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a principal arma contra o transtorno

Informação é a principal arma contra o transtorno

Aaprendizagem do ingressante na esfera da educação escolar é uma das primeiras preocupações dos pais nos anos iniciais de uma criança. Problemas de adaptação nesse começo de vida geralmente são logo solucionados, mas há obstáculos persistentes e incompreendidos, que causam uma avalanche no meio familiar. A dislexia, por exemplo, está entre os distúrbios de aprendizagem com pouca informação disseminada no meio social. Uma gama de profissionais tem chamado a atenção para a falta de debate em sociedade sobre o transtorno que afeta pelo menos 7,8 milhões de pessoas.

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Para o neurologista Clodoaldo Pirani Júnior, a barreira entre a informação e a sociedade é o que tem causado o sofrimento dos disléxicos e seus familiares. Especialista em Clínica Médica e Neurologia Clínica, pelo Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas, para ele, é fundamental que se comece a discutir o assunto para que as famílias e outros do meio de aprendizagem das crianças passem a ter ciência do problema.

“Muitas pessoas sequer conhecem o termo dislexia, ou sabem vagamente do que se trata. Por isso contribuem para a propagação de informações errôneas e de preconceito para com disléxicos”, afirma o neurologista, que atua em Barra do Garças.

No fim de maio, ele participou do III Simpósio sobre Dislexia, que reuniu mais de 800 pessoas no Teatro Zulmira Canavarros, em Cuiabá. O neurologista foi acompanhado do Grupo de Estudos em Linguística Funcional do Araguaia da Universidade Federal de Mato Grosso (Gelfa-UFMT), representado pela coordenadora professora Lennie Aryete Pereira Dias Bertoque e da fonoaudióloga Beatrice Lacerda Costa Leal. O evento discutiu o tema “Educação, Inclusão e Qualidade” e segundo seu coordenador, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), levar informação a um número significativo de pessoas foi o objetivo alcançado.

De acordo com o neurologista, a dislexia trata-se de um “transtorno específico da aprendizagem da leitura”, também chamado de distúrbio. Compõe um grupo de condições cerebrais que incluem a disortografia e a discalculia. Ao contrário das “dificuldades de aprendizagem”, que decorrem de condições ambientais inadequadas ou falhas pedagógicas, o transtorno tem origem no cérebro e se caracteriza por alterações na formação neurológica. Segundo o especialista, a dislexia, que afeta 4% da população brasileira, pode estar relacionada à genética.

“É uma dificuldade inesperada para aprendizagem da leitura em uma criança com inteligência, motivação e adequadas oportunidades na escolaridade”, explica. O distúrbio reconhecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ocorre desde os primeiros anos de vida, embora se torne mais perceptível quando a criança inicia o período escolar.

Apesar de dificultar a aprendizagem, o transtorno não

O neurologista Clodoaldo Pirani diz que a barreira entre a informação e a sociedade é o que tem causado o sofrimento dos disléxicos e seus impede que o disléxico aprenda a ler e a escrever. O desafio vai depender de uma série de variantes, segundo o neurofamiliares logista, como a de

manda de atividades de leitura e escrita ao longo da vida e a oferta de intervenções que propiciem um bom desenvolvimento. O especialista também ressalta que a elaboração de estratégias próprias para compensar as dificuldades é uma característica dos disléxicos, decorrente da maneira diferente de processar as informações.

“Quanto mais precoce for o diagnóstico, menores serão os impactos negativos na vida da pessoa disléxica”, afirma. De acordo com ele, a falta de conhecimento dos pais, professores, empregadores e cidadãos afeta a autoestima de crianças, jovens e adultos com dislexia. O resultado é a falta de confiança, a ansiedade e, em casos extremos, até a depressão.

O diagnóstico é feito por uma junta de profissionais de diversas especialidades. Segundo Clodoaldo, a avaliação multidisciplinar precisa de, no mínimo, um psicólogo ou neuropsicólogo, um fonoaudiólogo, um psicopedagogo e um médico (geralmente pediatra ou neurologista).

