CULTURA | ARQUITETURA | DECORAÇÃO | BEM-ESTAR

PONTE ENTRE TEMPOS
Editorial
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Editorial
Nesses quase 50 anos de atuação no mercado imobiliário, buscamos tendências e referências para desenvolver empreendimentos inovadores que, de alguma forma, tragam relevância significativa para o entorno de onde serão construídos. Um bom exemplo disso é o Casa Piauí, um residencial em fase de lançamento em Higienópolis, São Paulo, que viabilizou a restauração de um casarão histórico localizado no terreno e que será destinado para as pessoas que frequentam o bairro.
Nesta sexta edição da Revista Helbor, você poderá conferir mais detalhes sobre esse projeto, do qual temos muito orgulho. A revitalização do casarão foi feita pelo Estúdio Sarasá, especialista em conservação e restauro do patrimônio histórico. Em breve, o Palacete Piauí vai receber uma programação cultural
especial. Uma de nossas premissas é contribuir para o bem-estar das pessoas e para o desenvolvimento das cidades em que atuamos por meio de projetos imobiliários diferenciados. Hoje, com cerca de 280 empreendimentos desenvolvidos e mais de 10 milhões de metros quadrados construídos, temos a certeza de que estamos no caminho certo.
O restauro do casarão nos inspirou a pensar em outros temas relacionados ao valor histórico. Por isso, nesta edição você mergulhará em matérias que falam sobre antiquários relevantes em São Paulo, relógios, joias e moda vintage e até mesmo viagens a lugares icônicos, entre outros assuntos.
Esperamos que goste e aproveite cada conteúdo!
Boa leitura!

HENRIQUE BORENSTEIN, Presidente do Conselho de Administração da Helbor
EXPEDIENTE
Conselho Editorial
Henrique Borenstein | Fundador
Henry Borenstein | CEO
Fabiana Lex | Diretora de Marketing
Marcelo Bonanata | Diretor de Vendas
Luciana Barros | Marketing
Milena Faustino | Marketing
Laíla Kamegasawa | Comunicação
Fernanda Fernandes | Comunicação
A Revista Helbor é uma publicação da RAC Mídia Editora.
Publisher Rodrigo Cunha
Jornalista responsável
Tarcila Ferro (MTB 42110) tarcila@racmidia.com.br
Textos
Heloísa Cestari e Miriam Gimenes
Designer Mariane Jayne
Revisão
Márcia Moura
Foto de capa
Rita Bonanata
RAC Mídia Editora Ltda - ME (tel.: 11 98145-7822). A RAC Mídia não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. A editora se isenta de quaisquer danos diretos e/ou indiretos causados a terceiros, advindos da exibição dos anúncios em desacordo com as Leis Criminal, Civil e do Código Brasileiro de Defesa do Consumidor.
As imagens de perspectiva artística dos empreendimentos apresentadas nesta revista estão sujeitas a alterações.
Revista impressa em novembro de 2025.
Aberturas e atrações ao redor do mundo
8
Decoração afetiva: um lar que fala sobre você
As histórias e o processo de restauração de um dos casarões mais icônicos de Higienópolis

Circuito turístico pelo passado paulistano

Tapetes para um décor aconchegante
Os sabores de Higienópolis
- Casa Piauí Higienópolis
- Havva Higienópolis
- Stay Moema by Helbor
- Helbor Jardins por Artefacto
- Helbor My Way Guanabara
- My Place Jardim Botânico by Helbor

42 MODA
Peças vintage para um look cheio de estilo
45 LUXO
Joias e relógios que atravessam gerações

48 ANTIQUÁRIOS
Conheça os melhores acervos de São Paulo

58 PELO BRASIL 2
Os atrativos das cidades históricas de Minas Gerais

56 PELO MUNDO
A doce vida em Florença
Como substituir os alimentos ultraprocessados?
76 ESPORTE
A ascensão do golfe no Brasil


79 MUNDO PET
Os animais exóticos que podem ser criados em casa
82 RECEITA
Espresso Martini com Café Giói

O ator americano Robert De Niro escolheu a Praia de Barbuda, no Caribe, como endereço do The Beach Club Barbuda, resort com previsão de abertura no fim de 2026. O empreendimento surge em parceria com a renomada marca Nobu, conhecida mundialmente por seus restaurantes e hotéis de alto padrão. O complexo contará com 17 vilas de luxo com acesso direto ao mar. Sua praia era conhecida como Coco Point Beach e foi rebatizada em homenagem à princesa Diana, que adorava passar férias no local. O nome oficial Princess Diana Beach foi estabelecido em 1º de julho de 2011, data que marcaria o 50º aniversário da princesa.
A empresa aérea australiana Qantas espera lançar em 2026 o voo comercial que percorre a maior distância no planeta. A frequência entre Sydney, na Austrália, e Nova York, nos Estados Unidos, deverá durar cerca de 22 horas. O curioso é que os passageiros desse voo poderão ver, ocasionalmente, o sol nascer duas vezes, em dois dias seguidos. Cerca de 40% destas novas aeronaves terão cabines Premium, sendo seis suítes de primeira classe, 52 suítes Business, 40 assentos Premium Economy e 140 assentos Economy.

A 23ª edição da Copa do Mundo FIFA, a primeira a contar com 48 seleções, terá seu pontapé inicial no icônico Estádio Azteca, no dia 11 de junho de 2026. O local, que já sediou as finais de 1970 e 1986, fará história novamente ao receber a partida de abertura do torneio, que será realizado no México, Canadá e Estados Unidos. A grande final está agendada para ocorrer no MetLife Stadium, na região de Nova York e Nova Jersey. A expectativa é de um recorde de público e grande impacto econômico nas três nações anfitriãs.

A Walt Disney Company confirmou a construção de um novo resort temático nos Emirados Árabes Unidos. Ele será construído em Yas Island, em Abu Dhabi, com previsão de abertura para 2030. A ilha artificial de Yas já é um polo de entretenimento que reúne um circuito de Fórmula 1, campo de golfe, shoppings e hotéis de luxo, além dos parques Ferrari World, Warner Bros e uma unidade do SeaWorld.
Devido ao intenso calor da região, o complexo inclui grandes áreas cobertas e climatizadas para garantir o conforto dos visitantes. O novo parque também terá como ponto central um castelo e será o primeiro da Disney à beira-mar. O projeto é o mais avançado da companhia e deverá refletir a cultura árabe.
O turismo gastronômico em São Paulo ganha força com a crescente popularidade da Rota do Queijo Artesanal Paulista. Há um total de 37 queijarias artesanais abertas à visitação no Estado. Elas foram mapeadas e fazem parte do guia virtual Rota Turística do Queijo Artesanal Paulista.
A 232 quilômetros da capital, São João da Boa Vista abriga dois estabelecimentos do gênero. Além dela, cidades como Amparo, Cabreúva, Itapetininga e São Luís do Paraitinga também estão inseridas na rota com queijarias distintas. O roteiro valoriza a aproximação entre produtor e consumidor, e os visitantes descobrem histórias únicas por trás de cada variedade do laticínio, criando experiências gastronômicas memoráveis pelo interior paulista.


A Ponte do Grande Cânion de Huajiang (Huajiang Grand Canyon Bridge), inaugurada recentemente na província chinesa de Guizhou, é a mais alta do mundo. Sua característica mais impressionante é a altura de 625 metros do tabuleiro até a superfície do Rio Beipan, o que a torna quase tão alta quanto a Shanghai Tower. Essa obra-prima da engenharia não só detém o recorde de altura, como também possui um vão principal de 1.420 metros. Com 2.890 metros de extensão total, a estrutura metálica reduziu o tempo de viagem, que antes demorava cerca de duas horas, para apenas dois minutos.

DECORAÇÃO AFETIVA PRIORIZA OBJETOS QUE VALORIZAM A HISTÓRIA
PESSOAL, CRIANDO AMBIENTES ÚNICOS, CHEIOS DE SIGNIFICADO, PERSONALIDADE E BOAS MEMÓRIAS
Pode ser um porta-retratos da família, o suvenir daquela viagem memorável, a cristaleira herdada há gerações, o quadro pintado em um momento especial, a coleção de LPs ou a peça de artesanato feita pela avó com todo carinho... As possibilidades são inúmeras, mas todos esses objetos, embora únicos, trazem um propósito em comum no décor: fortalecer o vínculo emocional entre o ambiente e quem vive nele, tornando-o mais pessoal e exclusivo, repleto de histórias, energia positiva e boas lembranças.
Esse é o intuito da chamada decoração afetiva. Muito mais do que seguir as últimas tendências para criar espaços bonitos e sofisticados, esse estilo valoriza a trajetória de vida de cada pessoa e suas relações de afeto, deixando em evidência as peças que despertam os seus melhores sentimentos e memórias. “A ideia é aproximar o morador das suas raízes, do seu lugar de aconchego, criando um local onde tudo o que importa está à mostra, não para apenas ser exibido, mas para ser lembrado”, explica o arquiteto de interiores Malone Miguel Negreiros, da M2M Arquitetura.
Para tanto, além de estética e funcionalidade, vários elementos simbólicos podem ser considerados, desde peças herdadas que tenham seu valor afetivo até cores que remetem a épocas específicas ou a algum aspecto da vida do morador. Também vale optar por revestimentos antigos e artesanatos que transcendem gerações, resgatando memórias de pertencimento, acolhimento e identidade.

SUVENIRES DE VIAGEM, DISCOS DE VINIL OU A VITROLA DOS TEMPOS DE INFÂNCIA AJUDAM
A COMPOR UM AMBIENTE REPLETO DE BOAS LEMBRANÇAS

O resultado é uma casa verdadeiramente pessoal, que reflete os gostos, as experiências e os momentos marcantes da vida de quem a habita. “Em um universo imediatista como este em que vivemos, a arte afetiva nos faz lembrar que as coisas não precisam ser efêmeras. Existe um histórico cultural e próprio do ser que deve ser valorizado. Deve-se olhar para dentro de si e perceber que carregamos sentimentos em elementos que se tornam únicos e inestimáveis. Essa é a grande característica desse movimento”, observa o arquiteto.
Diferentemente do estilo vintage, que apenas remonta a tendências de outras épocas, a abordagem afetiva prioriza tudo que é especial ao morador, seja novo ou antigo. Segundo Malone Miguel, essa característica reflete a individualidade de cada cliente. “Trilhamos uma história e carregamos conosco elementos que tornam cada decoração afetiva única e impossível de copiar sem perder sua essência ou personalidade.”
Ainda assim, é possível recorrer a antiquários e feiras de antiguidades para garimpar móveis e outros itens que ajudem a compor a atmosfera desejada. “Nem sempre conseguimos ter peças herdadas. Então, esses comércios tornam-se lugares incríveis para encontrar itens que, por mais que não tenham sido nossos, possam, em sua conjuntura, nos levar em pensamento e sentimentos para um determinado período da história ou trazer sensações de algo vivido”, explica o especialista em interiores, ressaltando que não adiantará fazer um projeto por mera estética se os objetos escolhidos não proporcionarem essa conexão afetiva entre casa e morador. “Acompanhar uma tendência e viver amarrada nela por puro modismo trará insatisfação futura”, alerta.

OBJETOS QUE
REVELAM OS GOSTOS DO MORADOR, COMO UMA BICICLETA OU PRANCHA DE SURFE, REFORÇAM A SENSAÇÃO DE PERTENCIMENTO
Outra vantagem da decoração afetiva é a possibilidade de combinar elementos clássicos e modernos em um mesmo espaço sem comprometer sua identidade. De acordo com Malone Miguel, neste tipo de projeto não se faz necessário ter um fogão velho com só uma boca funcionando, um refrigerador defasado ou um sofá desconfortável só porque ele é antigo. “Podemos suprimir esses elementos complementando com outros, assim como também se pode recorrer a um sofá confortável com tecido estampado, elencar vários quadros de família com obras de arte moderna, ter um refrigerador embutido dentro de uma marcenaria mais artesanal, ou até mesmo um lavabo com bancada esculpida e metais modernos ao lado de um papel de
parede clássico”, sugere.
Para que o ambiente fique harmônico mesmo reunindo elementos contrastantes, tudo deve ser minuciosamente estudado e combinado. Também vale dar função nova a alguns objetos. Um baú herdado da família, por exemplo, pode virar uma mesa de cabeceira ou de centro. Fotografias em preto e branco, por sua vez, podem ser emolduradas individualmente e se transformar em uma galeria cheia de estilo para preencher as paredes de um corredor. As possibilidades são inúmeras. Mas é importante ter em mente que não há uma fórmula mágica de combinações. “O que existe é um equilíbrio de exposição de objetos e curadorias para que, no fim, façam sentido. O lar não deve parecer um museu, e sim um lugar que conta uma história.”
Além disso, o arquiteto procura trabalhar sentidos que vão além dos visuais, seja com uma vela perfumada, plantas ou madeiras aromáticas para aguçar o olfato, seja com o toque de tecidos texturizados, paredes com acabamentos rústicos ou aveludados e iluminações que permitam criar cenários inusitados e surpreendentes.
Embora o maior objetivo seja criar um vínculo emocional entre o décor e o morador, a decoração afetiva também contribui para a preservação do planeta ao utilizar itens já existentes, evitando que estes sejam descartados no meio ambiente. Neste quesito, as lojas de garimpo são fundamentais porque, muitas vezes, atuam também como oficinas de restauro. “Pode-se incluir apenas uma troca do verniz ou uma nova pintura com cores diferentes, substituir puxadores, trocar partes danificadas e, ainda assim, não tirar a identidade da mobília. Esse valor é dado por nós, pois algo pequeno e sem sentido para alguém pode representar muita coisa para outra pessoa”, explica.
Outra dica é usar esse estilo em todos os cômodos da casa. “O contrário disso seria fugir da identidade proposta, pois a ideia é ter uma casa que conte uma história ou remeta a alguma memória.”
Por fim, tenha sempre em mente que a decoração afetiva não implica, necessariamente, em ter espaços cheios de bibelôs, móveis, quadros ou texturas. O projeto também pode ser sutil, leve e único se procurar resgatar memórias ao invés de servir de mero depósito para coisas antigas sem sentido. “Afinal, uma nova história será escrita naquele novo espaço”, conclui o arquiteto.

