Revista Business Portugal - Março 2022

Mar.

“A PAIXÃO PELO TRABALHO COMO FORÇA INSPIRADORA” Nelma Fernandes, Empresária

DIA INTERNACIONAL DA MULHER | ESPECIAL SAÚDE | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL PRODUTO DO ANO 2022 | BENTLEY EXPERIENCE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 1

A c c o m m o d at i o n i n S agre s w w w. i n s agre s. c o m Foto: www.ricardoalves.photography

Vi l l a C e rc a d o

2 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Vi l l a M i r ó

Vi l l a S e rp a

Vi l l a J u m p Vi b e

ÍNDICE

Nota de boas-vindas...

Março 2022

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ESPECIAL SAÚDE

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

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BENTLEY

EXPERIENCE

62

PRODUTO DO ANO 2022

As empresas portuguesas estão de parabéns pela capacidade de resiliência que têm demonstrado, inovando, reformulando processos produtivos e, em resultado dessa estratégia, continuar o seu trilho de crescimento e desenvolvimento.

Com um horizonte onde é possível ver o fim da pandemia, as empresas mais resilientes no futuro serão as que cultivam um ambiente de trabalho que seja um reflexo dos clientes com quem trabalham e das comunidades onde se inserem. É importante que as empresas aprendam com a pandemia, para criarem um espaço de trabalho que inspire os seus colaboradores a estarem mais conectados e equilibrados e onde haja maior igualdade.

Nesta edição de março, levamos até si, exemplos verdadeiramente inspiradores de líderes e empresárias de sucesso que, no âmbito do Dia Internacional da Mulher, apresentam o seu testemunho, lembrando a importância da paixão que colocam em todos os papéis que desempenham, quer a nível profissional, social ou pessoal.

A inovação como mola impulsionada para o sucesso é o desígnio assumido pelas empresas e instituições que destacamos e um princípio crucial numa cultura empresarial e institucional de referência.

Estaremos aqui para continuar a dar voz aos exemplos que nos têm inspirado a fazer cada vez mais e melhor!

Fernando R. Silva

FICHA TÉCNICA : Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Mensal Março 2022 Tiragem: 25.000 exemplares

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER | NELMA FERNANDES

A PAIXÃO PELO TRABALHO COMO FORÇA INSPIRADORA

Nelma Fernandes é uma mulher que inspira pela força, coragem e determinação de avançar com as causas em que acredita, mas também pela bondade e compreensão para com o outro.

Em entrevista à Business Portugal, destaca os vários papéis que desempenha e a paixão que coloca em tudo o que faz.

Nelma Fernandes, Empresária

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NELMA FERNANDES | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Mulher, mãe, empresária, gestora, investidora, CEO e fundadora da Win Coach Academy, Vice-Presidente da FME CE CPLP. Quais as palavras que definem a sua essência? Que valores norteiam o seu caminho?

Persistência, responsabilidade e disciplina, são as palavras que me definem. Os valores podem alterar de prioridade em sintonia com o nosso próprio crescimento.

Na verdade, são características e comportamentos que nos suportam no momento de tomada de decisões. Linhas mestras que são importantes para cada um de nós. No meu caso, os que melhor me caracterizam são a coragem de avançar com as causas que acredito independentemente dos obstáculos que possam surgir, a determinação, o valor da bondade e também da compreensão para com o outro. A eleger os mais marcantes, seriam estes.

Assume ter um fascínio especial pela “caixinha” comportamental humana. Foi este desejo de perceber as motivações e emoções que impulsionam atitudes, comportamentos e ações que a levou a criar a Win Coach?

Realmente, sou muito curiosa nessas matérias e tenho um grande fascínio na área comportamental humana.

Dedico tempo a observar e analisar comportamentos.

Na verdade, são dois os motivos que me levaram a estruturar a Win Coach.

Primeiro, o gosto pelo capital humano, a certeza de que com ferramentas certas é possível extrair o melhor que cada um de nós tem para oferecer, segundo a pura necessidade que, cada vez mais, empresas e entidades sofrem por falta de talentos, em grande maioria, porque é difícil olhar para um colaborador e analisar o seu perfil para além do óbvio.

“Persistência, responsabilidade e disciplina, são as palavras que me definem. Os valores podem alterar de prioridade em sintonia com o nosso próprio crescimento”

A Win Coach foi fundada em 2015 e agrega conhecimento com mais de 25 anos de experiência profissional. Potenciar talentos e obter resultados de excelência é o vetor essencial e a base da vossa atuação?

Sem dúvida que sim. Capacitar e munir as empresas e gestores de instrumentos que lhes permite fazer crescer e evoluir as suas pessoas.

Incutir a ideia de que o compromisso de parte a parte, o envolvimento, clareza na orientação, formação, são fatores fundamentais para se vestir a camisola.

A Win Coach Academy and Business presta serviços nas áreas de Coaching Executivo, Empresarial, Desenvolvimento Expansão e Internacionalização de Empresas.

Quais as mais-valias destes segmentos para os indivíduos e para as empresas?

Essencialmente, potenciar um crescimento sustentado, tanto para as empresas, bem como para os colaboradores.

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER | NELMA FERNANDES

“A verdade é que todos nós somos modelo em algo e inspiramo-nos uns nos outros”

A base de qualquer empresa são a definição dos seus alicerces, a sua espinha dorsal, o seu planeamento com uma visão a médio longo prazo, no entanto, com uma forte capacidade de adaptação ao ritmo e mudanças constantes. Se a esta primeira parte somarmos o capital humano capaz, o resultado certamente vai ser positivo.

Costumo dizer que o foco deve estar direcionado na transformação de cada colaborador num Humano com Recursos. Os Humanos com Recursos conseguem estar à altura dos desafios.

Com estes dois pilares bem assentes, abrem-se oportunidades, ao nível da expansão e até internacionalização na busca de novos mercados e consumidores.

Hoje, o palco comercial é o mundo. Conseguimos rapidamente analisar perfis de consumidores e ajustar uma oferta satisfatória e de qualidade. A concorrência empresarial está fortíssima, consistente e sobra pouco espaço para amadorismos. O preço de um mau serviço é muito elevado.

A Nelma defende e acredita que um dos maiores recursos das empresas é, sem dúvida alguma, o seu capital humano.

Capacitar um colaborador é ter ferramentas necessárias para extrair o melhor que ele tem para oferecer? Investir na melhor versão de cada indivíduo traduz-se num resultado exponencial para as organizações?

Na minha opinião sim, até porque tudo se resume às pessoas.

O resultado das empresas e das instituições é conseguido pela capacidade, perspicácia e desempenho dos que lá trabalham.

Do seu talento individual, mas acima de tudo, do que conseguem engajar no coletivo. Dentro das empresas o pensamento eficaz, é numa vertente comum e não individual. As empresas devem investir forte nos seus quadros.

O processo de seleção deve ser lento, com várias etapas para minorar os riscos, o acolhimento deve ser de excelência, o apoio, a formação, a autonomia e o feedback, devem ser assegurados.

Perante todas estas premissas se os resultados não forem visíveis, então o processo de corte de vínculo laboral deve acontecer rapidamente. O lema é contratar lentamente e despedir rapidamente. É regularmente convidada como Keynote Speaker em inúmeros congressos de Coaching e Liderança Inspiracional. A partilha com o outro assume importância para a sua realização pessoal e profissional?

Sou mulher de partilhas. Para mim o ganho, o crescimento, até mesmo o sucesso, tem por base a partilha. Evoluímos na partilha e troca constante de experiências.

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Dentro da Federação de Mulheres Empresárias da CE-CPLP, apoiam e alavancam o negócio no feminino. Em concreto, que trabalho é desenvolvido? Como analisa o crescimento e desenvolvimento do empreendedorismo feminino?

Essencialmente, apoiamos o tecido empresarial. Seja pela via da capacitação, contatos com os pares, na legislação, na procura de novos mercados, nos pequenos ou grandes negócios.

No geral, nas vertentes que contribuem para o crescimento económico da nossa comunidade e, obviamente, alargar o número de mulheres a afirmarem-se no universo empresarial.

O ano de 2021 foi, sobretudo, um ano de desafios, nomeadamente no mundo empresarial. Como empresária, quais são para si, as palavras-chave para o sucesso de uma empresa?

Tempos de grande instabilidade, principalmente, perante o desconhecido e incontrolável. Gerador de um pico elevado de ansiedade. Mesmo empresas com uma boa base, estruturadas sentiram o grande efeito da pandemia.

Na minha opinião, o fator diferenciador perante este cenário foram empresas que rapidamente no meio do mar revolto, definiram novas rotas e substituíram o choque e a paralisação wpor busca de soluções de sobrevivência. À semelhança do que fizemos e apoiamos as empresas com quem trabalhamos a adotar e implementar. A criatividade e a reinvenção são as palavras de ordem num olhar atento às mudanças constantes de procura e oferta.

Em entrevista anterior, revelou que trabalha, diariamente, para a sua felicidade e crescimento pessoal e para superar as metas por si impostas. Que objetivos e ambições desenhou para 2022?

A minha felicidade, o sorriso estampado no rosto são a minha força. Vivo os meus dias de forma intensa, tanto no trabalho como nos momentos em família e de lazer.

Aprendi há muito que o momento que realmente conta, é o agora. A paixão pelo meu trabalho e por tudo o que faço permite uma leveza tal que, à vista de terceiros, parece ser tudo muito mais fácil. Apesar de, para chegarmos a este patamar, existiu e sempre vai existir muito trabalho e dedicação.

Com o meu lado multifacetado são os vários projetos para 2022. Alargar o leque de atuação noutras áreas. Temos a Portugal Legal, uma empresa do grupo que se dedica à legalização de pessoas no território nacional, na obtenção de vistos de entrada em algumas geografias, apoiamos na legalização de vários processos, simplificamos a lei, cumprindo-a.

NELMA FERNANDES | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

“Não me canso de dizer que o sucesso não é uma medalha única para a vida, mas sim um conjunto

O mérito tem outras características tais como: trabalho árduo, dedicação, empenho, capacidade, persistência, maturidade, responsabilidade, disciplina, entre outras.

Na minha opinião, para alcançar o equilíbrio entre o número de mulheres e homens nos lugares de decisão, temos de abandonar rapidamente o papel de vítimas, da parte fraca e focarmo-nos na determinação de arregaçar as mangas e começar a concorrer igualmente para lugares de topo. Desde que estejamos, obviamente, preparadas para os desafios propostos. Temos variadíssimos exemplos de sucesso de grandes mulheres. Diariamente surgem novos. Temos sim, em conjunto, de trabalhar à mudança de mentalidades, de forma inclusiva e de parceria. Essa mudança inicia na educação, no apoio mútuo. Darmos voz às nossas pretensões. Só dessa forma, vamos caminhar para um equilíbrio que é fundamental para o planeta.

de várias conquistas” A Livesoccer que é uma empresa na área do futebol e agenciamento de jogadores e profissionais do ramo, com um grande desempenho a nível nacional e internacional. A mais recente aposta ligada à saúde capilar. 2022 certamente será um ano de muito trabalho e grandes oportunidades.

Com provas dadas enquanto empresária, desde cadeia de lojas de uma multinacional, hotelaria, restauração, formação, compra e venda de ativos entre outros, acumula pelo menos cinco pós-graduações na área da gestão feitas na Católica Lisbon Business Economics e a somar a tudo isto, várias especializações na área comportamental humana. Qual das áreas aprecia mais?

A empresarial ou o fascínio pelo comportamento humano?

Tenho o privilégio de não ser obrigada a escolher. A minha veia é, sem dúvida alguma, empresarial. Tenho também o fascínio do relacionamento saudável de uma boa negociação e na construção de estratégias de negócios.

A outra vertente encaixa que nem uma luva. Porque ter essa base e algum conhecimento da área comportamental permite sempre ter uma visão muito além do que nos querem mostrar e do óbvio. No fim da linha, como disse anteriormente, tudo se resume a pessoas.

A Nelma Fernandes é uma mulher que inspira pela força, determinação e atitude. Sendo um modelo a seguir, que mensagem gostaria de deixar a todas as mulheres que lutam para chegar ao topo e conseguir um rumo de sucesso?

A verdade é que todos nós somos modelo em algo e inspiramo-nos uns nos outros. Não me canso de dizer que o sucesso não é uma medalha única para a vida, mas sim um conjunto de várias conquistas.

Essa relação de conquistas e, igualmente, a competência em nada têm a ver com o género. Ninguém tem mérito, ao longo da sua vida, por nascer menina ou menino.

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER | RITA ROCHA

“AS MULHERES SÃO MUITO MAIS FORTES DO QUE IMAGINAM”

Rita Rocha, Empresária Créditos foto: Fernando Branquinho

Rita Rocha é um verdadeiro exemplo do que é ser uma mulher líder e empreendedora nos tempos que correm. Em entrevista à Business Portugal, aborda a criação da sua empresa e revela alguns traços caraterísticos da sua personalidade.

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Como descreve o seu percurso até aos dias de hoje. Em que momento é que decide fundar a RR&NP Business e Development e em que consiste este projeto?

Sou brasileira, do nordeste do país e de origem muito humilde. Cresci com o sonho de mudar a minha vida bem como a da minha família, trabalhando numa área que me possibilitasse viajar pelo mundo. Formei-me aos 19 anos em Hotelaria e Turismo, mas nunca cheguei a trabalhar na área.

Após concluir o mestrado em Marketing e Gestão fui, em 2001, desafiada para trabalhar em Angola numa altura em que o país vivia em clima de guerra. Foram 20 anos em África, um período da minha vida marcado por altos e baixos, onde consegui evoluir e ganhar experiência. Primeiro como colaboradora de outras empresas, chegando a altos cargos em multinacionais, depois, em 2013, a realizar sonho de empreender. Abri a RR Consultoria em Luanda, o que me permitiu crescer rapidamente enquanto líder e profissional. Em 2017, numa viagem de férias, fui convencida por um amigo português a abrir um negócio na Europa e é assim que nasce a RR&NP Business Development, com o objetivo de investir e desenvolver novos negócios e oportunidades no mercado europeu, a iniciar em Portugal.

Hoje, somos uma empresa de consultoria como no início, mas com o novo desafio de lançar uma linha de produto automotivo de origem americana, o qual somos importadores exclusivos para Portugal, Espanha e o continente Africano. Ou seja, um mercado maioritariamente masculino, com gigantes na concorrência, mas tenho a certeza de que alcançaremos também o nosso merecido espaço. Sim, sou a MULHER à frente deste desafio da RR&NP. Como é que se define enquanto profissional?

Considero-me uma pessoa bastante focada, corajosa e resiliente. Além disso, estou disposta a correr riscos e amo desafios.

Para mim, o compromisso com o resultado é o mais importante.

Não basta apenas conseguir ter lucro no negócio, é preciso que o resultado seja satisfatório para todos os envolvidos e fazer com que o negócio realmente aconteça.

RITA ROCHA | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

tenho sede de aprender um pouco sobre tudo, portanto manter um diálogo comigo, por vezes, não é fácil para alguns homens.

Apesar de ser feminina e vaidosa, sou dominante e alfa. Com o meu comportamento, o meu equilíbrio, a minha humildade e simplicidade, entro e saio bem em todo lado, e acreditem, sei que isto incomoda muita gente. Portanto, deixo aqui uma mensagem de coragem e resistência, de humildade e colaboração para todas as mulheres que nos lêem: “Acima de tudo e de todos, ame-se, acredite em ti mesma, nada de medos bobos ou mimimi´s, você é incrível, é linda do seu jeito e tem poder para chegar onde o seu sonho te levar. Trabalhe duro, mostre que sabe, que pode e gere empatia com a simplicidade e riqueza que só o SER mulher pode mostrar. Assim como EU, você nasceu para ser amada, respeitada, próspera e feliz!”

Gerir o tempo entre a vida profissional e a esfera pessoa é uma tarefa difícil sobretudo nos dias que correm. Como é que a Rita consegue fazer esta gestão?

De facto, para mim já foi uma verdadeira “pedra no sapato” gerir o tempo entre, por exemplo, os compromissos pessoais, a saúde, entre outros. No entanto, após me ter tornado analista de perfil comportamental e Master Business Coach, adquiri o autoconhecimento que precisava para o equilíbrio entre os pilares da minha vida. Fui vítima de depressão e ansiedade e, após o fim de um relacionamento tóxico, decidi cuidar mais de mim e ir ao encontro deste equilíbrio. Para além de mim, são muitos os empresários e grandes executivos que vivem neste dilema da gestão do tempo e das prioridades, o que os leva ao stress, ansiedade, depressão e a outros problemas de saúde ou até familiares.

Atualmente, apesar do meu dia ser extremamente atarefado, tendo em conta que resido e trabalho em mais do que um continente ao mesmo tempo, acabo por ter sempre tempo para tudo.

Foquemo-nos agora no seu lado mais humano e solidário.

A Rita tem por hábito fazer voluntariado no Lar Bakita, em Luanda. De que forma esta experiência tem contribuído para o seu enriquecimento pessoal e social?

Em Angola e no Congo são centenas as crianças e idosos que precisam de nós. De mim e de vocês todos que nos leem. Em Angola, não faltam orfanatos e outros lares que precisam de ajuda e não falo só de material ou alimentos, mas sim de educação de qualidade, cuidados de saúde, entre outros. Eu sinto que sou melhor quando contribuo, no entanto, sei que sou capaz de fazer mais e tenho a certeza que o irei fazer. Uma das minhas principais metas é servir, ajudar quem realmente precisa e isto é extremamente importante para conseguirmos manter o nosso equilíbrio e a paz de espírito. Espero poder contar convosco quando for oportuno.

