Ed. 114 Maio 2016

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Boa leitura a todos!!!!

FOTO DE CAPA CAFÉ ORGÂNICO SOMBREADO Talhão de café orgânico, sombreado em Cedro Australiano, na Fazenda Bella Época. Foto: Homeopatia Brasil

MÁQUINAS

Homeopatia como técnica propulsora para abertura de novos mercados internacionais

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A Fazenda Bella Epoca - tradicional fazenda produtora de cafés convencionais no município de Ribeirão Corrente (SP) - iniciou procedimentos para a produção de cafés orgânicos certificados, visando o mercado internacional, utilizando-se do serviço de consultoria da Homeopatia Brasil, empresa especializada na implantação de cultivos sustentáveis, tem como ferramenta principal a tecnologia homeopática.

R60 Cabinado: time completo de tratores da LS Tractor

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O novo trator R60 C apresenta diferenciais tecnológicos, como tomada de força independente, direção hidrostática, controle remoto independente, transmissão 32x16 com super redutor.

LEITE

Preparação de vacas campeãs em torneios leiteiros

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Artigo de Glayk Barbosa e Vânia Mirelle, especialistas em pecuária leiteira, que orientam os criadores sobre os cuidados na preparação de vacas campeãs em torneios leiteiros.

CAFÉ

Cladosporium cladosporioides, o fungo do bem!

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Na Fazenda Campo Aberto, em Barreiras (BA), ocorreu naturalmente um fungo de coloração esverdeada, que atua na conservação da qualidade do café, cientificamente comprovado.

7º Intercâmbio do Café foi um sucesso

CAFÉ

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Cadeia Produtiva do Café do Mundo voltará seus olhos neste início de junho à cidade de Três Pontas (MG). De 07 a 10 de junho acontece a 19ª EXPOCAFÉ - Feira do Agronegócio Café, realizada na Fazenda Experimental da EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais. Participam da feira mais de 130 empresas que irão apresentar tecnologias, como maquinário em geral, secadores, tratores, roçadeiras, adubadeiras, plantadeiras, podadeiras, derriçadeiras, além de softwares e serviços para o setor. Serão 204 estandes em 12 mil m2 de feira. A Expocafé 2016 deve movimentar mais de R$ 200 milhões de reais em negócios gerados e prospectados, com expectativa de público de cerca de 20 mil visitantes. A Revista Attalea Agronegócios participará do evento e traz nesta edição várias matérias e artigos inéditos, que comprovam que a atividade cafeeira e a tecnologia voltada ao setor estão em constante evolução. Destaque maior para o trabalho desenvolvido pela Homeopatia Brasil, empresa especializada na implantação de cultivos sustentáveis, tendo na homeopatia sua ferramenta principal. A Fazenda Bella Época, de propriedade de André Luiz Cunha, de Ribeirão Corrente (SP), iniciou trabalhos com a homeopatia para a conversão da sua produção convencional de cafés para a produção orgânica, com vistas à exportação para o Japão, União Européia, Estados Unidos e Canadá. Nossa equipe acompanhou, ainda, vários eventos na cafeicultura e trazemos nesta edição os resultados do 7º Intercâmbio de Café, organizado pela RR Consultoria, nas etapas Sul de Minas e Alta Mogiana. Também destacamos o 2º Encontro de Cafeicultores da Agropecuária Conquista, em Jeriquara (SP); o Tour de Campo, organizado pela revenda Casa do Café, de Franca (SP); o 1º Dia de Campo da Fundação Procafé na Fazenda Experimental de Franca (SP); e o Dia de Inovações e Soluções para a Cafeicultura, organizado pela revenda Casa das Sementes, de Franca (SP). Extremamente importante na atividade cafeeira é a parceria formalizada com a empresa JCO Fertilizantes, de Barreiras (BA). O trabalho desenvolvido pelo Engº Agrº Marcos Pimenta, consultor da Fazenda Campo Aberto, comprovou a importância do “Fungo do Bem” (Cladosporium cladosporioides), fungo extremamente importante na conservação da qualidade do café. Na pecuária leiteira, apresentamos orientação técnicas e importantes para a preparação de vacas campeãs em torneios leiteiros, artigo este dos pesquisadores Glayk Barbosa e Vânia Mirelle. Ainda na pecuária, importante trabalho iniciado pela equipe da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, para combater a proliferação da Mosca-dos-Estábulos (Stomoxys calcitrans).

HORTALIÇAS

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EXPOCAFÉ 2016: a Maior Feira do Agronegócio Café do Brasil.

DESTAQUE: HOMEOPATIA

EDITORIAL

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Sucesso absoluto o 7º Intercâmbio do Café, organizado pela RR Consultoria, do consultor Régis Rico. As etapas Sul de Minas e Alta Mogiana recepcionou vários consultores especialistas em café.

Open Field Day Agristar é destaque da HORTITEC 2016

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Evento anual da Agristar, o OFD2016 completará 10 anos este ano e será um dos grandes destaques da HORTITEC, evento que reunirá a cadeia de hortifruticultores em Holambra (SP).


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contatos

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RENATA CAMPANA MARTINS (res.campana@gmail.com) Engª Agrônoma - Londrina (PR). “Gostaria de assinar a Revista Attalea”.

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THAILA FUJIWARA MARQUES VICHIN (thailafmarques@gmail.com) Engª Agrônoma - Ribeirão Preto (SP). “Trabalho numa empresa de defensivos agrícolas e gostaria de assinar a Revista Attalea”. AMADO FERREIRA FRANCISCO (daniela@paulifertil.com.br) Empresa - Várzea Paulista (SP). “Solicito alteração de endereço”.

VINICIUS CARVALHO MANOEL (viniciuscm.agro@gmail.com) Cafeicultor - São Sebastião do Paraíso (MG). “Solicito alteração de endereço”. AGROTERRA (agroterra.agroterra@gmail.com) Empresa - Itirapuã (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. RODRIGO BARBOSA FARIA (barbosafaria.rodrigo@gmail.com) Produtor Rural - Pouso Alegre (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. CAIO OLIVEIRA RODRIGUES ALVES (caiooliveirarodriguesalves@gmail.com) Médico Veterinário - Cássia (MG). “Gostaria de receber a Revista Attalea”.

ALICIA GASPERINI (alicia.gasperini98@hotmail.com) Tecnólogo em Agronegócios - Ribeirão do Sul (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

FÁBIO APARECIDO SANTOS SAMPAIO (fabios.sampaio@hotmail.com) Funcionário da COCAPEC - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea”.

FELIPE LOPES FREITAS (pri-mlopes@hotmail.com) Técnico em Agronegócios - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea”.

JOSÉ FILGUEIRAS JUNIOR (josefilgueirasjunior10021995@gmail.com) Estudante em Agronegócios - Coronel Macedo (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”.

CARLOS HENRIQUE ARCHANGELO CONTENTE (carlos.arrancada@hotmail.com) Estudante em Agronegócios - Orlândia (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea”.

ACACIO ALIPIO G. PEREIRA DINIZ (acaciodiniz@hotmail.com) Médico Veterinário - Pedregulho (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea”.

PAULO ROBERTO FÁVERO FRAVET (pfravet@yahoo.com.br) Engº Agrônomo - Araxá (MG). “Gostaria de receber a Revista Attalea”.

PATRICIA ANDRADE LOPES BURGOS (patricia.uregipatos@gmail.com) Engª Agrônoma - Patos de Minas (MG). “Gostaria de receber a Revista Attalea”.

PAULO STEFANI TOBIAS Cafeicultor e Instrutor - Espírito Santo do Pinhal (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea”.

ANDREIA VARCHAKI (andreiavarchaki@hotmail.com) Estudante em Agronegócios - Curitiba (PR). “Gostaria de receber a Revista Attalea”.

ANDRÉ CRISTIANO AGOSTINHO (andre.jussara.jau@gmail.com) Funcionário - Jaú (SP). “Trabalho em uma indústria de máquinas e implementos agrícolas e gostaria de assinar a Revista Attalea”. CINTIA FÁZIO ROSSATO (cintiafazio@gmail.com) Estudante de Agronomia - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. PAULO HENRIQUE DA ROSA (phrmariano@gmail.com) Operador de Máquinas Agrícolas - Itaí (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. RODRIGO DE CAMPOS MENCK (rodrigo.menck@etec.sp.gov.br) Médico Veterinário - Taquarituba (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea”. MARISA CALFA (rh.hospvet@gmail.com) Centro Educacional - São Paulo (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. JOSÉ INÁCIO BARCELLOS RAMOS (josecristais2@yahoo.com.br) Engº Agrônomo - Cristais Paulista (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. GILNEI CRISTIANO HOFFSTAEDTER (gvhoffs@yahoo.com.br) Produtor Rural - Paracatu (MG). “Solicito alteração de endereço para continuar recebendo a Revista Attalea Agronegócios”. JOÃO ROBERTO SCAVAZZA (geoscavazza@aquasonda.com.br) Empresa - Batatais (SP). “A Aquasonda Poços Artesianos gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.


AGRISHOW 2016

AGRISHOW 2016 apresentará lançamentos e inovações tecnológicas

Feira abrigará as 800 principais empresas do agronegócio brasileiro e do exterior

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MÁQUINAS

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FOTOS: Divulgação LS Mtron

R60 Cabinado completa o time de tratores da LS Tractor

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ovo modelo de trator, sistema pioneiro e diferenciado de financiamento para cafeicultores. Estes são os diferenciais que a LS Tractor, fabricante sul-coreana de tratores, vai apresentar na 19ª EXPOCAFÉ - Maior Feira do Agronegócio Café do Brasil, que acontece entre os dias 07 a 10 de junho, em Três Pontas (MG). “Este é o maior evento da cafeicultura nacional e o setor de máquinas agrícolas é muito procurado. Por isto, preparamos o que há de melhor para os clientes produtores rurais que vierem nos visitar”, ressalta o diretor comercial da empresa, André Rorato. A LS Tractor também foi destaque nas primeiras feiras de tecnologia agrícola realizadas até o momento, como a Agrishow, Expodireto, Expoagro Afubra, Show Rural Coopavel e Tecnoshow Comigo. Em termos de novo produto, a LS Tractor vai apresentar o R60 C produzido a partir do modelo que ganhou o prêmio Trator do Ano na categoria Especiais, em 2015,

o R60. A novidade neste trator é uma cabine que oferece um padrão de ergonomia de nível internacional, além de um baixo índice de ruído, excelente vedação e fácil acesso a todos os comandos. “É diferente de tudo que tem no mercado brasileiro”, assegura Rorato. Para melhorar ainda suas qualidades o R60 C está equipado com motor LS Tractor Tier III que lhe confere grande economia de combustível e reduzida emissão de gases poluentes. “E tem também outros diferencias tecnológicos como tomada de força independente operada a partir do painel, direção hidrostática, controle remoto independente, transmissão 32x16 com super redutor, eixo frontal blindado entre outros”, assinala o diretor comercial. Ele acrescenta que o R60 C vem se juntar ao time de tratores da fábrica sulcoreana que possui quatro séries, G, R, U e Plus, e 15 modelos, com potências que vão de 40 cv a 105 cv. “Em todos eles encontramos diferenciais tecnológicos que já saem de fábrica, algo que para a LS Tractor, é uma regra, não uma exceção”, ressalta Rorato.

Acionamento sem cruzetas, proporcionando o menor raio de giro da categoria. Isso confere melhor desempenho especialmente em áreas de trabalho restritas.

BARTER JÁ RENDEU R$ 25 MILHÕES - Quando a LS Tractor lançou, em 2014, a modalidade de financiamento de trator baseado em preço de café, pensou em criar uma facilidade para os seus negócios e projetava um bom movimento com este sistema implantado pioneiramente na cafeicultura, pela empresa. Passados dois anos desta iniciativa a avaliação da LS é que esta forma de financiamento foi uma ação que deu grande resultado e possibilitou a venda de muitas unidades nas regiões cafeeira do País, alcançando um faturamento em torno de R$ 25 milhões nos seus dois anos de operação. Conforme assegura o diretor comercial da LS Tractor, André Rorato, o Barter foi criado pioneiramente pela LS, para facilitar a aquisição do equipamento, por parte do produtor de café. Ele explica que o cliente ao fechar o negócio opta por pagar em saca de café e pode fazer isto com prazo de três safras. “Fizemos um acordo com operadores de café para que recebessem o produto deste cliente como forma de pagamento do trator”, explica Rorato. (Fonte: Agropress - Nelson Moreira)


FENICAFÉ 2015

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LEITE

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Glayk Humberto Vilela Barbosa1 Vânia Mirele Ferreira Carrijo2

ara desempenhar suas funções vitais, produtivas e reprodutivas, os animais precisam de nutrientes em quantidade e qualidade compatíveis com seu peso corporal, estado fisiológico, nível de produção e fatores ambientais aos quais estão expostos. Dentre os ruminantes, vaca de leite em lactação é a categoria de maior exigência nutricional. Na fase inicial de lactação ocorre balanço energético negativo, pois a energia obtida com a ingestão de nutrientes é inferior a requerida para manutenção, recuperação da condição corporal e atividade reprodutiva e, principalmente, para produção de leite. Vacas primíparas têm exigência energética ainda maior, pois necessitam de energia para o crescimento. A energia requerida para lactação é reflexo da energia contida no leite produzido. A concentração de energia do leite é resultado da soma do calor gerado pela combustão da gordura, proteína e lactose contidas no mesmo. Portanto, quanto maior a produção de leite, maior a demanda energética e proteica. O aumento da produção deve ser acompanhado pelo aumento da oferta de energia fermentável no rúmen, visando multiplicação de microrganismos e incremento de proteína degradável no rúmen.

