
19 minute read
lama asfáltica em quase toda cidade
Lama asfáltica será aplicada em quase toda cidade
99.400 metros quadrados de revestimento que vai mudar o aspecto urbano
Advertisement
Acidade de Torixoréu terá suas vias revigoradas em quase sua totalidade. A prefeitura anuncia que serão aplicados cerca de 100 mil metros quadrados de micro revestimento asfáltico a frio (lama asfáltica), a partir de mês de julho.
A prefeita Inês Coelho disse à reportagem de Gente que sua intenção é recuperar todas as ruas da cidade “em curto espaço de tempo, visto que o asfalto é antigo e necessita de manutenção urgente". "Essa lama asfáltica é resultante das visitas que fiz a capital Cuiabá e à Assembleia Legislativa no decorrer do ano passado, especialmente no gabinete do deputado estadual [Ondanir Bortolini] Nininho que destinou uma emenda de 173 mil reais".
Esse recurso deverá chegar em materiais vindos do governo do Estado por meio da Secretaria de Cidades. Já a prefeitura entrou com a contrapartida de 200 mil reais para o início dos trabalhos. Inês ressaltou que todo o serviço obrigatoriamente passará por processo licitatório.
Segundo disse a prefeita, toda área central da cidade e vários bairros vão receber nos próximos dias o serviço que vai aumentar a vida útil do asfalto. "Esse modelo de serviço é usado em todo o país e sua aplicação rápida possibilita a liberação do tráfego quase que de imediato", (foto ilustrativa ao lado).
O uso da lama asfáltica, se dá devido às imposições do tráfego e à ação dos agentes atmosféricos (ar, sol, água). A liga, neste caso, sofre processo de envelhecimento, tornando-se rígido e quebradiço. Ao longo do tempo, ocorre a perda do material pétreo no revestimento e a formação de trincas com a consequente deterioração do pavimento.
De outra parte, o micro revestimento asfáltico a frio combina tecnologia dos asfaltos modificados com copolímeros de última geração de onde advém a fácil aplicação, a rápida cura das emulsões de ruptura controlada, resultando na liberação ao tráfego logo em seguida.
Concluída a fase de lama asfáltica, a prefeitura dará ordem de serviço para os trabalhos de sinalização horizontal. Ao término desses serviços a prefeita acredita que a cidade “ganhará um aspecto renovado, além da economia diante de um trabalho que não será descartado a curto prazo”.
Contudo, a preocupação da atual gestão não se resume somente à área urbana. O interior do município também recebe melhorias e citou a adequação de estradas vicinais como o cascalhamento de cerca de 63 km na região do Rio São Francisco ao Pouso Alto onde foram investidos R$ 990 mil e entregues à população em maio desse ano.
A gestora disse à reportagem que vários convênios com a prefeitura estão em andamento e citou um no Ministério da Agricultura no valor de R$ 300 mil destinados à recuperação de 16 km de estradas na região

Uma das ruas do centro comercial de Torixoréu que deve receber lama asfáltica nos próximos dias. Abaixo, foto ilustrativa e, ao lado, a prefeita Inês Coelho com trator e uma van para saúde pública




Recuperação de 63 quilômetros de estradas vicinais na região do São Francisco

do Gueiroba, além de 50 kits de irrigação por gotejamento que serão entregues aos pequenos produtores. O município, segundo dados da prefeitura, possui cerca de 400 famílias em dois assentamentos do Incra, Furnas 1 e 2.
Torixoréu, conforme disse a prefeita pleiteia outros convênios junto ao ministro da Agricultura Blairo Maggi e o Governo do Estado, para aquisição de um caminhão pipa, uma retroescavadeira hidráulica e uma plantadeira de milho, direcionados à expansão da agricultura familiar.
Dentro das aquisições para atender o setor produtivo, ainda deve chegar a Torixoréu, uma picape de porte médio, computadores e um Sistema de Posicionamento Global (GPS) para atender a Secretaria Municipal de Agricultura.
“Estamos focados em ampliar o atendimentos à zona rural. Por isso, buscamos benefícios junto aos nossos parceiros como é o deputado Adilton Sachetti que destinou emenda para aquisição de um trator equipado com grade de arar”, diz Inês.
Um Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), no valor de R$ 281 mil será construído com a emenda do senador Wellington Fagundes, já empenhada no Ministério do Desenvolvimento Social (MSD).
Sobre o clima político no município a prefeita lembrou o início de sua gestão que foi conturbada entre Executivo e Legislativo. Ela diz que esse assunto “é ultrapassado porque nós chegamos a um entendimento de que quem estava perdendo era o povo de Torixoréu. Hoje vivemos um novo tempo depois de sanados aqueles problemas. A cidade começou a 'andar' novamente. Temos quase todas certidões, só restando as do FunA prefeitura anuncia que serão cerca de 100 mil metros quadrados de micro revestimento asfáltico a frio (lama asfáltica), a do de Previdência, mas partir de mês de vamos resolver. Isso julho.

