Revista Rec 37

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Ano 4 | Edição 37 | Março 2013 | R$ 6,90

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Terceira Idade Entenda o porquê deixaram o seco para caírem na água

Romaria

Provando que um romeiro também é um superatleta

Nutrição

A água é indispensável aos atletas e para nossas vidas

Atletismo A reestruturação e profissionalização da ORLA limeirense

Os amigos Julio (esq.) e Vinicius não veem problemas em viverem longe do mar. São adeptos do chamado “turismo do surf”, e já rodaram o mundo atrás das mais perfeitas ondas

Surfistas do interior 1 | REC


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EDITORIAL Na crista da onda Ficamos felizes em trazer o surf como personagem principal da edição 37. Há alguns anos atrás, e não são tantos assim, os surfistas eram considerados um bando de maltrapilhos que não traziam quaisquer benefícios para a sociedade. Hoje, o surf é tratado como um esporte inteiramente saudável e acessível a qualquer pessoa que queira praticá-lo. Além disso, o surf já representa um importante meio de desenvolvimento turístico e econômico para algumas regiões, até para Limeira. Quem explica como funciona o chamado “turismo do surf” são os amigos surfistas Julio e Vinicius, que rodam o mundo atrás das melhores ondas para surfar. Como em março, dia 22, comemora-se o Dia Mundial da Água resolvemos publicar nessa edição um conteúdo, digamos, aquático: a coluna “Nutrinforma” traz a importância da água em nossas vidas; também teremos uma matéria sobre hidroginástica para pessoas da terceira idade. Do mais, é como escrevi na edição passada: reportagens, reflexões, opiniões, humor... tudo cabe e, ainda assim, nada resume a publicação. Até a próxima.

EXPEDIENTE Revista REC: Resenha Esporte Clube Diretores: Danilo Galzerano e Igor Voigt Revisão: Soraya Figueiredo Dantas Diagramação e Criação: Paolo Di Luca Foto de capa: Renata Stradiotto Jornalista Responsável: Igor Voigt - MTB 59231/SP Circulação: Limeira- SP Distribuição: condomínios residenciais, clínicas e consultórios, clubes, academias, restaurantes, bares, empresas, bancas e assinantes. Ano 04, edição 37 - Março/2013.

Igor Voigt JORNALISTA

PUTZ, ERRAMOS: Na capa (edição 36) as palavras “sobra” e “Berfort” estão erradas. O correto seria sobre e Belfort.

CONTATO Telefone: (19) 3713-9265 Twitter: @revista_rec Facebook: REC Resenha Esporte Clube E-mails: contato@resenhaesporteclube.com.br jornalismo@resenhaesporteclube.com.br comercial@resenhaesporteclube.com.br Site: resenhaesporteclube.com.br Todo o conteúdo dos anúncios publicitários contidos nesta edição é de responsabilidade dos anunciantes. A REC conta também com especialistas da área da saúde que darão maior embasamento ao contexto geral da revista. Lembramos que especialistas e colaboradores não possuem qualquer vínculo empregatício com a REC. É proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização.


EDIÇÃO 37

Março 2013

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Foto da capa: Renata Stradiotto

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Terceira Idade

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Romaria

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Fisioinforma

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Turismo do surf

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Abre aspas

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Nutrinforma

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Ciências do Esporte

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Atletismo

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GameInfo

Entenda o porque deixaram o seco para caírem na água

Provando que um romeiro também é um super-atleta

Avaliação Isocinética auxiliando a medicina esportiva

Surfistas de Limeira rodam o mundo atrás de ondas

Veja o que andam falando sobre o esporte de Limeira

A água é indispensável aos atletas e para nossas vidas

Futebol se ensina?

A reestruturação e profissionalização da ORLA limeirense

Video game e mobilidade: um novo horizonte


Terceira idade

Caminhada ou outros exercícios realizados em ambientes secos estão fora de moda entre os idosos. Eles migraram para as piscinas, e estão praticando hidroginástica

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texto e fotos | Igor Voigt

odo mundo sabe que envelhecer é uma fase normal da vida humana e deve ser considerada como tal. Também sabemos que a situação do idoso em nossas famílias e no seio da sociedade é muito delicada. A sociedade de consumo, com seu espírito de produtividade, rendimento e eficiência, considera o idoso um peso, alguém que onera a sociedade e não lhe fornece benefícios econômicos de forma direta, dando a impressão de que o idoso é marginalizado.

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Além disso, quando chega a fase de envelhecimento, além destas, muitas outras mudanças ocorrem que vão caracterizando o idoso. Uma das principais é a redução da capacidade de executar sua função como pessoa física, trabalhar, ter seus afazeres etc, que ocorre devido à perda quantitativa e qualitativa de células que acabam resultando em tecidos flácidos, desorganização do tecido conjuntivo, diminuição da atividade específica dos órgãos, redução da água corporal, o que leva a desidratação, redução do consumo de oxigê-


“Certifique-se que seu professor é especializado e registrado no CREF. Procure fazer pelo menos três aulas por semana para ter resultados mais efetivos. Não fazer aula em jejum”. (Marcelo Queiroz, professor de natação) nio. Devido à falta de exercícios físicos, os músculos vão perdendo as forças e as articulações debilitadas; muda-se a postura podendo até surgir deformidades caso haja doenças no sistema locomotor. Nos idosos o envelhecimento físico se evidencia, basicamente, pela perda da força e da forma muscular, dando uma imagem pesada e até mesmo gasta ao corpo devido ao tempo que se acumula, sendo que uma das atividades mais recomendadas entre os médicos para reverter este quadro é a hidroginástica, principalmente pelo fato de ser realizada na água. O professor de natação Marcelo Teixeira Queiroz, do Centro Aquático de Limeira, localizado no Jardim Piza, explica o porquê dos idosos estarem migrando para exercícios realizados dentro da água. “Quando fazemos exercícios dentro da piscina, com a água na altura dos ombros, nosso corpo fica aproximadamente 80% mais leve, facilitando o trabalho cardiorespitarório: devido ao efeito da flutuação temos menos impacto, cerca de 90%, com isso podemos caminhar, saltitar, correr, pular, queimando mais calorias e sem prejudicar as articulações, principalmente joelho, quadril e coluna; o equilíbrio: com

alongamentos e o balançar da água, ao fazer os exercícios é trabalhado o equilíbrio e postura; a circulação sanguínea: por estar com o corpo na posição vertical, água causa uma pressão nas pernas facilitando o retorno venoso e também aliviando quem tem problemas de varizes; e o controle do estresse: a hidroginástica também é eficiente para combater o estresse. Alongamentos e a massagem proporcionada pela turbulência da água ao fazer os exercícios relaxam o corpo”, completa o professor Marcelo. De acordo com Marcelo o idoso não ganhará músculos praticando hidroginástica, mas desenvolverá muito seu tônus muscular. “O idoso vai trabalhar o fortalecimento dos músculos necessários para proteger as articulações. Além disso, diminuirão as dores, facilitando os movimentos e as atividades do seu dia a dia”. O professor reforça ainda que os exercícios dentro da piscina ajudam até na recuperação psicológica do idoso. “Através da evolução ao executar os exercícios, a socialização e a alegria das aulas aqui no Centro Aquático, cria-se uma melhora na autoestima, bem como uma evolução na qualidade de vida e manutenção na capacidade funcional durante o processo de envelhecimento”, diz Marcelo.