É possível combinar elementos clássicos e modernos em um mesmo espaço, usar móveis antigos, plantas e até fazer uma galeria de fotografias emolduradas individualmente


CONHEÇA AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS E DESCUBRA QUAL MODELO
COMBINA MELHOR COM O SEU LAR
POR HELOÍSA CESTARI
Há 2.500 anos, os tapetes fazem parte da vida e da cultura de diversos povos. Originário do Irã, esse elemento curinga na decoração ganhou o mundo e hoje é sinônimo de aconchego e versatilidade, apresentando diversas finalidades que vão desde preencher espaços aparentemente “vazios” até delimitar ambientes, valorizar a disposição dos móveis, proporcionar conforto térmico e acústico, refinar a atmosfera ou, simplesmente, complementar o estilo do décor.
Além das várias funcionalidades, a própria arte da tapeçaria tem agregado tecnologias inovadoras. Dos tradicionais (e luxuosos) tapetes persas tecidos à mão e modelos belíssimos feitos por artesãos em outros países do Oriente, o mercado se expandiu abrindo espaço para os mais variados estilos, materiais e inspirações.
Nas duas últimas edições da CASACOR, diversos ambientes revelaram peças diferenciadas, que transitaram do design biofílico à inusitada utilização de Inteligência Artificial para transformar as ondas sonoras de uma música indígena em ondulações visuais inseridas no desenho do tapete.
Diretora criativa da by Kamy, a italiana Francesca Alzati, que desenha a maior parte dos produtos da marca, destaca a monocromia e os tons pastel, em peças com menos desenhos e informações, como uma das principais tendências no segmento. “Se for de cor única, no entanto, para não parecer um capacho ou carpete, a textura tem que ter relevos, detalhes ou outros elementos que tornem e peça diferenciada”, completa.
Materiais de fibras naturais em tons neutros, claros ou terrosos, continuam em alta segundo os especialistas em arquitetura e decoração da Architectural Digest, lembrando que a Pantone – empresa considerada autoridade mundial em tendência de cores – elegeu como tonalidade do ano de 2025 o Mocha Mousse, que combina rosa e marrom.
Também se pode optar por formas orgânicas, padrões geométricos, franjas, listras, versões ecológicas e até peças herdadas cheias de história. As possibilidades são inúmeras. Mas é importante estar atento a alguns detalhes para saber qual modelo combina melhor com o seu lar e com o estilo de vida de quem mora nele. Veja a seguir algumas dicas e tendências para fazer a escolha certa.
Tapetes grandes continuam em alta, e são ideais para criar uma base visual de impacto, que proporcione uma sensação de amplitude e conforto em ambientes como um hall de entrada, uma sala de estar ou mesmo um quarto. Para definir o tamanho ideal ao seu lar, no entanto, é preciso considerar outras questões, como as medidas do ambiente e da mobília. Segundo a especialista da by Kamy, foi-se o tempo em
que se usavam dois tapetinhos ao lado da cama. “O ideal é ter um maior, que fique no meio da cama e se estenda até as duas laterais. Assim, o quarto parece mais amplo.”
O mesmo vale para os móveis da sala, onde o tapete deve entrar embaixo do sofá. No caso de poltronas, Francesca sugere que a peça fique inteira sobre o tapete. E no caso da sala de jantar, convém calcular o espaço necessário para a movimentação das cadeiras, a fim de que elas não fiquem enroscando na tapeçaria.
Uma tendência que se mantém forte são as formas orgânicas. Em vez de tapetes retangulares, quadrados ou circulares, despontam os de formato irregular e fluido, inspirados na natureza.
Além de serem mais modernos e conferirem movimento à decoração, quebrando a rigidez monótona dos traçados retos, esses tapetes ajudam a unir os elementos no ambiente.
Para quartos de criança, também vale apostar em modelos com formatos divertidos, como bichos, personagens, estrelas e outros símbolos do universo infantil.
Os tapetes com padrões geométricos voltaram a ser tendência, mas devem permanecer em cartelas de cores 100% neutras ou mescladas com tonalidades mais vibrantes.
Com padrões arrojados, formas assimétricas e design contemporâneo, esses tapetes dão um toque de modernidade à decoração ao mesmo tempo que agregam profundidade e interesse visual ao ambiente. São ideais para quem deseja dar um destaque ao piso sem sobrecarregar o décor.




FORMAS ORGÂNICAS, PADRÕES GEOMÉTRICOS E DESENHOS DO UNIVERSO INFANTIL
FORAM ALGUNS DESTAQUES DA BY KAMY PARA 2025


Tapete Acalanto, apresentado na CASACOR em projeto assinado pelo arquiteto Bruno Moraes, trouxe inovação ao transformar uma música indígena em ondas visuais com recursos de Inteligência Artificial
Já as listras, clássicas e atemporais, aparecem em versões suaves, com tons mais neutros, exaltando a simplicidade. São excelentes para alongar visualmente o espaço.
TAPETES EM CORES NEUTRAS
SÃO IDEAIS PARA
QUEM DESEJA
DAR DESTAQUE
AO PISO SEM
SOBRECARREGAR
O DÉCOR
Com a procura maior por apartamentos integrados, como lofts e studios, o tapete surge como uma peça-chave tanto para unir quanto para delimitar uma zona específica em ambientes amplos e multifuncionais. Uma peça pode, por exemplo, distinguir a sala de jantar da área de estar, demarcando onde uma termina e a outra começa. Assim como também é possível usar um tapete grande para propor uma conexão maior entre dois espaços, criando um percurso. Para combinar mais de um tapete em ambientes integrados, o ideal é aliar uma peça de estilo mais neutro com outra de maior personalidade, lembrando que esses curingas podem servir tanto de ponto focal quanto de base neutra. “Ele pode vestir o espaço, como um
quadro no chão, ou apenas ser colocado para destacar outros elementos da decoração”, explica Francesca.
Antes de decidir entre um modelo e outro, é fundamental considerar não apenas a estética, mas também a função que o tapete irá desempenhar em determinado espaço e o estilo de vida dos moradores. Quem tem animais de estimação, por exemplo, deve investir em peças de material sintético e mais resistente, que possam ser higienizadas facilmente. “Se o pet for um gato, também é aconselhável comprar uma peça lisa, sem costuras ou relevo, senão ele vai querer desfiar o tapete inteiro”, adverte Francesca. Já para crianças e idosos convém apostar em materiais menos escorregadios e com um bom antiderrapante embaixo, priorizando modelos sintéticos e mais práticos na brinquedoteca, no terraço e na cozinha. Segurança também deve ser prioridade em corredores e banheiros.
Texturas mais macias e aconchegantes, como modelos felpudos e de microfibra, por sua vez, caem bem em áreas íntimas, como o quarto e a sala de TV. Mas evite-os em locais de alto tráfego, pois retêm muito pó e se deterioram mais rapidamente.
Modelos ecológicos continuam a ser uma prioridade na decoração. Materiais naturais como sisal, juta e algodão orgânico têm tido cada vez mais projeção por sua durabilidade, impacto ambiental reduzido e textura aconchegante.
Tapetes em tecido lavável também vêm substituindo as tapeçarias grossas devido à praticidade na manutenção. Mas o material não é tudo. Quando o assunto é ecologia, também convém se informar sobre o impacto ambiental das práticas adotadas por cada empresa no processo de produção.
A by Kami, por exemplo, abriu um Galpão Verde, onde realiza pesquisas e criações de protótipos desenvolvidos a partir de sobras dos seus tapetes. “Não jogamos nada fora há oito anos”, diz Francesca. Outras marcas também têm investido em novas tecnologias e materiais biodegradáveis para reduzir os danos que sua cadeia produtiva pode causar à natureza.
A maioria dos tapetes deve ser levada em lugares especializados para limpeza com certa regularidade, para que a sujeira não impregne. O intervalo de tempo e o modo de higienização, porém, variam bastante conforme o material. O ideal é se informar na hora de adquirir a peça. “Qualquer loja tem a obrigação de dizer como deve ser a manutenção do tapete que está vendendo”, alerta Francesca.


PALACETE CENTENÁRIO EM HIGIENÓPOLIS É RESTAURADO PARA GANHAR
NOVO PROTAGONISMO ANEXO A EMPREENDIMENTO DA HELBOR
POR HELOÍSA CESTARI
Em meio à atmosfera tranquila, sofisticada e culturalmente rica do bairro de Higienópolis, um palacete histórico desponta como um marco da arquitetura residencial da elite cafeeira paulistana e da própria história da metrópole. Erguido entre os anos de 1916 e 1918, no número 527 da Rua Piauí, esquina com a Itacolomi, o casarão foi inspirado nas tendências do estilo art nouveau para servir de residência à família de José Martiniano Rodrigues Alves, sobrinho do quinto presidente do Brasil, Rodrigues Alves (1848-1919). Depois, passou por diferentes usos, sintetizando em sua materialidade os ciclos de modernização e abandono vividos pelo bairro desde o apogeu do Ciclo do Café até o início do século atual, quando o imóvel permaneceu fechado, sem uso, por cerca de 20 anos. Perdeu a função e os holofotes de outrora, mas manteve suas muitas histórias.
Parcialmente tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) como um local de memória, lembrado tanto pela beleza arquitetônica quanto pelo seu passado, o imóvel assume agora um novo protagonismo na história de São Paulo. Sob os cuidados da Helbor e da MPD, o palacete ressurge imponente, como exemplo vivo de obra que resistiu ao tempo, às transformações do bairro e à verticalização que redesenhou o skyline de Higienópolis a partir dos anos 1940.

PALACETE É CONSTITUÍDO POR UM SOBRADO DE CARACTERÍSTICAS ECLÉTICAS, COM 844 M 2 DE ÁREA CONSTRUÍDA DIVIDIDOS ENTRE PAVIMENTO SUPERIOR, TÉRREO E SUBSOLO

Para tanto, o casarão passou por um minucioso processo de restauro comandado por Antonio Sarasá, do Estúdio Sarasá, referência nacional em reparo e conservação de bens históricos. Foram três anos de trabalho – entre projetos, aprovação e a obra em si – e um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões para dar nova vida ao patrimônio sem desvirtuar a sua essência.
“É fundamental entender o edifício, o que ele está contando sobre si, qual é a sua argamassa. Essa é a parte mais fascinante”, explica o restaurador, que logo se encantou com as pinturas que se revelaram, a beleza dos gradis em estilo vienense e o emprego do símile pierre (método que cria uma pedra artificial utilizando argamassa e moldagem para imitar pedras naturais em paredes ou superfícies).
Um desafio que envolveu muita técnica, respeito e cuidado para preservar esses e outros elementos únicos, que simbolizam uma época de prosperidade e requinte, como as folhas de café moldadas da rica serralheria ornamental, forros de estuque decorados, lambris, vitrais com motivos florais e pisos de mosaico em cerâmica.
Destaque para o hall de entrada da casa, com capitéis decorados por volutas, a escadaria de mármore e a antiga sala de jantar, que ostenta um grande vitral na porta, cristaleiras espelhadas embutidas no painel e ricos trabalhos com madeira, tanto no forro em caixotão quanto nas paredes cobertas com boiserie. “O palacete tem uma iconografia europeia, própria do início do século 20, com toda aquela característica afrancesada”, observa o profissional.
PROCESSO DE RESTAURO EXIGIU TRÊS ANOS DE TRABALHO
E CERCA DE R$ 10 MILHÕES EM INVESTIMENTOS PARA DAR
NOVA VIDA AO IMÓVEL SEM DESVIRTUAR A SUA ESSÊNCIA
Além da recuperação de elementos de grande valor histórico respeitando as técnicas construtivas da época e os critérios estabelecidos pelo Conpresp, a iniciativa contemplou a retirada de interferências do período em que o imóvel foi descaracterizado, restaurando sua leitura original. “Trata-se de um resgate simbólico e material. O casarão é uma peça viva da história de São Paulo e sua preservação contribui para a valorização da memória de Higienópolis, além de promover novas possibilidades de uso para a cidade contemporânea”, completa Sarasá.
NO TEMPO
Posicionado sob o espigão da Avenida Paulista, o Palacete Piauí é um remanescente da própria expansão urbana de São Paulo e da ocupação de Higienópolis, o primeiro bairro a levar saneamento às casas – daí seu nome, que significa Cidade da Higiene. A ideia, na época, era melhorar a qualidade ambiental, longe da várzea e das linhas de trem, que serviam de porta de entrada para doenças como a peste.


Fachada revela o predomínio do art nouveau na arquitetura e o emprego de técnicas como o boiserie e o símilepierre em paredes e outras superfícies

Deu certo. Em pouco tempo, a região tornou-se uma excelente alternativa de moradia para famílias da classe alta, constituídas por uma segunda geração de fazendeiros do café, comerciantes estrangeiros e os primeiros grandes nomes da indústria, cujos pais haviam ocupado inicialmente o bairro de Campos Elíseos. No livro Higienópolis: Grandeza e Decadência de um Bairro Paulistano, a historiadora Maria Cecília
Naclério Homem identifica algumas famílias de destaque, como Sousa Queirós, Silva Prado e Álvares Penteado.
Essa qualidade desejada pela elite local, em sintonia com uma nova cultura urbanística vigente na Europa, dotou a região de um crescente valor imobiliário. Novas casas foram construídas no bairro, que ganhou pavimentação, iluminação pública e rede elétrica. E belos palacetes burgueses, assim como o da Rua Piauí, começaram a ser erguidos, transformando Higienópolis em um núcleo de manifestações socioculturais da elite, dedicado à compreensão da “Belle Époque” de São Paulo.
Com a crise de 1929 e a Revolução de 1930, entretanto, os barões do café tiveram sua fortuna e importância política abaladas. Suas mansões passaram a ser vendidas, dando lugar a prédios de apartamentos e condomínios residenciais majoritariamente voltados à classe média. Daí a importância de se preservar o palacete como testemunha silenciosa das profundas transformações vividas pelo bairro e pela própria cidade de São Paulo ao longo do último século.
Ao devolver à cena paulistana um de seus maiores tesouros, símbolo de permanência, beleza e reencontro, a Helbor e a MPD não apenas promovem um novo diálogo entre passado e presente como

PALACETE TEM ICONOGRAFIA EUROPEIA, PRÓPRIA DO INÍCIO DO SÉCUO 20, QUE REVELA O LUXO E AS TENDÊNCIAS NA FASE ÁUREA DO CICLO DO CAFÉ

também demonstram o seu respeito à história da cidade e visão para o futuro. “Quando foi colocado aqui o restauro em primeiro lugar, e se aprendeu essa dinâmica, o prédio ganhou um protagonismo enorme. E a sensibilidade da incorporadora, trabalhando na restauração e conservação desse edifício, foi primordial para que a gente levasse esse legado e suas histórias para a geração futura. Vai ser um grande empreendimento, onde o impacto, o astral e o próprio espírito do lugar ficam impressos”, ressalta Antonio Sarasá.
Segundo Fabiana Lex, diretora de Marketing, Produto e Comunicação da Helbor, a restauração vai além da preservação arquitetônica: trata-se de uma ressignificação ativa do imóvel, que será devolvido à cidade com novas possibilidades de utilização cultural, educativa e institucional. “Estamos diante de um processo que respeita e valoriza a história e a arquitetura paulistana, ao mesmo tempo que propõe novos usos para um espaço que faz parte da memória da cidade. Mais do que restaurar um edifício, queremos contribuir para que São Paulo mantenha vivo seu patrimônio.”

REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO CONFERE NOVO SIGNIFICADO AO BAIRRO, QUE VOLTA A VALORIZAR SEUS MARCOS HISTÓRICOS
Promovendo um elo entre o clássico e o contemporâneo, o palacete passa agora a atuar como uma ponte entre tempos, que leva o pensamento do visitante a transitar desde a construção, há mais de um século, até os dias de hoje, quando ressurge na cena paulistana harmoniosamente integrado ao Casa Piauí Higienópolis, um empreendimento exclusivo, com apartamentos de alto padrão, que promete ressignificar o modo de viver tradicional do bairro em um projeto contemporâneo, sofisticado e atemporal. A ideia é que o palacete funcione como um anexo do condomínio, resgatando a alma de Higienópolis em sua essência mais refinada.
Ao mesmo tempo em que passado e presente se misturam, soluções inteligentes apontam o olhar para o futuro. Em processo de certificação AQUA-HQE™ (um dos mais reconhecidos selos de construção sustentável do mundo), o Casa Piauí combina consciência ambiental e qualidade de vida em cada detalhe, propondo a redução de, no mínimo, 20% do consumo de água e energia com a utilização de equipamentos eficientes e uma gestão de resíduos responsável, que facilita a coleta.
Bicicletário e acessos, por sua vez, incentivam a mobilidade ativa, enquanto outras iniciativas promovem a integração urbana e a valorização do entorno. É o caso das lojas e restaurantes da rede de strip malls ComVem, que ficarão no térreo proporcionando uma série de facilidades em comércio e serviços. Assim, será possível conectar marcas e pessoas com
conveniência, fluxo e propósito na base do prédio, da qual o casarão faz parte e por onde as pessoas poderão transitar livremente em um espaço de fruição entre as ruas Piauí e Itacolomi (saiba mais sobre o novo empreendimento nas páginas 26 e 27).
Enquanto as obras do residencial continuam em andamento, o palacete, já completamente restaurado, passa a servir de palco para intervenções culturais e visitas guiadas.
Um dos destaques da agenda são os tours quinzenais pelo interior do casarão conduzidos por monitores do Estúdio Sarasá. O passeio permite que o visitante conheça a forma construtiva e o requinte de detalhes da arquitetura do início do século 20, e imagine como viviam as famílias da elite paulistana de então, formada principalmente por barões do café.
A visita dura cerca de 30 minutos e é gratuita. Para participar, os interessados devem fazer inscrição prévia pelo site www.palacetepiaui.com.br e aguardar mensagem de confirmação.
Em novembro, a Secretaria Municipal de Turismo também passou a incluir o palacete em um dos tours do programa Vai de Roteiro, que oferece uma série de passeios, com guias credenciados, pelos principais pontos turísticos da cidade. Neste caso, a visitação dura até 15 minutos e ocorre todos os sábados, por volta das 12h30, como parte de um trajeto pela região de Higienópolis. Normalmente, os grupos têm entre 15 e 20 pessoas.

TOURS GUIADOS (ABAIXO) REVELAM ELEMENTOS ÚNICOS DA ÉPOCA, COMO FORROS DE ESTUQUE DECORADOS, LAMBRIS E ELEGANTES PAREDES COBERTAS COM BOISERIE



“QUANDO CONHECI O CASARÃO, FIQUEI
ENCANTADA COM A IDEIA DE QUE REALMENTE
DEBAIXO DAQUELE CAOS
SAIRIA O BELO. NÃO SÓ O BELO, MAS SAIRIA TAMBÉM
HISTÓRIA E ARTE (...)
A CADA DETALHEZINHO
QUE ELES DESCOBRIAM E RESTAURAVAM, EU FICAVA
MAIS E MAIS MARAVILHADA!
(...) ETERNIZAR, ATRAVÉS
DESSAS IMAGENS, TODO O CUIDADO E PRIMOR QUE
A HELBOR E O PESSOAL DA SARASÁ TIVERAM PRA
PRESERVAR A HISTÓRIA FOI UM DOS TRABALHOS MAIS
IMPORTANTES QUE JÁ FIZ!”
RITA BONANATA, FOTÓGRAFA

Outro ponto alto da programação cultural é a exposição Retratos de um Restauro , da fotógrafa de arquitetura Rita Bonanata, realizada no alpendre do palacete. Aberta ao público por tempo indeterminado, com entrada gratuita, a mostra apresenta o antes e o depois do restauro, revelando todo o processo de recuperação do imóvel e trazendo à tona a arte e a beleza da construção original que estavam escondidas debaixo de entulhos, rebocos e tintas. Uma característica marcante no trabalho de Rita está na procura incessante da beleza em pequenos detalhes que costumam passar despercebidos
aos olhos de outras pessoas. “Sempre gostei de fotografar coisas improváveis. Gosto de buscar desenhos em sombras, poesia em tijolos e materiais de demolição. Amo pensar que do entulho saíra o belo”, explica a fotógrafa. Com essas ações, entre outras lideradas pela Helbor, a companhia aposta na integração entre patrimônio histórico e contemporâneo. Afinal, a requalificação do espaço confere uma nova camada de significado para Higienópolis, que volta a reconhecer o valor de seus marcos históricos como elementos que dialogam com o presente e projetam o futuro do bairro.
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA (ACIMA) MOSTRA O ANTES E O DEPOIS DO RESTAURO, REVELANDO
TODA A BELEZA DA CONSTRUÇÃO ORIGINAL
QUE ESTAVA ESCONDIDA
SOB TINTAS E REBOCOS

ACESSOS EXCLUSIVOS DO RESIDENCIAL
Como uma viagem no tempo, o exclusivo empreendimento Casa Piauí Higienópolis transita do clássico ao contemporâneo em um projeto sofisticado, assinado pela Marchi Arquitetura, que ressignifica o modo de viver em Higienópolis, resgata a alma desse tradicional bairro paulistano em sua essência mais refinada e ainda traz soluções inteligentes para um futuro sustentável. Com plantas de 249 m² a 260 m², cada apartamento oferece ambientes amplos e arejados, com quatro suítes, áreas de convívio generosas, terraço social e três ou quatro vagas na garagem, incluindo um depósito privativo.
Nas áreas comuns, vários espaços contam com lounges externos de apoio, como os salões de festas e de jogos. A academia também possui um agradável terraço, e até o spa dispõe de um cantinho ao ar livre, além de duchas, sauna e sala de massagem.
Piscina adulto com raia de 20 metros e pool bar, solário, playground, brinquedoteca, bicicletário, delivery e elevador Shabat completam as instalações das áreas comuns, que têm paisagismo assinado por Benedito Abbud e interiores decorados pelo escritório de Fernanda Marques.
Mas nada chama mais atenção do que o imponente palacete restaurado, um marco da arquitetura residencial da elite cafeeira paulistana agora reintegrado à vida urbana como um espaço anexo de convivência aberto ao público.
É ali, no térreo, que está o ComVem, um mall com lojas e serviços essenciais pensado para dar mais praticidade ao dia a dia. Além de oferecer compras, lazer e conveniência em um único lugar, o local promete valorizar o entorno e atrair novos olhares ao transformar a memória do passado em benefício presente.


Outro diferencial é a localização, em plena esquina da Rua Piauí com a charmosa Itacolomi – onde o cotidiano flui entre cafés, escolas e a proximidade com o Parque Buenos Aires. Conhecido por suas ruas arborizadas, arquitetura imponente e atmosfera residencial exclusiva, o bairro oferece um estilo de vida reservado e, ao mesmo tempo, conectado ao que há de melhor na metrópole.
O entorno é repleto de charme, praticidade e facilidades. Basta uma breve caminhada de menos de dez minutos, por exemplo, para alcançar pontos estratégicos como a Estação Higienópolis-Mackenzie do Metrô (Linha 4-Amarela), o Shopping Higienópolis, restaurantes badalados, excelentes hospitais e instituições de ensino renomadas, como Mackenzie e FAAP.
Além disso, a região é um importante centro cultural da cidade, com uma atmosfera que inspira arte, história e conhecimento. Uma combinação rara entre tranquilidade e efervescência que transforma o cotidiano em uma experiência mais rica e inspiradora, refinando o conceito de morar bem.

Para quem valoriza espaço, localização e arquitetura em seu mais alto nível, o Havva Higienópolis amplia os horizontes em todos os sentidos. Enquanto suas janelas generosas oferecem uma vista privilegiada para o Vale do Pacaembu, como se o skyline fosse uma extensão da própria sala de estar, o empreendimento expande os limites do bem-viver em um projeto exclusivo, com apenas um apartamento por andar e acabamentos de altíssimo padrão nas áreas comuns.
Além do panorama espetacular da varanda, que revela uma paisagem quase intocada, que poucos podem chamar de sua, o empreendimento respeita a topografia da Rua Bahia, no coração silencioso do bairro de Higienópolis, e valoriza a cena urbana com recuos maiores, integração com o entorno e uma leitura contemporânea da elegância paulistana. A circulação é fluida, os acessos são discretos, e o paisagismo – comandado por Benedito Abbud – compõe um cenário que favorece o caminhar calmo, o encontro e a contemplação.
Já a arquitetura, assinada pelo escritório Anastassiadis Arquitetos, traduz o que há de mais refinado no design brasileiro contemporâneo, primando pelo bem-estar com suas linhas leves e precisas, luz natural abundante e materiais que inspiram tranquilidade e conforto absoluto.
Essa mesma sensação de paz e amplitude se reflete no interior dos apartamentos. São apenas 30 unidades em uma torre de 33 pavimentos. Destas, 26 têm 346 m² privativos, com quatro suítes e quatro vagas na garagem. Outras três residências são ainda mais amplas, do tipo "mansão suspensa", com 639 m² e cinco vagas para carro. E ainda há uma unidade Garden, com 472 m².
Para criar uma atmosfera onde o luxo se expressa na experiência, os interiores das áreas comuns priorizam o uso de pedras naturais com toque suave e paletas neutras, além de estofamentos, cortinas, painéis e detalhes revestidos em fibras nobres, que estabelecem um diálogo entre conforto, luz e discrição.
A natureza, por sua vez, impõe-se como uma extensão do horizonte e da arquitetura, sendo não apenas respeitada como também integrada e valorizada no projeto para se harmonizar à alma verde do bairro. Tudo isso em uma localização privilegiada, próximo ao Shopping Pátio Higienópolis, à FAAP e cercado por uma rede completa de gastronomia, cultura e conveniência.
Por fim, há a área comum, que dispõe de lobby, lounge externo gramado, delivery, fitness, piscina aquecida, solário, sauna, espaço kids, playground, pub jogos e lounge gourmet. Um clube exclusivo para aproveitar cada momento em família e o melhor da vida, todos os dias.

EMPREENDIMENTO TRAZ CONCEITO INÉDITO NA REGIÃO, COM UNIDADES 100% MOBILIADAS E SUÍTES EXCLUSIVAS PARA HÓSPEDES
Imagine ter a comodidade de receber as chaves do seu novo studio ou apartamento já 100% mobiliado e equipado, desde a instalação dos revestimentos até a montagem dos móveis e eletrodomésticos. E ainda dispor de uma suíte exclusiva para hospedar convidados. Estes são alguns dos diferenciais do Stay Moema by Helbor.
Localizado em um ponto privilegiado da Zona Sul de São Paulo, perto de hospitais, mercados, faculdades, da imensa área verde do Parque do Ibirapuera e de grandes empresas dos ramos financeiro e de tecnologia, o empreendimento traz soluções inéditas na região para moradia ou locação de curta temporada. Além de suas unidades serem entregues já prontas para uso, as áreas comuns contam com duas Guests Suites pensadas especialmente para acomodar amigos e familiares, por uma ou duas noites, com conforto, privacidade e a apenas um elevador de distância.
Projetados para favorecer a convivência entre moradores e locadores, os espaços comuns dispõem, ainda, de um local específico para o hóspede guardar suas malas com segurança antes do horário de entrada, vending machines, um Lounge Coworking adaptado para espera de check-in, la-

vanderia com equipamentos industriais e um amplo living para reunir amigos em um jantar casual. Já o lugar planejado para guardar entregas delivery inclui geladeira, freezer e cabideiros.
Saúde e bem-estar são outras premissas do projeto paisagístico, que prevê um amplo espaço para a prática de ioga, piscina com solarium, sala de massagem, área fitness com cárdio e musculação separados e uma agradável praça externa para momentos de exercício e relaxamento.
Os 168 apartamentos, distribuídos em uma torre única, por sua vez, dividem-se em 112 studios de 25 m² a 27 m² e 56 residências de um dormitório com 34 m² a 41 m² privativos. Todos entregues mobiliados, equipados e com uma flexibilidade de layout que permite configurar o ambiente de diversas formas, adaptando-o às necessidades de cada morador.
Outro ponto de destaque é a mobilidade. Além de ter o corredor de ônibus da Av. Santo Amaro na porta e as estações de Metrô Moema e Eucaliptos a uma curta caminhada, o Stay Moema by Helbor garante fácil acesso às vias que conectam os principais pontos da cidade, como as avenidas Brigadeiro Faria Lima, Juscelino Kubitschek, Hélio Pelegrino e República do Líbano. Tudo para proporcionar facilidades e conforto sob medida a cada morador, locador de baixa temporada e, claro, seus convidados.



LUXO, PRIVACIDADE E DESIGN ÚNICO NO MELHOR ENDEREÇO DO JARDINS
Alocalização já dá uma ideia da exclusividade deste empreendimento de altíssimo padrão. Construído em um dos pontos mais cobiçados da capital paulista, entre a Alameda Lorena e a Rua Haddock Lobo, o Helbor Jardins por Artefacto ostenta o privilégio de estar a poucos passos das sofisticadas vitrines da Rua Oscar Freire e de alguns restaurantes que são verdadeiros templos da gastronomia paulistana. Mas este não é o único diferencial. Com um projeto que impressiona desde a fachada, ele reúne tudo que há de melhor no segmento em uma atmosfera de estilo e requinte incomparáveis.
Para tanto, um time de profissionais renomados reuniu seus talentos. A arquitetura é assinada pelo escritório Aflalo e Gasperini, que une tradição e inovação na busca de soluções arquitetônicas. A decoração de interiores, por sua vez, ficou a cargo da equipe de Fernanda Marques, conhecida por valorizar um estilo limpo e contemporâneo, sintonizado com o melhor da arte e do design internacionais.


Já o paisagismo foi comandado por Alex Hanazaki, que tem se destacado por criar projetos icônicos que vão de jardins residenciais a espaços públicos e corporativos.
Para completar, as áreas comuns são adornadas exclusivamente com móveis da marca Artefacto, agregando ainda mais sofisticação ao empreendimento. O resultado é uma obra-prima arquitetônica com linguagem única, que inspira elegância, aliando o conforto e a liberdade de uma casa com a segurança e a privacidade de um apartamento.
Apesar do terreno espaçoso, de aproximadamente 2,9 mil metros quadrados, seus dois edifícios abrigam, juntos, apenas 21 unidades com dimensões muito generosas, cômodos amplos e um planejamento inteligente, que permite uma personalização completa em cada detalhe. Todas prontas para morar, com quatro suítes e quatro ou cinco vagas na garagem. Na Torre Lorena, a metragem dos apartamentos varia de 322 m² a 397 m²; e na Torre Haddock há residências de 372 m² e uma especial, a Garden, que soma 591 m², com jardim privativo.
Já a infraestrutura de lazer, no térreo, inclui salão de festas com jardim de apoio, brinquedoteca, playground, fitness, piscina e um espaço wellness com sauna e sala de massagem. Um empreendimento exclusivo para quem quer vivenciar o melhor de São Paulo em alto estilo.