Em uma década, câncer será a doença que mais matará brasileiros

No Brasil o câncer já é a primeira causa de morte em mais de 500 cidades, o que representa um total de 10% delas. Os dados científicos ainda não são unânimes sobre todos os fatores que causam a enfermidade, mas, recentemente, pesquisas têm apontado para um crescimento no número de casos no país. A estimativa de especialistas é que em pouco mais de 10 anos, a doença seja a principal causa de morte dos brasileiros. Os dados sobre câncer são assustadores, porque já se manifestaram uma diversidade de tipos da doença. Hoje a medicina detecta mais de 200 formas de neoplasia maligna, nome técnico para a enfermidade.

Os especialistas já afirmam que todos os órgãos do corpo podem apresentar células cancerosas.

Por isso, os números sempre são altos.

Só no Brasil, em 2015, foram registrados 209.780 óbitos pela doença. Os dados são do levantamento feito pelo Observatório de Oncologia do movimento Todos Juntos

Contra o Câncer, em parceria com o Conselho Federal de Medicina. O estudo não dá conta da quantidade de pacientes em tratamento, apenas expõe o número de mortes.

As doenças que mais matam no país ainda são as do aparelho circulatório, como o

Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o enfarte, mas o câncer registrou maior crescimento, nos últimos 20 anos. Em 1998, a doença fazia, segundo dados da época, 110.799 vítimas, o que, de lá para cá, representa uma alta de 90%. Já o grupo de dopopulação a exames de diagnóstico, como enças mais letais cresceu 36% (de 256.511 uma das possíveis causas para esse cenário. vítimas para 349.642). Se o câncer mantiEm relação ao Brasil, o câncer ainda está ver o ritmo de aumento, em pouco mais de entre as principais causas de morte, mas 10 anos é possível que em 516 municípios, a enfermidade alcance o primeiro lugar. País registrou mais de 200 como aponta o estudo, a doença já é a primeira Esse crescimento se deve a uma série de mil óbitos em 2015 e número responsável por óbitos. Deles, 16 encontram- fatores e alguns deles nem estão relacionacresceu 90% em 20 anos -se em Mato Grosso, que atingiu uma taxa do ao aumento efede mortalidade por tivo de casos das doenças. Por exemplo, o câncer de 2.514 indivíduos, em 2015. estudo do Observatório de Oncologia inclui Alto Garças é o primeira da lista de mua melhor identificação e registro dos óbinicípios mato-grossenses que tem o câncer tos por câncer, devido ao maior acesso da como principal causa de morte. São 15 víti