Na sua opinião, que caraterísticas possuem as mulheres que são fundamentais para o mundo dos negócios?

Humildade, senso de observação, altruísmo, coragem e foco.

Nós mulheres somos muito mais fortes do que imaginamos. Mas, infelizmente, a história fez de nós seres frágeis e as sociedades lideradas por homens cegaram-nos durante muito tempo. Contudo, e está provado na história, muitas de nós já sabiam do seu grande poder e força. A título de exemplo, em África, as mulheres sofrem muito, levam um bebé às costas e mais um ou dois nas mãos, sem esquecer as bacias na cabeça para vender os produtos na rua ao sol e com pouca esperança. Apesar de tudo, estão a sorrir, mesmo sabendo que correm o risco de serem vítimas de violência por parte de maridos bêbados caso cheguem a casa sem o jantar. Isto para dizer que eu admiro, cada vez mais, as mulheres.

Somos incríveis e ainda bem que agora já temos mais noção disso.

A Rita é a prova viva de que as mulheres podem, tal como os homens, ser líderes e conduzir as empresas rumo ao sucesso.

Que palavras gostaria de deixar àquelas que também anseiam abrir o seu próprio negócio?

Sim, sou com todo orgulho! Lidero homens e até lhes causo algum medo devido à minha postura e presença imponente e imponderada. Modéstia à parte, sou extremamente inteligente e

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CASA ERMELINDA FREITAS, UMA HISTÓRIA DE AMOR Leonor Freitas, Diretora

Leonor Freitas, em entrevista à Business Portugal, revela como o futuro da sua casa está garantido, entregue à quinta geração da família e salienta a entrega, a dedicação e o amor que colocam em tudo o que fazem.

Que análise faz do ano de 2021 para a Casa Ermelinda Freitas?

Em temos comerciais, podemos afirmar que é um dos melhores anos de sempre da Casa Ermelinda Freitas, sem esquecer o impacto causado pela pandemia mundial da Covid-19. Apesar de estar preocupada com a economia, estou muito mais preocupada com as pessoas. Quando estivermos bem, lutaremos pela economia, agora vamos lutar pelas pessoas e, por isso, produzimos álcool gel, comprámos máscaras e oferecemos. Demos também formação a todos os colaboradores para que cada um pudesse ser o seu próprio agente de saúde.

Recentemente apostaram em vinhos da região do Douro. Já tem resultados relevantes?

Desde que visitei o Douro, emocionei-me ao ver como é difícil trabalhar as terras nesta região. Passei a apreciar a sua beleza de outra forma. Em 2018, acabei por adquirir a Quinta de Canivães, em Foz Coa. Era o sonho que acalentava e, hoje, é com grande orgulho um complemento dos vinhos da Casa Ermelinda Freitas da Península de Setúbal, onde estão as minhas origens. A Quinta de Canivães tem um total de 50 hectares, 20 hectares de vinha de diversas idades, compostos pelas mais nobres castas tintas, e 4,5 hectares de olival de onde se obtém azeite de elevadíssima qualidade. Esta possui características ímpares para a produção de azeites e vinhos de alta qualidade.

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Elaborado com base na variedade “Cobrançosa”, e com um toque de “Picual” e “Negrinha de Freixo”, usando o processo de extração a “frio”, apresenta-se um azeite elegante e delicado, que se vende na adega da Casa Ermelinda Freitas em Fernando Pó. Já o vinho vai estar brevemente no mercado, constituindo uma continuidade da grande parceria com o enólogo Jaime Quendera.

A aquisição da Quinta do Minho, não estava programada, mas fiquei encantada com os Vinhos Verdes, únicos no mundo. Esta conta com 40 hectares, nasceu em 1990 em Póvoa do Lanhoso, tendo resultado da fusão de duas das mais antigas quintas ali existentes: Quinta do Bárrio e a Quinta da Pedreira. A casa principal remonta ao séc. XVIII e tem vindo a ser gradualmente recuperada para apoio a atividades ligadas ao turismo vitivinícola.

Com um terroir típico do Alto Minho, o seu vinho elegante e fresco tem por base a casta Loureiro, rainha desta região. Em suma, estas duas quintas vêm complementar o portfólio e oferecer ao consumidor vinhos únicos e diferentes. Portugal é um país pequeno, mas tão diferenciador e maravilhoso, em que cada região tem o seu terroir dando vinhos diferentes.

E quanto aos prémios conquistados?

Foi um ano em cheio para a Casa Ermelinda Freitas. Uma vez mais, vimos os nossos vinhos serem reconhecidos em prestigiados prémios internacionais. Da Coreia aos EUA, passando por França, Hong Kong, Brasil ou Itália, sucederam-se as medalhas de ouro e prata, as pontuações quase perfeitas, que acabaram por destacar diversas marcas que fazem parte do nosso portfólio. A satisfação dos clientes que, todos os dias, saboreiam os vinhos Casa Ermelinda Freitas é o prémio mais precioso que podemos receber.

CASA ERMELINDA FREITAS | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Não ficamos indiferentes aos inúmeros prémios que vamos recebendo um pouco por todo o mundo, sem vaidade, sentimos que representam o reconhecimento do trabalho de toda uma equipa que está comprometida com a qualidade e a excelência.

A adega propriamente dita, em Fernando Pó, é cada vez mais local de encontro de figuras e eventos nacionais. Como é que um espaço relativamente distante da cidade consegue ser central desta forma?

Falar de vinha e vinhos, é forçosamente falar de enoturismo.

Trata-se do contato direto com a natureza, a nossa realidade, a nossa história de família, bem como com as nossas vinhas e o próprio vinho. A aposta na fidelização do nosso produto e o enoturismo leva a que o visitante, quando está a beber o nosso vinho, perceba que não é um simples vinho. Ele representa o terroir, o trabalho, a história das gerações e representa o amor que todos lhe dedicaram.

O enoturismo já é uma realidade na Casa Ermelinda Freita, mas vamos investir mais nesta área, porque é através dela que o consumidor conhece a história, a família, vive o espaço real onde tudo se faz e vê como tudo é feito. As nossas visitas, são compostas por visita à vinha pedagógica, onde mostramos as mais de 30 castas e suas características, visita ao centro de vinificação (zona de vinificação, filtragem, linhas de engarrafamento, sala de estágio), seguida de visita ao “Espaço de Memórias e Afetos” (Museu), onde estão patentes as gerações passadas, objetos de trabalho utilizados nas vinhas, antiga adega, terminando com um prova de quatro vinhos (2 tintos, 2 brancos e o famoso Moscatel de Setúbal), acompanhados por produtos da região: pão, enchidos, queijo de Azeitão, compota e biscoitos.

E no que toca ao campo da sustentabilidade?

Qualquer empresa responsável tem de ter como um dos seus principais objetivos a sustentabilidade. A nossa primeira preocupação começa com a plantação da vinha e todos os tratamentos que fazemos, aplicando produtos amigos do ambiente que respeitam a fauna da nossa região (Península de Setúbal).

Na bordadura das parcelas de vinhas mantemos os refúgios existentes para conservar a biodiversidade. Isto, além de poupar o ambiente, a fauna e a flora, também nos permite ter uma uva mais estável e, por consequência, um produto final mais natural.

Quinta de Canivães

Quando compramos uma máquina temos em atenção os gastos de energia e de água, bem como a utilização de produtos menos agressivos possíveis para o ambiente.

A nossa preocupação vem desde o início visto que temos uma ETAR a tratar as águas residuais, de modo a que elas tenham as condições necessárias para serem lançadas na rede.

Na Casa Ermelinda Freitas, a energia elétrica utilizada, 50 por cento é proveniente de painéis solares fotovoltaicos, que se encontram no telhado do nosso centro de vinificação e que nos ajudam também a seguir o rumo da sustentabilidade e da poupança, utilizando menos energias fósseis.

Também assumimos a preocupação com todos os materiais utilizados promovendo a reciclagem dos mesmos como: cartão, vidro, plástico, rolhas e paletes.

Aproveitamos tudo o que é nacional, utilizando as rolhas de cortiça naturais, onde foi envolvida a estrutura celular inigualável da cortiça com tecnologia sofisticada, respeitando simultaneamente o trabalho notável da natureza e a integridade plena deste material.

Ao fazermos isto, mantemos a sustentabilidade dos sobreiros e dos cortiçais que, para continuarem a crescer, necessitam que se vá retirando a cortiça, permitindo a continuação dos mesmos.

Todos os restantes materiais são reciclados e estabelecemos um protocolo com o Ponto Verde, no qual contribuímos com uma taxa para que seja feita essa reciclagem, permitindo a reutilização de todos estes elementos.

Em todos os nossos contrarrótulos e caixas fazemos questão de colocar os logótipos do ecoponto e reciclagem, de modo a incentivar todos os consumidores a terem a mesma atitude.

A atividade à qual nos dedicamos como é agrícola naturalmente tem uma ligação maior a práticas sustentáveis a médio e longo prazo. A nossa preocupação é sempre que possível e onde for possível usar métodos/processos sustentáveis.

O futuro da Casa Ermelinda Freitas antevê-se risonho?

A Casa Ermelinda Freitas tem na sua gestão atualmente a quarta geração, todas estas gerações aprenderam a lutar, a conquistar, a perder e a ganhar sob o mesmo lema: nunca desistir.

Isto tem sido passado para a quinta geração, os meus filhos (João e Joana), que já se encontram a trabalhar e em parte a gerir a Casa Ermelinda Freitas.

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER | CASA ERMELINDA FREITAS

PRÉMIOS EM DESTAQUE: “Selections mondials des vin canadá 2021” Medalha de grande ouro: •Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal roxo superior 2010 “Escolha da imprensa 2021” Grande Prémio “a escolha da imprensa”: •Casa Ermelinda Freitas Pinot noir & Merlot 2019 Prémio “a escolha da imprensa”: •Casa Ermelinda Freitas Sauvignon Blanc & verdelho 2019 Quinta do Minho

Digo, orgulhosamente, que a minha continuidade está assegurada e que a Casa Ermelinda Freitas será sempre uma referência do que melhor que se produz em Portugal, quer na qualidade, quer na relação afetiva com as pessoas, bem como com a região Península de Setúbal onde está inserida.

Continuará a ser uma empresa rural, com a paixão da terra, e das pessoas que nela trabalham. Aproveito para prestar um agradecimento permanente aos consumidores que têm preferido os vinhos da Casa Ermelinda Freitas e, assim, ajudado a que esta seja o que é hoje e certamente melhor no futuro.

“Prodexpo 2021” Prodexpo star: •Casa Ermelinda Freitas Sauvignon blanc & verdelho 2019 “Decanter World Wine Awards 2021” Medalhas de ouro: •Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal superior 2009 “Korea wine challenge 2021” Melhor vinho de Portugal: •Sand creek tinto 2020 “50 Great White Wines of the World 2021” Medalha de ouro: •Dona Ermelinda reserva branco 2019 “Mundus vini 2021 – edição de verão” Casa Ermelinda Freitas eleita: “melhor produtor de portugal”.

Medalhas de ouro: •Casa Ermelinda Freitas syrah reserva 2019 “Cathay – Hong Kong International wine & spirit competition” Melhor vinho de Portugal de 2021: •Vinha do Fava reserva 2020 Medalhas de ouro: •Casa Ermelinda Freitas Alicante Bouschet reserva 2019 “XXI Concurso de vinhos da Península de Setúbal” Melhor vinho branco península de setúbal: •Terras do pó Chardonnay & Viognier 2017

Azeite Casa Ermelinda

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TOTAIS EM MEDALHAS em 2021: Ouro: 112 Prata: 96 Bronze: 26

PATRÍCIA TENREIRO | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O OUTRO LADO DE PATRÍCIA TENREIRO A advogada esteve à conversa com a Business Portugal onde deu a conhecer o seu lado mais empreendedor quando, após ter passado por uma experiência traumática, decidiu ajudar os motociclistas criando a APAVAM. Fundou, recentemente, a APAVAM by Patrícia Tenreiro, uma Associação Portuguesa de Apoio à Vítima de Acidente Motard. O que a inspirou a iniciar este projeto? Qual é a sua missão?

A APAVAM nasce da minha própria experiência enquanto motociclista.

A 8 de Agosto de 2021, sofri um grave acidente de mota. Nesse momento apercebi-me das inúmeras dificuldades processuais pelas quais passa uma pessoa vítima de um acidente. Aliado ao ainda existente estigma de que os motociclistas são desrespeitadores de regras, incluindo das estradais, facilmente lhes sendo colocado o rótulo de culpados e, advindo daí decisões injustas por parte das seguradoras. Assim, debati-me com o rótulo de culpada pelo acidente que ocorreu simplesmente pelo desrespeito do Código da Estrada por parte de outro condutor. Se eu que sou advogada, estava a ter muita dificuldade na resolução do meu próprio processo, imagino uma pessoa sem qualquer tipo de conhecimento sobre estes tramites que deve sentir-se absolutamente perdida e desorientada, conformando-se certamente com decisões menos corretas por não saber como reagir. Por isso, foi algo que surgiu naturalmente e de acordo com as convicções de alguém que decide abraçar uma profissão que defende a aplicação da lei, mas também de alguém que sabia que estava naquela situação justamente pelo desrespeito pela lei. Relativamente à missão da APAVAM passa por prestar apoio aos motociclistas bem como às suas famílias que passem por sinistros. Pariu do apoio jurídico, não fosse essa a minha área, mas atualmente conta já com a vertente psicológica e, igualmente, com a angariação de fundos para projetos que vão ao encontro de necessidades de pessoas por nós apoiadas.

Que valores é que a têm norteado ao longo do seu percurso e como é que consegue gerir o seu tempo entre a advocacia, a APAVAM e a vida pessoal?

Sempre me pautei por valores como a resiliência, confiança, determinação, esforço e dedicação. Acho que são a pedra basilar de qualquer profissional que pretenda alcançar o sucesso.

Embora a gestão de tempo seja sempre um tema delicado, confesso que neste campo tenho bastante sorte. A minha família e amigos são os principais impulsionadores da APAVAM. Então conseguimos aliar o desenvolvimento da missão da Associação com momentos entre amigos e família. É um enorme privilégio ter esta vantagem, quer na gestão de tempo quer no facto de pessoas que me são tão próximas e queridas terem todo o empenho em desenvolver este projeto que, embora criado por mim, é já de todos nós.

Patrícia Tenreiro, Advogada

A Patrícia Tenreiro é um exemplo no que concerne ao empreendedorismo, à liderança e consequente sucesso entre as mulheres. Considera fundamental que estas se unam na luta pela igualdade de direitos? Acha que o nosso país está num bom caminho no que a este tema diz respeito?

Estamos, sem dúvida, no bom caminho. Cada vez mais, vemos mulheres em cargos de liderança, quer no sector público quer no privado. Ainda não estamos perante uma igualdade, mas acredito que, com união e determinação, estaremos próximos de alcançar essa paridade.

A pandemia abalou praticamente todos os sectores de atividade. Sendo a Patrícia uma advogada com primazia pelo Direito Imobiliário, quais são as suas previsões para este ramo para o ano de 2022?

Em 2022, existirão novos desafios a ultrapassar, nomeadamente no que toca ao preço dos imóveis, que tem vindo a disparar principalmente nos grandes centros urbanos como Lisboa e Porto, mas também, de forma geral, em todo o território. Um outro desafio passará também pelo aumento do custo da construção. Uma vez que a última crise financeira ditou uma diminuição da capacidade instalada em termos de construção um pouco por toda a Europa, num período em que a necessidade de construção aumentou, a crise pandémica juntou-lhe um aumento nos preços das matérias-primas, impondo uma forte pressão nos preços da construção que sofreram um agravamento.

No entanto, prevejo que seja um ano positivo em que, com o previsto fim da pandemia, possa novamente progredir e dinamizar o sector imobiliário sendo este tão importante quer para a economia quer para as pessoas.

PATRÍCIA TENREIRO LOPES – ADVOGADA Coimbra – Cascais – Sintra – Seixal Tlm: 910 130 165 | E-mail: patricia.tenreiro-57008c@adv.oa.pt https://www.facebook.com/Patricia-Tenreiro-Lopes-Advogados-112043633914886 https://www.linkedin.com/in/patricia-tenreiro-lopes-59a30b183 REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 13

Como é que define a Isabel Azeredo enquanto mulher e profissional? Enquanto diretora da ONE, que cunho imprime enquanto líder na organização e em que valores assenta a sua liderança?

Entendo que não é possível dissociar a mulher Isabel Azeredo da profissional já que os meus valores e princípios de vida são comuns na família, no trabalho e nas relações socias e profissionais. Enquanto diretora e líder da ONE em Portugal, entendo que as minhas competências e valores assentam essencialmente na ética, autenticidade, na lealdade para com a equipa que lidero, e para com aquela por quem sou liderada, na minha motivação, coragem, disciplina e capacidade de mobilização.

Considero essencial saber ouvir e comunicar com objetividade e clareza. Defendo a inclusão e a diversidade de saberes e competências. Procuro a harmonia do grupo assente em valores e princípios comuns. Promovo uma cultura de colaboração, responsabilização, inovação e excelência.

Isabel Azeredo, Country Head

“ PROMOVO UMA CULTURA DE COLABORAÇÃO, RESPONSABILIZAÇÃO, INOVAÇÃO E EXCELÊNCIA” Isabel Azeredo, Country Head da ONE Portugal, revela a sua visão do que é ser líder de uma grande empresa.

