Edição 43 - Revista de Agronegócios - Fevereiro/2010

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EDITORIAL

O café que o brasileiro consome 4 FEV/2010

A edição de fevereiro vem recheada de novidades. Primeiramente, por trazermos mais uma vez assuntos que contribuem diretamente para facilitar a vida do produtor rural. Além dos tradicionais focos na cafeicultura, na pecuária de leite e na silvicultura, iniciamos nesta edição a publicação de artigos que orientam sobre novas formas de comercializar as produções agropecuárias. Com a contribuição inicial do consultor Romero Otávio Inez, publicamos orientações sobre o Mercado de Futuros, mostrando noções sobre o “depois da porteira”. Ressaltamos, ainda nossa maior conquista: o lançamento do site Revista Attalea Agronegócios www. revistadeagronegocios. (www. com.br com.br). O novo portal sobre agronegócio vem reconhecer o trabalho desenvolvido nestes quase 5 anos de publicação mensal da revista e pretende ampliar sua abrangência não apenas na sua área de atuação, que compreende atualmente mais de 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Triângulo e Sudoeste Mineiro. Lá você encontrará as edições on-line da revista e outras informações. Informamos, também, que a Revista Attalea Agronegócios estará presente, com estande próprio,

na 17ª AGRISHOW, a maior feira de tecnologia das Américas, evento que acontecerá no final de abril, em Ribeirão Preto (SP). No tema principal desta edição impressa, apresentamos informações importantíssimas da ABIC referente ao aumento do consumo de café no Brasil, o que contribui diretamente para safras maiores, sem complicações na comercialização. Por outro lado, analisando artigo do colega Armando Matielli, presidente do SINCAL - Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite, passamos a conhecer um cenário um pouco diferente do apresentado pela entidade representativa da indústria do café no país. Segundo Matielli, a indústria nacional empurra “guela abaixo” um produto de péssima qualidade no consumidor brasileiro. A indústria nacional precisa incentivar o povo brasileiro a beber café de qualidade. Que o brasileiro é um vendedor amador no mercado mundial de café. E que os preços do café para o produtor não aumenta por culpa do própria qualidade do nosso produto, vendida sem diferenciações, mesmo no país com a maior gama de tipos e qualidade de café do mundo. Boa leitura a todos!

E-MAILS HÉLIO CASALE Engenheiro Agrônomo e cafeicultor em Inconfidentes (MG). São Paulo (SP) “Gostaria que me colocassem na lista dos recebedores da revista”. ARMANDO MATIELLI Cafeicultor e presidente da SINCAL. Santo Antônio da Alegria (SP) “Gostaria de receber a revista”. JOAQUIM GOULART DE ANDRADE Gerente Desenvolvimento Técnico da COOXUPÉ. Guaxupé (MG) “Gostaria de parabenizá-los pela excelência da revista e também pela qualidade das matérias. Gostaria de pertencer ao grupo de assinantes”. JOSÉ MARCIO MARTINS Pecuarista e Cafeicultor Monte Santo de Minas (MG) “Gostaria de receber a revista”. EDSON CARLOS RAIMUNDO Consultor em Agronegócio Londrina (PR) “Gostaria de parabenizá-los pela excelente revista. Li a revista e fiquei surpreso com a qualidade e conteúdo apresentado. Gostaria de receber a revista”. MARCELO AMARAL LOLATO Agricultor. Ituverava (SP) “Sou agricultor e gostaria muito de receber exemplares da Revista de Agronegócios, do qual achei muito interessante”.

FALECIMENTO É com pesar que a Revista Attalea Agronegócios comunica o falecimento de dois colegas engenheiros agrônomos ocorridos em fevereiro. Ricardo Moreira (“Ricardo Maceió”), diretor do Viveiro Maceió, faleceu vítima de um AVC. Já Djalma Celso Blésio, extensionista da CATI em Ribeirão Corrente (SP) em decorrência de complicações pulmonares.

CONTATO

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CARTAS R. Profª Amália Pimentel, 2394, São José CEP: 14.403-440 - Franca (SP)

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FACULDADES

FOTO: Editora Attalea

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Congresso de Fitopatologia é sucesso na FAFRAM os dias 2 e 4 O presidente da Associação E ntre de fevereiro, a Paulista de Fitopatologia, Edson FAFRAM - Faculdade Dr. Francisco Maeda sediou o 33º Congresso Paulista de Fitopatologia, evento que reuniu profissionais, estudantes e professores de diversas regiões do país, para discutir as novidades no campo da fitopatologia (estudo das doenças em plantas. O Congresso Paulista de Fitopatologia é um evento realizado anualmente pelo Grupo Paulista de Fitopatologia. Têm-se constituído em um importante foro de debates, discussão e apresentação de novas informações e técnicas, as quais têm sido relevante para a área, no Brasil. Este evento tem importância nacional, haja vista a participação de cientistas de praticamente todos os estados da Federação, bem como a participação de pesquisadores de diferentes países, especialmente os da América do Sul. Nos últimos anos, o evento tem contado com a participação de um público superior a 450 pessoas ligadas a Instituição de Fomento à pesquisa, órgãos governamentais, produtores, técnicos, estudantes de graduação, pós-graduação e de extensão.

Furtado elogiou a estrutura da Fafram. “A instituição possui um belo campus, com muito espaço e uma excelente infraestrutura, além de ter muitos profissionais qualificados, que se empenharam para realizar com êxito esse magnífico e importante ConA gresso”, parabenizou.

Muitos trabalhos vêm sendo desenvolvidos com o objetivo de desenvolver novas tecnologias de controle de doenças das plantas, abrangendo todos os seus aspectos, desde a diagnose, sintomatologia, etiologia, epidemiologia, até o seu controle. Também, trabalhos envolvendo identificação, caracterização e quantificação de patógenos causadores de doenças pós-colheita em frutos, são escassos e não sistemáticos. O diretor da Fafram, Márcio Pereira, enalteceu a importância do evento. “O congresso recebeu um grande número de visitantes, das mais diversas regiões do país, que compareceram no maior evento de Fitopatologia do Brasil. Sinto-me honrado em ver nossa instituição comprovando sua importância no setor de Educação do País”, disse.

Escritório Contábil ABERTURA DE FIRMAS, ESCRITAS FISCAIS E CONTABILIDADE EM GERAL Rua Campos Salles, 2385 Centro - Franca (SP) Tel. (16) 3722-3400

Rua Maestro Tristão, 711 Higienópolis - Franca (SP) Tel. (16) 3406-3256

Pós-Graduação inicia as aulas Reconhecida como uma das mais conceituadas universidades particulares do Brasil, a FAFRAM oferece ainda cursos de pósgraduação lato-sensu para quem deseja adquirir um diferencial profissional. Com um corpo docente formado por doutores, mestres e especialistas das principais instituições de ensino e pesquisa do país (como IAC, IEA, ESALQ/USP, UNESP e FFCL), a FAFRAM iniciou em fevereiro as aulas de 11 cursos de pós-graduação, a destacar: Agronegócios e Desenvolvimento Sustentável; Agroindústria Canavieira; Educação Ambiental e Responsabilidade Social; Geoprocessamento e Georreferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais; Certificação e Rastreabilidade de Produtos Agropecuários; Agroenergia e Sustentabilidade; Produção Agropecuária e Comercialização; Engenharia e Segurança no Trabalho; Direito Empresarial Agroambiental; Desenvolvimento WEB com aplicações em Banco de Dados; e Redes de Computadores: Implantação e Administração. De acordo com a Drª Maria Amália Brunini, coordenadora da Pós-Graduação da FAFRAM, ainda dá tempo de novas inscrições, visto que as aulas são quinzenas.

INFORMAÇÕES FAFRAM - Pós-Graduação Tel. (16) 3729-9071 www.feituverava.com.br/ fafram/posgraduacao


