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Caraca, Muleke
matéria especial Caraca, Muleke!
Criado em Ponta Porã, onde morou até os 17 anos, Thiaguinho retorna ao MS e comemora trajetória de sucesso Brasil afora.
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Por: Ana Paula Amaral Fotos: Divulgação
A coluna Celebrando a Nossa Cultura, desta edição, traz um entrevistado para lá de especial! O cantor e compositor Thiaguinho nasceu no interior de São Paulo, mas foi criado em Ponta Porã até os 17 anos, de onde saiu direto para o sucesso!
Thiaguinho esteve em Dourados, em março, para apresentação do show Tardezinha e recebeu nossa equipe com exclusividade! Em um bate papo super descontraído, ele falou sobre o sonho de viver da música e sobre a alegria de voltar ao Mato Grosso do Sul, principalmente em uma data tão especial - o show aconteceu no dia de seu aniversário, 11 de março, quando completou 35 anos.
Cantor, compositor e instrumentista, Thiaguinho é um dos mais versáteis e criativos artistas brasileiros. Seu estilo musical é moderno e diferente. A apresentação do show Tardezinha aconteceu no Clube Indaiá, em um fim de tarde quente e chuvoso, e com a casa cheia! Confira os principais trechos da entrevista:
Celebrar: Você saiu de Ponta Porã e agora volta para o MS para fazer um show com a casa cheia. Como é voltar às suas raízes?
Thiaguinho: É uma emoção ainda maior. É óbvio que subir no palco é sempre uma emoção, uma delícia, é a realização de um sonho todos os dias. Mas, vir para uma cidade tão próxima da cidade onde eu cresci, com vários amigos e a família toda, é especial! Tem um gostinho especial sim, não só aqui em Dourados, mas em Campo Grande, também, quando eu venho em outras cidades aqui do Mato Grosso do Sul, me sinto muito mais em casa.
Celebrar: Você cresceu em um Estado tipicamente agrícola, de música sertaneja. Como você foi parar no pagode? É verdade que seu sonho de criança era cantar música sertaneja?
Thiaguinho: Eu sempre gostei de música; continuo gostando de sertanejo, gosto de MPB. Na minha casa, meus pais escutam de tudo, inclusive o samba. E aí, o samba foi o que falou mais forte no meu coração, escutando as músicas que eu sempre escutei em toda a minha vida. Continuo gostando de tudo. Porém, o que me mexe o coração é realmente o pagode. Eu sou nascido em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, de onde meus pais e toda a família são, e todos eles também gostavam muito de pagode. Então, sempre que eu ia para lá nas férias, a gente tinha mais contato com o pagode do que com qualquer outro ritmo. Acho que essa influência da minha família de Prudente foi fundamental, também, para isso.

Celebrar: E como surgiu o show Tardezinha?
Thiaguinho: A ideia surgiu por meio de uma parceria entre mim e o Rafael Zulu, que é um grande amigo. Eu fui jurado do Superstar, da Globo, no ano de 2015, e eu só poderia estar no Rio de Janeiro, já que o programa era ao vivo. E, então, a gente teve a ideia. O Zulu teve a ideia, na verdade, de fazer um pagode à tarde, no Rio de Janeiro mesmo.
Deu super certo e, a partir daí, a gente fez um CD, que é o CD da Tardezinha, que é um sucesso, graças a Deus, com regravações de músicas que eu cresci ouvindo, de outros grupos, principalmente dos anos 90, anos 2000. Hoje em dia, a gente viaja já há dois anos com esse projeto, que é um super sucesso por onde a gente passa.
Celebrar: Tem algum projeto em andamento?
Thiaguinho: Eu lancei um disco chamado Só Vem, há cinco meses. A primeira música a tocar foi Energia Surreal. A segunda está tocando agora, que é Só Vem, que dá o nome ao disco e tem a participação da Ludmilla. Eu estou bem feliz com a repercussão desse trabalho e espero que mais músicas possam tocar o coração das pessoas e, também, ir para as rádios e virarem músicas marcantes, assim como Energia Surreal, que foi a primeira música.
Celebrar: Qual a música de maior sucesso até agora? Aquela que não pode faltar no show? Thiaguinho: É difícil. É tipo filho; se falar mais de um, o outro fica com ciúmes (risos). Mas vou ficar com Caraca, Muleke (música gravada em 2014, com a participação do jogador Neymar, amigo do cantor).
Celebrar: Qual o melhor e o pior de ser um artista de sucesso?
Thiaguinho: O melhor é realizar um sonho. Eu respiro música desde criança, eu sempre amei música e é difícil descrever a sensação que é realizar um sonho; só vivendo mesmo! E pior, seria injusto demais com meu sonho dizer que existe alguma coisa ruim nisso que eu faço. Amo o que eu faço, e até as coisas que não são tão boas a gente passa por cima, porque cantar é a minha vida!


Celebrar: Há algum sonho que você ainda não realizou?
Thiaguinho: Não... (pensativo) Eu tenho o sonho de continuar vivendo o que eu vivo hoje. E aí, só o tempo vai dizer se eu vou merecer, se eu vou ter condições de realmente merecer tudo isso que Deus me dá.