AUTORES 1 - Zootecnista, B.Sc. Mestrando em Produção Animal Sustentável pelo Instituto de Zootecnia. Jurado Efetivo de Raças Zebuínas e Assessor de Pecuária Leiteira. Email: glaykhumbertovilela@yahoo.com.br 2 - Médica Veterinária, M.Sc. Produção Animal Sustentável pelo Instituto de Zootecnia. Docente do Centro Paula Souza. Atua na área de sanidade, escrituração zootécnica e biotecnologia da reprodução.

FOTO: Glayk H.V. Barbosa

Preparação de campeãs de torneio leiteiro

Na prática, vacas de alta produção exigem maiores cuidados com a alimentação, visto serem muito mais exigentes em quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos. Para que uma vaca finalize a lactação com produção superior a 9.000 kg de leite, com pico superior a 45 kg/dia, é essencial o monitoramento de todo alimento consumido (volumoso e concentrado). No caso do Gir Leiteiro pude acompanhar o grande incremento nas produções observadas, saltando de média diária por volta de 30 kg por vaca no final da década de 90 para até quase 80 kg por vaca nos dias atuais. Quais dos 3 pilares de sustentação da produção leiteira foram modificados para se ter este salto expressivo: genética, nutrição ou manejo? Com certeza, até pelo pouco tempo decorrido, a genética não se modificou; houve “apenas” a expressão em produção de leite da excepcional genética que os maiores criadores de Gir Leiteiro do Brasil possuem em suas propriedades.Os pilares que se modificaram foram a nutrição e o manejo empregados a estes animais excelentes. Neste artigo irei abordar o que deve ser feito nestes 2 pilares, para que se possa ter animais de elevada produção em concursos leiteiros e até mesmo nas propriedades, já que a manutenção de várias destas rotinas podem manter uma elevada produção de leite almejando animais de altas lactações. Com respeito ao pilar nutrição é necessário que sejam utilizados volumosos de ótima qualidade, ou seja, silagem de milho com bastante grão, feno de tífton ou coast-cross, feno de alfafa, e alimentos bastante densos em energia, como caroço de algodão e concentrados com alta energia (de preferência já tamponadas). Todos os alimentos devem ser fornecidos no esquema de dieta total, ou seja, aquele em que os animais não conseguem selecionar o que vão ingerir e que, em cada bocada, tem-se a mesma proporção dos alimentos que estão sendo usados na dieta. Como dica para facilitar isto, o feno de gramínea deve estar com partículas de comprimento ao redor de 5 cm. O feno de alfafa não adianta ser picado porque o único efeito que se conseguirá é a


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perda das folhas, piorando a qualidade deste feno. A reserva de uma pequena parte do concentrado (ração, fubá de milho, milho extrusado) desta dieta para ser fornecida por sobre o trato, quando os animais querem começar a parar de comer, é interessante para se estimular que os animais não parem de comer. Não se deve forçar demais os animais enquanto estão na fase inicial pós-parto; esperar que os animais desinchem para começarem a ser “forçados”. A quantidade de tratos ideal é de pelo menos 4 ao dia, chegando a 6 durante a estada do animal no local do torneio. O fornecimento de ionóforos (monensina ou lasalocida sódica) é uma prática bastante recomendada, já que em torneios leiteiros se mede a produção total de leite, e não a quantidade de leite corrigida para uma determinada gordura. Não se deve fazer mudanças na dieta nos últimos 15 dias que precedem o torneio leiteiro. Colocar pelo menos 2 animais de produção semelhante por cocho é importante para que haja um estímulo a um maior consumo, e estes animais devem ir juntos ao torneio (um animal madrinha o outro). Já no pilar manejo é que se concentram as grandes armas para uma eficiente participação nos torneios leiteiros. As principais dicas aqui são: • o animal deve ter tido um período seco de no mínimo 60 dias; • parir com escore corporal entre 3,5 e 4 (e este escore deve ser alcançado no final da lactação); • não ter tido retenção de placenta ou outros problemas metabólicos pós-parto, para isso uma dieta densa nos 30 dias antes do parto é fundamental; • estar no pico de produção no torneio, ou seja, entre 50 e 70 dias pós-parto; • preparar os animais em locais confortáveis (com cama) e bem ventilados; • fazer na propriedade o mesmo número de ordenhas/ dia e obedecendo os mesmos horários que serão realizados no torneio; • chegar ao local do torneio o mais cedo possível, principalmente para os animais que irão viajar distâncias maiores; • fornecer água em quantidade e de qualidade, já que 87% do leite é água; • se precisar usar soros reidratantes e de proteção hepá-

FOTO: Glayk H.V. Barbosa

LEITE

tica; próximo ao torneio para não inibir o consumo da dieta; • usar ocitocina é interessante, já que este hormônio consegue liberar o leite mais “profundo”, estimulando uma maior produção; • em relação ao BST deve ser observado o pico individual, já que cada animal responde após um determinado tempo; com esta individualidade percebida, programa-se a aplicação para que o dia do pico seja no dia do meio do torneio. Vale salientar que as melhores respostas são obtidas quando o animal está no torneio leiteiro; • animal deve ser dócil, já que o local do torneio é sempre bastante agitado; • finalizando, o animal tem de gostar de comer!!! Uma nutrição equilibrada deve conter níveis adequados de proteína, energia e fibras de boa digestibilidade de forma balanceada, além de minerais e vitaminas que também são fundamentais para manter a saúde e funcionamento ruminal. Hoje, muitos criadores avaliam apenas o nível de proteína da dieta, e não consideram um componente importante, caro e difícil de ser suplementado, que é a energia, justamente por ser resultado da fermentação ruminal. É necessário frisar que se o rúmen do animal não estiver funcionando adequadamente, a estimativa de produção de energia não será atingida, não atendendo às necessidades nutricionais, o que pode levar a perdas na produção de leite. Podemos ainda fazer ajustes nas dietas quanto às frações de degradação dos ingredientes energéticos e proteicos. Ou seja, é importante utilizar diferentes fontes de energia e proteína, com velocidades de degradação ruminal sincronizadas, que possibilitem maior eficiência da fermentação bacteriana no rúmen. A realização de todas estas dicas, em conjunto, é que pode fazer do seu animal uma campeã em torneios leiteiros, somente algumas realizações irão melhorar sua participação, mas não alcançarão o objetivo da vitória. Como já dito, a manutenção da maioria destas atividades na propriedade podem trazer uma produção na lactação mais elevada, potencializando a genética existente na sua propriedade. Ganhar torneio leiteiro é consequência e são nos pequenos detalhes que faz um animal de alto valor genético tornar uma Grande Campeã de Torneio Leiteiro.


FEMAGRI

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TECNOLOGIA

Radar ou Retrovisor?

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processo de tomada de decisão trata da escolha da melhor solução para um problema ou oportunidade. Nos deparamos com a necessidade de decidir em vários momentos de nossas vidas seja em questões pessoais como escolher uma carreira, a escola dos filhos, onde morar ou questões profissionais como que cultura plantar, método de plantio, variedade a ser escolhida, tipos de equipamentos, momento de substituição etc... Na maioria das vezes, a tomada de decisão vem acompanhada de um fator importante que é a irreversibilidade, uma vez disparada a ação definida, temos que conviver com as consequências positivas ou negativas que serão geradas por ela, assim quanto mais relevante for o problema mais difícil se torna a decisão. Para o empresário ou gestor do agronegócio conviver com a tomada de decisão é uma questão corriqueira pautada na maioria das vezes pela experiência no negócio e pela proximidade com que interage com ele, assim decidir pela variedade a plantar, método de plantio ou troca de um equipamento se torna uma tarefa automática. Encontramos ai uma dificuldade para a nova geração de gestores que necessitam destinar seu tempo mais ao planejamento da atividade do que à gestão propriamente dita o que faz com que eles possuam menos experiência prática e menos proximidade do campo que seus antecessores. Entretanto, alguns fatores vem demonstrando que existem outras formas de se executar este processo que visam não só melhorar a qualidade e agilidade das decisões bem

como dar subsídios para que se decida a partir de informações precisas e em tempo real. Com o crescente desenvolvimento dos meios de comunicação e sistemas de controle de operações é possível e desejável que o processo decisório seja pautado pela análise dos resultados aferidos pelos controles e não mais só pela experiência adquirida, assim além de maior assertividade e embasamento teremos a nosso favor a agilidade, o que se traduz em menos custos ou mais produtividade o que é fundamental para a sobrevivência em nossos negócios. Imaginemos um pequeno exemplo para avaliar os dois processos:- temos um equipamento que começa a consumir mais combustível que o normal em determinada atividade, no processo de tomada de decisão por experiência e proximidade conseguiremos observar este desvio provavelmente após vários abastecimentos ou em um fechamento de consumo ao final da operação ou período; já quando utilizamos um sistema de controle este nos envia a informação de desvio de consumo no momento do abastecimento fazendo com que possamos imediatamente corrigir a falha evitando um aumento em nosso custo de operação. Assim temos à nossa disposição ferramentas que nos conduzem a uma gestão eficiente e moderna nos conduzindo por caminhos mais seguros. Cabe a nós decidir se vamos nos guiar por radares ou continuar tomando nossas decisões olhando pelo espelho retrovisor.


PECUÁRIA DE CORTE

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PECUÁRIA

FOTO: João Luiz - Comunicação SAA

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Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio das Coordenadorias de Defesa Agropecuária (CDA) e de Assistência Técnica Integral (CATI), promoveu, no dia 18 de maio, em Araçatuba (SP), o treinamento de 150 técnicos da Pasta e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), para reduzir a proliferação da mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans). O inseto, que se alimenta do sangue de animais, tem representado prejuízos na criação do gado de corte e leite no Estado, por ser o portador de parasitas sanguíneos. A atualização técnica teve como base um estudo elaborado por Grupo Técnico de especialistas da Pasta, que foi apresentado na ocasião, que detectou que o manejo inadequado da vinhaça e da palha da cana-de-açúcar pode ocasionar a proliferação do inseto. Na programação do evento, os técnicos puderam saber mais sobre a biologia do inseto, bem como os critérios e procedimentos para aplicação da vinhaça no solo agrícola. Representando o secretário Arnaldo Jardim, o assessor parlamentar Sergio Murilo Hermógenes Cruz ressaltou a integração das coordenadorias da Pasta para solucionar o problema. “O Estado de São Paulo não pode abrir mão de ser o maior produtor de conhecimento do País e nesta ocasião, estamos habilitando a infantaria da Secretaria, que são os técnicos, para que possam levar orientações aos produtores e contribuir com o seu desenvolvimento”, disse. Fernando Gomes Buchala, coordenador da CDA, enfatizou a importância do trabalho conjunto realizado pelos órgãos da Secretaria. “Quando existe a aproximação dos diversos setores produtivos, é possível criamos uma energia positiva capaz de superar as dificuldades”, ressaltou. O presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (SIRAN), Marco Antonio Viol, que apoiou a realização do treinamento, observou que a evolução do setor canavieiro nos últimos anos, principalmente o fim da queima da palha de cana-de-açúcar, exige uma mudança de comportamentos. “Precisamos resolver este problema da infestação pela mosca e tenho a certeza de que este treinamento possibilitará que

sejam tomadas medidas técnicas adequadas, sem agredir o meio ambiente”, pontuou. Para o diretor do Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR) de Araçatuba, Claudio Antonio Baptistella, a iniciativa sinaliza a preocupação da Secretaria em apresentar rápida solução a este problema que recentemente tem afetado o setor. “O ponto forte da ação é a integração das áreas da Secretaria, que tem a preocupação de dotar o seu corpo técnico de conhecimento para orientar os produtores. Este treinamento padronizará as informações que serão transmitidas e a sua realização, em Araçatuba, é importante porque o problema atinge as duas principais atividades econômicas da região, em termos de valor da produção, que são a canade-açúcar e a pecuária”, explicou.

