Edição 2 - Revista Pequeninos Ribeirão

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Ano 1 • Edição 2 • Ribeirão Preto • Distribuição Gratuita

A revista direcionada para compreensão do mundo infantil

Quer que seu filho

Conteúdo e informação para o público infantil

Ouça você?

Necessidades das

Mães Especiais Dificuldades de

Aprendizagem Estimulação

Precoce




aos pequeninos

da redação

Um tempo para nossos filhos Estar com nossos filhos é uma oportunidade de aprender dia a dia. É preciso sair de nosso mundinho individualista, com nossos tablets, celulares, internet e levá-los para tomar banho de sol, correr ao ar livre, sentar na areia, brincar de esconde-esconde, cantar e dançar juntos. Atividades que nos toma tempo e que muitas vezes por causa das nossas rotinas cansativas, preferimos deixá-los distraídos na frente da TV ou do computador para continuarmos nos afazeres cotidianos. E aí o tempo passa e quando olharmos para trás vamos dizer: “ Nossa passou tão rápido que nem vi eles crescerem...” E ai já foi!!! Vamos aproveitar o pouco tempo que nos sobra e dedicar inteiramente para eles. Nossos filhos precisam de nós, precisam do vínculo, precisam de nossa atenção, precisam de serem ouvidos, precisam de brincar. Vamos começar esse exercício de fazer algo diferente com eles, algo que deixará lembranças tecidas com o fio do carinho. Em nossa matéria "Você tem brincado com seu filho?” os pais poderão saber mais sobre a importância desses momentos. Na 2a. edição da Revista Pequeninos de Ribeirão Preto vamos conhecer algumas dicas importantes para estimular os bebês, saber como pode ser feito um bom diagnóstico de crianças com dificuldades de aprendizagem, entender um pouco sobre as necessidades de mães que tem filhos com algum tipo de comprometimento no desenvolvimento. Nessa edição temos uma reflexão importante sobre o falar e o ouvir nossos pequenos, estamos falando também sobre o início da independência de nossos filhos, as novas recomendações sobre a vacina da coqueluche, entre outros temas interessantes. Ainda dá tempo de mudar! Vamos aproveitar melhor o tempo com nossos pequeninos! Boa leitura! Tatiana Mahalem do Amaral Diretora Editorial

Gostaríamos de saber a opinião de vocês sobre a Revista Pequeninos em nossa FanPage facebook.com/revistapequeninos.

4 REVISTA PEQUENINOS



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NESTA EDICAO ,

A revista direcionada para compreensão do mundo infantil

Diretora Editorial Tatiana Mahalem do Amaral Diretor de Criação Beto Lima

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Projeto Gráfico Estudio B comunicação www.estudiobcomunicacao.com.br Executivo de Negócios Honorato Aurélio Colaboradores Alessandra Rigazzo Carolina Darcie Menalton Braff Myrna E. C. Coelho Matos Impressão Gráfica Cristal Para anunciar ligue: 16 3403 1042 16 98802 1112 revistapequeninos@gmail.com

As informações emitidas nos artigos sào de inteira responsabilidade de seus autores. O conteúdo dos anúncios publicitários é de inteira responsabilidade das empresas anunciantes. Os anúncios, fotos e imagens criados por essa revista (Estúdio B comunicação), são de propriedade e de uso exclusivo, não podendo ser utilizados em outras mídias sem sua expressa autorização.

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Atividades

A importância da recreação

Educação Adaptação na escolha

Família

Quer que seu filho ouça você?

Comportamento Início da Independência

16 20 22 24

Saúde

Diagnóstico: Dificuldades de aprendizagem

Saúde

Estimulação Precoce

Saúde

Vacina contra Coqueluche

Comportamento

26 30

Saúde

Necessidades das mães especiais

Era uma vez Coluninhas

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Guia Pequeninos

Saiba onde encontrar

Você tem brincado com seu filho?

Grupo Editorial www.portalderevistas.com.br

Quer anunciar na pequeninos? (16) 9 8802-1112 (16) 9 9185-2065

Email: revistapequeninos@gmail.com

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Capa: shutterstock / DenisNata

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pequeninos na revista

Tulio 3 mes mamãe Nát es e papai Cledalia er

Diogo 2 anos e 8 meses mamãe Susane e papai Aroldo

Guilherme 1 ano e 3 mamãe Jana meses ina e papai Hed er

olha eu aqui

Miguel 3 anos mamãe Joice lio Auré e papai Marco

Quer que seu filho faça parte dessa turminha? Envie uma foto para revistapequeninos@gmail.com. Não esqueça de colocar o nome, idade, cidade, nome do pai e mãe.


atividades

recreação

A importância da recreação na vida das

CRIANÇAS POR DÁRIO LUCIANO RAMAZZA

Hoje a recreação é tida para muitos como uma atividade simplesmente com o objetivo de matar o tempo, algo que proporcione alguns momentos de alegria. Mas qual seria a verdadeira finalidade que a recreação tem para as crianças? Primeiramente a palavra recreação vem do latim recreare e significa "criar novamente". Então recrear é educar, pois a recreação permite criar e satisfazer o espirito estético do ser humano, ricas possibilidades culturais. Representa uma atividade que é livre e espontânea na qual o interesse se mantem por si só. A recreação se divide em duas partes: Jogos e Brincadeiras

Jogos O modo como se joga pode tornar-se muito importante, pois significa a maneira como estamos no mundo. Os jogos que as crianças participam tornam-se jogos da vida, pois participando deles é possível tocar uns aos outros pelo coração, desfazendo a ilusão de sermos separados e isolados e com isso as crianças percebem o quanto é bom e importante respeitar a singularidade do outro.