14 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

A ONE nasce em 2018, depois da fusão de três das maiores empresas japonesas de logística marítima. Que balanço faz deste percurso? Que serviços disponibilizam e que rotas desenvolvem?

A ONE foi criada em 2018, quando as três companhias marítimas japonesas - NYK, K-Line e MOL - fundiram as suas operações de transporte de contentores. Orgulhamo-nos de, hoje, a ONE ser uma companhia marítima forte e confiante, em constante progresso, com o objetivo de ser uma das "melhores da classe" na Europa e em Portugal, trabalhando com os nossos clientes como parceiro de confiança.

A ONE oferece vários serviços com mais de 130 saídas semanais para cerca de 120 diferentes países na Europa, Américas, África, Ásia e Oceânia. A nossa experiência abrange o transporte de carga refrigerada, carga fracionada, mercadorias perigosas, assim como a opção de transporte terrestre. Em Portugal, a ONE opera o serviço IBESCO, transportando cargas entre Portugal e os principais portos do Norte da Europa, com ligações ao Extremo Oriente, Transatlântico e África.

ONE | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Em que é que consiste a política de sustentabilidade da Ocean Network Express? Considera que é importante que as empresas se comecem a preocupar com este tema e que desenvolvam ações nesse sentido?

A Ocean Network Express leva o tema da sustentabilidade muito a sério. A nossa criação, em 2018, nasceu do desejo de prestar serviços fiáveis e eficientes ao mundo e que resistissem à volatilidade dos mercados globais e de outros fatores disruptivos. Sendo a 6º maior companhia marítima de contentores do mundo, a ONE reconhece o papel que pode desempenhar para mitigar tais impactos e promover esforços de sustentabilidade na indústria.

Embora o transporte marítimo seja um dos meios de transporte mais eficiente, a indústria continua a ter um impacto significativo no ambiente e na sociedade, os quais precisam ser geridos.

Como tal, as nossas quatro áreas prioritárias são o Ambiente, a Área Social, Governação e a Excelência Operacional.

As empresas, de uma forma geral, aceleraram o seu processo de transformação digital desde o início da pandemia, mas na área da logística marítima a digitalização é bastante evidente. Como se tem adaptado a ONE a esta nova realidade?

Esforçamo-nos continuamente por melhorar o serviço que prestamos aos nossos clientes e a digitalização é fundamental para melhorar a eficiência e a qualidade do serviço que prestamos.

A ONE tem vindo a fazer progressos significativos com a sua estratégia de digitalização através do seu projeto atual de arquitetura empresarial, potenciando as nossas capacidades globais de gestão digital e de dados, bem como expandindo as nossas capacidades de IA e machine learning para evoluir para uma organização verdadeiramente digital.

Recentemente, temos melhorado e potenciado os nossos sistemas de sales e de customer service, reforçando as nossas funcionalidades de e-commerce e cotação on-line, e de informação da localização da carga. Também lançámos com sucesso o novo sistema CRM e estamos em vias de melhorar ainda mais os recursos, na linha da frente, das equipas comercial e de customer service.

Temos um novo Departamento de Estratégia Verde na nossa sede em Singapura, o qual está a trabalhar em vários projetos de colaboração ambiental e de design técnico para cumprir com o nosso objetivo de redução de 25% das emissões de CO2 até 2030.

A Isabel conta com 20 anos de experiência no mundo da gestão e é um modelo a seguir para as mulheres deste país.

Alguma vez sentiu algum entrave por ser mulher? Quer deixar algum conselho àquelas que ambicionam ser líderes nos demais sectores da sociedade?

Sim, é verdade que a minha experiência no mundo da gestão e em cargos de liderança é já longa e iniciou-se no começo da minha carreira profissional com o lançamento da DPD (Direct Parcel Distribution) em Portugal e a sua gestão, inicialmente a nível regional e, mais tarde, a nível nacional.

Foi uma longa caminhada até chegar à posição que ocupo hoje e, nesse caminho, felizmente nunca senti qualquer entrave por ser mulher, mas reconheço existirem desigualdades e diferenciação.

Considero fundamental existirem mais mulheres no poder e em cargos de gestão, reforçada pela necessidade de adoção de novos estilos de liderança tendo em conta as mudanças necessárias, a nível das organizações e modelos económicos, decorrentes das atuais alterações ambientais, socias, políticas e económicas.

De acordo com o estudo de uma grande consultora, em 2017 em Portugal, apenas 6% das mulheres ocupavam a cadeira de CEO numa empresa, o que contrapõe com o facto de a percentagem de mulheres academicamente formadas ser cada vez maior. Assim, o meu conselho àquelas que queiram ser líderes é serem persistentes, determinadas, criativas, eticamente robustas e lutadoras.

Paralelamente, devem ter em conta que só se realizarão verdadeiramente como líderes se se sentirem motivadas e bem preparadas já que a liderança é um caminho solitário.

A ONE assume a ambição de ser uma das melhores da classe na Europa e em Portugal. Qual a estratégia assumida em termos de futuro? A digitalização e a relação com o cliente serão vetores cruciais?

A ONE continuará a procurar melhorar o seu portfólio de serviços para atender às necessidades dos clientes, bem como melhorar a experiência global do cliente com o seu projeto de digitalização em curso. O nosso objetivo continua a ser não a maior mas a melhor companhia marítima. A nossa estratégia passa pela forte aposta na sustentabilidade.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 15

DIA INTERNACIONAL DA MULHER | UNIVERSIDADE DE ÉVORA

“TENTEI SEMPRE DAR UM CUNHO HUMANO ÀS DECISÕES QUE TOMEI” Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora

A Reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, que deixa o cargo em maio deste ano, mostrou-se satisfeita com os oito anos da sua liderança, considerando que foram de crescimento para a academia. Em entrevista à Business Portugal, partilhou ainda a mensagem de que as mulheres devem traçar objetivos ambiciosos, tendo a certeza de que para os concretizar têm que trabalhar bastante.

A Reitora anunciou recentemente que vai passar o testemunho em maio deste ano. Que análise faz dos oito anos na liderança da Universidade de Évora?

Estes oito anos foram anos intensos, como seria de esperar. Penso que a Universidade traçou um caminho em 2014 com a aprovação do seu Plano Estratégico e ao seguir esse caminho conseguiu afirmar-se em algumas áreas que consideramos importantes, tendo atingido muitos dos objetivos propostos, como é exemplo uma maior ligação à região, a integração em Laboratórios Associados, a criação da Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano, bem como a aposta na área “Aeroespacial e Transformação Digital”. Demos, sem dúvida, passos importantes na consolidação de algumas áreas e na definição de áreas estratégicas novas sempre muito ligadas à região e ao seu necessário desenvolvimento, sublinhando ainda que crescemos muito em número de alunos em parte, creio, porque nos demos a conhecer melhor a nível nacional e internacional.

16 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Que cunho identitário procurou imprimir durante estes dois mandatos que esteve à frente desta instituição de ensino?

Sente que conseguiu desenhar um modelo de universidade mais ligado à região com áreas âncora a pensar no futuro?

Eu tentei sempre, dar um cunho “humano” às decisões que tomei, tendo como primeira preocupação as pessoas. Penso que essa é a questão principal para se conseguir liderar uma equipa.

Ouvir! Mas ouvir nem sempre quer dizer seguir as opiniões de todos. Eu costumo dizer que ouvir não pode ser impeditivo de decidir, porque a decisão é sempre solitária. Penso que a Universidade está, realmente, mais ligada à região, aos diferentes municípios e aos diferentes Politécnicos da região.

Esse foi também o objetivo estratégico das áreas âncora: “focar” Ao princípio todos queriam a “sua” área, entretanto foi-se percebendo que realmente com as 4 áreas que foram definidas todos eram incluídos e ficamos mais fortes, mais coesos e mais focados.

Houve uma evolução, mas continua a ser necessário sensibilizar a população em geral, para as capacidades das mulheres e para as leis que promovem a igualdade?

Há uma nítida evolução, sem dúvida, a Universidade de Évora é disso um bom exemplo o que me tem feito pensar se uma liderança feminina não tem o efeito “oposto”, ou seja, mais mulheres em lugares de topo.

UNIVERSIDADE DE ÉVORA | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Tenho pensado muito nestas questões e também por isso, criámos o Gabinete para a Igualdade de Género, porque acredito que este é o caminho certo a percorrer. Não queremos nem mais nem menos, queremos sim a igualdade e a inclusão. Esta é uma questão muito atual e há realmente ainda um caminho a percorrer, mas é um caminho de diálogo, de capacitação e de escolhas, não me parece que deva ser extremista e autoritário.

Como uma mulher que pode servir de exemplo e inspiração para outras, que mensagem gostaria de deixar às mulheres que estão agora a entrar no mercado de trabalho?

Uma mulher, tal como um homem, deixa sempre uma mensagem e pode servir de exemplo e de inspiração. Mas falemos apenas de mulheres, que normalmente traçam objetivos para a sua vida desde muito cedo e esses objetivos não devem ter limites ou ser auto-impostos. Devemos traçar objetivos ambiciosos, tendo a certeza de que para os concretizar temos que trabalhar muito, porque, como se costuma dizer, a sorte dá muito trabalho! Acredito que não há nada do que sonhamos que esteja vedado, muito menos que nos seja vedado por sermos mulheres. É curioso que esta é uma questão que possivelmente nunca foi, nem será colocada a um homem. Há realmente um caminho a percorrer neste sentido.

Licenciada em Agronomia, alguma vez imaginou que seria este o seu percurso? Onde é vê a Ana Costa Freitas no futuro?

Poderá passar pela política?

Foi um percurso, como dizem, uma carreira pensada. A entrada na Universidade, fazer o doutoramento, fazer investigação, aprender e dar aulas, voltar para Évora para progredir na carreira, envolver-me em órgãos de gestão, aceitar ser Vice-Reitora,

“Criámos o Gabinete para a Igualdade de Género, porque acredito que este é o caminho certo a percorrer. Não queremos nem mais nem menos, queremos sim a igualdade e a inclusão” ser Conselheira no Gabinete de Conselheiros Políticos do Presidente da Comissão Europeia, em Bruxelas e ser Reitora. É um percurso. À medida que crescemos vamo-nos conhecendo melhor, todos os dias nos conhecemos melhor, e todo o nosso percurso de vida é feito com esse conhecimento que vamos alargando. Sempre que erramos tiramos conclusões e sempre que acertamos também.

A investigação ajuda-nos muito a ser capazes de avançar mesmo quando não se sabe o que nos espera. Vitórias, derrotas, contrariedades, coisas boas e coisas más, fazem de nós o que somos. Eu sou a súmula dos dias que vivi e das escolhas que fiz no seio da família que tenho e que nunca dispensarei.

Sobre futuro? Penso muita coisa, ainda não tenho certezas, ainda tenho que viver o day after, que ainda me assusta levemente!

Se passa pela política? Não sei, não me importava, gosto muito de analisar tudo o que se passa no país em termos políticos, acho que a democracia precisa MUITO que todos estejamos disponíveis.

Se irá acontecer? Não faço ideia!

Na Universidade de Évora promove-se o ensino hands on com uma vincada componente prática e de investigação. É neste ambiente de aprendizagem singular, que junta um elevado padrão de exigência à multiculturalidade e qualidade de vida proporcionadas por uma www.uevora.pt

cidade património da UNESCO, que vais construir o teu futuro.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 17

DIA INTERNACIONAL DA MULHER | ALM OFTALMOLASER

“CONTINUO APAIXONADA PELA OFTALMOLOGIA” Manuela Cidade, Administradora

Com um percurso de aproximadamente 30 anos ligada à oftalmologia, Manuela Cidade é mulher apaixonada pela profissão, com fortes princípios éticos e deontológicos. Em entrevista à Revista Business, partilhou um pouco da sua história e do cunho pessoal que colocou na liderança de vários projetos.

Conte-nos a sua história, quando é que surge o gosto por esta área?

Contrariamente a muitos dos meus colegas, esta escolha não surgiu na infância. Resultou das várias opções que fui fazendo ao longo da minha vida académica e da certeza de que o nosso percurso profissional deve também ter em conta a nossa vida pessoal.

A opção pela Oftalmologia ocorreu seis anos após a conclusão da licenciatura. Eu já era casada e mãe.

No entanto, a atração pela oftalmologia era grande. Apercebi-me que esta área da medicina estava numa fase de grande evolução tecnológica. É uma especialidade em que podemos melhorar substancialmente a qualidade de vida das pessoas e em que as componentes médica e cirúrgica estão muito equilibradas, sendo que na maior parte das situações patológicas temos acesso visual às estruturas alteradas. Felizmente, a minha classificação no exame de acesso permitiu-me ficar no serviço que me havia sido recomendado, onde tive grandes mestres e fiz a maior parte do meu percurso hospitalar.

O meu gosto pela oftalmologia foi consequência de tudo o que vivi até à altura dessa escolha determinante para a minha carreira e para meu futuro, mas tudo o que vivenciei desde então só o tem aumentado. Hoje em dia, posso dizer que continuo apaixonada pela oftalmologia.

18 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Atualmente faz parte do Conselho de Administração da ALM Oftalmolaser, em que momento da sua vida é que abraçou este projeto?

Dedico-me à terapêutica LASER quase desde o início da minha carreira. Também desde cedo me dediquei à cirurgia da córnea e à correção da miopia e do astigmatismo, que nesses tempos se fazia através de técnicas que implicavam incisões profundas da córnea, exigindo grande precisão cirúrgica, mas que apesar de resultados maioritariamente satisfatórios também fragilizavam o globo ocular.

Foi, portanto, com grande entusiasmo que festejei a introdução na prática clínica de um novo tipo de LASER, que para além dos bons resultados clínicos permitia uma maior segurança.

Os custos associados a esta nova tecnologia eram, no entanto, muito elevados, e o tratamento cirúrgico da miopia e do astigmatismo não era uma prioridade em termos hospitalares. A Oftalmolaser foi criada em 1994, por um grupo de colegas. Esta empresa foi pioneira, em Lisboa, da cirurgia refrativa por LASER de Excimer. Na altura, todo o processo foi relativamente inovador e teve o mérito de juntar num mesmo projeto oftalmologistas oriundos de vários hospitais, ultrapassando as barreiras existentes entre as várias escolas de oftalmologia. A Oftalmolaser foi um grande sucesso e esse foi um tempo de enorme realização pessoal. Tínhamos um elevado número de doentes e o espaço físico rapidamente se mostrou exíguo. Por outro lado, éramos pressionados pelos doentes para que prestássemos todo o tipo de cuidados oftalmológicos, quer diagnósticos quer cirúrgicos. Nessa época, a cirurgia ambulatória também entrou em fase de expansão e como tínhamos muita vontade de adotar práticas de excelência e inovadoras, e de as tornar acessíveis a toda a população, em 1999, decidimos abraçar mais esse desafio e surgiu a ALM.

ALM OFTALMOLASER | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Bloco Operatório

Receção Lisboa

Ao longo destes cerca de 20 anos, a ALM tem crescido, a ponto de se ter tornado a maior clínica privada de oftalmologia da cidade de Lisboa, tendo ainda, desde há 11 anos, uma extensão em Almada.

Mantemo-nos fiéis aos nossos propósitos iniciais de exercer a atividade pensando no doente, fornecendo-lhe serviços de excelência, altamente especializados e inovadores. Orgulho-me da elevada qualidade técnico-científica dos oftalmologistas que connosco colaboram, assim como da competência de todo o restante pessoal.

Quem é Manuela Cidade enquanto mulher e profissional?

Enquanto mulher sou muito parecida com a maioria: partilhamos algumas caraterísticas ancestrais, temos alegrias e tristezas.

A conjugação da nossa vida pessoal com a profissional, por vezes, é difícil e, ao longo da vida, muitas vezes me interroguei sobre as escolhas que estava a fazer. Há fases em que a profissão exige muito de nós e sabemos que também fazemos falta à família e a nós próprias. É fundamental conseguir manter o equilíbrio.

Foi chefe de serviço no Hospital de S. José e diretora do serviço de oftalmologia no Hospital Garcia da Orta. Que desafios é que estes cargos de liderança lhe têm colocado?

No H. S. José não senti os vários momentos de transição na carreira como desafios. Foram etapas que percorri com prazer. É do conhecimento público o esforço que os serviços têm que fazer para com os escassos recursos postos à sua disposição conseguirem exercer uma medicina de elevada qualidade. Sob o ponto de vista organizacional, muito provavelmente, o que me deu mais trabalho foi a reativação do sistema de colheita e transplantação de córnea, mas tive sempre colegas dedicados e muito motivados, o que simplificou grandemente a implementação desse projeto.

A direção do Serviço de Oftalmologia do Garcia de Orta, em 2003, foi realmente um desafio. Implicou sair completamente da minha área de conforto e muito trabalho. O serviço tinha poucos recursos, o número de oftalmologistas era mínimo e estavam desmotivados, e havia que dar resposta a uma área com cerca de 400 mil habitantes existindo uma lista de espera para consulta de seis anos.

O serviço não estava dimensionado nem equipado para a prática de uma oftalmologia altamente diferenciada tecnologicamente como é a atual. Mas também lá me dei bem e me senti feliz. Aos poucos foram-se conseguindo os equipamentos necessários e construindo um espírito de equipa - médicos, ortoptistas, enfermeiros, auxiliares de ação médica e pessoal administrativo - todos unidos pela mesma vontade de valorizar o serviço e de o "colocar no mapa".