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FRUTICULTURA

FOTO: Editora Attalea

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Plantio de mudas de citros: atenção com o fósforo esta época do ano nica, trata-se de um ferN muitos citricutores tilizante diferenciado, estão replantando seus pomares ou mesmo renovando talhões aproveitando o período das chuvas. Algumas recomendações básicas são importantes para o desenvolvimento pleno e saudável das mudas citricas. O período que vai de setembro a março é marcado pelas chuvas e condições propícias para o bom desenvolvimento das mudas cítricas, pois evita operações com maquinário e mão-de-obra para a irrigação das mesmas. No entanto, muitos ainda preferem o plantio no inverno ou logo após o período das baixas temperaturas, quando a evapotranspiração é menor. A vantagem neste caso é também a menor necessidade de irrigação das mudas bem como o desenvolvimento mais uniforme da vegetação inicial. Depois de definido o espaçamento e realizado o alinhamento para plantio, é importante que se faça uma boa fertilização do solo com produtos que proporcionem um ótimo crescimento do sistema radicular. Quanto mais radicelas produzidas pela planta maior a absorção de nutrientes e resistência a períodos de seca. Para uma muda produzida em ambiente protegido utiliza-se substrato a base de casca de pinus ou fibra de côco. Ambos os susbtratos têm como características a baixa absorção de água e a alta drenagem. Baseando-

se nisso, é necessário manter as mudas sempre úmidas na sua capacidade de campo para mantê-las em condições normais de desenvolvimento. No ato do plantio é necessário irrigar com 15 a 20 litros por cova/muda, e monitorar o substrato no colo da planta quase que diariamente. E quando houver necessidade repor o mínimo de 10 litros na cova, principalmente em solos mais arenosos. A aplicação do calcário contribui para a correção do pH e também para o fornecimento de Cálcio e um pouco do Fósforo, que atuam no crescimento do sistema radicular. Porém, as fontes de fósforos utilizadas como o Super Fosfato Simples, Super Fosfato Triplo, MAP, Fosfato Reativos (Gafsa, Arad) são muito solúveis, e portanto, o elemento é fixado ao solo tornandoo indisponível às plantas. A Embrafós, empresa 100% nacional e sediada em Barretos (SP), inovou ao oferecer um produto diferenciado na adubação fosfatada: o FF Organic. Certificado pelo IBD, podendo ser utilizado na Agricultura Orgâ-

que beneficia diretamente as culturas por oferecer fósforos em diferentes solubilidades, proporcionando absorção a curto, médio e longo prazo. Além disto, libera o fósforo fixado no solo de forma gradual; reduz a necessidade de calagem por não acidificar o solo; melhora a CTC do solo, otimizando os demais nutrientes; e, consequentemente, aumenta o enraizamento das plantas Além do FF Organic, a Embrafós desenvolveu dois novos produtos: o Vulcan e o FF Power Power. O Vulcan contém alto teor de matéria orgânica (45%) e tem como com composição básica substâncias húmicas e fúlvicas. Estas substâncias aumentam o crescimento das plantas diretamente através de efeitos nutricionais e fisiológicos; funcionam como hormônios naturais (auxinas e giberelinas) e são capazes de melhorarem germinação de sementes, enraizamento, absorção de nutrientes e pode servir como fonte de macro e micronutrientes. Fornece ainda cálcio (10%) e enxofre (7%) solúveis. Já o FF Power é um fertilizante fosfatado mas que também é rico em matéria orgânica (20%) e outros nutrientes essenciais, como cálcio, zinco, enxofre, magnésio, manganês e niExtraído e modificado trogênio. (Extraído de Sanicitrus e Embrafós Embrafós) A


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GRÃOS

CATI lança campanha para incentivar a “safrinha” de milho

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FOTO: Divulgação

CATI lançou, em fevereiro, a campanha Milho Safrinha 2010 2010. O objetivo, além da comercialização de sementes certificadas, é levar informações sobre a cultura aos produtores rurais por meio das Casas da Agricultura e, também, de material enviado por mala direta. O milho safrinha é cultivado sob sequeiro, após a colheita da safra de verão, e é uma lavoura de maior risco, quando semeada muito tarde, devido às poucas chuvas ou ocorrência de geadas no outono-inverno. “A campanha visa alertar os agri-

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cultores e lembrá-los dos cuidados simples, e praticamente sem custos, que conduzem a uma cultura de sucesso e minimizam os riscos de perdas”, alertou o diretor do Departamento de Sementes, Mudas

e Matrizes, Eng.º Agr.º Armando Azevedo Portas. Técnicos da CATI, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC/Apta), vêm ajudando a avaliar as variedades AL-25, AL-34 e AL-Bandeirante AL-Bandeirante, que serão vendidas nas Casas da Agricultura. Suas principais características são a rusticidade, a adaptação a diversos tipos de solo e boa tolerância ao ataque de pragas e às adversidades climáticas (veranicos), o que as tornam excelentes para a safrinha. O pesquisador científico Adilson Pereira Duarte, do Programa Milho, da APTA - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, que há anos vem pesquisando sobre a produção do milho na “safrinha” elaborou dez fundamentos básicos para o agricultor obter bons resultados na lavoura e lucro na safrinha. Com base nessas normas e outras informações, foram produzidos cerca de três mil fôlderes para serem enviados aos agricultores do Estado de São Paulo. Duarte explicou que antigamente os agricultores utilizavam pouca tecnologia e a produção apresentava alto risco e baixo retorno econômico. A partir da difusão e adoção desses novos conhecimentos, a cultura se consolidou. “A campanha vai melhorar essa situação, pois as técnicas apresentadas aos produtores têm embasamento científico, o que oferece segurança nas recomendações”, garante o pesquisador. Já Gerson Cazentini, engenheiro agrônomo do Núcleo de Produção de Sementes da CATI em Fernandópolis (SP), afirma que a campanha chegou em uma boa hora. “Os agricultores da região Oeste estão com poucos recursos, pois os preços dos produtos agrícolas estão muito baixos”. Segundo o técnico, as sementes da CATI atraem, não só pelo preço, mas pela produção de grãos e de palha, que ficarão no campo para a próxima cultura. De acordo com o diretor do Departamento de Sementes e Mudas da CATI, Armando Azevedo Portas, os sacos de sementes de milho com 20 quilos vão custar R$ 40,00 e os de cinco, R$10,00. “Esses preços são um convite para o agricultor fazer uma safrinha de qualidade, com pouco gasto, mas com resultados A econômicos reais”, afirmou.


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CAFEICULTURA

Endurene - Nitrogênio de liberação lenta é sucesso nas 1 2 regiões cafeeiras da Alta Mogiana, Sul e Triângulo Mineiro Camila P. Cenciani de Souza

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cafeeiro é uma planta muito O exigente em nitrogênio (N), sendo que esta demanda varia em função do ciclo bienal da cultura. O nitrogênio tem papel fundamental na expansão da área foliar e formação dos botões florais, sendo constituinte dos aminoácidos que formam as proteínas nas plantas. A sua deficiência manifesta-se principalmente na fase de granação. No Estado de São Paulo, a recomendação de adubação varia de 150 a 450 kg de N/ha o que corresponde a 1000 kg ha/ano de uréia, sendo esta a fonte mais utilizada hoje em lavouras cafeeiras e com o menor custo por ponto de nitrogênio. Os principais adubos nitrogenados presentes no mercado apresentam algumas limitações no seu uso como alto poder de acidificação (caso do sulfato de amônio), alta higroscopicidade (caso do nitrato de amônio) e elevadas perdas de N por volatilização (caso da uréia). Outras perdas que tem dificultado e encarecido o manejo nutricional do nitrogênio na cultura são: (i) erosão: perdas do nutriente pelas águas superficiais; (ii) lixiviação: perdas em profundidade com riscos de contaminação do lençol freático, exemplo do íon nitrato (NO 3- ); (iii) imobilização: utilização do N mineral presente no solo no metabolismo dos microrganismos resultando em indisponibilidade temporária do

FOTOS: Divulgação Nutriplant

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1 - Engenheira Agrônoma

nutriente e (iv) desnitrificação: perdas de N na forma gasosa (N2 ou N2O) resultante da atividade de microrganismos em condições de ausência de O2. A Nutriplant, pioneira em nutrição de plantas e com forte trabalho técnico com a cultura do café na região da Alta Mogiana, Sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro através da recomendação de FTE (micronutrientes para solo – como FTE BR 12 12, FTE Borogran e FTE Micronutri Micronutri) e do Original Café (Calda Viçosa com micronutrientes), vem trabalhando há mais de dez anos na região com o Endurene Endurene, nitrogênio de liberação lenta para aplicação via solo. A empresa trabalha na cidade de Franca em parceria com a Casa das Sementes levando ao cafeicultor um programa completo desde a nutrição via solo (FTE e Endurene) e fechando com produtos foliares de alta tecnologia. O Endurene Endurene, além de N contém fósforo, magnésio, boro e zinco e apresenta-se na forma pó. Tem mostrado excelentes resultados nas principais lavouras cafeeiras através da aplicação no substrato na formação da muda, na cova bem misturado com o solo no momento do plantio e ainda em aplicação localizada em lavouras com 1 ano. O sucesso deve-se a liberação gradativamente do N em até oito meses. A fonte de N sofre reação química com um produto diferenciado conferindo proteção ao N e disponibilização deste lentamente

através da decomposição bioquímica, sendo assim as perdas de N por volatilização e lixiviação são mínimas e o aproveitamento de N pela cultura é muito maior quando comparado a fontes tradicionais de N. Outros benefícios observados em plantas tratadas com Endurene são: maior resistência a estresse hídrico com melhor aproveitamento de água, substituição das várias adubações de cobertura por uma única aplicação de Endurene e nutrição por até oito meses reduzindo custos operacionais com mão-de-obra e equipamentos, além da economia de tempo. Trabalhos de Endurene em eucalipto e citrus também mostram A ótimos resultados.


