Revista Saúde Ribeirão Preto - Edição 4 - 09/2017

�a

rlJASTOÇI�

n te

Câncer de Mama: esta lut é de todos

Importação de medicamentos, suplementos nutricionais, polivitamínicos, redutores de peso e moduladores hormonais Visando a celeridade e oti-

O prazo de entrega varia de

Em nossa farmácia na cida-

mização das rotinas de impor- 6 a 15 dias úteis, a partir da de de Ribeirão Preto/SP, você tação, a Farma Import

cons- conclusão das negociações e pode adquirir medicamentos,

a empresa Benessere para acompanhar o andamen- vitaminas, polivitamínicos, miImport & Export LLC, com sede to da importação, possuímos nerais, suplementos para artitituiu

em: 8803, Futures Drive, Suíte um eficiente sistema de Ras- culações, ossos, visão, memó8-102, em Orlando, FL, 32.819, treamento onde podemos in- ria, alimentares, cabelos, pele e Fone: +1 (407) 704 3519, web formar ao cliente o andamensite:

www.benessereimport. to de seu pedido.

com e-mail: vendas@benessereimport.com.

A Farma Import e Benessere podem, portanto, auxiliar

unha, melatoninas, , ômegas 3, 6 e 7, enzimas digestivas e probióticos, GH – Homônimo de crescimento e muito mais, de forma presencial.

Muito em breve a Benessere seus clientes na importação de estará comercializando vitami- medicamentos especiais para nas e suplementos em seu we- todas as especialidades médibcommerce que propiciará uma cas, tanto nas compras diretas

Rua Thomaz Nogueira Gaya, 1098 farmacia@ farmaimport.com.br

significativa redução de custos como no atendimento a Man-

16 3623-6423

na aquisição dos produtos.

9 9731-1009.

dados Judiciais.

Índice

Tendências em Cirurgia Plástica Rodrigo Rosique Marina Junqueira Rosique

10

Apaixonados pela medicina Dra. Luciana Crivelin Dr. Juliano Joudatt

Preservação da fertilidade: quando está indicada?

Profa. Dra. Laura Ferreira Santana

14

Tirem essas mosquinhas da minha vista!

Dr. Clecio Takata

Plástica de Abdome Abdominoplastia Dr. Endrigo Piva Pontelli

Colágeno: um mito Daiana Souza Maeda

22

Sorriso Gengival: o que é e quais são os recursos para sua correção?

Dr. Danilo Henrique Lattaro

Tosse crônica: a importância da abordagem adequada Dr. Luis Renato Alves

24

Torci meu tornozelo! E agora?

Dr. Rogério Bitar Dr. Gustavo Maximiano

26

8

Ficar sem comer não faz mal Dra. Ana Paula Rocha Sales

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

14

Já dosou sua Testosterona?

Dr Thiago Brigagão Alcântara

Dor Lombar - tratamento por radiofrequência Dr. André Carlos Siqueira Dr. Dener Rodrigues de Abreu

Check-up: como manter a saúde do seu coração Dr. Leandro C. Grandini Jr.

16

Câncer de mama: como combatemos essa doença?

Clínica Mama Center

18

20

Câncer, vida e feminilidade 44 Dra. Francine Melchior

Leiomioma Uterino o vilão da fase reprodutiva feminina Dra. Mariana Alves Fernandes Arouca

Direito do Médico 47 Dr. Stefano Cocenza

48

Quiropraxia Dr. Marcos Giacomini

10

46

23

30

38

20

Pacientes com Glaucoma: é seguro dirigir automóvel?

Dr. Marcelo Jordão L. da Silva

36 Quando eu posso operar para tirar os óculos?

Dr. Marcelo Caram R. Fernandes

18

28

34

16

27

12

Revista Saúde Edição 4 | Setembro . 2017 | Ribeirão Preto.SP

49

Dentes do Siso quando eu devo pensar em tirar?

Dr. Rafael Rodrigues Dias

22 23

Expediente

Revista Saúde Edição 4 | Setembro . 2017 | Ribeirão Preto.SP

REVISTA TRIMESTRAL Setembro/2017 | ANO 01 | Nº 04 | Ribeirão Preto/SP Editora Lopes e Rampani Ltda - CNPJ 07.986.256/0001-69 Franquia de Ribeirão Preto: KR7 Magazine Ltda - CNPJ 09.346.831/0001-94 ESCRITÓRIOS Umuarama (sede): Rua Paulo Pedrosa de Alencar, 4291 - Ed. Manhattan Garden - CEP: 87501-270 | Centro | Tel.: 44 3622-8270 e-mail: revistasaude@sempresaude.com.br - Maringá: Av. Humaitá, 452 - Centro Empresarial Dalla Costa - Sala 303 CEP: 87014-200 | Zona 4 | Tel.: 44 3346-4050 - e-mail: artemaringa@sempresaude.com.br COLABORADORES

CAPA RIBEIRÃO PRETO Câncer de Mama: esta luta é de todos Clínica Mama Center Fotografia:

LAYOUT E DIAGRAMAÇÃO: Alison Henrique, Bruno Assunção, Dyego Bortoli, Jean Carlos, João Zequin, Marcio Garcia, Thiago Mantovani CORREÇÃO ORTOGRÁFICA: Professora Vera Lúcia Pimentel Maia Ribeiro FOTOGRAFIAS: Renato Lopes - 16 97401-7036 Plínio Jr. - 18 99704-6484 - 18 3301-7433 JORNALISTA RESPONSÁVEL: Marco Antonio dos Santos CIRCULAÇÃO: Ribeirão Preto e região

Renato Lopes - 16 97401-7036

FRANQUIAS Apucarana/Arapongas-PR - Leandro Henrique | Paula Renatha Pontim - comercial@sempresaude.com.br - 43. 99611-5553 | 43. 996115563 - Araçatuba/Bauru-SP - Anderson Hernandes - aracatuba@sempresaude.com.br - 18. 99740-2777 - Boa Vista-RR - Julio Graziani Carlos - boavista@sempresaude.com.br - 95. 99169-4071 - Cacoal/Ji-Paraná-RO - Flávio Junior Bezerra Paixão - paixao@sempresaude.com. br - 69. 99278-5703 - Campo Mourão-PR - Rafael Morimoto - rafael@sempresaude.com.br - 44. 99911-8081 | 44. 98811-6206 - Chapecó-SC - Fábio Bortolone - chapeco@sempresaude.com.br - 49. 99916-5719 - Cianorte-PR - Paulo Paixão - cianorte@sempresaude.com.br - 44.

3269-6430 | 44. 99922-0310 - Criciúma-SC - José Carlos Junqueira Alvarenga - criciuma@sempresaude.com.br - 48. 99912-5253 - Cuiabá-MT - Márcio Costa - cuiaba@sempresaude.com.br - 66. 99683-1899 - Foz do Iguaçu -PR - Rosana Segovia - rosana@sempresaude.com. br - 45. 99991-2500 - Florianópolis-SC - Paulo Victor Frasson Cordeiro - floripa@sempresaude.com.br - 48. 99133-3334 | 48. 99610-5357 - Goiânia-GO - Tiago Brito - goiania@sempresaude.com.br - 62. 99951-1899 - João Pessoa-PB - José Adriano Danhoni Neves | Ednéia Tenório - joaopessoa@sempresaude.com.br - 83. 98750-7070 | 83. 98812-7080 - Joinville-SC - Ana Paula de Campos - joinville@sempresaude. com.br - 47. 99930-6364 - Londrina-PR - Leandro Henrique | Paula Renatha Pontim - londrina@sempresaude.com.br - 43. 99611-5553 | 43. 99611-5563 - Macaé/Rio das Ostras-RJ - Andreia Garcia | Paulo Cesar Ceranto - macae@sempresaude.com.br - 22. 98847-5455 | 22.

98842-9166 - Maringá-PR - Paulo Paixão - paulopaixao@sempresaude.com.br - 44. 3269-6430 | 44. 99922-0310 - Natal-RN - Dirceu Filho - natal@sempresaude.com.br - 83. 98788-7070 - Palmas/Araguaína-TO - Fábio Lima - palmas@sempresaude.com.br - 63. 98503-9960 - Paranavaí-PR - Paulo Paixão - paranavai@sempresaude.com.br - 44. 3269-6430 | 44. 99922-0310 - Ponta Grossa-PR - Sérgio Oliveira | Mara Megda - pontagrossa@sempresaude.com.br - 42. 99987-8180 | 42. 98418-1290 - Porto Velho-RO - Arthur Marandola - portovelho@ sempresaude.com.br - 69. 99366-1466 | 69. 99366-1470 - Presidente Prudente-SP - Alexandre Lúcio Martins - prudente@sempresaude.com. br - 18. 98111-5145 - Ribeirão Preto-SP - Eduardo Borges - ribeirao@sempresaude.com.br - 16. 99711-7770 - Rondonópolis-MT - Marcio Costa | Fernanda Lima - rondonopolis@sempresaude.com.br - 66. 99683-1899 | 66. 98139-7824 - São José dos Campos-SP - Marcelo Piai | Verônica Venâncio - sjcampos@sempresaude.com.br - 12. 99625.8005 | 12. 99625-1005 - São José do Rio Preto-SP - Renato Dias Renovato - riopreto@sempresaude.com.br - 17. 99669-1700 - Sinop/Sorriso/Lucas do Rio Verde-MT - Emerson do Carmo | Luiz Carlos Rampani rampani@sempresaude.com.br | 66. 99994-2442 | 66. 99659-7210 - Uberaba-MG - Wander Marcio Rosada - uberaba@sempresaude.com.br - 34. 99990-2479 - Uberlândia-MG - Wander Marcio Rosada - uberlandia@sempresaude.com.br - 34. 99990-2479 - Umuarama-PR - Ueslei Rampani | Marcelo Adriano - revistasaude@sempresaude.com.br - 44. 98407-0698 | 44. 99941-9930 | 44. 3622-8270

CAPA BARRETOS Apaixonados pela medicina Dr. Juliano Joudatt - CRM/SP 130.863 Dra. Luciana Crivelin - CRM/SP 120.714 Fotografia: Plínio Jr. - 18 99704-6484 - 18 3301-7433

DIREÇÃO GERAL

Marcelo Adriano Lopes da Silva

Ueslei Dias Rampani

Renato Renovato Diretor da Franquia

Eduardo Borges Gerente Comercial

ENTRE EM CONTATO PARA MATÉRIAS E ANÚNCIOS Você também pode ler esta edição pelo aplicativo: REVISTA SAÚDE OFICIAL

Eduardo Borges: 16 99711 7770 Renato Renovato: 17 99669 1700 ribeirao@sempresaude.com.br

www.rsaude.com.br

Facebook/revistasauderibeiraopreto

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

9

Tendências em Cirurgia Plástica Todos os anos, as Sociedades RODRIGO ROSIQUE

(ISASP) de Cirurgia Plástica fazem

MÉDICO CIRURGIÃO PLÁSTICO

o levantamento dos procedimentos

CRM/SP 112.758 | RQE 34.769 • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS); Doutorado e Pós-doutorado em Cirurgia pela USP.

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

Americana (ASPS) e Internacional

realizados nos Estados Unidos e no mundo, respectivamente. Estas estatísticas são muito interessantes porque mostram o que as pessoas estão buscando para melhorar sua aparência e, interessantemente, estas tendências são bastante semelhantes entre os diversos países.

MARINA JUNQUEIRA ROSIQUE MÉDICA CIRURGIÃ PLÁSTICA CRM/SP 112.694 | RQE 34.766 • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e American Society of Plastic Surgeons (ASPS); Doutorado e Pósdoutorado em Cirurgia pela USP.

10

Há muitos anos que os procedimentos cirúrgicos mais procurados são o aumento do volume das mamas com o uso de implantes de silicone e a retirada das gorduras indesejadas através da lipoaspiração.

Mas são os procedimentos que mais aumentam sua procura de um ano para o outro que mais revelam as tendências.

As estatísticas publicadas neste ano revelam dados muito interessantes: Uma grande tendência é a reutilização da gordura lipoaspirada em forma de enxerto para aumentar o volume, seja das mamas ou dos glúteos (aumento de 21% no último ano). Como o material injetado é a própria gordura da paciente, os resultados são mais seguros e duram mais do que o uso de preenchedores sintéticos.

Outra tendência são as cirurgias para retirada do excesso de pele e tecido após perda massiva de peso, seja espontaneamente ou após cirurgias bariátricas. Após um grande emagrecimento, geralmente, a pele não acompanha a diminuição do manequim, o que gera flacidez e dobras de

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

pele que prejudicam a qualidade de vida do paciente. Somente no último ano, houve um aumento de 25% destes procedimentos ao redor do mundo.

