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from Revista Ipê 26
Dra. Nivea Aparecida de Souza
Pediatria e Puericultura - CRM-50860
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LONGE DO PERIGO
ORIENTAR E ESTABELECER REGRAS EM CASA EVITAM O CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE OS JOVENS

A çã O L g DI vu camera
cada vez mais os jovens têm começado a consumir bebidas alcóolicas mais cedo, aumentando o risco de dependência futura. O uso dessa substância antes da fase adulta está associado a uma série de comportamentos de risco, potencializando a chance de envolvimento em acidentes e violência sexual bem como queda no desempenho escolar, dificuldades de aprendizado e prejuízo no desenvolvimento e estruturação das habilidades cognitivo-comportamentais e emocionais.
O diálogo aberto com os pais e a definição de normas claras ajudam a proteger os jovens quanto ao abuso de bebidas alcoólicas e outras drogas ilícitas. Para o enfrentamento desse grave problema de saúde pública, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SbP) recomenda, entre outras condutas, evitar o consumo de álcool durante todo o período da gestação e amamentação bem como a sua glamourização nas festas de família. Proibir a oferta dessas substâncias nas confraternizações de aniversário com a presença de crianças e adolescentes, por exemplo, pode diminuir o desejo de experimentá-las antes do tempo.
Outra orientação é alertar os jovens sobre as consequências do consumo precoce do álcool e de outras drogas legais e ilegais no corpo humano, especialmente durante as fases de crescimento e desenvolvimento cerebral.
Também é importante conscientizar crianças e adolescentes a respeito das pressões publicitárias e de marketing que usam mensagens estereotipadas induzindo que “sem bebidas alcoólicas não há festa” e que “beber relaxa e traz felicidade”. Para isso, os pais devem conversar com os filhos sobre o impacto da publicidade na TV e suas duplas mensagens, que escondem o lado negativo e prejudicial à saúde. Não utilizar logotipos de bebidas alcoólicas em camisetas e outros produtos, por exemplo, também ajuda a evitar o consumo precoce e o uso excessivo entre o grupo.
Outra dica é alertar os filhos a respeito dos riscos de desidratação e de falta de alimentação em shows, baladas ou nas férias. Estimular o consumo de água e estabelecer um telefone de contato para qualquer emergência parecem condutas simples, mas que são vitais para manter a segurança e saúde dos jovens.
Por fim e não menos importante, é essencial que os pais tenham um papel ativo e reforcem as regras de convívio familiar, no sentido de não permitir o uso de drogas e bebidas alcoólicas como modelo referencial entre as gerações. Construir uma rede de apoio com outros pais, a escola e demais responsáveis para o planejamento de estratégias de prevenção e cuidados durante as festas e outras atividades, eventos culturais ou comunitários também é essencial para evitar o crescimento alarmente do consumo do álcool entre os jovens e adolescentes. — iPê
• Médica pediatra com título de especialista concedido pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Pediatria
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