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Mecanização e formalização para ampliar renda da Agricultura, Pe- sobre o tema com os sindicatos dos de máquinas numa escala surpreenO Ministério cuária e Abastecimento já es- trabalhadores e dos produtores rurais. dente, temos que saber a capacidade A disponibilidade de mão-deobra na região do Sul de Minas vem se tornando cada vez mais insuficiente para atender a vasta demanda do setor agropecuário em especial para a cafeicultura, sobretudo no período de colheita, que culmina com o período de colheita de cana-de-açúcar, de forma que esta realidade vem determinando a mudança no processo produtivo do café, dentro do contexto da agricultura regional, soltando as amarras do manejo tradicionais dependente de grande contingente de trabalhadores e ingressando nas operações semi mecanizadas ou mecanizadas que está sendo trabalhado pela Cooparaíso. Carlos Melles disse estar ciente de alguns entraves, como por exemplo, a disponibilidade das fábricas para a entrega da quantidade de máquinas necessárias para atender todas as regiões cafeeiras. “Vamos ter que fazer uma parceria com as produtoras

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fabril”, analisa Melles.

Empreendedor Individual – Além do programa de mecanização, a proposta da COOPARAÍSO ainda prevê a possibilidade de fazer com que o trabalhador rural possa ver sua profissão formalizada. “Estamos vendo essa possibilidade, o trabalhador pode ser um Empreendedor Individual. Ele poderá até financiar sua própria máquina através do crédito rural, vai haver uma combinação de governo federal, estadual, de cooperativas, de sindicatos e sistema financeiro”, diz o presidente da cooperativa, que se entusiasma ainda com a possibilidade do trabalhador rural ganhar todos os benefícios da formalização como Empreendedor Individual, como por exemplo, cobertura previdenciária, direito à aposentadoria, licença A maternidade, entre outras.

Attalea

tuda a proposta apresentada pelo presidente da COOPARAÍSO, deputado federal Carlos Melles, que propõe qualificar a mão-de-obra do trabalhador rural, que atua na colheita de café através da mecanização. “A cafeicultura busca qualidade e redução de custo através da colheita, por isso nós estamos propondo este projeto que visa a eficiência da colheita por meio da mecanização, valorizando o homem com aquele trabalho braçal, que ele pode fazer através de derriçadores manuais motorizados e não mais através das suas mãos, com isso o trabalhador vai poder fazer o seu rendimento multiplicar por três ou quatro vezes, e consequentemente os seus ganhos também crescerão”, comenta Melles, que preside a Frente Parlamentar do Café no Congresso Nacional e adiantou que nos próximos dias irá procurar ampliar a discussão

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e modernidade fazem T radição do Viveiro Monte Alegre hoje

Monte Alegre Soluções Agrícolas um dos maiores e melhores no segmento de formação de mudas de café da região da Alta Mogiana. Com uma crescente demanda, fruto de bons resultados, o Viveiro expande a cada ano sua capacidade de produção de mudas de café em tubetes, sistema esse que de forma gradativa à 5 anos tem sido pesquisado, aprimorado e implantado na Monte Alegre Alegre. Os tubetes vem substituindo o sistema convencional (saquinhos), por motivos pertinentes quanto ao tratamento (desinfecção) do substrato (terra + esterco) que se torna cada ano mais difícil, principalmente com a proibição de produtos fumigantes como brometo de metila para fins agrícolas desde 2005 (vide Protocolo de Montreal), tratamento esse imprescindível quanto ao controle de nematóides fitoparasitos encontrados freqüentemente nos solos da região. São inúmeras as vantagens das mudas em tubetes, a começar da sani-

Plantio mecanizado café em tubetes.

de

mudas

de

Mudas na fase de orelha de onça nos tubetes.

FOTOS: Monte Alegre Soluções Agrícolas

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Tecnologia de café em tubetes consolida-se com mais de 1,5 milhões de mudas no campo

dade, por utilizar substrato previamente desinfectado na fábrica, que vem totalmente livre de pragas, doenças e ervas daninhas, sistema de bandejas suspensas sem contato com o solo, formando um torrão consistente e uma raiz pivotante definida , que elimina totalmente o problema de pião torto, muitas vezes ocasionado em plantios de mudas convencionais (saquinhos). O produtor Fernando Sarreta, do Sitio São Francisco, município de Jeriquara (SP), plantou cerca de 100 mil mudas no novo sistema e constata uma facilidade no manuseio e transporte, (22.000 mudas/caminhão toco), estrutura radicular bem desenvolvida, possibilidade de plantio mecanizado com alta eficiência operacional e custo baixo (1.500 mudas h/máquina ou 1.200 mudas homem/dia), não contamina o solo com resíduos plásticos e um baixo índice de replanta, por preservar o sistema radicular no ato do carregamento, transporte e plantio, diz Sarreta.

Vários outros produtores já constataram a eficiência das mudas em tubetes, e tem no sistema a garantia e segurança de que ao planejar os próximos plantios podem contar com mudas certificadas num processo altamente rastreado e qualificado. Em outras regiões do Brasil, as mudas de café em tubetes vem sendo implantadas à mais de 10 anos, e perduram com lavouras altamente produtivas. A Monte Alegre Soluções Agrícolas importou informações e tecnologia de empresas

Alunos da Fafram em Viveiro Monte Alegre.

Avaliação do sistema radicular das mudas de tubetes.

visita

ao

Talhão plantado com mudas em tubetes, com idade de 12 meses.


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FOTOS: Monte Alegre Soluções Agrícolas

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À esquerda, André Cunha e Fernando Sarreta, em talhão de plantio mecanizado de tubetes. Á direita, foto área da propriedade onde está instalada a Monte Alegre Soluções Agrícolas.

especializadas no sistema em tubetes e montou à alguns anos campos experimentais na região, onde atualmente avalia excelentes resultados em vigor e produtividade quando comparado com sistema convencional (saquinhos). O viveiro da Monte Alegre conta com uma ótima estrutura,

sistema de “telas anti-granizo” que protege as mudas de um eventual sinistro garantindo uma entrega segura aos clientes , irrigação por microaspersão automatizada e um monitoramento diário no processo de formação das mudas feito por profissionais qualificados. Utiliza-se de sementes de café certificadas do mais

alto potencial genético, muitas delas monitoradas em ensaios de variedades montados na Monte Alegre à mais de 10 anos com aproximadamente 50 linhagens. Produz também mudas de eucalipto, cedro australiano, mogno africano, guanandi e árvores nativas para reflorestamento. (Fonte: Viveiro Monte Alegre ) A


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ABIC aponta aumento do consumo de café em 2009 16

Almir José S. Filho

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FOTO: Divulgação

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consumo interno brasileiro de café continua crescendo. No período compreendido entre novembro/2008 e outubro/2009 a ABIC registrou o consumo de 18,39 milhões de sacas, isto representando um acréscimo de 4,15% em relação ao período anterior correspondente (Nov/07 a Out/ 08), que havia sido de 17,65 milhões de sacas. Isto significa que o País ampliou seu consumo interno de café em 740 mil sacas nos 12 meses considerados. As empresas associadas da ABIC, que participam com quase 65% do café industrializado produzido, mostraram uma evolução mais significativa, de 6,28% em relação a 2008. O resultado excedeu as expectativas iniciais da ABIC, que eram de um crescimento de 3%, levando em conta a crise econômica mundial iniciada em 2008. A crise, como já se percebeu em muitos outros segmentos produtivos e nas famílias brasileiras, não afetou o consumo de café. O consumo doméstico, predominantemente de cafés do tipo Tradicional, tanto quanto o consumo fora do lar, onde predominam os cafés Superiores e Gourmet, apresentaram taxas de crescimento positivas. Maiores investimentos em produtos e no marketing interno do café impulsionaram as vendas das marcas mais conhecidas. O mercado recebe, mensalmente, novas marcas de cafés especiais, fazendo com que o mercado brasileiro apresente uma oferta muito significativa de cafés de alta qualidade para os consumidores brasileiros. A ABIC estima que este segmento de cafés diferenciados, embora represente a menor parte do consumo continue apresentando taxas de crescimento de 15% ao ano. 1

- Presidente da ABIC

Já o consumo per capita foi de 5,81 kg de café em grão cru ou 4,65 kg de café torrado, quase 78 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 3,0% em relação ao período anterior. Os consumidores estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado consumido nos lares, os cafés expressos, cappuccinos e outras combinações com leite. Este resultado aproxima o consumo per capita brasileiro ao da Alemanha (5,86 kg/hab.ano) e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos (Finlândia, Noruega, Dinamarca) com um volume próximo dos 13 kg/por habitante/ano. Por outro lado, considerando o café já torrado e moído, o consumo per capita de 4,65 kg/hab.ano aproxima-se do consumo histórico de 1965, que foi de 4,72 kg/hab.ano. A melhora da qualidade pode ser apontada como uma das razões que justificam o aumento do consumo interno. A importância disto está no fato de que a ABIC, ao lançar o Programa do Selo de Pureza, em 1989, anunciou que pretendia reverter a queda no consumo de café que havia à época, por meio da oferta de melhor qualidade ao consumidor. Em 2009, o programa Selo de Pureza celebrou 20 anos, como o

primeiro programa setorial de cer-tificação de qualidade em alimentos no Brasil. Em 2004, a ABIC criou o PQC - Programa de Qualidade do Café, que hoje é o maior e mais abrangente programa de qualidade e certificação para café torrado e moído, em todo o mundo. Ambos os programas tem servido como importante ferramenta para estimular a produção de cafés de melhor qualidade para os consumidores brasileiros. E eles já reconhecem a melhora da qualidade do café que lhes tem sido oferecido e comemoram tomando mais xícaras a cada dia! O aumento do consumo das famílias em 2009 e a boa percepção do público com relação aos benefícios do café para a saúde humana, foram outros fatores que podem ter contribuído para o aumento registrado em 2009. Meta - A meta da ABIC para o consumo interno atingir 21 milhões de sacas em 2010, proposta em 2004, parece que poderá ser atingida em 2012. Com a economia brasileira sendo impulsionada em 2010, e as boas previsões que se fazem para o crescimento do PIB, do consumo das classes C, D e E, e mais a previsão de que as classes A e B poderão crescer 50% ate 2015, é natural que o consumo do café siga crescendo. Assim, o limite desafiador de 21 milhões de sacas poderá ser atingido em 2012, desde que a evolução anual se mantenha em, pelo menos, 5% ao ano. Expectativas para 2010 Para 2010 a ABIC projeta um crescimento de 5,0% em volume, o que elevaria o consumo para 19,31 milhões de sacas. Os preços do produto para os consumidores ficaram estáveis em 2009.