Por último, o procedimento que mais aumentou sua procura nos últimos 12 meses, em todo o mundo, (45% de aumento) foi o rejuvenescimento vaginal. As mulheres estão mais cientes sobre a estética íntima e as técnicas disponíveis evoluíram bastante nos últimos anos.

Ao analisar as últimas estatísticas, vemos que ao mesmo tempo que os procedimentos cirúrgicos em cirurgia plástica estão se tornando mais comuns, há uma maior diversidade nas áreas do corpo que os pacientes escolhem para serem abordadas. Antigamente, os pacientes faziam um procedimento a cada 7 a 10 anos.

Agora, as pacientes procuram a cirurgia plástica mais frequentemente e sentem-se mais à vontade para discutir sobre todas as áreas do corpo que possam estar interessadas em rejuvenescer.

Apaixonados

pela medicina Recém-casados, os médicos Juliano Joudatt e Luciana Crivelin encararam uma vida conjugal e a mesma profissão pela satisfação e o prazer em amenizar dores, gerar bem-estar e salvar vidas.

12

Há quem diga que casar com alguém com a mesma profissão não costuma ser uma boa maneira de alcançar o sucesso. Apesar da fórmula “os opostos se atraem” se encaixar perfeitamente na física e em outras situações, profissionalmente, ela não representa muito.

Um exemplo disso é o sucesso no matrimônio do casal de médicos Juliano Joudatt e Luciana Crivelin, ele, proctologista, ela, dermatologista. Além dos desafios de dividirem uma vida conjugal com alegrias e dificuldades, também se realizam entre as grandes conquistas proporcionadas pela medicina, uma paixão em comum.

“Nossa maior afinidade profissional é atuarmos com amor e dedicação na missão de ajudarmos ao próximo, amenizando a dor, por meio do diagnóstico, do cuidado e da cura. A certeza de termos acertado na escolha da profissão é trabalharmos com prazer, recebendo o feedback positivo dos nossos pacientes”, conta Drª. Luciana.

Já o Drº. Juliano, é natural de Barretos, em São Paulo, e formado pela Universidade Severino Sombra, em Vassouras, estado do Rio de Janeiro. O médico atua hoje como cirurgião geral e proctologista na Kaiser Clínica e no Ambulatório Médico de Especialidades de São José do Rio Preto (AME).

A Drª. Luciana fez residência médica em clínica médica e dermatologia no Hospital Regional de Presidente Prudente/SP e, hoje, finaliza o seu Strictu-Senso em Mestrado na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) no próximo ano. A especialista também trabalha na Kaiser Clínica e no AME, além de lecionar dermatologia no curso de medicina da Unilago, em Rio Preto.

Para ambos, uma das coisas mais importantes dentro da medicina é estar sempre atualizado, agregando novos conhecimentos e técnicas aos tratamentos modernos. ”Queremos atender nossos pacientes com resultados cada dia melhores”, explica o Drº. Juliano.

O casal se conheceu por intermédio de amigos e colegas em comum. “A Drª.

Fernanda Lietdke Kaiser, oftalmologista, foi uma das que torceu muito para que o nosso namoro e o nosso casamento acontecessem”, fala a dermatologista rio-pretense formada na Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE).

Atuação de destaque

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

O Drº. Juliano se destaca como especialista nas patologias cirúrgicas que abrangem a cirurgia geral e a coloproctologia. O profissional sempre utiliza técnicas avançadas, modernas e atuais, graças às muitas participações em congressos nacionais e internacionais.

Além disso, ele também se destaca no tratamento clínico de doenças inflamatórias intestinais como Doença de Crohn e Retocolite, sempre utilizando novos protocolos de tratamentos.

Já a Drª. Luciana, é especialista em dermatologia estética, clínica e cirúrgica. Segundo ela, devido ao crescimento da procura pela beleza, juventude e bem-estar, a dermatologia estética vem sofrendo enormes modificações nas técnicas de aplicação, com resultados mais naturais, muito melhores e mais duradouros.

A especialista destaca dois tratamentos revolucionários estéticos: o preenchimento chamado de MD Codes, uma nova abordagem que utiliza pontos específicos para promover o rejuvelhecimento, e o MD codes Visionary que, além de tratar o envelhecimento, trata também as marcas negativas como a tristeza, a flacidez, o cansaço e o semblante de ‘bravo’, explica ela que também trata doenças de pele, como vitiligo, psoríase, urticária, câncer de pele, cabelos, unhas, urticária, entre outras. “Trabalhamos em ambas as áreas com procedimentos ultramodernos e cada vez mais eficazes”, finaliza.

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista SaĂşde

13

Preservação da fertilidade: quando está indicada?

A capacidade reprodutiva é um importante elemento da autonomia das pessoas. A preservação da fertilidade representa um marco na reprodução humana, pois permite a realização do sonho de constituir uma família e ter filhos, mesmo quando a capacidade reprodutiva corre riscos.

Devido à importante relevância deste

oncológicas, outros problemas de saúde

tema, membros da Sociedade Europeia

podem levar à diminuição da fertilidade,

de Reprodução Humana e Embriologia

comprometendo o futuro reprodutivo dos

(ESHRE), da Sociedade Americana de Me-

portadores destas enfermidades.

dicina Reprodutiva (ASRM) e da Socieda-

Como exemplo, podemos citar o

de Internacional de Preservação de Ferti-

transplante de medula óssea que tem

lidade (ISFP) se reuniram, realizaram uma

sido utilizado com sucesso para o tra-

extensa revisão da literatura e publicaram,

tamento de alguns tipos de cânceres e

recentemente, em julho de 2017, as indi-

também de outras doenças. Os pacientes

cações da preservação de fertilidade, na

submetidos a esse tratamento têm alto

Fertility and Sterility, uma das mais impor-

risco de desenvolver falência reprodu-

tantes e renomadas revistas científicas de

tiva, de 64 a 85% das mulheres podem

reprodução humana.

ficar com insuficiência ovariana e de 50 a

A preservação da fertilidade foi inicial-

90% dos homens podem ter falência tes-

mente pensada para os pacientes oncoló-

ticular. A criopreservação de óvulos ou

gicos, cuja doença em si ou o tratamento

embriões e espermatozoides, realizada

levasse à infertilidade. A perda da fertilida-

previamente ao transplante, representa a

de associada aos tratamentos oncológicos

melhor opção para preservar a fertilida-

pode gerar grande ansiedade aos portado-

de, nestes casos.

res destas doenças.

As pessoas transgêneros, ou seja, as

leva muitas vezes à insuficiência ovariana e, portanto, à infertilidade. A perda da capacidade reprodutiva influi diretamente na autoestima e na qualidade de vida das pessoas portadoras de câncer, pois, além do medo de não superar a doença, também têm receio de não poder ter uma família. Com o avanço da terapêutica em oncologia, atualmente, os pacientes portadores de câncer têm elevada taxa de sobrevivência. Realizar a preservação da fertilidade com a criopreservação de óvulos, antes da quimioterapia, ajuda as pacientes a ter confiança em poder superar o câncer e em ter uma família.

Atualmente, as indicações para preservação de fertilidade são todas as situ-

14

pessoas que nascem de um sexo, mas

O tempo é o principal fator limitante para as situações de risco da capacidade reprodutiva. É essencial que todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero, ou de sua orientação sexual, e por motivos de doenças ou pessoais que vivem uma situação de risco de diminuição de sua capacidade reprodutiva, busquem ou sejam encaminhadas para um profissional especialista em reprodução humana para que os orientem sobre a possibilidade de preservação da sua fertilidade e, assim, poderem realizar seus sonhos e constituir uma família.

não se identificam com esse gênero, buscam frequentemente tratamentos para a redesignação sexual. A remoção dos testículos ou dos ovários destrói a possibilidade de terem filhos geneticamente seus. O uso de drogas feminilizantes e masculinizantes, também, pode levar à diminuição da fertilidade.

Antes de realizarem a transição, todas as pessoas transgêneros deveriam ser orientadas por profissionais capacitados sobre a possibilidade de preservar a sua fertilidade e, assim, poder ser pais e mães biológicos de seus filhos.

Estamos assistindo ao drama vivido pela personagem Ivana da novela “A força do Querer” e posso afirmar, devido à minha experiência pessoal no Ambulató-

ações que colocam em risco o futuro re-

rio de Estudos em Sexualidade Humana

produtivo das pessoas. Além das doenças

(AESH), do Setor de Reprodução Humana

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

A realização de quimioterapia, para o tratamento de alguns tipos de cânceres,

do Departamento de Ginecologia e Obs-

Além disso, preserva a autonomia da

tetrícia da FMRP-USP, que a angústia e

mulher e não apresenta as implicações

sofrimento vividos por esse personagem

pessoais, éticas e legais do congelamento

representam claramente a vida real das

de embriões. A realização da vitrificação

pessoas transgêneros. A possibilidade de

de oócitos deve ser encorajada preferen-

preservarem sua fertilidade é, sem dúvida,

cialmente, antes dos 35 anos, pois após

o alívio de uma das inúmeras angústias vi-

essa idade ocorre um rápido declínio da

vidas pelas pessoas trans.

reserva ovariana.

Postergar a maternidade é uma realidade do século XXI, que é motivada por fatores pessoais, profissionais, econômicos e psicológicos. Isto não teria nenhuma importância se não tivesse como consequência a diminuição da fertilidade e das taxas de sucesso dos tratamentos de reprodução assistida que ocorrem com o avançar da idade.

A preservação da fertilidade social pode trazer benefícios individuais e também sociais e psicológicos e aumenta a eficácia dos tratamentos de reprodução assistida em mulheres com idades mais avançadas, com menor risco de anomalias cromossômicas, oferecendo assim uma melhor relação custo-benefício, diante do adiamento da maternidade. E ainda representa uma via para emancipação da mulher moderna, pois permite que ela possa ter o seu desenvolvimento profissional e ainda assim realizar o seu sonho de ser mãe, no futuro.

Outra opção que tem sido muito estudada para a preservação da fertilidade é a criopreservação de tecido ovariano, porém o papel deste tratamento continua sendo controverso e ainda é uma técnica considerada experimental. Este é o procedimento de escolha no período pré-puberal, no caso de cânceres quando é inviável a demora para a realização de um tratamento gonadotóxico ou quando está contraindicada a estimulação ovariana. É controverso, pois estaria contraindicado naqueles cânceres onde existiria um risco real de recidiva com a reimplantação do tecido ovariano.

O tempo é o principal fator limitante para as situações de risco da capacidade reprodutiva. É essencial que todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero, ou de sua orientação sexual, e por motivos de doenças ou pessoais que vivem uma situação de risco

A vitrificação de oócitos é a técnica de

de diminuição de sua capacidade repro-

escolha para a preservação da fertilidade,

dutiva, busquem ou sejam encaminhadas

graças ao fato de o seu comportamento

para um profissional especialista em re-

ser equiparável aos de oócitos a fresco,

produção humana para que os orientem

assim como os resultados perinatais se-

sobre a possibilidade de preservação da

rem similares aos das gestações por ferti-

sua fertilidade e, assim, poderem realizar

lização in vitro.

seus sonhos e constituir uma família.

PROFA. DRA. LAURA FERREIRA SANTANA GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA REPRODUÇÃO HUMANA CRM/SP 88666 RQE 38413 | RQE 38413-1 • Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira e Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia: TEGO 402/99; • Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Associação Médica Brasileira e Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia: 162609; • Graduada pela FMRP-USP • Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia HCFMRP-USP 19971998; • Residência Médica em Reprodução Humana HCFMRP-USP 1999-2000 • Residência Médica com Área de Atuação em Reprodução Humana 2008-2009 • Mestrado em Reprodução Humana FMRP-USP; • Doutorado Sanduíche em Reprodução Humana FMRP-USP/ Instituto Valenciano de Infertilidade Unidade de Sevillha-Espanha; • Especialização em Reprodução Humana no Instituto Valenciano de Infertilidade Unidade de SevillhaEspanha; • Médica Setor de Reprodução Humana DGO FMRP-USP; • Médica da UNIMED Ribeirão – Preto; • Médica da Clínica Vita Amoris; • Membro da SOGESP e da FEBRASGO.

A preservação da fertilidade social pode trazer benefícios individuais e também sociais e psicológicos e aumenta a eficácia dos tratamentos de reprodução assistida em mulheres com idades mais avançadas, com menor risco de anomalias cromossômicas, oferecendo assim uma melhor relação custo-benefício, diante do adiamento da maternidade.

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

15

Tirem essas mosquinhas da minha vista!

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

Mais comum do que se imagina, as moscas volantes são pequenas manchas ou nuvens escuras que se movimentam dentro do campo de visão, gerando desconforto e, muitas vezes, atrapalhando nas tarefas diárias da pessoa.

