Ele e mais quatro

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Ano 4 | Edição 40 | Junho 2013 | R$ 6,90

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Futebol

Bate-papo com Lucas Evangelista, limeirense, e que vem se destacando no SPFC

Romaria

348 km de bike e belas paisagens até a cidade de Aparecida

Pôquer

O esporte virou disciplina na Unicamp; Campeão Mundial será um dos professores

Game

Batalha declarada: Nintendo, Microsoft e Sony lançam seus novos consoles

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Guilherme Teichmann está de volta para ser o pilar de uma reformulação na Winner/Kabum. Será que ele segura essa bronca?


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EDITORIAL Seja bem vindo, Teichmann É espetacular sair de casa, rodar o mundo, não ter horário para nada, gastar irresponsavelmente um dinheirinho, ficar longe de todos os conhecidos, falar um idioma diferente, esquecer de tudo por uns dias!..., mas, no entanto, é muito melhor voltar para casa. “Voltar pra casa” é muito mais que simplesmente retornar àquele lugar onde você mora. “Voltar” é sempre um recomeço, um novo ponto de partida, uma retomada da vida... com a vantagem de que, depois do afastamento, podemos avaliar melhor o cotidiano e fazer uma faxina geral, de modo que as coisas entrem um pouco mais nos trilhos da estrada que conduz ao “ideal”. Então, digo: seja bem vindo, de novo, Guilherme Teichmann. Um dos grandes ídolos da Winner/ Kabum está de volta à sua casa. Ele vem para ser uma espécie de pilar da reformulação que passará a equipe limeirense. Confira a emocionante matéria que fizemos com o catarinense da cidade de Concórdia, mas que carrega Limeira em seu coração. Tenham uma boa leitura, e até a próxima.

Igor Voigt JORNALISTA

EXPEDIENTE Revista REC: Resenha Esporte Clube Diretores: Danilo Galzerano e Igor Voigt Revisão: Soraya Figueiredo Dantas Diagramação e Criação: Paolo di Luca Foto de capa: Newton Nogueira Jornalista Responsável: Igor Voigt - MTB 59231/SP Circulação: Limeira- SP Distribuição: condomínios residenciais, clínicas e consultórios, clubes, academias, restaurantes, bares, empresas, bancas e assinantes. Ano 04, edição 40 - Junho/2013.

CONTATO Telefone: (19) 3713-9265 Twitter: @revista_rec Facebook: REC Resenha Esporte Clube E-mails: contato@resenhaesporteclube.com.br jornalismo@resenhaesporteclube.com.br comercial@resenhaesporteclube.com.br Site: resenhaesporteclube.com.br Todo o conteúdo dos anúncios publicitários contidos nesta edição é de responsabilidade dos anunciantes. A REC conta também com especialistas da área da saúde que darão maior embasamento ao contexto geral da revista. Lembramos que especialistas e colaboradores não possuem qualquer vínculo empregatício com a REC. É proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização.


EDIÇÃO 40

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Foto da capa: Newton Nogueira

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Medicina Veterinária

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Futebol

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Guilherme Teichmann

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Crônica

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Romaria

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GameInfo

Fisioterapia em animais não é nova no Brasil, mas só agora chega à Limeira

Bate-papo com Lucas Evangelista, limeirense, e que vem se destacando no SPFC

Esporte sem glúten: É possível, sim, praticar atividades físicas sem glúten

Ele está de volta para ser o pilar de uma reformulação na Winner/Kabum

Quem fez os projetos dos estádios para a Copa não conhecia o futebol do Brasil

348 km de bike e belas paisagens até a cidade de Aparecida

O esporte virou disciplina na Unicamp; Campeão Mundial será um dos professores Batalha declarada: Nintendo, Microsoft e Sony lançam seus novos consoles


medicina veterinária

Fisioterapia em animais O tratamento fisioterapêutico em animais não é novo no Brasil, foi regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária em 2006, mas só agora chega à Limeira texto e fotos | Igor Voigt

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uando a cachorrinha Hanna foi mordida e sofreu graves ferimentos pelo corpo, sua proprietária, a dona Synara, ficou desesperada com o sofrimento do seu animalzinho de estimação. “Meu outro cachorrinho, um Basset, se assustou ao vê-la tendo um ataque convulsivo e acabou mordendo a Pincher, principalmente da região das suas costas. O ataque foi violento, tanto que deixou a Hanna paraplégica”, lembra Synara. Vendo Hanna sem andar, dona Synara procurou um tratamento para sua cadela e logo após o ataque

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deu início a sessões de acupuntura e fitoterapia, porém Hanna não obteve grandes resultados pelo fato das lesões ainda serem recentes. Foi então que dona Synara levou Hanna em seu veterinário de confiança, o Dr. Emerson Roberto Belisário Simões, da Clínica Morro Azul, localizada no Jardim Esmeralda. “A Hanna chegou aqui com uma lesão neurológica por um problema de coluna. Com um mês de fisioterapia seu quadro de paraplegia começou a ter melhoras significativas, ao ponto da Hanna conseguir se manter em pé, além de ter uma mobilidade maior”, explica o Dr. Emerson que também é pós-graduando em fisioterapia animal.


Quanto mais rápido começar a fisioterapia, mais rápido terá bons resultados. Isso evita a perda de massa muscular, dor intensa, mudança da biomecânica – postura, entre outras coisas

Dr. Emerson Roberto, cadelinha Hanna e Synara - proprietária da cadela

De acordo com o fisiatra, a fisioterapia em animais cada vez mais conquista espaço e respeito no âmbito veterinário, auxiliando no tratamento de problemas ortopédicos como artrite, artrose, musculares, luxações, pós-cirúrgico; neurológicos ocasionados por algum tumor; hérnia de disco; animais obesos e com muita idade (geriatra). “Geralmente a fisioterapia serve para cães, gatos e cavalos. Os animais mais agitados são os mais propensos a se lesionarem, sendo então os que mais fazem o tratamento. Cães obesos, idosos, corredores e o cachorro do tipo salsichinha - pela anatomia da sua coluna, também sofrem com lesões, tanto que sempre estão precisando do auxilio da fisioterapia”. O Dr. Emerson explica que a fisioterapia em animais precisa agir em três fatores: diminuição da dor analgesia, fortalecimento muscular e no estímulo do sistema nervoso. “Essas são as três vertentes para um bom tratamento. Para isso utilizamos uma gama de vários procedimentos como laser e fototerapia (terapia a base da luz – auxilia na diminuição da dor, cicatrização e regeneração); eletroterapia (fortalecimento muscular e diminuição da dor); hidroterapia (fortalecimento muscular, ativação neurológica); magnetoterapia (relaxamento muscular e diminuição da dor); ultrassom terapêutico (diminuição da dor, diminuição do edema – inchaço); cinésioterapia (alongamento e fortalecimento muscular, e estímulo do sistema nervoso); massagem (relaxamento muscular e diminuição da dor) e termoterapia (diminuição da dor, aumento da vascularização e diminuição do inchaço)”, além de 6 alguns outros ressalta o veterinário.