Brincadeiras Desde o começo da civilização a brincadeira é uma atividade das crianças. Para a criança, brincar é coisa séria, é tão necessária ao desenvolvimento quanto o alimento e o descanso. É o meio que a criança tem de adquirir conhecimento e adaptar-se ao ambiente e espaço em que vive. A criança que brinca na infância torna-se um adulto muito mais equilibrado fisicamente e emocionalmente.

Conclusão É de extrema importância a recreação na vida das crianças, para o desenvolvimento motor, afetivo e social delas. As brincadeiras e jogos tornam-se um facilitador para que tudo aconteça de forma natural e prazerosa. É necessário ter um objetivo a ser trabalhado pelos educadores para que as crianças possam se desenvolver e mostrar seu potencial, e não simplesmente brincar. É preciso educar utilizando essas ferramentas tão úteis e significativas que trazem o mais puro sorriso e mudam a vida das crianças. Por isso que o brincar de forma construtiva abre as portas para a educação e depende de nós deixar estas portas sempre abertas.

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EDUCACAO` '

adaptação na escola

O período de adaptação na

ESCOLA POR MÁRCIA BUENO DE PÁDUA

O período de adaptação nas escolas é uma etapa delicada para os pais e para as crianças. Devemos levar em consideração que o tempo para que as crianças se adaptem varia de acordo com a idade e o tipo de relação que elas têm com seus familiares. É um período de tensão para pais e professores. Para os pais que esperam que os professores deem mais atenção ao seu filho. Para os professores que precisam dividir sua atenção com várias crianças, precisam cumprir as atividades de ensino-aprendizagem pensando sempre no grupo e além disso enfrentar o olhar dos pais que vigiam armados seus tesouros. Tudo isso gera nas mamães um sentimento muito conflitante. Esse período também culmina com a escolha da escola, surgimento da dentição, final de amamentação e acarreta ainda mais preocupação aos pais. Nos primeiros dias a presença dos pais ou alguém conhecido é muito importante, até que a criança se sinta segura com os novos amigos e com espaço escolar. Os pais devem ter consciência da importância dos vínculos a serem criados pelos pequenos. Para que isso ocorra de maneira saudável e correta, é adequado que os pais permaneçam em um local apropriado e um pouco afastados da criança, incentivando assim sua autonomia e deixando os educadores cuidarem da situação. Depois de passado uns dias, os pais devem “entregar” seus filhos mostrando que confiam no espaço escolhido.

Por tudo isso é importante que os pais não passem ansiedades as crianças, procurem sempre ressaltar pontos positivos da nova realidade se inteirando dos espaços e das novas amizades. Aos poucos a criança vai percebendo como é gostoso ficar no novo espaço com os novos amigos pois está aprendendo coisas novas e interessantes. E a escola de forma lúdica vai desenvolvendo as habilidades das crianças através de atividades artísticas tais como: teatro, desenho, pintura, dança, música e muito mais. Afinal o que eles mais gostam é de fazer arte!! Uniart Escola de Arte Educação Infantil e Fundamental Unidade 1 - Berçário e Educação Infantil Av. Independência, 2514 – (16) 3623 0466 Unidade 2 - Ensino Fundamental Rua Floriano Peixoto, 2415 - (16) 3234 8252

www.uniartescola.com.br

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FAMILIA

FALAR E OUVIR

Quer que seu filho ouça

VOCÊ?

Elza Mahalem - Coach e mediadora de conflitos shumano@shumano. com.br

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Uma situação muito comum entre pais e filhos é a desconexão entre falar e ouvir. Normalmente os pais se colocam em um lugar de extrema autoridade e impõem suas ideias e vontades. Esquecem que os filhos precisam ser ouvidos e compreendidos. Eles, os filhos, possuem seu próprio jeito de sentir e de ver o mundo. Então, é muito importante que os pais se coloquem no lugar dos filhos e busquem entender seus mundos. A partir disso é possível obter uma visão ampliada do que eles são. Com essa nova visão, você poderá encontrar um caminho legitimo para falar, ouvir e ser ouvido E, embora a autoridade seja importante na educação dos filhos, ela em si só torna-se vazia e arrogante. Para exercer a autoridade é preciso exercer a flexibilidade e dar o exemplo. Se você impõe a um menino de 5 anos que coloque o tênis vermelho perderá a oportunidade de saber porque ele preferia colocar o azul. E, além disso, você retira, paulatinamente, a capacidade do seu filho de acreditar em si mesmo, nas suas escolhas, nas suas aptidões. Pense nisso.


"Experimente entrar no universo dos filhos e olhar pelas lentes deles".