1. Câncer de próstata Em sua fase inicial, a maioria dos pacientes não apresenta sintomas relevantes. Segundo o Inca, serão diagnosticados 68.220 novos casos em 2018 e o risco da doença aumenta após os 50 anos. Entre as principais causas do problema estão o uso de anabolizante, má alimentação, obesidade, fatores genéticos e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. 2. Câncer de mama A estimativa é que 59.960 mulheres descubram que têm câncer de mama neste ano. As causas mais comuns da doença são histórico familiar, menopausa tardia, menstruação precoce, colesterol alto, sedentarismo, entre outros. A detecção precoce aumenta a chance de cura e o sintoma mais frequente é o aparecimento de um caroço no seio, podendo ser identificado também através do autoexame. 3. Câncer colorretal Este abrange os tumores que acometem o cólon (intestino grosso) e o reto. O Inca calcula que ocorrerão 36.810 casos do problema em 2018. Se detectada precocemente, a doença é curável na maioria das vezes e esse câncer geralmente é causado pelo tabagismo, sedentarismo, consumo exagerado de bebida alcoólica, de alimentos processados e de carne vermelha. 4. Câncer de pulmão O câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco em 90% dos casos. No Brasil, a estimativa é que, em 2018, 31.270 pessoas tenham a doença. Seus sintomas dependem da localização do tumor no órgão, mas o paciente pode ter tosse seca e com presença de sangue, falta de ar, dor torácica e pneumonia. 5. Câncer de estômago Uma dieta rica em alimentos processados, a obesidade e o consumo de álcool são considerados fatores de risco. Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com esse câncer têm mais de 50 anos e em 2018, 21.290 brasileiros apresentarão a doença, que geralmente não possui sintomas no estágio inicial, mas seu avanço causa sensação de inchaço depois de comer, indigestão, náuseas e azia. 6. Câncer de colo de útero A doença é causada pela infecção do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção por esse vírus é frequente e não causa tumor na maioria das vezes, porém, em alguns casos, pode acontecer uma alteração celular e a evolução para o câncer. O exame papanicolau pode descobrir facilmente essas mudanças das células e a estimativa é que 16.370 mulherão terão este câncer em 2018. 7. Câncer de cavidade oral Este inclui a mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca. Cerca de 14.700 pessoas devem ser diagnosticados com a doença ainda em 2018. A enfermidade, que costuma aparecer após os 40 anos, tem como principais causas a má higiene bucal, o vício de fumar cachimbos e cigarros e o consumo de álcool. 8. Câncer no sistema nervoso central Estes são os tumores primários do cérebro e/ou medula espinhal. Compreendem de 15% a 20% de todos os cânceres que acometem a faixa etária pediátrica. A causa dele ainda não é totalmente conhecida, mas já se sabe que algumas das mudanças que ocorrem nas células normais do cérebro podem levar à formação de tumores cerebrais. A estimativa é que 11.320 casos da doenças sejam registrados no ano. 9. Câncer de esôfago Segundo o Inca, 10.970 brasileiros serão diagnosticados com esse tumor em 2018 e estão no grupo de risco para desenvolver o problema aqueles que fumam, ingerem bebidas alcoólicas e não possuem uma alimentação saudável ou fazem exercícios. Os principais sintomas são dificuldade em engolir alimentos, má digestão, azia, rouquidão, hemorragia digestiva, tosse e falta de ar. 10. Câncer de tireoide Ainda faltam estudos que comprovem a relação, porém, especialistas acreditam que a doença pode estar ligada ao hipertireoidismo, a alterações dos hormônios sexuais, a padrões dietéticos, à obesidade e ao tabagismo. Neste ano, 9.610 pessoas serão diagnosticadas com esse tipo de câncer. FONTE: www.redebomdia.com.br mas, seguidas de 12, no município de Terra Nova do Norte. Na região do Araguaia, ao lado de Alto Garças nesse ranking, estão os municípios de Araguaiana (8), Torixoréu (6) e Araguainha (2). Embora registrem um baixo número de óbitos, nessas localidades o câncer ainda mata mais que outras causas.

Homens seguem na frente, quando o assunto é morte por câncer. A quantidade de óbitos masculinos é 12% maior que os femininos. Estudiosos afirmam que essa diferença se deve ao fato de homens serem menos cuidadosos com a saúde. Isso leva a diagnósticos tardios, o que, segundo os médicos, diminuem a chance de tratamentos efetivos.

Hoje há cura para muitos tipos de câncer e tratamentos em outros casos, que proporcionam uma vida relativamente normal ao paciente. A população também tem contato com constantes campanhas de prevenção à doença ao longo do ano, mas hábitos prejudiciais e que caracterizam fatores de risco ainda são praticados em massa no Brasil.

No país, em 2015, por exemplo, 10,8% da população ainda fumava, principal fator de risco para o câncer de pulmão. Os dados do Ministério da Saúde mostravam que o índice vinha caindo (em 2009 eram 15,6%). Já é provado que além do risco ao fumante, o cigarro também prejudica quem inala a fumaça por estar próximo a ele, o chamado fumante passivo.

Entretanto a fumaça de cigarros não é a única a emitir substâncias cancerosas no ambiente. Recentemente foi comprovado que substâncias emitidas em queimadas também podem causar a doença. A descoberta é de autoria de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade Federal de Rondônia (UFRO).

Segundo esses estudiosos, que usaram

como objeto de pesquisa as queimadas na Amazônia, as partículas carregadas de toxinas, se inaladas por longos períodos, podem causar estresse oxidativo das células e danos genéticos irreversíveis. Os prejuízos podem resultar em neoplasia maligna dos brônquios e dos pulmões, ou câncer de pulmão, o tipo que mais mata no Brasil.