“Estou fazendo hidroginástica há três meses, duas vezes por semana. Vim por indicação de um médico para tratar o problema de artrose que tenho no braço direito. Os resultados apareceram logo depois do primeiro mês. Hoje consigo dormir normalmente, coisa que já não fazia há muito tempo. Estou tão feliz que nem voltei mais ao médico. Antes da hidro vivia à base de remédio, e fiz vinte sessões de fisioterapia, mas de nada adiantou”. (Erenice Oliveira Hichano – 67 anos) REC | 11


Terceira idade

Conheça outros benefícios da Hidroginástica Diminuição de sintomas de doenças cerebrais Melhor capacidade de raciocínio

Maior resistência física

Melhor capacidade circulatória e respiratória

Prevenção, manutenção ou até recuperação

Cardíaca Movimentos

Equilíbrio Coordenação

Resultados Maior flexibilidade nas articulações e aumento dos movimentos articulares

Prolongamento da vida Uma das principais causas de acidentes e de incapacidade na terceira idade são as quedas, pois acabam prejudicando muito sua autonomia física. Geralmente acontecem por dificuldade no equilíbrio, fraqueza muscular, anormalidades no passo, doença cardiovascular e alteração cognitiva. “Conseguimos uma grande melhora nesses e outros aspectos com

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4 Semanas

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Aparecem os primeiros sinais

Melhora espressiva

6 meses em diante Avanços progressivos e mais estáveis

um programa de hidroginástica voltada para terceira idade”. Porém, Marcelo alerta para que se faça uma avaliação médica antes de iniciar o idoso em qualquer atividade física. “Como toda atividade física, existem contra indicações: feridas abertas, diabéticos não controlados, pessoas com aneurismas, insuficiência cardíaca grave, febre, entre outros. Recomendamos sempre fazer uma avaliação com seu médico para que ele recomende a melhor atividade”, finaliza o professor.


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‘ Laboratorio ‘ Jornalistico Romaria a pé não é turismo religioso, tão pouco um exercício de caminhada com o intuito de emagrecer. Realizar esse laboratório jornalístico é uma forma de mostrar o quanto é duro percorrer os 342 km entre Limeira e Aparecida do Norte. É tentar mostrar um pouco como realizam suas preparações físicas para o evento. Enfim, esse trabalho só foi feito para mostrar que todos os romeiros são, de fato, superatletas. Confira!

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Romaria

Romeiro por um dia texto e fotos | Igor Voigt

Bolhas, calos, dores musculares, câimbras, sede, reflexão e fé. Todo esse cenário faz parte da vida de um romeiro. Nada muito diferente da vida dos superatletas

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peregrinar indo ao encontro da superação do corpo, para revigorar a alma. É sabermos que a cada passo dado, não somos nós, mas é o próprio Deus, revivendo em nós sua santa e dolorosa paixão. É derramar lágrimas, muitas lágrimas, pura e simplesmente por amor. É se lembrar de oferecer cada dor por cada um

que nos pediu intercessão e pelos que não pediram também. É ter consciência de quão grande a graça é poder padecer algo por amor a Deus”. Depois de ler esse trecho da poesia “Romaria, o que és romaria?”, de um autor desconhecido, decide fazer um laboratório jornalístico e sentir na pele o que é ser um romeiro, pelo menos por um dia.


durecer, dobrar com dificuldade, principalmente na parte de trás dos joelhos. Enquanto caminhávamos fui batendo um papo com meus parceiros de treino, tentando entender o motivo pelo qual realizam tamanho sacrifício. O motorista Valdemir José da Silva - o Val, de 56 anos, partiu para sua 14ª Romaria e, segundo ele, essa e todas as outras foi por um único propósito: agradecer. “Vou para agradecer tudo o que tenho: família e trabalho”.

A tradicional romaria a pé de Limeira até Aparecida do Norte, com 342 quilômetros de distância e oito dias de caminhada, partiu no último dia 21 de março para sua vigésima oitava edição entre os homens. Ao todo peregrinaram mais de 265 romeiros, no entanto, até o fechamento da edição da revista, não sabemos se houve alguma desistência, principalmente por motivos físicos. Por isso, promovi esse laboratório com a intenção de descobrir como os romeiros fazem a preparação física para essa ultra “prova de resistência”. Pois bem, descobri: sebo nas canelas e caminhada, nada além disso. Escolhi o sábado, dia 2 de março, num sol de quase 30º. Besuntei a parte interna das minhas coxas com óleo de cozinha, coloquei uma bermuda térmica, esparadrapo nos dedos e calcanhar dos pés, e segui para o “treino da horta”, como chamam o caminho por onde andamos. Participaram comigo dessa experiência os romeiros Valdemir, Edilson, Fernando, Reinaldo – todos com uma ou mais Romaria, além do novato Peter.

Em sua terceira participação, o vendedor Edilson José Dalpra, 46 anos, sabe que um bom treinamento é a melhor receita contra o fracasso. “O treino é de suma importância. Sem treino você chega só por um milagre de Deus. Treinar bastante é chegar lá sem sacrifício, pois o caminho é dolorido. É necessário, no mínimo, seis meses de treinamento. E tem mais: você pode treinar seis meses, mas na hora tudo muda. Falamos que treino é treino, jogo é jogo. Sofrer é normal. Nas duas vezes que fui tive algumas bolhas, dores musculares e muitas câimbras. Tudo normal. Tem pessoas que vão há vinte anos e também sofrem com isso”, diz Edilson. Caminhados dois terços do percurso, já ultrapassado uma grande horta que dá o nome a esse treino, minha performance só piorava, tanto que não con-

Iniciamos o treino às 3h:30 min., saindo da casa do Edilson. Depois de 5 km de mais subidas do que descidas, caminhando nos arredores do bar “Zé do Pote”, comecei a sentir os primeiros sintomas do meu despreparo físico. Já não conseguia acompanhar os ponteiros e minha temperatura interna aumentava consideravelmente. Levei uma garrafa d´água de dois litros cheia, porém tinha que dosar minha sede, já que não estávamos nem perto da metade do treino. Alguns quilômetros à frente, já como um retardatário, fizemos uma breve parada – tempo para juntar o grupo e tomar mais um pouco de água. Nesse momento minhas pernas começavam a en-

Fernando (dir.) treinando com Valdemir, seu padrinho na Romaria REC | 17


Romaria

seguia mais acompanhá-los e passei a andar no final da fila, tendo como companheiro meu amigo Fernando Vaz Sartori, 28 anos. Sofria com câimbras nas duas panturrilhas, e nem alongando conseguia relaxar a musculatura das minhas pernas. Sem água, nos restou chupar laranjas dos vários pomares daquele local. Passado esse trecho, já com mais de duas horas de caminhada, saímos no Bairro dos Pires e começamos a andar no asfalto, quente, muito quente. Com a respiração bastante ofegante pouco conversava