FOTO: Portal G1

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Secretaria da Agricultura SP orienta técnicos sobre a proliferação da Mosca-dos-Estábulos

O fim da queima da palha da cana de açúcar e o uso indiscriminado da vinhaça são motivos para a proliferação da Mosca dos Estábulos (Stomoxys calcitrans)


CAFÉ

CAR é prorrogado até maio de 2017 para pequenos produtores rurais

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ma medida provisória assinada pela então presidente da República, Dilma Rousseff, prorrogou para o dia 5 de maio de 2017 o prazo para que os imóveis com até 04 (quatro) módulos fiscais façam o Cadastro Ambiental Rural (CAR), com direito aos benefícios trazidos pelo Código Florestal. A prorrogação dos benefícios associados ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) vale apenas para as propriedades ou posses rurais com menos de 04 (quatro) módulos fiscais, unidade de medida que varia de acordo com o município do país, indo de 5 a 110 hectares. Segundo o diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e responsável pela gestão do CAR, Raimundo Deusdará, a medida foi uma maneira de ampliar a inclusão dos agricultores familiares, tendo em vista que estes, conforme o Código Florestal, tem direito a apoio do Poder Público. “Uma característica do novo Código é tratar os diferentes de maneira diferente. Com a prorrogação do prazo,

teremos mais um ano para prestar apoio aos pequenos, conforme previsto na Lei”, afirmou. Deusdará explica que o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) continuará disponível para todos os proprietários ou possuidores, contudo, os cadastros de imóveis com mais de quatro módulos fiscais que forem feitos após o dia 05/05/2016 não terão acesso aos benefícios vinculados ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). “É importante ressaltar que, mesmo encerrado o prazo para ter direito aos benefícios associados ao PRA, os proprietários de imóveis com mais de 04 módulos fiscais devem fazer o cadastro. A inscrição no CAR será exigida pelas instituições financeiras para concessão de crédito agrícola e também dá ao produtor acesso aos mercados que já vem exigindo o cadastro com comprovação da regularidade ambiental”, explica. Deusdará informa também que a partir das 0h do dia 06/05 o SiCAR passará por manutenção e o cadastramento estará temporariamente indisponível. (Fonte: Canal Rural)

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CAFÉ

Mulching no controle das ervas invasoras no café

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mulching é um filme plástico comumente utilizado na agricultura, principalmente no cultivo de hortaliças, muito conhecido nas culturas como: morango, melão, tomate, alface, etc. Diante das dificuldades no campo, seja climática, de manejo operacional ou outras, tem ocorrido uma grande procura pela utilização do mulching em muitas culturas. Na cultura do café, principalmente na sua formação, o produtor sofre com diversos problemas, dentre eles, as ervas daninhas, que competem com as plantas novas por água e nutrientes, forçando a aplicar diversos manejos de controle, seja químico ou manual com capinas. Estudos já comprovaram, que cerca de dois terços dos recursos necessários para a formação da lavoura são consumidos com mão de obra, principalmente na capina e colheita. A implementação do mulching irá atuar diretamente neste controle das ervas, pois fabricado em dupla face, MPB (preto & branco) ou MPP (preto & prata), a face preta aplicada sempre para baixo, evita que a luz passe pelo filme, impedindo a germinação e crescimento das plantas invaso-

Área comparativa com plantio convencional

ras, assim diminuído os custos de uso de herbicidas e principalmente da mão de obra de capina, que hoje é um grande problema de disponibilidade. Diversos estudos e trabalhos vêm sendo realizados em institutos de pesquisa, para mostrar a viabilidade técnicoeconômico do uso do mulching na cultura do café. A Electro Plastic, líder no segmento de plasticultura, têm em sua gama de produtos o ECO MULCHING MPB, que em função da sua aditivação promove uma alta durabilidade e resistência, promovendo assim a proteção necessária durante o período de formação do cafeeiro. Além disso o uso do mulching promove outros benefícios, como controle de temperatura e umidade do solo, redução da utilização de água, uniformidade no desenvolvimento das plantas, entre outros. Na próxima edição da Expocafé, no mês de junho, estaremos presente, demonstrando aos visitantes essa nova tecnologia, que vem para revolucionar o sistema de plantio do cafeeiro. FOTOS: Electro Plastic

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Ricardo Suzuki1

Área plantada no sistema Convencional

Área de plantio com Eco Mulching MPB

AUTOR 1 - Engenheiro Agrônomo. Supervisor Técnico Comercial da Electro Plastic

Área plantada com Eco Mulching MPB


FRUTICULTURA

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CAFÉ

Casa do Café promove tour de campo em Franca (SP)

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FOTOS: Divulgação Casa do Café

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os dias 26, 27 e 28 de abril de 2016, a Casa do Café realizou o 1º Tour de Campo, com a participação de 62 cafeicultores da região que visualizaram a evolução das lavouras oriundas do manejo adotado pelos profissionais da revenda. Para tanto, foram instaladas 5 estações, em três propriedades, de tal forma que em cada estação foi destacada um tipo de tecnologia. Na primeira estação, a Produquimica apresentou a tecnologia de fertilizantes de liberação controlada (Producote/Polyblen®), onde procurou demonstrar o ganho em desenvolvimento, vigor e sanidade que as lavouras adquirem ao se adotar um fornecimento de nutrientes de acordo com a demanda da planta. Ainda, foi realizada uma dinâmica para demonstrar uma nova forma de uso do Polyblen® criada pelo Engº Agrônomo Eder Sandy, que consiste em: logo antes da amontoa, em plantios novos, aplicar pequenas doses de nutrientes a fim de garantir a nutrição no período seco, conforme apresentado na figura acima. A Dupont apresentou o Benevia®, produto lançamento para controle da Broca do Café (Hypothenemus hampei), na segunda estação. O Engº Agrônomo Wiliam Santana da Dupont destacou a seletividade, o excelente índice de controle da praga e a baixa toxicidade do produto. Foi muito

comentado a maneira de posicionar o produto, reforçando que trata-se de um produto para ser aplicado nas áreas com maior índice de incidência da praga. Na área, pôde-se constatar que o controle da broca atendeu às expectativas do agricultor e contribuiu para a manutenção da rentabilidade. Já na terceira estação, o destaque foi para o Manzate®, da UPL. Um fungicida de ação multisitio nos patógenos, de contato, que foi reposicionado de maneira inovadora no manejo de doenças do cafeeiro. O novo posicionamento adotado pela UPL consiste em aplicar o Manzate® intercalado com os triazóis + estrubirulinas, de maneira a potencializar a ação dos mesmos e ainda fazer o manejo de resistência dos agentes patogênicos. Na quarta estação, o Engº Agrônomo Tiago Rodrigues Alves apresentou mais um produto chave no manejo nutricional do cafeeiro, o Huma Kelp®. São ácidos húmicos e fúlvicos, extraídos de leonardita australiana, aditivados com extrato de algas. Em linhas gerais, o produto aprimora características químicas do solo, beneficiando a liberação de fósforo retido, a diminuição de perdas de bases por lixiviação (sobretudo potássio), manutenção da microbiota benéfica do solo e maior equilíbrio hormonal no sistema radicular. Na quinta e última estação, a FMC apresentou seu portfólio para a cultura do café, desde o tratamento de florada, tratamento de fungicidas e inseticidas de solo, fungicidas e inseticidas para aplicação aérea e herbicidas. Lá, a novidade ficou por conta de um novo posicionamento do herbicida Boral em lavouras adultas, que deve ser aplicado em pré-emergência das plantas daninhas, garantindo menor mato-competição com o cafeeiro. A Casa do Café agradece a todos os produtores que estiveram presentes nos três dias de evento e, principalmente, aos produtores Carlos Luiz da Silva, Paulo Cesar dos Santos e Werther Antônio de Abreu, pela parceria ao longo desta safra e por gentilmente terem cedido suas áreas para as demonstrações.


PECUÁRIA

Pecuaristas brasileiros querem fim da vacinação contra aftosa até 2020

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CAFÉ

O Fungo do Bem: Cladosporium cladosporioides

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FOTO: Marcos Pimenta

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m um pivô de café da fazenda Campo Aberto, no município de Barreiras (BA), ocorreu naturalmente um fungo de coloração esverdeada colonizando os frutos no ano de 2008, chamando a atenção da equipe de campo. O fato foi esclarecido pelo consultor da fazenda o engenheiro agrônomo Marcos Pimenta, que se tratava do fungo Cladosporium cladoposporioides, fungo este já comprovado os excelentes resultados na conservação da qualidade do café pela Drª Sara Chalfoun, da EPAMIG (CTSM), em vários artigos e tese publicados. O fato foi comprovado in loco pelo provador/classificador de café Ednaldo Silva, tendo este lote ganho o prêmio de melhor café natural da Bahia e terceiro melhor do Brasil. Conhecido como o fungo do bem, Figura 1. Fungo Cladosporium cladosporioides crescendo nos frutos de café em fase de maturação. o Cladosporium cladoposporioides é um bioprotetor da qualidade do fruto do café. Este microrga- ver um trabalho com o Cladosporium cladoposporioides na nismo impede o crescimento de fungos maléficos, como Fu- Fazenda Campo Aberto. A JCO é uma empresa localizada no sarium, Aspergillus, Colletotrichum e Penicillium, que intro- município de Barreiras (BA) atuando no mercado há mais de duzem toxinas nos frutos que causam deterioração do grão 15 anos, com objetivo levar ao homem do campo alternatie, portanto redução da qualidade de bebida (Angélico 2012). vas que atendam a demanda crescente do mercado agrícola Este fungo pode estar presente em todas as fases da planta por produtos diferenciados, não tóxicos ao homem e que não de café, entretanto só se manifesta visualmente na fase de agridam o meio ambiente. Nesse sentido a JCO pesquisa e maturação (Figura 1). desenvolve microorganismos a base de fungos e bactérias Após identificação do fungo, a empresa JCO Bioprodu- naturalmente presentes no ambiente. Estes microrganismos tos foi então procurada por Marcos Pimenta para desenvol- representam alternativas para o manejo racional das doenças e pragas das plantas cultivadas, através de ações que elevam a eficiência do controle convencional e biológico. Os microrganiamos da JCO são produzidos com alta tecnologia e rigoroso controle de qualidade. São seguros ao aplicador, ao consumidor e ao meio ambiente, ideal para uso em manejo integrado de pragas, doenças e nematoides. A equipe técnica da JCO isolou o fungo Cladosporium cladoposporioides na Fazenda Campo Aberto com ajuda de Ednaldo Silva, após 3 anos de pesquisa desenvolveu uma tecnologia de produção in vitro. Hoje, o fungo do bem já foi testado em várias propriedades do oeste da Bahia, contribuindo com a qualidade dos lotes de café, seguindo abaixo alguns resultados:

O Engº Agrônomo Marcos Pimenta, consultor da Fazenda Campo Aberto, em Barreiras (BA).

Fazenda Mimoso (Grupo Sequoia) Cladosporium cladoposporioides: Café duro para melhor, sem adstringência, boa doçura, uniforme, bom balanço (equilibrada), bom com corpo e boa acidez, café com leve caramelo. Sem Cladosporium cladoposporioides: Café duro,


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CAFÉ áspero e bastante ácido, com bom corpo.

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Fazenda Rio de Janeiro (Grupo Sequoia) Cladosporium cladoposporioides: Café duro para melhor, bom doce, gosto caramelizado, boa acidez, macio com boa remanescência (gosto persistente no paladar), bom para café expresso. Sem Cladosporium cladoposporioides: Café duro áspero. Fazenda Café do Rio Branco Todas as amostras de café que utilizamos o Cladosporium cladoposporioides bebeu 2 pontos acima na classificação da SCAA em relação a testemunha: Café Cereja Descascado Cladosporium cladoposporioides: 84 pontos, café com bebida mole adocicada e sem adstringência, Sem Cladosporium cladoposporioides: 82 pontos. Café Natural Cladosporium cladoposporioides: 82 pontos, café com bebida mole adocicada e sem adstringência, Sem Cladosporium cladoposporioides: 80 pontos. Os resultados em campo com a aplicação do fungo Cladosporium cladosporoides comprovam a sua eficiên-

O Engº Agrônomo Marcos Pimenta proferiu palestra sobre o Cladosporium aos participantes do 7º Intercâmbio do Café - Etapa Mogiana.

cia em proteção da qualidade do fruto de café. Acredita-se que esta melhora na qualidade é consequência da redução da população de fungos maléficos nos frutos que causam redução da qualidade de bebida. REFERÊNCIAS Angélico, Caroline Lima. Aplicação do agente biológico Cladosporium cladosporioides (Fresen) de Vries “Cladosporin” como bioprotetor da qualidade do café (Coffea arábica L.)/ Caroline Lima Angélico. – Lavras: UFLA, 2012. 321 p.: il. Tese (doutorado).