DR. CLECIO TAKATA OFTALMOLOGISTA CRM/SP 116669 | RQE 55632 • Graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP; • Residência Médica em Oftalmologia pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; • Especialização em Retina Clínica e Cirúrgica pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; • Título de Especialista pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia).

Sintomas de moscas volantes

Geralmente, as moscas volantes se manifestam quando a pessoa fixa os olhos em um ponto branco ou de muita luz, dando a sensação de estar enxergando uma espécie de sujeirinha nos olhos, que vai acompanhando conforme se mexe os olhos.

Os sintomas de moscas volantes são, principalmente, o surgimento de manchas escuras no campo de visão, que: • São semelhantes a moscas ou fios transparentes que pairam no ar; • Se movem quando se mexe os olhos ou quando se tenta olhar para eles; • São mais fáceis de observar quando se olha para uma superfície branca, como uma parede.

Tratamento para moscas volantes Mas o que são moscas volantes?

As moscas volantes são minúsculos grumos de gel ou células dentro do corpo vítreo, o fluido gelatinoso, que preenche o interior do olho.

Geralmente, elas surgem com o envelhecimento, no entanto, podem acontecer também em pacientes jovens devido ao descolamento da retina ou sangramento ocular, sendo acompanhado de flashes ou diminuição da visão.

Tem cura?

As moscas volantes têm cura através da cirurgia para substituição do vítreo do olho, no entanto, a cirurgia só é recomendada em casos de pacientes que apresentam um grande número de manchas, impedindo a realização das tarefas diárias.

16

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

O tratamento para moscas volantes nos olhos deve ser indicado e orientado por um oftalmologista, uma vez que, na maioria dos casos, não é necessário qualquer tipo de tratamento, sendo que o paciente deve se acostumar a enxergar desse jeito.

Porém, nos casos mais graves, em que as manchas na visão são muito grandes ou surgem em grande número, o médico pode recomendar um laser para dissolver as manchas ou uma cirurgia para substituir o vítreo por outra substância.

A cirurgia para moscas volantes pode ter alguns riscos, como lesões na retina e não tratar todas as manchas, sendo que, por isso, só é utilizada como último recurso.

Quando eu posso operar para tirar os óculos?

DR. MARCELO CARAM R. FERNANDES OFTALMOLOGISTA CRM/SP 144404 | RQE 49090 • Membro da Sociedade Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa; • Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia; • Médico Colaborador do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

18

Para começar, quando se fala em cirurgia refrativa geralmente se remete à cirurgia a laser, na qual a curvatura da córnea (parte mais anterior do olho) é modificada. Porém, esta é apenas uma das opções. É também possível introduzir lentes intraoculares ou realizar a cirurgia de catarata com implante de lente intraocular, no entanto, essas opções são reservadas para graus mais elevados ou para pacientes que já dão sinais de desenvolvimento de Catarata. Há ainda outras opções menos comuns, qualquer cirurgia que atinja o resultado de modificar o grau podem ser consideradas refrativas, como incisões relaxantes, suturas compressivas, entre outras.

A cirurgia a laser é a mais utilizada, em suas diversas variações. O que ela faz é modificar o formato da córnea e, assim, corrigir o grau manifesto. A Córnea, entre outras funções, atua como a principal lente do Olho Humano, focando os raios de luz na Retina. Ao alterar seu seu formato, muda a forma como ela interage com os raios de luz e, assim, a focalização das imagens. No entanto, há um limite para esse remodelamento e pode não ser possível corrigir graus mais elevados. Isso se torna ainda mais importante em córneas mais finas, uma vez que o laser “gasta” parte dessa espessura para alterar sua conformidade.

Além disso, certos formatos de córnea não devem ser alterados, pois são sugestivos de patologias que, caso a córnea seja enfraquecida pelo procedimento, podem se manifestar. Nesse caso, pode haver perda da qualidade visual.

Outro importante fator a ser levado em conta é que a cirurgia corrige a alteração apresentada, mas não detém uma evolução em curso.

Ou seja, se o grau está mudando, pode continuar mudando mesmo após a cirurgia. É também por este motivo que geralmente não se opera pessoas muito jovens ou que estão em situações que, sabidamente, podem trazer certa instabilidade, como próximo a uma gravidez.

Sendo assim, diversos fatores são levados em conta na decisão de se operar ou não e, principalmente, na técnica a ser utilizada. Se realizada por profissionais competentes e norteada pelos padrões de segurança, a cirurgia possui excelentes resultados e grau de satisfação muito elevado pelo paciente.

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

Uma das cirurgias mais realizadas em Oftalmologia é a Cirurgia Refrativa, que visa corrigir o Erro Refracional (grau dos óculos).

No entanto, poucos sabem em quem e quando é possível executá-la.

Plástica de Abdome Abdominoplastia Ter um abdome definido é motivo de preocupação para muitas mulheres e homens, independentemente da idade. Apesar de existir várias técnicas e variantes cirúrgicas para alcançar o resultado almejado, e necessário voltarmos um pouco, e explicar que os tratamentos cirúrgicos são a ultima opção.

DR. ENDRIGO PIVA PONTELLI CIRURGIÃO PLÁSTICO CRM/SP 108537 | RQE 27945 • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; • Graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP; • Residência em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina de Cirurgia Plástica - USP.

20

Nenhuma cirurgia plástica é tratamento de obesidade. E todo o resultado é melhorado com hábitos de vida saudáveis e atividades físicas. Além disto, a cirurgia não é definitiva, nós envelhecemos, o tempo deixa seus sinais. Nosso corpo muda. E ganho de peso, associado à vida sedentária, pode fazer o paciente “perder” a cirurgia.

Os pacientes que normalmente possuem indicação deste procedimento são aqueles que possuem uma grande flacidez de pele na região abdominal, pacientes com perda moderada à acentuada de peso, mulheres após gestação. Aliás, apesar de não ser uma contraindicação da cirurgia, é consenso que esta cirurgia deve ser evitada em mulheres que não tiveram filhos, pois uma futura gestação poderia gerar muitas estrias em um abdome já tensionado pela cirurgia. Realizar este procedimento em quem pretende ter filhos, é situação de exceção.

A plástica de abdome, chamada de abdominoplastia, possui mais de 80 técnicas cirúrgicas e suas variantes, dado a enorme complexidade e detalhes anotômicos que estão presentes nesta região. Como objetivos principais, estão a remoção do excesso de pele, acinturamento abdominal, fechamento da abertura muscular dos músculos retos abdominais (diástase abdominal), e afinamento da camada de gordura da pele (através de associação com lipoaspiração).

A cicatriz de abdominoplastia, normalmente, é uma linha transversal sobre o púbis, levemente arqueada nas laterais, e com extensão variável. Alias, existem abdominoplastias com cicatrizes de pequenas extensões e outras com grandes extensões. Ao contrário do que alguns lei-

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

gos possam achar, a extensão da cicatriz não é determinada pelo cirurgião. Ela é sim determinada pelo próprio paciente e sua flacidez de pele. Quanto mais flácido, maior a cicatriz. E, em alguns casos, elas vão até as costas dos paciente, podendo até mesmo serem circular completa (abdominoplastia circular). Outras cicatrizes, como em âncora, transversa e subcostal (abdominoplastia reversa) também são conhecidas, mas menos utilizadas.

A cicatriz umbilical é um capítulo à parte. Mas, basicamente, podemos optar por manter o próprio umbigo do paciente, o que gera uma cicatriz circular ao redor do umbigo. Outras opções incluem a remoção do umbigo do paciente junto com a pele removida, e a reconstituição de um novo umbigo (neo-onfaloplastia), que pode ser feita através de pontos internos da pele que simulam um umbigo, ou através de uma ferida intencionalmente produzida pelo cirurgião que, então, cicatriza somente com curativos e simula também um umbigo. Este último é chamado de cicatriz por segunda intenção.

Para um refinamento, muita vezes é indicado uma lipoaspiração do abdome e flancos, pois melhora, e muito, o resultado final. Tal técnica é chamada de lipoabdominoplastia. Outro detalhe fundamental, a lipoaspiração só remove a gordura localizada na pele do paciente. Porém, nunca se deve tirar toda gordura, sob o risco de termos efeitos indesejáveis graves, como intensa fibrose no local e prejuízo do suprimento sanguíneo da pele do abdome, que traria como resultado final necrose da pele do abdome. Outra questão extremamente importante, a lipoaspiração só remove a gordura da pele. Porém, muitos pacientes têm o que chamamos de gordu-

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

ra visceral (gordura interna, nos órgãos), e tal gordura não é removida por nenhum procedimento cirúrgico. Tal fenômeno é conhecido popularmente como “estômago alto” ou “estômago dilatado”. A única maneira de se eliminar tal gordura é através de emagrecimento e perda de peso.

O fechamento da abertura muscular, diástase de retos abdominais, talvez seja um dos passos fundamentais para um bom resultado. É como se criássemos um espartilho interno no abdome do paciente. Melhora a postura, o acinturamento abdominal e a frouxidão muscular. Não incomum, também corrigi-se hérnias de parede abdominal, principalmente a hérnia umbilical.

Como todos procedimentos cirúrgicos, complicações podem ocorrer. Estima-se que estão presente em cerca de 5-8% dos pacientes, desde casos leves até casos graves. Entre as mais comuns, temos abertura de pontos, sero-

ma, equimose, hematoma, infecção de sítio cirúrgico, e cicatrizes hipertróficas ou queloides. Dentre as mais grave, temos trombose, embolia e óbito. Todas as intercorrências, previstas em literatura médica nacional e mundial. Por isto, todo procedimento deve ser feito dentro de rígidos protocolos de segurança, como medidas de prevenção tromboembólicas, meias compressivas, botas pneumáticas, anticoagulantes, profilaxia de infecção com antibióticos, exames pré-operatórios, suspensão ou diminuição de tabagismo, controle adequado de doenças crônicas. Tudo feito em clínicas ou hospitais, com estrutura e equipamentos de segurança, normalmente com suporte de terapia intensiva. Obviamente, a abdominoplastia também deve ser feita por Cirurgião Plástico, devidamente certificado e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, entidade que regulamenta esta atividade.

Discuta seu caso com seu cirurgião plástico, confie nele, siga suas orientações. Fique atenta aos risco e benefícios. Equalize sua expectativa com a realidade que o procedimento pode te oferecer. Tire suas dúvidas. Boa cirurgia!

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

21

Colágeno: um mito Colágeno é a proteína mais abundante no corpo, representando um terço de sua composição protéica.

DAIANA SOUZA MAEDA NUTRICIONISTA - CRN 32138 • Graduação em Nutrição – 2007/2010 - Centro Universitário São Camilo – São Paulo; • Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Clínica Funcional - VP Consultoria Nutricional – Divisão Ensino e Pesquisa e da Universidade Cruzeiro do Sul; • Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva - FAPES Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área da Saúde; • Especialista em Nutrição Esportiva Avançada pela IFBB – Internacional Federation of Body Building and Fitness; • Acreditação Internacional ISAK “Anthropometrist Level One”.

Ela possui papel fundamental, como dar sustentação à pele e às articulações, sendo o principal componente da pele, tecido conjuntivo, cartilagem, ligamentos, tendões e ossos.

Com o avançar da idade há uma diminuição natural da produção de colágeno pelo corpo, facilitando a degeneração desses tecidos e deixando a pele mais flácida e com rugas.

O desgaste desse colágeno é acelerado pelo excesso de radicais livres, má alimentação (restrição calórica ou dieta pobre em nutrientes), exposição ao sol em excesso, poluição, tabagismo, álcool, estresse e mudanças hormonais.

Com isso, muita gente toma colágeno ou come gelatina (que é um colágeno derivado de animais), achando que irá aumentar a produção de colágeno do corpo.

Mas, na realidade, isso não ocorre, tomar colágeno não resultará em mais colágeno na pele. Para produção adequada dessa proteína é necessário dar a matéria prima adequada, que vem através da alimentação.

Entenda porque:

• O colágeno é composto por 3 cadeias enroladas em conjunto de uma tripla hélice apertada e a sequência repetida de aminoácidos formam essa estrutura resistente, que são: glicina, prolina, arginina e hidroxiprolina. Para formação dessa estrutura, é necessário a vitamina C como cofator; • A vitamina C não é produzida pelo nosso organismo, logo, para conseguirmos obtê-la é necessário a ingestão através da dieta; Av. Califórnia, 678 - Vila Ana Maria, Ribeirão Preto - SP nutri.maeda www.nutricaoparavoce.com.br Daiana Maeda Nutricionista funcional e esportiva

22

• Quando ingerimos esse suplemento de colágeno, ele é digerido e quebrado em aminoácidos e estes são absorvidos pelas células do nosso intestino delgado e utilizado para produzir uma proteína qualquer, conforme for a necessidade do

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

corpo. Por isso, se comer colágeno, não necessariamente irá se traduzir em formar mais colágeno.