CAFEICULTURA ARTE: ABIC

Pesquisas perma- Gráfico 2 - Consumo interno em sacas e per-capita associadas da ABIC, nentes mostram que o contra 71,97% na produto mantém prepesquisa anterior. ços estáveis para os Enquanto isto, consumidores nos as 315 menores emúltimos 4 anos. presas tiveram sua Em janeiro 2009, participação quase em média, o café cusestabilizada e ao nível tava R$10,20/kg nos de 6,95% da prosupermercados, endução total das quanto em dezembro/ associadas. 2009, o preço era de R$ Analisadas por 10,49/kg, uma evolugrupos e portes, as ção de somente 2,8%, empresas mostraram abaixo da inflação do um desempenho período. Assim, o café muito distinto, com continua sendo um as maiores crescendo Em volume, as exportações acentuadamente e as menores produto muito acessível aos consumidores, mesmo nas categorias de reduziram 18,6%, e em valor, houve estáveis ou decrescendo. maior qualidade e mais valor agre- decréscimo de 16,8%. As razões desta A ABIC, nesta apuração, mangado, como os cafés Superiores e redução estão ligadas ao menor teve a hipótese, bastante conservavolume de compras do mercado dora, de que as empresas não-associaGourmet. As vendas do setor em 2009 americano, principal comprador do das e o Consumo não-cadastrado podem ter atingido R$6,8 bilhões e café industrializado brasileiro, na (informal e nas fazendas) NÃO espera-se que cheguem a R$7,1 esteira da crise econômica que afetou cresceram, contribuindo com 0% na os negócios e a economia daquele país média final, ou seja, que o grupo das bilhões em 2010. Em 2010, a ABIC vai continuar no ano passado. maiores empresas assumiu parte do a estimular o aumento do consumo mercado das menores. A concentração aumenta geral e a oferta de cafés diferenciados, Assim, enquanto os dados das ampliando a adesão das empresas aos no setor - A pesquisa constatou que empresas associadas indicam neste seus diversos programas de qualidade a concentração do setor vem se grupo um crescimento de 6,28% em e certificação, como o Selo de Pureza, acentuando. Estudos da ABIC relação aos volumes de 2008, o o PQC - Programa de Qualidade do indicam que as 10 maiores empresas volume total, em função da hipótese Café, o PCS - Cafés Sustentáveis do do setor no país concentram 72,90% assumida acima, reduziu-se para da produção total das empresas 4,15%. A Brasil, entre outros. Exportações de café torrado e moído diminuem em 2009 A exportação de café torrado e moído com marca brasileira é uma iniciativa muito recente, que assumiu uma característica de negócios consistentes a partir de 2002. Com apoio da Apex Brasil, que mantém convênio com a ABIC, na forma de um Projeto Setorial Integrado de Apoio às Exportações de Cafés Industrializados, as vendas para o exterior totalizaram US$29,6 milhões em 2009, contra US$35,6 milhões em 2008.

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SINCAL adverte: O que estamos bebendo? Armando Matielli

1 FOTO: Divulgação

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consumo de café no Brasil vem crescendo substancialmente nos últimos anos segundo a ABIC -Associação Brasileira da Indústria do Café e está previsto um consumo de 19 milhões de sacas para o presente ano. Estamos praticamente igualando ao consumo norte americano. Esta grande evolução vem contribuindo em muito com a cafeicultura nacional, mas infelizmente o café que estamos consumindo não demonstra a qualidade preconizada pelo setor industrial. Esta afirmativa podemos demonstrar através dos números da produção, consumo e exportação TABELA 11). (TABELA Considerando que de 2004 a 2008 produzimos 196,8 milhões de sacas (fonte: MAPA/Conab), exportamos 137 milhões de sacas (fonte: MDIC/DECEX) e, consumimos 81,5 milhões de sacas (fonte: ABIC) temos uma média de 16,3 milhões de sacas/ ano. Portanto nesses cálculos, faltam 22,4 milhões de sacas que seria provavelmente o estoque em 31/12/2003. Segundo o MAPA/Conab o Brasil produziu 47,7 milhões de sacas de robusta/conilon e exportamos nesse período 6,5 milhões de sacas

O

1

- Presidente Executivo da SINCAL Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite

(fonte: MAPA), em forma de café verde e, como desconhecemos a realidade da composição do solúvel onde alegam segredo industrial imaginamos que fica de bom tamanho o fifty-fifty (50% de arábica e 50% de robusta ). Com isso teremos no período de 2004 a 2008 uma produção industrial de solúvel exportado, equivalente a 15,7 milhões de sacas (fonte: MAPA); sendo assim aproximadamente 8,0 milhões de sacas como robusta. Pelos cálculos subtraímos do total produzido de robusta 6,5 milhões de sacas em forma de verde exportado e, 8,0 milhões de sacas na composição do solúvel sobrando portanto 33 milhões de sacas consumidas internamente de robusta, onde temos uma média de 6,6 milhões sacas/ano. Sabemos que aproximadamente 10% da produção refere-se ao PVA

Escritório de Contabilidade Rural

ALVORADA CADASTRO NO INCRA (C.C.I.R.), I.T.R., IMPOSTO DE RENDA, DEPARTAMENTO PESSOAL, CONTABILIDADE E OUTROS 34 ANOS PRESTANDO SERVIÇOS CONTÁBEIS AOS PROPRIETÁRIOS RURAIS Rua Gonçalves Dias, 2258, Vila Nicácio Franca (SP) - PABX (16) 3723-5022 Email: ruralalvorada@netsite.com.br

(Preto, Verde e Ardido) que no período somam 19,6 milhões de sacas, que é consumido no mercado interno, pois, não conseguimos exportar resíduo e isso dá uma média aproximada de 4 milhões de sacas/ano. Senhores cafeicultores e consumidores entre robusta/ conilon e PVA, estamos consumindo uma média de 10,6 milhões de saca/ano sobrando tão somente 5,7 milhões de sacas/ano de arábica para o nosso consumo, ou seja, estamos bebendo tão somente 35% do café que dá a palatabilidade, aroma e outras propriedades organolépticas que caracterizam o café de qualidade. Não estamos fazendo apologia contra o conilon que é produzido por cafeicultores sofridos e honrados, mas alertamos que essa quantidade desproporcional de conilon no consumo interno poderá trazer sérios reflexos no desenvolvimento normal do mercado. Isso se, já não está impactando, pois, pelo aumento do poder aquisitivo e da renda per capita das classes sociais brasileiras, o aumento de consumo preconizado pela ABIC está muito aquém do ideal. O povo brasileiro é aguerrido ao café e, prova disso que em qualquer recanto desse nosso país, quando chegamos numa residência a primeira ação de sociabilidade é oferecer um cafezinho mesmo antes da água. Graças a Deus o povo brasileiro que tem esse excelente glamour com o café, mas, por outro lado esse mesmo consumidor é maltratado pela indústria nacional que empurra “GUELA ABAIXO” um café misturado até com resíduos que deveria ser descartado como matéria orgânica para estercar nossos cafezais ou servir como fonte de biodiesel já ventilado pela UFV Universidade Federal de Viçosa. A SINCAL - Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite, como legítima representante dos cafeicultores, toma a liberdade de aconselhar a ABIC a segmentar e diferenciar, enfaticamente como se faz o


CAFEICULTURA Tabela 1 - Produção, exportação e consumo Brasil TIPO Arábica Robusta Solúvel Sub-total Arábica Robusta Solúvel Sub-total Arábica Robusta Solúvel Sub-total Arábica Robusta Solúvel Sub-total Arábica Robusta Solúvel Sub-total FINAL