MA SHOU TAO

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CAFÉ

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á 13 anos a COCAPEC colabora anualmente com a Coleta itinerante de Embalagens Vazias. O trabalho é realizado em parceria com a FAFRAM (Faculdade Dr. Francisco Maeda), Central de Recebimento de Embalagens de Ituverava (SP) e a ARPAF (Associação das Revendas de Produtos Agrícolas de Franca e Região). Em Ibiraci (MG), o apoio foi da Campagro. Este ano, o trabalho aconteceu nos meses de abril e maio nos quatro núcleos da COCAPEC localizados nas cidades de Capetinga (MG), Claraval (MG), Ibiraci (MG) e Pedregulho (SP). Em Franca (SP) é possível entregar durante o ano todo diretamente na ARPAF. Novamente a ação foi um sucesso e foram entregues à COCAPEC cerca de 30 mil embalagens Com o auxílio de vários apoiadores, a COCAPEC colabora para dar a destinação correta a milhares de nesta campanha. O destaque ficou embalagens de defensivos. para a região de Capetinga (MG) que praticamente dobrou a en- colaboram com o meio ambiente e cumprem a legislação. trega, superando 4 mil embalagens. Vale lembrar que parte dos grandes produtores, que por sua vez possui um número elevado É LEI - A Lei nº 9974/00, disciplina a destinação final de material, fizeram a entrega diretamente nos postos de coleta. das embalagens vazias de defensivos agrícolas e distribui a Ao longo destes 13 anos, a COCAPEC já colaborou responsabilidade com o agricultor, revendedor, fabricante e para retirar do meio ambiente cerca de 400 mil embalagens. o poder público. As embalagens vazias, se tríplice lavadas Estes expressivos resultados vem do trabalho constante da adequadamente, podem ser recicladas. O não cumprimento cooperativa em conscientizar os seus cooperados e clientes das práticas acima é passível de multas e até pena de reclusão na importância da devolução. Desta forma os agricultores segundo a Lei 9.605 de 13/02/98. FOTOS: Divulgação COCAPEC

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COCAPEC realiza coleta itinerante de embalagens vazias

No município de Claraval (MG), o recolhimento aconteceu também na comunidade da Porteira da Pedra.

Capetinga (MG) teve um aumento expressivo no número de entrega, superando as 4 mil unidades.


CAFÉ

Pesquisa revela novas tendências de consumo de café até 2019

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ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) apresentou estudo recente realizado pela Euromonitor International que fez a análise das tendências de consumo para a bebida no período de 2014 até 2019. Os dados são motivadores para o mercado de food service, mas, principalmente, para o de cápsulas. A pesquisa aponta que o Brasil possui grande participação de vendas de café no varejo se comparado a outros países. O nosso alto consumo dentro do larestá vinculado à compra de café no varejo, que corresponde a 3,5%. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa mesma participação corresponde a 0,8%. O volume consumido de café no Brasil concentra-se 68% no varejo e 32% no food service. A projeção da Euromonitor para 2019 é de aumento do food service para 36% e de redução do varejo para 64%, o que mostra que o consumidor buscará mais o consumo do café fora do lar. Segundo Ricardo de Sousa Silveira, presidente da ABIC, mesmo com as dificuldades neste ano “o consumidor não deixa de comprar café, pois existe café de todos os preços”. Dados de 2014 mostram que o grão torrado no varejo tem participação nas vendas de 8%, contra 92% no food service. O café em pó no varejo corresponde a 81% das vendas, contra 19% no consumo fora do lar e as cápsulas têm participação de

94% no varejo e de somente 6% no food service. A pesquisa indica que: A desaceleração econômica impactou o consumo fora do lar, o qual deve se recuperar a partir de 2017 e a expectativa é que o consumo de café fora do lar volte a ganhar mais espaço entre os brasileiros. Apesar da diminuição no número de transações no consumo fora do lar, houve forte crescimento no consumo de café espresso, especialmente entre cafeterias e cafés preparados por baristas. O relatório trouxe dados positivos para o mercado de cápsulas que hoje corresponde a 0,6% do volume consumido no Brasil no total de 980 mil de toneladas e que, até 2019, chegará a 1,1% do volume, crescendo entre 2015 e 2019, 15,3% ao ano. Espera-se que o mercado de cápsulas movimente 2,2 bilhões de reais e 12 mil toneladas de café até 2019. A pesquisa aponta este crescimento à maior disponibilidade e aos preços acessíveis do produto, que serão grandes impulsionadores. Outro ponto importante abordado pela pesquisa é o aumento do interesse dos jovens de 16 a 25 anos por cafés, principalmente nas grandes metrópoles, por conta dos conceitos das cafeterias e inovações na categoria. Segundo dados de 2014 dessa mesma pesquisa, 49% dos jovens tomam café diariamente.

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ARTIGO

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A ARTE DE PRODUZIR QUALIDADE André Luis da Cunha - Cafeicultor, diretor-presidente da AMSC - Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana [ altamogiana@amsc.com.br ]

hega nesta época do ano e a expectativa do cafeicultor em relação a sua produção aumenta. Já foi iniciado o período de colheita da safra 2016/17 dos cafés da Região da Alta Mogiana e tudo indica, até agora, uma boa perspectiva. Pode-se falar em produtividade média de 55 sacos de 60 kg por hectare, a maturação está uniforme e há potencial para um percentual bom de peneiras maiores. Além disso, se o clima ajudar durante os próximos meses, o volume identificado de cafés especiais poderá surpreender - o que, em ano de safra cheia, é bastante positivo. Durante essa movimentação inicial que antecede a colheita, tem-se observado na Associação alguns produtores focados na qualidade de seus cafés, preocupados em realizar a análise sensorial para avaliar o potencial da bebida durante a pré-colheita de forma a trabalhar melhor a pós-colheita dos lotes que se destacarem. Algumas amostras iniciais atingiram boas pontuações, de acordo com o protocolo da SCAA (Specialty Coffee Association of America). Isso incentiva o produtor, uma vez que realizar o manejo do grão após a colheita com foco na qualidade é mais trabalhoso com um volume alto. Para o produtor conseguir manter as notas altas atingidas pela bebida nas análises preliminares, ele terá que ter o cuidado de esperar e avaliar o melhor momento para a colheita, buscando minimizar a quantidade de grãos verdes nos lotes. Outro desafio é o gargalo de infraestrutura de secagem

- característico da Região. Os terreiros e secadores ficam amontoados com grãos de café e é preciso ter um escoamento rápido para abrir espaço para o que chega das lavouras. A Região da Alta Mogiana desperta para buscar atingir seu potencial de produção de cafés especiais, elevando, no geral, a qualidade dos grãos durante esse processo. O aumento do volume de cafés diferenciados acontecerá, neste momento, de duas formas principais: pela identificação de lotes com qualidade superior que anteriormente passariam como commodity; e, por um maior percentual da safra com qualidade superior advindo de melhorias tecnológicas e de processos, principalmente de produtores engajados no segmento há mais tempo. Todo esse esforço tem como objetivo final a inserção e o crescimento da participação no mercado global de cafés especiais, buscando maior agregação de valor ao nosso produto. No ano de 2015 tivemos bons exemplos da demanda pelos nossos cafés e dos ágios que podem ser conseguidos nesse segmento. Em 2016, a expectativa é de melhorar. Deixo aqui o meu convite para os cafeicultores que desejam se inserir nesse movimento ou buscar maiores informações sobre o mercado de cafés especiais, para conhecerem o trabalho da AMSC e como a Associação pode apoiálos nesse caminho. Participar desse processo trará benefícios a todos: organização da cadeia produtiva, a promoção da Região da Alta Mogiana como origem de cafés especiais e abertura de novos mercados. Uma boa safra a todos!


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A Região da Alta Mogiana marca presença no SIMCAFÉ e na AGRISHOW

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FOTO: Divulgação AMSC

esenvolver a Indicação de Procedência do Café da Região da Alta Mogiana é um trabalho contínuo que exige uma comunicação constante com diferentes públicos. E grandes feiras de tecnologia focadas na divulgação de máquinas, equipamentos e produtos agrícolas, atraem grande número de produtores e outros participantes da cadeia. Com o objetivo de estreitar o relacionamento, principalmente com cafeicultores da Região, a AMSC estruturou um estande da Região da Alta Mogiana no 8º SIMCAFÉ para apresentar a Indicação de Procedência do Café e levar maiores informações sobre o que são os cafés especiais e o mercado mundial existente para esse segmento. Ao longo dos três dias, foi distribuído aos visitantes do estande o “Guia da Indicação de Procedência”, um verdadeiro manual voltado para quem deseja saber mais sobre a Indicação de Procedência e como acessar seu Selo de Origem e Qualidade. E também foi lançado um desafio aos consumidores e produtores: a degustação de um café com qualidade diferenciada ao lado da bebida comum, com a possibilidade de

ganhar uma colher de prova de ouro dentre aqueles que participaram da atividade. Outra presença marcante da Região da Alta Mogiana aconteceu no estande do Sebrae Nacional na Agrishow em Ribeirão Preto, que serviu durante a semana da feira, em suas máquinas de espresso, um autêntico café especial da Região com o Selo de Origem e Qualidade que identificou a fazenda produtora dos grãos aos consumidores. Foi uma excelente oportunidade de mostrar o trabalho da AMSC às autoridades e visitantes de todo Brasil.


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Importância do molibdênio na cultura do cafeeiro

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Renato Passos Brandão1 Maickon Fernando Ribeiro Balator2

Figura 1. Efeito do pH na disponibilidade do molibdênio às plantas.

s nutrientes, elementos químicos essenciais à vida das plantas, são utilizados pelos produtores rurais com o intuito de aumentar a produtividade das culturas e a qualidade dos produtos agrícolas. Neste artigo será abordada a influência do molibdênio (Mo) na cultura do cafeeiro. FUNÇÕES DO MOLIBDÊNIO NAS PLANTAS - O molibdênio (Mo) é um dos nutrientes requeridos em menores quantidades pelas culturas produtoras de grãos. A concentração média de Mo na matéria seca das plantas é 0,1 mg/kg, enquanto a concentração do nitrogênio é 15 g/kg. A extração de Mo pelo cafeeiro é extremamente pequena. Entretanto, o Mo é tão importante ao cafeeiro quanto os demais nutrientes.

AUTORES 1 - Gestor Agronômico da Bio Soja. 2 - Coordenador Técnico da Bio Soja.

A função fisiológica do Mo no cafeeiro está associada com o metabolismo do nitrogênio nas plantas, tais como, assimilação do nitrato (redutase do nitrato) e síntese de proteínas. Consequentemente, baixo suprimento de Mo, resultará em sintomas de deficiência de nitrogênio, caracterizados pela coloração verde amarela e amarela das folhas velhas (Romheld & Marschner, 1991). Com a inibição da atividade da redutase do nitrato pode ocorre acumulo de nitrato ocasionando uma necrose nas folhas velhas. Eventualmente, a clorose pode também ocorrer em folhas novas, o que pode ser devido a menor produção de cloroplastos induzida pela deficiência de molibdênio. DINÂMICA DO MOLIBDÊNIO NOS SOLOS - A forma do Mo disponível às plantas é o ânion molibdato (MoO42-) e é absorvido predominantemente por fluxo de massa. É o movimento do nutriente da solução do solo para a rizosfera (camada do solo adjacente às raízes), quando da transpiração da planta. A disponibilidade do Mo às culturas é afetada pelo pH do solo (Figura 1). Ao contrário dos micronutrientes catiônicos (Cu2+, Mn2+, Ni2+ e Zn2+), o pH mais baixo favorece a retenção do Mo nos solos, reduzindo a sua disponibilidade às plantas (Gupta, 1997). Portanto, a disponibilidade do Mo às plantas é favorecida pela calagem dos solos. Entretanto, em muitos solos, o teor total e solúvel do Mo são baixos e, assim, somente a calagem pode não ser capaz de suprir as exigências das plantas (Bataglia et al., 1975). Os solos mais arenosos possuem menores reservas de Mo e o cafeeiro é mais susceptível a deficiência deste


nutriente. As adubações fosfatadas aumentam a disponibilidade do Mo às plantas. O ânion fosfato (H2PO4-) é muito semelhante ao ânion molibdato (MoO42-), reduzindo a sua adsorção nos óxidos de ferro e alumínio no solo (Fontes et al., 2001). Entretanto, o gesso agrícola tende a reduzir a disponibilidade do Mo às plantas. Ocorre maior lixiviação do ânion molibdato às camadas subsuperficiais do solo.