tem possibilitado a chegada de recursos e benefícios como um veículo para tratamento fora do domicílio (TFD) com capacidade para 17 pessoas, com elevador, equipamentos permanentes por intermédio do deputado Ságuas Moraes”.
FILHOS AUSENTES
A Feira Agropecuária, ou se preferir, a Festa do Peão de Torixoréu, tornou-se um marco econômico e cultural do município nos últimos 27 anos. Nesta sua última edição, a de maio passado, reuniu nos três dias de rodeio mais de 20 mil pessoas, atraídas pela ressonância da festa em si, da boa culinária, dos shows musicais ao estilo rural que são próprios desse modo tão próprio e generalizado por todas as regiões do país.
A greve dos caminhoneiros, que de início parecia um obstáculo, foi contornado facilmente. “Foi um susto”, admitiu a prefeita Inês logo depois do evento animado por três shows nacionais no Recinto Filogênio Rocha. A festa foi aberta, na sexta-feira, 31 de maio, com a dupla Jads e Jadson. Na primeira noite do mês de junho, foi a vez de a cantora Paula Fernandes embalar o público. No sábado, 2, prevaleceu o sertanejo raiz com a dupla Breno Reis e Marco Viola, além do rodeio em todas as noites para fazer justiça ao município que é referência em produção agropecuária na região.
Além do trabalho, o torixorino, seja ele da cidade ou do campo, gosta da boa diversão. No início de setembro que se aproxima, está prevista a realização da 26ª Festa dos Filhos Ausentes de Torixoréu onde os nativos que residem em outras cidades acorrem à terra natal para confraternização com seus conterrâneos, matar a saudade e fazer sua própria festa. Tanto a Feira Agropecuária, quanto os ‘Filhos Ausentes’ fazem parte do calendário cultural do município.

Maior produtor de leite do Araguaia
O município de Vila Rica trabalha para equipar a agropecuária e se consolidar como o maior do setor na região
Éde se esperar que os esforços da administração de Vila Rica, no extremo nordeste de Mato Grosso, girem em torno da principal fonte de renda do município. A agropecuária, sobretudo a produção leiteira, tem tomado a atenção do governo municipal em virtude da alta capacidade de crescimento e dos bons resultados que apresenta atualmente. No Estado, a escala de produção de leite da região da tríplice fronteira, é uma das maiores. No país, estar entre os mil municípios do ranking dos que mais produzem leite não parece ser um número negativo. Com rebanho farto que beira as 700.000 de cabeças, a prefeitura pretende incentivar e investir no melhoramento genético para o crescimento da bacia leiteira. À frente em disparada dos vizinhos do Araguaia, Vila Rica é o 20º colocado, segundo o IBGE, em quantidade de leite produzido do Estado. Os 100.000 litros por dia gerados pelos produtores da cidade fronteiriça com o Pará e Tocantins, só encontram equivalente em Nova Xavantina, que ocupa o 21º lugar no ranking. Tamanho volume torna aquele município um dos principais influenciadores na economia local, que tem despertado a atenção de outras administrações do Vale do Araguaia.
“Precisamos melhorar o nosso rebanho
Prefeito de Vila Rica, Abimael Borges, incentiva bacia leiteira do município
e estamos trabalhando com inseminação artificial para isso. Dentro da mesma quantidade de cabeças de gado, nós podemos dobrar só com melhoramento genético”, destaca o prefeito Abmael Borges da Silveira (PR). Ele disse à reportagem de