“O preço do tratamento é relativo. Quanto custa um animal viver sem dor, voltar a andar?... Então, tudo depende do que você quer proporcionar ao seu animal de estimação” (Dr. Emerson Roberto Belisário Simões, da Clínica Veterinária Morro Azul)

Cura total ou tratamento paliativo? A fisioterapia em animais também é utilizada com sucesso nos tratamentos pré e pós-operatórios ortopédicos, para alívio da dor, aumento de força e resistência, aumento da coordenação motora e da amplitude dos movimentos articulares e outros problemas. Segundo o Dr. Emerson, o tratamento pode curar completamente o problema ou apenas ser paliativo, tudo dependendo da patologia do animal. “Podemos ter a cura completa

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dependendo do caso, como, por exemplo, em uma torção da pata, dor muscular, etc. A fisioterapia é paliativa em casos de tetraplegia, paraplegia entre outros. O número de sessões de tratamento varia de acordo com cada caso, mas na grande maioria das vezes é aconselhável no mínimo 10 sessões, podendo chegar a 24 ou durante toda a vida do animal. A melhora também varia de caso pra caso: em lesões leves se nota resultado já na primeira sessão – em caso de dor, por exemplo. O indicado é que se faça o tratamento em dias alternados, pelo menos duas vezes na semana. Em casos de manutenção do tratamento é aconselhável a cada quinze dias”, explica. O Dr. Emerson faz um ressalva importante para casos contra-indicados. “Animais com câncer, por exemplo, não podem ser expostos a alguns aparelhos, principalmente os luminosos, devido à multiplicação das células cancerosas. Porém, os casos de câncer não inviabilizam a utilização da fisioterapia, apenas requerem cuidados especiais para o uso de alguns aparelhos. Os animais cardiopatas também merecem atenção especial, além disso, o velho bom senso deve falar mais alto ao analisar se o tratamento é ou não indicado para este ou aquele animal”, finaliza.

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Lucas

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Depois que Lucas foi para o Paris Saint-Germain, Lucas Evangelista passou a ser visto pela alta cúpula do São Paulo com muito bons olhos. O limeirense que foi adquirido pelo tricolor por R$ 2 milhões tem como principais características a qualidade de passe e drible, técnica na perna esquerda e pode desempenhar várias funções. Tem tudo para vingar e muito. Confira entrevista!


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SPFC Um destino traçado com o

Entre inúmeras idas e vindas, o limeirense Lucas Evangelista chegou ao profissional do tricolor paulista e agora quer fazer história dentro do clube texto e fotos | Igor Voigt

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e o mundo dá voltas,... no futebol ele dá voltas e mais voltas. Nascido e criado no bairro Nossa Senhora das Dores, aqui em Limeira, o jovem Lucas Evangelista, de 18 anos, está começando a fazer sucesso no poderoso São Paulo Futebol Clube. Lucas, que começou na escolinha de futebol do Clube dos Metalúrgicos, chamou a atenção do tricolor quando tinha apenas onze anos.

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Na época, indicado por um olheiro chamado Tupã, o limeirense realizou dois testes, sendo que no primeiro foi reprovado. Ficou três longos anos indo de carona, de segunda a sexta-feira, para o Morumbi com seu amigo Matheus Garcia, que também era de Limeira. Entretanto, seu amigo acabou sendo dispensado do São Paulo e, consequentemente, também precisou deixar seu sonho de lado. Sem condições financeiras


Lucas tem contrato até o final de 2014, porém, ao que tudo indica, deve ser renovado

para pagar o transporte até a capital, Lucas voltou a Limeira e retornou ao Metalúrgicos.

REC: Como você se define enquanto jogador? Tem alguém em que você se inspira?

Mas seu talento já era sabido por várias outras equipes, tanto que pouco tempo depois o limeirense já estava no Desportivo Brasil, da cidade de Porto Feliz-SP. Este clube lhe deu totais condições para se tornar um atleta, desde moradia até sua formação como jogador. Porém, parecia que seu destino já estava traçado com o tricolor, e um ano depois lá estava Lucas de volta à base são-paulina. Agora sim viveriam uma lua de mel! Errado. Um mês depois Lucas retornaria ao Desportivo Brasil para participar de um projeto com o clube inglês Manchester United. Foi à Inglaterra, treinou, jogou, contudo aquele não foi o momento de permanecer no velho continente. Retornou ao Brasil e adivinhem... Mais uma vez o São Paulo ofereceu um projeto aos seus pais e agora Lucas é jogador profissional do tricolor.

Lucas: Sou um jogador determinado que nunca está satisfeito e que sempre busca aprimorar a cada dia de treinamento. Sou muito objetivo nas jogadas e gosto de finalizar e passar bolas progressivas em direção ao gol adversário. Gosto do jogo coletivo e que envolve toda nossa equipe, ou seja, atacando e marcando todo mundo junto. Inspiro-me no Rogério Ceni, e em toda a história que ele construiu no São Paulo.