FOTO: Sou Agro

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FERTILIZANTES FORNECEDORES DE MOLIBDÊNIO ÀS PLANTAS - A Bio Soja Fertilizantes possui uma linha completa de fertilizantes fluidos fornecedores de Mo destacando-se o Fertilis® Mol, NHT® BioCoMo e o Nodulus® Gold (Tabela 1). Tabela 1. Garantias dos fertilizantes fluidos da Bio Soja fornecedores de molibdênio ao cafeeiro. FERTILIZANTES FLUIDOS

GARANTIAS (p/p)

d (g/mL)

Fertilis® Mol

Co -

Mo 15

NHT® BioCoMo

1,5

15

1,40

Nodulus® Gold

1

10

1,25

1,40

MANEJO DA NUTRIÇÃO COM MOLIBDÊNIO - Realizar duas aplicações foliares com o Mo sendo a primeira aplicação no início da estação das chuvas ou irrigações e a segunda pulverização cerca de 45 a 60 dias após. CONSIDERAÇÕES FINAIS - O Mo é um elemento químico essencial às plantas e está associado ao metabolismo do nitrogênio. O Mo atua na redução do nitrato à nitrito (redutase do nitrato) e na síntese de proteínas.

De maneira geral, a deficiência de Mo no cafeeiro ocorre com mais frequência em solos arenosos, ácidos e aqueles com doses pesadas de gesso agrícola. As pulverizações foliares com o Mo devem ser realizadas no início da estação das chuvas ou irrigações.


CAFÉ e HOMEOPATIA

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esde 2007, a Homeopatia Brasil desenvolve o serviço de consultoria para implantação de cultivos sustentáveis, tendo como ferramenta principal a tecnologia homeopática. Um de seus clientes, a Fazenda Bela Época, situada em Ribeirão Corrente (SP), município vizinho à cidade de Franca (SP), possui 380 hectares de café em produção. São três gerações de cafeicultores cultivando e produzindo diversas variedades como Mundo Novo, Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Topázio, Bourbon Amarelo e Obatã. Atualmente grande parte das atividades da fazenda é liderada pelos filhos do senhor Luiz da Cunha Sobrinho – André Luiz Cunha e Luis Cláudio da Cunha. A produção tradicional de cafés foi mantida, e as atividades foram ampliadas com a criação da Monte Alegre Sementes e Mudas de Café, instalada na própria fazenda e considerada pioneira e inovadora pela produção de mudas de café em tubetes. Além disso, houve a implantação de campos experimentais em parceria com o IAC - Instituto Agronômico de Campinas, que atualmente conta com 18 campos de pesquisa de novas variedades. André Cunha é presidente da AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana), entidade que iniciou o trabalho para certificação de origem dos cafés da Alta Mogiana. Já Luis Cláudio é

FOTO: Homeopatia Brasil

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A homeopatia como técnica propulsora para abrir novos mercados internacionais

diretor da Cooperfran, armazé de beneficiamento de cafés na cidade de Franca (SP). Ambas as atividades têm como propósito principal a promoção dos cafés de qualidade produzidos na Alta Mogiana, tradicional região produtora de cafés do Brasil. A proposta foi sempre a de produzir qualidade de um modo planejado. “Junto com o nosso pai, Luiz da Cunha Sobrinho, trabalhamos com afinco para organizar a produção de café da fazenda, deixando-a mais estruturada, mais mecanizada, talhões maiores, novas técnicas de produção, inclusive com irrigação. Nós enxergávamos que poderíamos ir mais além. Assim, adotamos processos de certificação da propriedade. A partir de então, como forma de abrir novos mercados, os irmãos Cunha criaram a Fazenda Bela Época, e o que era uma floresta de Cedro Australiano para reflorestamento comercial tornou-se uma lavoura de café sombreado e consorciado para a produção de café orgânico. “Esta ideia surgiu com o início da implantação das certificações, que exigiam redução da aplicação de agrotóxicos. Assim, buscamos tratamento alternativo para o auxílio no controle de pragas e doenças e para garantir vitalidade e resistência do cafeeiro. Foi assim que encontramos a Homeopatia Brasil. A partir


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FOTOS: Homeopatia Brasil

CAFÉ e HOMEOPATIA

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Uniformidade e sanidade dos grãos de café com o uso da homeopatia

Produtividade igual ou melhor do que nos talhões convencionais.

de então, com a orientação técnica da equipe da Homeopatia Brasil, foi implantada a primeira área com café orgânico nos 4 hectares sombreados. Mas logo em seguida já observamos que o desenvolvimento foi muito bom, mesmo com todos os desafios no tocante à parte nutricional.” “Com o tratamento homeopático no auxílio do controle de pragas e doenças, o equilíbrio do sistema mostrou um resultado extremamente positivo, o que nos fez concluir que estávamos no caminho certo. Os resultados foram muito interessantes e passamos a expandir para outras áreas”, explicou André Cunha. No começo, o próprio André Cunha se mostrou reticente com os resultados a serem obtidos nos talhões que seriam convertidos em orgânico. Hoje, após o trabalho realizado pela equipe da Homeopatia Brasil, o empresário mostra-se satisfeito, confiante e é um dos maiores incentivadores da atividade. “É uma forma de diversificação da produção cafeeira na propriedade, com foco num nicho de mercado que paga pela qualidade. O cafeicultor brasileiro

não pode ignorar isto”, disse André Cunha. Atualmente, a Fazenda Bela Época e a Homeopatia Brasil ampliaram o projeto com a conversão de mais 36 hectares de cafés para manejo orgânico. “Ainda estamos no início de nosso projeto, porém os resultados comprovaram que o trabalho da Homeopatia Brasil estimula realmente a defesa e a resistência das plantas, garantindo a sanidade em todos os aspectos. Temos hoje talhões homeopáticos tão bons ou melhores que os talhões convencionais.” PRODUTIVIDADE E CUSTO - Outros dois fatores são citados por André Cunha como primordiais para quem tem como foco a rentabilidade econômica da produção. Primeiro é a produtividade e a segunda o custo dos produtos homeopáticos empregados na lavoura de café. “É o que mais nos deixa satisfeitos. Estamos atualmente com uma produtividade média praticamente igual da área convencional. Quando associamos esta produtividade com os custos dos produtos homeopáticos e o custo final de aplicação dos


FOTOS: Homeopatia Brasil

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mesmos é que compreendemos que a produção de cafés orgânicos tem um potencial enorme para pequenos, médios e grandes cafeicultores”, explica André Cunha. Na produção convencional, devido à constante pressão de pragas e doenças, o número de aplicação de agroquímicos é enorme, o que aumenta consideravelmente o custo da produção na cafeicultura. O mesmo acontece com relação a área nutricional. Como os preços dos fertilizantes químicos geralmente estão atrelados ao dólar, o custo de produção é extremamente alto, enquanto que grande parte dos compostos orgânicos apresenta valores mais estáveis e competitivos. “O que estimula a Fazenda Bela Época a trabalhar com a cafeicultura orgânica é o respeito com o meio ambiente e com os nossos colaboradores, mas também com a possibilidade de alcançarmos excelentes preços de café no mercado internacional, além de reduzirmos consideravelmente o nosso custo de produção”, disse André Cunha. Segundo o empresário, a Homeopatia Brasil tem proporcionado segurança no manejo fitossanitário da lavoura com o uso dos preparados homeopáticos, mostrando que a Homeopatia é uma tecnologia que veio para ficar. Quando não há interferência no sistema agrícola com a aplicação de agroquímicos, a cultura vai se equilibrando naturalmente a cada ano, obtendo maior resistência da planta e melhor estruturação do solo. “Acredito que a tecnologia homeopática vai expandir e evoluir na cafeicultura. E a Homeopatia Brasil tem nos proporcionado uma segurança muito grande em função destes bons resultados. O melhor conselho, sempre, é adotar um planejamento de implantação gradual, até atingir os 100% da área”, é o que estamos fazendo afirmou. A CERTIFICAÇÃO - Para atender as exigências comerciais internacionais, a Fazenda Bela Época teve que con-

Célio Garcia Neves (Diretor Comercial da Homeopatia Brasil), no talhão de manejo orgânico sombreado da Fazenda Bella Época.

quistar várias certificações. Especificamente para as transações comerciais como café orgânico, a empresa possui os certificados Orgânico Brasil, USDA Organic, JAS, EU, UTZ, RAS e IBD. “Assim, para cada região do mundo, com legislações diferentes e certificações diferentes, nós atendemos a todas. Sem estas certificações, não conseguimos comercializar este café no mercado internacional. O produtor, contudo, precisa entender que simplesmente obter as certificações internacionais que comprovam a integridade do produto não garante a venda. O produto também precisa passar pela análise química do grão, onde se avalia principalmente resíduos de agroquímicos”, finalizou André Cunha.


CAFÉ

Viveiro Conquista realiza “2º Espaço Café” MAI/2016

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o último dia 05 de maio, na sede da Agropecuária Agrícola, município de Jeriquara (SP), o empresário agrícola Rodrigo de Freitas reuniu cerca de 200 convidados entre autoridades, profissionais do setor e cafeicultores de toda a região da Alta Mogiana, Triângulo Mineiro e Sul de Minas. Com a proposta de viabilizar a troca de experiências através de um bate-papo agradável, o 2º Encontro de Cafeicultores permitiu, mais uma vez, a divulgação dos trabalhos realizados junto com os parceiros deste evento nos talhões de café da Agropecuária Conquista e no Viveiro Conquista. Os excelentes resultados obtidos proporcionam o cresci-

FOTOS: Revista Attalea

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Evento reuniu cafeicultores e contou com o apoio da Syngenta, Bio Soja, Valoriza e Netafim

Rodrigo de Freitas apresentou aos convidados os resultados do trabalho da Agropecuária Conquista e no Viveiro Conquista.

O palestrante do evento, José Carlos de Lima Junior


FOTOS: Revista Attalea

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Bruno Belmiro da Valoriza

Tadeu Souza, da Syngenta.

mento do desenvolvimento sustentável e lucrativo das propriedades. Merece destaque no Viveiro Conquista, a excelência do manejo e da sanidade das mudas de café. Isto graças à seriedade na condução dos trabalhos e no acompanhamento pontual de técnicos especializados. Esta qualidade superior gera um benefício direto aos cafeicultores da região: a oferta antecipada de mudas, em relação a outros viveiros. Rodrigo de Freitas agradeceu a presença e confiança de todos presentes e apresentou o novo produto

do Viveiro Conquista, as mudas de Mogno Africano, comentando sobre as vantagens do cultivo integrado deste produção na cafeicultura. O evento contou ainda com a presença do Profº José Carlos de Lima Junior, especialista em Estrutura de Mercado e Planejamento Estratégico; Doutor em Administração e Marketing pela FEA/USP e diretor da Markestrat, que ministrou a palestra principal abordando o seguinte tema: “A Cafeicultura e a Tomada de Decisão sobre Investimento no Setor”.

Acima, Mário Arias, da CHB Sistemas. Abaixo, Éder Guirau, do Grupo Bio Soja.


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ETAPA SUL DE MINAS - O primeiro dia do evento, os participantes visitaram os talhões de café da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em São Sebastião do Paraíso (MG), propriedade de Walter do Carmo Pádua Jr. Contaram, ainda, com a apresentação do “Gafanhoto” e da “Aranha”, equipamentos para varrição de café da SWZ Máquinas Agrícolas.

Grupo visitou lavoura em Carmo do Rio Claro (MG), com tratamento completo da FMC e com Bio Soja foliar.

FOTO: RR Consultoria

Em São Sebastião do Paraíso (MG), os cafeicultores puderam conferir a inovação tecnológica das máquinas da SWZ.

Além disto, com a demonstração do “Descascador de Café Penagos”, equipamento que descasca os grãos com o uso mínimo de água. Para finalizar a primeira parada, a IBAR Nordeste apresentou soluções para a correção de magnésio via Óxido de Magnésio Agromag®. Em seguida, os visitantes foram para o Sítio Boa Esperança, em Carmo do Rio Claro (MG), de propriedade do Sr. Luiz Fernando Mazzarolo, com destaque para a lavoura irrigada, com tratamento FMC desde o plantio e a apresentação do portifólio do Grupo Bio Soja pelo Engº Agrº Cássio Rodrigues. “Esta propriedade é parada costumeira neste evenFOTO: RR Consultoria

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niciado no dia 19 de abril, em São Sebastião do Paraíso (MG), o 7º Intercâmbio do Café - evento realizado pela RR Consultoria e que recebe a participação de vários outros consultores especialistas em café e muitos cafeicultores de praticamente todas as regiões produtoras de café do País - foi finalizado no último dia 05 de maio, na Fazenda Santa Tereza, em Jeriquara (SP), região da Alta Mogiana. O evento foi criado pelo consultor Régis Ricco, diretor da RR Consultoria com a proposta de se percorrer, anualmente, as regiões cafeeiras do Sul de Minas e Mogiana Paulista, promovendo a interação entre Produtores e Consultores, com visitas técnicas em lavouras que trabalham com a alta tecnologia, com ênfase em casos específicos, como manejos diferenciados, mecanização e utilização de produtos. “Considero o Intercâmbio extremamente importante exatamente por fazer com que os cafeicultores das diferentes regiões possam visualizar e aprender novas técnicas, fazendo com que estas técnicas sejam levadas para suas lavouras”, explicou Régis Ricco. Os custos com deslocamento dos cafeicultores corre por conta de cada um deles, mas os encontros recebem o apoio (almoço e jantar) de empresas do agronegócio interessadas em difundir o nome da empresa, bem como os produtos (fertilizantes, químicos, etc.) utilizados nas lavouras. Neste ano, participaram do evento cafeicultores, técnicos e consultores do Sul de Minas, Vale do Jequitinhonha, Alta Mogiana, Baixa Mogiana, Cerrado Mineiro, Oeste da Bahia e da Colômbia.