Nesta evolução, houve dois momentos extraordinariamente importantes: o primeiro permitiu-nos ter no serviço um bloco operatório destinado exclusivamente à cirurgia de ambulatório, tornando a resposta cirúrgica mais adequada; o segundo foi o reconhecimento pelo Colégio da Especialidade de Oftalmologia de que já reuníamos condições para o ensino.

A presença de internos nos serviços cria uma nova dinâmica e uma necessidade permanente de atualização e inovação. Optei pela reforma, no final de 2010, mas estou encantada por ver como o serviço tem continuado a crescer e a evoluir.

Que conselhos gostaria de deixar às mulheres que desejam fazer uma carreira de sucesso?

Sempre houve mulheres excecionais que se evidenciaram ao longo dos séculos e que nos podem servir de exemplo. Se hoje gozamos de igualdade de direitos, a elas o devemos, e a lista das descobertas e feitos (científicos, artísticos, entre outros) femininos é longa. Mas também sempre houve mulheres igualmente excecionais, que por terem tarefas mais comezinhas não foram valorizadas e ficaram no anonimato. No século passado, paulatinamente, as mulheres começaram a assumir profissões das quais eram geralmente excluídas, e hoje, a importância económica do trabalho profissional das mulheres já não é posta em causa no nosso país, sendo cada vez mais aceite a paridade inteletual e laboral.

Nunca trabalhei para o sucesso, mas sim para cumprir com os objetivos que me tinham sido propostos e para ultrapassar os desafios e exigências do dia a dia. No entanto, é fundamental gostar da profissão que exercemos e escolher a melhor forma de alcançar os nossos propósitos, manter fortes princípios éticos e deontológicos, ser resiliente e acreditar que com trabalho e persistência os objetivos são possíveis de alcançar. Julgo que o sucesso nasce enquanto estamos ocupadas a fazer tudo o resto.

Unidade de Lisboa Rua Dr. Nicolau Bettencourt, 39 1050-078 Lisboa 213 838 560 / alm.omc@alm.pt

Bloco Operatório Av. de Berna, 39 1067-001

Unidade de Almada Av. D. Nuno Álvares Pereira, 76A – 1º 2800-177 Almada 212 738 050 / alm.almada@alm.pt

Horários: Segunda a Sexta-feira das 8 às 20 horas Sábado das 9h às 13h (quinzenal)

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 19

Daniela Pais, Arquiteta

“CABE-NOS A NÓS MOSTRARMOS QUE SOMOS CAPAZES” Daniela Pais é uma mulher com personalidade vincada, perfecionista a nível pessoal e profissional, autodidata e curiosa, persistente e lutadora. Em entrevista à Revista Business Portugal, a arquiteta salienta que utiliza a arquitetura para melhorar as vivências no seu dia a dia e usa as vivências pessoais para melhorar os seus projetos, deixando ainda um conselho às mulheres que se querem aventurar no mundo dos negócios: “Temos de ser nós a escolher aquilo que queremos e a formar o nosso caminho”.

Após terminar a licenciatura na Universidade Lusíada, estagiou num gabinete de arquitetura em Vila Nova de Gaia. Isto preparou-a, ainda mais, para a entrada no mercado de trabalho?

Foi nesse momento que sentiu que tinha escolhido a área certa?

O facto de ter estagiado num gabinete de arquitetura de grande notoriedade ajudou-me imenso na preparação para o mercado de trabalho. Desde sempre, tive a noção que só quando me lançasse para o mercado é que iria perceber como as coisas realmente funcionam, pois as responsabilidades passam todas para nós, principalmente todo o desenvolvimento de um projeto do início ao fim.

Quando nos deparamos com um novo desafio de arquitetura, desde o ato de projetar à escolha de materiais, tudo isto que o envolve, desperta em mim uma emoção apaixonante pela área.

Porque exige que invistamos 100% da nossa energia em cada projeto, pelo menos é isso que faço em todos os projetos que chegam até mim e nem sempre todos os processos são fáceis.

Desde sempre que quis seguir esta área, sou completamente apaixonada pelo que faço.

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Sempre fui assim, sempre mudei a disposição das coisas do meu quarto, as cores das paredes, as cortinas, adaptava o espaço às diferentes necessidades que ia tendo, de modo a torná-lo funcional.

Isto tudo, no único espaço que me era permitido mexer em criança.

Sempre tive um olhar analítico sobre os espaços que frequentava e que hoje frequento, sempre fui muito critica para melhorar a funcionalidade daquilo que nos rodeia. E o estágio fez-me ter ainda mais certeza de que tinha tomado a decisão certa para o meu futuro, pois lá ensinaram-me ainda mais a saber cuidar dos outros usando a arquitetura.

Que serviços é que o gabinete de arquitetura Daniela Pais disponibiliza aos seus clientes? Abrir o próprio negócio em tempos de pandemia, fez com que o desafio fosse ainda maior?

O gabinete Daniela Pais Arquitetura disponibiliza aos seus clientes tudo o que a área dispõe, desde licenciamentos a projetos de reabilitação, projetos desde pequena à grande escala, desde a reabilitação de apenas uma cozinha até ao planeamento urbanístico.

DANIELA PAIS ARQUITETURA | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Garantimos acompanhamento ao cliente durante todo o processo do início ao fim, ajudamos a tomar a melhor decisão para aquilo que desejam. Tentamos sempre esclarecer todas as dúvidas dos clientes, demonstrar-lhes que hipóteses e soluções que existem para aquilo que pretendem. Agarramos cada sonho como se fosse nosso. E torná-lo realidade é a nossa função.

Quando surgiu a oportunidade de iniciar-me por conta própria, deparei-me com alguns entraves na minha vida, mas só tinha duas hipóteses: pegar ou largar. Começar o próprio negócio já vem com alguns desafios inerentes e abrir em tempos de pandemia foi só mais um.

Não considero que o desafio fosse ainda maior, porque esta foi a realidade que eu conheci. Sou uma pessoa positiva, faço os possíveis para ultrapassar os desafios que vão surgindo e estando rodeada de pessoas que me impulsionam torna tudo ainda melhor.

O nosso gabinete está sempre em constante evolução, estamos, cada vez, mais a investir no projeto pensado até ao pormenor e com posturas mais sustentáveis. Garantimos que podemos melhorar em muito o dia a dia das pessoas.

“Quem me conhece sabe que dou o meu melhor e tento sempre apoiar os outros nas melhores escolhas e soluções para eles mesmos.

Desde sempre que tento ajudar sempre que posso” Que caraterísticas definem Daniela Pais enquanto mulher e profissional? Como é que consegue distribuir o seu tempo pela vida pessoal, social e laboral?

Esta é uma daquelas perguntas difíceis de responder. Sou perfecionista quer a nível pessoal, quer a nível profissional, todos os dias tento ser melhor do que ontem. Considero-me autodidata e curiosa, porque tenho sede em aprender mais e mais, estando sempre disponível a absorver novos conhecimentos, aquilo que hoje funciona, amanhã pode não funcionar.

Sou persistente e lutadora, nem sempre existem soluções para os problemas que surgem, mas eu tenho de batalhar sempre para os solucionar.

Quem me conhece sabe que dou o meu melhor e tento sempre apoiar os outros nas melhores escolhas e soluções para eles mesmos. Desde sempre que tento ajudar sempre que posso.

Nem sempre é fácil distribuir tempo, mas assumo que sou apenas uma. Não tenho outra hipótese, nem teria capacidade para saber me dividir em dois ou três tipos de mulher. Porque eu levo arquitetura e uso arquitetura para melhorar as vivências no meu dia a dia e uso as vivências pessoais para melhorar os meus projetos. Tudo se consegue, principalmente quando o que nos move é mais forte e nos faz ter mais vontade de evoluir.

Sendo a Daniela um exemplo nato de empreendedorismo e uma inspiração para as mulheres que querem aventurar-se no mundo dos negócios, que conselhos gostaria de lhes deixar?

Desde já, fico mesmo feliz com este tipo de iniciativas. Penso que nós temos capacidades que nem sabemos como as temos. E agradeço do coração, terem-me incluído.

O conselho que gostaria de deixar é que acima de tudo saiam da vossa zona de conforto se querem ver as coisas acontecer.

Quando temos aquele ‘friozinho na barriga’ é sinal de que estamos no rumo certo. Assumir que o não está sempre garantido e que não desistam de tentar até conseguirem um sim.

Na realidade, quem nunca falhou? Quem não teve medo de dar o passo a achar que não iria conseguir? Este receio é-nos colocado desde pequenos, dão-nos logo a consequência se tentarmos fazer alguma coisa. E nem sempre é assim. Como é que sabemos se algo dá certo, se não o fizermos?

Sei que é ainda mais difícil para nós, mulheres, abrirmos um negócio próprio, temos muito mais desafios impostos, somos as primeiras a ter que abdicar de alguma coisa. Mas cabe-nos a nós mostrarmos que somos capazes.

Ainda hoje há questões que nos abalam, mas já pensaram naquilo que conseguimos fazer num único dia? Também tenho tido a sorte de ter pessoas que me rodeiam que me ajudam e desafiam, mas acima de tudo temos de ser nós a escolher aquilo que queremos e a formar o nosso caminho. Provem a vocês mesmas que são capazes.

www.danielapaisarquitetura.pt 910 420 401 geral@danielapaisarquitetura.pt Rua da fonte da vila n.º 38 Ponte de Lima - Portugal

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 21

DIA INTERNACIONAL DA MULHER | REMAX GRUPO SOLUÇÃO

Inês Gaspar, Diretora de Recrutamento e Expansão

“SOU FELIZ A FAZER OS OUTROS FELIZES” Dona de um sorriso cativante e de uma simpatia sem igual, Inês Gaspar, a atual Diretora do Recrutamento e Expansão do Grupo Solução, esteve à conversa com a Business Portugal, onde revelou o segredo para se ser uma esposa dedicada, uma mãe exemplar e uma profissional de excelência.

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Poderíamos começar por descrever Inês Gaspar como a verdadeira mulher dos sete ofícios porque, de facto, ela é a primeira a assumir que a sua vida tem duas grandes vertentes: a familiar e a profissional.

Relativamente à família, Inês é casada há 19 anos com António e juntos construíram a família que esta sempre idealizou, pois tiveram 3 filhos, aos quais juntaram quatro elementos muito importantes para a família: os amigos de quatro patas. “Formamos uma família unida, que se respeita e que, com entreajuda, permite que cada um cresça e evolua individualmente”, refere.

Já no plano ocupacional, Inês Gaspar sempre se considerou uma mulher extremamente empreendedora e, ao mesmo tempo, rebelde no sentido de ter por hábito fugir àquilo que era a norma, o que toda a gente definia para si enquanto profissional. Assim, fez o ensino secundário na área de design tendo em conta que, por influência familiar, sempre foi ligada às artes e a ideia inicial era, portanto, prosseguir os estudos, entrando na universidade.

No entanto, acabou por não ter uma boa nota no exame que era exigido e deparou-se com uma grande decisão: ficar um ano a fazer melhoria de nota ou entrar no mercado de trabalho. Contrariamente ao que todos achavam, Inês acabou por escolher a segunda hipótese e começou a trabalhar em regime part-time na Zara, o seu primeiro contacto com o mundo do trabalho. Depois de poucos meses nesta loja, viu um anúncio da Penhalta Novias, uma marca de alta costura conceituada e foi assim que se deu o seu segundo “salto profissional”. “A Penhalta foi uma escola maravilhosa. Lá tive a oportunidade de crescer e aprender, visto que tive várias formações tanto em Portugal como em Espanha. Foi um percurso de oito anos onde acabei por ser responsável pelo departamento de logística da empresa”, revela a entrevistada.

Em 2006, o seu marido António, comprou um franchising da Remax e, nessa altura, o facto de Inês ser uma mulher que gosta de desafios veio ao de cima. Tendo conquistado na Penhalta tudo aquilo que havia para conquistar e vendo a grave crise económica e financeira a aproximar-se em Portugal, em 2008, decide juntar-se ao seu marido com o objetivo de trabalharem em prol do próprio negócio: a Remax Solução.

O percurso na Remax Ingressar no mercado imobiliário foi, para a entrevistada, “amor à primeira vista”, uma vez que se trata de uma profissão bastante exigente ao nível emocional e psicológico e que acarreta algumas responsabilidades que se prendem com o facto das pessoas terem a necessidade de comprar uma casa, um espaço que, normalmente, é onde se escondem os nossos maiores segredos e as nossas histórias de vida.

Ainda assim, com a experiência que já tinha adquirido na Penhalta, Inês sentiu-se totalmente preparada para abraçar este novo projeto onde começou por ser a diretora de consultoria financeira da Max Finance. Atualmente, Inês Gaspar é a Diretora de Recrutamento e Expansão do Grupo Solução, um grupo que alcançou, no ano transato, o 13º lugar no ranking nacional e isto aconteceu pois, tal como explica Inês, “o nosso propósito é agregarmo-nos de pessoas, de parceiros de negócio (os nossos consultores imobiliários) que nos venham acrescentar valor e

REMAX GRUPO SOLUÇÃO | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

nós a eles, e juntos através da nossa cultura e valores alcancemos a perpetuidade”. Esta é constituída por cerca de 150 pessoas onde se reúne uma “panóplia de gerações e experiências vividas, onde a partilha do conhecimento vem ajudar a construir um caminho inovador. Todos são bem-vindos por aquilo que são e por aquilo que querem vir a ser”.

O contexto atual da pandemia fez sobressair um problema que o sector enfrenta de momento: a falta de oferta para tanta procura. São cada vez mais as pessoas que, ao contrário do que se pensa e do que acontecia há uns anos atrás, têm possibilidades para comprar uma casa e existem cada vez menos habitações à venda. Além disso, a entrevistada revela um pormenor curioso “com a Covid-19, os portugueses começaram a dar maior importância à cozinha pois este passou a ser um local onde as famílias se reúnem quer para fazer as refeições, quer para prepará-las”.

A importância da mulher Este dia a dia que é dividido entre o trabalho e o seio familiar só é possível, graças à capacidade de organização e de autodisciplina de Inês Gaspar que consegue ser a sua melhor versão nestes dois mundos. Além disso, a entrevistada revela que as mulheres são cada vez mais importantes nas empresas tendo em conta que, podem ainda não ter chegado ao cargo mais elevado mas fazem todo aquele trabalho que não é visível, estão no chamado “back office” que é, muitas vezes, o papel mais difícil de desempenhar.

Inês Gaspar com o seu marido António Azevedo (dir.) e Pedro Gonçalves, os Brokers da Re/Max Grupo Solução

RE/MAX GRUPO SOLUÇÃO Lisboa | Almada | Seixal | Setúbal www.gruposolucao.pt isgaspar@remax.pt AMI 7020

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 23

DIA INTERNACIONAL DA MULHER | HALL PAXIS

“TRABALHAMOS PARA AS PESSOAS”

Maria Helena Palma, Diretora

Durante 28 anos dedicou-se à banca comercial. Quando e porque é que se dá esta mudança para o ramo imobiliário?

De facto, grande parte da minha vida laboral foi desenvolvida na Banca Comercial, onde ingressei aos 21 anos, no final da licenciatura. Foi um tempo muito interessante, enriquecedor e cheio de aprendizagem, que me deu background em diversas áreas.

A mudança para o ramo imobiliário enquanto broker deu-se em 2014, após negociação de reforma algum tempo antes. Sendo ativa, senti necessidade de continuar a ter objetivos, agenda, contacto com pessoas e fazer a diferença na vida de alguém, ajudando a realizar desejos e vontades. Beja é uma cidade com bastantes limitações em termos laborais, e nutrindo eu um gosto especial por desafios, abracei a atividade imobiliária, que já conhecia.

A Maria Helena é diretora da Agência Hall Paxis. A diferenciação, fluência na comunicação, capacidade empática e de multitasking são características com as quais se identifica? Qual a importância das mesmas para a sua atividade?

Sem dúvida que todos os aspetos referidos são determinantes nesta atividade. O nosso negócio baseia-se na relação interpessoal e são as pessoas o nosso maior ativo. É para elas que trabalhamos. Quando formei a equipa, uma das grandes preocupações foi a de não sermos mais uma agência imobiliária a operar no mercado, mas trazer valor acrescentado à cidade e à região. Nesse sentido temos trabalhado de forma bastante abrangente, assessorando o cliente em inúmeros ângulos, que podem ir da gestão processual, ao agendamento e acompanhamento de reuniões técnicas, até à assessoria jurídica. Este trabalho requer conhecimento profundo de várias matérias, e dos canais por onde serão distribuídas.

Por exemplo, um investidor estrangeiro que chega a Beja, se não for acompanhado, acaba por se perder no emaranhado da burocracia e dos departamentos. Por outro lado, existem processos de imóveis e de heranças extremamente complicados para tratar.

www. hall.pt paxis@hall.pt Avenida Miguel Fernandes, nº 30 B, 7800-396 Beja 284 321 156 | 962 688 701 AMI 10164 24 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Maria Helena Palma, em entrevista à Business Portugal conta como, ao fim de 28 anos, se voltou para o mercado imobiliário sendo, atualmente, Diretora da Agência Hall Paxis de Beja.

Paralelamente, e voltando ao início do tema, o nosso compromisso para com a região passa também pela divulgação do outro, ou seja, tentamos interagir com a comunidade de formas variadas, que podem ser a divulgação de entrevistas na nossa revista anual, passando por um prémio literário que criámos em parceria, ou até mesmo a realização da Conferência “Arte, Cidades, Alma – A Conexão como Alavanca”, que decorreu em pleno período pandémico. Já fora da nossa zona de conforto, temos sido presença assídua em eventos imobiliários. Tudo isto, a diferenciação na abordagem ao cliente/pessoa, o facto de sermos multitask e multifacetados e termos visão de futuro, constitui o nosso ADN empresarial.