Mas, calma, o colágeno não é um suplemento sem finalidade nenhuma, ele pode ser utilizado na dieta com intuito de aumentar sua ingestão de proteína da refeição, podendo ser usado em shakes, vitaminas e lanches intermediários.

Lembrando que ele irá ajudar na formação de outra proteína que seu corpo esteja necessitando no momento. Por isso, não precisa jogar seu suplemento fora, só tenha consciência que ele não irá ter aquele efeito de pele de bebê que você tanto deseja.

O que fazer para aumentar minha produção de colágeno?

Para manter uma produção adequada de colágeno pelo seu corpo, é necessário uma boa alimentação, para fornecer toda matéria prima que seu corpo necessita para formação desta proteína.

Anote aí o que não pode faltar na sua dieta: • Prolina: encontrado em carnes magras, peixes, legumes e lácteos sem gordura; • Lisina: presente na clara do ovo e gérmen de trigo; • Cisteína: cereais integrais, leite e derivados, oleaginosas, brócolis e frango; • Vitamina C: laranja, limão, mexerica, morango, acerola, abacaxi, kiwi, pimentão, tomate, rúcula, espinafre, etc; • Cobre: vísceras, fígado, ostras, verduras verde escura, nozes, cereais integrais e cacau; • Silício: aveia, chá de cavalinha e levedo de cerveja.

Sorriso Gengival:

o que é e quais são os recursos para sua correção?

Um sorriso atraente e estético depende de uma adequada proporção entre dentes, gengiva e lábios. Apesar de não causar danos à saúde bucal, o sorriso gengival pode ser motivo de desconforto estético por comprometer a harmonia e simetria faciais.

DR. DANILO HENRIQUE LATTARO CIRURGIÃO DENTISTA CRO/SP 86074 • Graduado pela Faculdade de Odontologia da USP - Ribeirão Preto/SP; • Especialista em Periodontia pela Faculdade de Odontologia da USP Ribeirão Preto/SP; • Pós-Graduado em Odontologia Estética e Implantodontia pela USP Ribeirão Preto/SP; • Membro da Associação Odontológica de Ribeirão Preto/SP.

O sorriso gengival é como se chama a exposição exagerada de parte da gengiva superior no momento em que o paciente sorri. Mais presente em mulheres, esta característica pode trazer desequilíbrio entre dentes, gengiva e boca.

As causas mais comuns são desordens musculares, esqueléticas e gengivais, tais como hiperplasias gengivais, lábio superior curto, excesso ósseo maxilar, hiperatividade dos músculos elevadores do lábio superior, dentes com coroa curta, dentre outras.

O diagnóstico depende de um exame clínico criterioso, fundamentado na avaliação de um profissional de odontologia especialista na área de Periodontia, o qual avaliará todos os pontos citados acima e no que interferem na harmonia e proporções faciais. A partir daí, será definido qual o melhor tratamento indicado para cada caso.

A Cirurgia Plástica Periodontal é a mais indicada para minimizar, mascarar ou mesmo eliminar o excesso gengival, quando esta for a causa. É um procedimento simples, que consiste na remoção de tecido gengival em excesso e traz excelentes resultados em curto e longo prazos. A Cirurgia é realizada no próprio consultório odontológico, com anestesia local e cicatrização rápida. Porém, apesar da simplicidade, a habilidade do profissional e a colaboração do

paciente nos cuidados pós-cirúrgicos são muito importantes para o sucesso da técnica.

Quando a origem do sorriso gengival for esquelética, ou seja, nos casos em que o paciente apresenta um crescimento ósseo maxilar excessivo e exposição gengival grande (acima de 8 mm), é indicado o tratamento cirúrgico para remoção e reposicionamento ósseo, com ou sem remodelação gengival concomitante.

Atualmente, mais uma técnica foi incluída no rol de procedimentos para os tratamentos de sorriso gengival: e o uso da Toxina Botulínica.

Ela atua diminuindo a força muscular do lábio superior nos casos de hiperfunção ou hiperatividade deste, ou seja, naqueles casos em que o lábio superior se contrai excessivamente, subindo muito quando o paciente sorri. Dessa forma, consequentemente, uma menor faixa gengival é mostrada durante o sorriso. Lembrando sempre que o uso da Toxina Botulínica tem duração variável entre 3 a 6 meses e novas aplicações são necessárias para se manter o resultado conforme sua ação for diminuindo.

Pode-se ocorrer, também, a necessidade de associação dos diversos tratamentos para um resultado final satisfatório. Basta ter boa saúde bucal e um profissional habilitado e cuidadoso para conferir naturalidade ao sorriso.

16 3625

4543

Av. Maurilio Biagi, 800 - Sala 409 Edifício Spasse Office Ribeirão Preto/SP danilohl@yahoo.com.br @dhlodonto @dr.danilolattaroodontologia Dr Danilo Lattaro Odontologia

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

23

DR. LUIS RENATO ALVES

A tosse é um dos principais mecanismos de defesa pulmonar, responsável pela remoção de secreções respiratórias e uma barreira à entrada de microorganismos e corpos estranhos nas vias aéreas e no pulmão.

PNEUMOLOGISTA CRM/SP 122.744 | RQE 35330 • Doutor pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP; • Especialista em Pneumologia pela SBPT; • Membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

24

No entanto, quadros persistentes de tosse levam muitas pessoas a procurar o médico e podem alterar a qualidade de vida dos pacientes acometidos, acarretando insônia, rouquidão, distúrbios urinários e até desmaios. Muitos pacientes com tosse excessiva chegam a evitar sair de casa devido ao constrangimento causado pelo problema.

Didaticamente, os quadros de tosse são divididos em: agudos, quando a duração é inferior a oito semanas, e crônicos, em casos com duração superior a esse tempo. A tosse aguda tem como principal causa as infecções virais de vias aéreas superiores, como: gripes, resfriados e faringites, duram o tempo de evolução da doença e cessam espontaneamente.

A tosse crônica pode estar associada a diversas condições clínicas, muitas delas de origem extra pulmonar, ou seja, grande parte das causas de tosse crônica estão em problemas fora do pulmão.

Para a abordagem adequada de um quadro de tosse crônica, vários fatores precisam ser avaliados, como o tipo de tosse (seca ou com secreção), horário de maior incidência, fatores de melhora e piora, história de tabagismo, sintomas associados e uso de medicações que possam induzir a tosse. Esses dados fornecidos pelo paciente ao médico são de fundamental importância para o diagnóstico correto da causa. Com uma história clínica adequada e o exame físico, pode se fazer o diagnóstico correto da causa em até 90% dos casos.

As principais causas de tosse crônica são a chamada síndrome das vias aéreas superiores ou gotejamento pós nasal, ocasionado por rinites e sinusites, refluxo gastroesofágico crônico e asma brônquica, uma inflamação das vias aéreas que pode levar além da tosse, a crises de falta de ar e chiado no peito. Em pacientes tabagistas crônicos, doenças como o enfisema pulmonar e bronquite crônica tabágica devem ser avaliadas.

A realização de radiografia de tórax quase sempre é desnecessária uma vez que o pro-

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

Tosse crônica: a importância da abordagem adequada

blema, em boa parte das vezes, não está no pulmão. Da mesma forma, o uso de xaropes e medicamentos contra tosse para tratamento do quadro é uma medida, na grande maioria das vezes, completamente ineficaz.

O tratamento correto envolve, antes de tudo, a descoberta da causa do problema e atuar sobre a mesma, individualizando em cada paciente, baseado nos sintomas clínicos e fatores relacionados aos mesmos. É de fundamental importância, conforme enfatizado, avaliar os dados da história clínica e do exame físico para que se obtenha sucesso no tratamento do problema.

VOCÊ ESTÁ SOFRENDO COM

DOR NO NERVO CIÁTICO? A dor ciática causa sintomas como: dor intensa no fundo das costas, glúteo ou pernas, dificuldade em manter a coluna ereta e dor ao andar Dor forte numa determinada região ou que se espalha ao longo do quadril ou perna, ao longo de todo trajeto do nervo; Sensação de pontadas ou de choque; Sensação de dormência ou formigamento numa das pernas e na planta do pé; Fraqueza muscular nas duas ou em uma das pernas; Dificuldade para caminhar ou ficar sempre na mesma posição; A dor piora com repouso.

O TRATAMENTO Para cuidar do problema sem intervenção cirúrgica, a franquia Doutor Hérnia criou um protocolo de tratamento, que contempla o ajuste mecânico gravitacional sobre o disco lesionado e gera uma descompressão discal, aliviando os sintomas.

Em sua última estatística, em 2016, a franquia alcançou resultados que comprovam que os pacientes atendidos pelo método Doutor Hérnia tiveram uma capacitação total da coluna vertebral em 95,7%. Livre-se das dores na coluna, venha conhecer mais sobre os protocolos da Doutor Hérnia. Agende uma consulta.

SINTOMAS O nervo ciático sofre uma compressão e pode causar muitas dores, fique atento aos sintomas:

Av. Costábile Romano,842, Ribeirânia | Ribeirão Preto FONE: (16)

3011-6865

DOR CIÁTICA X HÉRNIA DE DISCO Muitas vezes estes sintomas estão associados a alterações na coluna e a hérnia de disco é uma das principais causas. Por esta razão, quando os primeiros sintomas surgem é muito importante consultar um profissional para que sejam realizados testes no consultório, pedir exames de imagens detalhados da coluna para avaliar se esta possui alguma alteração que esteja comprimindo o nervo, dando origem aos sintomas.

doutorherniaribeirao

Responsáveis Técnico: Dr. Renan Carvalho Barato - Crefito 3/189356-F - Dr. Marcos Vinicius de Lima Giroto - Crefito 3/122542-F

O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano, sendo formado por várias raízes nervosas que vem da coluna vertebral. O nervo ciático se inicia no final da coluna, passando pelos glúteos e parte posterior da coxa, e quando chega no joelho ele se divide entre nervo tibial e fibular comum, e chega até os pés. E é nesse trajeto que ele pode causar dor com sensação de formigamento, pontadas ou choque.

Quando existe compressão ou inflamação deste nervo, surge a dor ciática, que causa sintomas como dor intensa no fundo das costas, glúteo ou pernas, dificuldade em manter a coluna ereta e dor ao andar.

Nestes casos é importante procurar um profissional capacitado para que ele possa orientar o tratamento adequado.

Ficar sem comer não faz mal A verdade sobre o Jejum Intermitente Calma, vou explicar.

Jejum intermitente é um nome dado a

MÉDICA CRM/SP 180260 • Formada Pela Universidade José do Rosário Vellano; • Pós-Graduada em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia - ABRAN; • Pós Graduanda em Adequação Nutricional e Manutenção da Homeostase Endócrina, Prevenção e Tratamento de Doenças Relacionadas com a Idade pela Faculdade Ingá - Doutor Lair Ribeiro.

um estilo de alimentação que alterna períodos de renúncia alimentar com períodos de nutrição. Os protocolos mais comuns são de 12, 16 ou até 24 horas de jejum. É importante salientar que as refeições fora do jejum devem ser equilibradas e com alimentos nutritivos.

todo. Era corriqueiro passar por períodos com

O jejum é uma excelente alternativa utilizada em diversas situações clínicas, inclusive em tratamento de patologias e não só no emagrecimento, por isso, deve ser realizado com acompanhamento médico e nutricional, para avaliar, em cada situação, o período de privação alimentar.

pouca ou nenhuma comida.

As principais dúvidas sobre o jejum são:

A prática do Jejum é algo muito comum na história evolutiva do ser humano, está relatada nas principais religiões como Cristianismo, Budismo, Islamismo, pois nossos ancestrais não tinham alimentos disponíveis o tempo e o ano

Após ficar algum tempo sem se alimentar, seu corpo altera níveis hormonais e passa a deixar disponível a gordura armazenada como fonte de energia, além disso, inicia um processo como recuperação, reparo celular e expressão de genes.

Benefícios do jejum: • Emagrecimento • Diminuição da resistência insulínica;

1. Posso beber líquidos durante o jejum?

Sim, você pode beber água, café ou chá sem adição de algo calórico.

2. Não faz mal pular o café da manhã?

Se você se alimenta bem e tem uma rotina de atividade física, pode pular sem problemas.

3. Posso tomar suplementos quando estiver de jejum?

• Melhora perfil cardíaco: LDL e Triglicerídeos;

Sim. Desde que não sejam calóricos a ponto de tirar seu corpo do jejum. Pode ser utilizado: vitaminas, minerais, BCAA, entre outros, por exemplo.

• Previne câncer;

4. Posso treinar enquanto estiver jejuando?

• Aumento do desempenho cerebral;

Sim, você pode treinar em jejum. Desde que você tenha uma alimentação adequada nos períodos de desjejum.