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com meus companheiros, só os ouvia. Fernando, por exemplo, treinava para sua terceira Romaria, sempre lutando contra as dores nos seus dois joelhos operados. “No esquerdo fiz uma artroscopia e no direito operei o ligamento cruzado anterior. Quando inicio meus treinos sinto um pouco de dor nos dois joelhos, mas depois acostumo e tento controlar a dor. Estou treinando desde novembro, e na verdade não são só meus joelhos que doem, dói o corpo inteiro. Não adianta nada ter um bom preparo físico e estar com a cabeça fraca. No final das contas a recompensa de todo meu sacrifício


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Romaria

vem quando avisto o relógio da Basílica de Nossa Senhora de Aparecida”, completou o técnico em segurança do trabalho. Com a noite caindo e quase três horas de treino meu corpo estava todo dolorido. Para piorar minha situação usei um tênis impróprio para esse tipo de exercício. Resultado: bolhas e mais bolhas nos meus dois pés. Minha resenha com o autônomo Reinaldo José Pimentel, 34 anos, que foi para sua segunda Romaria, foi um sarro. Bastante extrovertido Reinaldo tinha como meta perder nove quilos até sua partida para Aparecida. “Quando comecei a treinar para minha primeira Romaria estava com 125 quilos. Na descida parecia um caminhão carregado, descia que era beleza, mas na subida... Voltei da Romaria e não me cuidei, e meu peso voltou quase ao que era. Dessa vez quero fazer diferente e usar a Romaria para melhorar minhas condições físicas, por isso, depois que voltarmos pretendo continuar fazendo caminhada, além de musculação”, revela Reinaldo. Convidado para participar da Romaria pelo seu amigo Reinaldo, o consultor administrativo, Peter José Borges Neves, 41 anos, disse não ter um propósito definido para caminhar até a cidade santa, porém achava que durante o caminho conseguiria descobrir o motivo. Entre todos os meus parceiros de treino foi Peter quem mais se preparou. “Comecei a treinar em outubro do ano passado, três ou quatro vezes na semana, pelo menos três horas cada treino. Depois treinava todos os dias praticamente. Perdi mais de dezesseis quilos. Não tinha horário para comer, comia muita porcariada e bebia bastante cerveja. Hoje voltei a comer uma alimentação saudável, na medida e hora certa. Estou 20 | REC

determinado e não entro para perder. O meu lado físico não me preocupa, mas o psicológico pode fazer com que fique abalado, refletindo negativamente na minha performance física”, analisou Peter. Completamente exausto, cheguei, por último, ao final do treino. Foram pouco mais de dezesseis quilômetros e 3h30 min. de caminhada. Já era noite e só então descobri o que é ser um romeiro. Ser romeiro é fazer longas caminhadas, é treinar o corpo e a mente, é sentir muitas dores, é ser recompensado através da fé, enfim, como diz a poesia, ser romeiro é: “Peregrinar indo ao encontro da superação do corpo, para revigorar a alma”.


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FISIOINFORMA

Avaliação Isocinética Atualmente existem diversos recursos tecnológicos que estão ajudando a medicina esportiva a ter melhores resultados tanto na prevenção quanto na recuperação de lesões em atletas ou praticantes de atividade física

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Gregory Buck Fisioterapeuta Desportivo greg.fisioterapia@hotmail.com

á é possível avaliarmos o paciente de uma forma precisa em relação a força muscular de determinada articulação. A avaliação isocinética nada mais é do que verificarmos a força de cada membro, saber os desequilíbrios musculares, e a partir daí estabelecer um treino de academia específico, sabendo onde estão as desvantagens que precisam ser melhoradas, prevenindo as lesões musculares. No caso de pós-cirurgia, o teste

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fotos: Arquivo pessoal Gregory Buck

é muito importe para podermos dar continuidade ao tratamento tendo mais segurança na volta a atividade física, pois ela consegue dar em números e porcentagens o nível muscular da articulação. Já é utilizada em quase todos os clubes de ponta do esporte mundial e aqui em nossa cidade os jogadores de basquete da Winner/Kabum Limeira já realizam todos os anos, apresentando bons resultados na prevenção de lesões durante a temporada.


A avaliação isocinética, então, permite o estudo da função dinâmica dos músculos através da avaliação quantitativa do arco de movimento, da força e de variáveis do desempenho muscular. Esta avaliação consiste na aplicação de uma resistência variável denominada acomodativa a uma contração muscular voluntária máxima durante movimento angular constante. A velocidade do movimento é fixa, controlada e pré-selecionada. Avalia-se a força muscular desenvolvida pelos grupos musculares através do pico de torque, da capacidade do músculo em desenvolver força ao longo do arco de movimento (potência); do trabalho total que é avaliado pela área da curva do torque e arco de movimento (quanto mais uniforme a curva melhor é a distribuição de força ao longo do arco de movimento); resistência muscular através do índice de fadiga (capacidade em manter determinada atividade). A avaliação pode ser aplicada no eixo das articulações de tornozelo, joelho, quadril, punho, cotovelo, ombro e coluna. Ao realizar o teste o indivíduo obtém os seguintes dados: • Força máxima e média; • Força desenvolvida em relação ao peso corporal; • Comparação da força entre os lados direito e esquerdo (lesado e não lesado); • Potência do músculo testado; • Relação de equilíbrio entre os músculos que realizam o movimento; • Resistência do músculo testado. Por permitir analisar esses dados, a avaliação isocinética mostra-se adequada para avaliação muscular dinâmica em relação às outras existentes. O dinamômetro isocinético permite a avaliação objetiva e direta. Com tais dados é possível também definir deficiências de força, potência e resistência de um grupo muscular.

Avaliação O avaliador escolhe as velocidades necessárias para que se possa conseguir os dados acima e o paciente realiza o exercício para a articulação que precisa ser testada, desempenhando sua força máxima. A resistência do dinamômetro isocinético varia de acordo com a força aplicada pelo paciente; portanto, quanto mais força fizer, mais resistente o aparelho fica e vice-versa. A isso chamamos resistência acomodativa.

Hélio, armador da equipe Winner/Kabum, realizando teste ainda na pré temporada

Desta forma, a avaliação se realiza de forma segura, pois o aparelho sempre vai responder de acordo com a capacidade individual, com uma carga adequada de trabalho. Diferentes movimentos podem ser avaliados e tratados e todas as principais articulações do corpo são capazes de serem avaliadas/tratadas. O aparelho pode ser usado também para treinamento muscular com resultados significativos no ganho de força e equilíbrio muscular. Vantagens • A avaliação oferece dados bastante objetivos e válidos que permitem direcionar um programa de treinamento e/ou reabilitação; • Há diminuição da sobrecarga muscular, visto a resistência do aparelho contra o movimento a ser realizado. Portanto, se o paciente apresentar dor durante o movimento ele responderá com diminuição de força e o aparelho imediatamente diminuirá a resistência fornecida, oferecendo acomodação para dor e fadiga; • Permite que o músculo seja exercitado com o máximo de força em todo o movimento, uma vez que a velocidade do exercício é controlada; • Permite reprodutibilidade de teste para comparação de resultados antes e depois de um período de reabilitação/ treinamento; • Permite isolar grupos musculares, determinando onde ocorrem os déficits. REC | 23


FISIOINFORMA

Leandro, pivô da Winner/ Kabum, realizando teste com fisioterapeuta Gregory Buck

Indicações e contraindicações A avaliação isocinética é essencial para atletas a fim de avaliar risco de lesões e orientar seu programa de treinamento/reabilitação. Também é indicada para pessoas que sofreram lesões do sistema músculo–esquelético (músculos, articulações, ligamentos, tendões), além de indivíduos que fo-

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Dalla, lateral da Winner/ Kabum, acompanhando os resultados junto aos avaliadores

ram submetidos a cirurgias – possibilitando melhor avaliação dos resultados pós-reabilitação. A avaliação está contraindicada em situações de muita dor, limitação severa da amplitude articular, inchaço importante, lesão muscular aguda, luxação aguda ou hipertensão arterial não controlada, problema discal agudo (lombalgia aguda, por exemplo), fratura não consolidada, gravidez, epilepsia, aneurisma, problema pulmonar ativo, cirurgia recente etc.