TIPO Arábica Robusta Total

PROD. ANO 35.484 10.508 45.992 ANO 25.096 10.974 36.070 ANO 33.015 9.497 45.512 ANO 23.818 9.126 32.944 ANO 31.715 7.557 39.272 196.790

a

EXPORT. CONSUMO 1 2008 24.600 1.700 3.238 29.538 2007 23.200 1.600 3.097 27.897 2006 23.300 1.400 2.939 27.639 2005 21.600 1.100 3.339 26.039 2004 22.800 700 3.087 26.587 137.700

17.700 17.100 16.300 15.500 14.900 81.500

PRODUÇÃO

EXPORTAÇÃO

149.128 47.662 196.790

115.500 6.500 15.700

mentar e agregar e lá não escapa a citação de todas as características mostrando ao consumidor o seu direito de escolha com conhecimento e diferenciação. A partir do momento que a indústria nacional e multinacional, que atuam no Brasil, nos ramos industrial e comercial do café partirem para o marketing da qualidade, teremos uma explosão de consumo e servirá como exemplo de sucesso para as melhores teses. “O respeito ao consumidor pela qualidade de um produto é o grande sucesso do negócio”. Precisamos incentivar o povo brasileiro a beber café de qualidade. Vamos abolir esse PVA o qual já definimos; vamos rotular e claro, vamos ganhar dinheiro, pois esse mercado é riquíssimo e está padecendo de inovações, de quebras de paradigmas e, assim estaremos

contribuindo com a cadeia do agronegócio café, apoiando esses esquecidos 320.000 cafeicultores por esses rincões brasileiros. Vamos esquecer o drawback. Precisamos vender e não comprar. O Brasil possui a maior gama de tipos e qualidade de café do mundo. Produzimos cafés nos mais diferentes tipos de solo, altitude, latitude, longitude numa extensão territorial quase que continental dando a maior diversidade do mundo e não justifica importar café. Por quê? Pelo preço? Não é verdade, somos vendedores amadores no mercado mundial de café. Vendemos sempre muito barato detonando com os preços do mercado mundial. Chega de commodity , vamos segmentar, diferenciar, agregar e valorizar o nosso precioso CAFÉ como é feito pelos mercados desenvolvidos. A

bom marketing em praticamente todos os segmentos da economia desde as bebidas, indústria alimentícia, até as indústrias mais pesadas como de carros e aviões. O café, como o vinho, oferece nuâncias muito particulares que proporciona uma segmentação com agregação de valor numa escala extraordinária. Para os mais velhos, basta lembrar da infância, dos vinhos importados em tonéis oriundos do velho continente ou mesmo dos garrafões do vinho nacional. Acabou-se toda essa lambança comercial com a cadeia do vinho, trazendo vastíssima e rica segmentação, sendo um dos maiores exemplos de agregação de valor. Senhores industriais e representantes da ABIC, precisamos melhorar o nosso café, valorizar este precioso produto, tirando o PVA, o excesso de robusta e atender as riquíssimas nuâncias de palatabilidade. Outro ponto é a rotulagem do café, defendido veementemente pela APAC - Associação dos Produtores de Café do Paraná, mais especificamente pelo Dr. Ricardo Strenger. É uma medida justa, racional, inteligente e salutar. O consumidor tem o direito de saber o que está bebendo e, num marketing verdadeiro, aberto e claro, teremos que seg-

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FONTE: CONAB, MAPA, MDIC.

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19 FEV/2010


CAFEICULTURA

ciações da região de Passos (MG) participaram dos primeiros encontros técnicos realizados pelo SENAR MINAS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Estado. As reuniões ocorreram no dia 9 de fevereiro, em Cabo Verde (MG) e dia 10, em Piumhi (MG). O superintendente do SENAR MINAS, Antonio do Carmo Neves, avaliou que os encontros alcançaram as expectativas. Durante os eventos, ele abordou temas como estrutura de atuação do SENAR, mercado de trabalho rural e termo de cooperação e contrato de trabalho. No encontro em Cabo Verde, compareceram 20 cooperados dos municípios mineiros de Fortaleza de Minas, Machado, Andradas, Santa Rita de Caldas, Alterosa, Alfenas, Areado, Botelhos, Caldas, Campestre, Carmo do Rio Claro, Guaranésia, Guaxupé, Monte Belo, Monte Santo de Minas, Muzambinho, Nova Resende, Paraguaçu, Poços de Caldas e Poço Fundo. Em Piumhi, foram 18 dirigentes, do município paulista de Franca e dos mineiros de Arcos, Bambuí, Bom Despacho, Delfinópolis, Medeiros, São Sebastião do Paraíso, Alpinópolis, Cássia, Formiga, Jacuí, Lagoa da Prata, Moema, Pains, Passos, São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Nova Serrana. Durante as reuniões, os participantes puderam opinar e tirar dúvidas

FOTO: SENAR-MG

20 FEV/2010

SENAR-MG organiza Encontro Técnico com 40 dirigentes de instituições do agronegócio regional de 40 dirigentes de sindicaC erca tos rurais, cooperativas e asso-

O superintendente do SENAR-MINAS, Antonio do Carmo Neves, com os participantes do encontro técnico realizado no dia 10 de fevereiro. O evento ocorreu no auditório da Credialto, em Piumhi (MG).

sobre o novo convênio que terá validade de três anos e será assinado a partir do segundo semestre. “O contato com os dirigentes permitiu levantar os pontos positivos na relação com o SENAR e também ouvir sugestões para melhorar a parceria”, completou Antonio do Carmo. Dentre os pontos relevantes, ele destaca a busca por novas parcerias a fim de viabilizar a realização de mais treinamentos gratuitos à população rural. Repercussão em Cabo Verde - “Reunião clara, concisa, ilustrativa e proveitosa”. Este foi o balanço do presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Guaxupé, Mário Guilherme Ribeiro do Valle. “O debate permitiu a troca de idéias, as regras ficaram mais claras para a entidade cooperada e com maior segurança jurídica”, avaliou. Já o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de

Carmo do Rio Claro, Dimas Silva Jacob, também saiu satisfeito do evento. “Foi um encontro esclarecedor em muitos pontos e pudemos debater, dar idéias, sugestões e escutar experiências de outros sindicatos com o SENAR”, disse. Para o presidente da ASCAFÉ Associação das Entidades de Café do Sul de Minas, gestora do Centro de Excelência do Café, em Machado, João Emygdio Gonçalves, o encontro esclareceu as responsabilidades das entidades cooperadas junto ao SENAR. “Achei elucidativo porque levantou novas possibilidades de atuação como entidade cooperada. Esclareceu bem as dúvidas e nos deixou mais tranquilos”, afirmou. Repercussão em Piumhi - O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Rafael Alves Tomé, avaliou que os encontros deveriam ocorrer mais vezes. “Os sindicatos devem ter maior responsabilidade no processo, mas vamos sair ganhando porque teremos que cumprir melhor nosso papel. Muitos dirigentes sindicais poderiam ter aproveitado mais o encontro para somar as forças da própria entidade sindical”, disse. Na visão do diretor da COCAPEC - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas, de Franca (SP), Ricardo Lima de Andrade, a reunião superou as expectativas. “O encontro mostrou com clareza a proposta do SENAR e deixou-me mais tranquilo ao saber sobre o papel dos cooperados A nesse Sistema”, avaliou.


CAFEICULTURA

Lançamento do novo produto da DuPont contra bicho mineiro anima produtores de café da região de Franca F

oi lançado no último dia 10 de fevereiro, o novo produto contra o bicho-mineiro da Dupont: o Altacor Altacor. O evento, que aconteceu no Hotel Shelton Inn de Franca (SP), teve presença maciça de cafeicultores da região que assistiram à apresentação do produto e depois participaram do jantar oferecido pela Dupont. A apresentação foi realizada pelo representante Alceu Ikeda e pelo Coordenador de Desenvolvimento de Mercado, Carlos Valentim Frare. Eles explicaram que o Altacor é composto pela nova molécula descoberta pela Dupont, o Rynaxypyr, altamente eficiente no controle de lagartas, mais especificamente, o bicho-mineiro. O Assistente Técnico da Du pont, André Moraes, também apresentou ótimos resultados de campos demonstrativos instalados na região Central do Brasil, nos principais pólos produtores de Café. Os campos demonstrativos na região de Franca foram instalados nas propriedades do Engº Agrº Luis Fernando Puccineli, do Sr. José Nilton Ribeiro, do Sr. Jenevile Micali e Sr. Zulmiro Theodoro. Todos os campos obtiveram período de controle da praga do bicho-mineiro acima de 60 dias.