Outro dia, estava atendendo uma jovem que vai prestar vestibular e está muito dividida sobre qual faculdade escolher. Essa é uma situação que muitos jovens vivenciam. E, no decorrer do processo de coaching, esta jovem percebeu que suas escolhas sempre foram ignoradas ou contrariadas pelos seus pais. Ela descobriu que não se sentia mais capaz de fazer escolhas porque quando as fazia se sentia desvalorizada e desrespeitada. Tivemos que ressignificar esse sentimento e encontrar formas de resgatar o seu próprio poder pessoal e capacidade de escolher. Assim, se seu filho não quiser vestir o casaco, se não quiser comer, se não quiser dormir, ouça-o, procure saber seus motivos antes de impor sua própria vontade sobre ele. Certamente ele tem razões que para ele são tão legítimas quanto as suas são para você. Experimente entrar no universo dos filhos e olhar pelas lentes deles. Tente utilizar a autoridade sem inibir as capacidades e escolhas deles. Se for preciso, negocie, mas só imponha quando for absolutamente indispensável. As imposições, sem escuta e sem diálogo, não podem se tornar uma rotina automatizada e inconsciente. Surpreenda-se, deliciosamente, com a sua própria aceitação e flexibilidade pois mandar é muito fácil mas retira dos filhos o exercício de fazer escolhas que façam sentido para eles e que fortaleçam o crescimento e desenvolvimento.


COMPORTAMENTO

INDEPENDÊNCIA DA CRIANÇA

Início da

IndePENDÊNCIA Quais as características da criança que deixa de ser bebê, por volta dos dois anos? O que isso tem a ver com birras? O que se chama de birra é muito mais uma reação que a criança consegue ter com as ferramentas que ela dispõe para trabalhar com suas frustrações. E ela precisa ter frustrações para entender que “o seu umbigo não é o centro do mundo”. Algumas regras passam a ser mais observadas, algumas rotinas se fazem necessárias (hora para dormir e para acordar, para comer, para brincar, para a sonequinha do dia, para ir ao banheiro, para tomar banho), para que isso, na prática, facilite o nosso dia. A criança vai testar o limite dos pais, é nessa hora que se diferencia pais educadores e pais cuidadores. Como saber se a criança está pronta para o desfralde? Cada criança é única e precisa ser acompanhada individualmente. Como o desenvolvimento neuropsicomotor vai da cabeça para os pés (crânio-caudal), e de dentro para fora (do centro para a periferia do corpo), não adianta, por exemplo, esperar que uma criança que não sabe ficar de pé ande. E mesmo quando ela começa a andar, as quedas são frequentes porque o equilíbrio adequado ainda não se desenvolveu. Em relação ao processo de eliminações (urinar/ evacuar), há de se esperar o momento adequado de desenvolvimento para que tenhamos sucesso nas tentativas de retirada de fraldas. Apesar de a musculatura envolvida ser a mesma, tanto para o controle das fezes, quanto da urina, os esfíncteres são separados e o habitual é que a criança consiga desenvolver a habilidade do sistema digestório antes do urinário. E o controle acontece primeiro durante o dia e, algum tempo após, durante a noite.

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A criança precisa passar por pelo menos 3 fases variáveis em duração, mas não em ordem, para que se comprove sua capacidade de iniciar o treinamento, sem que ela seja “forçada” a isso: • Avisar que fez (fezes ou urina); • Avisar que está fazendo; • Avisar que quer fazer. Freud pode ter sido um dos responsáveis pela precocidade do treinamento quando estabeleceu que aos dois anos inicia-se a fase anal. O fato de ela se iniciar aqui, aos dois anos, ainda não significa que a criança esteja totalmente preparada para controlar e exercer a função segurar/soltar de forma correta e nem que ela já tenha consciência disso. Assim, é nesse momento que devemos pensar em iniciar o treinamento. Isso deve ocorrer quando a criança começa a segurar fezes e urina e olha para os pais/professores com cara de “e agora o que é que eu faço?”. Nesse momento, toda atenção dever ser dada a esse treinamento, atendendo imediatamente à necessidade da criança, nunca criticando e nem punindo o insucesso e sempre se colocando ao lado da criança, tanto apoiando e estimulando, quando não der certo, como elogiando e “vibrando” com os bons resultados.


Aos 2 anos a criança já está grande para quais atividades? Comer, vestir-se, escovar os dentes sozinha? O que deve ser estimulado? O que ainda precisa de supervisão? A criança de 2 anos ainda é uma criança… e de 2 anos. Nessa idade, para que ela se desenvolva bem, ela precisa da família, de amparo, de acolhimento, de exemplos, de referências. Por volta dos 2 anos de idade a criança precisa brincar, desenvolver seu imaginário, seu lado lúdico, testar seus limites e os dos pais e cuidadores. Aos 2 anos de idade a criança ainda está descobrindo seu corpo, desenvolvendo suas habilidades de equilíbrio, de se comunicar, de interagir. Nessa fase de desenvolvimento e descobertas, tudo o que for feito de forma divertida, descompromissada, lúdica, sem excessos pode ser tentado com a criança. Assim, fortalecendo o vínculo familiar, teremos crianças se desenvolvendo de forma saudável, segura e a formação de indivíduos com valores, futuros cidadãos, e cada uma dessas fases não necessitará de um guia, mas será uma evolução natural de um processo sem pressa, sem cobranças, com sucessos e frustrações compartilhados. Relatores: Dr. Moises Chencinski e Dr. Tadeu Fernando Fernandes Dpto. Científico de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da SPSP. Publicado em 17/02/2014. Fonte: Blog Pediatra Orienta comunidadespsp.wordpress.com/2014/02/17/inicio-da-independencia/


saúde

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Você conhece uma criança que vai

MAL NA ESCOLA?

No Brasil e em outros países em desenvolvimento,

40% a 42%

dos alunos nas séries iniciais têm dificuldades para aprender.

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Quando se pensa em dificuldade de aprendizagem, prontamente se estabelece uma relação com uma vida escolar problemática. Isso porque, apesar de os sintomas já existirem desde muito cedo, em grande parte dos casos, é somente ao iniciar a vida acadêmica que ficam evidentes. Em alguns casos, na educação infantil são sutis e começam a causar dificuldades apenas no início do primeiro ano do ensino fundamental. Apesar disso, algumas crianças passam boa parte do ensino básico sendo ajudadas ou mesmo “empurradas” para o próximo estágio da vida acadêmica sem ter adquirido o conhecimento sequer básico em uma ou várias disciplinas. E assim, acabam chegando à adolescência, ingressam no ensino médio, sem esse conhecimento. E o que era difícil, torna-se praticamente impossível. Não raro, vemos adultos que desistiram de estudar porque tinham muitas dificuldades e nunca foram diagnosticados ou ajudados.

Atualmente encontramos, por exemplo, crianças e adolescentes já comprometidos emocionalmente devido à falta de diagnóstico ou até crianças talentosas (superdotadas) que são tratadas como incapazes. Alguns estudos mostram que no Brasil e em outros países em desenvolvimento, 40% a 42% dos alunos nas séries iniciais têm dificuldades para aprender. Destes, 4% a 6% têm transtornos de origem neurobiológica. Assim, é muito importante que diante da queixa “meu filho não aprende” uma avaliação seja feita. Mesmo antes do início da vida acadêmica. É fundamental também que esse diagnóstico seja dado por uma equipe multiprofissional, formada por médico, psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, psicopedagogo, que se interessam e tenham conhecimento a respeito dos mecanismos relacionados à aprendizagem. Aprendizagem é estudada por diferentes áreas do conhecimento e


suas dificuldades podem ter diferentes causas: deficiências sensoriais (auditiva e visual), doenças orgânicas (distúrbios metabólicos, nutricionais, infecciosos), distúrbios neurológicas (epilepsia, paralisia cerebral, síndromes genéticas), atrasos do desenvolvimento (TDAH, autismo, deficiência intelectual, dislexia, discalculia, disortografia, disgrafia), emocionais (traumas escolares, depressão, ansiedade, estresse) e ambientais (diferenças culturais, não adaptação à metodologia escolar, inadequação do estímulo familiar). Essas e outras situações podem comprometer o aprendizado e até desmotivá-lo para toda a vida. Pais, professores, médicos e especialistas podem trabalhar em prol da criança e do adolescente. Tanto no momento do diagnóstico, quanto na intervenção, que deve sempre ser feita com a participação de todos os envolvidos com a criança.

Sendo assim, é preciso estar alerta para sinais de dificuldades. Escolas e professores: as crianças “esquisitas”, muito quietas ou muito agitadas, “rebeldes”, “preguiçosas” e, claro, que não aprendem podem apresentar alguma dificuldade específica. Médicos (principalmente os pediatras): perguntem sobre a vida acadêmica de seus pacientes, um simples “como está na escola, há queixas?” pode ser revelador. Pais: observem seus filhos, conversem com outros pais, com professores. Não escondam de si e de seus filhos alguma dificuldade que vocês percebam, pois ela pode ser diagnosticada e seus filhos ajudados, sem precisarem passar por tantas adversidades na vida escolar. Contem conosco!

observem seus filhos, eles nåo precisam passar por tantas adversidades na vida escolar

Núcleo DINDA

diagnóstico e intervenção nas dificuldades de aprendizagem




saúde

ESTIMULAÇÃO PRECOCE

Estimulação

PRECOCE

Rosemary Orlandi Giglio, Fisioterapeuta CREFITO 3/12445- F Contatos: R. Visconde de Abaeté, 306 (GAIADI) (16) 99770 2001 roseorlani@hotmail.com facebook/autismoribeirao

