteceu. Na maioria das vezes, todas as atenções dos familiares e amigos se voltam para o bebê, deixando a mãe sem o apoio necessário. Mais do que cuidar da recuperação física, é importante que a mulher cuide do psicológico. É nesta fase que pode acontecer o chamado “baby blues” que é como se fosse uma depressão pós-parto leve, que dura em torno de 30 dias. Se a tristeza constante, angústia e sentimentos negativos durarem mais que este período, pode ser que ela esteja entrando em uma depressão e o acompanhamento por profissionais especializados é indispensável. Portanto, a nova mãe deve ter todo apoio possível. Ela precisa se sentir acolhida por sua família e saber que pode desabafar seus sentimentos, por piores que ela imagina que sejam. Não é mesmo fácil passar pela fase do pós-parto. Muitas dúvidas e medos rondam as novas mães e a sensação de que ela não vai dar conta de tudo pode ser constante. O bom é que somos seres extremamente adaptáveis, e é por isso que esta fase tão conturbada passa bem depressa. Logo a mãe entenderá as necessidades do bebê e também se acostumará com a nova rotina. Se você está passando por este momento, não se desespere e procure um profissional, caso perceba que está durando mais tempo do que deveria.

MARIANA BONNÁS

- PSICÓLOGA - CRP 4/1693

• Psicóloga Perinatal e Palestrante • Leia mais em: www.vidadegestanteemae.com.br

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Hérnia de Disco NA COLUNA LOMBAR 1. O que é a dor ciática? A dor ciática corresponde a uma sensação dolorosa que se inicia no glúteo e desce pela parte posterior da coxa, podendo descer até o pé. A principal causa dessa condição clínica, geralmente, é uma hérnia de disco na região baixa da coluna lombar comprimindo a raiz nervosa. 2. O que é uma Hérnia de Disco? A coluna é composta por ossos chamados vértebras que são intercaladas por discos que funcionam como amortecedores e são estabilizados por ligamentos e músculos que dão mobilidade a coluna. Os discos possuem um centro formado por uma substância gelatinosa, extremamente firme, conhecida como Núcleo Pulposo, cercada por um muro chamado Anulo Fibroso. Quando por sobrecarga ou desidratação esse muro é lesado, ele pode abaular ou até mesmo extravasar o Núcleo Pulposo para fora do seu local habitual, penetrando no canal vertebral, um túnel central, onde o sistema nervosa se localiza, gerando inflamação e, por vezes, lesão dos nervos. 3. O que a Hérnia de Disco provoca? A Hérnia de Disco pode gerar desde leves dores até dores intensas e paralisias (temporárias ou definitivas) do segmento acometido, gerando também, em alguns casos, formigamentos e perda de força. 4. Quando está indicado o tratamento cirúrgico da Hérnia de Disco Lombar? Em pacientes com hérnia de disco confirmada por imagem, dor de forte intensidade tipo ciática com sintomas persistindo por mais de 6 semanas. 5. Quais técnicas cirúrgicas são mais indicadas para o tratamento de Hérnia de Disco? Segundo as Diretrizes Clínicas na Saúde Suplementar, a técnica padrão ouro para o tratamento da hérnia de disco é a microdiscectomia, que consiste na remoção cirúrgica da hérnia com o uso do microscópio, sendo que a cirurgia endoscópica também tem seu espaço no tratamento desta patologia. Alguns procedimentos e técnicas minimamente invasivas como bloqueios e radiofrequência podem e devem ser discutidas por serem efetivas e capazes de substituir a cirurgia com menor agressão ao paciente.

Segundo estudos realizados, cerca de 80% da população vai apresentar em algum momento da vida queixas relacionadas à coluna lombar. Sem predileção por sexos, as crises ocorrem em média aos 35 anos de idade e em 2% dos casos vem acompanhada de dor tipo ciática que sugere alguma lesão no disco intervertebral.

6. Como prevenir a Hérnia de Disco? • Manter o peso corporal adequado; • Praticar atividades físicas de baixo impacto; • Fazer exercícios de fortalecimento como o Pilates ou musculação; • Dormir 8 horas por noite; • Evitar ficar longos períodos em pé, sentado ou dirigindo; • Pegar objetos de forma correta e com ajuda se possível; • Manter sempre uma postura adequada. Em caso de apresentar dor ou algum dos sintomas incluídos no texto acima, deve-se sempre procurar um médico especializado.