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Várias culturas receberão os benefícios de inseticidas a base de Rynaxypyr A nova tecnologia da DuPont foi apresentada em agosto do ano passado, em primeira mão, durante o Congresso Brasileiro de Entomologia, realizado em Uberlândia (MG). A empresa exibiu no evento as características da molécula Rynaxypyr®, principal ingrediente ativo do Altacor Altacor. “O grande diferencial dessa família de inseticidas é seu modo de ação, totalmente inovador comparado ao que existe atualmente no mercado”, ressalta Marcelo Okamura, diretor de marketing da Du Pont Produtos Agrícolas. “Ao contrário da maioria dos inseticidas disponíveis, os novos produtos da DuPont não atuam no sistema nervoso de insetos, por exemplo, e contam com características tecnológicas

e ambientais muito favoráveis, além de ação rápida e controle residual prolongado”, resume o executivo. De acordo com Okamura, a DuPont está lançando inseticidas à base de Rynaxypyr® em países da América Latina, Europa e mesmo nos Estados Unidos. No Brasil, esses produtos encontram-se em fase de registro nos órgãos competentes. Okamura enfatiza que as inovações agregadas à molécula Rynaxypyr® permitirão que os novos inseticidas tragam excepcionais benefícios às principais culturas agrícolas brasileiras: cana-de-açúcar, horticultura, soja e outras. Rynaxypyr, por sinal, já é tratada pelos especialistas em agricultura como uma nova solução de ponta com A origem na DuPont,

A principal diferença do mecanismo de ação do inseticida Altacor é o fato do ingrediente ativo Rynaxypyr atuar diretamente no sistema muscular da lagarta, eliminando (imediatamente após a ingestão ou contato com a lagarta) o dano causado pela lagarta ao consumir a folha do pé de café.

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ECONOMIA e MERCADO

Romero Otávio Inez 1 objetivo econômico O principal do mercado futuro é servir como instrumento para a gestão de risco de preço, propiciando aos agentes econômicos proteção contra variações desfavoráveis nos preços dos insumos e produtos com os quais estejam envolvidos. Estas operações são realizadas em bolsas de futuros específicas e operacionalizadas por corretoras cadastradas. Na operação com futuros duas partes realizam a compra e a venda de uma quantidade determinada de um bem, por um preço acordado entre elas, para liquidação numa data futura. Desta forma, assumem um compromisso (contrato) de comprar ou vender numa data futura. No contrato futuro não necessariamente precisa haver entrega física do produto, podendo ser encerrado antes do seu vencimento através de liquidação financeira. Este mecanismo traz um grande benefício adicional ao mercado, pois permite a entrada de especuladores, os quais são pessoas que não tem interesse de entregar ou receber commodities, mas que, ao comprar e vender frequentemente aumentam a liquidez das operações. Atualmente, cerca de 1% dos contratos futuros são liquidados com entrega física. A função essencial das Bolsas no Mercado Futuro é ser uma terceira parte em cada transação, isto é, o comprador para cada vendedor e o vendedor para cada comprador. Na realidade, o vendedor vende para a Câmara de Compensação da Bolsa, e o comprador compra da mesma Câmara, a qual garante a liquidação. Além disso, os contratos são padronizados, contribuindo para aumentar a eficiência dos mercados e a liquidez das negociações. Participantes do Mercado Futuro - Hedger: é aquele que produz fisicamente o produto. Seu 1 - Bacharel em Ciências Contábeis e com MBA em Finanças, com Ênfase em Investimento e Risco - FGV São Paulo

único objetivo é minimizar o risco de mercado referente ao preço de seus produtos, bem como os riscos financeiros de suas obrigações. Exemplo: produtor rural Especuladores: são aqueles que têm como objetivo lucrar com oscilações de preços nos mercados, assumindo riscos. Exemplo: fundos de investimentos Arbitradores: são aqueles que lucram tirando vantagens nas diferenças de preços de um bem que é negociado em mercados diferentes, se aproveitando do mau funcionamento temporário dos mercados a fim de obter lucros sem riscos. Exemplo: operadores diários que negociam diariamente em diferentes mercados Financiadores: são aqueles que têm interesse em dar dinheiro para receber juros no futuro. Normalmente compram o ativo á vista e o vende no mercado futuro. Exemplo: Bancos. FOTO: Editora Attalea

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FOTO: BOVESPA

Introdução ao Mercado de Futuros

Aspectos operacionais: São mecanismos indispensáveis ao bom funcionamento do mercado futuro e ao cumprimento das obrigações assumidas pelos participantes. a) – Ajuste Diário Este sistema trata da diferença diária que a parte vendedora recebe da parte compradora, ou vice-versa, conforme a movimentação dos preços em relação a posição assumida. Esse mecanismo implica a existência de fluxo diário de perdas ou ganhos na conta de cada cliente, de forma que, ao final do período de maturação do contrato, todas as diferenças já tenham sido pagas. Com isso, contribui para a segurança das negociações, posto que, a cada dia, as posições dos agentes são niveladas. O preço de ajuste é a cotação apurada diariamente pela Bolsa, utilizada para o ajuste diário das posições no mercado futuro. Assim se faz a Marcação a Mercado, que corresponde ao cálculo das perdas ou ganhos ao longo do dia, tendo como base o último preço negociado. Como os participantes recebem seus ganhos e pagam suas perdas por meio do ajuste diário, o risco assumido pela Câmara de Compensação da bolsa é diluído diariamente. b) – Margem de garantia A margem de garantia é um dos elementos fundamentais da dinâmica operacional do mercado futuro, pois assegura o cumprimento das


ECONOMIA e MERCADO FOTO: CNC

obrigações nelas assumidas. Corresponde a um valor de depósito mínimo que o participante deve fazer junto à Bolsa, dado o risco assumido em sua posição. Assim, se uma determinada contraparte do contrato futuro não cumprir os depósitos de ajustes diários requeridos, sua margem de garantia será executada para este fim, e sua posição será encerrada obrigatoriamente. Além disso, as corretoras podem solicitar de seus clientes depósitos de margem de garantia superiores aqueles determinados pela Bolsa. As bolsas estabelecem sistemas de apuração de margens de garantia baseado em cenários de estresse dos preços dos ativos negociados. A Bolsa pode alterar os valores de margem a qualquer momento, a seu critério, sempre que as condições do mercado o recomendarem. c) – Custos de transação: Correspondem às taxas, emolumentos e corretagens pagas em cada operação realizada no mercado futuro. Normalmente são debitados diretamente na conta do cliente junto à sua corretora. Exemplo Prático - Imagine um produtor de café que está para colher sua primeira safra. A colheita só acontecerá daqui a 6 meses. Se o preço da saca de café cair daqui até à colheita, o agricultor pode ter prejuízos ou ver o seu lucro diminuir. Inversamente, se o preço do café subir, o retorno do investimento aumentará. Mas um agricultor não é naturalmente um agente tomador de riscos, é provavelmente um agente com aversão ao risco. Como pode o agricultor dormir descansado, sabendo hoje o preço a que vai vender a sua colheita no futuro? O agricultor vende futuros sobre a saca de café para seis meses, transferindo o risco do seu investimento para outros agentes que são interessados em se tornarem contrapartes como, por exemplo, torradores, exportadores ou especuladores. Ao vender futuros o agricultor celebra um contrato em que se compromete a vender uma determinada quantidade de café, numa determinada data, a um preço determinado hoje. A contraparte compromete-se a comprar essa quantidade, nessa data, ao preço acordado no presente. O agricultor livra-se do risco, garantindo um comprador e um preço de venda. A contraparte toma o risco, ganhando se o preço subir e perdendo se o preço descer. De fato, se o preço subir, no vencimento, a contraparte vai comprar ao preço do contrato futuro fixado com o produtor, e vender mais caro no mercado ao preço que vigorar nessa altura, realizando um ganho.. Se o preço cair, a contraparte é obrigada a comprar ao preço celebrado com o

produtor, e a vender ao preço corrente no mercado, realizando uma perda. Considerações Finais - A utilização dos mercados futuros na proteção contra riscos de oscilações de preço é uma ferramenta muito importante e utilizada por um grande numero de agentes no mercado. Porém, por se tratar de uma operação onde o participante não precisa dispor inicialmente de todo o capital necessário para adquirir ou vender o ativo, há um grande grau de alavancagem financeira. Desta forma, um agente que decida entrar no mercado futuro deve estar ciente das obrigações de depósitos de margem de garantia e ajustes diários necessários para carregar sua posição. Deve, portanto, ter um planejamento financeiro baseado em diferentes cenários de mercado, fazendo a previsão dos possíveis desembolsos necessários para manter sua posição ao longo do tempo no caso de movimentos A adversos nos preços.