Como o próprio nome diz, estimulação precoce é uma forma de incentivar, encorajar, excitar precocemente o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, através de brincadeiras e exercícios, mesmo quando a criança não apresenta nenhum atraso ou desvio de desenvolvimento (portanto precoce), embora muito usada quando a criança não adquiriu ainda habilidades motoras esperadas para a idade, o que poderíamos considerar estimulação em tempo hábil, pois tem o objetivo de resolver um atraso ou desvio dando a estimulação um objetivo terapêutico. Quando estimulamos uma criança, tendo ou não atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, damos a oportunidade de ela adquirir novas experiências, explorar o ambiente de várias formas, aprender novas habilidades de forma natural e entender o que ocorre ao seu redor, através de brincadeiras, exercícios e atividades lúdicas, que darão a ela informações para que executem tarefas ou tenham um comportamento motor próprio para sua idade ou fase de desenvolvimento. Durante os exercícios, a criança é capaz de fazer milhões de novas conexões neuronais diante de cada informação. Essas conexões traduzem a capacidade de aprendizado da criança e estão a todo vapor durante o período de 0 a 2 anos, momento em que a criança tem maior possibilidade de aprender novas habilidades ou normalizar seu desenvolvimento motor. Quanto mais tarde a criança iniciar esse processo, mais defasado será seu desenvolvimento motor, maior será sua perda na percepção espacial, esquema corporal, falta de atenção e capacidade cognitiva. A estimulação, no entanto, ajuda a criança a adaptar-se ao ambiente, nas capacidades intelectuais, físicas e afetivas.

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Importante lembrar que estímulos externos e afetivos da família, recebidos pela criança nos primeiros anos de vida, são de extrema importância para seu aprendizado e desenvolvimento futuro. Não me refiro aqui ao ganho de peso e altura, mas sim ao desenvolvimento motor, aquisições cognitivas e emocionais. Portanto, aproveite todos os momentos do dia para estimular positivamente seu filho. Na hora do banho, de alimentá-lo, momentos de brincadeiras, etc.. Assim, ele aprenderá, além de novas habilidades motoras, o respeito, a tolerância, a paciência, aprenderá a dar atenção e carinho, a gostar de si mesmo e do outro, através de quem cuida dele. A falta de estímulos adequados, doenças do aparelho respiratório, do sistema músculo esquelético, deficiências físicas, desnutrição, obesidade, prematuridade e o próprio meio ambiente, podem interferir nesse desenvolvimento ou comportamento da criança. Sendo assim, a estimulação deve ser adaptada e individualizada a cada criança, com atividades bem elaboradas e direcionadas a cada idade, sendo também papel do terapeuta a orientação de pais e cuidadores e assim integrar a criança ao ambiente, a família e a sociedade. Crianças bem estimuladas vão em busca de novos conhecimentos por toda a vida, buscam novas informaçòes, desenvolvem o cognitivo, aprendem com maior facilidade, estimulam o imaginário e previnem incapacidades. A estimulação é tão importante quanto a alfabetização.


Importante Nunca compare o nível de desenvolvimento ou competência de seu filho com outra criança, pois cada uma tem o seu ritmo e suas particularidades. Cabe ao pediatra ou profissional competente identificar ou valorizar qualquer alteração .

DICAS: Estimulando o seu bebê até 2 meses

9-12 meses

Procure sempre o contato visual (olho no olho) numa distância mínima de 30 cm. Com o bebê de barriga para baixo, estimule a visão e audição com brinquedos sonoros e de cores contrastantes, movendo de um lado a outro. Evite brinquedos de sons altos e não próprios para a idade.

Estimule para que bata palma, mande beijo, dê tchau através de músicas fazendo gestos para que ela aprenda imitando. Mostre pessoas e objetos dizendo seus respectivos nomes. Facilite a mudança de posição de sentado para em pé com apoios, como: cadeiras, sofá, mesinhas para que caminhe segurando nos móveis.

2-4 meses

12-15 meses

Converse com o bebê estabelecendo contato visual. Estimule pra que ele fique sentado apoiado ou de barriga para baixo no seu colo para exercitar o controle da cabeça.

Continue estimulando a dar tchau, mandar beijo, falar ao telefone, encaixar objetos (brinquedos) . Facilite para que ande pequenas distâncias até que consiga andar sem apoio, com segurança.

4-6 meses Ofereça brinquedos de fácil manipulação a curtas distâncias para que ele possa pegar e levar a boca. Utilize brinquedos sonoros que fiquem fora do seu alcance visual, para que possa localizálos através do som. Estimular com brinquedos para que ele possa alcançar mudando de posição, barriga para baixo/para cima, rode em torno de si mesmo e se arraste. De barriga para cima, junte seus pés e mãos e o balance de um lado ao outro.

6-9 meses Mantenha diálogo especialmente com (bá bá bá , dá dá dá, imite caminhãozinho). Ofereça brinquedos que ele possa passar de uma mão a outra. Brinque sentado em um tapete ou acolchoado de barriga para baixo para que ele se arraste e posteriormente engatinhe. Encoraje-o para que fique de "gato" a partir de barriga para baixo e volte a sentar-se.

15-18 meses Agora já deve ser capaz de andar para frente e para trás com ajuda, a dançar com brincadeiras e músicas. Dê giz de cera para que ela se expresse através de rabiscos.

18-24 meses Estimule para que ela ajude com suas vestimentas, colocando e tirando a camiseta, as meias, os sapatos etc...estimule brincadeiras de panelinhas, chutar bola (fazer gol), esconde esconde a pequenas distâncias.

"A ATENÇÃO É A MAIS IMPORTANTE DE TODAS AS FACULDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA HUMANA". Charles Darwin

OUTUBRO 2014

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´ SAude

COQUELUCHE

Novas recomendações da Vacina

CONTRA COQUELUCHE

Mona Lisa Tasca Chaguri - Enfermeira Docente Centro Universitário Claretiano de Batatais. Especialista em saúde da família.