Morar no multifacetado bairro do Guanabara, em Campinas, é ter a oportunidade de viver novas experiências, desfrutar de um lifestyle sofisticado e contar com a comodidade de encontrar tudo por perto, desde bares e restaurantes até supermercados, colégios, lojas e toda sorte de serviços. Uma excelente opção para quem deseja experimentar a essência da cidade, conhecida como uma das mais inteligentes do Brasil quando o tema é tecnologia, inovação e empreendedorismo.
Se esse é o seu objetivo, o Helbor My Way Guanabara é o caminho. O empreendimento, de torre única, fica em uma localização estratégica, próximo ao Complexo Taquaral, um dos mais importantes espaços de lazer do município. Basta uma breve caminhada por ali para encontrar museus e assistir ao espetáculo das águas dançantes na Lagoa Isaura Telles Alves de Lima em meio à extensa área verde que rodeia o parque.
Opções de lazer também não faltam dentro do residencial, que dispõe de salão de festas, lavanderia, espaço fitness , salão de jogos, brinquedoteca, piscinas para adultos e crianças, playground, pet place , churrasqueira, coworking e bicicletário. Além disso, o projeto conta com áreas comuns cuidadosamente pensadas para receber bem.
Prontos para morar, os apartamentos estão sendo comercializados em duas opções de metragem: 36 m² (com um dormitório) ou 57 m² privativos (dois dormitórios, sendo uma suíte). Tudo com um projeto arquitetônico atual, que proporciona praticidade sem abrir mão da elegância, desenvolvido especialmente para que o estilo Guanabara de ser encontre o jeito Helbor de viver.

PRONTOS PARA MORAR, OS APARTAMENTOS DO HELBOR MY WAY GUANABARA TÊM 36 M² (COM UM DORMITÓRIO) OU 57 M² (DOIS DORMITÓRIOS).

QUALIDADE DE VIDA E HARMONIA COM A NATUREZA EM UM DOS PONTOS MAIS TRANQUILOS DA CAPITAL PARANAENSE
Os bosques de Mata Atlântica preservada, a estufa envidraçada de plantas tropicais, os lagos e outros belíssimos cenários do Jardim Botânico de Curitiba servem de “quintal” para o mais novo empreendimento da Helbor na capital paranaense. Perfeito para quem busca paz, cultura e bem-estar em contato com a natureza, o My Place Jardim Botânico alia a boa oferta de serviços essenciais à atmosfera relaxante do bairro.
O projeto é composto por duas torres. A primeira já está pronta para morar. Juntas, elas somam 301 residências, divididas entre studios de 33 m² privativos e apartamentos de dois quartos com metragem que varia de 47 m² a 58 m².
Um dos diferenciais é a ampla área de lazer, com mais de 20 itens, que inclui academia no rooftop, brinquedoteca, playground, praça de convivência, solário com deck molhado e piscina climatizada para toda a família. O paisagismo, assinado pelo escritório de Benedito Abbud, valoriza o verde do entorno e aguça os sentidos, fazendo com que moradores e visitantes se sintam abraçados pela natureza.
Já a arquiteta Sandra Pini, responsável pelo design de interiores, optou por madeiras em tons claros, cortinas longas e vasos com plantas verdes para criar um ambiente orgânico e sereno, em completa harmonia com o clima do bairro. A iluminação, o predomínio de cores neutras e os detalhes das texturas também foram cuidadosamente planejados para dar sensação de amplitude e, ao mesmo tempo, tornar os espaços aconchegantes, práticos e funcionais.
Lavanderia coletiva, bicicletário, espaço gourmet e um salão de festas com apoio externo completam a estrutura das áreas comuns. Além disso, a localização do My Place Jardim Botânico by Helbor, na Avenida Governador Agamenon de Magalhães, é estratégica e privilegiada, oferecendo fácil acesso aos principais pontos da capital pela Linha Verde (BR-116) e uma linha integrada de transporte público.
Os arredores também abrigam o Mercado Municipal, farmácias, o Hospital São Marcelino Champagnat e importantes instituições de ensino, como a PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), a Universidade Estácio de Sá e o campus Jardim das Américas da UFPR (Universidade Federal do Paraná). Mas a maior atração é mesmo a natureza, que faz da região um hábitat seguro para tatus, cutias e diversas espécies de aves. Um jardim de sensações ao lado de casa.


Seu bairro
BAIRRO PAULISTANO TEM SE DESTACADO PELA QUALIDADE DE SEUS TEMPLOS GASTRONÔMICOS E VARIEDADE DE INFLUÊNCIAS, QUE VÃO DAS MASSAS ITALIANAS À CULINÁRIA ISRAELENSE
POR HELOÍSA CESTARI
Acombinação entre o clássico e o moderno que tanto caracteriza a arquitetura de Higienópolis também se reflete na rica e diversificada cena gastronômica do bairro, que mescla restaurantes tradicionalmente conceituados com casas recém-inauguradas que surpreendem o paladar com seus menus cheios de gratas novidades.
A mistura de culturas, por sua vez, garante opções para todos os gostos, desde comida brasileira contemporânea assinada por chefs conceituados, como Carla Pernambuco e Luis Bueno, até cardápios que oferecem deliciosas incursões pelas culinárias italiana, japonesa, árabe, francesa e israelense. Isso sem falar nas padarias artesanais, que fazem o maior sucesso na região. Confira a seguir alguns endereços que não devem faltar na lista dos gourmands e bom apetite!


BATATAS
BRAVAS
DO CELESTE
BISTRÔ
Uma das gratas novidades da cena gastronômica de Higienópolis foi a abertura do Celeste Bistrô (@celestebistro) em 2024, no número 364 da Rua Martinico Prado. Com um ambiente moderno e charmoso, o novo endereço combina ingredientes sazonais com as técnicas elaboradas e a criatividade do chef Luis Bueno, que já passou por cozinhas de casas renomadas, como Corrutela e Maní. O resultado são pratos autorais brasileiros cheios de sabor e personalidade, inspirados em três elementos: mar, fogo e montanha, como a porção de Batatas Bravas (recheadas de aioli de páprica e cobertas com tentáculos de lula fritos) e o Arroz de Suã, com couve, aioli e ovo frito.
Outro endereço obrigatório que exalta os aromas e temperos da nossa culinária, mas com um toque cosmopolita, é o tra-
dicional Carlota (Rua Sergipe, 753). Criado pela famosa chef Carla Pernambuco em uma agradável casa com paredes de tijolo aparente, este restaurante traz opções variadas de peixes, carnes e massas. Se você não é habitué, aposte em clássicos do menu, como os pastéis de queijo da Canastra, os rolinhos vietnamitas, o suflê de goiabada com calda de queijo e o filé wellington, sempre muito bem executado, entre outras delícias.
Mas se você prefere comer no conforto do lar e, ao mesmo tempo, sair da monotonia, uma boa alternativa é o cardápio “express” do pequeno Marcha e Sai (Rua Sabará, 473). Como o próprio nome sugere, a ideia ali é levar para viagem pratos variados, que mudam semanalmente conforme o que há de mais fresco nos fornecedores.
GARANTE A HIGIENÓPOLIS OPÇÕES DE RESTAURANTES PARA TODOS OS PALADARES
AOYAMA

O restaurante japonês mais conheci do de Higienópolis é o Aoyama, que fez fama na Praça Vilaboim e agora está em novo endereço: Rua Mato Grosso, 428. E não é para menos: aclamado como um dos melhores de toda a cidade de São Paulo, com dez unidades espalhadas pela capital, este templo da gastronomia nipônica prima pela qualidade em pratos delicadamente sofisticados, como o niguiri de camarão trufado com raspas de limão-siciliano e flor de sal ou o baterá de salmão com ovas tobikô, crispy de batata-doce e gergelim.


O bairro conta com excelentes pizzarias e trattorias. Uma das casas italianas mais frequentadas, famosa pela qualidade de seus ingredientes, é a Veridiana Pizzaria (Rua Dona Veridiana, 661). Seu menu traz desde redondas de sabores tradicionais, como calabresa e margherita, até a diferenciada Burrata al Pesto, feita com queijo cremoso de búfala, tomates em cubos e molho de manjericão.
Já o tradicional restaurante Jardim de Napoli, aberto em 1949 na Rua Martinico Prado, 463, é conhecido pelo seu polpettone à parmegiana, criado por Toninho Buonerba. Além desse carro-chefe, a casa é farta em antepastos, massas típicas, pizzas e vinhos selecionados.
E na Rua Alagoas, 475, ainda tem o charmoso MoDi, que serve pratos como ravióli de gema ao aroma de trufa e nhoque de mandioca enriquecido por ragu de carnes suína e bovina, entre outras delícias da culinária italiana contemporânea magistralmente elaboradas pelo chef Diogo Silveira. Não por acaso, tornou-se uma rede de sucesso, com três unidades na capital paulista.

A primeira unidade da rede Almanara foi aberta em 1950, na República. De lá para cá, os temperos da tradição árabe e as deliciosas receitas originais da família trazidas do Líbano, completamente artesanais e com ingredientes selecionados, como o tahine, o zahtar e o grão-de-bico, caíram no gosto dos brasileiros.
Hoje, há mais de uma dezena de unidades da marca espalhadas pela cidade. Uma delas no piso Vilaboim do Shopping Pátio Higienópolis. Uma vez ali, aproveite para saborear a textura cremosa do hommus ao lado do crocante snoubar; experimente quibes, tabules, kaftas; e prove receitas centenárias de família, como o michui de filé-mignon, o Sesame Chicken e o frango com arroz e amêndoas. Entre os doces, um dos mais requisitados é o Ataif, pastelzinho de nozes e mel.

A grande quantidade de judeus que moram ou circulam por Higienópolis levou algumas casas especializadas nesta culinária típica a se estabelecerem por lá. A mais famosa é o Pinati, um restaurante kosher (que segue os preceitos do judaísmo) no número 56 da Rua Armando Alvares Penteado, perto da Praça Vilaboim. O local chama atenção desde a fachada – com sua estética peculiar, que prioriza a cor branca – até o menu, farto em pratos da comida de rua israelense. Há desde os básicos, como falafel de grão-de-bico, kafta, kebab e sabich, servidos nos pães pita e lafa artesanais, até criações bem diferenciadas, como o mish mash (shawarma de carne bovina e de frango, schnitzel e salame judaico, maionese, cebola dourada na chapa, batata palha e ovo frito com

OPÇÕES DO FABRIQUE
a gema mole virada para baixo; tudo em um pão lafa enrolado e cortado ao meio).
Para quem deseja comprar algumas iguarias, outro endereço interessante é a Casa Zilanna, um empório na Rua Itambé (506) que vende uma infinidade de produtos judaicos. Um dos itens mais procurados é o matzá, pão sem fermento consumido principalmente no Pessach, quando se celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito. Mas também vale experimentar o varenique (massa recheada de batata e coberta por cebola frita), o pepino em conserva e o beigale (espécie de rosquinha com gergelim). Entre os produtos que levam o selo kosher, chama atenção o mix de carnes e embutidos bovinos próprios para feijoada.

Há tantas padarias de qualidade em Higienópolis que chega a ser difícil resistir ao aroma de pão recém-saído do forno que exala de algumas esquinas badaladas. É em um desses endereços (na Rua Itacolomi, 612) que fica a primeira unidade da Fabrique, com suas delícias artesanais fresquinhas e aclamadas, que conquistam não só pelo sabor como também pelo visual. Além de ser uma das pioneiras na produção de pães de fermentação natural, a Fabrique conta com excelentes opções de bolos, galettes cremosas e panetones feitos com ingredientes nobres, como amêndoas, passas e pasta de pistache italiana.
Já na Rua São Vicente de Paulo, 603, uma nova vitrine chama a atenção de quem passa. Trata-se da padaria Na Janela, que não tem salão nem mesas, mas tem cativado um número crescente de pessoas que se acomodam bem em seus dois bancos para tomar um café com beigale, saborear um croissant quentinho ou levar algum pão de fermentação natural, como o multigrãos, o de chocolate com castanhas e o de nozes. Seja qual for a sua escolha, uma coisa é certa: come-se muito bem em Higienópolis.
Todo mundo tem ou já teve no armário uma ou mais peças que passaram por gerações e que pertenceram aos avós, bisavós, tios ou aos próprios pais. São itens que, além de carregar muitas memórias afetivas, ainda são usados para criar composições que não se rendem aos modismos. Peças que provam que história e qualidade resistem ao tempo são a base do que ficou conhecido como moda vintage. O estilo valoriza roupas e acessórios que vão além das tendências, carregando uma narrativa única e um design que supera o consumo efêmero.

Em sua essência, a moda vintage refere-se a peças autênticas que datam de décadas, geralmente com mais de 20 anos de idade. Diferente do estilo "retrô", que apenas se inspira em épocas passadas, o vintage é a peça original que reflete a estética e a produção de seu tempo. Por isso, não se trata apenas de resgatar itens antigos, mas de firmar um estilo que celebra o legado e a singularidade.

Há peças que se tornaram ícones e que mostram que estilo não envelhece. O melhor é que elas se integram a looks contemporâneos, provando sua versatilidade e o motivo de permanência no mundo da moda. Veja as principais:
Casaco de Couro: seja a jaqueta biker dos anos 50 ou o estilo elegante adotado nos anos 70, o casaco de couro é um clássico. Sua durabilidade e capacidade de se ajustar a diferentes looks o tornam uma herança de estilo.
Pérolas: colares, brincos e mesmo anéis de pérolas são símbolo de sofisticação e podem ser usados tanto em ocasiões formais quanto no dia a dia.
Broches: joia que se tornou sinônimo de elegância, os broches vintage podem ser usados em casacos, blazers, bolsas e até mesmo em penteados, adicionando um ponto de luz e personalidade.
Coletes e gravatas de tricô: garimpados em brechós ou herdados de pais e avós, esses clássicos de quase 50 anos atrás são perfeitos para o consumidor consciente que deseja compor um look cheio de estilo.
ESTILO REMETE A PEÇAS AUTÊNTICAS, COM 20 A 100 ANOS DE IDADE, QUE REFLETEM A ESTÉTICA DE UM PERÍODO


Lenços de seda: com estampas ricas e coloridas, eles podem ser usados na cabeça, no pescoço ou amarrados na alça de uma bolsa. São um acessório versátil, que remete a uma elegância clássica.
Vestido de seda e veludo: peças com esses tecidos nobres, que tanto valorizaram as silhuetas de décadas passadas (como a fluidez dos anos 30 ou o glamour dos anos 50), ganham destaque no closet e podem ser adaptadas para eventos atuais, trazendo um toque de originalidade e elegância.
Blazer com ombreiras: essa peça teve seu auge na década de 80, mas continuou caindo no gosto de muita gente ao longo dos anos. Afinal, é perfeito para usar por cima de uma camiseta básica e compor um visual mais sóbrio ou arrojado.
Relógios de pulso clássicos: os modelos de marcas icônicas com design simples e atemporal, especialmente com pulseira de couro ou metal, são acessórios que sempre agregam um toque de elegância e história ao visual.
Jeans: das calças de corte reto dos anos 80 às jaquetas oversized dos anos 90, o jeans vintage é cobiçado por sua qualidade, lavagem autêntica e caimento único. É a base de inúmeros looks, do casual ao mais elaborado.
Bolsa clássica de couro: as de grifes famosas em décadas passadas mantêm seu valor e prestígio. Com design minimalista e atemporal, elas são um investimento que resiste a qualquer estação.