De acordo com o jornal Diário de S. Paulo, o tricolor ampliou sua participação nos direitos de Lucas Evangelista. O presidente Juvenal Juvêncio havia pago R$ 1 milhão por seu empréstimo de dois anos e 30% dos direitos econômicos. No entanto, há pouco tempo atrás, dobrou o investimento, ampliou o tempo de contrato e também sua participação nos direitos até 60%. Que ironia do destino. O São Paulo fez um alto investimento para contratar um jogador que ele próprio ajudou a criar. Esse é o futebol. Feliz da vida Lucas não tem nada a ver com isso e agora só quer fazer uma bela história no time do Morumbi. De passagem por Limeira, em virtude da pausa para a Copa das Confederações, o filho da dona Marta e do seu Jesus bateu um papo com a REC.

REC: O que passou pela sua cabeça quando o Ney Franco deu a notícia de que você subiria para o time profissional? Lucas: Alegria, cobrança, entusiasmo, tudo junto,... sabe? Mas, acima de tudo, a certeza de aproveitar a oportunidade e saber que tenho que conquistar meu espaço no profissional com esse clube maravilhoso. REC: Está preparado para essa responsabilidade? Lucas: Sim! Já carrego a minha cobraça pessoal que é a maior responsabilidade de todas. REC: Ainda está tímido no meio das feras ou já se ambientou bem com todo o grupo de profissionais? Lucas: No começo é um pouco diferente. É como o primeiro dia de aula em uma nova escola, mas já

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me ambientei e todos os jogadores do elenco são excelentes pessoas e me fazem sentir muito bem. REC: Ganso e Jadson são seus concorrentes de posição. Você acredita que terá grandes oportunidades neste Brasileirão? Lucas: Não considero eles como meus concorrentes de posição. Eles são meias armadores e eu sou um meia-atacante, enfim, é uma função diferente no campo. REC: E o Rogério Ceni: como ele é? Lucas: Fantástico! Uma referência e inspiração para eu poder fazer minha história aqui. Procuro absorver o máximo possível com ele sempre que estamos juntos. REC: O presidente Juvenal é daquele jeito que aparece nas entrevistas ou tudo aquilo faz parte de um personagem criado por ele? Lucas: O pouco contato que tive com ele foi extremamente positivo. Ele é muito coração e faz de tudo para ajudar o clube. Ele está no foco porque não se esconde nos momentos de dificuldade, o que é muito legal.

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REC: Além do salário, o que mudou na sua vida depois que subiu para o profissional? Lucas: O salário não mudou. O que apenas se intensificou foi minha fome de crescer, trabalhar e ralar que é o que eu gosto. REC: : Comprou um carrão com seu primeiro salário, assim como fazem seus colegas de profissão ou já está fazendo seu “pé de meia”? Lucas: Não comprei não. Sei que tudo que passei na base já é passado e, agora, tenho que começar de novo. Devagarzinho estou tentando fazer o pé de meia sim. REC: Lucas, primeiro gostaria de te agradecer e desejar sucesso na carreira. Pra terminar a pergunta mais fácil: o São Paulo vai papar esse Brasileirão? Lucas: Obrigado! Vou suar sangue para isso. Pode ter certeza. O grupo é muito forte e acredito bastante.

REC: Aliás, ele está tratando você como a mais nova joia do clube. Então, pergunto: quais seus objetivos dentro do São Paulo e no futebol de maneira geral? Lucas: Quero fazer história no clube, conquistar títulos e a torcida. Meu objetivo é ser o melhor jogador que eu puder. Aí, tudo é consequência. Mas tenho como a meta mais próxima jogar a Olimpíada aqui no Brasil e conquistar a medalha de ouro que o Brasil ainda não tem. REC: Você é jogador da Traffic? Inclusive, quando mais jovem, já foi alvo de uma polêmica no próprio tricolor? O que exatamente aconteceu? Lucas: Hoje sou jogador do SPFC. REC: E essa história de que o São Paulo aliciava atletas de base. Isso é verdade? Aconteceu com você? Lucas: Não é verdade. Comigo não houve nada disso.

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Esporte sem glúten É possível, sim, praticar atividades físicas sem glúten; uma proteína que pode desenvolver hipersensibilidades e doenças graves

Dra. Patrícia Milaré Lonardoni Nutricionista patrícia.milare@itelefonica.com.br

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glúten é a proteína encontrada no trigo, na aveia, na cevada, no malte, no centeio e em seus derivados, como pães, massas, bolachas, cerveja, uísque e em uma infinidade de produtos industrializados. Composto por dois grupos de proteínas - as gliadinas e as gluteninas – o glúten e seus subprodutos são os responsáveis pela elasticidade, umidade e o bom crescimento das massas. Além dos alimentos a base de farinha de trigo e farelos (como pães, bo-

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los, tortas, macarrão, biscoitos) e de outros alimentos à base de aveia, centeio, malte e cevada, há uma série de alimentos que contém glúten como, sorvetes, achocolatados e outros, por serem enriquecidos com algum ingrediente composto de glúten ou pelo fato de ser manuseado alimento com e sem glúten no mesmo equipamento. Isso faz o alimento que não contém ingredientes com glúten ser contaminado, o que poderia causar reações em pessoas sensíveis e intolerantes.


E é obrigatório por lei o alimento indicar a presença ou não de glúten, pois os portadores da doença celíaca são intolerantes ao glúten. A doença celíaca é uma enteropatia autoimune, isto é, uma patologia que acomete o intestino, em que o portador possui inflamação da mucosa intestinal, com manifestação de dor abdominal, náuseas, vômitos, empachamento do estômago e diarréia ou obstipação e, com isso, diminuição na absorção de nutrientes, entre eles, carboidratos e gorduras, o que leva o indivíduo à fadiga crônica, falhas de memória, osteopenia, osteoporose, entre muitos outros problemas. Porém, há indivíduos que desenvolvem uma sensibilidade ao glúten pelo consumo excessivo dos alimentos em que o glúten está presente. E isso pode acontecer ao longo da vida. E na sensibilidade ao glúten, os indivíduos podem ou não desenvolver sintomas gastrointestinais, o quadro clínico

é geralmente menos severo e o individuo normalmente não demonstra sintomas imediatos após a ingestão do glúten. Mas ele apresentará sintomas tardios como o aumento da chance de inflamações, obesidade, doenças auto-imunes (tireoidite de Hashimoto, diabetes tipo I, hepatite autoimune), e alterações neurológicas como alterações do humor, agressividade, perda da memória, depressão, redução da capacidade intelectual e da disposição física e enxaqueca. E temos também a alergia ao trigo, que é uma reação imunológica especifica para trigo. Os sintomas mais comuns relacionados com a alergia ao trigo são: coceiras generalizadas, dores de cabeça, dores abdominais, náuseas, tosses persistentes, dermatite atópica e rinite. A alergia ao trigo pode ocorrer por meio de inalação, conhecida como asma do padeiro, ou por meio da ingestão do alimento.