A Coqueluche, também conhecida por pertussis ou tosse comprida, é uma moléstia infectocontagiosa aguda do trato respiratório, transmitida pela bactéria bordetella pertussis. Os casos da doença tem aumentado em diversos países nos últimos anos. De acordo com dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde, em 2010, houve aumento significativo dos casos de coqueluche em adolescentes e adultos no Brasil. Na américa latina, eles praticamente triplicaram em cinco anos. A infecção pode ocorrer em qualquer época do ano e em qualquer fase da vida, mas acomete especialmente crianças menores de dois anos. Podendo, principalmente em crianças menores de um ano e nos idosos, evoluir para quadros graves com complicações pulmonares, neurológicas, hemorrágicas e desidratação. Casos de Coqueluche costumam ser mais raros ou assintomáticos na vida adulta. No entanto, tosse seca e contínua por mais de duas semanas em jovens e adultos pode ser sinal de que foram novamente infectados pela bactéria, apesar de terem recebido a vacina na infância ou te terem ficado doentes. Dessa forma a maioria das crianças pequenas são infectadas pelos familiares e cuidadores tais como pais, irmãos, avós e babás. Segundo recomendação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Imunização,

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todos os comunicantes íntimos deverão receber uma dose da vacina, inclusive as puérperas, preventivamente. Duas vacinas indicadas para a prevenção da coqueluche em adolescentes e adultos, estão disponíveis para imunização. Vacina dTpa., internacionalmente conhecida por Adacel, proteção para difteria, tétano e coqueluche ou ainda dTpa.IPV, internacionalmente conhecida por AdacelQuadra, que protege contra o tétano, difteria, coqueluche e poliomielite.

Vacinação de gestantes Os adultos e principalmente a mãe, têm importante papel na transmissão da coqueluche. A vacinação de gestantes poderá contribuir tanto para a diminuição da transmissão precoce para o lactente, como poderá oferecer proteção vacinal indireta nos primeiros meses de vida (passagem de anticorpos maternos por via transplacentária para o feto) quando a criança ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal. Vacinar mulheres grávidas durante o final do segundo trimestre e o terceiro é seguro pois, a dTpa é vacina inativada e não representa risco para a gestante e para o feto.


O ACIP (Comitê Assessor das Práticas de Imunização/CDC/USA) publicou em 6 de dezembro de 2012 uma atualização das recomendações provisórias sobre o uso da vacina tríplice bacteriana acelular adulto para gestantes:

• O ACIP recomenda que os profissionais de saúde que atuam no pré natal implementem um programa de imunização com dTpa para todas as gestantes. • A dose de dTpa deve ser administrada durante cada gestação da paciente independente de história prévia de vacinação com dTpa. • Seu uso é recomendado entre a 27ª e 36ª semana de gestação a fim de maximizar a resposta materna e a e a transferência passiva de anticorpos para a criança. • Mulheres não previamente vacinadas com dTpa, se a mesma não for administrada durante a gravidez, devem recebê-la no pós parto imediato.

A vacina tríplice bacteriana acelular do adulto (dTpa) é segura e pode ser administrada simultaneamente a outras vacinas indicadas para gestantes, tais como, vacina contra hepatite B e influenza. Esquema de aplicação na gestante: 1. Com esquema completo de 3 doses do componente tetânico: • há menos de 5 anos – uma dose de dTpa • há mais de 5 anos – uma dose de dTpa (entre a 27ª e 36ª semana) ou uma dose de dT (dar preferência a dTPa) 2. Com esquema incompleto: • com apenas uma dose de vacina com componente tetânico – fazer uma dose de dT e uma de dTpa (entre a 27ª e a 36ª semana). • com apenas duas doses de vacina com componente tetânico- fazer uma dose de dTpa (de preferência) ou dT. Alternativamente, se não for administrada durante a gravidez, dTpa deve ser administrada imediatamente após o parto.

Vacinação de adolescentes e adultos em contato com crianças Adolescentes e adultos que têm ou que irão ter contato próximo com uma criança com idade inferior a 12 meses (por exemplo, pais, irmãos, avós, filhos e profissionais de saúde) e que anteriormente não tenham recebido dTpa devem receber uma única dose de dTpa para proteger contra a coqueluche. O ideal é que estes adolescentes e adultos recebam dTpa pelo menos 2 semanas antes de iniciar contato próximo com o bebê.

Calendário Vacinal disponível em: http://www.sbim.org.br/vacinacao/


´ comportamento

BRINCADEIRA

Você tem brincado

com seu filho?

Creio que todos já ouviram alguém dizendo: “a melhor época da minha vida foi a infância, quando podia brincar muito e ter poucas responsabilidades”. Fico imaginando se as crianças da atual geração também dirão isso um dia, já que muitas delas não estão conseguindo aproveitar plenamente a sua infância. Isso me fez recordar de um menino de oito anos, em seu primeiro dia de atendimento na minha clínica. Lembro-me que, na primeira sessão, apresentei a ele a sala de terapia infantil, assim como o armário repleto dos mais diversos jogos e brinquedos. No entanto, mesmo diante da diversidade de recursos lúdicos, ele se mostrou desapontado, queixando-se: “não tem vídeo game? Ai, que chato!” Seu queixume não me surpreendeu, pois, como psicóloga clínica, que também atende crianças, já estou acostumada a me deparar com tais preferências e interesses infantis. Entretanto, penso que as crianças, muitas vezes, não diversificam suas brincadeiras porque não são motivadas suficientemente para isso.