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foto: Renata Stradiotto

A distância pouco importa! Vinicius (dir.) e Julio abrem mão da balada por um final de semana dentro d´água. Para eles ser surfista é ter um estilo de vida próprio e, por isso, fazem de tudo para levar uma vida saudável, sem extravagâncias. Os dois procuram surfar pelo menos a cada dez dias, e fazem parte de uma estatística que só cresce: o “turismo do surf” está na moda e ganha força até entre os surfistas do interior paulista. Confira!

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Turismo do surf

Turismo do surf cresce

Vinicius e Julio no Píer da praia de Huntington Beach, na Califórnia

Mesmo estando a 220 km da praia mais próxima de Limeira, a cidade está cheia de surfistas. O litoral brasileiro já ficou pequeno para eles, tanto que estão rodando o mundo atrás das ondas

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texto e fotos | Igor Voigt

posto que já observou o pedágio da Imigrantes no início de um feriado prolongado e com sol, e ficou impressionado com o número de carros com pranchas no rack. Seriam todos eles surfistas? Vale lembrar que naqueles carros também encontraremos bolas de futebol ou raquetes de tênis, mas pouquíssimos deles se auto definiriam como tenistas ou jogadores de futebol, mas certamente todos, sem exceção, vão virar o bicho se alguém achar que eles não são surfistas. Se pesquisar na internet verá que o número de surfistas aqui no Brasil variam entre 300 mil

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e 3 milhões, algo em torno de 1000% de variação, portanto nem quero entrar no mérito desses números, quero apenas ressaltar que o surf está na crista da onda, até entre os limeirenses. O sonho de qualquer surfista é encontrar a melhor onda no local mais desconhecido. O que faz dos surfistas uma comunidade de pessoas com uma predisposição para empreender viagens a regiões remotas do país que vive ou, até, do planeta, movidos apenas pela vontade de surfarem “essas” ondas. É esse espírito explorador dos surfistas que

foto: arquivo pessoal Vinicius Monteiro

no interior paulista


os leva, muitas vezes, a serem responsáveis pela descoberta de novas localidades de surf. O limeirense Vinicius Monteiro, 31 anos, vive seu cotidiano atrás dessas ondas, mas não como surfista profissional, e sim trabalhando como agente de turismo de surf em uma empresa da capital paulista. “Quem é que não gostaria de ser um surfista profissional? Essa é uma profissão dos sonhos mesmo. Ser pago para viajar o mundo atrás das melhores ondas é simplesmente a vontade de todo surfista, não necessariamente um surfista profissional, mas apenas um freesurfer, viajando e conhecendo ondas perfeitas pelo mundo”, diz Vinicius que vê no surf um estilo de vida e não um simples hobby. “Comecei a surfar com 12 anos de idade. Foi meu primeiro contato com uma prancha de verdade. Aprendi a surfar sozinho mesmo, vendo amigos lá em Ubatuba e também assistindo à muitos vídeos de surf. Hoje em dia o surf representa tudo, minha profissão, meu escape, minha maneira de pensar e agir, enfim meu estilo de vida”. Para o estudante e surfista Julio Magalhães Felício, 27 anos, nascido na cidade de Itajobi-SP e limeirense de coração, o esporte passou a ser seu hobby depois de uma séria contusão sofrida em seu joelho. “Comecei surfar um pouco velho. Sempre andei de skate, corria campeonatos, tinha patrocínio, mas um dia treinando na pista de Jaguariúna rompi os ligamentos do joelho e acabei perdendo totalmente o foco. Tive a necessidade de abandonar o skate por um tempo e cuidar do meu joelho, foi aí que conheci o surf através de amigos que praticavam e senti que o impacto para o joelho era muito menor. Comecei devagarzinho e nunca mais parei”, conta o eclético Itajobiense devorador de música eletrônica, rock, reggae e fã das bandas Prodigy, Papa Roach, Slipknot, Wu-tan-clan entre outras. Vinicius e Julio são unânimes quando o assunto é a profissionalização do surf como um esporte de alto rendimento. Para ambos a imagem de que os surfistas eram irresponsáveis, maconheiros ficou no passado. “Acredito que com a exposição na mídia e grandes empresas investindo, o surf hoje em dia é visto como um esporte saudável, praticado até por grandes executivos”, diz Vinicius. Na mesma onda, Julio que morou um ano na Austrália lembra que no país dos Cangurus é fácil encontrar famílias de surfistas. “Lá é uma paixão nacional, você vê o pai levando o filhinho para surfar. Faz parte da cultura do país. Essa evolução é nítida, porque você vai surfar e o numero de praticantes e pessoas de todas as idades dentro da água é cada vez maior”, ressalta Julio. REC | 29


Keramas, Bali, Indonésia

foto: arquivo pessoal Julio Felício

Turismo do surf

Rodando o mundo atrás das ondas O Itajobiense Julio tem a alma caiçara e sonha um dia morar no Rio de Janeiro. Já surfou em várias praias do litoral paulista e de Santa Catarina, além de entubar umas ondinhas pelo mundo. “Surfei no México - Puerto Escondido; Peru - San Bartolo; Austrália - Gold Coast; Indonésia - Bali, Lombok e Sumbawa. Essas experiências só trouxeram coisas boas e que levarei por toda minha vida. Tudo que vivenciei só me fez crescer como ser humano”.Vinicius também já rodou o mundo. O agente de turismo dropou algumas ondas na Costa Rica,

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Lakey Pike, Sumbawa, Indonésia

Nicarágua, Sri Lanka, Peru e em alguns países da Europa. Inclusive já surfou na Califórnia na companhia do próprio Julio e de um grupo de amigos limeirenses. “A última viagem que fiz com meus amigos foi para o norte do Peru, em Lobitos. Estávamos em cinco limeirenses e foi muito divertido, pois como somos amigos a viagem fica muito melhor, já que além da amizade, é risada o dia inteiro e não tem stress. ‘Roubadas’ são normais em viagem de surf. Por algum motivo a Cia. Aérea extravia suas pranchas, longas esperas em aeroportos, carro encalhado e o idioma de outros países que, às vezes, se torna muito engraçado pelo fato de não sermos fluentes, mas arrumamos um jeito de se comunicar”, minimiza Vinicius.


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Lagoinha do Leste, Florianópolis, Brasil

Piscinas, Lobitos, Peru

Turismo do Surf Geralmente, quando os surfistas saem do mar estendem o surf para o seu dia-a-dia, seja através da maneira de se vestir, no seu comportamento em grupo, na sua preocupação ambiental, nas suas decisões de consumo, em suas conversas, em seus horários - onde abrem mão de uma balada noturna para acordar cedo para surfar, enfim vivem para e em função do esporte. Entretanto, morando no interior e sem praia, praticar os hábitos de um surfista é fácil, o difícil é viver sem o mar.

