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JOSÉ PAULINO DA SILVA FILHO
Um belorizontino que dedicou quase toda a vida profissional ao Triângulo Mineiro. Dr. José Paulino tem 71 anos e está radicado em Uberaba há muitos anos. Ele é casado, tem três filhos e o primeiro neto está a caminho.
Ainda jovem, estudando no Colégio Estadual Central, na Capital, foi aprovado em concurso para vistoriador de veículos. Em 1976, resolveu fazer vestibular para Direito já morando em Uberlândia, mas pensou em abandonar o curso no terceiro ano. “Fui conversar com o reitor da universidade, que era um amigo da família, e ele me convenceu a terminar a graduação. Quando jovem, não tinha muita convicção nas minhas escolhas, porém, com o passar dos anos, a vida foi me conduzindo para ser Delegado de Polícia.”
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Foi o que realmente aconteceu, pouco tempo depois com o primeiro concurso e aprovação para Delegado de Polícia. Trabalhou em Araxá, Uberlândia, Bom Despacho, Monte Carmelo, Uberaba, Araguari, Vespasiano, Patrocínio, Corregedoria de Polícia e Detran-MG. José Paulino trabalhou dois anos como Coordenador Nacional do Jari, vinculado ao Ministério dos Transportes, em Brasília e também foi secretário municipal de Segurança Pública de Uberaba. A partir da aposentadoria em 2010, passou a cuidar melhor da saúde e também a ler mais. Ao longo da vida, ele lia uma média de quase 80 livros por ano. Recentemente, em razão de uma isquemia e perda relativa de memória houve uma redução das atividades intelectuais. Dr. José Paulino pesquisou e escreveu a tese de doutorado intitulada “Habeas Corpus nas constituições latino-americanas”. Ele também é o autor da obra “Inquérito Policial”, por meio da qual, segundo ele, prestou uma homenagem e agradecimento aos anos dedicados à polícia e uma defesa do Inquérito, “que vem sofrendo ataques de tempos em tempos”. José Paulino também se dedicou por 15 anos à docência. “Em algumas das cidades em que trabalhei, não havia professores de ensino médio. Com isso, acabei tendo a oportunidade de dar aulas de português, história e outras disciplinas colaborando na formação de jovens e adolescentes. ” Para ser um bom policial é imprescindível ter ética, moral e reconhecer que todo ser humano é falível. “O tempo muda os homens e, por isso, espero que a instituição Polícia Civil também mude para melhor com o tempo. Na minha época, o conceito de trabalho em equipe implicava em estar junto fisicamente, mas hoje, com a tecnologia, uma equipe pode estar junta a milhares de quilômetros uns dos outros, inclusive na própria casa. Essa é a maravilha da tecnologia dos tempos atuais. Entretanto, em qualquer época, sempre vai prevalecer o companheirismo, o bom senso e a noção do interesse público.” Depois de aposentado, passou a buscar novos conhecimentos. Tem se dedicado ao estudo da filosofia, teoria política, moral e assuntos transcendentais dentre outros. É apreciador de música clássica e peças de teatro, mas as maiores oportunidades são em Belo Horizonte, onde moram todos os familiares. “Na minha vida tenho muitos arrependimentos, contudo posso afirmar que os erros que cometi foram por inexperiência, por uma leitura incorreta dos cenários, mas nunca por má-fé. É por isso que acredito que a gente melhora com o tempo, ou pelo menos deveria melhorar”, avalia José Paulino.
Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais