Revista Ecológico - Edição 112

Page 18

BLOG DO HIRAM

A Ecológico foi até o local e contabilizou os números dessa agonia verde, paga com dinheiro público: uma, duas, três... 36 delas, que continuam vivas, exuberantes! Talvez alguns caminhões-pipa ou a raridade de algumas chuvas temporãs caídas, antes da primavera, as tenham salvado. Uma, duas... 24 outras continuam semivivas, pálidas e descompostas, pedindo socorro. Quanto a uma, duas... 34 delas não há mais o que fazer. Só lhe resta mesmo o consolo da extrema-unção. Já estão todas mortas. Sem mais qualquer vestígio de verde, só cor cinza do tronco às folhas, elas lembram mortos-vivos, adereços esguios de vidas secas ou passistas de algum mórbido e nada ecológico carnaval. PROMESSA VERDE Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura da PBH, essas palmeiras foram plantadas em 2013, durante a etapa de paisagismo na construção do Boulevard Arrudas. As substituições das 58 mortas e semi-mortas acontecerão agora, no período chuvoso. Se houver novos períodos de seca, chamados de “veranico”, elas serão irrigadas duas vezes por dia, por caminhões-pipa. Quanto ao acontecido, a Secretaria explicou que, devido a restrições financeiras, em 2016, último ano da gestão anterior, não havia contrato de manutenção ativa dos canteiros centrais e áreas verdes da capital. E somente com uma nova contratação, conseguida pela gestão Alexandre Kalil, o verde do Boulevard Arrudas voltou a ser irrigado. Mas, “entretanto, por causa das condições de abandono em que seu paisagismo se encontrava, com quase dois terços das árvores mortas ou danificadas, não foi possível recuperá-las. Mas repô-las, novamente”, a um mesmo preço caríssimo. O que acontecerá agora, promete a PBH, em meio às chuvas esperadas de outubro. A um novo custo público, o que alguns caminhões-pipa não terceirizados, da própria prefeitura, mais um olhar amoroso para as palmeiras, poderiam ter evitado. É o tal do “amor à natureza” que o ambientalista Hugo Werneck pregava, e ainda não encontra espaço nas nossas políticas e obras públicas, assim como no exemplo da nova e árida Praça da Liberdade. Triste demais! 18  ECOLÓGICO | SET/OUT DE 2018

www.blogdohiram.com.br

BIBLIOTECA COMUNITÁRIA O Instituto Ecofuturo, junto com a Suzano Papel e Celulose, avançou em mais uma etapa na implantação de uma Biblioteca Comunitária em Malacacheta (MG), com apoio da prefeitura municipal. Trata-se de uma mobilização comunitária, realizada na Escola Municipal Eva Ribeiro Mendes, que receberá o projeto, e reuniu 200 pessoas. Na ocasião, foi apresentado o "Programa de Educação Ambiental", que envolverá professores e alunos da rede pública de ensino. Ambas as iniciativas integram o "Nascentes do Mucuri", projeto idealizado pela Suzano e desenvolvido por vários parceiros, que promove a restauração das nascentes do rio e o desenvolvimento local. Com inauguração prevista para 2019, a biblioteca receberá 1.000 livros novos, dois computadores, impressora, software para gestão da biblioteca, equipamento de TV e Blu-Ray, além do mobiliário necessário para compor o espaço. FOTO: SÉRGIO ZACCHI

1

KINROSS PREMIADA Há mais de duas décadas, a Kinross Brasil Mineração desenvolve pesquisa aplicada em drenagem ácida, adotando medidas sustentáveis que garantem a qualidade da água usada na operação. Em reconhecimento ao trabalho realizado na mina do Morro do Ouro, em Paracatu (MG), a empresa recebeu o Prêmio “Global Practice Award”. A honraria ocorreu na cidade de Pretória, na África do Sul, sendo recebida pelo seu diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Kinross, Alessandro Nepomuceno (foto). 


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.