Relógios e Joias Vintage
MAIS DO QUE ACESSÓRIOS, JOIAS E RELÓGIOS PRESERVAM MEMÓRIAS E TRADIÇÕES QUE ATRAVESSAM GERAÇÕES
POR MIRIAM GIMENES
Um relógio de ouro, dado de presente pelo avô à esposa quando ainda eram jovens apaixonados. Um par de brincos de ouro com esmeraldas, oferecido pela outra avó em um gesto de despedida cheio de carinho. Peças assim não são apenas joias: carregam memórias vivas, que atravessam o tempo. A fisioterapeuta Carina Olivieri Prando é a dona dessas relíquias, herdadas como símbolos de amor. “Esses objetos têm um valor afetivo muito grande para mim; tudo lembra eles”, conta. Embora ela não tenha coragem de usar, o relógio já tem destino certo: será repassado ao filho, como forma de manter viva a tradição e o elo entre gerações.
Essa relação de afeto com joias e relógios é algo que o designer Paulo Teixeira conhece bem. Especialista em peças exclusivas e com clientes do quilate de Ivete Sangalo, Gusttavo Lima e Carlinhos Maia, ele considera que certas raridades possuem um valor que vai muito além da estética: são guardiões do passado. “Sempre me fascinou a ideia de transformar algo raro e natural em um pertence carregado de significado. Criar joias é contar histórias através da lapidação da natureza”, diz.
Para Teixeira, a atemporalidade está na pureza das linhas e na excelência da execução. “Uma peça se torna clássica quando transcende tendências; quando sua beleza permanece relevante e elegante em qualquer época. O verdadeiro luxo silencioso não precisa de excessos. Ele se revela na discrição refinada.”
Também especialista no setor, a designer Marilia Chiele coloca o afeto no centro da criação. Sua paixão pelas joias começou ainda na faculdade de design industrial e foi aprofundada no IED (Instituto Europeu de Design), em Milão, onde uniu técnica e sensibilidade. “Cada peça é uma oportunidade de contar histórias e criar memórias através da beleza e da delicadeza”, afirma.
Para Marilia, o que torna uma peça clássica é justamente a capacidade de se manter significativa ao longo dos anos. “Elas equilibram design elegante, qualidade e significado, conquistando relevância por sua atemporalidade e capacidade de conectar gerações.” Ouro 18k e pedras preciosas de alta qualidade são, segundo a designer, os materiais que nunca saem de moda, aliados a formas limpas e proporções equilibradas.
Assim como Paulo, a designer acredita que o valor emocional é o que transforma um objeto precioso em patrimônio familiar. “Passada de geração em geração, uma joia carrega histórias, vínculos e emoções. Esse poder de transmitir sentimentos é o que torna cada peça única”, defende. No cuidado diário, Marilia lembra que joias em ouro praticamente não precisam de manutenção, apenas um polimento ocasional para recuperar o brilho. A durabilidade do metal e das pedras garante que elas atravessem o tempo, ao contrário de bijuterias, que se perdem ao menor dano.

Além do brilho, Teixeira reforça que é fundamental respeitar a história que cada peça carrega. “Armazenar separadamente, evitar contato com produtos químicos e realizar limpezas profissionais periódicas são cuidados básicos. Relógios clássicos, por exemplo, exigem revisões regulares. Já as joias necessitam de checagem nas garras e cravações para garantir a segurança das pedras. Esse zelo preserva não apenas a integridade da peça, mas também da memória que ela guarda.”



Em sua trajetória, Marilia deu forma e brilho a várias histórias de clientes que pediram joias personalizadas para celebrar o crescimento da família –como um escapulário ao qual foram acrescentadas medalhas à medida que os filhos nasciam, ou um colar que ganhou novos pingentes representando os herdeiros.
CONJUNTO DE ESMERALDAS
DESENHADO POR PAULO TEIXEIRA
A designer também recorda das joias que sua mãe herdou da avó: “Transformamos ouro e diamantes em braceletes e um colar clean e atemporal. Um deles acabou sendo presente para mim. Assim, a joia passou por várias gerações, mantendo seu valor afetivo e ganhando nova vida”.
Já Teixeira não se esquece de uma esmeralda que chegou até ele em um anel antigo de família. Tratava-se de uma pedra rara, carregada de emoção, que havia sido presente em um momento importante da vida dos bisavós. “O desejo do cliente era modernizar a peça para que a filha pudesse usá-la no dia a dia, mas sem perder a essência da história. Quando a entreguei pronta, vi lágrimas nos olhos dele e entendi, mais uma vez, que meu trabalho não é apenas criar joias, mas dar continuidade a memórias.” Um elo invisível que salta aos olhos, conecta gerações e reluz mais que o próprio ouro.
Antiquários

ANTIQUÁRIOS SÃO PORTAIS QUE LEVAM AO PASSADO, RESGATAM HISTÓRIAS E REVELAM OS COSTUMES DE UMA ÉPOCA
POR MIRIAM GIMENES
Entre móveis que já serviram a famílias inteiras, livros que guardam anotações e peças que atravessaram décadas, os antiquários funcionam como verdadeiros guardiões do tempo. Mais do que comercializar, esses espaços preservam fragmentos da história, não só das pessoas que um dia possuíram esses objetos, mas também da sociedade, porque trazem com eles costumes, estilos e modos de vida que marcaram diferentes épocas.
A Helbor convida você para uma "viagem a outra dimensão", guiada por alguns dos antiquários de São Paulo. A seguir, conheça histórias que passam de geração em geração, descubra peças raras e perceba que atravessar a porta de um antiquário vai muito além de um ato físico: é como entrar em um portal para o passado, onde cada objeto carrega uma trajetória e, talvez, esteja pronto para fazer parte da sua também.
JULIANA BENFATTI ANTIGUIDADES & EXCENTRICIDADES
À frente do negócio, Juliana Benfatti transformou sua paixão de infância em profissão. O antiquário, localizado na rua Sampaio Vidal, 786, reúne peças que vão do século 18 aos dias de hoje em um acervo que mistura história, elegância e ousadia. “Quando adolescente, costumava convencer meus pais a mudar os móveis em jacarandá por peças brasileiras mais antigas e harmonizá-las no ambiente. Estava convencida de que uma casa feita em um só estilo era monótona”, relembra.
O olhar para objetos únicos acabou se tornando um método de trabalho. “Comecei a ver antiguidades como o ponto de partida no layout de uma casa. Por serem únicas e raras, manteriam seu valor, mesmo com o passar do tempo.” Resultado: nos anos 80, Juliana colaborou em um dos melhores antiquários de São Paulo. “Lá, percebi que cada peça antiga é única, surpreendente, e oferece muitas descobertas ao olhar atento. Há que saber tocá-las e senti-las.”
Inspirada pelos ensinamentos da avó italiana, da mãe e pela persistência do pai, Juliana segue investindo naquilo que a move desde o início: a busca pela beleza. “Aprendi a não me apegar emocionalmente a uma peça. Sei que muitas outras virão. Hoje estão aqui, amanhã ali. O comércio de antiguidades é assim: a história se renova o tempo todo.” Mais informações: julianabenfatti.com.br ou @jubenfatti_excentricidades.
ALÉM DE PRESERVAR MEMÓRIAS AFETIVAS, OBJETOS REFORÇAM A IDENTIDADE CULTURAL DE UM POVO E MOSTRAM O SEU MODO DE VIDA

Fundada em 1988 por Cida Santana, a Passado Composto se consolidou como referência em antiguidades. A partir de 2002, ganhou novo fôlego com a Galeria Passado Composto Século XX, criada por Graça Bueno. Especializada em mobiliário, arte e tapeçarias modernas brasileiras de época, reúne nomes internacionais, como Bruno Mathsson, e contemporâneos, a exemplo de Eva Soban e Ruy Teixeira. Desde 2009, realiza exposições próprias e na SP-Arte.
Com a missão de valorizar o design e a arte nacionais, a galeria destaca os mestres Joaquim Tenreiro, Sergio Rodrigues e Jorge Zalszupin, além dos renomados tapeceiros Genaro de Carvalho, Jacques Douchez, Norberto Nicola e Rubem Dario. Em 2021, também foi responsável pelo resgate de Jean Gillon com uma mostra no Museu da Casa Brasileira e o relançamento da poltrona Jangada.
Hoje na Alameda Lorena, 1996, a galeria segue ativa, editando catálogos, livros e documentários, enquanto Cida Santana expõe suas criações como designer, com destaque para lustres autorais. Mais informações em passadocomposto.com.br ou @passadocompostosecxx.

Une história e contemporaneidade, com móveis e objetos antigos pensados para uma nova geração. Fundado em 2016, o projeto nasceu como linha jovem dentro do antiquário da família e hoje se consolida sob a curadoria de Paloma Danemberg, da terceira geração. Em viagens pela Europa, especialmente pela França, ela percorre feiras, leilões e até residências garimpando peças originais dos séculos 19 e 20, que são restauradas no Brasil por artesãos especializados, preservando suas marcas do tempo.
O acervo reúne desde móveis de ofício – como escrivaninhas, estantes e gaveteiros – até objetos decorativos e jogos antigos, todos acompanhados de certificado de autenticidade. Mais do que uma loja de decoração, o AD.STUDIO propõe uma experiência de estilo de vida, oferecendo novas formas de conviver com o mobiliário histórico.
Após passagens pelos shopping Leblon, no Rio de Janeiro, e Cidade Jardim, em São Paulo, a marca inaugurou sua loja em 2025 na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1306. Mais informações em @ad.studio_.
MAIS DO QUE UMA LOJA DE DECORAÇÃO, A AD. STUDIO PROPÕE NOVAS FORMAS DE CONVIVER COM O MOBILIÁRIO HISTÓRICO

A Arnaldo Danemberg Collection é um dos mais respeitados antiquários do Brasil, referência em mobiliário luso-brasileiro e europeu dos séculos 16 a 19. Criada pelo pesquisador Arnaldo Danemberg, autor de Vida de Antiquário, a coleção reúne história, cultura e sofisticação em um espaço de 500 m² na Rua Groenlândia, 530, no bairro dos Jardins, em São Paulo.
O acervo conta com cerca de mil peças únicas, entre cômodas, bibliotecas e baús, todas restauradas e curadas com rigor. Resultado de três gerações dedicadas ao antiquariato, hoje é dirigido por Arnaldo e por seu filho André Danemberg, que acrescenta uma visão contemporânea ao legado da família e aproxima arquitetos, designers e colecionadores do mobiliário histórico. As peças já chegaram a cidades como Paris, Londres, Lisboa, Nova York e Miami.
Mais que comércio, o local também funciona como um centro de conhecimento, onde são realizadas palestras e encontros sobre a evolução do mobiliário europeu. “Buscar o nosso passado e conhecer a história do mundo nos ajuda a conhecer a própria existência, o nosso hoje. Leva-nos, mais plenos e conscientes, ao futuro”, resume Arnaldo.
Mais informações: @arnaldodanembergcollection.



CONSTRUÇÕES QUE RESGATAM A HISTÓRIA DE SÃO PAULO PODEM SER VISTAS EM UM PASSEIO PELO CENTRO, QUE VEM PASSANDO POR DIVERSAS OBRAS DE REVITALIZAÇÃO
POR HELOÍSA CESTARI

PRÉDIO DO BANESPA, ERGUIDO EM 1947
Por ser uma cidade moderna, centro financeiro da América Latina, que não para nunca e está em constante transformação, sempre de olho no futuro, há quem pense que São Paulo não tem memória ou identidade. Ledo engano! Em meio ao vaivém frenético de carros, metrôs, motoboys, helicópteros e cerca de 12 milhões de habitantes, a capital paulista respira cultura e guarda histórias que vêm desde quando o padre Manuel de Paiva rezou uma missa na cabana de pau a pique erguida por jesuítas em Piratininga, fato que acabou por marcar a fundação do município em 25 de janeiro de 1554.
Naquela época, só havia índios e alguns catequistas em meio à Mata Atlântica. Depois, Sampa virou palco de bandeirantes, como o caçador de esmeraldas Fernão Dias (1608-1681); da histórica cena de D. Pedro I erguendo sua espada para proclamar a Independência do Brasil às margens do riacho Ipiranga; da vinda de imigrantes das mais variadas nacionalidades e da Revolução Constitucionalista de 9 de julho de 1932.
DA SÉ

THEATRO MUNICIPAL

Grandes gênios da arte e cultura nacionais também fizeram história em solo paulistano, a exemplo do industrial Francesco Matarazzo (1854-1937), do sanitarista Vital Brazil (1865-1950), do escultor Victor Brecheret (1894-1955) e do visionário Francisco de Assis Chateaubriand (1892-1964), um dos criadores do MASP (Museu de Arte de São Paulo).
Com eles e tantos outros anônimos, a capital paulista foi ganhando ares de modernidade, de vanguarda, de negócios, até tornar-se uma das maiores metrópoles do mundo, ao lado de locais como Nova York e Tóquio. Hoje, São Paulo abriga imigrantes de todas as partes – são 196 nacionalidades – e incorpora cada cultura como se fosse sua. Nem as canções de Adoniran Barbosa (1912-1982), nem as de Rita Lee (1947-2023) ou de Caetano Veloso encontram a mais completa tradução para uma megalópole tão plural e cosmopolita.
Parte dos monumentos que resgatam sua história pode ser conferida em um passeio pelo Centro, que tem passado por diversas obras de revitalização. A começar pelo Pateo do Collegio, onde teria sido rezada a missa que marcou a fundação do município antes de serem erguidos a Igreja e o Colégio dos Jesuítas.
Próximo dali, a cidade revela tesouros arquitetônicos em outras três grandes construções: a recém-reformada Catedral Metropolitana da Sé, o Solar da Marquesa de Santos e o Largo São Francisco.
Roteiros a pé também podem ser feitos nos arredores do Anhangabaú, passando por marcos arquitetônicos como a Basílica de São Bento (1598), o Edifício Martinelli (1922/30), o Viaduto do Chá (1892), o prédio do Banespa (1947) e o Theatro Municipal (1911), sede da Semana de Arte Moderna em 1922.
Veja nas próximas páginas algumas atrações que não podem faltar em uma viagem no tempo pelo coração da querida Sampa.