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RR Consultoria realiza o 7º Intercâmbio do Café no Sul de Minas e na Alta Mogiana

Na Fazenda do Leme, em Varginha (MG), os participantes puderam conferir o desempenho da máquina podadeira “DNA Reghin”.


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to. Os participantes puderam constatar novamente como é possível buscar altas produtividades com critérios diferenciados, desde a formação de mudas até o plantio sob irrigação (gotejamento), com tratamento FMC e Bio Soja, empresas que dispõe de portifólio completo para a cafeicultura”, disse Ricco. Logo depois, os participantes seguiram viagem para Alfenas (MG), em visita à Ipanema Agrícola S/A. “Foi realmente uma visita muito esperada por todos, dado à pujança e importância da Ipanema no cenário da cafeicultura nacional. Trata-se de uma empresa fundada na década de 70 e que dispõe de um corpo técnico de grande competência e que mostra que, mesmo em casos de grande porte, pode-se fazer o melhor”, explicou Régis. Eduardo Tassinari, diretor da empresa, recepcionou os visitantes, apresentando os manejos empregados, a formação de lavouras de alta tecnologia, renovação de lavouras com irrigação por gotejamento enterrado e a fertirrigação. Na noite do mesmo dia (19/04), todos os participantes puderam assistir à palestra “Situação Atual do Conilon no Brasil”, proferida pelo Sr. Abraão Carlos Verdin Filho, renomado consultor e pesquisador do INCAPER (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assitência e Extensão Rural do Espírito Santo). “Foi praticamente uma aula de como se comporta e como se maneja uma outra espécie de café: o Conilon. Foram abordados os temas: tratamento da broca-do-café, podas diferenciadas e adubação equilibrada. Foi passado à todos a real situação da Cafeicultura daquela região que passa atualmente por uma seca histórica, com perdas expressivas de safra! No dia 20 de abril, a caravana dirigiu-se para Varginha

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Na lavoura do produtor André Reis, puderam conferir o excelente manejo desenvolvido pelo consultor Tiago Souza.

(MG), onde puderam constatar um bom trabalho de poda e decote, além da excelência do Tratamento Syngenta, com portifólio completo para a cafeicultura de alto desepenho e produtividade. Posteriormente, a caravana dirigiu-se à Fazenda do Leme, de propriedade do Sr. Ismael Reghin e Filhos, ainda em Varginha (MG). “Nesta visita, tivemos uma mostra da empresa Mundo Novo Máquinas, onde pudemos conferir o desempenho da máquina podadeira “DNA Reghin”, em dinâmica de campo. Realmente surpreendente o desempenho nos trabalhos de decote, poda e capação”, afirmou Ricco. Nesta mesma propriedade puderam conferir o


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desempenho do MultFertilizante Organomineral. “Trata-se de um novo conceito em adubação do cafeeiro, baseado não só na simples fertilização, mas também no baixo impacto de agressão na química de solo, bem como no alto desempenho nutricional, o que possibilitou ao produtor, um enorme ganho na questão do vigor, sanidade, produtividade e granação”, explicou o consultor. No dia 21 de abril, último dia na Etapa Sul de Minas, os participantes puderam fechar com chave de ouro, na lavoura do produtor André Reis, com excelente manejo do consul-

Todos os participantes, em uma foto panorâmica, no Mirante da Ipanema Agricola S/A.

tor Tiago Souza (DuPont). “Lavouras muito bem formadas, com irrigação por gotejamento enterrado, dispondo de excelencia no questão nutricional e fitossanitária, além de muito critério na questão da correção de solo. Além disso, o portifótio DuPont foi um grande diferencial na questão do manejo de pragas e doenças”, afirmou Régis. ETAPA ALTA MOGIANA - A caravana iniciou procedimentos na Alta Mogiana no dia 03 de maio, passando pela região de Cássia (MG) e Ibiraci (MG), fazendo a primeira parada técnica em Cristais Paulista (SP), na propriedade Fazenda Eldorado II, de Jean Vilhena Faleiros. Esta propriedade é visitada pelo Intercâmbio do Café desde sua formação. “Isso é muito importante para que possamos acompanhar o desepenho das lavouras, ano a ano, sem que sejam mostradas lavouras apenas em anos de boa produção”, disse Régis Ricco, organizador do evento e consultor da propriedade. Nesta parada, os participantes puderam conferir novamente como está se comportando o sistema de gotejamento enterrado, com alta tecnologia e tratamento diferenciado usando o portifólio FMC, buscando altas produtividades em sequencia, marca registrada dos bons produtores irrigantes da Alta Mogiana. Em seguida, os participantes dirigiram-se para o

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Na Fazenda Eldorado II, a caravana pode conferir o comportamento do sistema de irrigação por gotejamento enterrado e a fertirrigação.

Fazenda Eldorado II, de Jean Faleiros, com a apresentação do portifólio da FMC.


Sítio São Lucas, na Labareda Agropecuária, para o Evento da Multfertilizantes. Nesta parada foi mostrado uma lavoura com boa produção, tratada com MultFertilizantes Organomineral. “É um novo conceito de nutrição do cafeeiro, onde o produtor tem a possibilidade de levar fertilizante e fertilidade à sua lavoura. Trata-se de um Organomineral Classe A, único indicado para uso em agricultura de produção de alimentos, já que é totalmente livre de toxinas e metais pesados ou contaminantes. Pode e deve ser aplicado em apenas 1 ou 2 vezes (substituindo 4 ou 5 aplicações do químico tradicional), à depender da física de solo (argiloso ou arenoso), diminuindo em muito a questão dos gastos com mecanização nas lavouras. É o futuro no quesito Nutrição do Cafeeiro”, explicou Marcos Lucas, gerente comercial da Multfertilizantes. Muitos consultores e produtores do Sul de Minas estiveram presentes, afirmando e atestando a qualidade e eficiência do MultFertilizantes Organomineral, já que usam e recomendam com tranquilidade. “Não tenho mais dúvidas. É muito eficiente e com uma proposta muito boa de diminuição de custos. Já fui reticente, mas após acompanhar por 4 anos, não tive como não dar mão à palmatória. Hoje recomendo com tranquilidade”, afirma o consultor Moisés da Cruz Alves, de Varginha (MG). Na noite do dia 03 de maio, o grupo participou de duas palestras no Hotel Dan Inn. A primeira com o Engº Agrº Dr. Marcos Pimenta, que abordou o tema “O Fungo do Bem - Cladosporium cladosporioides”. Em sequência, o colombiano Engº Agrº Dr. Jorge Iván Jaramillo abordou o tema

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Na Fazenda Água Limpa, de Renato Cintra Diniz, os participantes puderam conferir os resultados do portifólio Bayer.

“Manejo Sustentável do Cafeeiro na Colômbia”. No dia 04 de maio, a caravana foi para a Fazenda Água Limpa, de propriedade do Sr. Renato Cintra Diniz e Filhos. Nesta parada os participantes puderam conhecer um enorme campo de trabalho e pesquisa da Bayer CropScience. Os participantes tiveram uma grande explanação do pesquisador Engº Agr Msc Rodolfo San Juan, que não poupou esforços em transmitir todo seu enorme conhecimento em cafeicultura. Os participantes puderam acompanhar uma dinâmica de apuração de colheita em uma lavoura nova


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Drª Flávia Patrício (Instituto Biológico de Campinas/SP); o Profº Drº José Donizeti Alves (UFLA); e do Drº Marcos Vilela (Bioaeronáutica)

(1ª safra), com diferencial no tratamento Bayer, com produção estimada em 80 sc/ha, com apenas 2 anos. “É um grande diferencial. Conseguir essa produção num porte alto em primeira safra não é fácil. A região é bem tradicional em grandes produtividades nessa idade, mas sempre nos porte baixos”, afirmou o consultor Régis Ricco. Na 2ª parada, a caravana contemplou a palestra e a apresentação institucional do Grupo Bio Soja, onde foram apresentadas todas as unidades da empresa no Brasil. Apesar de inúmeros produtores do Sul de Minas já usarem os produtos Bio Soja, a empresa é sempre presente no Intercâmbio do Café, até como forma de agradecer aos usuários com uma estrutura totalmente preparada para almoço com os produtores. A caravana seguiu jornada e foi contemplada com lavouras diferenciadas, resultado de um trabalho primoroso no Sitio Santa Rita, dos produtores: Rodrigo de Freitas Silva e Irineu Rodrigues Pereira Jr, propriedades em Jeriquara (SP). “Esta também é uma parada tradicional do Intercâmbio do Café, onde o tratamento com Portfólio Syngenta é que faz a diferença. Ambos são usuários tradicionais de tratamento fitossanitário Syngenta e, talvez, uma das melhores produtividades da Alta Mogiana. O Engº Agrº Thadeu Sousa foi muito feliz apresentar lavouras com mais de 100 sc/ ha, o que pôde ser constatado in loco por todos ali presentes. E melhor: como já é de tradição, essas produtividades são vistas em todos os anos pares nestas propriedades”, disse Régis. Rodrigo e Irineu serviram de exemplo para outros cafeicultores, ao longo dos anos. “Esses dois produtores nos incentivaram muito em melhorar a formação de nossas lavouras no Sul de Minas, desde a formação das mudas até um tratamento diferenciado”, afirma o produtor Luciano Reghin, participante desde o 1ª edição do Intercâmbio do Café. “Foi uma grande sinergia, o que houve entre esses participantes. Desde a 1ª Edição eles iniciaram uma grande amizade, o que resultou numa grande transferência de conhecimento (de ambos os lados), e que acabou até por incentivar e realizar a Associação Fair Trade em Jeriquara (SP), que hoje é realidade e já tem ajudado em muito os associados”, disse Régis Ricco. A noite do dia 04 de maio aconteceu o 1º Fórum do Café, evento realizado na Agropecuária Conquista, em Jeriquara (SP). O evento contou com uma mesa de debates com a participação dos palestrantes Drª Flávia Patrício (Instituto

Biológico de Campinas/SP), que abordou sobre as Doenças do Cafeeiro; o Profº Drº José Donizeti Alves (UFLA), que abordou sobre a Fisiologia do Cafeeiro; e do Drº Marcos Vilela (Bioaeronáutica), que abordou sobre a Tecnologia de Aplicação. Os consultores Régis Ricco, Marcos Pimenta e Moisés Alves foram os mediadores do fórum, com o apoio da Syngenta. O último dia do 7º Intercâmbio do Café, a caravana visitou a propriedade do cafeicultor Alexandre Engler, em Jeriquara (SP), também costumeira parada do Intercâmbio do Café. Nesta parada técnica, os participantes puderam analisar uma lavoura de sequeiro que mostra alta produção e alta média de produticidade, com tratamento DuPont. De uma maneira muito didática e aberta aos demais, o consultor Eder Sandy, conseguiu o que muitos disseram ser “a extensão do Fórum”, dado o alto nível de discussão que aconteceu neste que foi o encerramento do evento. “Foi ótimo ver o trabalho maravilhoso do Eder e praticamente um debate in loco aberto à todos, sobre: correção, nutrição, sanidade e tudo mais. Show de parada técnica”, disse o consultor Marcos Pimenta, de Luis Eduardo Magalhães (BA). “Ano que vem teremos um evento maior, bem mais organizado, até por conta das várias empresas que já confirmaram presença e também porque devemos abrir para outros grupos de consultores, que já manifestaram apoio e pedidos de participação”, afirmaram os organizadores Régis Ricco, Marcos Pimenta e Moisés Alves.

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Produtores conferiram a alta produtividade com o tratamento Syngenta.

Na propriedade de Alexandre Engler, em Jeriquara (SP), os participantes puderam analisar uma lavoura de sequeiro que mostra alta produção e alta média de produticidade, com tratamento DuPont.