• Reduz a inflamação;

• Retarda o envelhecimento.

E jejum emagrece mesmo? Sim! Pois ele melhora o perfil da insulina, altera níveis hormonais e, além disso, há uma redução de calorias totais devido aos períodos sem alimentação.

26

JEJUM

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

5. Jejuar deixa o metabolismo mais lento?

Não, pelo contrário. Períodos curtos de jejum aceleram o metabolismo. Já passados de 36 horas, pode lentificar.

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

DRA. ANA PAULA ROCHA SALES

Pacientes com Glaucoma: é seguro dirigir automóvel?

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

O Glaucoma é uma doença crônica que pode causar perda da visão parcial ou total, podendo fazer com que o paciente tenha mais dificuldades em exercer atividades do dia a dia, inclusive dirigir automóvel. Felizmente, se for detectado precocemente e sem perdas significativas no campo visual, o paciente pode ser capaz de continuar dirigindo.

DR. MARCELO JORDÃO L. DA SILVA OFTALMOLOGISTA CRM/SP 80828 | RQE 55289 • Mestre em Medicina pela IASMPE; • Doutor em Ciências Médicas pela UNICAMP e FMRP/USP; • MBA Gestão em Saúde pela Fundace/USP; • Diretor Administrativo do Hospital Oftalmocenter Rib. Preto.

Essa doença afeta inicialmente a visão lateral: trata-se da visão que lhe permite ver, por exemplo, o retrovisor do automóvel. Muitas vezes, os indivíduos podem não estar cientes dessa perda de visão até uma fase mais avançada da doença, quando alterações substanciais na visão ocorrem. Assim, se o paciente tem Glaucoma e dirige, pode não enxergar outros carros, ciclistas ou pedestres que estejam fora do seu campo de visão central.

A cada ano, cerca de 40 mil pessoas perdem suas vidas em acidentes de trânsito no Brasil.

Segundo Dr. Marcelo Jordão L Silva, é muito comum pacientes com Glaucoma perguntarem se podem dirigir. Na maioria das vezes, a resposta é provavelmente sim, desde que não se apresente perda significativa em seu campo visual. Isso porque, quando o diagnóstico é feito no início da doença e tratado apropriadamente, retarda-se ou impede-se que haja perda da visão.

Ou seja, visando à prevenção do Glaucoma, é muito importante ir ao Oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano, para um exame oftalmológico. Além disso, os que possuem fatores de risco, como idade acima de 40 anos, hipertensão, diabetes, miopia e glaucoma na família devem fazer avaliações visuais, de seis em seis meses.

Para ter um bom prognóstico, o glaucoma depende essencialmente do diagnóstico precoce e da prevenção. A única forma segura de evitar suas consequências é fazer consultas periódicas com o Oftalmologista, que está preparado para medir a pressão intraocular, bem como examinar o nervo óptico por meio do exame de fundo de olho. Havendo suspeita de Glaucoma, ele poderá solicitar exames de campo visual, retinografia e, em alguns casos, uma tomografia do nervo óptico.

Desistir de dirigir é difícil, pois valorizamos nossa independência e queremos mantê-la pelo maior tempo possível. No entanto, é importante saber quando parar ou quando é necessário pedir ajuda, visando manter a própria segurança e a integridade dos demais nas ruas e estradas.

Quando há maior perda da visão lateral ou muita sensibilidade à luz ou a visão está turva, deve-se reavaliar a capacidade de dirigir com segurança, pois pode tornar-se mais difícil ver e reagir a tempo, para evitar obstáculos na estrada, bem como outros veículos e pedestres.

Por fim, é preciso ouvir seu Oftalmologista para se certificar de que dirigir é a conduta mais apropriada. Caso o paciente não deva mais dirigir, não é preciso desistir dos seus planos: é preciso considerar outras possibilidades de locomoção. rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

27

DR. ROGÉRIO BITAR ORTOPEDISTA E TRAUMATOLOGISTA CRM/SP 94240 RQE 44173 | TEOT 8407 • Membro Titula da SBOT e SBTO; • Membro Titular da Associação Brasileira de Cirurgia e Medicina do Pé e Tornozelo (ABTPé); • Médico Assistente do HCFMRPUSP.

A entorse do tornozelo é um dos traumas mais comuns e frequentes no dia a dia do ortopedista. No entanto, como devemos proceder frente a uma torção do tornozelo ainda não está muito claro para a maioria das pessoas. Todos nós conhecemos alguém que já teve uma entorse do tornozelo, não tratou adequadamente e depois ficou com um tornozelo ruim, que “dói”, “incha” e, às vezes, “sai do lugar”.

Uma “simples” torção pode acarretar em uma lesão dos ligamentos do tornozelo (estruturas que conferem estabilidade à articulação), levando a um quadro de instabilidade crônica (sensação que o tornozelo está frouxo) ou, mais tardiamente e mais grave, a um quadro de artrose (desgaste da articulação).

Mas, o que devemos fazer quando sofremos uma entorse do tornozelo?

DR. GUSTAVO MAXIMIANO ORTOPEDISTA E TRAUMATOLOGISTA CRM/SP 134921 | RQE 50156 • Membro Titular da SBOT; • Membro Titular da Associação Brasileira de Cirurgia e Medicina do Pé e Tornozelo (ABTP).

28

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

Torci meu tornozelo!

E agora?

Primeiro que existem muitos graus de torção, podendo ser uma torção Grau I (leve), onde não há uma lesão ligamentar; Grau II (moderado), onde ocorre apenas um estiramento ou lesão de 01 ligamento e até Grau III (grave), onde existe lesão ligamentar complexa e outras lesões associadas.

A intensidade da dor e do edema (inchaço) são os principais indicadores da gravidade da lesão. Quanto menos dor e menos inchaço, mais benigna é a torção e, provavelmente, os cuidados “caseiros” como gelo e um certo repouso levará a uma boa recuperação dentro de 2 a 3 dias. Em outros casos, a dor e o edema é tão intenso que alguns pacientes relatam que chegaram a chorar no momento da torção, não conseguiram mais andar e alguns até apresentaram uma liberação esfincteriana (não conseguiram controlar a urina). Nestes casos, devemos suspeitar que não se trata de uma “simples” torção, mas de alguma lesão importante, como uma fratura ou uma lesão ligamentar.

Nos casos moderados e graves, ou quando a dor e o edema nos casos mais leves não melhoram com as medidas “caseiras”, o paciente deve ser encaminhado a um pronto-atendimento para ser avaliado e medicado. Um bom exame físico de toda a perna, não só do tor-

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

nozelo, deve ser feito e radiografias devem ser solicitadas para se descartar uma fratura. Caso não haja uma fratura do tornozelo, o paciente é medicado com anti-inflamatórios, analgésicos e realizado uma imobilização com tala gessada ou uma bota imobilizadora. Compressas de gelo e repouso ajudam no controle da dor e do edema.

Estes pacientes precisam ser reavaliados dentro de 7 a 10 dias, quando o ortopedista deve ser procurado para reexaminar o tornozelo e ver a necessidade de um exame mais específico, como uma ultrassonografia ou até mesmo, nos casos de piora ou persistência da dor e do edema, uma ressonância magnética do tornozelo afetado (estes exames precisam ser realizados e laudados por radiologistas especialistas no sistema musculoesquelético).

Com o diagnóstico correto das lesões, o tratamento conservador (sem cirurgia), chamado de funcional (em que se objetiva a recuperação mais rápida através de medidas de reabilitação com exercícios) é instituído por uma equipe capacitada de fisioterapeutas e, segundo a literatura atual, chega a 80% de bons resultados, com retorno às atividades esportivas e às atividades habituais do dia a dia, sem apresentar sintomas.

Cerca de 20-25% dos pacientes que tiveram uma lesão ligamentar do tornozelo, mesmo com o tratamento bem realizado, podem necessitar de uma abordagem cirúrgica. Após o retorno às atividades habituais ou esportivas, o paciente que apresenta dor ou edema no tornozelo aos esforços e/ou sensação de instabilidade (sensação de falseio/insegurança ou de não confiar mais no tornozelo), necessita de uma nova reavaliação. Para estes pacientes, a avaliação cuidadosa de um ortopedista que se dedica ao

Atualmente, com a evolução das técnicas cirúrgicas cada vez menos invasivas (por exemplo, as técnicas com a utilização de videoartroscopia), é possível devolver a estabilidade da articulação e, em muitos casos, eliminar a dor que não permite que o paciente realize as suas atividades normais ou esportivas, num espaço de tempo relativamente curto (menos de 6 meses).

tratamento das patologias do Pé e Tornozelo e a realização de novos exames que auxiliem no diagnóstico, ajuda a definir qual a melhor opção de tratamento para cada paciente.

Esta individualização é importante porque, há alguns anos, estes pacientes que não ficaram bem após uma entorse moderada ou grave do tornozelo, com uma lesão ligamentar mal cicatrizada, eram “condenados” a viver fazendo fisioterapia ou a abandonar as suas atividades esportivas, uma vez que não eram empregadas, ou pouco conhecidas, as técnicas cirúrgicas para devolver a estabilidade e a “saúde” do tornozelo.

Atualmente, com a evolução das técnicas cirúrgicas cada vez menos invasivas (por exemplo, as técnicas com a utilização de videoartroscopia), é possível devolver a estabilidade da articulação e, em muitos casos, eliminar a dor que não permite que o paciente realize as suas atividades normais ou esportivas, num espaço de tempo relativamente curto (menos de 6 meses).

A procura constante pelo aperfeiçoamento destas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, ao trabalho em conjunto com os fisioterapeutas e a uma estrutura que possibilite a realização de exames de imagem que possam ser acompanhados pelo ortopedista, com a troca de informações direto com Radiologista, como presente no Hospital Viver, permite que o nosso grupo de Pé e Tornozelo consiga obter resultados consistentes e reprodutíveis, com a melhora na qualidade de vida dos pacientes e a possibilidade de poderem retornar ao seu esporte preferido. rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

29

Já dosou sua Testosterona?

Saiba que muitos sintomas que você está sentindo podem ser pela falta deste hormônio fascinante.

DR THIAGO BRIGAGÃO ALCÂNTARA MÉDICO CRM/MG 62.320 | CRM/SP 156.421 • Graduado em Medicina pela Universidade Gama Filho/RJ

Você sabia que o hipogonadismo (baixa produção de testosterona) é uma condição muito mais comum do que imaginamos?

Estima-se que mais da metade dos homens acima dos 50 anos apresentem baixa severa na produção de testosterona.

Diante deste dado, quantos homens, acima dos 50 anos, você, querido leitor, conhece que fazem terapia de suplementação/reposição de testosterona?

Sim, sem dúvidas, estamos diante de uma síndrome extremamente subdiagnosticada no mundo!

E o que mais entristece, diante deste fato, é a falta de vontade, seja por desconhecimento ou por preconceito em querer buscar a causa de um problema.

A testosterona não está relacionada apenas à parte sexual! Ela é um hormônio fascinante, e apresenta receptores por todo corpo. Então, já é de se imaginar, que sua carência ocasione sintomas dos mais diversos, entre eles: • O homem simplesmente não se sente bem, fica o famoso ranzinza; • Apresenta grande labilidade emocional, alternando estados de ansiedade, irritabilidade e depressão; • A barriga aumenta e a flacidez começa a aparecer; • Memória e capacidade intelectual começam a ficar comprometidas; • Imunidade fica baixa e até um quadro de anemia pode aparecer secundário a um quadro de hipogonadismo.

Viu quanta coisa podemos questionar em um paciente baseado na investigação de apenas um hormônio.

Sempre faço uma analogia com meus pacientes: Imagine se tem uma goteira na sala da sua casa, por causa de uma telha quebrada. Se você enxugar o chão vai resolver o problema?

Infelizmente, é isso que tenho frequentemente observado em meu consultório. Pacientes fazendo uso abusivo de estimulantes, ingerindo inúmeros antidepressivos - que na maioria dos casos - diminuem ainda mais a libido dos pacientes, além de causar uma dependência gravíssima e, tudo isso, se torna um ciclo vicioso que não resolve o problema, pois tratam a consequência e não a causa!

Procure um médico capacitado e atualizado que irá lhe orientar sobre a melhor forma de avaliar e investigar como estão seus hormônios!

30

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

• A força e a massa muscular diminuem;

Dor Lombar tratamento por radiofrequência Perguntas para entender o tratamento pela ablação por radiofreqência ou rizotomia percutânea do ponto de vista de um médico especialista em coluna:

DR. ANDRÉ CARLOS SIQUEIRA ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA CRM/SP 79788 | RQE 38844 • Médico Membro da Sociedade Brasileira Ortopedia e Traumatologia; • Médico Membro da Sociedade Brasileira de Coluna; • Título de Especialista pela SBOT.