APOIO EM BARRETOS

O tratamento do câncer requer recursos hospitalares de alta complexidade, que geralmente são encontrados em grandes centros urbanos. Aos municípios do interior, fica o encargo de diagnosticar, fazer a melhor recepção desses pacientes e encaminhá-los às capitais ou núcleos de referência em tratamento oncológico. O Hospital do Câncer em Barretos (SP) é uma das unidades mais importantes de tratamento da doença no Brasil.

A Associação aos Pacientes Oncológicos de Barra do Garças (Apobag) mantém em Barretos em média 24 pessoas por dia, com hospedagem e refeições, enquanto a Secretaria de Sáude do município, sequer informa a quantidade de pacientes que são encaminhadas para tratamento, conforme solicitou a reportagem.

A casa de apoio em Barretos fez um ano de funcionamento em fevereiro de 2018. Administrada e mantida pela Apobag, a pousada tem capacidade máxima para mais de 40 hóspedes. No ano passado, segundo o membro da associação Sivirino Souza dos Santos, a casa ultrapassou as 8 mil hospedagens.

Além de hospedagem, o atendimento da casa de apoio em Barretos ainda inclui quatro refeições aos pacientes. Toda a estrutura, desde aluguel e manutenção da casa a recursos humanos, é mantida por doações da comunidade de Barra do Garças. As despesas atualmente totalizam em torno de R$ 12 mil por mês.

BARRA DO GARÇAS

Arco cirúrgico é a mais nova aquisição da saúde municipal

Aparelho de raio-x vai possibilitar diagnósticos com mais agilidade e precisão em tempo real

Aprefeitura de Barra do Garças adquiriu em data recente um Arco Cirúrgico (equipamento de raio-x que produz imagens digitais em tempo real) que trará, entre outros, mais rapidez e bons resultados em diagnósticos voltados para às áreas vascular e ortopédica. O novo aparelho fará do município uma referência no atendimento de cirurgia vascular, antes feita na capital Cuiabá por falta deste equipamento que está prestes a ser instalado no Pronto Socorro Municipal (Milton Pessoa Morbeck), no Jardim das Mangueiras, ao custo de R$ 343 mil.

Segundo a médica cirurgiã vascular do Pronto Socorro Municipal, Tassiane Horvatich "Barra do Garças possui uma procura muito grande para a área vascular, mas infelizmente não tínhamos como realizar os procedimentos cirúrgicos sem esse equipamento”, disse ela à Assessoria de Imprensa da prefeitura.

O Arco Cirúrgico é normalmente utilizado para cirurgias em geral, urologia, ortopedia, vasculares, implantes de marca-passos, entre outros. Por ser pequenas e ajustáveis, as unidades de arco cirúrgico oferecem maior conforto ao paciente em relação aos modelos tradicionais. Sua capacidade de invasão mínima também permite o diagnóstico e tratamento dos doentes mais precocemente.

LEITOS/UTI

Ainda em saúde pública, a prefeitura de Barra do Garças deve investir pelo menos R$ 1 milhão, através de convênio com o Ministério da Saúde e Caixa Econômica Federal para ampliar nos próximos meses a Unidade

de Terapia Intensiva do Pronto Socorro Municipal. Ao todo serão construídos 11 leitos sendo dois deles para isolamento e mais uma lavanderia com cozinha. De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Obras, 60,35% das obras já foram executadas e devem finalizar em 60 dias. Os leitos da UTI passam de 10 para 21.

Das obras em curso do complexo da UTI faltam apenas a instalação de blindex nas janelas, enquanto lavanderia e cozinha restam assentar o piso, forro, reboco e laje.

Referência no atendimento de saúde pública em Barra do Garças, o Pronto Socorro estende também seu atendimento para cidades consorciadas da região. Centenas de pacientes do Vale do Araguaia passam todos os meses por algum tipo de procedimento naquele hospital. (Conforme fotos da evolução da obra abaixo).