Myrna E. C. Coelho Matos, psicóloga Clínica Comportamental

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A brincadeira é um excelente caminho para se chegar até o coração e a mente das crianças

Depois de algumas sessões, este meu cliente mirim, estava curtindo os mais diferentes jogos e brincadeiras lúdicas que eu propunha para ele. A partir disso, começou a pedir para seus pais que comprassem e brincassem com ele com os jogos que ele havia conhecido na clínica. Fiquei feliz por tê-lo ensinado a variar a sua forma de se divertir e aprender. Essa reflexão trouxe-me lembranças de como aprendi a jogar xadrez. É verdade que não me tornei uma exímia jogadora, mas o que foi curioso na minha iniciação a este jogo foi que o meu professor era um garotinho de 08 anos de idade. Lembro-me que, durante “nossas aulas”, era maravilhoso ver, em seu semblante, o orgulho de si mesmo, afinal, estava ensinando algo importante para um adulto. Assim, enquanto eu me aprimorava nas regras e táticas desse jogo, nosso vínculo afetivo se fortalecia e sua autoconfiança crescia a cada dia. E autoconfiança era tudo o que ele precisava desenvolver naquele momento de sua vida. Com essa experiência, aprendi não apenas um jogo, mas uma lição: o lúdico é um excelente caminho para se chegar até o coração e a mente das crianças, pois possibilita que estas sejam estimuladas a expressarem suas reações mais espontâneas,

oportunizando situações nas quais podemos efetivamente conhecê-las e ajudá-las. Brincando, as crianças aprendem a esperar a sua vez, resolver problemas, defender-se e respeitar a vontade do outro. Brincadeiras também propiciam o ensaio de papéis sociais, como, por exemplo, vivenciar o lugar da mãe, do pai, do bombeiro, da professora e do super herói. Enquanto a criança brinca, ela explora o ambiente, desenvolve criatividade, melhora sua capacidade de comunicação e expressa pensamentos e sentimentos. Concluindo, ressalto que toda criança precisa de alguém que aceite e queira entrar em seu mundo, mesmo que seja apenas por alguns momentos, e a brincadeira é o passaporte para lá. Pode ter certeza que vale muito a pena brincar com seu filho! Ah! Mas não adianta fingir que está se divertindo e envolvido quando, na verdade, não está. Ele não é bobo e perceberá e demonstrará sua insatisfação. Se você se dispuser a reaprender a brincar genuinamente, poderá se surpreender com os resultados. Afinal, todos nós sabemos que quando estão brincando, até os adultos viram crianças! Espero que você não tenha esquecido que um dia também foi criança e que... ADORAVA BRINCAR!!!!


´ SAude

mÃES ESPECIAIS

Necessidades das

Mães especiais

Quando uma mãe ouve pela primeira vez a notícia “seu filho tem um problema...”, seja ele uma deficiência física ou intelectual, algo que fragilize a saúde e o desenvolvimento da criança ou mesmo a convivência dentro dos padrões comuns da sociedade, isso pode ser assustador. Mães de filhos com necessidades especiais de cuidados e/ou com deficiência, trilham um caminho muito diferente comparado ao de mães de crianças típicas. Muitas vezes, nos sentimos isoladas do mundo e das pessoas.

Familiares e Amigos

Alessandra Rigazzo, Coordenadora do MOPS Special Needs. Pedagoga e Blogueira Contato: alessandramops@gmail. com www.alessandrarigazzo. com

Para os familiares e amigos, pode ser uma situação difícil também. Às vezes, eles se afastam por não saberem como agir. Então, se você é amigo...Deixe a família saber que você se importa, pesquise sobre o diagnóstico e possíveis formas de tratamento, isso ajudará a saber como lidar com determinadas situações e a oferecer apoio. Evite dar conselhos com clichês e justificativas da situação. Perceba quais são os momentos de maior dificuldade e ajude, acompanhe sua

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amiga ao mercado ou ao salão de beleza para ajudar nos cuidados com a criança. Ofereçase para ficar com o filho dos seus amigos, para que eles tenham um jantar romântico. Continue convidando-os para reuniões de amigos, mesmo que a resposta deles seja sempre negativa, talvez eles realmente não possam, mas precisam saber que você gostaria da presença deles. Você não precisa ter todas as respostas. Basta mostrar que você se importa e está lá!

Nós, mães

Ser mãe de qualquer criança não é tarefa fácil, mas quando você tem uma criança com algum tipo de comprometimento no desenvolvimento e/ou na saúde, a vida gira em torno das necessidades que o seu filho tem e cuidados que ele precisa. E, normalmente, suas próprias necessidades são deixadas do lado. A rotina é exaustiva, o nível de tensão é alto. Além do que, como mães, temos a sensação de que sempre há algo mais a ser feito. Saber que não estamos sozinhas em nossa caminhada como mães, conscientes de que nós também temos necessidades, é muito importante.