CAFÉ

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MultFertilizantes é uma empresa 100% nacional, criada especificamente para desenvolvimento e distribuição de produtos foliares diferenciados em todo o território nacional. Destaca-se a grande experiência de seus gestores, em sua maioria com formação agronômica e comercial, que idealizaram um produto que traduz o que há no mercado de mais prático, versátil e eficiente em termos de nutrição. A Linha MultiSais nasceu da parceria da Multitécnica (tradicional fabricante de sais minerais, cuja atuação vem crescendo muito no mercado, devido ao conceito de qualidade, atendimento e capacidade produtiva, que garantem aos produtos da linha, confiabilidade e competitividade, principalmente por ter à mão a própria matéria-prima) e a MultFertilizantes, que além de desenvolver o produto, mantém campos experimentais para acompanhar sempre o desempenho de seus produtos. Em todas as culturas, a prática da adubação é utilizada para repor a quantidade de nutrientes exportados pela cultura e também recompor as perdas e interações que ocorrem no sistema. Neste contexto, foi desenvolvido o MultFertilizantes, um fertilizante organomineral composto de matéria orgânica humificada, de liberação lenta e de fácil manuseio e aplicação. Apresenta-se em oito tipos de formulações básicas, A empresa ainda disponibiliza aos produtores rurais a possibilidade de formulações sob medida. Como vantagem, o MultFertilizantes reduz a fixação de fósforo no solo; reduz a necessidade de calagem por não

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Conheça o fertilizante organomineral da MultFertilizantes

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acidificar o solo; disponibiliza fósforo com índices diferentes de solubilidade, proporcionando absorção a curto, médio e a longo prazo; garante às plantas maior resistência à seca; melhora a CTC do solo; e aumenta o enraizamento. O Multfértil pode ser aplicado em três diferentes épocas: a) - Plantio: junto com a semente ou com a muda; b) Adubação de Cobertura: sendo aplicado na superfície, incorporando de leve, ao longo da linha da cultura ou em volta da muda; c) - Plantas Adultas: como adubação de manutenção, na época das chuvas ou quando da realização de tratos culturais, distribuindo o fertilizante em sulcos abertos na linha da cultura


MEIO AMBIENTE

Luis Fernando Paulino1

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ARPAF (Associação das Revendas de Produtos Agrícolas de Franca e Região), fundada em 31 de julho de 2002, é uma entidade associativa sem fins lucrativos, está estabelecida à Av. Wilson Bego, 401, Distrito Industrial, em Franca (SP), A entidade foi fundada com o objetivo exclusivo de cumprir a Lei Federal nº 7.802/89, com redação dada pela Lei Federal nº 9.074/00 e pelo Decreto Federal nº 4.074/02, para cumprir o papel de recepcionar, armazenar e promover a destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas das propriedades rurais da região de Franca (SP). Conta com a parceria e apoio fundamental da Prefeitura Municipal de Franca (SP); INPEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias); FAFRAM (Faculdade de Agronomia de Ituverava/SP); e as seguintes revendas associadas: Agropec CP, Bolsa Agronegócios, Cocapec, Casa do Café, Casa das Sementes, Dedeagro, Campagro, In-

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ARPAF cumpre o papel ecológico e social no recolhimento de embalagens de defensivos agrícolas

AUTOR 1 - Engenheiro Agrônomo e diretor da ARPAF. Tel. (16) 3720-2584 e 9.92543340.

sumos JP, Agrotécnica e Marca Produtos Agropecuários. Desta maneira, já há 12 anos, o Posto de Recebimento da ARPAF recebe as embalagens vazias dos defensivos agrícolas, facilitando a devolução das mesmas por parte dos agricultores dos municípios da região, encaminhando as mesmas para a Central de Devolução, instalada no município de Ituverava (SP). Cumpre ressaltar, que todo o processo de devolução é inteiramente gratuito ao produtor rural. Com mais de uma década de implantação, o Posto de Recebimento da ARPAF já recebeu mais de 1.000.000 de embalagens vazias, que, sem sua devolução, seriam estocadas ou mesmo destruídas indevidamente. Com esta normatização e direcionamento, os produtores da região (conscientes de seu compromisso ecológico) realizam com facilidade a devolução das embalagens vazias. Assim, a ARPAF cumpre seu papel Ecológico e Social, pois permite e estimula uma agricultura mais consciente e ambientalmente correta. Recomendamos, contudo, que o agricultor atente-se para as normas de devolução de embalagens vazias.


FEMAGRI

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CAFÉ

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Matiello (pesquisador da Fundação Procafé). Mais de 800 pessoas participaram do circuito técnico de pesquisa, organizado pelo Engº Agrº Marcelo Jordão Filho, responsável pela Unidade. Divididos em grupos, os participantes puderam conferir os resultados das pesquisas na região, além de inovações demonstradas na prática dos ensaios de Comportamento de Novas Variedades; Espaçamentos x Variedades; Poda e Condução de Brotos; Manejo do Mato; e de Melhoramento Genético do IAC. Várias empresas do setor participaram do evento, com estande próprio: Electro Plastic, Stoller, Casa das Sementes, Gota Certa, LS Tractor Arabica, Adama, Produquimica, Syngenta, Bayer, Basf, Arysta, FMC, Gecal, Aminoagro, NR Motors Mitsubishi e Santa Emilia Toyota FOTO: Fundação Procafé

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Fundação Procafé, em convênio com a Fundação Experimental do Café da Alta Mogiana, realizou no último dia 18 de maio o 1º Dia de Campo na Fazenda Experimental de Franca (SP), na região cafeicultora da Alta Mogiana. O evento contou com o apoio técnico e institucional do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), COCAPEC (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas) e da Prefeitura de Franca (SP), através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, além de empresas parceiras. Dentre as principais autoridades, a solenidade de abertura contou com: Mauricio Miarelli (diretor-presidente da COCAPEC e coordenador do CNC - Conselho Nacional do Café), José Edgard Pinto Paiva (diretor presidente da Fundação Procafé), e Edson Castro do Couto Rosa (presidente da Fundação Experimental do Café da Alta Mogiana). Destaque para as presenças dos principais pesquisadores melhoristas em café do País: Luiz Carlos Fazuoli (pesquisador melhorista aposentado do Centro de Café do IAC); Roberto Antônio Tomaziello (pesquisador aposentado do Centro de Café do IAC); Paulo Boller Gallo (pesquisador da Estação Experimental do IAC em Mococa/SP) e José Braz

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Sucesso absoluto no 1º Dia de Campo da Fazenda Experimental de Café da Alta Mogiana


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Marcelo Jordão Filho discursa na solenidade de abertura, ao lado de José Matiello e José Edgard Pinto Paiva (Procafé)

Pedro Avelar (Cati EDR-Franca), José Matiello (Procafé), Sérgio Parreiras Pereira (IAC e Rede Social do Café) e Geraldo Magela (Terra de Cultivo)

Os pesquisadores José Braz Matiello (Procafé), Paulo Gallo (IAC Mococa), Luiz Carlos Fazuoli (IAC) e Roberto Antônio Tomaziello (IAC)

O estande da Electro Plastic foi um dos mais procurados no evento.


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tradicional encontro de cafeicultores organizado pela Casa das Sementes, uma das maiores revendas de produtos agrícolas e pecuários na Alta Mogiana, o “Dia de Campo Soluções para a Cafeicultura 2016”, foi realizado no último dia 13 de maio no Sitio Santa Izabel, divisa entre os municípios de Franca (SP) e Ribeirão Corrente (SP), propriedade do cafeicultor Antônio Carlos David. A propriedade conta com a assistência técnica de Edmilson Bezerra, técnico agrícola da Casa das Sementes. Cerca de 65 cafeicultores participaram do evento que teve como foco a integração de tecnologias na busca da máxima produtividade no campo. Contou com três estações, das empresas Syngenta (agroquímicos), BioCross (fertilizantes foliares) e

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Casa das Sementes promove dia de inovações e soluções para a cafeicultura

Paulo Figueiredo (diretor da Casa das Sementes), o cafeicultor Antônio Carlos David e o Técn. Agrícola Edmilson Bezerra, consultor da Casa das Sementes no Sítio Santa Izabel.

Elder Silverio, Representante Técnico da BioCross.

Marcelo Brazão, Assistente Técnico de Vendas da Syngenta.

Ivan Bonaretto, Engenheiro Agrônomo da Yara.

Yara (fertilizantes em geral). Marcelo Brazão, Assistente Técnico de Vendas da Syngenta, apresentou os resultados do controle de pragas e doenças desde a formação de mudas, nas lavouras recém-plantadas e em lavouras em produção, através da utilização do Priori Top®, Verdadero®, Actara®, Priori Xtra® e outros. O ATV acentuou, ainda, os resultados dos dois produtos recentemente lançados pela Syngenta: o Durivo® (com extraordinários resultados no controle do Bicho-Mineiro e da Cigarrinha na cultura do café) e o Voliam Targo® (produto revolucionário que vem ao encontro da necessidade dos cafeicultores no controle do Ácaro-Vermelho, Bicho-Mineiro e Broca-do-Café, tudo em um único produto). Em seguida, Elder Silverio (representante técnico da BioCross) apresentou o portifólio da empresa, utilizados desde a nutrição de formação de mudas em viveiros, até na lavoura formada em produção. Destaque para o Aminoflex Micro®, Ascomaxx®, Azzura Plus®, Finestra®, Protton®, dentre outros. O produto-chefe da Biocross, o Ascomaxx®, apresenta uma alta concentração da alga Ascophyllum nodosum, além de potássio, manganês, zinco e enxofre. A recomendação é de 500 ml/ha, via pulverização foliar em pelo menos três aplicações ao ano: no início da brotação, pré-florada e chumbinho. O produto promove um


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excelente desenvolvimento vegetativo, tolerância ao estresse e, claro, aumento da produção e qualidade do cafeeiro. Apresentando o portifólio da Yara, o Engº Agrônomo Ivan Bonaretto deu uma aula sobre nutrição da lavoura cafeeira. Apresentou o que há de mais inovador na cultura, reforçando que há muitos materiais e técnicas ainda inexploradas pelos cafeicultores, que prometem um excelente avanço de produtividade do café. Ivan apresentou um manejo inovador que vem dando excelentes resultados para a cultura que é a Adubação de Inverno, nos meses de maio/junho, com o adubo Nitrabor® (N 15,4%; Ca 18,3%; B 0,3%). Em sequência, no mês de setembro, recomenda-se outra adubação, utilizando-se de 300 a 400 kg/ ha em cada adubação. Outro diferencial apresentado pela Yara é o Yara Mila® 19.04.19, um fertilizante complexado que possui nitrogênio nítrico e amoniacal, fósforo e potássio no mesmo grânulo, ou seja, não há enchimento e todos os grânulos possuem a contentração citada. Os nutrientes são de alta solubilidade e qualidade, que conferem nutrição uniforme à cultura do café, resultando assim em um melhor aproveitamento do nutriente pelas plantas. Ivan Bonaretto finalizou sua apresentação com a in-

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dicação dos fertilizantes foliares Zintrac® (rico em zinco) e Bortrac® (rico em boro). Logo após as apresentações, os participantes visitaram todos os talhões da propriedade, comprovando a efetividade do manejo dos produtos, bem como a assistência oferecida pela equipe da Casa das Sementes. A lavoura de café do produtor Antônio Carlos David apresenta uma média de produtividade de 55 sacas de café beneficiado por hectare. Toda a lavoura é de sequeiro.


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Bayer e Dedeagro colhem juntos resultados de uma parceria de sucesso.

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Fernanda Ferreto1 e Guilherme Henrique Jacintho Mendonça1

om a proposta de difundir tecnologia para os produtores de café, da região da Alta Mogiana, a Bayer CropScience em parceria com a Dedeagro, tem a oportunidade hoje de colher e divulgar os resultados obtidos através do Programa AGD Bayer/Dedeagro, que com certeza esta levando para os produtores das comunidades da região conhecimento agronômico, acompanhamento técnico das lavouras e um excelente programa de tratamento fitossanitário, que proporciona a todos os envolvidos uma excelente colheita, com resultados financeiros muito positivo. O programa tem como responsável a Engª Agrônoma Fernanda Ferreto, que acompanha as lavouras da região, levando para o produtor o que tem de mais novo no mercado de defensivos agrícolas, além do conhecimento agronômico que proporciona o uso correto dos defensivos Bayer, representado pela Dedeagro na região, e que em parceria com o produtor, tem alcançado resultados em produtividade muito satisfatórios. O portfólio Bayer, hoje o mais completo do mercado, é composto por Fungicidas, Inseticidas, Acaricidas, Maturador e agora com o mais novo Herbicida do mercado. Alion® é um herbicida pré-emergente, produto inovador que trará para a cafeicultura moderna um novo conceito de manejo de mato visando um excelente controle por período prolonga-

AUTORES 1 - Engenheiros Agrônomos da Dedeagro. Franca (SP)

José dos Reis (Consultor Técnico de Vendas da Dedeagro) e Valdeci Antônio David (Cizinho), produtor do município de Franca (SP), colhendo os frutos obtidos com o uso do portfólio Bayer.

do, proporcionando as lavouras melhor aproveitamento de adubo, luz solar e água disponível no solo, acabando com a matocompetição. Assim a Dedeagro em parceria com a Bayer proporciona ao produtor tudo que sua lavora de café precisa para alcançar as mais altas produtividades. O resultado muito se deve ao uso do fungicida de solo Triadimenol® , triazol exclusivo da Bayer, que promove maior vigor, crescimento da planta e sanidade, responsável então por maior número de rosetas e consequentemente em maiores produção. Além disso, o Triadimenol da Bayer proporciona também a rotação de princípio ativo, pois nenhum outro produto do mercado cafeeiro tem essa molécula em sua composição, desta forma conseguimos diminuir a pressão de seleção de resistência do fungo da ferrugem aos fungicidas do grupo triazol, devido a esta rotação de ativo solo/folha. É com muita satisfação que a Dedeagro, através da realização de dias de campo, pode mostrar as altas produtividades alcançadas com o uso do portfólio Bayer, e os produtores muito satisfeitos usam e comprovam a importância desse tratamento em suas lavouras. A Dedeagro e seu time de Engenheiros Agrônomos, composto por 12 profissionais da área, tem tudo que o produtor e suas lavouras precisam para o correto uso do mais moderno portfólio do mercado, que é o da Bayer CropScience.