MOSTEIRO DE SÃO BENTO

Marco inicial do nascimento de São Paulo, o Pateo do Collegio foi fundado pelo Padre Manuel da Nóbrega, em 1554, para ser um centro de catequização dos indígenas. Hoje, guarda um acervo com objetos de José de Anchieta, réplicas de esculturas guaranis do século 17, uma pia batismal com quase 500 anos e o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas (MASJ), além de uma biblioteca especializada na história da Companhia de Jesus e da cidade. No jardim, fica o único vestígio original da época – uma parede de taipa de pilão, de 1585. Com sorte, pode-se assistir a um concerto do projeto Música no Pateo.
Funcionamento: terça a sábado, das 9h às 16h45. Ingresso: R$ 20 (entrada gratuita para menores de 7 anos e pessoas com deficiência). Endereço: Praça Pateo do Collegio, 2, Centro Histórico.
Site: www.pateodocollegio.com.br.
Único exemplar de residência urbana do período colonial na cidade, o solar serviu de morada para Domitila de Castro Canto e Melo (1797-1867), a Marquesa de Santos. A famosa amante de Dom Pedro I organizou bailes e saraus no local em meados do século 19. Embora o prédio tenha sido reformado e perdido boa parte das características originais, ainda hoje é possível encontrar por lá utensílios domésticos, parte do mobiliário e até a banheira usada pela marquesa, além de um acervo de fotos antigas de São Paulo.
Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 17h. Entrada: gratuita. Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136, Sé.
Site: www.museudacidade.prefeitura.sp.gov.br.

THEATRO MUNICIPAL OFERECE VISITAS GUIADAS GRATUITAS
DURANTE O DIA. BASTA RESERVAR O INGRESSO ANTECIPADAMENTE
Quem visita o complexo formado pela Basílica Abacial Nossa Senhora da Assunção e o Mosteiro de São Bento geralmente encontra monges de prontidão para receber não apenas fiéis, como também pessoas tentadas a cometer o pecado da gula comprando os deliciosos doces preparados na abadia. O chamado Pão de São Bento e o bolo Santa Escolástica, de maçã e nozes, são dois musts da abençoada confeitaria. Também há missas com canto gregoriano e um brunch em datas selecionadas aos domingos, que inclui tour guiado. O mosteiro foi fundado em 1598, mas a atual basílica data de 1914. Em maio de 2007, o local hospedou o Papa Bento XVI em sua primeira visita ao Brasil. Vale atentar para os curiosos elementos pagãos da pintura, como o grande círculo vermelho circundado pelos 12 signos do zodíaco.
Funcionamento: todos os dias, das 6h às 18h de segunda a sábado e das 7h às 17h aos domingos.
Entrada: gratuita. Endereço: Largo São Bento, s/nº, Centro. Site: www.mosteirodesaobentosp.com.br.
Maior igreja da capital, com capacidade para 8 mil pessoas, a chamada Catedral da Sé impressiona pela sua arquitetura, de estilo neogótico, e grandiosidade: ocupa um quarteirão inteiro, tem torres com 92 m de altura e pé-direito de 65 m. Vale visitá-la às 12h e às 18h, quando seus 61 sinos ressoam, causando uma vibração sonora emocionante para quem está dentro da igreja. Entre uma badalada e outra, repare nos dois mosaicos bizantinos das laterais e nos elementos brasileiros, como o tucano e o café esculpidos no topo de algumas colunas. Aproveite também para visitar a cripta, capela subterrânea que guarda o túmulo de vários personagens da história paulista, como o cacique Tibiriçá, anfitrião dos primeiros jesuítas no século 16.
Funcionamento: todos os dias, das 7h30 às 18h30. Endereço: fica em frente à Praça da Sé, Marco Zero de São Paulo. Entrada: gratuita.
Projetada por Ramos de Azevedo e inaugurada em 1911, a construção é inspirada na Ópera de Paris, com seus vitrais, escadarias de mármore, mosaicos trazidos de Veneza e Florença, parapeitos revestidos com folhas de ouro e um lustre com 7 mil cristais belgas. Toda essa opulência serviu de pano de fundo para a histórica Semana de Arte Moderna, em 1922. Vale reservar uma noite para assistir a um bom espetáculo. Durante o dia, também dá para participar de visitas monitoradas gratuitas, mediante agendamento prévio. A Orquestra Sinfônica Municipal e o Balé da Cidade de São Paulo ensaiam no seu palco, que guarda muitas histórias à frente e por trás das cortinas.
Funcionamento: das 10h às 19h de segunda a sexta e das 10h às 17h aos sábados, domingos e feriados.
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/nº, República.
Site: www.theatromunicipal.org.br.

SEDE DA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO, A SALA SÃO PAULO É A MAIOR PARA CONCERTOS NA AMÉRICA LATINA E UMA DAS MELHORES DO MUNDO
Seguindo a linha do trem até a Estação Júlio Prestes, está a maior e mais moderna sala de concertos da América Latina – e uma das melhores do mundo. Inaugurada em 1999, a Sala São Paulo é sede da Osesp, a Orquestra Sinfônica do Estado, e tem forro com placas móveis de madeira que se ajustam de acordo com o repertório para favorecer a acústica. A construção tornou-se realidade após o preparo e a restauração do edifício da estação, erguido no estilo Luís XVI. Hoje, também serve como ponto de exposições de arte e cultura.
Funcionamento: visitas educativas gratuitas são realizadas às 9h, 13h e 16h30 de segunda a sexta, e às 13h aos sábados, domingos (em dia de Concerto Matinal) e feriados. Ingressos: variam conforme o espetáculo, mas também há apresentações com entrada franca. Endereço: Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos.
Site: www.salasaopaulo.art.br.
Além da famosa faculdade de Direito que funciona ali desde 1827 – um marco do início da vida estudantil e cultural da cidade –, o Largo abrange os prédios do convento de São Francisco (1647), com seus traços autenticamente coloniais, e da Igreja da Ordem Terceira da Penitência (1783), formando um dos mais expressivos conjuntos em estilo rococó da cidade.
Funcionamento: das 7h às 19h de segunda a sábado e das 7h às 14h aos domingos e feriados. Entrada: gratuita. Endereço: Largo São Francisco, 133, Centro. Site: www.franciscanos.org.br.
Construída entre 1895 e 1901 para escoar o café produzido no Estado, a Estação da Luz já foi a principal porta de entrada para a cidade de São Paulo. Pelo seu imponente prédio com a torre do relógio circularam barões, a alta sociedade paulistana e muitos imigrantes que chegavam a São Paulo para tentar a nova vida. Importada da Inglaterra, a estrutura metálica faz parte de um projeto do arquiteto britânico Charles Henry Driver, que buscou inspiração em grandes cartões-postais de sua terra natal, como o Big Ben e a Abadia de Westminster. Em meio ao movimento intenso de passageiros do metrô e do trem, é possível visitar o Museu da Língua Portuguesa ou atravessar a rua para apreciar as telas da Pinacoteca do Estado (o museu mais antigo da cidade, fundado em 1905) e o belo Parque da Luz, onde várias esculturas transformam o espaço verde em uma galeria a céu aberto.
Funcionamento: a Pinacoteca funciona de quarta a segunda, das 10h às 18h, com entrada a R$ 30, e o Museu da Língua Portuguesa abre de terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência permitida até 18h), com ingressos a R$ 24. Há gratuidades aos sábados e domingos. Endereço: Praça da Luz, 1 e 2, Centro. Sites: www.pinacoteca.org.br e www.museudalinguaportuguesa.org.br.

LUZ

Pelo Brasil
ROTEIRO PELAS CIDADES HISTÓRICAS DE MINAS GERAIS REVELA TESOUROS
DA ARTE BARROCA E DA ARQUITETURA COLONIAL EM UMA ATMOSFERA ÍMPAR, ONDE O TEMPO PARECE PASSAR MAIS DEVAGAR
POR HELOÍSA CESTARI
Patrimônio a céu aberto, a região composta pelas cidades históricas de Minas Gerais faz qualquer um ter a sensação de retroceder aos tempos áureos do Ciclo do Ouro. Nascidos da febre da mineração que se estendeu do século 18 até as primeiras décadas do 19, esses municípios revelam um recorte importante da história brasileira, cuidadosamente preservado em suas ruas de calçamento de pedra com charmosos casarios coloniais, igrejas magníficas, monumentos emblemáticos da arte barroca e uma paisagem serrana que os envolve em uma atmosfera singular e acolhedora, onde passado e presente se confundem a cada passo ou dedo de prosa.
Cerca de 160 quilômetros separam Ouro Preto e Tiradentes, as duas cidades mais interessantes do chamado Circuito Histórico de Minas. Em Ouro Preto, tesouros da história e da arte colonial estão guardados em museus e igrejas que reluzem com seus altares banhados a ouro, atraindo muitos estrangeiros, estudantes e grupos de turistas em excursão. Mais indicada para casais, a pequena e sossegada Tiradentes, por sua vez, convida a agradáveis passeios por suas ruas, sempre cheias de lojinhas, pousadas exclusivas e excelentes restaurantes. Quem estiver na vizinha São João Del Rey pode chegar de maria-fumaça.
Já Mariana é mais preservada da agitação turística e mantém um clima interiorano, apesar de estar a apenas uma hora de Belo Horizonte e guardar pequenas surpresas, como o órgão barroco da Sé e as pinturas primitivistas de Zizi Sapateiro. O mesmo vale para a tranquila Congonhas do Campo, onde a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos guarda os famosos 12 profetas esculpidos por Aleijadinho em pedra-sabão.
O Carnaval, a Semana Santa e festivais de inverno se encarregam de dar vida nova aos ares nostálgicos da região. Confira a seguir as principais atrações desse roteiro de retorno ao Ciclo do Ouro.
Protegida pelas montanhas, a outrora Vila Rica, antiga capital de Minas Gerais, prosperou com a exploração de ouro nos séculos 17 e 18. Hoje declarada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, Ouro Preto guarda um tesouro arquitetônico e artístico inigualável.
Ruas de pedra, casas austeras e igrejas cujas fachadas simples escondem o luxo de obras de arte e altares banhados pelo valioso metal fazem o visitante viajar no tempo e admirar os ideais de liberdade da Inconfidência Mineira – um dos primeiros movimentos de independência da história do país, influenciado pelo Iluminismo francês.
Histórias à parte, a cidade também revela sua veia artística em ateliês, lojas de joias, feiras de artesanato e na variada programação de eventos, que contempla desde cinema, jazz e literatura até as celebrações da Semana Santa e o famoso Carnaval de rua. Características que tornam seu legado cultural ainda mais rico.

Toda viagem a Ouro Preto deve incluir pelo menos uma visita a Mariana, 15 quilômetros adiante. A primeira cidade planejada de Minas Gerais passou por várias obras de restauração após o rompimento da barragem em 2015, que destruiu boa parte do seu patrimônio histórico. Passada uma década, e após sete anos de reformas, seu maior símbolo, a Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, popularmente conhecida como Catedral da Sé, mantém com orgulho o título de única do país a manter características originais desde o século 18.
O templo religioso nasceu em 1713 como uma capelinha rústica, de material improvisado. Em 1745, com a importância de Mariana no Ciclo do Ouro, tornou-se catedral – a primeira de Minas Gerais e sétima do Brasil. Uma vez
nela, repare no lindo órgão alemão, com 1.039 tubos. Doado por dom João V em 1753, o instrumento continua sendo tocado em concertos.
Também não vá embora sem conhecer o belo conjunto arquitetônico da Praça Minas Gerais, onde há uma réplica do antigo Pelourinho e a Igreja de São Francisco de Assis, cuja fachada exibe um medalhão de pedra-sabão atribuído a Aleijadinho.
Nem só de arte barroca e popular vive o circuito histórico de Minas. O roteiro pela região também pode incluir uma visita ao Instituto Inhotim, o maior museu a céu aberto do mundo. Localizado em Brumadinho, a cerca de 60 quilômetros de Belo Horizonte e 110 de Ouro Preto, o local guarda um dos mais importantes acervos de arte contem-
porânea do Brasil, com 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, como Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Valeska Soares, Marcellvs L. e Rivane Neuenschwander. Arquitetura e um majestoso paisagismo completam a experiência imersiva na arte em meio a um trecho de Mata Atlântica que inclui enclaves de cerrado e uma Reserva Particular do Patrimônio Natural. As exposições são sempre renovadas e novas galerias são inauguradas todos os anos. Outro destaque é o jardim botânico, que guarda a maior coleção de palmeiras do planeta e cerca de 5 mil espécies de plantas, nativas ou exóticas, incluindo o único exemplar na América Latina da asiática flor-cadáver, considerada a maior flor do mundo.

O santuário do Bom Jesus de Matosinhos faz da cidade de Congonhas do Campo um ponto de parada fundamental para quem visita o circuito histórico de Minas Gerais. Obra-prima do barroco brasileiro e Patrimônio da Humanidade, o templo foi construído a partir de 1757 combinando elementos de dois santuários do norte de Portugal. Já a basílica tem interior de inspiração italiana, em estilo rococó. Mas seus destaques ficam do lado de fora. A começar pelo adro, que reúne esculturas dos 12 profetas, minuciosamente esculpidas em pedra-sabão pelo gênio Aleijadinho e seus discípulos entre 1800 e 1805.
Eles também talharam – e Mestre Ataíde policromou – as 66 estátuas de cedro, em tamanho natural, que representam os passos da Paixão de Cristo nas seis capelas erguidas diante do santuário: uma versão expressiva e absolutamente original da arte barroca.
Com um casario colonial colorido e harmônico, a conservada Tiradentes atrai um público sofisticado em busca de sossego ou de seus eventos culturais. E sempre cativa o visitante com sua gente. Especialistas na arte de bem receber, os moradores preservam o jeito leve de tocar a vida, que se expressa no aroma de café passado na hora, na comida caseira com sabor de casa de vó, na criatividade de seus artesãos e na disposição para prosear.
Como em todo o circuito histórico mineiro, não faltam templos e acervos sacros, como a Matriz de Santo Antônio, de 1710, que bem exemplifica o estilo Barroco Exagero da Arte, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e os museus de Sant’Anna e da Liturgia.
Outro ponto forte é a gastronomia. Para quem gosta de comida típica mineira – e farta! –, é a chance de provar delícias como linguiça de pernil, feijão-tropeiro, frango com ora-pro-nóbis, lombo caipira e jiló com costelinha em excelentes restaurantes, ou degustar queijos harmonizados com diferentes cachaças.


Pelo Brasil

Construída por volta do ano de 1800, a Ponte do Rosário, em São João del-Rei, é um exemplo da inteligência de engenharia do período colonial brasileiro e faz parte do patrimônio histórico da cidade
PASSEIO DE MARIA-FUMAÇA ENTRE TIRADENTES E SÃO JOÃO DEL-REI REVELA AS BELAS PAISAGENS DA SERRA DE SÃO JOSÉ
Para descobrir os segredos e ingredientes por trás de especialidades tão aclamadas, basta alugar uma bicicleta e pedalar pela Estrada da Caixa d’Água ao longo da chamada Rota do Sabor. O trajeto, plano e em chão de terra, passa por várias propriedades rurais que abrem suas porteiras para o visitante ver de perto como são preparadas algumas delícias mineiras, como a goiabada e o doce de leite. De quebra, o turista se deleita com as histórias e o estilo de vida de quem vive na roça.
Uma vez em Tiradentes, vale dar uma escapada para fazer o passeio na maria-fumaça, inaugurada por dom Pedro II em 1881, que leva até a vizinha São João del-Rei, 12 quilômetros adiante. O trajeto dura cerca de 40 minutos e revela bonitas paisagens margeando o Rio das Mortes e serpenteando a Serra de São José.
Fundada em 1713, São João del-Rei ganhou este nome em homenagem ao
então rei de Portugal, dom João V. Chegando lá, a dica é caminhar pelo centro histórico para ver suas construções coloniais e igrejas que, até hoje, preservam a antiga tradição de fazer soar os sinos de maneiras diferentes para anunciar casamentos, funerais, batizados e missas. A mais importante é a de São Francisco de Assis, que começou a ser erguida em 1774, em estilo rococó, sendo a primeira construída em arte barroca no Brasil. Os entalhes de pedra da fachada são de Aleijadinho, e o interior tem um lindo lustre de cristal Baccarat iluminando a capela-mor.
Se sobrar um tempo, também vale visitar as igrejas de Nossa Senhora do Carmo, com suas torres oitavadas; Nossa Senhora do Rosário, onde a imagem da padroeira repousa em um trono ricamente trabalhado; e a matriz de Nossa Senhora do Pilar, cuja opulência barroca reluz nos altares de talha dourada e na imagem de São Miguel enfeitada com diamantes e esmeraldas.