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Consuma pães, bolos, biscoitos, tortas e massas em geral, compostos de: fécula de batata, flocos de arroz, farinha de mandioca, polvilho, amido de milho, fubá ou farinha de quinua

Glúten e atividade física Já deu para perceber que não é preciso ser doente celíaco para ser sensível ao glúten. São frequentes sintomas como diarreia, vômitos, náuseas, dores de cabeça, fadiga constante. Ainda que exames de sangue não tenham apontado doença celíaca, é possível viver sem glúten, mesmo sendo praticante de um esporte. E recentemente vemos atletas como o tenista Novak Djokovic e o lutador Vitor Belfort que seguiram dietas sem glúten e obtiveram sucesso. Por quê? Os motivos são muitos pois ao retirar o glúten, pelo menos por 8 semanas, já é possível:

Você dar uma boa ‘desintoxicada’ no intestino. Afinal, tente fazer um pão com pouca farinha de trigo. É bem difícil, não é? Quando você aumenta a quantidade de farinha de trigo a massa fica elástica, mas toda essa elasticidade vai ‘cobrir’ sua mucosa intestinal e muitos nutrientes importantíssimos para aumentar sua performance, vão passar reto no intestino e você não os absorverá. Com isso terá falta de nutrientes para melhora de sua performance;

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Peixes, ovos, frango, frutas, legumes, verduras, arroz integral, milho, soja, lentilha, ervilha, amaranto, tremoço, grão-de-bico entre outros, também não contém glúten

Você enxugar gorduras – quando falo ‘enxugar’ gordura isso não significa diminuir o peso na balança, mas sim, diminuir a quantidade de gordura corpórea do corpo. Sem essa ‘cola’ no intestino que o glúten forma, você se sacia mais rapidamente, tem fome de alimentos mais saudáveis e menos fome para alimentos viciantes e junk food;

Aumentar a disposição – essa ‘cola’ que o glúten forma em nosso intestino faz com que nos sintamos mais ‘pesados’, letárgicos e preguiçosos. Sem o glúten, você terá muita disposição para um treino forte e/ou para um longão.

Ganhar massa muscular – com uma mucosa intestinal ‘limpa’, você absorve mais nutrientes, como, proteína contribuindo para seu ganho de massa muscular;

Existem muitos alimentos livres de glúten capazes de suprir as necessidades de quem pratica esporte. Dê a você 8 semanas sem glúten e verá que valerá a pena!

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Guilherme Teichmann

foto: Newton Nogueira

Em Franca era capitão e um dos líderes da equipe. Largou tudo e decidiu voltar para sua antiga casa. “Aqui em Limeira eu pretendo firmar mais o meu nome na história do time e da cidade. Na minha primeira passagem eu fiz isso, e espero fazer novamente com títulos e muitas vitórias marcantes para toda torcida limeirense!”

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“Estou muito feliz e motivado com a volta a Limeira. Espero que esse ano seja muito bom e que todos compartilhem esse sentimento. Quero fazer desta segunda passagem ainda mais marcante que a primeira” texto | Igor Voigt

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nsioso e feliz da vida. Fã dos seriados americanos de comédia “How I Meet Your Mother” e “The Big Bang Theory”, entusiasta da biografia do ex-tenista americano André Agassi e um bagunceiro confesso quando está na companhia dos seus três cachorros, Guilherme Teichmann está de volta a Winner/Kabum para resgatar um passado recente de glórias dele próprio como também da equipe. Campeão Paulista de 2009 com a equipe limeirense, Guilherme Frantz Teichmann, 29 anos, é nascido em Concórdia-SC, formado em administração

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com foco em Marketing na universidade de Tulsa, Oklahoma-EUA, e sem dúvida alguma é um atleta diferenciado dentro e fora das quadras. Aos 11 anos Teichmann iniciou no basquete por diversão, nas categorias de base do Corinthians, na cidade de Santa Cruz do Sul-RS. A escolha pelo basquetebol deu certo, mas Teichmann revelou que tentou outros esportes. “Fiz natação por muito tempo e depois de já jogar basquete eu pratiquei tênis por um ano, ao mesmo tempo que já treinava basquete. Gosto muito de jogar tênis e nadar até hoje. Quando parar de jogar vou praticar esses esportes por muito tempo”, afirma.


Aos 15 anos Teichmann saiu de casa para ganhar o mundo. Sua primeira parada foi no clube Monte Líbano, de São Paulo, onde realmente descobriu seu talento para o basquete. De São Paulo, o catarinense fez uma ponte aérea e parou no Rio de Janeiro, para atuar no Vasco da Gama. Voou mais alto e foi parar nos EUA, na universidade de Tulsa. “Lá aprendi muito sobre o jogo e me dediquei bastante aos estudos. Mas fui realmente apresentado ao cenário nacional após a minha primeira temporada na Winner, onde cheguei a participar Jogos Pan-americanos do Rio, em 2007”.

Além da Winner Teichmann passou pelo Corinthians-RS, Ajax-GO, Flamengo-RJ e Franca, rival histórico dos limeirenses. “Também tive passagem pela Seleção Brasileira de base, em 1999”. Assim como 99% dos jogadores de basquete Teichmann também tinha o sonho de atuar na NBA, principal liga de basquete do mundo. “Esse momento já passou. Quando me formei na universidade não tive boa visibilidade e, por isso, não tive oportunidade. Depois disso não surgiu nenhuma chance e o sonho foi ficando distante”, lamenta.

foto: Newton Nogueira

Teichmann (nº 13), ainda em ação pelo time de Franca

A volta para casa O acerto para o retorno de Teichmann à Limeira aconteceu na manhã do dia 22 de maio, e veio para confirmar as especulações de que o time de Demétrius vem muito forte para a próxima temporada. Aliás, o ala-pivô está de volta para ser o pilar da reformulação que passa a equipe limeirense. “Minha história aqui e a proximidade com algumas pessoas que formam a equipe foram fundamentais na minha volta. No ano passado eu não vim pra cá por pouco, e por acreditar que Franca seria uma boa equipe para eu jogar. A parte financeira não foi um fator principal na minha decisão”, garante Teichmann.