O que é a ablação por radiofrequência ou rizotomia percutânea?

Como o nervo que transmite dor é desativado?

A ablação por radiofrequência da coluna con-

Este “desativar” é feito por agulhas que são

siste em desativar, através do calor, a sensibili-

introduzidas em locais específicos da coluna

dade dolorosa (inervação sensitiva) dos ramos de nervos com o objetivo de aliviar a dor de origem facetária.

Quais os sintomas da dor relacionados à dor de origem facetária que será aliviada pela rizotomia percutânea ?

Os principais sintomas de uma dor de origem das facetas articulares é a dor nas costas que quando, na coluna lombar, pode ir para os glúteos, seria a dor lombar que não irradia para a perna.

Isso é muito importante, pois o objetivo é ali-

junto aos ramos nervosos que dão sensibilidade às facetas articulares e são, então, conectados a um aparelho gerador de radiofrequência. Esse gerador emite ondas elétricas na mesma frequência do rádio e produz calor na ponta da agulha.

Então a rizotomia ou ablação por radiofrequência queima o nervo?

Não. Acima de 42 graus as proteínas do corpo desnaturam e tem suas propriedades tri-

viar a dor de origem FACETÁRIA e não a dor de

dimensionais alteradas. Com proteínas al-

origem dos discos ou dor ciática.

teradas, o nosso corpo absorve esse tecido alterado (o nervo), cessando a transmissão

DR. DENER RODRIGUES DE ABREU ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA CRM/SP 114422 | RQE 95599 • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coluna.

Como são os exames de imagem na dor facetária?

dolorosa da articulação.

Os raios X podem apresentar sinais de artrose

Quando vou ter alívio?

com espessamento ósseo da cortical das articulações. Na ressonância magnética ou na tomografia, as facetas, quando inflamadas, podem apresentar desde sinais de artrose (hipertrofia da articulação), derrame articular ou mesmo não ter alterações. Vale lembrar que nos exames de imagem não veem a dor e que o radiologista não examinou o paciente!

Como é o diagnóstico da dor de origem das facetas articulares?

Não é possível fazer o diagnóstico apenas com

34

Isso pode levar até 4 semanas para acontecer.

Esse é o tempo que nosso corpo leva para absorver os tecidos que foram lesionados durante o procedimento.

Qual a temperatura da rizotomia ou ablação?

Existem vários protocolos de lesão. Usamos 80 graus por 90 segundos. Note que 80 graus não chega a evaporar a água ou carbonizar tecidos.

o exame físico e exame de ressonância. A única

Pode haver recidiva da dor ?

maneira de realizar um diagnóstico mais preciso

Sim. Como todo nervo periférico, existe cresci-

é através da realização de um bloqueio anesté-

mento da ponta do nervo que não foi lesada e

sico da articulação facetária para ver se a dor é

o completo crescimento pode levar de 3 meses

aliviada sob efeito do anestésico.

a um ano e meio.

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Em quais pacientes obtemos resultado no alívio da dor na coluna vertebral com a rizotomia percutânea ou ablação por

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

radiofrequência?

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

35

Check-up: como manter a saúde do seu coração Exames laboratoriais e cardiológicos auxiliam o diagnóstico e o tratamento de doenças

DR. LEANDRO C. GRANDINI JR. MÉDICO CARDIOLOGISTA CRM/SP 49704

em razão de hipertensão, diabetes, hiperlipidemia ou doença já estabelecida.

No exame laboratorial, é analisado o hemograma, hormônios, colesterol, triglicérides, diabetes, função hepática, função renal, dentre outros. Já os exames cardiológicos, podemos citar o ecocardiograma, eletrocardiograma, teste ergométrico, raios-x de tórax, cintilografia de perfusão miocárdica e angiotomografia das artérias coronárias.

Por meio desses exames é possível diagnosticar doenças que pertencem ao grupo do coração e dos vasos sanguíneos, tais como: Doença coronária – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco; Doença cerebrovascular – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro; Doença arterial periférica – doença dos vasos sanguíneos que irrigam os membros inferiores; Doença cardíaca reumática – danos no músculo do coração e válvulas cardíacas devido à febre reumática, causada por bactérias estreptocócicas; Cardiopatia congênita – malformações na estrutura do coração existentes desde o momento do nascimento e trombose venosa profunda e embolia pulmonar – coágulos sanguíneos nas veias das pernas, que podem se desalojar e se mover para os pulmões.

Caso não seja detectada nenhuma patologia cardiológica, a indicação é que o paciente de até 39 anos refaça os exames a cada dois anos. Acima desta idade, o ideal é que a visita ao cardiologista seja feita anualmente.

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

• Doutor em Cardiologia; • FMUSP- INCOR- SP; • Especialista em Cardiologia pela sociedade Brasileira de Cardiologia.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, representando 31% de todas as mortes em nível global. A estatística foi divulgada no último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda de acordo com o orgão, estima-se que 17,7 milhões de pessoas no mundo morreram por doenças cardiovasculares em 2015, data do último relatório divulgado pela instituição. Desses óbitos, 7,4 milhões ocorrem devido às doenças coronarianas e 6,7 milhões devido a acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

As doenças cardiovasculares podem ser prevenidas por meio de controle dos fatores comportamentais de risco: tabaco, dietas não saudáveis, obesidade, sedentarismo, consumo exagerado de bebidas alcoólicas e controle do estresse.

Porém, diante do alto índice de mortes por essas enfermidades, é fundamental a avaliação cardiológica para a prevenção, diagnóstico e controle dessas patologias. Já que, na maior parte dos casos, quando o primeiro sintoma aparece, a doença cardiovascular apresenta estágio avançado e difícil de ser tratada ou é assintomática e pode ser fatal já na primeira manifestação, como o infarto ou AVC. Para manter a saúde do coração em dia, a recomendação é o check-up, - exames laboratoriais de sangue e exames cardiológicos - antes mesmo dos 30 anos, principalmente para aqueles que possuem histórico familiar ou pertencem ao grupo de alto risco cardiovascular

36

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Câncer de mama:

como combatemos essa doença?

O Câncer de Mama é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres no mundo, com aproximadamente 58 mil casos novos por ano em nosso país e responsável pela morte de 14 mil mulheres. É relativamente raro antes dos 35 anos, mas sua incidência aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos.

Como particularidade, temos no Brasil uma incidência maior em mulheres entre 40 e 50 anos, quando comparamos com países desenvolvidos.

Não temos uma causa única para o desenvolvimento desta doença. Fatores hormonais, como a idade precoce da primeira menstruação ou menopausa tardia, primeira gravidez após os 30 anos ou ausência de gravidez aumentam os riscos de desenvolver a doença. Contribuem para o aparecimento da doença a ingestão de bebida alcoólica, a obesidade e o tabagismo, que são fatores que podemos atuar e modificá-los, por meio das mudanças de estilo de vida. Ainda temos fatores genéticos e hereditários, como a presença de mutações em alguns genes, especialmente BRCA1 e BRCA2, que representam apenas 10% de todos os casos de câncer de mama e neles podemos tomar condutas individuais, como a retirada profilática das mamas ou acompanhamento regular e mais precoce com exames de imagem. É muito comum ouvirmos comentários que se não temos casos de câncer na família, podemos dispensar os cuidados. Não é verdade! A maioria das mulheres diagnosticadas com câncer de mama (em torno de 90%) não apresentam casos na família.

Detecção Precoce

O mais importante, quando falamos sobre câncer de mama é lembrar que quando conseguimos diagnosticar tumores ainda bem pequenos, temos 95% de chances de cura.

• 14 mil mortes • 58 mli novos casos de câncer de mama no Brasil

38

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Não precisamos aguardar o aparecimento de alterações para cuidarmos de nossa saúde e devemos fazer avaliações periódicas com o mastologista. Durante muito tempo, as campanhas de conscientização divulgaram que o autoexame das mamas era a melhor forma para detectar o câncer de mama precocemente. Sabemos, atualmente, que quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial e as chances de cura diminuem. Além de não impactar a mortalidade, o autoexame pode induzir a uma falsa segurança e à ideia que não é necessária a avaliação médica e os exames de imagem. Para outras, o autoexame pode causar a impressão que a mama apresenta alterações e provocar ansiedade e medo exagerado de câncer (cancerofobia). Assim sendo, recomendamos o autoexame como uma forma de conhecimento corporal e orientado por um profissional habilitado, com uma frequência que não precisa ser mensal.

Hoje, a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia, em conjunto com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia para o rastreamento do Câncer de Mama é a realização de mamografia anual para as mulheres entre 40 e 74

anos de idade. Este é o único exame capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. A maioria dos estudos mundiais mostra que conseguimos reduzir o risco relativo de morrer pelo câncer de mama em torno de 30%, quando fazemos o rastreamento.

A mamografia é um exame de raio X, onde comprimimos as mamas entre duas placas de acrílico, para melhor visualização. A radiação usada é muito baixa, não sendo perigosa para a saúde. Em alguns casos, usamos a ultrassonografia e a ressonância magnética para complementar informações que obtemos na mamografia, mas estes exames não são capazes de substituí-la.

Sinais e Sintomas para procurar o Mastologista

Além de realizar a mamografia anualmente, quando notamos alguma alteração nas mamas, devemos prontamente procurar o mastologista para realização de avaliação especializada.

Os sinais que podem significar a presença de um câncer de mama são nódulos à palpação, retração, presença de secreção no mamilo, aumento do volume das mamas, assimetria mamária, vermelhidão e espessamento da pele da mama ou nódulos na região das axilas.

Participe da luta contra o câncer de mama. Visite seu mastologista e faça sua mamografia regularmente!

Como é feito o tratamento do Câncer de Mama

O mastologista, em conjunto com uma equipe multidisciplinar que envolve médicos oncologistas e radioterapeutas, além de fisioterapeutas e psicólogos, vai analisar e determinar a melhor forma de tratamento, que irá englobar a realização de cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, terapia-alvo e os processos de reabilitação.

Nas últimas décadas, tivemos muitas mudanças nos paradigmas para o tratamento do câncer de mama e conseguimos grandes progressos. As cirurgias radicais, descritas no final do século XIX, deram lugar ao conceito de efetividade cirúrgica, que prioriza a retirada apenas do necessário para se garantir a segurança oncológica. Associamos à radioterapia e avançamos muito no conhecimento da biologia celular e, com isso, obtivemos melhoras em relação aos tratamentos quimioterápicos, hormonioterapias e terapias alvos.

Quando falamos em cirurgia, o Mastologista é o profissional habilitado para a realização de diversas modalidades terapêuticas, que englobam desde a ressecção apenas do tumor até retirada completa da glândula mamária, quando assim o quadro clínico exige. Ele é responsável também pela avaliação do acometimento dos linfonodos axilares pela doença, informação que ajudará a definir os tratamentos complementares que a paciente terá benefício.

Cuidados com a estética mamária e o bem-estar da paciente

Sempre que programamos o procedimento cirúrgico, tentamos manter as mamas com o melhor resultado estético possível, sem prejuízo do tratamento oncológico.

Hoje, dispomos de técnicas determinadas

oncoplásticas, que propiciam o remodelamento mamário após a retirada do tumor ou possibilitam a reconstrução mamária quando é necessária sua retirada. Esse cuidado colabora para que a autoestima da paciente em tratamento seja mantida e ajude na sua recuperação.

A escolha do tipo de cirurgia vai ser determinada pela relação entre o tamanho da mama e o tamanho do tumor. Sabemos que os resultados da mastectomia, ou seja, a retirada completa da mama e a cirurgia parcial são iguais em termos de controle e cura da doença, se a segunda for acompanhada pela radioterapia na mama restante.

Quando realizamos a retirada parcial da mama, chamada cirurgia conservadora, podemos nos valer de várias técnicas usadas nas cirurgias plásticas e reparar os defeitos provocados pela retirada do tumor, utilizando o próprio tecído da mama operada, utilizando o próprio tecído da mama restante, assim como podemos simetrizar a mama contralateral. No caso da retirada completa da glândula mamária, com preservação da pele da mama e do complexo aréolo-papilar ou não, utilizamos as técnicas da oncoplastia para realizar a reconstrução mamária, com implantes de silicone, expansores de tecidos ou retalhos de tecidos do próprio corpo da paciente, como abdome ou dorso.

O conhecimento de técnicas de cirurgia oncoplástica pelo mastologista possibilita um melhor planejamento cirúrgico e oferece à paciente, além de um tratamento eficaz, o cuidado com os resultados cosméticos da mama, proporcionando manutenção ou resgate da autoestima. rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

Quando diagnosticamos um tumor maligno nas mamas, programamos várias etapas do tratamento, que irá depender do tipo das células do tumor, do tamanho da lesão, da agressividade da doença e das características de cada paciente individualmente.

