Revista NORDESTE - Edição 73

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Foto: Andrea Gisele

Opor quem Em 2011, 775 mil pessoas foram contratadas em shoppings

Gabriela Muniz e sua mãe Iranice: frequência na praça de alimentação

Domingo é dia de shopping

80-NOVEMBBRO 2012

Já virou tradição para muitas famílias brasileiras: domingo é dia de almoçar no shopping. A variedade de restaurantes e lanchonetes encontrados num só lugar convida pessoas que não necessariamente visitam os centros para fazer compras, mas também para aproveitar os variados serviços que são oferecidos ali – como cinemas e salas de jogos. “Lá também é um lugar de diversão, de descontração. A maioria das pessoas vai lá para comprar, tudo bem, mas é nos shoppings também que muitos jovens marcam encontros com seus amigos, vão ao cinema, ou vão só passear” diz Raymundo, diretor executivo da Apesce. Pelo menos duas vezes por semana, a estudante de moda Gabriela Muniz acompanha sua mãe, Iranice Gonçalves Muniz, nas idas ao principal shopping da capital paraibana. “Lá tem muita variedade, e as lojas também parecem ser mais confiáveis. A preocupação com falsificação é menor”, analisa a estudante. Compras podem ser um grande atrativo, mas o que leva mãe e filha a frequentarem o shopping

com tanta assiduidade é a praticidade de poder escolher um tipo de refeição diferente todos os dias. “Como a gente não tem muito tempo para ficar cozinhando por causa do trabalho ou da faculdade, acabamos sempre almoçando ou lanchando por lá”, conta. Gabriela e Iranice fazem parte da grande classe C, mais nova frequentadora das praças de alimentação dos milhares de Shopping Centers no Brasil. A Alshop calculou que a visitação dessa classe média nas praças aumentou de 24% para 44% somente neste ano. “A praça de alimentação é um fator importantíssimo porque, além de trazer a própria receita, ela também canaliza receita para as lojas, para o serviço, para o lazer. Essas áreas se entrelaçam e fazem a receita total do shopping”, explica o diretor da Alshop, Luís Augusto. De acordo com a Abrasce, o setor faturou pelo menos R$108 bilhões em 2011, superando em 18,2% a porcentagem de vendas do ano anterior. Atualmente, os shoppings representam 18,3% da economia nacional.

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ara que os estabele cimentos dentro dos shoppings possam funcionar, é necessária uma grande quantidade de funcionários. Dessa forma, os centros comerciais também favorecem aqueles que estão à procura de um espaço no mercado de trabalho. Só no ano passado, 775 mil pessoas conseguiram emprego nos diversos setores dos shoppings - de serviços a atendimento nas lojas. E esse índice só tende a crescer. “Há uma média de 35 a 40 shoppings sendo construídos por ano, e pelo menos 700 novas lojas sendo abertas dentro desses centros. Então, para preenchimento do quadro dessas lojas, novos funcionários precisam ser contratados”, diz o diretor de Relações Institucionais da Alshop. Muitas dessas vagas são ocupadas por jovens, geralmente entre 18 e 27 anos, que se candidatam aos diferentes tipos de recrutamentos oferecidos pelos centros comerciais. Esse período costuma acontecer nas temporadas mais movimentadas do ano, como natal, ano novo ou carnaval, e acaba beneficiando tanto a empresa


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