Embora fique ao norte do Estado de Minas Gerais – distante das cidades do chamado Circuito Histórico –, Diamantina é um exemplo vivo de arquitetura colonial portuguesa adaptada aos trópicos e combinada a elementos populares em casarios com muxarabis (janelas com treliças), esquadrias coloridas e varandas. Como o próprio nome sugere, seu passado está intrinsecamente ligado à exploração de ouro e diamantes. Hoje, a cidade onde nasceu o ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) conta com muitas construções preservadas em seu centro histórico e barzinhos que lotam de universitários.
A melhor forma de conhecer seus becos e vielas é caminhando. Só assim o turista consegue parar em cada esquina para comprar suvenires, visitar igrejas barrocas, ouvir música de fanfarra e participar de uma seresta ou roda de violão. Já quem decide pular o Carnaval por lá precisa de preparo físico: são cinco dias de folia ininterrupta em meio aos casarões antigos.


Florença, no coração da Itália, é um dos destinos turísticos mais fascinantes do mundo, conhecida como o berço da arte renascentista. Lar de tesouros, como a Catedral de Santa Maria del Fiore, a Gallerie degli Uffizi e o icônico Davi de Michelangelo, a cidade encanta com sua rica história, arquitetura impressionante e atmosfera artística. Tudo isso em meio às paisagens de sonho da Toscana, compostas por vinhedos e olivais. A quem deseja se aventurar além da capital, bate-volta a destinos próximos como Siena, a região vinícola de Chianti, San Gimignano, Pisa, Lucca e Arezzo são opções imperdíveis para mergulhar na cultura e na beleza da Toscana.
Como berço do Renascimento, Florença liderou a revolução cultural que ajudou a impulsionar a Europa rumo à Idade Moderna. Hoje, 600 anos depois, o legado artístico segue vivo na capital da Toscana, que também serve de base para visitar outros destinos inspiradores na região, em passeios bate-volta.
Uma vez em Florença, é incontornável começar a visita pela Piazza del Duomo, coroada pela Catedral de Santa Maria del Fiore (ou simplesmente Duomo). A construção da igreja começou em 1296 e, ainda hoje, ela é um dos maiores templos católicos do mundo. Suas dimensões são surpreendentes: 116 metros de altura, 90 de largura e 155 de extensão. A fachada como se vê agora, em mármore verde, branco e vermelho em alusão às cores da bandeira italiana, é do fim do século 19.
CATEDRAL DE SANTA MARIA DEL FIORE E BATISTÉRIO

COMO BERÇO DO RENASCIMENTO, FLORENÇA LIDEROU A REVOLUÇÃO CULTURAL QUE
AJUDOU A IMPULSIONAR A EUROPA RUMO À IDADE MODERNA

MUSEO DELL’OPERA DEL DUOMO
O interior da catedral é a única atração que pode ser visitada de graça na Piazza del Duomo, então espere muita fila (e esteja vestido de acordo, sem ombros nem coxas de fora). Há quem fique um pouco decepcionado ao descobrir que, por dentro, a decoração é bem mais simplória que o esplendoroso exterior. Ali, o destaque fica por conta dos afrescos da cúpula, uma representação do Juízo Final feita por Giorgio Vasari e Federico Zuccari no século 16. Com ingresso e fila à parte, mais de 450 degraus claustrofóbicos desembocam no topo da cúpula, dona de uma vista acachapante de Florença.
E é curioso pensar que a cúpula, que hoje é a maior do mundo feita em alvenaria, foi um problema sem solução por 200 anos, pois nenhuma técnica da época dava conta de construir uma cobertura sólida o bastante para o vão octogonal de 45 metros de diâmetro. O Duomo, portanto, foi uma igreja inacabada e não consagrada até o século 15, quando o arquiteto e escultor Filippo Brunelleschi, depois de muito estudar estruturas clássicas como o Panteão de Roma, propôs um projeto brilhante. Consistia, entre outras técnicas, em duas cúpulas sobrepostas, uma delas montada no sistema “espinha de peixe”, em que os próprios tijolos se sustentam. Além disso, ele ainda inventou uma série de aparatos para viabilizar a construção e o transporte de materiais lá para cima, como se fossem protótipos de andaimes e guindastes.
Curiosidades sobre a construção da catedral enriquecem a visita ao renovado Museo dell’Opera del Duomo, ao lado da igreja (o ingresso pode ser combinado com pelo menos outros
dois monumentos da Piazza). Ali, há também uma preciosa coleção de arte, incluindo uma Pietà de Michelangelo, que o artista nascido perto de Florença em 1475 esculpiu originalmente para seu próprio túmulo. Donatello também marca presença, com destaque para a Maria Madalena esculpida em madeira nos anos 1450.
Com o mesmo ingresso do museu, você visita também, no subsolo do Duomo, as ruínas de Santa Reparata, basílica provavelmente do século 6º sobre a qual a catedral atual foi construída. O combo de atrações na Piazza também inclui o campanário do século 14, desenhado por Giotto – outros 400 e tantos degraus levam ao topo, a 85 metros de altura – e o Batistério de São João, cuja construção no século 11 utilizou pedaços de templos e mo-

numentos romanos. Em seu interior revestido de mosaicos dourados, aconteceu o batizado de muitos florentinos famosos, incluindo o do poeta Dante Alighieri, nascido na cidade em 1265 (sua casa, a 400 metros dali, é hoje um museu simples, mas interessante para aprender sobre o “pai da língua italiana”). Mas é do lado de fora que está a peça mais fotografada do batistério: as portas de bronze desenhadas pelo escultor Lorenzo Ghiberti.
Outro símbolo de Florença fica a poucos passos dali: a Ponte Vecchio, de 1345, é tão pitoresca que, diz a lenda, teria sido propositalmente poupada dos bombardeios nazistas na Segunda Guerra. Seu caráter peculiar se deve às lojas que, vistas de longe, parecem penduradas nas laterais, prestes a despencar sobre o rio. Mas elas seguem firmes

ali desde sempre, primeiro como açougues e, a partir de 1593, como joalherias. Sobre a ponte, equilibra-se também o Corridoio Vasariano, uma galeria suspensa projetada em 1565 por Giorgio Vasari, que, ao longo de um quilômetro, conecta o Palazzo Pitti à Gallerie degli Uffizi, atravessando o Rio Arno. Até 2016, seu interior expunha obras de arte, mas desde então está fechado para renovações.
MICHELANGELO
MARCA PRESENÇA
NA GALLERIE DEGLI
UFIZZI COM UM RETRATO DA SAGRADA FAMÍLIA
A Gallerie degli Uffizi é um dos museus mais famosos e antigos da Itália. São 1.500 obras em cerca de 50 salas, e até o teto pintado com temas grotescos é digno de nota. Em eterna renovação, o palácio foi construído no século 16 para ser escritório dos Médici, a poderosa família que esteve à frente do governo de Florença entre os séculos 16 e 18.
Em 1789, foi inaugurado como museu para expor a vastíssima coleção de arte que a família acumulou ao longo de 300 anos, posteriormente doada à cidade de Florença. Entre estátuas da Antiguidade e pinturas que vão da Idade Média à Moderna, estão lá, em salas temáticas, todos os mestres do Renascimento, além de pintores venezianos, franceses e holandeses.
Michelangelo marca presença com um retrato da Sagrada Família conhecida como Doni Tondo . Leonardo Da Vinci, que nasceu em um vilarejo próximo a Florença, aparece com as pinturas Anunciação , Batismo de Cristo e a inacabada AdoraçãodosMagos . Caravaggio também merece menção, com seu domínio da técnica do claro-escuro, como se vê na famosa Medusa . Por fim, Botticelli brilha com A Primavera e Nascimento de Vênus .
Já o menos conhecido Museo del Bargello guarda a mais significativa coleção de esculturas renascentistas da Itália, em um palácio medieval. Destaque para as duas esculturas de Davi talhadas por Donatello, separadas por um intervalo de 30 anos. A primeira, em mármore, já tinha elementos inovadores para o início do século 15, mas ainda apresentava muito do gótico tardio. A segunda obra, por sua vez, chocou não só pelo fato de ser o primeiro nu masculino em tamanho natural produzido desde a Antiguidade, mas também pela forma afeminada, até sensualizada, de Davi.
Michelangelo também protagoniza o acervo do Bargello, incluindo uma escultura inacabada que é um misto de Apolo com Davi e uma do deus romano Baco. Mas é em outro endereço, a Galleria dell’Accademia, que reside a obra-prima de Michelangelo: a famosa escultura de Davi , com cinco metros de altura. Dona de uma anatomia perfeita, foi trazida à vida a partir de um único bloco de mármore, com tendões e veias tão bem delineados que parecem ter sido talhados em uma superfície macia como a própria pele humana. É interessante também notar as obras na lateral do corredor, conhecidas como Prisioneiros ou Escravos – mármores trabalhados por Michelangelo, mas não finalizados.
Na Piazza della Signoria, lar original do Davi de Michelangelo (e onde hoje se vê uma cópia da escultura), fica o Palazzo Vecchio, projetado no fim do século 13 a partir de construções medievais já existentes – daí a torre de 94 metros de altura ser descentralizada. Era a sede da signoria, o conselho que governava Florença e também residência dos Médici.
O palácio, ainda hoje, funciona como prefeitura e também como museu, cujos destaques são o Salão dos Quinhentos, a





Sala dos Mapas e a máscara mortuária de Dante Alighieri. Em seus subterrâneos, é possível ver restos de um antigo teatro dos tempos romanos.
Na Piazza, estão ainda a Fonte de Netuno e a Loggia dei Lanzi, um terraço coberto com arcadas, construído no século 14 para sediar encontros públicos de política. Hoje funciona como uma espécie de galeria de arte de acesso livre. Ali estão esculturas datadas desde os tempos romanos até a época pós-renascentista.
Ruínas, aliás, foram encontradas em outra praça, a Piazza della Repubblica, onde ficava o antigo fórum romano da então cidade de Florentia, que uma vertente histórica afirma ter sido fundada por Júlio César em 59 a.C. Hoje, a praça é um dos epicentros da vida local, rodeada por arcadas com cafés elegantes e pontuada por um carrossel vintage. O aspecto atual da praça data do século 19 e foi parte dos planos de reurbanização empreendidos no curto período em que Florença foi capital da Itália.
Atravessando o rio, na região conhecida como Oltrarno, está a Piazzale Michelangelo, que fica lotada na hora do pôr do sol por conta do panorama deslumbrante. A praça está localizada no topo de uma colina, que pode ser acessada em uma subida a pé ou de ônibus. Lá do alto, vê-se toda a cidade, com a cúpula da catedral se elevando acima de tudo.
A Piazzale expõe mais uma cópia de Davi, feita em bronze inicialmente para substituir a original na entrada do Palazzo Vecchio, mas rejeitada pela população.
Subindo mais um pouco, está a Abadia de San Miniato al Monte. É a mais pitoresca de Florença, não só pela construção em si, mas também pelo cenário bucólico, que inclui um cemitério onde estão enterradas algumas personalidades italianas.
Outro motivo que leva os turistas até Oltrarno é o Palazzo Pitti, construído inicialmente para a família que lhe dá nome e depois expandido para ser a residência oficial dos Médici, já como grão-duques da Toscana.
O palácio abriga cinco museus sob o mesmo ingresso. É imperdível visitar a Galeria Palatina, dona da maior concentração mundial de telas pintadas por Rafael, que, junto a Leonardo Da Vinci e Michelangelo, formou o triunvirato do chamado Alto Renascimento. Outros nomes dignos de atenção por ali são Tiziano, Tintoretto e Caravaggio, expoentes do século 16.
Já a ala dos antigos apartamentos de veraneio dos Médici hoje abriga o Tesouro dos Grão-Duques, incluindo vasos, pedras preciosas, marfins, joias e pratarias. Tem ainda os Apartamentos Imperiais e Reais; o Museu da Moda, que exibe indumentária, joias e acessórios de época; o Museu de Ícones Russos e a Galeria de Arte Moderna.
Rodeando o palácio, mas com ingresso à parte, os Jardins de Boboli são um respiro de ar verde, esparramados em uma colina. Entre as áreas mais importantes, destacam-se o Anfiteatro, a gruta projetada por Bernardo Buontalenti, a fonte de Netuno, a Kaffehaus (onde se serviam café e chocolate, as bebidas da moda na alta sociedade do século 18) e o Bastione del Cavaliere, com algumas das vistas mais bonitas para os arredores de Florença. O ingresso do Boboli dá acesso também ao Giardino Bardini, com mais vistas espetaculares de Florença, em meio a bosques e pomares. Afinal, vistas lindas de Florença não cansam nunca.
A PIAZZALE MICHELANGELO, FICA LOTADA NA HORA DO PÔR DO SOL POR CONTA DO PANORAMA DESLUMBRANTE.

Saúde
SAIBA COMO SUBSTITUIR ESSES VILÕES POR VERSÕES
CASEIRAS SABOROSAS E MUITO MAIS SAUDÁVEIS
POR HELOÍSA CESTARI


Quem não gosta de sorvete, snacks, chocolate, bolacha ou refrigerante? Afinal, esses e outros alimentos ultraprocessados costumam ser práticos, saborosos e visualmente atraentes. No entanto, estudos científicos apontam para resultados nada palatáveis quando o assunto é saúde. Pesquisas recentes realizadas pelas universidades de Paris (França) e de Navarra (Espanha) mostram que o consumo excessivo desses itens aumenta em até 60% o risco de morte prematura por infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral), além de estar associado ao câncer e a problemas crônicos como obesidade, diabetes e hipertensão. Mas o que são esses produtos alimentícios? Segundo a médica Marcella Garcez, diretora e professora da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), os ultraprocessados são formulações industriais fabricadas a partir de substâncias extraídas ou derivadas de outros alimentos (sal, açúcar, óleos, proteínas e gorduras) e sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos).
Também fazem parte dessa lista cereais matinais, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, embutidos (salsicha, presunto, salame, mortadela e peito de peru), nuggets, molhos prontos, misturas para bolo, margarina, a maioria dos sucos de caixinha, toda sorte de guloseimas e até aquela inocente barrinha de cereal que muita gente consome na hora do lanche para saciar a fome.