39

na Clínica Mama Center

O movimento Outubro Rosa nasceu na década de 90, nos Estados Unidos, na primeira corrida pela Cura. Esta campanha é celebrada em todo o mundo anualmente, com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama, bem como promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença.

O laço rosa tornou-se o símbolo do movimento e, para chamar a atenção, vários monumentos e paisagens ao redor do mundo ganham a cor rosa, como a Torre Eiffel e o Cristo Redentor.

Desde que o movimento do Outubro Rosa se iniciou no Brasil, em 2002, com a iluminação em rosa do monumento do Soldado Constitucionalista (o Obelisco do Ibirapuera), em São Paulo, tivemos um aumento de 37% do número de mamografias realizadas no país. Isso contribuiu para que muitas pessoas tivessem o diagnóstico da doença em estádios mais precoces.

A Clínica Mama Center não poderia ficar de fora desse importante movimento! Com o intuito de criar um espaço especializado na avaliação, diagnóstico e tratamento das doenças da mama, cinco médicos especialistas em Mastologia se reuniram e criaram a Clínica Mama Center.

São profissionais que se preocupam diariamente com atualizações e novas abordagens relacionadas aos cuidados com as mamas, tema prioritário hoje para a saúde feminina. O objetivo principal do nosso grupo é assegurar às pacientes uma avaliação criteriosa, com base em evidências científicas e promover um atendimento humanizado à saúde da mulher e, em especial, aos cuidados com suas mamas.

Nosso corpo clínico é composto pelos mastologistas Dra. Isabela Panzeri Carlotti Buzato, Dr. Joaquim Moraes Sarmento Filho, Dra. Josie Bittencourt da Silva, Dra. Paola Candido Rodrigues Menani e Dra. 40

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Viviane Fernandes Schiavon. Todos têm residência médica em Ginecologia e Obstetrícia e em Mastologia, com títulos reconhecidos pela Sociedade Brasileira de Mastologia. São profissionais habilitados em todos os procedimentos cirúrgicos mamários, tanto para tratamento do câncer de mama quanto patologias benignas, assim como realização de cirurgia oncoplástica e reconstrução mamária. Preocupam-se em oferecer o melhor atendimento técnico associado à arte da medicina, onde o cuidar é a base. Nossas secretárias, Evelin e Tayna, são preparadas para promover o bem-estar de nossas pacientes desde o início do contato com nossos serviços. Nossos médicos, atentos ao conhecimento de que o atendimento multidisciplinar traz muitos ganhos à paciente, mantém uma rede de contatos e parcerias com médicos de outras especialidades e profissionais de outras áreas da saúde. Preocupam-se em discutir casos com todo o grupo, a fim de integrar ciência e bons resultados.

Entre as atividades programadas para esse mês de outubro, realizaremos uma campanha de arrecadação de lenços e sutiãs pós-operatórios para as pacientes em tratamento quimioterápico ou cirúrgico, promoveremos palestras para esclarecimentos sobre a doença e seu diagnóstico e programamos várias atividades em nossa clínica, além de compartilhar conhecimentos sobre a doença e seu diagnóstico precoce nas mídias digitais, para engajar todos nesta luta.

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

Outubro Rosa

Perguntas e respostas sobre o Câncer de Mama

O que é câncer de mama? É um tumor maligno causado pelo crescimento rápido e desordenado das células da mama.

A doença se desenvolve em decorrência de alterações genéticas, que são chamadas mutações. Porém, isso não significa que os tumores da mama são sempre hereditários! Pelo contrário, apenas 5 a 10% dessas mutações são herdadas, ou seja, tem origem familiar. Os outros 90% dos casos de câncer de mama não são hereditários, ocorrem por mutações que as células adquirem ao longo da vida.

Por que é tão importante você saber a respeito do câncer de mama?

Porque é o câncer mais comum entre as mulheres e, se for diagnosticado em estágio inicial, pode ter cura.

Quais os fatores de risco?

• Obesidade; • Sedentarismo; • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas; • Dieta rica em gorduras saturadas; • Algumas lesões mamárias, como exemplo a hiperplasia ductal atípica ou neoplasia lobular; • Idade precoce da primeira menstruação ou menopausa tardia; • Uso de alguns tipos de hormônios para a menopausa por mais de 5 anos;

• História de câncer de mama e ovário na família (principalmente em mãe, irmã, tia e/ou avós).

É possível descobrir a doença no início?

Sim e essa é a nossa principal arma! O exame clínico das mamas realizado por um especialista e a mamografia são os principais exames que devem ser realizados periodicamente e que aumentam a chance de detectar a doença o mais precocemente possível e, com isso, aumentar a chance de cura.

Quem deve fazer exames periodicamente?

As principais entidades brasileiras da área recomendam a realização de mamografia anual para as mulheres entre 40 e 74 anos de idade. Quando existem fatores de risco importantes pode ser necessário iniciar o acompanhamento mais cedo. Com isso, conseguimos reduzir o risco de morrer pela doença em torno de 30%.

É possível prevenir?

O câncer de mama é uma doença multifatorial, que envolve fatores genéticos e hábitos de vida, o que torna a prevenção primária

muito difícil. O maior aliado da mulher é, sem dúvida, o diagnóstico precoce, ou seja, descobrir o tumor ainda bem pequeno, na fase inicial da doença. Nessa fase mais inicial, a chance de cura supera 90%.

Quais os tipos de câncer de mama?

O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas e temos tipos mais ou menos agressivos. O tipo mais comum é o chamado carcinoma ductal invasivo, que se origina nas células do ducto mamário.

Com o resultado da biópsia, recebemos informações sobre o grau, presença de receptores para os hormônios estrogênio e progesterona e para proteínas que controlam a divisão das células. Com todas essas informações associadas, podemos determinar a identidade do tumor específico de cada paciente.

Como tratamos o câncer de mama?

A definição do tratamento é determinada caso a caso. Temos a terapia local, que é feito com a cirurgia e a radioterapia e a terapia sistêmica, usada para atingir células do câncer em qualquer parte do corpo.

Esta é realizada com a quimioterapia, a terapia hormonal e as terapias-alvos.

Informe-se! Previna-se! Participe da luta contra o Câncer de Mama.

Se você descobrir qualquer alteração em suas mamas, consulte um mastologista. rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

41

DRA. PAOLA CANDIDO RODRIGUES MENANI

DRA. JOSIE BITTENCOURT DA SILVA

DRA. VIVIANE FERNANDES SCHIAVON

GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E MASTOLOGIA CRM/SP 130.164 | RQE 61.444 | RQE 61.445

MEDICINA - CRM/SP 105.820

GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E MASTOLOGIA CRM/SP 108.618 | RQE 56.636 | RQE 56.637

• Médica graduada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 2007; • Residência médica em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto/USP nos anos de 2008 a 2013; • Mestre na área de Tocoginecologia - enfoque em Mastologia; • Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia.

• Título de especialista e Membro da Sociedade Brasileira de Mastologia.

DR. JOAQUIM MORAES SARMENTO FILHO

DRA. ISABELA PANZERI CARLOTTI BUZATTO

MASTOLOGIA - CRM/SP 68.390 | RQE 67.137

MASTOLOGIA, GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA CRM/SP 134.178 | RQE 61.698 | RQE 38.588

• Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) de 1985 a 1990; • Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da FMRP-USP de 1991 a 1994; • Obtenção do Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) em 1994 e Mastologia (TEMA) em 1997; • Mestrado em Tocoginecologia FMRP-USP com dissertação em Mastologia em 1999; • Médico Assistente do Hospital das Clínicas da FMRP-USP desde 1998.

42

• Médica graduada pela Faculdade de Medicina na Universidade Federal da Bahia em 2001; • Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia e Mastologia pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo nos anos de 2002 a 2005; • Especialização em Imagem Mamária pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo; • Título de Especialista e Membro da Sociedade Brasileira de Mastologia desde 2005.

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

• Médica formada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 2008; • Residência médica em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto/USP nos anos de 2009 a 2013; • Mestre na área de Tocoginecologia; • Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO; • Título de Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia; • Atua na área de Mastologia e Ginecologia, com ênfase em Ginecologia Oncológica.

• Médica graduada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 2002; • Residência médica em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto/USP nos anos de 2003 a 2006; • Mestre na área de Tocoginecologia; • Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO; • Título de Especialista e Membro da Sociedade Brasileira de Mastologia desde 2006; • Médica Assistente da Divisão de Mastologia e Oncologia Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto desde 2009.

Câncer, vida e feminilidade DRA. FRANCINE MELCHIOR CREFITO 3: 56877-F FISIOTERAPEUTA • Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional - COFFITO; • Especializada em Fisioterapia Aplicada à Saúde da Mulher – CAISM/UNICAMP; • Mestre em Enfermagem - EERP/ USP.

Clínica Melchior: Ed. Santa Luzia Clinical Center Av. Santa Luzia, 550 - 2º andar Ribeirão Preto/SP www.clínicamelchior.com.br Youtube: Fran Melchior Instagram: @fran.Melchior Facebook: /FranMelchior 16 3323 8741 | 3443 3033 Whatsapp: 9 9177 1573

Atualmente, torna-se cada vez mais comum convivermos com alguém que já teve câncer. Não é fácil encarar essa realidade, porém essa é uma tarefa importante para qualquer um de nós. E quanto a nós mulheres a doença representa ainda uma ameaça a nossa feminilidade, sexualidade e autoimagem.

Você sabia que o tipo de câncer que mais atinge as mulheres no Brasil e no mundo é o câncer de mama? Pois saiba que antes dos 35 anos de idade ele é relativamente raro, mas após essa idade a chance de ter a doença aumenta progressivamente.

O tratamento para o câncer de mama consiste na combinação de diferentes modalidades terapêuticas que geralmente resultam em grandes alterações na vida da mulher. Do diagnóstico à reabilitação sua aparência passa por mudança, assim como seus relacionamentos afetivos e sexual.

A cirurgia na mama, as restrições de movimentos, a perda dos cabelos, as alterações na pele, nas unhas, no peso corporal e indisposição associada ao tratamento ,são fatores que afetam muito a autoconfiança e autoestima das mulheres que estão em tratamento oncológico.

Ao se deparar com o diagnóstico de câncer ainda hoje, tempo em que os tratamentos tanto têm evoluído, as mulheres confrontam preconceitos e medos relativos à morte.

Mas qual o antídoto para a morte se não a vida?

Diante de momentos desafiadores surge a oportunidade de se revelar a força essencial , a 44

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

beleza única que há dentro de cada ser humano.

Por que não encarar a crise como uma oportunidade? Oportunidade de refletir, de mudar, de ser e fazer diferente!

Sim, parece fácil falar, mas vale a pena não tentar?

Se a única coisa que temos de concreto é o presente da vida, a cada instante em que temos a chance de ver, ouvir, degustar, cheirar, sentir, conviver... Viver! Talvez seja essa a melhor forma de enfrentar o medo que assola o peito de quem teve o câncer, e dar a esse mesmo peito a oportunidade de sentir o amor, a coragem e o prazer de estar vivo no exato momento.

E será essa uma proposta possível?

Experimente tomar consciência de seu corpo, aceitando suas limitações e permitindo suas potencialidades. Experimente em seu corpo acolher a dor, deixá-la seguir e sentir neste mesmo corpo o prazer de quem está vivo! O prazer de um músculo que pode se contrair e relaxar, da respiração que pode fluir, da energia que pode circular e da pulsação que pode vibrar nesse peito que suporta sim a dor, mas que ainda mais pode vibrar em amor se assim se permitir.

Experimente!

Leiomioma Uterino o vilão da fase reprodutiva feminina fertilidade, aumento do volume abdominal e sintomas compressivos nas vias urinárias e no trato intestinal.

A maioria dos sintomas depende do tamanho e localização dos miomas, que são classificados basicamente em submucosos (a), intramurais (b) e subserosos (c) - vide figura 1.

DRA. MARIANA ALVES FERNANDES AROUCA GINECOLOGIA

Existem duas linhas de tratamento: através do uso de medicações ou procedimentos invasivos e cirúrgicos.

CRM/SP 139369 | TEGO 138/2013

Leiomiomas são alterações benignas de células musculares lisas que se transformam em nódulos nas paredes uterinas. São os tumores pélvicos sólidos mais frequentes do sexo feminino e têm taxa de malignidade de cerca de 0,2-0,7% dos casos.

Os tratamentos convencionais incluem medicações hormonais como anticoncepcionais orais, injetáveis, dispositivos com progestágenos (DIU e Implante subdérmico).

Também existem bloqueadores hormonais centrais (gosserrelina/leuprorrelina) que induzem uma menopausa transitória e podem diminuir o volume dos miomas. Medicações como anti-inflamatórios e antifibrinolíticos auxiliam no controle do sangramento.