Gente que pretende As 700 mil investir em tecnologia cabeças de gado para o aprimoramento daquele que é o 7º maior rebanho de Mato Grosso. A nível nacional, a criação bovina em Vila Rica chega a ser de leite e corte, divide espaço com a produção de grãos, que só em soja, tem rendido uma safra de 80 sacas por hectare. a 18ª mais farta do país. Mas, segundo Abmael, a produtividade média por animal do município ainda é baixa. De Acordo com os dados da Embrapa Gado de Leite, uma vaca pode produzir em média, de 14 a 20 litros por dia, dependendo da raça. A maioria do gado de Vila Rica consegue produzir de 6 a 8 litros diários.
“A gente tem que ter um rebanho na região que dê no mínimo de 10 a 12 litros/ vaca/dia. Também não precisa ser um gado de alto padrão, que é até mais difícil de zelar”, explica. Ele afirmou que o melhoramento das pastagens já está em andamento. O prefeito não deu grandes detalhes sobre a aplicação dessa política, previstas para 2018, mas adiantou que vai desenvolver parceria com os três laticínios do município para subsidiar a inseminação artificial. A ideia é que o valor do procedimento veterinário saia mais barato ao produtor.
O leite não é o único produto oriundo do setor responsável por quase 100% da economia municipal. Também está entre as pretensões do governo o incentivo à produção agrícola, que já ocupa a atenção da administração e que ainda oferece possibilidade para crescer. A disposição de terra agricultável é farta, mas a exploração ainda gira em torno dos 12% de toda essa área. Dos 480 mil hectares desmatados, segundo os cálculos da prefeitura, o município explora apenas 40 mil.
As 700 mil cabeças de gado de leite e corte, divide espaço com a produção de grãos, que só em soja, tem rendido uma safra de 80 sacas por hectare. “Temos terra fértil, um clima favorável para duas safras e podemos vender pelo valor mais caro, comparado a outros produtores de Mato Grosso”, relata Abmael. Segundo ele, a localização do município favorece a saído desses produtos. “Temos fácil acesso ao Porto de Itaqui [no Maranhão], ao Porto do Pará, ao Porto Seco de Colinas [no Tocantins]. É uma loucura de caminhão. Passam mil 1.500 veículos de carga por dia, por aqui”, diz sem esconder sua satisfação.
O suporte a essa produção é dado a partir de investimento em armazenagem e logística. Além dos cinco armazéns e secadores em construção no município, a prefeitura trabalha na manutenção das estradas para o escoamento da produção. “Não paramos no período chuvoso. Dava um solzinho e nós íamos recuperar estradas. Hoje estamos com o nosso maquinário todo na estrada”, diz Abmael. Ele calcula ter recuperado aproximadamente 300 de estradas do interior neste ano. Para isso, a administração tem mantida a frota de maquinário em perfeitas condições de uso. São cinco patrolas funcionando, diferente da realidade do início do mandato, quando funcionava apenas um, das quatro máquinas da prefeitura. A última, adquirida recentemente, exigiu um investimento de R$ 780 mil de recurso próprio do município.
Nesse sentido, a recuperação de pontes e bueiros também é uma prioridade. Na gestão de Abmael, o governo do Estado mandou oito tubos da marca Armco para drenagem hídrica. A tecnologia desse tipo de sistema de tubulação substitui pontes e bueiros e foi instalada na MT-431, de onde vem o maior fluxo de produção.
A mesma rodovia recebeu duas das cinco pontes acima de 15 metros de cumprimento construídas pelo município. Essas estruturas seriam de responsabilidade do Estado, mas o município assumiu a empreitada, com ajuda de mão de obra do Governo de Mato Grosso.
DO GRANDE AO PEQUENO