FONTES • Mercados Futuros: Conceitos e Definições –BMF • Introdução ao Mercado de Futuros – CMA Educacional

E

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CAFEICULTURA

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Lauriston Bertelli

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FOTO: Premix

Pecuária de corte ambientalmente correta o momento em que o mundo se reúne para discutir o futuro do clima no planeta e as atenções de bilhões de espectadores se voltam para o encontro dos países signatários da Convenção marco sobre Mudança Climática que aconteceu entre os dias 07 e 18 de Dezembro de 2009, em Copenhague (Dinamarca), muitas são as perguntas em torno dos reais motivos que levam ao aquecimento global e o que de fato pode ser feito para freá-lo. A questão central neste debate, que já atravessa décadas, e que infelizmente para o planeta muito pouco avançou em termos de ações efetivas para a redução das emissões de gases do efeito estufa, não é retornarmos ao tempo da caça às bruxas em busca dos culpados, que são muitos, mas tentarmos uma solução razoável que permita que o progresso avance, sem que a estabilidade do planeta seja colocada em risco. Digo isso porque recentemente foi a vez da pecuária de corte ser colocada na berlinda pelos ambientalistas, que afirmam ser boi o grande responsável pela emissão de gás metano na atmosfera. Dono de um rebanho bovino de 190 milhões de cabeças, sendo que 90% delas ainda são criadas em regime extensivo, a pasto, a pecuária brasileira tem sim motivos para se preocupar, uma vez que o mundo não quer mais consumir produtos de origem animal que não venha de fontes sustentáveis, que respeitem ao mesmo tempo as pessoas, o meio ambiente e a legislação vigente. O gás metano (CH4) é produzido pelos microrganismos presentes no rúmen de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos, durante o processo da digestão da fibra e açúcares solúveis da dieta. No caso

N

1 - diretor técnico da Premix Técnica em Suplementação

específico dos bovinos, a eliminação desse gás para o ambiente ocorre pela eructação (gases por via oral) e flatulência (gases intestinais), processos considerados indesejáveis não apenas pelo dano que causam a natureza, mas pela perda indesejável de energia pelo animal, que se traduz em menor eficiência da produção. Estudos recentes mostram que as perdas de energia bruta ingerida pelo animal, liberada via metano pode variar de 2 a 12% do total produzido ao longo do dia. Ao longo de um ano a quantidade de gases produzida é gigantesca se considerarmos que cada bovino de corte produz de 60 a 71 kg/dia e, em casos de vacas leiteiras a situação é ainda pior, entre 109 e 126 kg/ animal/dia. Sendo o metano um potente causador do efeito estufa (greenhouse) torna-se de grande importância o desenvolvimento de estratégias de manejo na alimentação dos bovinos, visando aumentar a eficiência de produção e a redução na emissão de metano para a atmosfera. Com o objetivo de avaliar melhor os efeitos de dois aditivos alimentares bastante comuns na pecuária, a molécula orgânica Fator Premium e a Monensina sódica e compará-las a um tratamento controle com animais sem nenhum tipo de suplementação, para a produção de gás metano pela técnica de produção de gases in vitro, a equipe técnica da Premix Técnica em Suplementação se uniu aos pesquisadores do laboratório do Depar-

tamento de Engenharia Rural da UNESP – Jaboticabal (SP), para a realização de um estudo inédito. O resultado foi que os tratamentos com o aditivo Fator Premium® reduziram a produção de metano em 17,57% e com a Monensina Sódica a redução foi de 13,50%, comparado ao tratamento controle. O princípio da técnica de produção de gases ‘in vitro’ baseia-se na simulação dos processos químicos da digestão que ocorrem no rúmen por meio de incubação de amostras com líquido ruminal sob condições especiais em laboratório. Para a coleta de conteúdo ruminal foi utilizada dieta a base de feno de Tifton (80%) e Concentrado (20%). Os técnicos simularam três situações com animais do rebanho controle, sem uso de aditivos, animais que receberam 4 gramas de Fator Premium na dieta por dia e outro grupo que foi suplementado com Monensina Sódica, na porção de 250 mg/animal/dia. Foram realizadas três incubações, cada uma com 24 horas de duração sendo que as amostras dos gases produzidos foram todas registradas e coletadas nos períodos de 9, 12 e 24 horas. Para finalizar quero reafirmar a importância do debate em torno deste tema tão fundamental para a humanidade. Que a Cop15 não passe em branco como apenas mais um fórum de discussão sobre o clima do planeta, mas que entre para a história como o ponto de partida na formação de um mundo mais consciente. E para isso cabe ao homem a responsabilidade com o futuro do planeta. E acreditem, a pecuária está consciente do papel que deve desempenhar e trabalhando duro para a saúde do planeta e a qualidade de vida dos seus habitantes. Para isso, basta verificar o quanto uma pastagem seqüestra de carbono e o quanto a tecnologia da nutrição pode contribuir para esta A redução.


SILVICULTURA

Lodo de esgoto aumenta produção de madeira sse foi um dos principais resultados que a engenheira agrônoma Lúcia Pittol Firme constatou em sua tese de doutorado, que faz parte de um experimento realizado peloCENA - Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da ESALQ/USP - Escola Superior Luiz de Queiroz, em Piracicaba (SP). No tratamento com adubo mineral de modo convencional, com aplicação de 84 kg/ha de fósforo e 142 kg/ha de nitrogênio, o volume de madeira foi de 150 m³/ ha. Já com aplicação de 7,7 ton/ha de lodo e 28 kg/ha de fósforo, sem adição de nitrogênio, foi estimado volume de madeira de 162 m³/ha. Além de aumentar a produtividade, a aplicação de lodo nessa dose permite reduzir o uso de adubos de nitrogênio e fosfato em, respectivamente, 100% e 66%. Além disso, se observou que, conforme se aumentava a dose de lodo, também crescia a quantidade de minerais, como ferro, cobre, zinco e magnésio. A quantidade desses elementos aumentava tanto no solo como na biomassa total da planta, que é composta por lenha, folha, casco e galho. Apesar disso, Lúcia afirma que o lodo não possui todos os minerais necessários para a adubação. Por exemplo, no experimento, devido ao baixo teor de potássio no lodo, foi aplicado 175 kg/ha desse mineral. Em compensação, a pesquisadora diz que o lodo não causou a contaminação do sistema solo-planta.

E

Experimento - Com parceria da Suzano Papel e Celulose, empresa de base florestal, o experimento foi conduzido em área comercial da empresa, em Itatinga (SP). Para verificar os efeitos do lodo de esgoto, Lúcia preparou quatro doses diferentes para lodo, quatro para nitrogênio e quatro para fósforo. “Primeiro aplicamos o lodo sozinho. Depois, para cada tratamento foi aplicada uma quantidade de fosfato e nitrogênio”, explica. Da combinação das doses de cada um desses componentes do experimento, se obteve 64 tratamentos. Acrescentando que houve uma repetição das combinações para verificação dos dados, houve um total de 128 tratamentos. Feitas as aplicações das doses, após 43 meses do plantio, Lúcia coletou os dados. No final, se chegou à quantidade de 7,7 ton/ha como dose ideal do lodo. Segundo Lúcia, foi estabelecida essa quantidade não somente pela produtividade, mas também porque é a dose que contém a quantidade limite de nitrogênio (de 142 kg/ha), de acordo com o critério estabelecido pela resolução 375 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, do Ministério do Meio Ambiente. O trabalho de Lúcia faz parte de um dos dois projetos de pesquisa coordenados pelo professor do CENA Cássio Hamilton Abreu Junior, que envolvem o estudo da aplicação de lodo no sistema florestal de

eucaliptos. Além da tese de Lúcia, uma dissertação de mestrado e outra tese de doutorado do CENA foram frutos dos projetos. O experimento de campo, que começou em 2004, ainda está em andamento e deverá ser encerrado no fim de 2011. O professor diz que o experimento exige esse tempo por causa do ciclo dos eucaliptos, que dura sete anos. Vantagens e desvantagens - Lúcia lista alguns benefícios da aplicação de lodo de esgoto. Ela destaca o aumento na produtividade e diminuição dos custos, visto que a utilização do lodo não é cara e, com ele, se usa menos adubos minerais, que têm um preço elevado. Porém, Abreu Junior ressalva que, dependendo da origem do lodo, ele pode conter metais pesados, resíduos orgânicos tóxicos e outros componentes danosos à produção agrícola e à saúde humana. No caso do experimento, foi utilizado lodo de esgoto da Estação de Tratamento de Jundiaí (SP). O professor acredita que a utilização do lodo como adubo depende do município de origem e, principalmente, do tratamento que teve: “Com adequado tratamento, (o lodo) poderá ter um aproveiA tamento na agricultura”.

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PREÇOS AGRÍCOLAS

CAFÉ

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CANA-DE-AÇÚCAR

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ARÁBICA MÊS 2008 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2009

267,84 285,19 263,28 256,35 254,84 255,76 250,52 248,86 261,58 256,84 261,28 262,04

CONILON 2008 2009 2010

2010

268,41 280,75 269,58 262,60 260,10 268,02 256,64 247,50 255,34 254,29 262,20 262,20 281,57

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

1

209,73 221,46 228,62 222,44 211,49 211,29 216,55 214,21 217,32 220,28 222,18 225,11

227,66 224,07 212,57 212,57 197,13 188,45 180,09 186,13 188,89 180,77 180,77 176,41

- Em R$/saca 60kg

BOI GORDO MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

173,51

2009

vista prazo

74,61 74,85 76,19 77,24 80,52 91,53 92,79 92,05 88,82 90,79 88,39 82,20

84,01 81,54 77,54 80,03 79,47 80,85 81,39 77,92 77,25 77,18 74,35 74,64

75,70

1

MÊS 2008 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

30,93 27,79 27,19 26,62 27,43 26,88 27,76 24,56 23,78 22,32 20,51 20,75

2009

2010

23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,55 19,42 19,13 20,60 20,41 20,02

19,66

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

1

2009

2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

0,3238 0,3394 0,3211 0,2978 0,2802 0,2749 0,2993 0,3084 0,3375 0,3676 0,3744 0,3886

0,4391

29,44 29,98 30,38 32,52 31,49 30,88 31,33 31,81 32,71 33,87 34,78 35,67

36,91

2010 76,97

- Em R$/arroba (15kg)

MILHO e SOJA MILHO 1

2010

MÊS

32,88 41,22 33,49 33,93 36,32 35,18 34,49 34,99 35,53 36,54 37,83 38,85 39,85

- Em R$/kg ATR // 2 - 109,19 kg ATR // 3 - 121,97 kg ATR.