Afetam cerca de 23-30% das mulheres em idade fértil e 40% das mulheres com mais de 40 anos, sendo os fatores de risco mais comuns: história familiar (genética), raça negra, pacientes que nunca tiveram filhos, obesidade, hipertensão e diabetes.

Os tratamentos cirúrgicos disponíveis variam desde abordagens com cirurgias abertas ou endoscópicas (histeroscopia ou laparoscopia) para retirada de miomas (miomectomia) ou o útero (histerectomia), até procedimentos de rádio-intervenção, como embolização da vasculatura que nutre os miomas para eliminação dos mesmos.

Deve-se ressaltar que somente 50 % das mulheres que têm leiomiomas uterinos apresentam sintomas, sendo os mais frequentes: sangramento uterino anormal, dor pélvica, in-

Cada tratamento deve ser individualizado, sendo expostas as opções terapêuticas por um profissional especialista, discutindo riscos e benefícios de cada tipo de abordagem.

Imagens meramente ilustrativas, não significando em hipótese alguma promessa de resultado.

• Graduada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP; • Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto com Título de Especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); • Mestre em Tocoginecologia pelo Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da FMRP-USP; • Especialização em Uroginecologia, Cirurgia Ginecológica Geral e Reconstrutiva Pélvica pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da FMRP-USP.

46

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Direito do Médico O direito dos médicos é um tema pouco debatido, muitas vezes em razão desse direito ser preterido pela discussão dos direitos dos pacientes e da responsabilização civil dos profissionais por supostos erros médicos.

DR. STEFANO COCENZA OAB/SP 306.967

Tais discussões inibem esses profissionais de debateram melhores procedimentos, práticas, condições de trabalho e até o exercício de sua profissão.

A Resolução CFM nº 1.931/2009 elencou 10 itens primordiais na defesa e atuação dos Médicos, podendo destacar que esses, no exercício da Medicina, não devem ser discriminados por suas orientações ou pensamentos, bem como em relação à indicação dos procedimentos adequados ao paciente (observadas as práticas cientificamente reconhecidas e respeitada a legislação).

Cabe também ao médico apontar as falhas em normas, contratos e práticas internas das instituições em que trabalhe quando as julgar indignas para o exercício da profissão.

Outro direito que merece destaque se refere ao fato de que, exceto em casos de urgência ou emergência, pode o médico suspender suas atividades quando a instituição (tanto pública quanto privada) não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar de forma digna e justa. É garantido ainda ao médico o poder de decisão quanto ao tempo gasto com o seu paciente, levando em consideração sua experiência podendo inclusive recusar-se a realizar atos médicos, mesmo permitidos por lei, contrários aos ditames de sua consciência.

Desse modo, em que pese existirem direitos atribuídos aos médicos para o seu exercício profissional, a falta de

debates e consequente divulgação de informações sobre o tema faz com que o exercício do direito pelo médico seja muitas vezes mal interpretado pelo paciente e até mesmo pela sociedade em geral, como, por exemplo, quando tal profissional se recusar a proceder algum tratamento ou procedimento que julgue desnecessário, ou não emite um atestado inverídico ou até mesmo suspende suas atividades por não ter condições dignas de trabalho.

Assim, o reconhecimento dos direitos médicos não depende apenas da previsão na legislação vigente ou resoluções dos conselhos de classe, mas também da própria sociedade, que muitas vezes se cala ao invés da realização de divulgação e debates.

17 3305-8055 | 17 99702-5500 Rua Santa Maria, 668 – Salas 4 e 9 Vila Aurora - São José do Rio Preto - SP stefano@stefanococenza.com.br www.stefanococenza.com.br

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

47

Quiropraxia Dores nas costas podem ser sinais de hérnia de disco?

A doença é caracterizada pela projeção do disco além do limite normal e, dependendo da intensiDR. MARCOS GIACOMINI FISIOTERAPEUTA CREFITO 3-19.308/ F • Formado pela Universidade de Ribeirão Preto em 1995; • Especialista em lesões desportivas/ Especialista em Quiropraxia/ Especialista em DOR (Instituto Israelita Albert Einstein); • Com clínica particular atendendo nas áreas de Ortopedia / Traumatologia, Reumatologia, Geriatria e Coluna, desde agosto 1995; • Ex Fisioterapeuta do Botafogo Futebol Clube ( 1995/1996 e 1999/2001); • Ex Fisioterapeuta Da Sociedade Recreativa de Esportes de Ribeirão Preto (Programa sócio atleta equipes de Volley e basquete no ano de 2000); • Ex Fisioterapeuta da Secretaria de Esportes de Ribeirão Preto (2016).

dade, pode comprimir as estruturas nervosas. Se você possui dor nas costas, agende a sua avaliação.

Os sintomas da hérnia de disco são variados: dor lombar, no meio das costas ou na região cervical, que podem irradiar os membros inferiores e superiores, além de fraqueza, dormência ou formigamento dos mesmos. Em mais de 87 % dos casos, o tratamento é clínico, com reabilitação física e medicamentos. Em casos mais graves, há a necessidade de realizar a cirurgia.

Conheça a Quiropraxia e veja como esta técnica é eficiente.

Satisfação ao Tratamento Quiroprático

Do grego, Quiro = mão e Praxis = ação,

Um estudo de 1998 relatou que a Quiro-

portanto, através da ação das mãos, o Qui-

praxia é o tratamento não médico mais

ropraxista manipula qualquer articulação.

frequentemente usado nos EUA e propor-

Nos Estados Unidos é muito difundida esta

ciona alta satisfação aos seus usuários: pra-

técnica, principalmente para tratamento da

ticamente todos os pacientes tratados por

coluna vertebral.

um quiropraxista declaram-se satisfeito

A Quiropraxia dedica-se ao diagnóstico,

com o seu tratamento; três quartos (73%)

tratamento e prevenção de alterações me-

declaram-se “muito satisfeito” e 23% de-

cânicas (subluxações) do sistema musculo-

claram-se “razoavelmente satisfeito”.

esquelético e seus efeitos sobre a função do

Com experiência clínica comprovada

sistema nervoso e da saúde de maneira geral. por mais de quinze mil pacientes, EspeciaRua José da Silva, 1429 - Jd. Paulistano - Ribeirão Preto/SP 16 3618 5790 | 99709 7767 /drmarcosgiacomini

48

Por devolver a função normal à arti-

lista em Ortopedia/Quiropraxia e DOR

culação, o quiropraxista consegue tirar a

pelo Hospital Israelita Albert Einstein (São

compressão que a hérnia e a inflamação

Paulo), há mais de duas décadas em contí-

associada causa ao nervo.

nuo aprendizado.

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Dentes do Siso quando eu devo pensar em tirar?

O terceiro molar, dente do siso ou dente do juízo, mais popularmente chamado, em muitos casos deve ser removido. Porém, ao contrário do que muitos pensam, em algumas situações ele pode ser mantido, por exemplo: se estiver em uma posição adequada, tiver espaço suficiente na boca, tiver o dente antagonista para ocluir e se sua higienização for possível.

O dente do siso inicia seu desenvolvimento por volta dos 7 anos de idade dentro da maxila (osso superior) e mandíbula (osso inferior), e tem seu processo de formação completo no início da fase adulta, aproximadamente aos 20 anos, motivo que lhe confere a fama de “dente do juízo”. Por ser o último dente a aparecer na boca, é comum que encontre dificuldades na sua erupção. A falta de espaço pode fazer com que o dente permaneça dentro do osso, mal posicionado, impossibilitado de nascer, sendo assim chamado de dente incluso ou impactado.

Outros dentes inclusos também devem ser avaliados individualmente em conjunto entre o cirurgião bucomaxilofacial e o ortodontista, para que seja tomada uma decisão entre removê-los ou instalar alguns dispositivos para tracioná-los à boca da maneira correta e segura.

Em muitas situações, o mau posicionamento do dente do siso pode promover a perda de estrutura óssea ao seu redor, cáries no próprio dente e nos dentes próximos e formação de cistos. Além disso, quando parcialmente irrompido na boca, pode causar uma condição chamada pericoronarite, caracterizada por acúmulo de resíduos alimentares sob a gengiva do dente em erupção, associada à infecção local, dor e, às vezes, secreção de pus. Muitos pacientes também associam o nascimento do dente do siso a movimentações dos dentes após o final do tratamento ortodôntico, principalmente os dentes inferiores anteriores.

De forma geral, todos os dentes em formação, sejam dentes de leite ou permanentes, devem ser acompanhados pelo dentista, de modo que todo atraso ou alteração na sequência de nascimento sejam monitorados. Radiografias panorâmicas favorecem esse diagnóstico e podem ser indicadas. Em alguns casos específicos, no entanto, onde existe proximidade do dente

DR. RAFAEL RODRIGUES DIAS CIRURGIÃO BUCOMAXILOFACIAL E IMPLANTES - CRO/SP 91473

do siso com estruturas importantes, como o nervo que dá a sensibilidade do lábio inferior, uma tomografia deve ser solicitada.

A escolha da idade ideal para remoção dos dentes do siso requer experiência do cirurgião tanto para a indicação, quanto para sua remoção, devendo ser avaliado caso a caso. Habitualmente, quando há indicação, o ideal seria entre os 15 e 20 anos de idade. Isso porque, após os 20 anos, o osso vai se tornando mais denso gradativamente e, com isso, a cirurgia fica relativamente mais difícil. Em contrapartida, abaixo dos 15 anos de idade, o paciente é muito jovem e pode ter ainda alguma imaturidade psicológica para lidar com a cirurgia, sem que esta seja considerada um trauma. Do ponto de vista cirúrgico, o período entre 15 e 20 anos é ideal também pelo fato de que o dente ainda não completou a formação de suas raízes, o que facilita, e muito, o processo de remoção.

Atualmente, com os avanços nas técnicas e equipamentos, os dentes do siso podem ser removidos com muita segurança em consultório odontológico, com total ausência de dor e tranquilidade para o paciente, inclusive os mais ansiosos ou que apresentam pânico de dentista.

Nestes casos, a sedação através de medicamentos ou até mesmo a anestesia geral podem ser indicadas, se o paciente preferir.

O pós-operatório também não deve ser imaginado como um “bicho de sete cabeças”. Geralmente requer apenas 1 a 3 dias de repouso, e em 7 dias o paciente volta às suas atividades normais, semelhantemente ao período anterior à cirurgia, mesmo quando os quatro dentes do siso são extraídos. O índice de complicações também é muito baixo, quando o profissional é especializado nesse tipo de cirurgia, o chamado Cirurgião Bucomaxilofacial.

• Cirurgião-Dentista pela FORP/USP; • Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais pela UEM (Especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais e Conselho Federal de Odontologia); • Mestre em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais pela FORP/USP; • Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais pela FORP/USP.

16 98155 8864 | 98152 1437 Odontologia R. Dias: Rua Sete de Setembro, 590 - sala 11 Centro - Ribeirão Preto/SP

odontologiardias drrafaelusp@gmail.com

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

49

#curtas |

Revista Saúde Setembro . 2017 Ribeirão Preto . SP

COMEMORANDO A FAMÍLIA Dr. Thiago Hirose, com sua esposa Viviane e as gêmeas Larissa e Yasmin, comemorando o crescimento da família.

INAUGURAÇÃO CEFERP Dra. Laura Ferreira e Dr. Anderson Melo, na inauguração do Ceferp, na nova ala médica do Ribeirão Shopping.

CONGRESSO DA SOCIEDADE CAIPIRA DE OFTALMOLOGIA Dr. Marcelo Caram e Carlos, representantes da empresa Mediphacos, no XVII Congresso da Sociedade Caipira de Oftalmologia, onde o Dr. Marcelo Caram ministrou o Wet Lab de Anel Intraestromal.

MINISTRANDO AULAS No mês de agosto, a Dra. Paula Ragusa e o Dr. Rafael Dias, da Odontologia R. Dias, foram convidados a ministrar aulas sobre complicações orais da radioterapia em região de cabeça e pescoço e osteonecrose dos maxilares, associadas a medicamentos, na Universidade Estadual de Maringá - PR.

#estounocurtasdasaúde 50

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

#social |

Revista Saúde Setembro . 2017 Ribeirão Preto . SP

COQUETEL Coquetel de lançamento da terceira edição da Revista Saúde Ribeirão Preto, realizado no plantão de vendas da Hugo Engenharia.

52

Revista Saúde | Setembro . 2017 | rsaude.com.br

Revista Saúde Setembro . 2017 Ribeirão Preto . SP

| #social

NOVA COLEÇÃO Coquetel da nova coleção da Aldora moda branca, com apoio da Diabetes Farma, Decanter, Mandymakehair, Buffet Delícia Natural.

rsaude.com.br | Setembro . 2017 | Revista Saúde

53