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foto: arquivo pessoal Vinicius Monteiro

Turismo do surf

Aqui no interior acredito que muitos dos surfistas conhecem o chamado turismo do surf, mas ainda é pouco divulgado”.

Esse deslocamento até uma cidade praiana já é caracterizado como turismo do surf, evento que cresce absurdamente. O surf virou um indutor da economia que movimenta cerca de R$ 5 bilhões no Brasil todos os anos somente com o mercado de confecção de equipamentos para a prática. Porém, um levantamento feito pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) estima que os recursos que circulam por causa do esporte sejam ainda maiores, se forem considerados o turismo, o setor de hotelaria, alimentação e transporte.

O Litoral Brasileiro possui 7.367 km de extensão e mais de 2.000 praias, que vão desde poucos metros de extensão como a Praia de Guanxuma (Ilhabela - SP) até centenas de quilômetros como a Praia do Cassino (Rio Grande - RS), registrada no Guiness Book como a maior praia do mundo com 245 km de extensão. Bem mais distante do que os surfistas do daqui do interior paulista gostariam, o litoral norte do Estado reserva praias mais tranquilas e menos lotadas que as do (bem mais próximo) litoral sul. Sem trânsito, o que é raro nos feriados e finais de semana, o percurso até Maresias, a praia mais badalada de São Sebastião, leva cerca de três horas, quase duas a mais que até Praia Grande, na Baixada Santista. O resultado é que o público que pisa as areias brancas e limpas das praias é aquele que se hospeda em um hotel ou pousada ou aluga casa para a temporada - gente que paga diárias de R$ 100 a R$ 3.000 em um hotel de luxo e que gasta de R$ 30 (difícil achar por menos mesmo) a R$ 200 em um almoço de frutos do mar.

De acordo com Vinicius, apesar da economia brasileira estar forte e estável, ele ainda vê o turismo do surf pouco difundido nas cidades do interior. “Os surfistas de hoje estão mais exigentes. Querem algo que possa unir uma boa estrutura com boas ondas, sem contar com a assessoria de pessoas que entendem do assunto. Hoje em dia existem pacotes para todos os bolsos, desde aquele que quer gastar pouco e pegar boas ondas, como também os que possuem um poder aquisitivo maior e conseguem levar toda a família para ficar num resort caríssimo.

Agora, se tiver com uma graninha sobrando, você pode pegar ondas nas Ilhas Maldivas, em Malé, na Índia. O valor do “investimento” por pessoa é de 4.500 dólares, mais taxa de embarque. “Esse pacote inclui passagem aérea voando Emirates (São Paulo/Dubai/Male/Dubai/São Paulo), 07 noites de hospedagem (all inclusive) no Hudhuranfushi Beach Resort, onda exclusiva de Lohis, atividades aquáticas, etc. Esse valor não inclui seguros, taxas de prancha, vistos, alimentação especificada, entre outros”, completa o agente de turismo Vinicius.


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Abre aspas

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“Quatro membros da Pavilhão 9 estavam sentados do meu lado e não estavam segurando nenhum tipo de artefato. As únicas coisas que tinham em mãos eram os instrumentos e as baquetas. Como poderiam ser culpados?”.

Guilherme você é exemplo de dedicação e honestidade. Tenho muito orgulho de estar ao seu lado, você vai longe com certeza. Não tem como ser diferente, Limeira ainda vai torcer por você no UFC, é só esperar para ver .

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foto: Igor Voigt

(Adrien Domingues – Professor de Jiu-jitsu, comentado sobre seu pupilo, Guilherme Faria,capa da REC do mês de fevereiro)

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(Fabrício Forster Sodré – limeirense que estava no estádio em OruroBOL e membro da torcida “Pavilhão Nove” do Corinthians, questionando o fato de quem é o culpado pela morte do garoto boliviano)


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É um garoto bom e humilde. Não é uma pessoa agressiva. A gente até brincava com ele que ele não é de falar muito. Foi uma atitude isolada na vida dele e ele vai ter que arcar com isso.Tenho certeza que ele está arrependido .

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foto: imagem de internet

(Álvaro Gaia – Técnico do Independente FC, tentando explicar o chute dado pelo seu jogador Sassá no árbitro Maurício Fioretti) Detalhe: ainda bem que ele não é agressivo.

Sofri um pouco na transição do ciclismo para a corrida, devido ao período de treinamento ainda estar na fase inicial, mas fiquei bastante satisfeito com o resultado final e, principalmente, com a natação, modalidade que venho dando prioridade nos treinos .

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(Thomaz Tropiano – Triatleta limeirense, comemorando a segunda colocação no 22º Triathlon Internacional de Santos)

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Primeiramente fico feliz de participar desta grande festa que é o Jogo das Estrelas. Sou um jogador jovem e isso é muito importante para mim. Foi um título difícil, mas isso deu um gosto extra para a minha conquista .

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(Matheus Dalla – jogador da Winner/Kabum, campeão do Torneio de 3 Pontos do Jogo das Estrelas, do NBB)

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NUTRINFORMA

Água: indispensável para a vida Esse líquido é de vital importância para um ser humano. E quando o assunto é a hidratação de atleta e praticantes de exercícios essa importância é ainda maior

Dra. Patrícia Milaré Lonardoni Nutricionista patrícia.milare@itelefonica.com.br

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água é o componente das células e por isso todas as nossas reações químicas internas dependem dela. O transporte de alimentos, a digestão, o transporte de vitaminas hidrossolúveis, o transporte do próprio oxigênio, dos sais minerais, todos são dependentes da água. Ela também está presente em

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todas as nossas secreções: no plasma sanguíneo, nas lágrimas, no suor, nas articulações, nos sistemas respiratório, digestivo e nervoso, na urina, na pele e até onde poucos imaginam como nas fezes e nos ossos – é isso mesmo, 20% dos ossos são compostos por água. É por tudo isso, que uma leve falta dela já faz com que sintamos muito o efeito.


Quando você sente sede, é porque você já perdeu aproximadamente 5% do seu peso corpóreo em água e todas as funções onde a água participa (praticamente todas as funções corpóreas!) já estão prejudicadas. E para quem pratica atividades físicas, a perda de líquido é ainda maior, tanto pelo suor quanto pela urina. A perda de líquidos no organismo, isto é, a desidratação, prejudica a performance do atleta além de deixá- lo expostos à riscos, pois a falta de água diminui a força muscular; aumenta o risco de cãibras, altera a percepção do esforço e o aumento da temperatura corporal – que afeta o desempenho físico do esportista. Além disso, o coração aumenta seu batimento, numa tentativa de se adaptar à alta temperatura. Com isso, o indivíduo fica mais fadigado. Aqui, já passou da hora desse praticante de atividades físicas repor seus líquidos. E a circulação sanguínea tenta levar mais sangue (com água e nutrientes aos músculos), em vão. Isso provoca um colapso circulatório, choque térmico e, finalmente, a morte. O corpo humano é composto de 72% de água, mas não armazena água, o que faz com que tenhamos que repor água todos os dias e várias vezes ao dia. Nós encontramos a água em seu estado natural, mas ela também é encontrada nos alimentos e em bebidas. Muitas vezes isso acaba trazendo prejuízos, principalmente para o atleta que pode ‘matar’ a sede com algum alimento ao invés de ‘matar’ a fome com o alimento e a sede com a água.