“No geral, esses produtos possuem sabor agradável e um grande prazo de validade, mas são pobres nutricionalmente e ricos em calorias, gorduras e aditivos químicos, favorecendo a ocorrência de deficiências nutricionais, doenças do coração, diabetes, colesterol e obesidade”, alerta a nutróloga.
O médico oncologista Ramon Andrade de Mello, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, também adverte para o risco aumentado de gordura no fígado e inflamação sistêmica. Não à toa, o governo federal reduziu o limite de alimentos processados e ultraprocessados na merenda escolar de 20% para 15% (percentual que deve diminuir para 10% em 2026), e ainda vetou itens do gênero na cesta básica, ao mesmo tempo que incluiu mais opções in natura
Na opinião de ambos os especialistas, a regra de ouro para uma vida mais saudável é optar sempre por alimentos naturais ou minimamente processados, restringindo ao máximo o consumo de ultraprocessados. Além disso, convém dedicar alguns minutos do dia às preparações culinárias ao invés de recorrer a sopas e macarrões instantâneos, shakes, pratos congelados (como lasanhas, pizzas e empanados de frango) e temperos prontos.
Veja a seguir algumas dicas para substituir esses vilões, fazer escolhas conscientes e adotar hábitos mais saudáveis à mesa implementando pequenas mudanças no seu dia a dia.

Se você gosta de um pão quentinho no café da manhã, mas não tem tempo ou disposição para comprá-lo todos os dias logo cedo, experimente congelar o pão da padaria ou feito em casa. Pode-se cortá-lo ao meio antes de levar ao congelador e, no dia seguinte, esquentá-lo na frigideira. É bem melhor do que apelar para os industrializados, como pães de forma, de hot dog e bisnaguinha.
Os molhos prontos (que basta aquecer e despejar sobre o macarrão) são cheios de aditivos, assim como o ketchup. Uma boa forma de evitá-los é preparar uma panela grande de molho caseiro e congelar em porções para usar quando quiser. Ou recorrer ao tomate pelado, que leva minutos para se transformar em molho e é um produto minimamente processado. Os extratos e passatas industrializados também são menos prejudiciais à saúde do que o molho pronto.


Os líquidos, prontos para beber, são repletos de aditivos químicos, como espessantes e gordura vegetal hidrogenada, e os achocolatados em pó chegam a ter 90% de açúcar. Por isso, experimente substituí-los pelo cacau em pó e adoce a seu gosto.

Se você não abre mão dessa sobremesa geladinha, invista o seu tempo em receitas caseiras, livres de corantes, conservantes, emulsificantes ou gordura hidrogenada. Também dá para evitar o leite condensado recorrendo a massas e picolés à base de frutas, iogurte natural ou até inhame cozido.

A simples iniciativa de trocar a margarina pela manteiga já deixa o café da manhã mais saudável. Isso porque a margarina é composta por óleos vegetais submetidos a um processo de hidrogenação e cheios de aditivos cosméticos para ficar com cor, cheiro e sabor de manteiga. O ideal é abolir o seu uso não só no pão como em qualquer preparação culinária.
A versão industrializada contém óleos vegetais refinados, conservantes e outros aditivos que prolongam a durabilidade e melhoram o sabor, mas são altamente inflamatórios. Por isso, não há nada melhor do que prepará-la em casa, com óleo e ovos batidos no liquidificador ou mixer. Mesmo sem conservantes, dá para armazená-la por até três dias na geladeira. É rápido, mais gostoso e a saúde agradece.

Prepará-lo em casa é prático, econômico e muito mais saudável. Mas, se você prefere comprá-lo, fique de olho no rótulo. Geralmente, os de frutas são repletos de espessantes, gomas, aromatizantes, saborizantes, corantes e diversos outros aditivos prejudiciais à saúde. Neste caso, prefira os naturais e adicione frutas frescas.


CONHEÇA OS MELHORES CAMPOS DE GOLFE DO BRASIL PARA VISLUMBRAR NOVOS HORIZONTES E FECHAR NEGÓCIOS EM UMA ÚNICA TACADA
No ano de 1457, o rei Jaime II da Escócia (1430-1460) proibiu o golfe justamente no país considerado o berço desse esporte. Motivo? Os guerreiros estavam deixando de lado os treinamentos com arco e flecha para passar horas jogando nos campos, o que poderia colocar em risco a defesa nacional durante a guerra contra a Inglaterra. Passado mais de meio milênio, a prática virou tradição por lá, se espalhou mundo afora e ganhou um status que vai muito além do jogo em si. Se antes o golfe distraía militares de seus compromissos bélicos, hoje garante a empresários um jogo de cintura que muitas vezes os leva a fechar grandes negócios em uma única tacada.
EIXO RI0-SÃO PAULO CONCENTRA A MAIORIA DOS RESORTS VOLTADOS À MODALIDADE NO PAÍS, ONDE O NÚMERO DE ADEPTOS DOBROU NOS ÚLTIMOS 15 ANOS
Não por acaso, algumas multinacionais chegam a incluí-lo entre os pré-requisitos de quem pleiteia uma vaga de emprego. Business meetings e relacionamento com clientes são cada vez mais comuns nesse universo. O próprio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não abre mão de dar suas tacadas enquanto decide os rumos da política econômica mundial. “O golfe para os negócios é uma prática que estimula relações corporativas e confiança entre executivos; é uma ótima escolha para gerar relacionamentos dos mais diversos”, revela o empresário Carlos Eduardo Régis Bittencourt, sócio-diretor das vilas no complexo Terravista, em Trancoso. O empreendimento baiano conta com um dos melhores e mais bem estruturados clubes de golfe de 18 buracos da América do Sul, eleito diversas vezes como um dos dez mais bonitos do mundo.
Mas também há quem viaje com tacos na bagagem apenas pelo prazer de vislumbrar novos horizontes, literalmente. Seja em meio a desertos, no topo de montanhas ou à beira-mar, os clubes da modalidade sempre desafiam o rebolado e encantam os praticantes com extensões verdes a perder de vista. E engana-se quem pensa que o Brasil carece de estrutura ou de potencial para crescimento. De acordo com dados da Confederação Brasileira de Golfe, 15 anos atrás, o número de campos no país não chegava a 80. Atualmente, são 117 – um salto de 46%.



No mesmo período, a quantidade de golfistas também praticamente dobrou, e hoje gira em torno de 20 mil. Contudo, estima-se que esse número possa ser bem maior, já que muitos praticantes não são registrados em associações. Um aumento significativo, porém ainda modesto se comparado a vizinhos como a Argentina, que soma quase 300 campos e mais de 100 mil adeptos do esporte.
Um dos motivos para o incremento dos números nos últimos anos está na democratização da prática. Há menos de duas décadas, era necessário ser sócio de um clube para dar as primeiras tacadas, com raríssimas exceções. De lá para cá, começaram a surgir no Brasil campos abertos ao público ou localizados em resorts turísticos. Além disso, programas como o Golfe para a Vida já introduziram mais de 90 mil pessoas no universo dos tacos, a maioria crianças.
Os melhores resorts com campos de golfe concentram-se no eixo Rio-São Paulo. Afinal, não há ambiente mais propício para se fechar grandes negócios do que os gramados de um golf club na Gávea (Rio de Janeiro), em Búzios (RJ) ou nos arredores da capital paulista, que conta com alguns hotéis especializados no gênero esportivo. Mas também é possível jogar próximo da bacia amazônica em Manaus (AM), perto das espetaculares cataratas em Foz do Iguaçu (PR) ou em meio às belas praias de Florianópolis (SC), entre tantos outros cartões-postais brasileiros.
Seja qual for o destino, antes de se aventurar pelos campos, um lembrete: embora pareça um exercício tranquilo, o golfe exige, sim, preparo físico. A professora de Educação Física Maria Luiza Coelho – primeira profissional do País com certificação de golf fitness instructor pelo TPI (Titleist Performance Institute) – alerta para o risco de lesões nos ombros, cotovelos, punhos e coluna, lembrando que a maior parte dos praticantes tem mais de 40 anos e estilo de vida sedentário.
De resto, é colocar os tacos na mala e escolher o destino certo para exercitar o jogo de cintura com toda a paciência e destreza que o esporte exige, sem perder o rebolado.

ALGUNS ANIMAIS EXÓTICOS PODEM SER CRIADOS EM CASA, MAS É PRECISO SABER AS NECESSIDADES E OS CUIDADOS DE CADA ESPÉCIE PARA QUE TENHAM SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
Furão, iguana, gecko-leopardo, porquinho-da-índia e até cobras píton. Cada vez mais pessoas têm procurado animais diferentes para chamar de seus, e algumas espécies exóticas (que não pertencem à fauna brasileira) são permitidas no País. Mas, antes de adotar esse tipo de pet, é fundamental entender a legislação e saber como cuidar dele de forma segura e responsável.
De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, por serem nativos de outros países, a maioria desses bichos precisa de registro para serem criados legalmente no Brasil, e só podem ser adquiridos de criadouros autorizados pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ou pelo órgão ambiental estadual. O pet deve vir com nota fiscal, atestado de origem legal e, em alguns casos, microchip de identificação. Mas há exceções. “Alguns animais exóticos são considerados pelo IBAMA como domésticos e, portanto, não necessitam de documentação específica, como é o caso dos porquinhos-da-índia, hamsters, calopsitas e chinchilas”, observa Renata Fiedler, médica veterinária especializada em pets não convencionais e coordenadora técnica do Setor de Vidas da Petz.
Também é importante saber que comprar animais exóticos em qualquer lugar ou trazê-los de outro país é considerado crime porque pode causar sérios prejuízos à fauna e à biodiversidade. Por isso, escolha sempre criadouros ou lojas licenciadas. “Evite feiras, redes sociais ou vendedores sem registro, pois isso pode caracterizar tráfico”, adverte a especialista.

Além disso, deve-se conhecer os hábitos e cuidados inerentes a cada espécie para que eles sejam criados da forma adequada. Considere, por exemplo, quesitos como alimentação, espaço necessário, temperatura ideal e o impacto na rotina familiar. “É essencial conhecer o comportamento, sua longevidade e se há disponibilidade de atendimento veterinário especializado na região”, explica Renata, ressaltando que a posse responsável começa com informação, compromisso a longo prazo e respeito ao bem-estar do animal.
Confira a seguir as características e necessidades de alguns pets exóticos que se adaptam bem à convivência com humanos e não oferecem risco ao ecossistema local.

Encontrado em regiões áridas do Afeganistão, do Paquistão e da Índia, esse pequeno lagarto é simpático, dócil com humanos e fácil de cuidar. “O terrário deve ter maior comprimento, menor altura, temperatura elevada e baixa umidade. Já o substrato pode ser à base de materiais naturais, como areia fina, ou artificiais, como grama sintética, abrigando múltiplas tocas e esconderijos”, explica a veterinária, lembrando que, embora não exija obrigatoriamente luz UVB, esta pode beneficiar sua saúde. Ele só não deve ser colocado com outros machos, pois é territorialista. A dieta é composta por insetos, como grilos e baratas, e deve ser suplementada com cálcio e vitamina D3.

Ativo, curioso e inteligente, o furão exige um ambiente ventilado, limpo e seguro para explorar e brinquedos que estimulem seu comportamento natural, com supervisão constante para evitar acidentes. Por ser um carnívoro estrito, sua dieta baseia-se em ração extrusada específica, com alto teor de proteínas, mas também pode receber biscoitos próprios para a espécie ou petiscos para gatos em pequena quantidade. São sociáveis e requerem interação diária com seus tutores. Geralmente são importados e vendidos já castrados, mas sua nova família deve estar atenta à rotina de vacinas e vermifugação proposta pelo veterinário.

Domesticado há séculos por povos andinos, é a escolha certa para quem quer um pet mais tranquilo. Dócil e sociável, fica bem em viveiros ou cercados baixos e amplos, com substrato macio e absorvente, tocas, rampas e brinquedos. Alimenta-se de feno, vegetais frescos de cor verde-escura e pequena porção de ração extrusada própria para a espécie. Frutas devem ser evitadas, e o porquinho-da-índia deve receber diariamente suplementação de vitamina C, já que não a produz naturalmente. Gosta de viver em pares ou em grupos do mesmo sexo.
Criar uma cobra como pet é permitido no Brasil desde 1997. No entanto, o Ibama autoriza apenas a posse de espécies não peçonhentas provenientes de criadores legalizados e com registro. Segundo Renata, as serpentes são excelentes para quem tem pouco tempo para investir no manejo, já que se alimentam a cada 7 ou 15 dias e exigem pouca interação com os responsáveis. “As píton-bola e as jiboias-arco-íris são dóceis e de tamanho mediano”, sugere. Em geral, devem viver em terrários com controle preciso de temperatura, umidade e iluminação, além de esconderijos e variação de substratos para reduzir o estresse. Quanto à alimentação, a iguaria preferida são roedores abatidos, congelados e aquecidos na hora da refeição. Durante a troca de pele, precisam de maior umidade e observação.

Originários dos Andes, esses roedores necessitam de um ambiente fresco, seco e bem ventilado, pois são bastante sensíveis ao calor. Segundo Renata, a alimentação deve ser baseada em feno de gramínea, que garante uma boa saúde gastrointestinal e o desgaste adequado dos dentes, além de pequenas porções de ração extrusada para a espécie e água limpa. Banhos secos, de pó de mármore, são indispensáveis para a higiene e manutenção da pelagem, que é densa e delicada. Podem ser mantidas sozinhas ou em pequenos grupos, e exigem uma gaiola ou viveiro amplo, com estratos verticais que permitam explorar o ambiente e se exercitar. Também convém colocar uma pedra cerâmica ou granito para que possam deitar e se refrescar.


Trata-se de um réptil herbívoro e arborícola, que requer um terrário grande, com múltiplos estratos verticais e controle estrito de temperatura, umidade e iluminação UVB para manter sua saúde óssea e metabólica. Segundo Renata, a alimentação deve ser rica em vegetais folhosos escuros e ração extrusada própria para a espécie, além de pequena quantidade de legumes e frutas. “É uma espécie que pode atingir grande porte e se tornar territorial com o tempo”, alerta. Problemas como hipocalcemia e má formação óssea são comuns em casos de manejo inadequado.

ESPRESSO MARTINI
Ingredientes
50 ml de vodca
30 ml de licor de café
30 ml de café espresso Giói bem forte e fresco (use cápsula Giói Blend ou espresso dos grãos para um sabor mais intenso)
Gelo
Grãos de café para decorar (opcional)
MODO DE PREPARO
Prepare o café Giói
Faça um espresso e deixe esfriar por 1 a 2 minutos (quanto mais fresco, melhor o aroma).
Monte o drinque
Em uma coqueteleira, adicione a vodca, o licor de café e o café Giói já frio.
Adicione o gelo
Complete a coqueteleira com bastante gelo e agite bem por cerca de 15 segundos — esse passo é o que cria aquela espuma linda no topo!
Sirva
Coe para uma taça de coquetel previamente gelada.
Finalize
Decore com três grãos de café por cima (opcional, mas clássico!).