Ainda sobre a Hall Paxis, quais são as suas expetativas para este novo ano de 2022?

2022 apresenta-se com variadas vertentes de trabalho e algumas nuances. Se por um lado se notam alguns constrangimentos face a alterações no sistema bancário, que poderão dificultar o acesso a crédito por particulares, nota-se igualmente a diminuta oferta de imóveis face à procura, levando a uma subida de preços para valores de mercado irreais. Noutro campo, existe um patamar crescente de investimento, quer na reabilitação urbana, quer nos imóveis rurais, preenchido por investidores nacionais e estrangeiros. Se acompanharmos e aconselharmos com o profissionalismo requerido os clientes que chegam a cada dia, poderemos continuar a ter um crescimento sustentado.

Crê que o cunho feminino traz algo de novo e diferenciador às empresas? Considera que é importante termos cada vez mais mulheres a liderar as mesmas?

Acredito que sim. A mulher é mais sensível, racional, pragmática e não tem tempo a perder, pois tem muitas coisas para fazer e pensar. Não se perde no acessório. Normalmente é mãe e é filha, e só por isso consegue com frequência colocar-se no lugar do outro, e extrapolar para o conjunto o caminho a seguir. Seria muito importante que a quota de mulheres a liderar empresas fosse bastante maior, e certamente seriam empresas mais humanas, viradas para as pessoas e para o bem-estar. Se os números são importantes, não podem nunca ser dissociados da componente humana, pois é ela a base de tudo. Se queremos empresas sãs em termos de recursos humanos, há que pensar que são estes que estão implicados no seu crescimento e são eles o seu rosto visível e o seu maior ativo.

RE/MAX FOR.EVER | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

UMA LIDERANÇA PELO EXEMPLO INSPIRA E TRANSFORMA Ana Gomes, CEO RE/MAX For.Ever, em entrevista à Business Portugal, salienta que quando as mulheres aprendem a treinar e transformar a sua mente, transformam tudo o que as rodeia.

A Ana Gomes esteve ligada à área da saúde durante 20 anos.

A que se deve esta mudança na sua vida para o ramo imobiliário?

A minha ligação à área da saúde não foi uma escolha, foram circunstâncias da vida que me obrigaram a assumir responsabilidades e a crescer mais rápido do que era suposto. De uma forma inesperada, perdi mãe e pai com 20 e 21 anos, respectivamente, e é algo que não se está à espera nessa idade. Acabei por assumir a liderança de um negócio de família nessa área, dado que os meus pais eram ambos técnicos de sáude. Na época, éramos mais de 40, os desafios foram muitos mas a aprendizagem foi, claramente, enorme. Nessa medida, cumpri o meu papel, dei o meu melhor, mas quando completei 35 anos senti um apelo de mudança, uma vontade de explorar novos caminhos e sair da minha zona de conforto. Esta fase coincidiu também com o meu divórcio e passaram-se dois anos até essa mudança que tanto desejei, acontecer. A minha relação com o imobiliário sempre existiu, mas enquanto investidora. No entanto, quis o destino que me apaixonasse pelo meu atual marido que, já na época, vivia e trabalhava, de uma forma intensa, precisamente no sector imobiliário. Acabou por resultar numa parceria na vida e nos negócios. Hoje, afirmo com toda a certeza, foi a melhor coisa que me aconteceu: fiquei absolutamente fascinada por este sector, pelas pessoas e despertei. Descobri em mim novos talentos e desafiei-me em todos os sentidos. Eu acredito que todos nascemos com um super poder: o livre arbítrio. Feliz a hora em que a minha vontade de fazer mais e de me desafiar foi maior e me fez escolher ser a mulher em que me tornei.

Como se define enquanto profissional e que cunho é que imprime à sua liderança?

Eu acredito numa liderança feita através do exemplo, que inspira e transforma. O meu maior desafio é liderar-me e o meu maior objetivo é trazer coerência, consistência e constância à minha vida, enquanto mulher, amiga, companheira, mãedrasta e profissional. Eu sou a mesma pessoa na vida e nos negócios, nessa medida, é fundamental trazer harmonia em ambas as áreas. Posto isto, tudo o resto se torna simples.

As mulheres possuem caraterísticas como a capacidade de multitasking e a facilidade em serem empáticas. Sente que o sexo feminino pode dar algo mais aos negócios?

Eu não acredito em multitasking. Vários estudos afirmam que o multitasking compromete o bom desempenho nas mais variadas áreas e eu subscrevo.

Ana Gomes,CEO RE/MAX For.Ever em Lisboa, há 8 anos, a liderar uma equipa de aprox. 80 consultores. Especialista em marketing imobiliário, orientada para segmento premium, mais de 3000 transações, mais de 20 milhões em receitas e mais de 600 milhões em imóveis vendidos.

Reconheço, no entanto, uma capacidade de trabalho acima da média, nas mulheres em geral, no sentido em que se desmultiplicam entre cuidar delas, dos filhos, da casa, da carreira e, muitas vezes, até dos próprios pais ou avós. No sector imobiliário em particular, as mulheres têm-se afirmado e os resultados falam por si.

A minha melhor consultora é uma mulher e, em 2021, gerou mais de cinco milhões em vendas - um resultado incrível. Sublinharia que a empatia é transversal a homens e mulheres nesta atividade, o que faz a diferença e destaca qualquer profissional, independentemente do género é o compromisso, a capacidade de se colocarem no lugar do outro e a paixão que têm pelo que fazem.

Que conselhos gostaria de deixar àquelas que sonham fazer um percurso semelhante ao seu, mas que têm medo de arriscar?

Para mim o Dia da Mulher é todos os dias. Infelizmente, por razões de profundas desigualdades, ainda temos de assinalar a data. A mensagem que quero deixar aqui é a mesma que partilho regularmente com a comunidade de mulheres que me segue, num projecto cheio de propósito, que criei a pensar em todas as mulheres - @womenempoweredbyforever - e que aproveito para convidar a visitarem no instagram.

Nós somos as pessoas mais importantes da nossa vida e tudo o que nos rodeia é um reflexo do nosso mundo interior. O meu conselho é precisamente o de começar a cuidar de dentro para fora. A qualidade das nossas emoções determina a qualidade das nossas relações, e eu só posso oferecer aos outros aquilo que vibra e abunda em mim. É fundamental trazer consciência à nossa vida: quanto mais conscientes, mais responsáveis. É na nossa cabeça que quase tudo começa e, na grande maioria das vezes, sem controlo e sem consciência. O conselho (em jeito de desafio) que lanço, é o de observar todos os pensamentos durante o dia de hoje. Trazer essa consciência e essa rotina às nossas vidas. Identificar a toxicidade que nos habita é o primeiro passo para a curar. Quando aprendemos a treinar e transformar a nossa mente, transformamos tudo o que nos rodeia.

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Já viu por onde andamos? www.revistabusinessportugal.pt

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BREVES

Saúde

Dia Mundial das Doenças Raras O Dia Mundial das Doenças Raras celebra-se no último dia de fevereiro. É assim em mais de 80 países do mundo. Esta data visa alertar a população para este tipo de doenças e para as dificuldades que os doentes que padecem de doenças raras enfrentam diariamente. As doenças raras são doenças crónicas, graves e degenerativas que colocam em risco a vida dos doentes. Na União Europeia, consideram-se doenças raras as que têm uma prevalência inferior a cinco em 10.000 pessoas.

Dia Mundial da Audição No dia 3 de março assinala-se o Dia Mundial da Audição.

Com a comemoração deste dia pretende-se consciencializar os pais, cuidadores ou formadores de crianças em idade pré-escolar sobre a importância da audição e dos cuidados necessários para a sua preservação. É através das experiências sensoriais que o ser humano vivencia o mundo que o rodeia. No conjunto dos nossos cinco sentidos, a audição é aquele sob o qual se constrói o sistema de comunicação humana.

Dia Mundial do Glaucoma O Dia Mundial do Glaucoma acontece no dia 12 de março. O Glaucoma é uma doença ocular crónica e progressiva, assintomática, sendo uma das principais causas de cegueira a nível mundial. Nesta patologia a perda da visão é uma consequência da destruição progressiva do nervo ótico, constituído por fibras que são responsáveis pela condução das imagens ao cérebro. A destruição destas fibras leva à diminuição progressiva do campo visual que se vai contraindo, tornando-se tubular até chegar à cegueira. O diagnóstico precoce da doença é fundamental.

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Dia da Incontinência Urinária O Dia da Incontinência Urinária ocorre a 14 de março.

O objetivo da data é sensibilizar o público para esta patologia, alertando para os modos de identificar o problema (os sintomas), para os tratamentos apropriados, os impactos negativos na qualidade de vida dos afetados e para a prevenção do problema.

Neste dia, realizam-se palestras em Portugal sobre a incontinência urinária e outras atividades em torno da patologia.

Dia Mundial do Sono O Dia Mundial do Sono observa-se a 15 de março.

Trata-se de uma iniciativa da Associação Mundial de Medicina do Sono (World Association of Sleep Medicine) que se comemora anualmente em cerca de 75 países do mundo e que chama a atenção para a importância do sono regular diário. O objetivo desta data comemorativa é celebrar o sono e diminuir os problemas relacionados com a privação do sono existentes na sociedade.

Março: Mês Mundial da Conscientização da Endometriose A Endometriose é um dos grandes tormentos da mulher em idade fértil. Consiste na presença deste tecido endometrial fora da sua localização habitual: nos ovários, nas trompas de Falópio, nos ligamentos que sustentam o útero e no revestimento da cavidade pélvica ou abdominal. É um tecido sensível às alterações hormonais ao longo do ciclo menstrual e, daí, os sintomas que produz, sendo os mais frequentes dor e infertilidade. No entanto, algumas doentes podem ser assintomáticas.

Especial Saúde

Mar. ColchaoNet Luís Fialho Diretor-Geral

DIA MUNDIAL DO SONO | SAÚDE DA MULHER | DIA MUNDIAL DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA SAÚDE DA VISÃO | FIBRILHAÇÃO AURICULAR E AVC REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 29

COLCHAONET

COLCHAONET: UM VERDADEIRO ESPECIALISTA EM DESCANSO mais no contexto recente, com dificuldades muito diversificadas, mas temos conseguido fazê-lo de uma forma sustentada.

Nestes últimos três anos, mesmo com dois dos quais num contexto de pandemia, que veio limitar e condicionar os nossos objetivos, temos mais nove novas lojas e estamos presentes em mais quatro distritos.

Quantas lojas têm a ColchaoNet atualmente?

Atualmente, com 30 lojas físicas de Braga a Faro, pode orgulhar-se de ser a maior rede de especialistas em descanso em Portugal. E tem ainda disponível a loja on-line.

A ColchaoNet trabalha com várias marcas de colchões.

O que leva a escolha de determinadas marcas em detrimento de outras?

Procuramos trabalhar as principais marcas do mercado e disponibilizar aos nossos clientes o melhor de cada uma. Mas mais do que representar as principais marcas, é o trabalho que fazemos em conjunto com os fabricantes que passa inclusivamente pelo desenvolvimento de gamas exclusivas, onde tudo é pensado criteriosamente, com uma aposta na combinação perfeita entre a tecnologia e os materiais para garantir o melhor conforto, equilíbrio e estabilidade do produto final. Para esta interação e permanente evolução tecnológica nem todas as marcas do mercado estão preparadas.

Sara Barros, Country Manager Luís Fialho, Diretor-Geral

A ColchaoNet surgiu há 17 anos e, hoje, com 30 lojas físicas de Braga a Faro, pode orgulhar-se de ser a maior rede de especialistas em descanso em Portugal. Luís Fialho, Diretor-Geral, há pouco mais de três anos, em entrevista à Revista Business Portugal, salienta a importância de uma boa noite de sono para a recuperação física e mental e assinala que o colchão ideal é aquele que melhor se adapta à curvatura do nosso corpo, garantindo uma posição em que a coluna se encontra numa linha reta.

A ColchaoNet é uma marca conhecida de muitos portugueses e ocupa hoje um lugar de destaque a nível nacional.

Enquanto atual Diretor-Geral que balanço faz da sua evolução?

A minha chegada a ColchaoNet aconteceu apenas há pouco mais de três anos com a aquisição da empresa por parte do Grupo Aquinos, grupo multinacional 100% português, atualmente, um dos maiores fabricantes de colchões e sofás do mundo, com fábricas em nove países e com clientes em mais de 30 países. Por conhecer bem a evolução do sector de descanso especializado em vários mercados, acreditamos que Portugal irá seguir o mesmo caminho, e foi nesse sentido que o Grupo apostou na compra da ColchaoNet. No que respeita a evolução da ColchaoNet, sou da opinião que mais que crescer, o importante foi fazê-lo de uma forma estruturada e consolidada. Com um caminho que não foi e não é fácil, e 30 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Como saber qual o colchão mais indicado? Há algum critério específico?

Com a grande variedade de colchões disponíveis no mercado existem sempre dúvidas sobre qual será o ideal ou mais adequado.

E a verdade é que o colchão ideal é aquele que melhor se adapta à curvatura do nosso corpo e que nos garante uma posição em que a coluna se encontra numa linha reta. Terá em conta o gosto de cada um em relação a conforto e firmeza, mas é muito importante considerar a sua estrutura (peso/altura) a posição em que normalmente dorme, problemas de saúde ao nivel de coluna ou distúrbios de sono, ou mesmo questões alérgicas.

Para esta criteriosa seleção defendemos que deve avaliar as várias soluções ao nível da tecnologia, da firmeza, da densidade e dos materiais utilizados, e deve fazê-lo num verdadeiro especialista. Na ColchaoNet. Qual é o tempo médio de vida de um colchão? Para além da sua qualidade, dever-se-á ter alguns cuidados de manutenção?

Não é fácil ter a resposta certa para essa pergunta. Um colchão deve garantir total conforto e bem-estar, e quando não é capaz de o fazer necessita ser substituído.

A vida útil pode variar entre sete a dez anos, mas também pode ser superior de acordo com o tipo de matérias usadas, de tecnologia e de cuidados periódicos que devem ser considerados. Limpar e virar são cuidados de manutenção que ajudam a prolongar a vida do colchão.

COLCHAONET

Existem muitos indicadores que vão transmitindo ser o momento de uma substituição, quando se sentir desconfortável enquanto dorme, quando começa a acordar com dor nas costas, dor no pescoço, ou simplesmente quando descansa melhor em outros locais que não o colchão, no sofá por exemplo. É esse o momento que deve pensar na substituição e procurar um especialista para avaliar soluções.

Dormir bem é viver mais e melhor? Que benefícios para a saúde tem boas noites de sono?

Diria que não ter uma rotina de sono saudável afeta e muito a nossa saúde. Infelizmente, o sono é algo ainda pouco valorizado em Portugal, ouvindo-se muitas vezes “dormir para quê?”. Dando-se prioridade a outras situações em detrimento das necessárias 7 ou 8 horas de sono. É com uma boa noite de sono que podemos reequilibrar o desgaste natural do nosso dia a dia, é nesse momento que existe uma recuperação física e mental. E o não dormir bem, porque não tem o colchão ideal ou o dormir poucas horas, colocam em causa e prejudicam essa recuperação. A verdade é que uma boa noite de sono permite-nos estar muito melhor para as nossas atividades no dia seguinte.

Por isso, claramente, devemos pensar em “quem dorme mais e bem, vive mais e melhor!”.

Que papel tem vindo a ter a inovação tecnológica neste sector?

Em todos os sectores a inovação tecnológica é fundamental para evoluir, e é o único caminho para se encontrar as melhores soluções.

Tem permitido ao sector de descanso e ao nível da produção obter a combinação perfeita entre a tecnologia e os materiais utilizados para que o produto final possa corresponder as necessidades reais de cada pessoa. Mas a inovação tecnológica também tem permitido e contribuído para uma melhoria da experiência de compra, disponibilizando mais e melhor informação sobre o produto.

Sendo um especialista a formação da vossa equipa é de certeza muito importante. Tem um plano de formação específico?

Consideramos a equipa o nosso maior ativo, a peça mais importante da empresa.

E sabemos que uma equipa motivada e principalmente capacitada é a base do sucesso. Ao apostar na formação estamos não só a valorizar como também a potenciar o crescimento, e como especialistas a formação tem um papel fundamental.

Disponibilizamos uma formação continua e muito técnica sobre o produto, com várias ações em conjunto com os fabricantes.

Formações que permitem a cada elemento da equipa conhecimentos técnicos do produto e, principalmente, competências para um atendimento personalizado e que permite saber qual a melhor solução para o descanso de cada cliente.

Que razões devem levar os portugueses a escolher uma das lojas da ColchaoNet? Comprar um colchão, uma almofada ou uma cama deve ser uma decisão criteriosa e aconselhada por um especialista que conheça as soluções que melhor se adaptam à verdadeira necessidade de cada um.

A ColchaoNet tem uma equipa extraordinária de pessoas especializadas, muito preparadas e apaixonadas pelo que fazem, estando totalmente comprometidas com o cliente.

Além disso, encontram na ColchaoNet a credibilidade de 17 anos no mercado, as melhores marcas e a confiança de um verdadeiro especialista de descanso.