DR. RICARDO CORREA DA COSTA DIAS ORTOPEDISTA - CRM/SP 108766 – RQE 6402

• Membro da Sociedade Brasileira de Coluna; • Membro da Associação Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna; • Membro da North American Spine Society.

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Fadiga Por serem fortes e guerreiras, muitas mulheres vão enfrentando esta situação, tentando usar medicamentos para dormir e pensamentos otimistas que isso não é nada, que logo vai passar. Dessa forma, este quadro vai evoluindo lentamente e consumindo suas energias e se agravando cada vez mais. Esta mulher deve ser CUIDADA, precisa ser ouvida e amparada para se restabelecer e voltar a ser realmente saudável e feliz.

O QUE VOCE PRECISA SABER! É muito comum, nos tempos atuais, mulheres se queixando de indisposição, cansaço, falta de ânimo e, principalmente, da facilidade de ganhar peso e da grande dificuldade de emagrecer. Muitas têm “preguiça” até para sair de casa nos finais de semana e reclamam que dormem mal e que o desejo sexual e a libido estão péssimos. Sentem um desejo incontrolável por doces e carboidratos, andam tristes e muitas usam medicamentos para dormir e, até mesmo, antidepressivos ou remédios para fibromialgia. Esses sintomas, tratam-se de um quadro de Fadiga Adrenal, onde a glândula suprarrenal que comanda a secreção de vários hormônios esteroides, sendo o cortisol o mais importante. Com o estresse crônico ocorre um desequilíbrio provocando um impacto negativo na qualidade de vida e, consequentemente, aumenta a velocidade de envelhecimento. É uma das doenças que mais afeta a qualidade de vida atualmente, e muito tem se estudado e discutido na Nutrologia em congressos e artigos para que seja diagnosticada o quanto antes essa patologia. O diagnóstico é feito pelo médico por meio de avaliação clínica e laboratorial. Iniciado o tratamento adequado, o resultado é muito gratificante e a mulher volta a ter uma vida e ser feliz. “Não desista de você, procure ajuda, você merece ser feliz”, afirmou o médico André Reis que está se especializando em Nutrologia - Nutrologia Esportiva e Performance. Sinais e sintomas que podem acompanhar: • Cansaço e indisposição; • Pede por café ou estimulantes para começar o dia; • Desejo por doce e alimentos com alta proteína, como carnes e massas; • Irritabilidade e aumento de sintomas da TPM (Tensão Pré-Menstrual); • Dores pelo corpo; • Ganho fácil de peso e dificuldade para perder, principalmente na região da cintura; • Fica com gripe facilmente; • Redução do desejo sexual e da libido; • Sono irregular e muitas vezes usando medicação para conseguirem dormir; • Às vezes sente batedeira sem causa aparente e, • Muitas vezes não se sente bonita.

DR. ANDRE REIS - MÉDICO - RM/SP 58677

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Feminina Se você possui um ritmo de vida acelerado e está sob constante estresse, apenas pare! Esse tipo de rotina, em longo prazo, pode ter impacto severo no bom funcionamento do sistema endócrino do organismo, em especial, das mulheres, causando um distúrbio conhecido como fadiga adrenal.