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2008 vista

1

493,19 504,14 517,13 551,69 623,64 712,18 751,58 740,16 726,05 716,86 702,55 659,71

2009

peso 2 vista 186,40 186,20 187,01 187,22 187,11 187,44 187,03 185,83 185,61 185,55 185,28 186,17

1

1

2010

peso 2 vista 1 peso 2 186,21 186,22 186,82 188,46 188,39 191,75 191,75 187,65 194,29 186,79 187,09 185,99

601,17 182,58

- Em R$/cabeça,; 2 - Em kg

LEITE C MÊS 2005

46,23 47,71 45,83 44,33 44,70 49,99 50,58 44,70 46,08 44,63 45,13 44,61

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

49,21 39,80 47,56 45,35 47,95 50,39 49,89 47,83 48,20 46,07 44,67 46,07 42,87

1

636,23 627,96 634,15 651,69 633,71 648,49 638,08 615,85 607,08 596,24 592,23 593,97

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

SOJA 1 2008 2009 2010

- Em R$/saca de 60kg

1

ESTEIRA 3 2009 2010

1 1 BEZERRO BEZERRO

vista prazo

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

2009

1

2008

85,35 82,54 78,51 80,93 80,32 81,68 82,28 78,98 78,58 78,61 75,71 75,66

CAMPO 2

MÊS

FONTE: UDOP -

vista prazo 75,41 75,60 77,02 78,11 81,52 92,61 93,89 93,00 89,94 92,15 89,57 83,41

MENSAL 1

1

ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP) 0,491 0,472 0,510 0,520 0,538 0,534 0,516 0,438 0,448 0,448 0,401 0,310

2006 0,373 0,387 0,440 0,476 0,473 0,505 0,508 0,476 0,508 0,500 0,537

2007

2008

2009

2010

0,535 0,535 0,560 0,535 0,589 0,580 0,650 0,780 0,775 0,775 0,655 0,640

0,635 0,615 0,585 0,670 0,760 0,739 0,733 0,703 0,696 0,606 0,577 0,588

0,599 0,550 0,553 0,562 0,600 0,641 0,683 0,689 0,672 0,635 0,602 0,532

0,524

FONTE: FAESP / AEX Consultoria

1

- Em R$/Litro.


FIQUE DE OLHO

AGENDA DE EVENTOS FEVEREIRO

ABRIL

CURSO DE SUSTENTABILIDADE DO AGRONEGÓCIO CAFÉ Dias: 25/02. Universidade do Café. Local: Centro de Excelência do Café do Cerrado. Patrocínio (MG). Tel: (11) 37222034. Contato: www.unilly.com.br.

1º SIMPÓSIO PAULISTA DE MECANIZAÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR Dias: 07 a 08/04. UNESP. Local: Centro de Convenções FCAVJ, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3209-2637. Contato: spmec2010@gmail.com.

IV ENCONTRO REGIONAL DE PLANTIO DIRETO NA PALHA Dia: 25/02. APTA. Local: Campinas (SP). Tel: (15) 3251-4230. Contato: www.aptaregional.sp.gov.br.

4º BRASIL CERTIFICADO - Feira de Produtos Florestais e Agrícolas Certificados Dias: 07 a 09/04. IMAFLORA. Local: Centro de Eventos São Luis, São Paulo (SP). Tel: (11) 3722-3344. Contato: www.brasilcertificado.com.br

44ª EMAPA - Exposição Agropecuária de Avaré Dia: 27/02 a 15/03. Prefeitura. Local: Parque de Exposições “Cruz Pimentel”, Avaré (SP). Tel: (14) 3732-1608. Contato: www.emapaavare.com.br.

MARÇO SIMCAFÉ - 2º Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana Dias: 10 a 11 de março. COCAPEC. Local: Franca (SP). Tel: (16) 37116233. Contato: www.cocapec.com.br. 11º AGROCAFÉ - Simpósio Nacional do Agronegócio Café Dias: 08 a 10/03. ASSOCAFÉ e AIBA. Local: Hotel Pestana. Salvador (BA). Tel: (71) 2102-6600. Contato: www. rdeventos.com.br/agrocafe. 7º FEINCO - Feira Internacional de Caprinos e Ovinos Dias: 09 a 13/03. Local: Centro de Exposições Imigrantes. São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767. Contato: www. feinco.com.br. FEICANA e FEIBIO - Feira de Negócios do Setor de Energia Dias: 09 a 11/03. Local: Recinto de Exposições “Clibas de Almeida Prado”. Araçatuba (SP). Tel: (18) 3624-9655. Contato: www.feicana.com.br. 47ª EXPASS - Exposição Agropecuária de Passos Dia: 19 a 28/03. Sindicato Rural. Local: Recinto de Exposições “Adolpho Coelho Lemos”. Passos (MG). Contato: www.sinruralpassos.com.br

15º FENICAFÉ – Encontro Nacional da Cafeicultura Irrigada Dias: 24 a 26/03. Associação dos Cafeicultores de Araguari. Local: Pica-Pau Country Club. Araguari (MG). Tel: (34) 3242-8888. Contato: www.fenicafe.com.br.

41ª EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA E INDUSTRIAL DE ITAPETININGA Dias: 16 a 25/04. Sindicato Rural de Franca. Local: Parque de Exposições “Acácio de Moraes Terra”, Itapetininga (SP). Tel: (15) 3271-0811. Contato: www.sritape.com.br. 17ª AGRISHOW - Feira Internacional de Tecnologia em Ação Dias: 26 a 30/04. ABIMAQ, ABAG, SRB e ANDA. Local: Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios, Ribeirão Preto (SP). Tel: (11) 3060-5000. Contato: www.agrishow.com.br. VISITE O ESTANDE DA REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS 76ª EXPOZEBU - Exposição Internacional do Gado Zebu Dias: 28/04 a 10/05. ABCZ. Local: Parque de Exposições “Fernando Costa”, Uberaba (MG). Tel: (34) 3319-3900. Contato: www.abcz.com.br.

MAIO 41ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca Dias: 14 a 23/05. Associação de Produtores Rurais. Local: Parque de Exposições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Contato: sede@franca.sp.gov.br. 6ª SUPERAGRO MINAS Dias: 26/05 a 06/06. SEAPA, FAEMG, IMA, SEBRAE. Local: Parque da Gameleira, Belo Horizonte (MG). Tel: (31) 3334-5783 . Contato: www.superagro2010.com.br. 13ª EXPOCACHAÇA - Feira Internacional da Cachaça Dias: 28/05 a 01/06. Cachaças do Brasil. Local: Pavilhões 2 e 3 do EXPOMINAS, Belo Horizonte (MG). Tel: (31) 32846315. Contato: www.expocachaca. com.br.

LIVROS e VÍDEOS FACILITANDO A IRRIGAÇÃO EM CAFEZAIS Autor: José Braz Matiello, André Fernandes e Roberto Santinato. Editora: Fund. PROCAFÉ Contato: andre. fernandes@uniube. br Lançado no 35º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, realizado em outubro de 2009, em Araxá (MG). Trata-se de obra com linguagem acessível, tanto para produtores rurais quanto para consultores e estudantes. De todo o parque cafeeiro brasileiro, 240.000 hectares já são irrigados pelos mais diferentes sistemas, destacando-se pivô central, gotejamento e aspersão (convencional e em malha). Esta área irrigada, em torno de 10%, é responsável por um quarto da produção nacional. São discutidos aspectos básicos da fisiologia do cafeeiro e suas relações hídricas, os principais sistemas de irrigação, o controle e o manejo da irrigação, a quimigação e a mudança de algumas regiões cafeeiras.

ADUBAÇÃO VERDE e PRODUÇÃO DE BIOMASSA Autor: Silvio Roberto Penteado Editora: Via Orgânica Contato: www. agrorganica.com.br Tel: (19) 32321562 Apresenta dados sobre o processo de produção de biomassa vegetal, adubação verdes, tipos de adubos verdes, épocas de plantio, suas vantagens e desvantagens. Traz fotos e tabelas de emprego. Aproveitamento da biomassa vegetal para recuperar e regenerar os solos. Potencial e vantagens da adubação verde. Plantio e incorporação de adubos verdes. Indicação das principais espécies de adubos verdes. Épocas de plantio e corte. Processo de incorporação no solo. Rotação e consorciação para pomares e hortas, culturas anuais e perenes.

27 FEV/2010


28 FEV/2010


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