NBB 1 por Limeira e comemorou o título estadual. Naquele ano, teve médias de 13 pontos e 7 rebotes por jogo, suas melhores estatísticas da carreira. “Era uma equipe muito forte, com muitos jogadores de talento e que mesmo assim conseguiu jogar coletivamente. Todos sabiam as suas funções e ajudavam o time da forma que era preciso! Foi assim que conseguimos formar um grande time e jogar de acordo com o potencial que tínhamos. Naquela minha primeira passagem o episódio mais marcante, sem dúvida, foram os jogos finais do Campeonato Paulista que fomos campeões. Era um título muito perseguido por todos aqui em Limeira, e durante dois anos nós lutamos muito para alcançarmos essa conquista”, recorda o catarinense.

Com 1.761 pontos em 151 jogos, média de 11,6, Teichmann é o 12º maior cestinha da Winner na história. Inclusive, em 2009, Teichmann disputou o REC | 29


Guilherme Teichmann

foto: imagem de internet

“Acredito que somos um dos favoritos para conquistar o Paulista. Hoje existem muitas equipes fortes no estado de São Paulo. Podemos dizer que existem no mínimo 4 equipes favoritas ao título e mais 3 ou 4 que podem surpreender” (Guilherme Teichmann)

Teichmann revelou que o flerte entre ele e o gestor da Winner/Kabum, Cássio Roque, nunca deixou de acontecer. “Todos os anos que estive fora conversávamos sobre a possibilidade de voltar, mas ele sempre respeitou a minha decisão e sabia que quando surgisse a oportunidade certa eu voltaria a jogar aqui em Limeira. Este ano nós conversamos alguns dias após a desclassificação de Franca no NBB. Ele me mostrou que teríamos um elenco forte e que eu

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era o cara certo para iniciar esse novo projeto para um grande time. Foi uma decisão muito difícil, pois eu estava em um ótimo projeto e que deu muito certo na última temporada. Mas na hora de decidir, eu confiei que teríamos um grande time”. No time de Franca o ala-pivô era um dos principais atletas da equipe, inclusive sendo o capitão do time. Mesmo assim garante que voltar para Limeira não


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será um passo atrás na carreira. “Queremos fazer de Entrando no futebol Limeira um exemplo para todos os times do NBB. Um por atacado exemplo de profissionalismo e seriedade, em que o basquete é levado a sério. A Winner já tem esta fama, e eu acredito que com o passar dos anos o projeto vai melhorar ainda mais”. Teichmann confia muito no trabalho e na capacidade do técnico Demétrius, tanto que rasgou elogios ao novo comandante: “Vejo nele um técnico muito detalhista e estudioso. Ele sabe implantar um jogo coletivo onde todos participam. Eu gosto disso e acredito que esta é a melhor forma de dirigir uma equipe. Na minha opinião, precisa haver um equilíbrio. A defesa é a base de uma equipe vencedora, em que você consegue tranquilidade para atacar. Mas só defender não é suficiente para ganhar títulos. O meu jogo é muito ativo defensivamente, e assim acredito que o meu perfil se encaixa bem ao do Demétrius”.

Com a Seleção Teichmann foi campeão dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007

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foto: arquivo CBB

Confiante em um bom desempenho, Teichmann revelou que não sente pressão e nem medo de desapontar a exigente torcida de Limeira. “Quero fazer mais história nesta passagem por Limeira. Não tenho esse medo por saber que na minha primeira passagem aqui eu não fiz nada além do meu potencial, por isso, só preciso jogar com a mesma intensidade e vontade, que tudo o que fiz antes vou fazer novamente. Todos sabem que não sou um cara pra fazer 30 pontos em um jogo, mas sabem que me dedico muito e ajudo o time de várias maneiras”, completa.

“Queremos levar a Winner a disputar torneios internacionais, ficar entre as melhores no NBB. Queremos que a torcida cobre, mas sempre reconhecendo que todos ali estão se dedicando ao máximo e que nem sempre as coisas acontecem da maneira que queremos” (Guilherme Teichmann)

Um susto com o câncer O final do ano de 2011 foi de muita reflexão e apreensão para Guilherme Teichmann. Diagnosticado com tumor no testículo em novembro, o então ala do Flamengo foi obrigado a se afastar das quadras. “Comecei a sentir dores, e sabia que não era normal o que estava sentido. Por isso logo procurei um médico especialista que solicitou os exames que comprovaram a existência do tumor. O tumor que eu tinha é bastante comum entre homens na faixa etária de 20 a 35 anos. Depois que divulguei o que tive, muitos vieram até mim falando que passaram pelo mesmo problema e que hoje levam uma vida normal. Apesar do susto, nunca achei que fosse morrer”. Teichmann passou por uma cirurgia para retirada do tumor e pouco mais de dois meses do seu afastamento já estava de volta às quadras. Preferiu um acompanhamento de perto ao invés de uma dolorosa quimioterapia. “Eu preferi fazer o acompanhamento e até hoje estou muito bem, sem nenhum indício da volta do tumor. Logo depois do diagnóstico fui informado que levaria uma vida normal após o tratamento. Um exemplo do meu caso é o Nenê (que joga na NBA) e passou pelo mesmo que eu e também leva uma vida normal”, finaliza.


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Engenheiros ou o quê? Quem fez os projetos dos estádios para a Copa do Mundo não conhecia o mercado de futebol do Brasil ou estava pouco se lixando pra ele texto | Igor Voigt

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nfim os estádios para a Copa de 2014 estão ficando prontos. Desde o anúncio que seríamos sede do Mundial, as cidades escolhidas tiveram mais de cinco anos para construir estádios, melhorar a infra-estrutura de acesso e de transporte, melhorar os aeroportos, melhorar a segurança, melhorar tudo mais. O tempo urgiu e 70% das coisas prometidas não vão ser realizadas.