FADIGA ADRENAL: SAIBA COMO PREVENIR! Essa doença acontece quando há um desequilíbrio na função da glândula suprarrenal, responsável por regular o processo metabólico e pela produção de alguns hormônios, como a aldosterona que controla pressão; o DHEA que é um hormônio pré-testosterona; e o cortisol, que é o hormônio do estresse, além do auxílio no equilíbrio da água e sal no organismo. Há séculos, em especial nos últimos 20 anos, os problemas de ordem emocional e profissional tem desencadeado desequilíbrio hormonal. Sob prolongado período de estresse, a glândula suprarrenal entrará em exaustão e não conseguirá produzir o cortisol, o que ocasionará a queda em níveis muito baixos da substância – e, então, se instala a fadiga adrenal que causa cansaço, fadiga e queda da libido. Além disso, ataca diretamente a imunidade, causa resfriados frequentes, alteração do sono, bem como prejudica a capacidade de concentração e pode comprometer a memória. Por isso, é muito comum que esse quadro seja confundido com uma depressão, quando na verdade é a fadiga adrenal. Por isso, é fundamental manter o equilíbrio frente às situações que possam desestabilizar. Meditação, controle da respiração, alimentação saudável, prática de exercícios são ferramentas essenciais para evitar submeter seu organismo a períodos de estresse. Se não tratada, pode evoluir para depressão, sendo então recomendado fazer a reposição com hidrocortisona bioidêntica, de DHEA, pregnenolona, 5 Htp e outros antes que o quadro piore. Essa é a tal da modulação hormonal que tantos ouvem dizer, mas que poucos sabem realmente o que é! Com essa reposição, se devolve toda a quantidade de vida e a idade biológica se recupera, com a regressão de todos os sintomas citados, estando tratada, mas ainda não curada. Para isso, é preciso manter a modulação e passar um bom período com sono de qualidade reparador e, em poucos meses, tudo se normaliza, quando logo retiramos todos os suplementos prescritos à medida que evoluem e melhoram os sintomas e exames.

ção de tratamento viável! Para a fadiga adrenal, há o DHEA, um hormônio natural que está plenamente configurado para atender às nossas demandas metabólicas, uma vez que existe em grande quantidade no corpo humano. Ele exerce mais de 150 funções anabólicas no metabolismo humano e apresenta uma multiplicidade de benefícios quando usado em indivíduos adultos que apresentam baixos níveis do hormônio. A reposição de DHEA é segura e tem custo acessível, mas necessita de um acompanhamento médico profissional. Alcançar qualidade de vida, por meio de hábitos saudáveis – que consistem em alimentação equilibrada e prática de exercícios são mecanismos que auxiliam a mulher a manter o corpo e mente sãos, e contribuem para prevenir a fadiga adrenal.

Alimentação: uma fonte de energia Na alimentação, é possível encontrar fortes aliados no combate à fadiga adrenal. Entre eles estão a banana, maçã, grãos, carnes magras, gengibre e fontes de vitamina C. O chocolate é bem-vindo, desde que em pequenas porções diárias e acima dos 70% de cacau em sua composição. Mas, caso se trate de um quadro crítico, modulação hormonal pode ser um a op-

DR. MOHAMAD BARAKAT - MÉDICO - CRM/SP 68874

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CURTAS Café com Imprensa 01 No dia 3 de fevereiro, gestores da Famesp e da Maternidade Santa Isabel se reuniram, num café da manhã, para apresentar o novíssimo site da Maternidade (www.msi.famesp.org.br) a amigos, parceiros e jornalistas. Da Imprensa bauruense, marcaram presença os jornalistas Ricardo Polettini (TV Unesp), Ana Jacques (TV TEM), Dulce Kernbeis (JC) e Roberto Rufino (JC). A partir da esquerda: Fabiano Milan, Diretor Técnico da Maternidade, Ricardo Polettini, da TV Unesp, Ana Jacques, da TV TEM, Antonio Rugolo Jr., Diretor-Presidente da Famesp, e Adilson Zamarin, Diretor Administrativo da Maternidade Santa Isabel.

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Café com Imprensa 02 A partir da esquerda: Roberta Fiuza Ramos, Assessora Ambulatorial da Famesp, Adilson Zamarin, Diretor Administrativo da Maternidade Santa Isabel, Deborah Maciel Cavalcanti Rosa, Assessora Hospitalar da Famesp, Fabiano Milan, Diretor Técnico da Maternidade, Leonardo Vieira Elias, Coordenador Médico da Maternidade, Antonio Rugolo Jr., Diretor-Presidente da Famesp, e Roberto Rufino.