20 mil metros de asfalto até 2020

Bom Jesus do Araguaia terá 30 mil metros de asfalto em oito anos da gestão Joel Ferreira

Aopinião pública ainda não é unânime sobre o segundo mandato, mas em meio às críticas, destaca-se a vantagem da continuidade de um projeto de governo. É nessa linha de pensamento que segue a autoavaliação do prefeito de Bom Jesus do Araguaia, Joel Ferreira (PSDB). Os esforços da administração em “arrumar a casa”, no primeiro período de sua gestão (2013-2016), construíram a base firme para a gerência dos recursos no segundo. Os investimentos em infraestrutura continuam e a prefeitura promete concluir o mandato de Joel com pelo menos 20 mil metros de asfalto, o que deve cobrir quase todas as ruas da cidade.

Em 2013, o estado em que Bom Jesus foi entregue à administração que começava, demandou atenção do governo aos serviços básicos de infraestrutura e à quitação de contas. Mesmo assim, a prefeitura concluiu o período com um total de 35 obras entregues e 10 mil metros de asfalto lineares na cidade, que antes era quase todo no chão batido. Essa primeira leva de obras mudou o visual da cidade e a autoestima aos bom-jesuenses.

“Fomos organizando as coisas aos poucos, na medida do possível e sempre com atenção às prioridades básicas como saúde e educação e sem atraso na folha de pagamento dos servidores”, afirma o prefeito. “Foi dessa forma que conseguimos um bom resultado em infraestrutura até o fim do primeiro mandato. Esse é um dos segmentos ainda carentes no município, que temos nos esforçado para melhorar”, conclui.

A confiabilidade ao governo de Joel também foi uma das marcas da administração nos primeiros quatro anos. Eleito com 1.203 votos em 2012 ele conquistou quase Os 20 mil metros de asfalto previstos 53% do eleitorado em 2016 quando para este ano devem saiu das urnas com concluir o projeto 1.967 votos. de pavimentação do Os 20 mil metros plano de governo de asfalto previstos para este ano devem concluir o projeto de pavimentação do plano de governo. A maior parte, cerca de 15 mil metros, já foram entregues à população. A obra é custeada através de recursos próprios do município e de convênios com o Estado e demandou outros

Deputado Valtenir Pereira com prefeito Joel Ferrreira e comitiva em Brasília

cuidados na área urbana, como a drenagem do excesso de água em algumas ruas.

No meio rural ocorre a constante manutenção das estradas e a construção de pontes de concreto. A ponte que dá acesso ao distrito de Novo Paraíso, por exemplo, custou R$ 259 mil do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que aporta no município. Com 15 metros de cumprimento e 4,5 metros de largura, a obra foi construída de acordo com os padrões do programa Pró-Concreto, do governo estadual.

A infraestrutura na zona rural também tem sido beneficiada através da articulação de Joel e de vereadores do município junto à Assembleia Legislativa de Mato Grosso. As pontes do Corregão e do Verdin, na MT-433, será custeada com emenda parlamentar do deputado estadual Zeca Viana (PDT) no valor de R$ 250 mil. Prevista para ser construída entre o distrito de Alô Brasil e Bom Jesus, a expectativa é que a ponte ofereça segurança ao tráfego tanto de caminhões quanto de veículos leves.

As cobranças do prefeito em Cuiabá ainda geraram melhorias na área da Saúde e da Educação. A exemplo, a compra de uma van custou R$ 150 mil de emendas do deputado estadual Baiano Filho (PSDB). O veículo será usado pela Secretaria Municipal de Saúde que recebeu outros R$ 100 mil para a aquisição de um aparelho de ultrassom.

A Educação recebeu quase R$ 1,4 milhões do deputado federal Nilson Leitão (PSDB), valor que já está empenhado para Bom Jesus do Araguaia. O setor ainda recebeu em data recente emendas na ordem de R$ 155 mil e R$ 220 mil, dos deputados estaduais Allan Kardec (PDT) e Adalto de Freitas (Patri). Os montantes se somam aos R$ 220 mil da prefeitura para a construção da escola do distrito Planalto do Araguaia, no valor de R$ 595 mil.

