Revista mulher cheirosa 21ª edição

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Errar é humano. Perdoar é divino

Relacionamento

SÃO MUITAS AS TEORIAS EM UMA RODA DE CONVERSAS DE MULHERES QUANDO O ASSUNTO É TRAIÇÃO. MAS O QUE FAZER NA PRÁTICA SÓ SABE QUEM JÁ VIVEU ESSA TERRÍVEL SITUAÇÃO NO RELACIONAMENTO. ENQUANTO ALGUMAS PÕEM LOGO FIM NO RELACIONAMENTO, OUTRAS OPTAM POR DAR MAIS UMA CHANCE. O QUE FAZER QUANDO UMA TERCEIRA PESSOA, QUE NÃO FAZ PARTE DO RELACIONAMENTO ESTÁVEL, TEM ENVOLVIMENTO FÍSICO E EMOCIONAL COM UM DOS MEMBROS DO CASAL? SÓ VOCÊ PODERÁ ENCONTRAR A RESPOSTA PARA S ESSE DILEMA: ESQUECER OU NÃO A TRAIÇÃO DO PARCEIRO. J por

O

triângulo amoroso é uma barreira que muitos casais, desde que o mundo é mundo, enfrentam durante o relacionamento. Às vezes o “mau caratismo do outro” ou uma terceira pessoa que surgiu e despertou o interesse em quem já era comprometido pode por fim há anos de relacionamento, em ambos os casos o fato é que sentimentos envolvidos tomaram conta e deixaram com que o erro acontecesse. Por vezes, ainda que não haja o contato físico, ter a intenção de conhecer e conversar com outras pessoas também é considerado uma traição pelo parceiro. O fato é que, independente de como ocorreu, o ato de trair machuca profundamente quem sempre se manteve fiel. “Chorei horrores quando descobri que estava sendo traída. Namorava há cinco anos e sinceramente não sei até hoje por que ele fez isso. Ainda tentou se explicar, que estava se sentindo preso, que precisava ter certeza se queria ficar comigo realmente, mas não desculpei. E não perdoei não foi por não acreditar nas explicações dele, mas por saber que nunca mais conseguiríamos viver um relacionamento tranquilo, sem desconfianças”, relata Ana Laura Martins*, 34 anos, administradora. Assim como Ana Laura, vários outros casais já sofreram e terminaram

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o relacionamento pelo mesmo motivo, a traição, e, consequentemente, a perda da credibilidade no outro. Mas, pra toda traição, pode existir um perdão. "Uma traição pode ser perdoada desde que esse perdão não traga uma carga de sofrimento que venha a comprometer o bem estar físico e psíquico de quem perdoa. O perdão deve ser uma livre escolha e quem vem a perdoar deve se responsabilizar pela decisão tomada para posteriormente não utilizá-lo como moeda de troca ou como meio de submeter e controlar o outro, explica a psicóloga Ana Maria Maia. Como foi o caso da fisioterapeuta Camila Feitosa*, 30 anos, que resolveu dar uma segunda oportunidade ao namorado. No caso dela, aconteceu durante uma temporada na qual foi morar em outra cidade. O próprio namorado abriu o jogo e pediu desculpas. “Perdoei porque o amo muito e acredito que, na época, ele estava fragilizado. Morávamos distantes e isso nos permitia saídas nos finais de semana. Eu me mantive fiel a ele por esse ano, mas ele não segurou a onda. Chegou até a acabar o namoro à distância e depois voltamos, mas só confessou a traição quando voltei. Sofri muito, mas a partir do momento que resolvi perdoar, coloquei um ponto final em toda a história. Procuro não lembrar e quando lembro não deixo transparecer”, lembra Camila.

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Mas a psicóloga faz um alerta que serve a todas as mulheres especialmente aquelas mais desconfiadas. É preciso ter certeza também da traição, se possível, até provas, ou, do contrário, isso pode gerar um desconforto no relacionamento e sem querer também por fim ao relacionamento. Não é por qualquer motivo que a mulher deve entrar em estado de alerta, afinal toda relação deve ser motivada pela confiança. Companheirismo, amor e principalmente respeito para com o outro e sua personalidade também devem fazer parte do relacionamento e são valores essenciais para que ele funcione como deve, proporcionando bem-estar. Não adianta colocar o melhor detetive para seguí-lo pelo mero fato de que você vem achando que ele está com outra, ou vasculhar o celular, a carteira e até a roupa. Espionar o parceiro pode desgastar e levar ao fim do relacionamento sem que tenha existido qualquer indício de traição. “A mulher deve buscar uma postura de segurança perante o parceiro. É completamente natural se sentir insegura em determinados momentos, mas permanecer em alerta, numa atitude paranóica como se estivesse à espera de um descuido que colocasse à tona algum malfeito do parceiro, além de desnecessário pode comprometer a saúde da mulher e torná-la uma companhia desagradável", alerta a psicóloga. R E V I STA M UL H E R C H EI ROS A | 73


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