Prevê-se para breve o fim da pandemia. Podemos prever também uma expansão do negócio da ColchaoNet? Sim, vamos voltar ao nosso plano de expansão ou melhor dar continuidade ao mesmo, em que o objetivo é ter uma maior cobertura nacional, estar presentes em distritos onde ainda não estamos.

www.colchaonet.com REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 31

DIA MUNDIAL DO SONO | A IMPORTÂNCIA DE DORMIR BEM

DIA MUNDIAL DO SONO A IMPORTÂNCIA DE DORMIR BEM Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 40% da população mundial não dorme como gostaria e sofre de algum distúrbio do sono. Não são muitos os que se preocupam em resolver os problemas. Dormir é uma função essencial, tão importante quanto comer ou beber água, mas parece que a nossa sociedade, a sociedade da vigília, esqueceu-se disso.

A qualidade do sono está diretamente ligada à qualidade de vida do ser humano. Enquanto dormimos, o nosso organismo realiza funções extremamente importantes: fortalecimento do sistema imunitário, secreção e libertação de hormonas, consolidação da memória, entre outras. Porém, a falta de tempo de descanso provocada pela correria do dia a dia, aliada aos inúmeros distúrbios noturnos que atingem boa parte da população, prejudica o desempenho dessas funções.

A privação do sono atinge principalmente jovens e adultos.

Não raras vezes, a excessiva acumulação de tarefas faz com que se troque algumas horas na cama por um pouco mais de tempo para terminar os afazeres. Especialistas recomendam que se durma cerca de 8 horas por dia, e estudos realizados na Europa, Estados Unidos e Japão mostraram que quem cumpre a agenda tem maior esperança de vida. As consequências de um sono de má qualidade originam stress e ansiedade, a curto prazo, e complicações cardiovasculares após alguns anos.

O primeiro passo para uma noite bem dormida é respeitar, então, essas 8 horas. Dormir muito mais do que isso não é melhor e até pode ser sintoma de algum distúrbio. Continuidade e profundidade do sono são aspetos essenciais. Cada estágio do sono tem a sua importância fisiológica. Por isso, é fundamental dormir muito e bem nas fases mais profundas. Isso melhora a qualidade da noite dormida.

Praticar exercício físico, ter um sono regular e deitar em posições confortáveis melhoram a qualidade do sono de qualquer um. A alimentação também desempenha um papel importante: comidas gordurosas antes de dormir, assim como estimulantes e álcool, não são de todo recomendáveis.

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Além disso, os procedimentos de higiene do sono são extremamente importantes.

Se a pessoa leva trabalho para a cama, dorme com o computador ou o telemóvel ligado, acaba por associar a cama ao ambiente stressante do dia a dia. O quarto deve ser um lugar quase sagrado, preferencialmente para dormir.

Dia Mundial do Sono O Dia Mundial do Sono assinala-se no próximo dia 18 de março.

Trata-se de uma iniciativa da Associação Mundial de Medicina do Sono (World Association of Sleep Medicine), que se comemora anualmente em cerca de 75 países do mundo e que chama a atenção para a importância do sono regular diário.

O objetivo desta data comemorativa é celebrar o sono e diminuir os problemas relacionados com a privação do sono existentes na sociedade.

Privação do sono A privação do sono tem impacto na saúde e bem-estar das pessoas. Quem dorme mal tem mais propensão a desenvolver doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão, diabetes, cancro, Alzheimer ou doenças psiquiátricas.

Não dormir o necessário afeta o raciocínio, a concentração e a memorização, e fica-se mais suscetível a cometer inúmeros lapsos, como esquecimentos ou distrações, ou a sofrer acidentes de viação. Irritabilidade e mudanças de humor bruscas são também observáveis em pessoas que dormem mal.

45% da população mundial é afetada por distúrbios de sono. De acordo com a Associação Mundial de Medicina do Sono, 21% dos adultos dorme menos de seis horas por dia.

Estima-se que 25% dos portugueses sofre de insónia crónica, com especial incidência nas mulheres e idosos.

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DIA MUNDIAL DO SONO | APNEIA DO SONO

APNEIA DO SONO: CUIDADO E INOVAÇÃO AO SERVIÇO DOS PACIENTES Dia 18 de Março celebra-se o Dia Mundial do Sono, um dia dedicado à consciencialização para as perturbações do sono e o impacto que estas têm no indivíduo e na sociedade.

SABE QUE… A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é um distúrbio respiratório que se caracteriza por pausas e/ou redução na respiração, de curta duração mas repetidas, e consequente diminuição nos níveis de oxigénio no sangue.

Estima-se que, em Portugal, a SAOS tenha uma prevalência entre 12,5% e 17% para a população adulta com idades compreendidas entre os 30 e os 69 anos. (“Estimation of the global prevalence and burden of obstructive sleep apnoea: a literature-based analysis”, Lancet Respiratory Medicine, 2019).

Em geral, o paciente não tem consciência dos episódios de apneia e são os familiares que se apercebem dos sintomas, especialmente durante a noite. Assim, o casal ou a família do paciente, têm um papel fundamental na deteção dos sintomas desta patologia, pois são quem verifica a existência de um ressonar de alto nível sonoro, sono agitado e paragens respiratórias.

De notar que nem todas as pessoas que ressonam ou têm sintomas semelhantes aos descritos sofrem de SAOS, pois existem outros distúrbios e doenças que podem causar sonolência diurna e sono de má qualidade. Deverá ser sempre o médico especialista a diagnosticar esta patologia.

O tratamento mais comum para pacientes com diagnóstico de SAOS moderada ou grave é o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) - um equipamento médico que funciona através da manutenção de uma pressão positiva contínua nas vias aéreas de forma a mantê-las abertas e evitar o seu colapso e, por consequência, episódios de apneia.

O médico especialista indicará qual o tratamento mais adequado e a respetiva forma de utilização - deve ser utilizado conforme prescrição médica, todas as noites, sem interrupções, no domicílio.

Em Portugal, há mais de 35 anos, a VitalAire, empresa do Grupo Air Liquide, líder europeu nos cuidados de saúde ao domicílio, presta assistência a pacientes com SAOS, trabalhando diariamente, em parceria com médicos e outros profissionais de saúde, para proporcionar um serviço de qualidade e inovador a pensar nas necessidades específicas dos pacientes, para que possam melhorar os seus resultados em saúde e a sua qualidade de vida.

Para a VitalAire, os pacientes estão no centro de toda a atividade. A empresa orgulha-se de ter sido a primeira em Portugal a prestar serviços de cuidados respiratórios domiciliários (CRD),

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iniciando um trabalho dedicado, atento e permanente aos pacientes respiratórios crónicos e aos seus cuidadores. Atualmente, a VitalAire é a única empresa do setor presente em 100% do território continental e ilhas, constituindo um importante “braço” do Sistema Nacional de Saúde (SNS). É nesse sentido que continua a levar os CRD - Tratamento da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, Oxigenoterapia, Ventilação Não Invasiva, Aerossolterapia - a todos os que deles necessitem, 100% comparticipado, mediante prescrição médica eletrónica CRD válida.

Desde a década de 80, tem existido um esforço constante da empresa em adaptar os serviços e consolidar as suas competências para melhor responder às necessidades dos cuidados respiratórios domiciliários, do ponto de vista clínico, técnico e humano, enriquecendo as suas equipas multidisciplinares com profissionais especializados, particularmente Farmacêuticos, Cardiopneumologistas, Fisioterapeutas, Enfermeiros, entre outros.

Para compreender e melhorar o que realmente interessa ao doente, materializando a ambição de ser reconhecida como um parceiro-chave no desenvolvimento de um ecossistema de saúde mais sustentável, a VitalAire está a implementar - começando pelos pacientes com SAOS - uma abordagem Value-Based Healthcare, sempre com o paciente no centro da sua atividade e dando relevo aos resultados que ele mais valoriza, potenciadores da melhoria

APNEIA DO SONO | DIA MUNDIAL DO SONO

da sua qualidade de vida, que representa o verdadeiro valor criado para o paciente no âmbito dos CRD. Como parte da sua permanente estratégia de personalização e proximidade para com pacientes e cuidadores, a VitalAire criou, em 2016, o primeiro de quatro EspaçoVital – um conceito inovador e complementar aos serviços domiciliários, que conta com um elevado nível de satisfação por parte dos pacientes.

Nos EspaçoVital, a equipa de Profissionais de Saúde está disponível para apoiar o paciente na terapia prescrita, investindo na sua formação e capacitação para melhor gerir o tratamento.

Estes espaços estão abertos em dias úteis e localizados junto ao Hospital de referência nas cidades do Porto, Viseu, Santa Maria da Feira e Santarém.

2022: A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO TRATAMENTO DA APNEIA DO SONO Preservando sempre o acompanhamento presencial e personalizado enquanto pilar da sua atuação, a VitalAire, continua a investir em ferramentas para acompanhamento dos pacientes – a começar pelos de SAOS –, desenvolvendo canais digitais complementares de apoio ao paciente, por um lado, e ao médico, por outro, disponibilizando informação relevante para cada caso. Neste contexto, coincidindo com a data que este mês se comemora, a VitalAire lança uma nova App para telemóvel denominada kairin (que significa o cuidado e a proteção dos pacientes, no momento certo), uma aplicação inovadora e exclusiva VitalAire e a primeira lançada por uma empresa de CRD, que visa contribuir para a melhoria da adesão, da qualidade de vida e da experiência do paciente com SAOS ao longo da sua jornada na terapia.

Esta App disponibiliza programas de acompanhamento, mais de 45 conteúdos como vídeos educativos e artigos, gráficos e tendências de utilização e questionários para ajudar a compreender as necessidades individuais de cada paciente, constituindo também uma forma de contacto direto com a empresa. É um importante passo na transformação digital que vem complementar as ferramentas digitais já existentes, permitindo seguir e apoiar remotamente o tratamento do paciente (ex. telemonitorização), e consubstancia a aposta constante da VitalAire na procura de soluções inovadoras centradas no paciente, visando a sua capacitação para uma melhor gestão da sua terapia, promovendo a melhoria da sua qualidade de vida.

O PRÉMIO CINCO ESTRELAS Fruto deste esforço e dedicação, sem nunca perder de vista as necessidades específicas dos seus pacientes, a VitalAire candidatou-se pela primeira vez e conquistou o Prémio Cinco Estrelas 2022 na categoria “Cuidados de Saúde ao Domicílio”.

O Prémio Cinco Estrelas tem como base um sistema de avaliação independente, que mede o grau de satisfação que produtos, serviços e marcas, em várias categorias, conferem aos seus utilizadores, tendo como critérios de avaliação variáveis como a Satisfação, Intenção de Recomendação, Confiança na Marca e Inovação, que influenciam a decisão de compra dos consumidores.

Por tudo isto, a assinatura da marca “Juntos por uma vida melhor” espelha bem o compromisso da VitalAire: trabalhar todos os dias por e para os seus pacientes, dando o seu melhor contributo para uma melhor qualidade de vida. * Testemunho obtido no âmbito de um inquérito sobre Outcomes e QoL aos doentes de SAOS da VitalAire, em 2020.

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SAÚDE DA MULHER O Dia Internacional da Mulher é comemorado anualmente a 8 de março.

História do Dia da Mulher A data surgiu pela primeira vez a 19 de março de 1911 na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.

Desde esse ano, o dia tem vindo a ser comemorado em vários países do mundo, de forma a reconhecer a importância e contributo da mulher na sociedade.

Outro dos objetivos por detrás da origem do Dia Internacional da Mulher é recordar as conquistas das mulheres e a luta contra o preconceito, seja racial, sexual, político, cultural, linguístico ou económico.

Em 1975, as Nações Unidas promoveram o Ano Internacional da Mulher e em 1977 proclamaram o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

No Dia Internacional da Mulher é comum serem enviadas às mulheres mensagens de apreço e de homenagem, e fazerem-se pequenas surpresas, como o envio de flores e bombons.

Alimentação e qualidade de vida A prevenção da obesidade consegue-se através de mudanças de estilo, que assentam, fundamentalmente, na reestruturação dos hábitos alimentares, no aumento da atividade física e desportiva e também na implementação de programas educativos, escolares e institucionais, de carácter multissectorial. A alimentação deve ser equilibrada, completa e variada, evitando carências vitamínicas, ou outras, que conduzam à desnutrição.

Deve dar-se preferência ao peixe, às carnes brancas e magras, em detrimento das carnes gordas e vermelhas; aumentar a ingestão de cereais completos, frutos e vegetais; aumentar a ingestão de cálcio através do consumo de lacticínios magros; evitar bebidas alcoólicas e refrigerantes e sumos açucarados, optando pela ingestão abundante de água, chás ou infusões (sem adicionar açúcar) ao longo do dia; reduzir o consumo de sal, recorrendo às especiarias e às ervas aromáticas para tempero. Aconselha-se ainda, no mínimo, cinco refeições diárias.

Higiene íntima A higiene íntima consiste na utilização de um produto que não agrida os genitais externos, com características diferentes da restante superfície corporal, contribuindo para o bem-estar, conforto, segurança e saúde da mulher.

Menopausa A menopausa afeta as mulheres, em média, a partir dos 50 anos.

Os principais efeitos da menopausa na saúde da mulher são a ausência de menstruação e impossibilidade de engravidar.

Osteoporose A osteoporose é uma doença metabólica em que os ossos se vão tornando cada vez mais frágeis, conduzindo a um risco acrescido de fratura, em particular na anca, coluna vertebral e membros superiores.

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A osteoporose afeta 800 mil portugueses, tendo maior incidência nas mulheres após a menopausa, numa relação de um homem para cada três ou quatro mulheres afetadas, realidade comum em todo o mundo.

Secura vaginal A secura vaginal é a falta ou ausência de humidificação natural da vagina. Graças ao corrimento de um muco transparente que visa proteger as paredes vaginais, a vagina mantém a sua elasticidade e mantém uma textura macia. Além da dor, a secura vaginal pode afetar a harmonia do casal e levar a problemas psicológicos nas mulheres. Stress, medo, culpa e baixa líbido são obstáculos para a realização pessoal das mulheres.

Incontinência Urinária Feminina A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina, sendo mais frequente na população feminina. Apesar das perdas involuntárias de urina interferirem significativamente na qualidade de vida, a incontinência urinária feminina continua a ser subdiagnosticada. Trata-se de uma situação muitas vezes ocultada, por vergonha ou por ser associada ao processo normal de envelhecimento.

Síndrome do Ovário Poliquístico A Síndrome do Ovário Poliquístico (SOP) é uma doença que afeta 10 a 15% das mulheres. É uma das causas mais comuns de infertilidade, pode provocar alterações do ciclo menstrual, quistos nos ovários e dificuldade em engravidar.

Cancro da Mama O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 7 mil novos casos de cancro da mama, e 1.800 mulheres morrem com esta doença.

MÊS DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A ENDOMETRIOSE | MARÇO

“UMA EM CADA 10 MULHERES SOFRE DA DOENÇA E MUITAS SÓ SÃO DIAGNOSTICADAS QUANDO NÃO CONSEGUEM ENGRAVIDAR” De acordo com a médica, o diagnóstico de suspeita pode ser estabelecido com base na clínica e visualização ecográfica de quistos e/ou nódulos de endometriose. No entanto, sublinha que a confirmação é feita através da visualização direta das lesões, através de laparoscopia.

Dra. Catarina Marques | Ginecologista da Clínica IVI Lisboa

A endometriose não é uma doença fácil de diagnosticar e pode hipotecar o sonho da maternidade, uma vez que atinge uma em cada 10 mulheres em idade reprodutiva. No Mês Mundial de Consciencialização para a Endometriose, que se assinala em março, a Dra. Catarina Marques, ginecologista da Clínica IVI Lisboa alerta para uma doença cujo diagnóstico chega a demorar 11 anos. “Uma década é muito tempo. Esta doença pode ser silenciosa, o que atrasa o diagnóstico, mas também pode causar muita dor. Esta dor não pode ser desvalorizada”, acrescenta a especialista. Cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo sofrem de endometriose. De acordo com médica ginecologista, a endometriose consiste na presença do tecido que reveste o útero por dentro (endométrio) fora da sua localização habitual. Os focos de endometriose encontram-se mais frequentemente nos ovários, nas trompas, nos ligamentos que sustentam o útero e no revestimento da cavidade pélvica ou abdominal. Os principais sintomas são a dor menstrual (dismenorreia), dor na relação sexual (dispareunia), dor ao evacuar (disquezia) e dor ao urinar (disúria).

No entanto, há outras dores associadas como a abdominal ou torácica e cada doente apresenta sintomas e níveis muito distintos de dor.

“A endometriose tem um impacto muito significativo na vida das mulheres. Ao causar dores intensas, por vezes incapacitantes, diminui a qualidade de vida, interfere com a vida sexual e pode causar infertilidade”, explica.

35% DAS MULHERES INFÉRTEIS TÊM ENDOMETRIOSE Embora não haja cura para a endometriose, existem tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida da mulher, prevenir a eventual progressão da doença, preservar a sua fertilidade e/ou ajudar na concretização do projeto reprodutivo. A fertilização in vitro é um tratamento apropriado para a infertilidade associada à endometriose (cerca de 35% das mulheres inférteis têm endometriose) quando outras técnicas mais básicas fracassam. A gestação em muitos casos proporciona a melhoria da clínica da endometriose, embora temporária. Regra geral, a cirurgia está indicada para os casos de endometriose mais graves e consiste na recessão das lesões endometriais nas suas diferentes localizações e restabelecimento da anatomia pélvica.

ENDOMETRIOSE: TRÊS PERGUNTAS E RESPOSTAS Esta doença causa sempre dor?

Há casos em que pode ser assintomática, o que pode atrasar ainda mais o diagnóstico. No entanto, também pode causar dores intensas.