O investimento resultará na ampliação da Educação no município, que ao longo deste mandato tem recebido crescente incentivo. Quem achou que os trabalhos em torno da pasta se resumiriam a conclusão da creche municipal, no valor de R$ 300 mil, desembolsados pela prefeitura, se surpreende com a inauguração de uma nova unidade educativa, no interior. Em tempo, Bom Jesus empenhou recentemente R$ 170 mil para a aquisição de dois ônibus escolares. Hoje “a administração está tranquila”, diz o prefeiA infraestrutura na zona rural tem sido beneficiada através to que também é da articulação presidente da Asdo prefeito e de sociação dos Municípios do Araguaia (AMA) e ainda se vereadores junto à Assembleia Legislativa atenta para a produção pecuária, principal componente da economia local. Bom Jesus acaba de receber um caminhão tanque e tanques de refrigeração de leite para o fortalecimento dos produtores do campo.

“A pecuária e a agricultura ainda são a força de investimento de Bom Jesus, pois rende 60% do PIB [Produto Interno Bruto] municipal”, destaca o gestor. Para o desenvolvimento do trabalho no campo, estão para ser empenhados mais de R$ 500 mil em emendas do deputado federal Nilson Leitão.

Quanto aos recursos que aportam ao município o prefeito Joel Ferreira acentua que essas ações não acontecem por acaso e cita suas viagens a Cuiabá, a Brasília, a reuniões de prefeitos, contatos com a bancada estadual no Congresso, na Associação Mato-grossense dos Municípios, entre outros, em que defende os interesses do seu município. “Às vezes chego a ser criticado pelas viagens que faço, contudo, não posso ficar aqui na prefeitura de braços cruzados, tenho que sair, buscar, bater à porta de gabinetes e conseguir o que precisamos”, diz.

Além dos esforços Joel diz que o segredo de tudo isso é a boa articulação e divulgar o trabalho de deputado e senadores que sejam amigos do município e citou, como exemplo, o deputado federal Valtenir Pereira com quem se reuniu em maio quando pleiteou junto ao Ministério do Turismo nada menos que o empenho de R$ 1 milhão para construção de um lago no perímetro urbano de Bom Jesus do Araguaia que, se depender do seu entusiasmo, será até o término de sua gestão, em 2020, o cartão postal da cidade.

Canarana receberá a primeira ‘Escola Modelo’ do Araguaia

Maquete do projeto do Centro Integrado (31 de Março) que será construído pelo Estado na cidade e avaliado inicialmente em 14 milhões de reais

Canarana será o primeiro município do Araguaia beneficiado com a construção de um dos 15 Centros Integrados Escola-Comunidade (CIEC), desenvolvidos pelo Governo do

Estado. O novo prédio que receberá a Escola Estadual 31 de Março foi concebido sob um ousado conceito educacional, mais atrativo, focado no combate à evasão escolar e na integração da comunidade.

A inclusão de Canarana no Programa

‘Pró-Escolas’, e consequentemente, a construção da nova unidade, é resultado de um grande trabalho de convencimento coordenado pelo deputado Estadual Baiano Filho e o prefeito Fábio Farias junto a Secretaria de Estado de Educação (SEDUC). Com a interdição do antigo prédio da E.E. 31 de Março, ocorrido em dezembro de 2016, Baiano passou a se reunir sistematicamente com o ex-secretário Marco Marrafon (SEDUC) e equipe técnica no sentido de demonstrar a viabilidade da obra na região do Araguaia. Entre os 15 centros projetados pelo Governo do Estado, Canarana será o primeiro município do Araguaia a receber uma unidade da ‘Escola Modelo’.

A nova “31 de Março” está avaliada em R$ 14 milhões e será licitada no dia 21 de junho, quando terá definida a empresa que executará as obras.