É preciso tomar atitudes práticas para manter nossa saúde física, nossos relacionamentos, fazer coisas que nos tragam prazer e cuidar do nosso emocional e de nossa espiritualidade. MOPS* Special Needs é um grupo de apoio para toda mãe de crianças que enfrentam desafios mais difíceis que os comuns. Com reuniões mensais, as mães têm a oportunidade de: receber dicas através da troca de experiências e de palestras com especialistas, criar relacionamentos fortes com outras mães, refletir sobre diferentes áreas buscando melhor qualidade de vida para si mesma e sua família, receber nutrição espiritual e ser encorajada a desenvolver todo seu potencial como mulher e mãe. Isso em um ambiente seguro e livre de julgamentos. " Mães unidas fazem um mundo melhor"!!! MOPS Special Needs oferece apoio gratuito às famílias e instituições. As reuniões acontecem com o apoio da igreja A Casa da Rocha – Franca e está aberta a toda população.

Precisamos de amigos que irão nos apoiar. Participar de um grupo de relacionamentos encorajadores pode nos trazer a força que precisamos para enfrentar nossos próprios desafios.

*MOPS (Mothers of Preschoolers), organização internacional, com sede nos EUA. (www.mops.org) Alessandra Rigazzo é mãe do Pedro e do João Miguel (com diagnóstico de Agenesia do Corpo Caloso e Transtorno do Espectro Autista).




ERA UMA VEZ...

COLUNINHAS

Sonho ninguém segura POR MENALTON BRAFF

Esta noite tive um sonho Que é pra lá de misterioso. Sonhei que andava entre as nuvens Como um astro luminoso. Minhas asas tão bonitas Sumiram, e criei escamas. Mergulhei no mar profundo Virei peixe de cem gramas. Depois de muito nadar, Cansado daquilo tudo, Fui visitar a floresta Como um bicho narigudo. Ao acordar percebi Que minha bela aventura Foi um sonho muito louco E sonho ninguém segura.

Menalton Braff escritor com 20 livros publicados e um Jabuti. Autor de dois livros infantis e vários poemas infantis inéditos.

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ERA UMA VEZ...

COLUNINHAS

Fazer ou mandar fazer? O poder do exemplo POR CAROLINA DARCIE

Carolina Darcie, Mãe da Helena e da Teresa, blogueira e socióloga. Escreve no www. caroldarcie.tumblr.com, e organiza o curso de formação de doulas Mulheres Empoderadas Revelando Doulas. (www.revelandoudoulas.mulheresempoderadas.com.br).

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Outro dia estava dando bronca nos meus pais por não cuidarem da saúde, mas sim da doença, quando já está tudo mais complicado. Minha mãe mandou eu me cuidar, pois ainda sou jovem, e eu fiquei brava pois quero que eles se cuidem também, pois não são mais tão jovens. Mães… Somos todas iguais? Falamos e não fazemos nada? Aí caiu minha ficha: eu tenho filhos e faço a mesmíssima coisa. Eu cuido da alimentação delas, muito, mas não da minha. Faço suco verde pra elas, e tomo refrigerante. Faço bolo integral pra elas, e como chocolate ruim. Compro picolé de frutas pra elas, e tomo meio quilo de sorvete cheio de gordura e coberturas. Faço legumes e verduras pra elas, mas como lasanha de supermercado porque estou com preguiça. Ou ainda pior, como um lanche na rua mesmo. Eu acho incrível que minha filha ande de bicicleta, corra, pule, faça a maior correria na praça, pois é sinal de saúde. Mas e eu? Sento e espero ela brincar. Fico sentada, gente. Não faço nada de nada por mim. Desde que voltei a trabalhar o dia inteiro e parei de amamentar (há dez meses), engordei dez quilos. São dois sacos de arroz, um em cada ombro, que eu não carregava antes. Agora, carrego. Os joelhos doem, o fôlego não existe mais, a pele está horrível, as roupas obviamente não entram, as pernas formigam. Tudo por falta de se cuidar, em menos de um ano a saúde foi pra lama.

Filhos aprendem pelo exemplo, e não pela palavra. O que eu fizer, por mim e por elas, vai ficar gravado nelas pra sempre. O que eu disser, nem tanto. Se mando não fumar, e fumo, não estou ensinando nada na verdade. Fazer é muito mais forte do que falar. Então, a partir de agora, vou reparar em mim. Se eu quero que elas gostem de comer bem, tenho que fazer o mesmo. Se quero que valorizem o movimento, tenho que me movimentar. Se quero que leiam mais, tenho que ler mais. Chega de falar, vamos fazer?



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Atividades complementares Expresso da Alegria Espaço de recreação infantil R. Marechal Deodoro, 2349 (16) 3632 0175/ 98815 9172 expressodaalegria.com.br SH Sentido Humano (16) 98823 1011 shumano.com.br shumano@shumano.com.br

Paparazzi Kids & Teens Buffet R. Professora Carmem de Oliveira Pinto Arruda, 160 (16) 3972 0002 / 3972 1188 Terra do Nunca Buffet R. Cerqueira César, 1795 (16) 3621 5764 / 999613527 terradonuncarp.com.br

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