Nestes casos, deve ser procurada ajuda médica para despistar esta ou outras doenças. Quando não tratada, a endometriose pode evoluir, dificultando a gravidez. Cerca de 35% das mulheres inférteis podem ter endometriose. E das mulheres com endometriose, 40% podem sofrer de infertilidade. Daí, a importância do diagnóstico precoce.

A endometriose é hereditária ou pode causar cancro?

Não está comprovado, mas existem estudos que apontam para a existência de uma maior probabilidade de a mulher ter endometriose quando há casos na família. A doença é benigna e é muito raro tornar-se numa condição maligna.

Há cura para a endometriose?

Não há cura para a endometriose, mas existem tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida da mulher, prevenir a eventual progressão da doença, preservar a sua fertilidade e/ou ajudar na concretização do projeto reprodutivo. A cirurgia só está indicada para os casos mais graves. Durante a gravidez há um alívio dos sintomas, mas, na maioria dos casos, estes voltam após o parto.

Descarregue gratuitamente o Guia da Endometriose do IVI.

Sobre o IVI – RMANJ O IVI nasceu em Espanha, no ano de 1990, como a primeira instituição médica especializada integralmente em Reprodução Humana. Desde então, já ajudou mais de 250 mil crianças a nascer, graças à aplicação das mais recentes tecnologias. No início de 2017, o IVI fundiu-se com a RMA, tornando-se o maior grupo de reprodução assistida do mundo. Atualmente, possui cerca de 80 clínicas e 7 centros de investigação, em 9 países e é líder em medicina reprodutiva. www.ivi.pt - www.rmanetwork.com.

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SAÚDE DA MULHER | DOENÇA VENOSA CRÓNICA

SENTE AS PERNAS CANSADAS E PESADAS? CONSULTE O SEU MÉDICO Impacto socio-económico

2Venous Disease Alert Movement 2015

Impacto na qualidade de vida

Dra. Joana Ferreira, Médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular

Definição A Doença Venosa Crónica consiste num conjunto de sintomas (queixas) causados por alteração da função das veias. É uma patologia crónica e evolutiva. Nas fases iniciais, os doentes apresentam “derrames” (cujo nome técnico é telangiectasias) e nas fases mais avançadas os doentes podem apresentar úlcera venosa.

Adaptado de: 1) Albuquerque de Matos A., Mansilha A., et al. Recomendações no diagnóstico e tratamento da doença venosa crónica; SPACV; Junho 2011/

Principais sintomas Os sintomas mais comuns são perna cansada, pesada e inchada (edemaciada). Estas queixas agravam-se quando o doente está muitas horas em pé ou com o calor. Os sintomas melhoram com a elevação dos membros inferiores. As cãibras, o prurido (“comichão”) e o calor nas pernas também são manifestações da Doença Venosa Crónica.

Impacto da pandemia nos doentes Com a pandemia assistimos a uma redução significativa na referenciação e no tratamento de doentes com Doença Venosa Crónica, particularmente nos períodos de confinamento. Curiosamente, nos períodos de desconfinamento verifiquei um aumento da procura. Muitos doentes, por estarem muitas horas em casa, começaram a olhar mais para as suas pernas e estavam mais atentos aos sintomas da doença venosa. Outros, por passarem elevadas horas na posição sentada apresentavam as pernas “inchadas”, razão pela qual procuraram a Cirurgia Vascular.

Diagnóstico O diagnóstico é realizado através da história clínica do doente e do exame objetivo. O médico através das queixas do doente e observando as suas pernas consegue fazer o diagnóstico. Para comprová-lo pode solicitar exames que contribuem para o diagnóstico como o eco-Doppler. Trata-se de uma ecografia que permite perceber a morfologia e o funcionamento das veias.

Sintomas sazonais Efetivamente, os doentes têm mais sintomas no verão ou na primavera, porque as queixas agravam com o calor. Mas a doença é crónica.

Por isso, os doentes devem adotar medidas terapêuticas todo o ano.

Prevalência e implicações na qualidade de vida Esta doença é mais frequente nas mulheres, ou seja, 60% das mulheres para 40% dos homens, e carateriza-se pela forte componente hereditária. Por outro lado, existem profissões que potenciam esta doença como as que exigem que os indivíduos se mantenham de pé durante longas horas. Muitos dos doentes têm a sua qualidade de vida severamente comprometida. De acordo com os dados disponíveis, pensa-se que a Doença Venosa Crónica é responsável por um milhão de dias de trabalho perdidos por ano. Cerca de 21% dos doentes pedem para mudar de posto de trabalho devido à sintomatologia. Esta patologia é responsável por cerca de 8% das reformas antecipadas.

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Prevenção É importante um estilo de vida saudável: alimentação cuidada, evitar a obesidade, uma prática regular de exercício físico e não fumar. Existem alguns estudos científicos que demonstram que alguns medicamentos podem minimizar a evolução da doença.

Os tratamentos mais invasivos, como a cirurgia, a radiofrequência ou o laser também visam evitar o agravamento da Doença Venosa Crónica. Contudo, em alguns doentes não conseguimos travar totalmente a progressão da doença.

Tratamentos disponíveis Devemos tratar a Doença Venosa Crónica desde as suas fases iniciais. Atualmente, existem várias opções terapêuticas. O tratamento é adaptado à fase da doença e ao doente. É um tratamento personalizado. Os pacientes são frequentemente tratados com medicação para a parede das veias (fármacos venoativos) e meia elástica. Outros também fazem tratamento com escleroterapia líquida ou espuma, laser, radiofrequência ou cirurgia minimamente invasiva. O médico especialista em Cirurgia Vascular decide qual é a melhor opção para cada doente. Na maior parte das vezes um doente precisa de uma combinação de tratamentos.

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LIDERANÇA: SAÚDE DA MULHER NOVOS|DESAFIOS PROCARE |HEALTH YARTECK CONSTRUÇÕES

PROCARE HEALTH: SAÚDE E BEM-ESTAR DO UNIVERSO FEMININO Balanço da evolução da mulher na sua relação com a saúde e bem-estar Normalmente, aproveitamos determinados momentos para fazer um balanço dos progressos obtidos. A celebração do Dia Internacional da Mulher proporciona uma dessas ocasiões. O progresso da Medicina, das técnicas e dos novos instrumentos para combater a doença é comprovado pelo contínuo aumento do tempo de vida útil das populações desenvolvidas, mas sobretudo quando acompanhado com a qualidade para poder desfrutar de uma senioridade feliz e livre de preocupações.

Concretamente, a Saúde da Mulher viu grandes desenvolvimentos em todos os campos que referi. Não obstante, o que mais evoluiu foi a forma como a mulher encara o seu corpo e lida com as suas doenças. Atualmente, a mulher não consulta a Ginecologia somente quando tem sintomas que não consegue suportar. As consultas de “rotina” são cada vez mais uma forma normal de gerir o seu corpo.

Miguel Coelho, Diretor-Geral

"A Mulher tem vindo a ganhar o seu espaço por mérito próprio, à custa de muito trabalho, mas também da inequívoca evidência das suas capacidades para desempenhar, e bem, funções de liderança ou de decisão"

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A Mulher de Hoje Ainda que exista um caminho a percorrer, a Mulher de Hoje ocupa um papel que alcançou por mérito próprio. O dia 8 de março assinala um dia de luta por direitos e acessos, mas todos os dias as mulheres assumem o seu papel na sociedade, mas também nas organizações, nos centros de decisão, sem que para tal tenham que abdicar da sua condição de ser Mulher. A Mulher tem vindo a ganhar o seu espaço por mérito próprio, à custa de muito trabalho, mas também da inequívoca evidência das suas capacidades para desempenhar, e bem, funções de liderança ou de decisão.

E conseguem fazê-lo sem abdicar de constituir família, de manter rotinas muito próprias da condição de mulher e de ter uma vida pessoal e familiar intensas. Essa é a Mulher de Hoje, para quem trabalhamos continuamente.

Saúde Feminina: Passado e Presente Apenas não mudou o corpo. Hoje, com dantes, a mulher tem especificidades fisionómicas únicas, com disfunções específicas, que obrigam a cuidados direcionados. Na Procare Health, conhecemos profundamente esta condição e trabalhamos na investigação de métodos e instrumentos mais eficazes para assegurar a saúde e bem-estar feminina.

As grandes mudanças residem nos ciclos de vida da mulher. É costume dizer-se que a mulher com 50 anos dos finais do século XX é a mulher de hoje com 40 anos. E este fator muda toda a equação de ser mulher. Hoje, a mulher tem uma vida mais ativa até mais tarde. As grandes transformações do corpo da mulher, como a menopausa, continuam a verificar-se na mesma fase da vida. O que é diferente é que hoje a mulher já não sente que a sua feminidade se esgotou com o aparecimento da menopausa, como aconteceu com as nossas avós.

PROCARE HEALTH | SAÚDE DA MULHER

Ora, tudo isto resulta de um maior conhecimento da Medicina da Mulher, dos recursos disponíveis para melhor lidar com estas transformações e de uma mudança de mentalidade por parte das mulheres, que sentem que têm ainda muito para dar e muito para desfrutar.

Existe, contudo, atualmente, uma variável que substituiu o desconhecimento de antigamente, que é a desinformação de hoje. Por esse motivo, sempre que posso faço um apelo para que as mulheres se informem junto dos seus médicos e profissionais de saúde e tirem peso à informação da internet.

E Futuro…

Ao observarmos o passado e entendermos o presente, poderemos prever que no futuro deixará de fazer sentido fazer a distinção entre homem e mulher em tudo o que diga respeito a igualdade de direitos e oportunidades. Um dia as futuras gerações perguntarão por que motivos as mulheres eram consideradas menos capazes, com a indignação com que hoje percebemos que houve escravatura.

Relativamente à forma como lidam com a sua saúde, as mulheres têm ainda um caminho a percorrer. Há situações que continuam a ser mal-entendidas e que geram bastante no mundo da obscuridade e que pode ser tratada de forma eficaz. A Mulher de Amanhã será o resultado da constante evolução que se verifica na Mulher de Hoje.

Assegurar a Saúde e Bem-Estar da Mulher A visão, missão e valores da Procare Health encerram a contínua preocupação em desenvolver mais e melhores formas de assegurar a saúde e bem-estar da mulher.

Combater o cancro, aumentar a possibilidade de ser mãe ou fazer uma gestão da fase da menopausa são domínios onde somos especialistas, mas queremos saber mais para fazer melhor. Ao assinalarmos neste mês de março o quarto aniversário da empresa em Portugal, sendo que destes, dois anos foram passados em confinamento, temos que estar gratos pela forma como fomos recebidos pelos profissionais de saúde, autoridades, parceiros, doentes, que connosco têm feito este caminho, sempre acreditando que o nosso sucesso pode rever-se em cada mulher que recuperou a sua saúde e bem-estar.

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DIA MUNDIAL DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Este dia assinala-se a 14 de março e visa sensibilizar o público para esta patologia, alertando para os modos de identificar o problema (os sintomas), para os tratamentos apropriados, para os significativos impactos negativos na qualidade de vida dos afetados e para a prevenção do mesmo. A Incontinência Urinária é um estigma social para muitos que sofrem deste problema, como a vergonha e as inseguranças associadas, o que leva a uma diminuição da autoestima.

Por isso, também este dia se torna tão importante, pois pretende não só consciencializar a sociedade do problema, como enfrentá-lo com cada vez mais naturalidade.

10 dados sobre a incontinência que talvez desconheça 1. A incontinência urinária afeta 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Se todas estas pessoas fizessem parte de um país, seria a terceira região mais povoada do planeta, apenas atrás da China e da Índia.

2. Uma bexiga pode conter entre 300 e 400 ml de urina (uns dois copos de água) durante o dia. Durante a noite, o valor aumenta até aos 800 ml.

3. A incontinência tanto afeta homens como mulheres. Um em cada cinco portugueses com mais de 40 anos sofre de perdas de urina.

4. 40% a 70% das pessoas com incontinência urinária não procura ajuda médica.

5. 78% das mulheres com incontinência urinária ainda não usa produtos específicos para as perdas de urina.

6. Os programas de prevenção e reabilitação do pavimento pélvico podem atrasar o surgimento ou melhorar o grau de afeção das perdas de urina até 70% dos casos.

7. Doem-lhe as costas? As perdas de urina provocadas pelo enfraquecimento do pavimento pélvico estão relacionadas com um maior risco de sofrer dores de costas.

8. A prevalência das perdas de urina nas mulheres que praticam desporto de elite é elevada. As atividades de alto impacto são prejudiciais para o pavimento pélvico.

9. Existem três tipos de incontinência urinária: de esforço (as perdas ocorrem ao rir, tossir, espirrar ou fazer exercício), de urgência (a necessidade é tão intensa que não permite chegar a tempo à casa de banho) e mista (combinação das duas anteriores).

10. 35,4% das mulheres com diabetes sofre de incontinência. Os níveis elevados de açúcar no sangue associados à diabetes costumam provocar uma quantidade de urina considerável, o que faz com que o risco de perdas de urina aumente.

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10 diferenças entre a incontinência masculina e feminina 1. A quem afeta: afeta 1 em cada 3 mulheres a partir dos 50 anos; a proporção entre eles é de 1 em cada 4, a partir dos 40 anos.

2. Causas: nas mulheres surge principalmente devido ao enfraquecimento do pavimento pélvico; já neles, além da idade, a incontinência está relacionada com o aumento do tamanho da próstata, o cancro da próstata ou doenças neurológicas, como Parkinson ou Alzheimer.

3. Tipos de incontinência: nas mulheres, a incontinência mais comum é provocada pelo esforço; neles é mais frequente a de urgência, conhecida por “bexiga hiperativa”.

4. Tratamento: aqui, para ambos, os médicos e fisioterapeutas estão de acordo: fortalecer a musculatura pélvica.

5. Acompanhamento profissional: estima-se que cerca de 42% das mulheres que têm incontinência não vão ao médico; no caso deles, a percentagem sobe quase 20 pontos, chegando aos 60%.

6. Tabu: para um número elevado de mulheres, (32%), este tema continua a ser tabu e 27% delas não fala do assunto por vergonha; no caso dos homens, mais de metade espera mais de um ano para consultar um médico.

7. Vida social: tentamos sempre assegurar-nos que temos uma casa de banho por perto, ainda que isso limite em parte a nossa vida social por medo das perdas de urina; entretanto, metade dos homens diz que dorme pior por ter que se levantar durante a noite e que este problema limita a sua vida sexual e profissional.

8. Impacto emocional: a incontinência afeta a qualidade de vida das mulheres, provoca insegurança, baixa autoestima e isolamento; 90% dos homens sentem-se menos seguros e chegam mesmo a sentir-se deprimidos devido a este problema.

9. Desconhecimento: alguns maus hábitos, como limitar a ingestão de líquidos para evitar as perdas, não são solução, pois a urina fica mais concentrada e aumenta a frequência da micção. A ignorância é um dos piores inimigos neste tipo de situação. A informação sobre a incontinência ajudará a entender e prevenir o problema.

10. Utilização de pensos específicos: apesar de haver um grande desconhecimento sobre a utilização de produtos específicos, pensados para neutralizar o odor e a densidade da urina (mais líquida), um número expressivo de mulheres e de homens (mais eles) não os conhecem e utilizam pensos para a menstruação, papel higiénico ou mais do que uma peça de roupa interior em simultâneo.

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA

INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM PORTUGAL

Dra. Marcela Forjaz Especialista em Ginecologia/Obstetrícia Clínica M de Mulher Hospital Lusíadas de Lisboa Autora de "O Grande Livro da Grávida", "Parto Feliz" e "Estas hormonas deixam-me louca"

A incontinência urinária (IU) é a situação em que ocorre perda urinária involuntária.

Embora esteja subdiagnosticada, porque é comum ocultar a situação só a referindo quando já é acentuada, esta é uma patologia que afeta 20% da população portuguesa com mais de 40 anos¹ subindo a prevalência para 35% da população com mais de 60 anos.

A prevalência aumenta com a idade, estimando-se que 50 - 85% dos idosos que residem em lares sofram desta patologia4. Representa um problema sério, com impacto profundo psicossocial na qualidade de vida dos doentes. Relativamente à sua incidência por sexo, entre os 45 e os 60 anos, a proporção de casos é de um homem afetado para cada três mulheres1. As estatísticas dizem também que metade das mulheres em alguma altura da sua vida vai ter incontinência urinária.2 A incontinência urinária distingue-se sobretudo em três grandes grupos: a de esforço (IUE), a de urgência (urgincontinência) e a mista.

A primeira – de esforço – ocorre quando há perda de urina em resposta a um aumento da pressão sobre a bexiga, como com a tosse, o espiro ou esforços (levantar objetos pesados, saltar, correr).

A incontinência por urgência ocorre na sequência de uma súbita necessidade de urinar. O exemplo típico é o de entrar em casa com os sacos das compras e ter de se atirar os sacos para correr para a casa de banho, por vezes perdendo urina já pelo caminho.

Finalmente, na mista, ambos os tipos estão presentes.4 Existem outros tipos menos frequentes como a incontinência por extravasamento, funcional, noturna (enurese), psicogénica, entre outros.

Na origem da IU podem estar patologias como, no homem, a hipertrofia ou a cirurgia à próstata e em ambos os sexos as alterações neurológicas, infeções, diabetes ou medicação com fármacos como relaxantes musculares, diuréticos ou sedativos.