Água: antes, durante e após o exercício físico Pare com a infeliz ideia que suar emagrece. Suar emagrece de fazer um exercício bem feito, mas são as calorias queimadas pela atividade física que está fazendo você emagrecer, não pelo que você gasta de água. Claro que pesar-se antes e após o treino dará diferença de peso, mas essa diferença é em água. Assim que você tomar água, você vai repor o gasto perdido, em água. Inclusive, vou aproveitar para deixar claro que engordar não é após ter comido uma fatia de pizza. Não adianta pesar-se antes e após o jantar de sábado à noite. O engordar é dia após dia. O mesmo ocorre com o emagrecimento: emagrecer não é após um exercício. Não adianta pesar-se antes e depois do treino para ver se aquela aula gastou bastante caloria. Essa ação vale se você quiser calcular a sua perda de água que deve ser reposta adequadamente.

Quanto tomar: Antes: tome 500 ml de água 2 horas antes do exercício e mais 200 ml imediatamente (de 5 a 10 min.) antes do exercício; Durante: o ideal é consumir 150 ml de água a cada 20 minutos – exceto corredores. Se for o seu caso, faça ‘bocejos’ de água durantes treinos e corridas e preze pela quantidade consumida antes e depois; Após: calcule você mesmo. Para isso, faça o seguinte cálculo: Pese-se antes e após o exercício realizado. Anote a diferença de peso. Subtraia 1 kg. Se você tomou algum líquido durante o exercício, novamente subtraia do total a quantidade de líquido ingerida. O que sobrou, é o que deve repor. Exemplo: antes do exercício: 73,0kg; após o exercício: 70,3 kg = - 2,7 kg – 1,0 kg (que deve ser subtraído) = 1,7 kg o gasto foi de 1.700 gramas. Se você ingeriu 500 ml de água OU de isotônico = 1.700 – 500 ml (quantidade de líquido consumida durante o exercício) = 1.200 g que equivalerá a 1.200 ml. REC | 39


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Hidratação que vai além da água Durante o exercício, além da água ocorre perda de eletrólitos e energia. O ideal é usar isotônicos compostos de 6 a 8% de carboidratos (glicose, frutose, ribose, maltodextrina, dextrose, waxymaize, sacarose). Veja o rótulo: O total de carboidratos não deverá ultrapassar 20 g para cada 200 ml de líquidos para que os carboidratos sejam absorvidos mais rapidamente pelo organismo. Sucos de frutas não são adequados durante o exercício. Neles, a concentração de carboidrato é

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Muitos nadadores referem ausência de sede. Isso ocorre porque trocamos água com o meio em que estamos, mas isso não quer dizer que não estamos perdendo água. A natação é uma modalidade esportiva como qualquer outra e que necessita hidratação, inclusive tem um gasto de nutrientes muito específico.

o dobro da concentração de carboidratos presente nas bebidas esportivas, enquanto a quantidade de sódio é abaixo do ideal. Com isso, você terá a sensação de estar ‘cheio d´água’, mas com sede. Além disso, o sódio é um mineral essencial. Ele e o potássio servem para facilitar a absorção. Mas isotônicos com magnésio é a melhor opção para você melhorar seu rendimento físico, independente se sua modalidade é aeróbia ou anaeróbia. A temperatura também é importante. O líquido deve estar entre 15 e 22º para facilitar o esvaziamento gástrico. Quanto mais rápido ele for absorvido pelo organismo, mais rapidamente você sentirá os benefícios.


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ciências do esporte

Futebol

se ensina?

Por mais incrível que possa parecer essa pergunta é um dos grandes enigmas que pairam na cabeça de muitos brasileiros

Prof. Dr. Alcides José Scaglia Coordenador do curso de Ciências do Esporte da UNICAMP alcides.scaglia@gmail.com

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senso comum diz que, ou os craques já nascem sabendo jogar, dotados de uma genética privilegiada (o gene futebol), ou atribuem o talento a um dom divino. Mas, tudo não passa de folclore, dito popular. O senso comum não tem compromisso com a verdade, ou seja, não precisa se justificar. Fala e está acabado: é ver-

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dade. Já, ao se levar esta discussão para o campo da ciência, a história é outra, pois o pensamento científico presta conta de aquilo que afirma. Desse modo, não cabe apenas afirmar, é preciso explicar o método: a organização e ordenação de pensamentos e procedimentos, buscando explicar e justificar a(s) verdade(s) nas ciências naturais, humanas (sociais) e abstratas.


Assim, ao me apoiar nas teorias interacionistas, posso dizer que o homem é um ser condenado a ser livre, ou seja, em meio à sua liberdade, constrói o seu destino, produzindo cultura. Toda esta liberdade, que o possibilitou alcançar a evolução atual, é determinada pelo ambiente cultural que o rodeia. Os pássaros e outros animais vivem num ambiente natural pouco alterável, mesmo porque, alterações os levariam à extinção, pois nascem sabendo quase tudo que precisam para viver, sobrando-lhes poucas, ou quase nulas possibilidades de aprender novas soluções para sobrevivência.

Ensinado ou não, a montagem desse jogador reproduz o que temos de melhor no futebol atual

Cabeça do jogador Xavi: considerado o atleta com a melhor visão periférica do campo de jogo Tronco do jogador Rooney: muito forte fisicamente. Apesar de ser relativamente baixo, se dá bem no confronto físico contra qualquer adversário

Já o homem nasce sabendo quase nada, para viver num ambiente cultural muito alterável, portanto, tem a possibilidade de aprender quase tudo para a sua perpetuação, como saliente o professor João Batista Freire em “De corpo e alma”, sua mais densa obra. A humanidade só se perpetua devido às suas duas gestações: uma biológica, na barriga da mãe; outra social, quando sai do ventre materno. A gestação biológica, primeira etapa da perpetuação da espécie humana, concretiza-se devido à capacidade, adquirida em meio às evoluções, de procriar. Nesta procriação, dois hominídeos, de sexos opostos, copulam, doando metade de seus patrimônios genéticos para a criação de um terceiro, que caracteriza um ser intermediário. Este ser denomina-se genótipo, que nada mais é que um conjunto de genes (unidades de transmissão hereditária; situam-se nos cromossomos), que, interagindo com o meio ambiente, condicionam a manifestação de suas características, resultando no fenótipo (conjunto das características morfológicas e fisiológicas do indivíduo). Ao se preestabelecer o fenótipo, durante a sua coabitação com a mãe, ainda inserido na gestação biológica, apreende informações que não são genéticas, mas comportamentais. Percebe-se, então, que no ponto de partida, há um espermatozóide e um óvulo, que contêm todas as informações necessárias para formar um corpo, caracterizando um ser biológico. Todavia, como ressalta Albert Jacquard em seus livros “Todos semelhantes, todos diferentes” e “Elogia a diferença”, isso constitui apenas a matéria-prima: o corpo. Mas, para sua sobrevivência, não é suficiente construir um corpo, é necessário, também, formar um ser: o homem cultural. E é somente devido a essa magnífica insuficiência (saber quase nada ao nascer), que lhe garante a possibilidade de aprender quase tudo ao longo da vida, e, com isso, homologar sua condição de réu,