“Mais uma conquista para Canarana, e evidentemente, mais uma conquista para o Araguaia. Estivemos empenhados no último ano para definir a construção de uma Escola Modelo no município, passamos dificuldades com a interdição da antiga unidade, mas pudemos contar com a sensibilidade do Estado naquele momento, quando o ex-secretário Marrafon nos autorizou a implantação de salas modulares para garantir o ano letivo das crianças. Sempre tivemos o respaldo da SEDUC nos projetos que defendemos e preciso agradecer o compromisso do governador Pedro Taques que não tem medido esforços para atender as demandas do Araguaia na

Educação. Já inauguramos uma unidade da ‘Escola Militar Tiradentes’ em Confresa e já nos preparamos para inaugurar as obras da nova Escola Militar que será implantada em Barra do Garças, além de inúmeras outras obras e ações desenvolvidas no Araguaia. Fica aqui nossa gratidão”, concluiu Baiano Filho ao destacar a fundamental participação do prefeito Fábio Farias na condução do projeto para garantia das obras.

Durante o processo para definição da

nova unidade, o prefeito de Canarana assumiu a responsabilidade pela demolição do atual prédio da “31 de Março”, a limpeza de toda a área com mais de 10 mil metros quadrados e a execução de toda a terraplanagem.

Os centros integrados trazem a promessa de inaugurar uma concepção revolucionária na educação do Estado. As unidades foram desenvolvidas para garantir a sustentabilidade com pórtico para captação e reutilização da água, além de placas solares para o aproveitamento da energia solar em ambientes internos. O uso do espaço escolar pela comunidade e a aproximação dos moradores com os novos conceitos também são estratégias para a troca de experiências e novos aprendizados.

O centro contará com 18 salas de aula e capacidade para até 540 alunos por turno, rampas para acessibilidade inclusiva, espaços de convivência multifuncionais e lúdicos, praça urbanizada e arborizada, sistema de climatização, laboratórios de informática, biblioteca interativa, auditório, quadra poliesportiva coberta, internet wi-fi, entre outros benefícios, como a oferta de atividades culturais, esportivas, tecnológicas e científicas.

EMERGENCIAL

Em abril, durante agenda em Canarana, Baiano percorreu as obras de terraplanagem da área onde estão sendo instaladas as salas modulares, em substituição temporária à Escola 31 de Março. Com a interdição, os alunos foram transferidos provisoriamente para salas de aula adaptadas no Parque de Exposições. Acontece que a longa distância e a falta de condições adequadas para abrigar os alunos mais uma vez levou Baiano a intervir junto a SEDUC para acomodação dos mesmos em um local mais próximo e seguro. De pronto a SEDUC atendeu ao pedido, e hoje, a prefeitura de Canarana já concluiu o acabamento da área que receberá as salas modulares, onde os alunos permanecerão até a inauguração da Escola Modelo. Os módulos estão sendo instalados no terreno ao lado do Ginásio de Esportes 'Pedro Cancian'. [Naiara Martins/Assessoria]

Mobilização garante 11,7 milhões para o Araguaia

Bancada em Brasília foi pressionada por associação de vereadores para mudar partilha

Omontante de R$ 56 milhões destinado à saúde pública de Mato Grosso pela bancada federal no Congresso deixaria o

Araguaia ‘a ver navios’ não fosse o presidente da Câmara Municipal de São Félix do Araguaia,

Antonio Augusto Miranda de Sousa, que também preside a União dos Vereadores do Norte

Araguaia-Xingu (UVNAX) que encabeçou um movimento que reverteu a situação. O chamado de Miranda reuniu no final de abril, em Confresa, cerca de 40 vereadores, três prefeitos, o deputado federal Valtenir Pereira (MDB) e o estadual

Baiano Filho (PSDB) para questionar e criticar o descaso com a região.

O movimento em Confresa repercutiu no Estado e emitiu sinais de insatisfação dos vereadores com a bancada federal em Brasília que por sua vez tentou minimizar o deslize e marcou logo em seguida uma reunião para discernirem sobre a saúde no Araguaia, não sem antes culpar a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e presidentes dos consórcios de Barra do Garças,

Água Boa, Confresa e São Felix do Araguaia.