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Pinhalense apresenta Lavador de Café com capacidade de 30 mil litros de café por hora

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lém da colheitadeira tracionada P1000 TR e da carreta de transbordo, da linha mecanização, o Lavador de café LSC-30P/ABC-30 é uma das novidades que a Pinhalense apresenta na 19ª EXPOCAFÉ, que acontece de 07 a 10 de junho, na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Três Pontas (MG). Trata-se de um lavador com capacidade de 30 mil litros de café por hora, para atender a grandes produtores (os demais modelos têm capacidade para 10 e 20 mil l/h). O equipamento também atua como separador de café, com prélimpeza e abanador. As principais características do equipamento são:Consumo mínimo de água, que é recirculada automaticamente; Consumo reduzido de energia; Descarga contínua e automática de pedras, sem necessidade de elevador ou abertura de válvulas; Precisão na separação de grãos com diferentes densidades; Facilidade de operação, economizando mão de-obra e dispensando pessoal especializado; e Pré-limpeza e pré-lavagem do café (opcionais).

Com portifólio de máquinas e equipamentos para atender a diversas culturas agrícolas, a Pinhalense apresentará ainda Colheitadeiras (automotriz e tracionada), Carreta Basculante, Trituradores, Despolpador, Descascador, Secador de feijão, Pré-limpeza e Mesa Densimétrica. A EMPRESA - Líder mundial em tecnologia para processamento de café, a Pinhalense Máquinas Agrícolas conta com três unidades fabris que somam mais de 42 mil m² de planta industrial, em Espírito Santo do Pinhal (SP), onde foi fundada há mais de 65 anos. Com cerca de 700 colaboradores, tem máquinas em operação em 100 países para clientes de todos os portes, nos segmentos de café, cacau, castanha, feijão, cereais, pimenta, guaraná e noz macadâmia. Detém mais de 25 patentes em diversas etapas do processamento, da recepção à exportação, e investe permanentemente em pesquisa de novas tecnologias e qualidade, para evolução dos equipamentos e instalações em funcionamento. Mais informações: www.pinhalense.com.br

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Origem, história e chegada do café ao Brasil

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hábito de quase todos os brasileiros tomarem um “cafezinho” de manhã, pra dar uma espantada no sono e ficar mais animado o restante do dia. Isto já passou a fazer parte da nossa cultura. Entretanto, a maioria desconhece sobre a origem do café, ou como ele chegou até o Brasil. Vamos fazer uma viagem no tempo e descobrir de onde veio essa bebida que já faz parte do nosso dia a dia. Na antiga província de Cafa na Etiópia, há 10.000 anos, foi encontrado pela primeira vez esta planta com características muito interessantes. Tratava-se de uma planta com folhas de coloração verde intensa e com pequenos frutos vermelhos inseridos em seus ramos, recebendo o nome de café devido à região de Cafa, local onde foi encontrada a planta. Na época, pastores de cabras perceberam que as mesmas eram mais ativas e saltitantes quando estavam em pastos que tinham as plantas de café, e partir daí começaram a FOTOS: Divulgação NECAF

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Giovani Belutti Voltolini1, Dalyse Toledo Castanheira2 e Ademilson de Oliveira Alecrim3

observar que estes efeitos eram devido à ingestão de folhas e frutos de café pelas cabras. Então, sabendo deste efeito estimulante e energético, começaram também a fazer uso do fruto, principalmente quando faziam longas viagens ou também vigílias noturnas, mantendo-os animados e acordados. O café foi cultivado pela primeira vez em terras árabes, e então passou a ser chamado de café arabica. Entretanto, o café era consumido na forma de chá, onde os grãos crus eram fervidos junto com a água e posteriormente guardados em bolsas de couro. Somente a partir do século XV, na Pérsia, que o fruto passou a ser torrado e moído para depois ser feita a infusão na água. Isto ocorreu quando alguns grãos caíram no fogo e os persas perceberam o aroma exalado pelo fruto e a partir de então, o consumo passou a ser feito somente desta forma. A expansão do café por todo o mundo foi muito rápida, sendo comercializado como especiaria valiosa, que somente reis e entidades importantes tinham o privilégio de desfrutar. A vinda do café para o Brasil é marcada por uma curiosa história, que se passou no ano de 1727. Em viagem a Guiana Francesa, o sargento brasileiro Francisco de Mello Palheta fez visita ao rei e alguns governantes do país, no entanto a esposa de um deles, tomada pela paixão ao sargento, lhe ofereceu uma muda de café em prova do seu amor. O sargento a trouxe de forma clandestina para o Brasil e a cultivou em Belém, no estado do Pará. Não demorou muito tempo, e a muda de café passou a dar frutos e posteriormente foram plantadas novas mudas com as sementes da planta, e assim foi aumentando o número de pés de café. Sabendo da preciosidade da bebida, a disseminação por todo o Brasil foi muito rápida, migrando primeiramente para o estado baiano, depois para o sudeste, onde se ampliaram rapidamente os cultivos cafeeiros.

Figura 1. Representação de pastor e cabras ingerindo folhas e frutos de café.

AUTORES 1 - Graduando em Agronomia pela UFLA – Universidade Federal de Lavras, membro do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas daninhas e Alelopatia – GHPD e Núcleo de Estudos em Cafeicultura – NECAF. Email:giovanibelutti77@hotmail.com 2 – Engª Agrônoma, doutoranda em Fitotecnia pela UFLA – Universidade Federal de Lavras, membro associada do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas daninhas e Alelopatia – GHPD e Núcleo de Estudos em Cafeicultura – NECAF. Email:- dalysecastanheira@hotmail.com 3 – Engº Agrônomo, doutorando em Fitotecnia – UFLA, membro do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas daninhas e Alelopatia – GHPD e Núcleo de Estudos em Cafeicultura – NECAF. Email:- ademilsonagronomia@ gmail.com

Figura 2. Sistema de produção cafeeira no Brasil no século XIX.

Hoje o cultivo de café é amplamente disseminado no Brasil, país este, que é o maior produtor e exportador de café do mundo. Mais não podemos esquecer que tudo começou com uma muda de café e graças à bravura do sargento Francisco Palheta que a trouxe clandestinamente para o país.


CAFÉ

Novas tendências de consumo de café até 2019

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ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) apresentou estudo recente realizado pela Euromonitor International que fez a análise das tendências de consumo para a bebida no período de 2014 até 2019. Os dados são motivadores para o mercado de food service, mas, principalmente, para o de cápsulas. A pesquisa aponta que o Brasil possui grande participação de vendas de café no varejo se comparado a outros países. O nosso alto consumo dentro do larestá vinculado à compra de café no varejo, que corresponde a 3,5%. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa mesma participação corresponde a 0,8%. O volume consumido de café no Brasil concentra-se 68% no varejo e 32% no food service. A projeção da Euromonitor para 2019 é de aumento do food service para 36% e de redução do varejo para 64%, o que mostra que o consumidor buscará mais o consumo do café fora do lar. Segundo Ricardo de Sousa Silveira, presidente da ABIC, mesmo com as dificuldades neste ano: “o consumidor não deixa de comprar café, pois existe café de todos os preços”. Dados de 2014 mostram que o grão torrado no varejo tem participação nas vendas de 8%, contra 92% no food service. O café em pó no varejo corresponde a 81% das vendas, contra 19% no consumo fora do lar e as cápsulas têm participação de 94% no varejo e de somente 6% no food service.

A pesquisa indica que: a desaceleração econômica impactou o consumo fora do lar, o qual deve se recuperar a partir de 2017 e a expectativa é que o consumo de café fora do lar volte a ganhar mais espaço entre os brasileiros. Apesar da diminuição no número de transações no consumo fora do lar, houve forte crescimento no consumo de café espresso, especialmente entre cafeterias e cafés preparados por baristas. Já para o mercado de cápsulas, o relatório trouxe dados positivos. Hoje, este mercado corresponde a 0,6% do volume consumido no Brasil no total de 980 mil de toneladas e que, até 2019, chegará a 1,1% do volume, crescendo entre 2015 e 2019, 15,3% ao ano. Espera-se que o mercado de cápsulas movimente 2,2 bilhões de reais e 12 mil toneladas de café até 2019. A pesquisa aponta este crescimento à maior disponibilidade e aos preços acessíveis do produto, que serão grandes impulsionadores. Outro ponto importante abordado pela pesquisa é o aumento do interesse dos jovens de 16 a 25 anos por cafés, principalmente nas grandes metrópoles, por conta dos conceitos das cafeterias e inovações na categoria. Segundo dados de 2014 dessa mesma pesquisa, 49% dos jovens tomam café diariamente. O maior consumo fica para a faixa etária de 60 acima, onde mais de 89% declaram tomar café todos os dias. Finalizando, segundo a Euromonitor, espera-se que cafeterias especializadas cresçam a taxas de 3,2% em números de lojas ao ano, (“premiunização e gourmetização”)

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HORTALIÇAS

Open Field Day Agristar completa 10 anos

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FOTO: Attuale Comunicação

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Open Field Day (Dia de Campo Aberto), evento anual da Agristar do Brasil, uma das maiores empresas do país na produção e comercialização de sementes de hortaliças, flores e frutas, completa dez anos em 2016. Realizado na estação experimental de Santo Antônio de Posse (SP), onde está a matriz da empresa, este ano estará aberto entre os dias 22 e 24 de junho, simultaneamente a Hortitec, maior feira do segmento. Idealizado para levar informação e demonstrar no campo os lançamentos e resultados dos seus produtos, o Open Field Day já virou tradição e atrai milhares de visitantes todos os anos. Em 2015 foram mais de 3 mil participantes, entre produtores, viveiristas, fornecedores, revendedores, técnicos, distribuidores, chefs de cozinha e acadêmicos, do Brasil e do exterior, em busca de novidades para o setor. Segundo Marcos Vieira, Gerente de Marketing da Agristar, o evento começou em 2006 e ganhou corpo e estrutura ao longo dos anos para poder atender a demanda do mercado por inovação e tecnologia. “O produtor de hoje é

bem diferente daquele de dez anos atrás, mas desde aquela época a busca por informação é o principal atrativo do campo, com produtos e dicas de manejo que ajudam produtores e revendedores a produzir mais e melhor. A Agristar se orgulha de ser uma das empresas pioneiras com este tipo de ação, procuramos ter um campo o mais próximo da realidade do produtor, sem maquiagem e com todas as intempéries normais de um campo produtivo”, afirma Vieira. O evento já foi realizado em outras unidades da Agristar como Ituporanga (SC), Orizona (GO) e Mossoró (RN), mas é São Paulo que atrai o maior número de produtores e onde foram lançados alguns dos maiores sucesso da Agristar, como o tomate “Serato F1”, a melancia “Explorer F1” e a alface crespa “Malice”, da linha Topseed Premium. Além da cebola “Celebra F1” e o pepino “Zebu F1”, da linha Superseed. Na estação de Santo Antônio de Posse (SP) são expostos produtos das mais diversas culturas com foco em Bulbos e Raízes, onde os destaques são as cebolas, cenouras e beterrabas; Solanáceas, tomate e pimentão; Folhosas e Brássicas, grupo dos repolhos, brócolis, couve flor e alfaces; Cucurbitáceas, dos pepinos, abóboras e melancias; Cinturão Verde, com feijão de vagem, quiabo, berinjela, coentro, rúcula, espinafre, agrião; e a linha de produtos Indústria, com pimentas e pepinos para conserva. Para cada grupo de cultura há um técnico especialista, que se dedica exclusivamente a esta linha de produtos, e ficam à disposição dos visitantes no campo para tirar dúvidas e informações. COMEMORAÇÃO - Para comemorar os 10 anos do principal Dia de Campo da Agristar, o visitante vai poder ver uma retrospectiva, com exposição de fotos e vídeos das edições anteriores. Para isso está sendo desenvolvida uma página exclusiva para o evento no portal Agristar, onde o visitante poderá se cadastrar com antecedência para o Open Field Day 2016 e facilitar a sua entrada no campo de visitação. O endereço do hotsite é www.agristar.com.br/ofd2016


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