Os produtores da Agricultura Familiar não ficam de fora dos esforços da prefeitura para o desenvolvimento do município. O setor da pequena produção agropecuária também tem recebido subsídios para se fortalecer e gerar renda e emprego.
A reativação da Feira da Lua foi o marco da administração, quanto à valorização do pequeno produtor, avalia Abmael. A praça que serve como local para a feira foi revitalizada pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente especificamente para receber os produtores.
A influência de Abmael em Cuiabá serviu para que o governo do Estado destinasse uma patrulha agrícola e 50 barracas de comercialização, que estão ajudando na organização da feira. A prefeitura recebeu os benefícios no final de março deste ano e espera do Ministério da Agricultura mais duas patrulhas mecanizadas. O maquinário, com grades, tratores e carretas, ajuda no preparo da terra de cultivo.
O município também investiu recursos próprios na pequena produção. Além da revitalização da praça que comporta a feira, duas retroescavadeiras estão sendo licitadas pela prefeitura. O objetivo é que as máquinas atendam a demanda por abertura de poços e tanques de criação de peixes. A administração também subsidiou, no ano passado, parte do valor de mais de 500 toneladas de calcário, que saíram a preço de custo aos pequenos produtores.
Nos últimos 18 meses, os investimentos não se limitaram ao meio rural e ao setor do agronegócio. A administração também tem empenhado valores para que carências em infraestrutura e serviços do meio urbano de Vila Rica sejam dissipadas. A recuperação do bairro Cidade Jardim e o projeto de implantação de rede de esgoto, por exemplo, giram em torno dos milhões.
Através de convênio com o Estado, o governo conseguiu recuperar uma das regiões mais deficitárias em infraestruturas do município. Mais antigo de Vila Rica, o bairro Cidade Jardim apresentava problemas de escoamento de água e terreno erodido. “Tinha uma cratera, uma erosão que cabia dois carros dentro. Hoje a população está vivendo ali tranquilamente”, relata o prefeito Abmael. A obra no valor de R$ 2,8 milhões consiste em drenagem e pavimentação do local.
Também está em andamento a implantação da rede de esgoto, que cobrirá pelo menos 15% da população de Vila Rica. Para o prefeito, a expectativa é grande, uma vez que todo o município depende de fossas para dispensar os dejetos. O projeto de R$ 5 milhões atenderá os bairros Setor Norte e o recém-recuperado Cidade Jardim. “A obra anda lentamente. Esperávamos que fosse mais rápido, mas estamos cobrando da empreiteira.”
Desde o início da gestão, a prefeitura também investiu na cobertura das vias asfaltadas do município, que já tiveram mais de 150 mil metros quadrados recuperados. Alguns trechos não pavimentados também receberam asfalto. O município planeja coberturas novas de pavimentação e deve contar com o recurso de emendas parlamentares já empenhadas para tais obras.
A iluminação da travessia urbana da BR-158 é outra das obras esperadas, já com projeto em andamento. A administração espera avaliação do Dnit para cobrir o trecho de lâmpadas Led. Ainda nesta gestão, a pretensão da prefeitura é que a avenida principal do município também seja contemplada com essa tecnologia.
A frota de veículos oficiais foi outro objeto de investimento massivo dos governos estadual e municipal. Só no início da gestão, o prefeito adquiriu 200 pneus para os 33 ônibus escolares. Cerca de R$ 500 mil da prefeitura foram gastos na aquisição de dois caminhões, além de quase R$ 350 mil para o custeio da compra de três caminhonetes para diferentes serviços. No início deste ano, quase R$ 1 milhão de recurso próprio do município já foi investido em uma patrola, uma ambulância e outra caminhonete.