Nos estertores do escorregão político da bancada federal o vereador Miranda disse ao portal Semana7 que além de Adilton Sachetti (PSB), o pré-candidato ao governo do Estado, senador

Wellington Fagundes (PR), mostraram-se irritados com a tomada de posição da UVNAX. Ambos são de Rondonópolis e indicaram, claro, dos R$ 112 mi, R$ 56 milhões (infraestrutura) para sua cidade onde possuem base eleitoral consolidada. Para amenizar a situação e depois da luta de braço com a UVNAX, a articulação de Miranda e de seus colegas vereadores conseguiram que R$ 11.722.54,00 sejam divididos entre os consórcios de saúde do Araguaia-Xingu e desse modo contemplem mais de 30 municípios da região.

Nesses termos cabe ao consórcio de Barra do

Garças a fatia de R$ 3,5 milhões e Água Boa, R$ 4,2 milhões. Confresa e São Felix do Araguaia recebem, respectivamente, R$ 2,8 milhões e R$ 1,2 milhões. A verba de 56 milhões para a saúde, segundo ficou acordado, será dividida entre os 11 consórcios de cidades polos do Estado.

Segundo noticiou no portal cuiabano FolhaMax, o coordenador de bancada mato-grossense, senador José Medeiros (Podemos), disse numa reunião em Brasília, que “é um trabalho conjunto de toda a bancada federal que está unida e alinhada com os desejos de nossa gente.”

Além do coordenador Medeiros, fazem parte da bancada os senadores Cidinho Santos e Wellington Fagundes e os deputados federais Adilton

Sachetti, Fábio Garcia, Ezequiel Fonseca, Carlos

Bezerra, Valtenir Pereira, Ságuas Moraes, Nilson

Leitão e Victório Galli.

Antônio Miranda, presidente da Câmara de Vereadores de São Félix do Araguaia e da União dos Vereadores do Norte Araguaia-Xingu

Denise Gomes fala sobre implantes imediatos

Denise Gomes Teixeira Pirani *

Atualmente, um dos temas mais polêmicos em Implantodontia é a realização ou não de implantes imediatos. Enquanto alguns autores preconizam a instalação dos implantes logo após a exodontia (extração/retirada do dente), ou mesmo a confecção de um provisório como forma de manter os tecidos ósseo e gengival, outros entendem que apenas com o preenchimento dos alvéolos. Denise Gomes, explica que na odontologia, um alvéolo dentário é a cavidade do osso da maxila e mandíbula onde se alojam os dentes. O alvéolo existe em função dos dentes. Na perda destes, o alvéolo deixa de existir, sua função principal é dar suporte aos dentes para que possamos mastigar os alimentos. Pós-extração e instalação do implante em um segundo momento (após a cicatrização) será possível a manutenção dos tecidos peri-implantares (tecidos ao redor dos implantes osseointegrados). Trabalhos recentes tem colocado mais dúvidas em relação à melhor técnica: implantes imediatos ou mediatos (tardios).

Em um artigo de 2017, de Esposito e colaboradores, foram comparados três momentos de instalação de implantes: imediato (logo após a exodontia), precoce (seis semanas após a exodontia) e tardio (quatro meses após a exodontia, com o alvéolo cicatrizado). Embora as falhas tenham sido mais frequentes em implantes imediatos e precoces, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes para falhas, complicações e satisfação do paciente nas três condições estudadas. As mudanças no nível ósseo foram semelhantes entre os diferentes procedimentos, mas os resultados estéticos foram melhores com implantes imediatos e precoces.

De fato os implantes imediatos são mais difíceis de serem realizados e exigem um planejamento detalhado para que fiquem na posição protética ideal. Assim, disponibilidade óssea, altura gengival, biotipo gengival, presença de tábuas ósseas, dentre outros fatores, devem ser avaliados para indicar a técnica ideal.

As vantagens estéticas, a redução de prazo de tratamento e a menor exposição dos pacientes a procedimentos cirúrgicos falam a favor dos implantes imediatos, desde que bem indicados.

Denise Gomes Teixeira Pirani é especialista em prótese dentária e implantes, atende em seu consultório na Rua Pires de Campos, 695, Centro, Barra do Garças - MT. Agendamentos pelo telefone (66) 3401-7043

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