Perna direita do jogador C. Ronaldo: velocidade, força, habilidade e precisão fazem do português quase completo. Pelo Real Madrid tem média de mais de 1 gol por partida

Perna esquerda do jogador Messi: simplesmente eleito 4 vezes consecutivas o melhor jogador do mundo. Seus títulos e gols pelo Barça garantem sua hegemonia sobre os outros jogadores

condenado a ser livre para aprender. Estas conexões, que representam um limite para o inato, realizam-se por intermédio da contribuição de outros homens, caracterizando-se o adquirido, a cultura humana. Assim, inicia-se a gestação social (cultural), que vem completar e solidificar a gestação biológica, possibilitando a perpetuação da espécie. O homem, sendo um ser social, impregna e é impregnado pela sociedade. Para Jacquard, ser homem é partilhar da humanitude acumulada e participar com seu próprio contributo. Entendendo humanitude como a contribuição de todos os homens, de outrora REC | 45


ciências do esporte

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no motor, ocasionando assim, o aparecimento dos talentos esportivos, ou seja, pessoas que se sobressaem sobre outras na prática esportiva. Todavia, o que quero defender é o fato de que todos somos dotados da capacidade de aprender os atributos culturais produzidos ao longo dos tempos, pelas diferentes sociedades.

ou de hoje, para cada homem. Portanto, o homem está no mundo para se enriquecer com os atributos adquiridos e construir novos, que serão passados a outros homens. Entendendo, logicamente, que estes contributos não são transmitidos pelo patrimônio genético, pois não são assimilados em nível biológico, mas, tão somente, pela cultura. Esse superar-se atingiu todos os campos de atuação humana, quer seja no âmbito intelectual, no social, ou

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Portanto, sendo o futebol produto da cultura humana, ele é fruto da humanitude, logo é passível de ser ensinado. Ser um craque de futebol, já é outra questão que demanda um aprofundamento neste tema. Entretanto, o futebol é um esporte que, por ser coletivo, no qual cada jogador desempenha funções específicas, um craque será aquele que compreender mais rapidamente a dinâmica do jogo, sua lógica e as mais eficazes e eficientes respostas. Não precisando para isto excepcionais qualidades físicas, fato que é incontestável em outros esportes, principalmente os individuais. Sendo assim, esclarecido que futebol se ensina (em todos os seus níveis: iniciação, especialização e profissionalização) cabe agora descobrir como ensinar (como treinar) e isto será possível através de outra área do conhecimento: a pedagogia. Mais particularmente a pedagogia do esporte, imbricando esforços com as teorias do treinamento.


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aTLETISMO

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R e e s t r u t u ra ç ã o

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. R. L . A . O d e L i m e i ra Com a maré virando para melhor, a única entidade de atletismo oficializada da cidade quer profissionalizar esse esporte, às vezes, tão desprezível aos olhos do poder público, patrocinadores e investidores

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texto e fotos | Igor Voigt

e no país do futebol os outros esportes sempre são tratados como secundários, imaginem o que pensam do atletismo. Esse esporte, que em época de Jogos Olímpicos é bastante glamoroso, ainda é pouquíssimo difundido nas escolas e clubes de Limeira e do Brasil. Não temos como negar que do pouco que dele se conhece, muito está misturado à história particular de meninos e meninas – em sua grande maioria pobres -, que encontraram nas cor-

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ridas, saltos, arremessos e lançamentos, um meio para sua sobrevivência e inserção social. Com a missão de mudar esse cenário e oferecer oportunidades a crianças, jovens e adultos de aprenderem as técnicas do atletismo, além de contribuir na formação de um atleta-cidadão e representar Limeira, o estado e o país, há quatorze anos nascia a ORLA (Organização Limeirense de Atletismo), entidade fundada pelo competente professor de educa-


Esq. para dir.: Dimas Caetano - Presidente, Clóvis Pena - Professor, José Luiz Germano - Professor, Jéssica Caetano, Jefferson Caetano, Douglas Ribeiro, Jaderson Nascimento, Leonardo Carvalho e Rafael da Silva

ção física e mestre em atletismo, José Luis Germano. “Muitos atletas foram iniciados e desenvolvidos na ORLA. Temos cadastrados a participação de 12 deles em eventos internacionais, sendo que um deles correu a prova dos 100m sobre barreiras em duas olimpíadas”, ressalta Germano que atualmente exerce o cargo de coordenador técnico da entidade. De acordo com o atual presidente da ORLA, Dimas Ismael Caetano Junior, os quase trinta atletas da equipe, com idades entre 10 e 24 anos, ainda podem treinar na pista de atletismo do Sesi, porém hora ou outra terão que deixar o local. “Temos uma parceria com o Sesi que nos permite usar a estrutura do clube, mas a direção do Sesi manifestou a necessidade de destruir a pista e o campo de futebol para dar início na construção de uma escola”, lamenta o presidente. Sem se abater por mais essa dificuldade, Dimas e os diretores da ORLA estão, literalmente, correndo contra o tempo para viabilizar um outro local para o treinamento dos seus atletas. “Estamos com um projeto para fazer uma pista oficial com 400m circular e 6 raias lá na Praça Eduardo Basso, mais conhecida como campo do Gigantão, que fica no bairro Cecap. Para isso necessitamos de 14 mil m², e um amigo meu que é topógrafo fez uma medição prévia daquela área e verificou que existe um espaço de 21 mil m², bem mais do que precisamos. Quem está fazendo o projeto é outro amigo, e garanto que vamos conseguir adequar o campo, o playground e a pista de caminhada já existentes, juntamente com a pista”, diz Dimas. Dimas contou que foi realizada uma reunião com o prefeito Paulo Hadick, o ex-secretário de Esportes Caio Campos e alguns vereadores, e na ocasião entregaram o projeto da nova pista nas mãos do novo mandatário de Limeira. “Fomos atrás do prefeito porque li a matéria na REC onde ele disse que uma

de suas metas era construir uma pista de atletismo de primeiro mundo. Pois bem, ouvimos do prefeito que esse projeto será avaliado e dado andamento o mais rápido possível”. Segundo Germano, a intenção da ORLA é ter a concessão administrativa do local, mas não ser a “dona”. “Somos a única equipe de Limeira oficializada, registrada em cartório, filiada à Federação Paulista de Atletismo e a Confederação Brasileira de Atletismo, portanto queremos que esse projeto saia do papel e possa ser um instrumento de formação de atletas de alto rendimento. Hoje Limeira é apenas a quarta força da região de Campinas nos Jogos Regionais, mas no passado éramos sempre primeiro ou segundo lugar”, argumenta Germano que tem um vasto conhecimento de causa, já que fez seu mestrado em atletismo em Cuba - considerado um centro de excelência desse esporte, além de ser diplomado pela IAAF como treinador nível I e II, realizado em Santa Fé – Argentina, e, atualmente é aluno concursado na Academia Brasileira de Treinadores pelo Instituto Olímpico Brasileiro – COB.