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Os estádios certamente irão. De resto, possivelmente não veremos mesmo. Lembro-me quando um engenheiro japonês disse que cinco anos era um prazo e tanto para o Brasil se estruturar. Inclusive o oriental disse que seria possível planejar e implementar um projeto de um trem bala que ligasse dois pontos a 500 quilômetros de distância um do outro? Só no país dele mesmo. Aqui, trem bala... nem a pau, Juvenal.


Estádio Maracanã

foto: imagem de internet

As obras do novo Maracanã ficaram além do que é exigido pela FIFA, mas aquém do necessário para a Olimpíada de 2016. Um inquérito aberto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro apura o motivo de o governo Sérgio Cabral gastar em itens não obrigatórios para 2014 e ignorar adaptações necessárias para 2016

De qualquer forma, focaram naquilo que obrigatoriamente teria que ficar de pé, os estádios. Os projetos são sensacionais. Um mais bonito que o outro, principalmente com a lotação máxima, os fogos de artifícios, os papéis picados e tudo mais que apresentaram junto com as projeções das construções. Menos a “Caxirola”. Ainda bem. Aparentemente, entretanto, quem montou os projetos não conhecia muito bem o mercado de futebol brasileiro, ou então não estava preocupado com ele. Porque é fato que esses projetos não são minimamente racionais. Uma prova disso é que dos doze estádios escolhidos, cinco mantiveram o formato oval, e apenas um desses cinco tem uma pista atlética. Ser um estádio oval com uma pista atlética já é um desperdício. Ter um estádio oval sem pista atlética, então, beira a burrice. Para começar, nenhum estádio justifica uma pista atlética. É um baita desperdício de dinheiro. Fora um ou outro evento, que acontece uma ou outra vez por década, nenhum estádio lota por causa de atletismo. É uma triste verdade. E não ter a pista é pior ainda. Isso é um certo padrão da arquitetura atual dos estádios brasileiros, e a Copa seria uma grande chance de mudar isso. Ao afastar o público do campo, você minimiza a atmosfera do jogo o que implica em uma grande perda de atratividade. Estádios com arquibancadas mais próximas do gramado atraem mais torcedores. Isso é fato comprovado.

Além disso, a área que fica entre a arquibancada e o gramado não pode ser utilizada para nada. Uma das tendências de comercialização de estádios é maximizar a utilização do espaço que fica abaixo das arquibancadas. Os 10 metros que separam a arquibancada do campo podem representar um desperdício de uma área de mil metros quadrados que, eventualmente, poderiam ser utilizados na construção de algum empreendimento comercial. Na pior das hipóteses, representam cerca de 100 vagas de estacionamento. Mas isso, por si só, não demonstra a falta de compreensão do mercado de futebol do Brasil. O pior é o tamanho dos estádios. É óbvio que a estrutura montada é um exagero. É um exagero tão grande que chega a ser ridículo. A média de lugares dos doze estádios é de 58.400 lugares por estádio. A melhor média de público de um Campeonato Brasileiro foi em 1983, com 23.000 torcedores por jogo, o que corresponderia a uma taxa de ocupação de 39% dos novos estádios. A média histórica dos Campeonatos Brasileiros é de 14.300 torcedores, o que corresponde a uma taxa de ocupação de aproximadamente 25% dos novos estádios. Ou seja, pra ficar bem claro, a capacidade média dos novos estádios é quatro, eu disse quatro vezes maior do que a média histórica de público no melhor campeonato do Brasil.

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crônica

Estádio Mané Garrincha

foto: imagem de internet

Em 2010, quando foi assinada a Matriz de Responsabilidades da Copa, a previsão de gastos com as obras do Mané Garrincha era de R$ 745,3 milhões. No entanto, segundo o último levantamento do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), o valor gasto totalizou mais de R$ 1,2 bilhão

O Brasiliense, time mais bem colocado de Brasília, joga a Série C do Campeonato Brasileiro. Ele vai passar a jogar no novo estádio Mané Garrincha. A capacidade do novo Mané Garrincha será de 76.323 torcedores. No Campeonato Brasiliense de 2013 a média de público do Brasiliense foi de 1.153 pagantes por jogo, o que corresponderia a uma taxa de

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ocupação de 1,5%. Um e meio por cento! Arredondando para cima! É óbvio, portanto, que quem fez os projetos dos estádios para a Copa do Mundo não conhecia o mercado de futebol do Brasil. Ou isso, ou estava pouco se lixando com esse mercado. Ou então, os dois. Não faço ideia de qual seja a opção mais verdadeira. É, até faço. Aliás, todos sabemos, né.


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romaria de bike

Ciclistas peregrinos Montados sobre suas bikes, 46 ciclistas de Limeira realizaram no começo deste mês a 3ª Romaria até a cidade de Aparecida

foto: Mario Bucci

texto | Igor Voigt

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Romaria é mais que um simples passeio de bike. As pessoas que participam desta cicloviagem normalmente acabam fazendo uma reavaliação de suas vidas, revendo alguns conceitos e valores. Existem durante o percurso alguns momentos de oração e partilha com os companheiros de viagem, e tudo isso acaba se transformando numa experiência valiosa para os

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participantes”, enaltece o personal trainer e coordenador da Romaria de Bike, da CARA (Casa de Apoio Romeiros de Aparecida), Silvio Antônio Pereira. Nove no primeiro, e vinte e seis no segundo foram o número de ciclistas que participaram das duas primeiras edições e, de acordo com Silvio, a tendência para 2014 é que setenta ou mais ciclistas


participem da Romaria de Bike. “É tudo muito organizado! Durante todo caminho contamos com uma estrutura de apoio: (uma moto, uma caminhonete, um Jipe e um ônibus), como na Romaria a pé, nos acompanhando e dando todo suporte necessário para a segurança e o bom andamento da Romaria. Além disso, é obrigatório o uso de todo equipamento de segurança do ciclista como capacete, óculos, luvas, e da bike como refletores e sinalizadores”.