No 19º ano consecutivo do prêmio Mérito Lojista, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Barra do Garças, Aragarças e Pontal do Araguaia prestigiou centenas de empresários, profissionais liberais e prestadores de serviços da região. Cerca de 700 pessoas participaram da cerimônia do considerado “Oscar do Empresário”, que ocorreu em 5 de maio, no Tatersal de Elite, em Barra do Garças. Nesta edição da Revista Gente Centro-Oeste, destacamos alguns dos premiados.





FOCO
MÉRITO Com empreendedorismo e coragem o casal Leandro de Carlos Cardoso e Polliana Di Queiroz Cardoso acredita e investe no município de Pontal do Araguaia, onde ele é presidente do Legislativo. Sua marca registrada é super conhecida na cidade e região. Trata-se da Auto Escola Futura, na Avenida Universitária, região central da cidade. O crescimento da empresa deu ao casal, por sete anos consecutivos, incluindo 2018, o Prêmio Mérito Lojista, conferido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Barra do Garças, Aragarças (GO) e Pontal do Araguaia.










Qual o Brasil que se quer para o presente?
Acopa do mundo de futebol, pelas disputas envolvendo o nacionalismo de cada seleção, emociona o mundo inteiro. No Brasil, considerada a nação que reverencia as gingas futebolísticas, uma paixão nacional, há momentos de atenção nas quatro linhas. Porém, ao retomar o olhar para o dia a dia, evidencia-se uma disputa ainda mais acirrada: as eleições presidenciais. Tempos de decidir sobre o país que queremos, com partidarismos que deverão deixar os nervos à flor da pele, havendo responsabilidade com a nação verde e amarelo. Isso não somente para os eleitores, mas também para as instituições nacionais, sobretudo o mercado, o judiciário, a educação, comunicação das mídias, a coisa pública, enfim, o Estado do bem-estar social.
Em jogo uma diversidade de interesses, que passa por modelos políticos e econômicos, com seus respectivos agentes sociais. Hoje, no mundo, há um confronto fortíssimo que relaciona o poder do mercado de definir singular paradigma político, o qual exige a redução do tamanho da governabilidade do Estado, com mudanças em Leis Trabalhistas, previdência social, tecnologia e produção de mercadorias. Em essência, trabalhadores, seja da iniciativa privada ou pública, deverão sentir mudanças profundas, com salários reduzidos para mais produtividade e competitividade. A meritocracia se propõe a base para o desenvolvimento econômico e melhoria da qualidade de vida da coletividade. O melhor dos mundos para tempos de crises não somente no Brasil.
Por outro lado, surgem os defensores do regionalismo, considerando que cada nação possui diferenças no seu modo de vida. O modelo europeu e estadunidense, que se mostra predominante, não serviria para os brasileiros, cuja condição de vida sempre se revelou precária, com um mercado somente exportador, para uma riqueza que não chega à casa de todos, mas prioritariamente atendem poucas famílias, que no final, está ao alcance substancialmente de 1% dos brasileiros, que mantém seu patrimônio por herança. Em outras palavras, são grupos que passam o acumulado financeiro e patrimonialista para os sucessores, de modo que os mais pobres, mantenham-se na mesma condição, convivendo com as eternas dificuldades econômicas, sem qualquer proteção, inclusive do Estado, com governos que historicamente atendem estas castas mais ricas.
Como se observa, as duas linhas de pensamento estão implícita e explicitamente nas campanhas eleitorais deste ano, sobretudo, na escolha presidencial. As pesquisas demonstram com clareza que há uma divisão social, neste sentido. Os mais pobres, em sua maioria, parecem acreditar na segunda avaliação. A classe média se mostra na dúvida, acreditando no lema “ordem e progresso”, de forma a manter-se com segurança nas ruas, que, diante da crise econômica, evidencia- -se a realidade de aumento da violência urbana.
Os grupos do alto da pirâmide social, no que seria de esperar, apostam no conservadorismo da política nacional, com viés liberal para economia exportadora, o que forçosamente eleva o Brasil, a determinante divisão de renda, entre muitos assalariados e poucos milionários.
Como resultado desta disputa se observa que candidatos que se dizem de centro-direita, neste momento, personificado nos partidos conservadores não conseguem emplacar seus candidatos “no braço da massa”, sem atingir qualquer expectativa de chegar com condições de vitória no dia das eleições. Pior do que isso, convivem com disputas internas, sem apontar solução quanto a escolha do nome aglutinador de votos e, ao mesmo tempo, ideal. Alguns partidos deste espectro político já buscam estratégias de aproximar de candidatos com viés aparentemente popular, como estratégia de poder. Os formadores de opinião que defendem a exclusividade do mercado não têm o que comemorar neste momento no país da bola e do carnaval, no que diz respeito às perspectivas de fazer valer os seus fundamentos neoliberais.
Na outra linha estão partidos de esquerda, sofrendo com denúncia de corrupção, que os colocam na mesma condição históricas dos partidos conservadores e de direita. Portanto, criticados pela população, que sinaliza um cenário de dúvidas quanto à escolha de seus representantes políticos. Para complicar, o candidato que segue na liderança das pesquisas de intenção de votos continua preso, e, para muitos, se depender da ordem vigente do judiciário, não reunirá condições legais para estar em campanha, ou mesmo colocar-se para a escolha do eleitor. No entanto, o brasileiro que negar o voto a um candidato, não poderá se esquecer que abrirá mão do direito de sua escolha para aquele que definir um nome político. Neste sentido, torna-se fundamental ressaltar que o presidente eleito será o governante de todos em um período de quatro anos. Claro, acaso não houver mais golpes de Estado ao longo deste tempo, o que poderia fazer emergir crise sem proporções no Brasil, com agravamento da igualdade social, resultando em mais concentração de renda e fragilidade da democracia.
Por fim, em jogo a escolha do modelo social que caiba no Brasil, ao alcance da consciência dos brasileiros. Por certo, o ideal está na decisão pertinente aos interesses da coletividade, na defesa de seus interesses de qualidade de vida, dependente da ordem do Estado do bem-estar social. Portanto, necessário uma decisão responsável e coerente com a realidade de milhares dos brasileiros, muitos dos quais na marginalidade de um sistema que se mostra excludente, no país do futebol e latino-americano.

ANTONIO SEBASTIÃO DA SILVA
é doutor pela Universidade de Brasília (UnB), mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no curso de Jornalismo.