Fusão entre ORLA e ALA Dimas disse que para o ano de 2013 a prefeitura de Limeira irá repassar à ORLA 42 mil reias. O presidente pretende ainda arrecadar outros 15 mil reais através do repasse vindo do ISS (Imposto Sobre Serviço) às entidades esportivas cadastradas na prefeitura. “Nesse ano fiz um balanço e teremos 110 mil reais de despesas, entre: taxa da FPA (6 mil reais/ano), equipe técnica formada por três professores e uma monitora, despesas administrativas, além 15 atletas que recebem ajuda de custo. Além disso, temos gastos com alimentação, transporte, viagens, hospedagem e uniforme dos REC | 49


aTLETISMO

Esq. para dir.: Dimas e Vânia Caetano - Diretores da O.R.L.A., Clóvis, Vanessa e Germano - Professores

“Certa vez ouvi numa das reuniões na Secretaria de Esportes que Limeira não poderia aparecer ‘careca’ nas competições que disputa, ou seja, no pensamento desse determinado dirigente nossa cidade tem que estar lá apenas para participar. Isso é inadmissível” (Dimas Ismael, Presidente da ORLA)

atletas. Então, como o nosso orçamento é de quase 60 mil reais, ficamos com um déficit de 50 mil. Esse dinheiro teremos que buscar fazendo almoços, jantares, bingos, rifas, e também contar com empresas que queiram ser parceiras do esporte limeirense, especialmente do atletismo”. Uma opção levantada pelo presidente Dimas para que o atletismo de Limeira volte a ter representatividade na região, no Brasil e até fora do país, seria uma fusão entre a ORLA e a ALA (Associação Limeirense de Atletismo) gerida pelo incansável José Car-

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los da Silva, o Fumaça. De acordo com Dimas faltou pouco para que a fusão concretizasse. “Eu e o Jorge, que é técnico da ALA, tivemos várias conversas para fechar esse acordo, mas o negócio foi esfriando e acabou que não decidimos nada. Seria bom para todo mundo, principalmente para o atletismo. Creio que se tivéssemos da prefeitura uma verba mensal de 70 mil reias, por exemplo, poderíamos ter uma bela equipe com 20 atletas de alto rendimento que nos representaria muitíssimo bem, mas...”, finaliza Dimas lamentando o fato de não ter dado certo o acerto com os responsáveis da ALA.


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recGAMEINFO

Video Game e mobilidade: um novo horizonte Quais são as previsões deste novo mercado? Quais são os jogos? A REC tenta tirar suas dúvidas. Acompanhe

Vinicius Prado

prado_vinicius@yahoo.com.br

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egundo Ryotaro Shima, vice-presidente mundial da Gree - uma das maiores produtores de apps e jogos mobile sociais do mundo - o Brasil tem potencial inexplorado com relação a este tipo de produto. Para o executivo, palestrante da Campus Party 2013, não

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há como discutir o gosto do brasileiro pela interação social e é só uma questão de tempo para que os games atraiam seu público. Responsável por alguns dos principais games jogados em smartphones pelo mundo, como Modern War e Monster Quest (ambos disponíveis no Brasil), Ryotaro afir-


mou que o potencial brasileiro pode ser visto em números: atualmente o país é o segundo mais presente no Facebook e Twitter, atrás apenas dos EUA. “Isto prova que o brasileiro adora se comunicar e interagir, e os games são apenas uma ferramenta que torna a interação ainda mais atraente.” Embora sofram alguma desconfiança da indústria, o VP da Gree aposta que a curva de crescimento dos jogos sociais em smartphones continuará crescente por muito tempo. “O faturamento da Gree cresceu 500 vezes nos últimos cinco anos, e a projeção para toda a indústria de games móbile no mundo é que, no fim de 2013, tenha triplicado seu tamanho em relação a 2010.” Com relação à desconfiança de que jogos móbile e sociais não se tornam lucrativos em longo prazo, Ryotaro afirmou que é apenas uma questão de encontrar o modelo certo de negócios. “Nós já tivemos casos onde muito dinheiro foi investido e não recuperado. Sendo assim, para nós, o segredo é manter o jogo acessível, sem pedir que as pessoas paguem muito por eles. Desta forma, acontecerá de forma mais lenta, mas o produto com certeza será lucrativo se tiver qualidade”.

foto: imagem de internet

E aquele jogo dos passarinhos?

foto: imagem de internet

Um dos jogos que mais traz dinheiro ao mundo dos aplicativos e seus desenvolvedores, é o Angry Birds. Faz tempo que estes pequenos pássaros caçam os porcos verdes e agora a caçada não irá custar mais nenhum centavo, para os usuários de iPhone, iPod Touch e iPad. Não, não estou falando da versão com publicidade, mas sim a versão completa e inteira do jogo. O primeiro Angry Birds está custando R$ 0,00 na Ap Store e ainda ganhou 15 novos níveis para o deleite de seus fãs - o melhor de tudo é que não teremos qualquer publicidade durante a jogatina, como acontece com o game no Android, onde é gratuito há certo tempo. Aparentemente esta promoção é por tempo limitado e faz parte do “App da Semana” que a Apple promove. A empresa da maçã seleciona um aplicativo que custará nada por uma semana, e desta vez o escolhido poderá ser o Angry Birds. O jogo foi lançado em 2009 para o iOS de pequenas telas, e um ano depois para o iPad (logo após o lançamento do primeiro iPad) em uma versão de alta definição. Desde 2011 a Rovio, empresa responsável pelo título, disponibiliza uma versão sem custo para o usuário, mas é menor e com fases diferentes. Esta é a primeira vez que o Angry Birds ganha 100% de desconto nos aparelhos da marca que Steve Jobs comandava. REC | 55


recGAMEINFO

fotos: imagens de internet

E os jogos vão além desses passarinhos... Dead trigger Este game é polêmico. Ele foi lançado no ano passado, como um game pago e por conta da pirataria, a desenvolvedora resolveu liberar o download e cobrar mais por algo dentro do jogo - as compras in-app. Esta é uma fórmula que muitos seguem e que dá certo. Enfim, o jogo é de tiro em primeira pessoa, num mundo recheado de zumbis. Precisa falar mais? Wild Blood Mais um game da Gameloft, desta vez com inspirações em God of War e na série Diablo, dos PCs - e de

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um PSOne, num passado bastante distante. O game é o primeiro da empresa que utiliza a engine Unreal e é um comedor de espaço interno do aparelho. São 2 GB necessários para a jogatina. A história do game conta coma presença ilustre de Lancelot, contra o Rei Arthur. Muito sangue, muita violência e muita diversão. Blood and Glory: Legend Imagina um Infinity Blade, só que do Android, com o cenário nas batalhas sangrentas do Coliseu e com gráficos dos melhores possíveis. Melhor ainda, é gratuito. Pois é, este é o Blood and Glory, um jogo sangrento e que você não controla o personagem livremente. Todos os movimentos são realizados por meio de pontos já estabelecidos e as batalhas exigem que o jogador passe o dedo na tela, freneticamente.


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rec risada

putz, será que inventaram esse esporte jogado com as mãos?

essa é a solução gasosa do crescimento? esvazia isso daí, cara

seu juíz, ele tá mordendo minha bunda!

valeu jon jones! essa cotovelada aprendi com você

a ótica que você foi vende óculos masculino?

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fotos: imagens de internett

fala sério, você colocou enchimento. não colocou?


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