A bordo da sua mountain bike GTS - Shimano Deore, 27 marchas, própria para trilha, Evandro contou que o percurso cheio de subidas além da grande quilometragem foram suas maiores dificuldades, no entanto seu treinamento pré Romaria garantiram uma viagem sem tantos problemas. “Não tive nenhum problema físico, somente o cansaço próprio das pedaladas. Mas não pensei em desistir em nenhum momento. Eu já treinava diariamente, e com quatro meses de antecedência à viagem intensifiquei meus treinos. Andava 30 km de segunda, quarta e sexta, e 50 km de terça e quinta”.

foto: Mario Bucci

Foram quatro dias e 348 Km de pedaladas por lugares inesquecíveis. Quem já foi, diz que o Caminho da Divina Providência, que é o mesmo percorrido pela Romaria a pé, é a versão tupiniquim do Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. “Passamos por cidades de São Paulo e Minas Gerais com belas paisagens, principalmente a Serra de Camanducaia e Campos do Jordão. As trilhas, vilarejos, rios, cachoeiras e bosques são convite para meditação, admiração e contemplação à vida”, conta o ciclista peregrino Evandro Luis de Souza.

O analista de sistemas, 40 anos, garante que o prazer pelo esporte como também a viagem em romaria se tornam um incentivo a mais para a peregrinação. “Foi minha 3ª Romaria. Fui por agradecimento por tudo de bom que aconteceu durante o ano, pelas minhas realizações e conquistas. Com certeza participarei das próximas. Enquanto eu puder estarei presente em todos os anos”.

Praça da igreja da cidade de Amparo

foto: arquivo pessoal Evandro

“Avistar a Basílica de Nossa Senhora é uma sensação de dever cumprido. E como em todos os outros anos, é impossível não se emocionar ao ver a Basílica” (Evandro Luis de Souza (foto), ciclista romeiro)

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foto: Mario Bucci

foto: Mario Bucci

romaria de bike

A 3ª Romaria de Bike teve apenas duas desistências e poucos acidentes, todos sem gravidade

Silvio Antônio Pereira, Coordenador da Romaria

Trecho da Serra de Amparo

O coordenador Silvio explica que a Romaria é feita em um ritmo moderado, o suficiente para não ser necessário viajar a noite. “O que ocorre é que às vezes acontecem quebras de equipamentos, furos de pneus, etc. Então temos que acelerar um pouco, mas dentro de um limite que todos acompanhem”. Silvio, aliás, disse que a viagem precisa seguir um cronograma à

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risca, prezando por um bom andamento da romaria e dos peregrinos. “Começamos nosso dia sempre às seis horas da manhã e tentamos chegar antes de anoitecer nos pontos de pouso. As pernoites dependem de nossa localização, mas normalmente dormimos em ginásio de esportes e salões de festa de igrejas. Cama mesmo só quando chegamos em Aparecida”.


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PÔQUER

Fundamentos do Pôquer na Unicamp Um dos objetivos da disciplina é estudar os principais fundamentos matemáticos que estão na base das decisões no jogo de pôquer e suas aplicações em situações cotidianas fora do jogo texto | Igor Voigt

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esde o ano passado o pôquer é reconhecido pelo Ministério dos Esportes como um esporte mental. Ele é caracterizado pela Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) como uma prática de competição em que exige do praticante inteligência, capacidade, habilidades intelectuais e comportamentais para se obter sucesso. Agora, com o sucesso e a popularização do esporte, o

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pôquer será objeto de estudo de disciplina do curso de Ciências do Esporte, na FCA-Unicamp. Criar um espaço na universidade para discutir e compreender o pôquer como esporte da mente, seus fundamentos estratégicos e matemáticos e discutir temas específicos como a classificação do esporte no Brasil e no mundo, a semelhança entre o pôquer e o mercado


foto: arquivo Unicamp

“75% das mãos - rodada do jogo são decididas sem que os jogadores revelem suas cartas, ou seja, o fator sorte tem uma importância muito pequena no resultado do jogo. Não é atoa que esta modalidade é classificada como esporte da mente e não como jogo de azar”

financeiro e os mitos, a legislação e os aspectos tributários a ele relacionados, são alguns dos principais objetivos da disciplina Tópicos Especiais em Ciências do Esporte – Fundamentos do Pôquer, que será oferecida neste segundo semestre, já a partir do mês de agosto. A disciplina é eletiva, ou seja, não é obrigatória na grade escolar, e estudantes de outros cursos também puderam se inscrever. Aliás, as 120 inscrições que foram abertas se encerraram rapidamente. Cristiano Torezzan, professor responsável pela iniciativa, enfatiza que a disciplina não será para ensinar a jogar pôquer, mas um curso para ensinar a pensar sobre a lógica do pôquer e utilizar ferramentas matemáticas para analisar o jogo como um sistema de informações incompletas que envolve a tomada de decisão baseada em padrões comportamentais de pessoas. “A Universidade e todos aqueles envolvidos com a disciplina são totalmente contrários a qualquer tipo de jogos de azar, seja na Unicamp ou fora dela, bem como qualquer tipo de aposta envolvendo dinheiro. Disciplina semelhante já é oferecida no MIT (Massachussets Institute of Technology) e o tema é abordado em diversas outras universidades como em Harvard e na Universidade de Alberta, no Canadá”, esclarece Torezzan.