Dia de Artista

Visita ao Hospital Estadual de Bauru

O Diretor Comercial da Revista Saúde de São José do Rio Preto, Araçatuba, Birigui e Bauru Renato Renovato acompanhou a sessão de fotos com os Drs Edmir José Sia Filho, Lucas Sanches e Marco A. Saches que trazem uma bela reportagem de Capa para esta edição da Revista Saúde Bauru: OS AVANÇOS DA CARDIOLOGIA: A Tecnologia a favor do Paciente

O Diretor Comercial da Revista Saúde de São José do Rio Preto, Araçatuba, Birigui e Bauru Renato Renovato, visitou a FAMESP em Bauru com objetivo de divulgar o belo trabalho que tem sido feito por esta instituição. Nesta ocasião Renato Renovato, aproveitou para marcar este momento com uma foto ao lado da Dra Deborah Maciel Cavalcanti, Diretora Executiva do Hospital Estadual de Bauru (HEB) e o do Dr. Gustavo Hideki Kawanami, Médico Infectologista que também está nesta edição da Revista Saúde com um artigo muito interessante sobre: Influenza A H1N1: da epidemia de 2009 à gripe comum em 2016.


GALERIA SOCIAL

Simpósio de Excelência em Planejamento para Profissionais da Saúde No último dia 07 de Abril , no Centro de Estudos do Hospital Unimed Bauru, a Revista Saúde, com apoio da Unimed Bauru, promoveu o Simpósio - Excelência em Planejamento para Profissionais da Saúde. Nesta ocasião, compareceram muitos profissionais da Saúde de Bauru, que tiveram a oportunidade de tirar suas dúvidas referente ao tema exposto de maneira didática e experiente pelo Dr. Homaile.

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Guia de profissionais PROFISSIONAL

ENDEREÇO

TELEFONE

ADVOCACIA

Rua Antonio Alves, 16-32 – Bauru/SP

14 3206 4556 14 3206 4561 14 99758 5556

Tempero a Gosto: R. Henrique Savi, 9-41 - Vila Nova Cidade Universitária, Bauru - SP

14 3313 7882

ARTHUR AUTOMÓVEIS: Rua Affonso J. Aiello, 2-06 – Vila Aviação – Bauru – SP

14 3227 7600

Clínica Fisiocorpus: Rua Hermínio Pinto 7-27 Higienópolis

14 3224 1384

Daniel Moraes

Moraes Consultoria Imobiliaria: Rua Neder Issa, 1-39

14 3321 7000

Raphael Esmeraldi

IWBB Invest: Rua Antonio Alves, 31-73

14 3214 3947

contato.clinicabarreto@gmail.com | facebook.com/clinicabarretobauru

14 99185 1517 14 99697 1562

Ótica Cidade (loja 01): R. Antônio Alves 22029 Centro, Bauru – SP

14 3226 2166

Ótica Cidade (loja 02): Av. Getúlio Vargas 2-70, Bauru – SP

14 3227 4416

Ótica Cidade (loja 03): R. Batista de Carvalho, 7-56 Centro, Bauru - SP

14 3206 3379

ÓTIKA (loja 01): Galeria do Sup. Paulistão, Av: Nações Unidas Nº 17-150, Bauru - SP

14 3202 9141 14 3227 4360

ÓTIKA (loja 02): Metropolitan Square Rua Rio Branco n° 26-15 Jd Estoril lV (Lado do Banco do Brasil) - Bauru - SP

14 3010 3050

Dra. Edna Oliveira Aguiar Psicóloga

edna.ap.aguiar@hotmail.com | www.ednapsico.com | facebook.com/ednapsicobauru

14 99798 4843

Dra. Mariana Bonnás

www.vidadegestantemae.com.br

Camila Brandini Nantes Sia Advogada

ALIMENTAÇÃO Carlos Ricardo Patrize AUTOMÓVEIS Arthur Zuim FISIOTERAPIA Dra. Fernanda de Oliveira Doná MOVÉIS

NUTRIÇÃO Dra. Thais da Silva Barreto OTÍCAS

Luiz Silva

Sergio Onofre Garcia

PSICOLOGIA

SEGUROS Andre Biancardi

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Biancardi Seguros: R. Gustavo Maciel, 31-3 - Jardim Estoril V, Bauru - SP

14 3331 9767 14 99792 2728


GALERIA SOCIAL

Encerramento da “I Turma de Residentes da Famesp” O evento ocorreu no dia 29 de fevereiro, no auditório do Hospital Estadual de Bauru e contou com a presença de médicos do município de Bauru e de Botucatu. Os programas de Residência Médica da Famesp tiveram início em 2014, com vagas para áreas como Pediatria, Cirurgia Geral e Clínica Médica. A primeira turma formou dez médicos.

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