(Cristiano Torezzan (foto), professor da Unicamp)

de informações incompletas. De acordo com ele, cada decisão tomada em um jogo de pôquer envolve um conjunto de fatores (matemática, estratégia, análise de conjuntura, dentre outros) que devem culminar com a identificação de padrões comportamentais dos outros jogadores frente a situações de risco. “Na Unicamp formamos pessoas que irão liderar equipes, liderar projetos e invariavelmente terão que tomar decisões. Nestas situações, é comum existir um conjunto de variáveis que estão sob o controle do gestor e outro conjunto de variáveis (ou fatores) que fora de seu controle. Mesmo assim, uma decisão precisa ser tomada. Um bom líder é aquele que consegue ter discernimento suficiente para tomar a melhor decisão possível, mesmo neste cenário de informações incompletas, e o pôquer é um bom laboratório para exercitar este tipo de habilidade”. Torezzan contou que um dos objetivos da disciplina é, inclusive, analisar jogos de azar de forma muito crítica e alertar os alunos para todos os malefícios que eles podem trazer. Para ele, como qualquer outro tema que envolve preconceito, a melhor forma de combate é o diálogo franco e a análise crítica com base em informação qualifica-

O professor reforça que o pôquer é um jogo de estratégias, que exige concentração, paciência e coragem para tomar decisões inteligentes num cenário REC | 43


O brasileiro André Akkari (foto), 38 anos, que tem um título mundial de pôquer em 2011 no currículo e mais de 3 milhões de reais em prêmios – em valores brutos, será um dos professores da disciplina. Akkari abordará temas complexos do pôquer profissional, além dos aspectos avançados do jogo. Já o também campeoníssimo Igor Federal Trafane ministrará aulas sobre a classificação e aspectos legais do jogo, e o desenvolvimento do pôquer no Brasil. Outros professores convidados serão confirmados mais adiante para falar de temas específicos.

da. “A fama do pôquer como jogo de azar é muito devida à falta de clareza das pessoas sobre as características do jogo e também devida ao impacto de casos isolados, muitas vezes graves, de sociopatia. Pessoas que perdem dinheiro em apostas, ou são viciadas em jogos, precisam de tratamento

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foto: imagem de internet

PÔQUER

- seja qual for o tipo de jogo envolvido. Pessoas que estudam e pensam sobre jogos raramente perdem algo e, se perder, serão valores irrisórios. Estas pessoas conseguem entender o mecanismo de funcionamento dos jogos e evitar situações de apostas desfavoráveis”, finaliza o professor.


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recGAMEINFO

A nova geração de

vídeo games Nintendo, Microsoft e Sony lançam os novos consoles que disputam o mercado

N

Natália Anseloni Nista Estudante de Jornalismo natynista@hotmail.com

o final de 2012 os gamers de plantão já esperavam pela revolução que iniciaria o ano de 2013 travando uma batalha tecnológica entre a Microsoft, a Sony e a Nintendo, a disputada em questão seria a inovação, qual traria um novo olhar para o mundo dos games. A Nintendo foi a primeira a se pronunciar, no mês de dezembro de 2012 a fila norte americana para

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adquirir o novo WiiU era grande, apesar de não ter a proporção que a Nintendo planejou. O novo console prometia transmitir jogos em alta definição e que agora seriam controlados por dois tipos diferentes de controles: wiiU pro controller e game pad. Antes mesmo da E3 (Eletronic Entertainment Expo, maior Conferência de Video Games do mundo) se materializar, o presidente da empresa, Satoru Iwa-


cor preta, ele possui um design moderno, com linhas quadradas (design referente ao Playstation 2) e que ocupam menos espaço.

internet

Nintendo Wii U

ta, explicou sobre as novidades do WiiU: o game pad e uma rede social chamada MiiVerse. O controle com formato de tablete foi desenhado especialmente para trazer conforto ao jogador, além disso, ele possui um sistema infravermelho que permite assumir a função de controle universal. O MiiVerse é a nova rede social que permite não só apenas o WiiU, mas também o Nintendo 3DS a conectar os seus jogadores entre si, assim eles podem compartilhar e trocar experiências sobre os jogos. Super Mario Bros. U, Nintendo Land e Pikmin, são alguns dos jogos que prometem tornar a experiência do jogador inovadora. O WiiU chegará ao Brasil no fim de 2013 em duas versões: WiiU Deluxe, $349,99 na cor preta(32GB) e WiiU Basic, $299,99 na cor branca (8GB). Alguns meses depois da Nintendo se manifestar, a Sony e a Microsoft também revelaram os novos consoles que disputariam o mercado com o WiiU: o Playstation 4 e o Xbox One. Na sua nova invenção, a Sony optou por satisfazer o jogador em primeiro lugar. Na E3, a empresa mostrou as mudanças da aparência do Playstation 4. Na

Por último, temos a Microsoft que traz o Xbox One como adversário. A primeira mudança que vemos no console é a aparência que agora possui linhas mais retas. O console terá um novo benefício da rede online chamada Xbox Live, em que os membros exclusivos ganharão mensalmente dois jogos. No primeiro mês serão Assassin’s Creed 4 e Halo 5. A empresa também declarou o fim dos microsofts points, agora tudo girará em torno da moeda real. Mas o que chama atenção é integração entre o smart glass e os jogos. Os gamers poderão usar

foto: imagem de internet

foto: imagem de

Mas, as principais novidades que arrancaram aplausos da platéia estão relacionadas aos jogos usados e a rede online. A empresa anunciou que não haverá bloqueios para títulos de segunda mão e que o console não exigirá conexões online constantes.Além disso, os jogos possuem gráficos de alto nível que deixam qualquer gamer impressionado, Final Fantasy XV, The Order e Beyond: Two Souls, são alguns dos títulos produzidos. O preço do Playstation 4 também é mais um ponto positivo, o novo console custa 399 dólares. Não há previsão para o lançamento no Brasil.

Playstation 4

foto: imagem de internet

Xbox One

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foto: imagem de internet

recGAMEINFO

qualquer tablet para utilizar como controle dos jogos, basta apenas baixar o aplicativo específico. Outra novidade são os games exclusivos como Ryse, soon of Rome, Dead Rising 3 e Forza Motosport 5. Apesar de todos os pontos positivos, o preço do Xbox One é o mais caro de todos, ele será vendido por $499. Também não há previsão de estréia no Brasil.

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Os três novos vídeo games possuem grandes mudanças que ilustram uma nova era de consoles mais inteligentes, conectados e tecnológicos. A tendência é que estes aparelhos desenvolvam uma relação mais estreita de conectividade com outros aparelhos eletrônicos como tablets e TV, saindo do status clássico de console para jogos e tornando-se mais interativo em um mundo virtual cheio de possibilidades.


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rec risada Nasceu! É um menino!

Faz quadradinho de 8... faz quadradinho de 8

Agora entendem porque os americanos amam tanto esse esporte?

Vem cá. Quero roçar minha barba no seu cangote!

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fotos: imagens de internet

Nossa, acho que a feijoada que você comeu ontem estava estragada


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