Já na mulher, são ainda as condições naturais do seu ciclo biológico que a tornam um terreno vulnerável: a gravidez e o parto são fatores de risco consensuais para o aparecimento da IU3, tal como o estado de pós-menopausa.4

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Quanto à sua abordagem, na bexiga hiperativa associada à urgincontinência, a mudança de hábitos de vida pode ser muito relevante, como evitar substâncias irritantes para a bexiga como o álcool, café, chá e bebidas gaseificadas. Outra medida será o treino da bexiga, ou seja, tentar esvaziá-la (urinando) cada 2h a 2.30h.

Para este tipo de IU existe tratamento farmacológico e quando este não se revela efetivo pode também obter-se resultados com técnicas minimamente invasivas como a injeção de botox ou neuromodulação de raízes sagradas.4 Na IUE é importante a prática de exercício físico com um bom controlo do peso corporal, já que o excesso de peso é fator agravante da perda urinária.4 Os exercícios de contração dos músculos do pavimento pélvico são úteis e pode ainda recorrer-se a alguns suplementos que aparentemente têm ação nestes músculos recrutando-os com maior facilidade para esta função de suporte da uretra e auxiliadores na manutenção do seu encerramento, como os que contêm extrato de sementes de abóbora. Entre os seus vários benefícios, é referido algum efeito na hiperplasia benigna da próstata, devido à ação antioxidante e anti-inflamatória do óleo extraído das sementes e também foram observados benefícios no controle da bexiga hiperativa, em que a esta suplementação por 6 a 12 semanas esteve associada a melhoria da frequência urinária diurna, frequência urinária noturna, urgência e incontinência urinária5.

Ainda como abordagem conservadora, a fisioterapia do pavimento pélvico, tem um papel relevante. Na mulher pós-menopausa, o recurso a cremes ou comprimidos intravaginais com estrogénios pode ser uma ajuda para o controlo da micção. Tal como a mucosa vaginal, a mucosa da uretra ficará também mais espessada e elástica e como consequência terá maior capacidade de coaptação, oferecendo a necessária resistência à saída involuntária de urina.

Na incontinência urinária feminina, se todas estas opções falharem, pode recorrer-se à resolução cirúrgica, que passa pela colocação de fita para sustentação da uretra.

As alternativas terapêuticas existentes permitem-nos afirmar que atualmente 90% dos casos de incontinência tem cura.1 Bibliografia 1. Marques, H.S. Incontinência Urinária http://www.metis.med.up.pt/index.php/Incontin%C3%AAncia_urin%C3%A1ria 2. Silva, A.I et al. Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida da mulher Rev Port Med Geral Fam vol.29 no.6; ISSN 2182-5173; Lisboa nov. 2013 3. Menezes M, Pereira M, Hextall A. Predictors of female urinary incontinence at midlife and beyond. Maturitas. 2010;65:167-71.

4. Comunicado da Direcção da Apnug a 14 de Março de 2020 5. RAMAK, Parvin et al. The beneficial effects of Pumpkin (Cucurbita pepoL) seed oil for health condition of men. Food Reviews International, [S.L.], v. 35, n. 2, p. 166-176, 28 jun. 2018. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.1080/87559129.2018.1482496.

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SAÚDE DA VISÃO | DIA MUNDIAL DO GLAUCOMA

GLAUCOMA: A PRINCIPAL CAUSA DE CEGUEIRA IRREVERSÍVEL NO MUNDO APOSTE NA PREVENÇÃO

Dr. Flávio Alves – Médico Oftalmologista, Chefe da Secção de Glaucoma no Serviço de Oftalmologia do H.S. João, no Porto, e ex-Coordenador do Grupo Português de Glaucoma da SPO

O Glaucoma é uma Neuropatia Ótica, progressiva, de caráter degenerativo e evolutivo e que se não tratada, pode conduzir à cegueira irreversível. Esta doença é a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Tem um desenvolvimento silencioso pelo que o seu diagnóstico regra geral é feito muita tardiamente. Quando o doente se apercebe da sua existência, já esta, está numa fase muito adiantada, o que torna o seu controlo muito mais difícil e o sucesso da terapêutica muito mais complicado. Existem vários fatores causais do Glaucoma, sendo o principal a Hipertensão Ocular, mas existem outros, tal como: - A herança genética (uma história familiar positiva é um sinal de alerta para a possível presença da doença); - A raça (nomeadamente a raça negra, a asiática, embora nesta, o tipo de Glaucoma predominante seja o de ângulo estreito) e os nórdicos, onde encontramos uma maior incidência de Glaucoma Pseudoexfoliativo; - As alterações vasculares, uma alta miopia.

Dia Mundial do Glaucoma No próximo dia 12 de março, assinala-se o Dia Mundial do Glaucoma. É uma doença silenciosa que afeta cerca de quatro milhões de pessoas no Mundo e umas das principais causas de cegueira. Este dia tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre esta doença ocular progressiva e o impacto positivo no seu diagnóstico precoce.

Semana Mundial do Glaucoma No âmbito da Semana Mundial do Glaucoma, assinalada de 7 a 13 de março, o Grupo Português de Glaucoma da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alerta para a importância da prevenção dos fatores de risco como a única forma de atrasar a progressão da doença, que afeta cerca de 200 mil portugueses e é a principal causa de cegueira irreversível em todo o mundo.

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Existem outras em que não conseguimos estabelecer uma verdadeira razão causa-efeito. O diagnóstico da doença Glaucomatosa, no início pode ser difícil, embora com as novas tecnologias, nomeadamente os exames estruturais (O.C.T.) e funcionais (Campos Visuais), permite-nos antecipar a presença da doença.

Funcionalmente, só em fases muito avançadas é que temos sinais subjetivos da doença. No entanto, com o estudo morfológico do Nervo Ótico e da camada de Fibras Nervosas, obtemos dados objetivos da presença da doença em fases bastante mais precoces.

O resultado do tratamento do Glaucoma depende da fase em que é feito o diagnóstico. Se iniciado num estádio precoce da doença, a sua evolução será muito mais lenta e permitirá uma boa qualidade de vida, pois os danos causados são de carácter permanente e irreversível. É fundamental um bom controle desde o diagnóstico. O tratamento é muito difícil.

Como o Glaucoma é uma doença silenciosa, só muito tardiamente o doente se apercebe da sua presença. O doente queixa-se mais dos efeitos colaterais da medicação do que da própria doença, o que em muitos casos leva a que haja uma má aderência do doente à terapêutica.

A “única prevenção” será o diagnóstico e o início do tratamento o mais precoce possível, de modo a evitar a sua progressão.

O Glaucoma, é uma doença que pode levar à cegueira, mas um diagnóstico precoce e uma terapêutica bem instituída, permitirá um bom controle da doença. Consultar periodicamente um médico oftalmologista, especialmente nos casos de maior risco, nomeadamente: uma história familiar positiva, a partir dos quarenta anos, uma vez que a incidência do Glaucoma aumenta com a idade, e a existência de outros fatores de risco, tornam esta consulta mais premente. mais premente. Uma vez feito o diagnóstico e instituída a terapêutica, é essencial cumprir as instruções fornecidas, quer no uso da medicação, quer na realização das consultas e a realização dos exames periódicos, para uma melhor monitorização da evolução da doença. O Glaucoma, é uma doença que se bem controlada, irá permitir uma boa qualidade de vida.

As principais características do Glaucoma são: - É uma doença silenciosa, com sintomatologia a aparecer numa fase muito avançada; - O seu diagnóstico precoce é a chave do sucesso; - O tratamento embora eficaz produz efeitos colaterais que diminuem a adesão ao tratamento, e que leva à progressão da doença de modo irreversível; - Mesmo quando já temos as primeiras alterações nos exames, estruturais ou funcionais, a doença já tem uma grande evolução.

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Yo ur d r y e ye pa r t n e r

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SAÚDE DA VISÃO | LENTES DE CONTACTO

FACTOS E MITOS SOBRE AS LENTES DE CONTACTO São apropriadas para o desporto e não se perdem atrás do olho.

Mas não se devem usar à noite... O que importa saber sobre este objeto inventado no século XIX. As lentes de contacto são lentes artificiais, finas e arredondadas que se usam na superfície do olho para corrigir os defeitos da visão como a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia. As lentes podem evitar o uso dos óculos e dão uma visão mais próxima da realidade já que estão juntas aos olhos.

A primeira lente de contacto foi desenvolvida pelo oftalmologista alemão Adolf Fick, em 1887, para corrigir o astigmatismo. Hoje, há lentes de contacto de diferentes tipos de materiais. Estima-se que, em 2024, irão ser vendidos 1290 milhões de pares de exemplares em todo o mundo. Mas ainda existem mitos que afastam as pessoas deste pequeno objeto. Por outro lado, há verdades sobre o seu uso que são indispensáveis conhecer.

As lentes de contacto são difíceis de usar e exigem trabalho para as manter?

O oftalmologista deverá ensinar a pessoa a colocar e a retirar as lentes. Ao princípio pode ser complicado usá-las, mas a experiência mostra que rapidamente se habituam a colocar as lentes nos olhos.

Para quem sente algum tipo de desconforto, há soluções assim que se determina qual é a causa. Depois, o seu uso é mais simples. Na maioria das vezes, um único produto serve para limpar e desinfetar as lentes diariamente. Ou então, é possível optar por usar lentes diárias descartáveis.

Com a lente posta, a córnea tem menos acesso ao oxigénio e pode, por isso, ficar mais vulnerável a infeções.

Assim, é recomendado retirar sempre as lentes à noite. Além disso, dormir com as lentes também pode aumentar as possibilidades de se desenvolver uma infeção se a lente tiver resíduos ao longo do dia. Por isso, se acidentalmente se se esquecer de retirar as lentes à noite, é necessário removê-las logo ao acordar e colocá-las na solução de limpeza para retirar a sujidade acumulada e as bactérias.

As lentes podem perder-se atrás do olho?

Não. Há uma membrana fina que cobre a parte branca do globo ocular e que se liga ao interior das pálpebras. Isso impossibilita que a lente de contacto se perca atrás do olho.

E podem saltar dos olhos?

As antigas lentes de contacto podiam, de vez em quando, saltar dos olhos quando se fazia desporto e outras atividades com mais movimento.

Mas as lentes de hoje são fabricadas de uma forma que se ajustam melhor aos olhos. Por isso, é muito raro que uma lente salte do olho.

As lentes de contacto podem ficar encravadas no olho?

As lentes de contacto moles podem colar-se ao olho quando secam.

Mas basta aplicar o líquido das lentes de contacto ou um soro fisiológico estéril para ficarem reumidificadas e descolarem do olho.

As lentes de contacto devem ser usadas por idosos?

Se por um lado a tecnologia das lentes de contacto já permite a correção de visão para longe e para perto, o que é muito importante para os idosos, por outro existem, neste grupo etário, algumas doenças oftalmológicas que impedem o seu uso. Assim, para este grupo etário, o uso de lentes implica que a avaliação pelo médico oftalmologista, seja por exemplo, muito dirigida para o estudo do olho seco.

A população idosa tem uma prevalência muito aumentada desta doença o que é uma contraindicação para a utilização de lentes de contacto.

As lentes podem entrar em contacto com a água?

Não. As lentes não podem estar expostas a nenhum tipo de água.

Um género de amiba – um organismo microscópico unicelular – chamado Acanthamoeba, que existe na água doce (nos lagos, nas piscinas, nas saunas), pode ficar agarrado à lente e causar uma infeção no olho que pode até cegar. Estas amibas alimentam-se de bactérias e podem sobreviver no olho de uma pessoa. O indicado é retirar-se as lentes antes de se entrar em contacto com a água.

Se se esquecer de retirar as lentes, deve fazê-lo logo de seguida e colocar no líquido desinfetante das lentes para limpar qualquer resíduo que tenha lá ficado.

É perigoso usar lentes de contacto à noite, enquanto dorme?

A superfície externa do olho, que fica parcialmente coberta pela lente de contacto, necessita de estar em contacto com o oxigénio.

Esta superfície, chamada córnea, retira o oxigénio da atmosfera.

Não se pode usar lentes quando se faz desporto?

Não é verdade. Aliás, os médicos defendem que as lentes são a melhor opção para se ter uma visão corrigida enquanto se faz desporto.

As lentes podem melhorar a visão a longa distância e a visão periférica.

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FIBRILHAÇÃO AURICULAR E AVC

Prof. Dr. Pedro Monteiro Cardiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

PROMOVER UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL COM CONTROLO DE TODOS OS FATORES DE RISCO

Professor Auxiliar de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

A fibrilhação auricular (FA) é a arritmia cardíaca mais comum, traduzindo-se por um batimento cardíaco irregular, que frequentemente provocar mal-estar e palpitações; porém, muitas vezes, os doentes com FA são assintomáticos, o que pode atrasar o diagnóstico. Em Portugal, estima-se que 1 em cada 40 adultos sofra de FA, sendo que a probabilidade de se apresentar FA aumenta com a idade, atingindo 1 em cada 11 pessoas com mais de 65 anos. Na FA, as duas câmaras superiores do coração (aurículas) não contraem correctamente para bombear o sangue para as câmaras inferiores, os ventrículos. Como resultado, o sangue pode ficar estagnado na aurícula e formar um coágulo.

Estes coágulos podem soltar-se, sair do coração através da corrente sanguínea e deslocarem-se para o cérebro, bloqueando o fluxo de sangue e causando um acidente vascular cerebral (AVC), ou podem deslocar-se para outras partes do corpo, causando um embolismo sistémico.

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A FA é mais comum em pessoas com hipertensão arterial, doenças cardíacas, excesso de peso, diabetes, colesterol elevado e em fumadores. Evitar estes fatores de risco parece ser a melhor forma de prevenir a FA, a qual pode ser detetada pela palpação de um pulso irregular ou, em casos suspeitos, pela realização de exames simples como o ECG ou, se a arritmia condicionada pela FA for intermitente, através de um registo electrocardiográfico mais prolongado (também denominado Holter de 24 horas).

O AVC continua a ser a principal causa de morte em Portugal e os doentes com FA apresentam um risco três a cinco vezes superior de desenvolver um AVC isquémico, sendo que 14 por cento dos doentes com FA já tiveram um AVC. Nestes doentes o AVC apresenta uma maior gravidade, estando associado a um aumento de 7 por cento na mortalidade.

Neste contexto, a forma mais eficaz de reduzir o risco de AVC isquémico, em doentes com FA, é através de medicamentos anticoagulantes orais, os quais impedem a formação dos coágulos no sistema sanguíneo e, desta forma, também o AVC. Nos doentes com alto risco hemorrágico que não podem fazer anticoagulação oral, a alternativa passa por encerrar a zona do coração que habitualmente produz os coágulos nos doentes com FA, o apêndice auricular esquerdo.

Em resultado das inovações na prevenção do AVC no contexto da FA, tem-se assistido nos últimos anos a um aumento do uso de anticoagulação oral nestes doentes, com uma relevante descida (cerca de 40%) do número anual de AVC’s em Portugal.

Relativamente à arritmia propriamente dita, ela e os seus sintomas podem ser controlados com o uso de medicamentos anti-arrítmicos ou, em caso de os sintomas persistirem, com recurso à ablação de FA (uma intervenção simples em que, com o auxílio de um cateter que aplica calor ou frio extremo numa zona específica do coração, a FA pode ser tratada por um período de tempo mais ou menos longo).

Em resumo, importa promover um estilo de vida saudável, com controlo de todos os fatores de risco para reduzir o risco de FA. Caso comece a sentir palpitações ou um ritmo cardíaco irregular, deve consultar o seu médico e, caso se confirme a FA, cumprir diariamente a terapêutica anti-arrítmica e anticoagulante oral.

Desta forma, poderemos registar novas vitórias na luta contra o AVC em Portugal, esperando-se nos próximos anos uma continuada redução das mortes e incapacidades por AVC, fruto de uma aposta renovada no controlo dos fatores de risco, no diagnóstico mais precoce da FA e no uso mais generalizado dos novos fármacos anticoagulantes orais.

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Pela voz de quem sabe...

ARTIGOS DE OPINIÃO

Alexandre Meireles, Presidente da ANJE

Luís Miguel Ribeiro, Presidente AEP

António Saraiva, Presidente da CIP

António Lacerda Sales, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde

Leia isto e muito mais em www.revistabusinessportugal.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 53

Fernando R. Silva

UM BENTLEY, PARA “EMOÇÕES” FORTES “Ajudar aqueles que ajudam os outros”, é este o lema de uma experiência que pode ser vivida em prol de uma causa maior. Fomos saber mais, sobre este projeto denominado Bentley Experience, numa conversa com o mentor do projeto, Fernando R. Silva.

Entretanto, com a pandemia mundial de Covid-19, este projeto ficou em stand-by, mas agora que o coronavírus parece ter um fim à vista e que o futuro é visto com esperança, a Bentley Experience pode pôr em prática, pelo menos, parte do que tinham inicialmente idealizado.

Já se imaginou no lugar do “pendura” num Bentley Continental GT, a viver experiências únicas e a colaborar para ajudar aqueles que ajudam os outros?

Se este é um dos seus sonhos, a Bentley Experience pode torná-lo realidade, disponibilizando um carro que é ímpar na sua classe e que alia o seu design marcante à potência superior que é caraterística da marca, num veículo de competição único em Portugal e no mundo. Este projeto tem como principal objetivo levar automóveis de competição diferentes a um público, também ele distinto, tendo em conta o que estamos habituados a ver nas competições automóveis.

Começou, sensivelmente, em 2019, com a aquisição de um Bentley Continental GT, procedendo-se posteriormente à sua transformação, de forma a prepará-lo para a competição, nomeadamente para as provas nacionais. Trata-se de uma viatura única que não existe em mais nenhum local do mundo.

Agenda prevista para 2022 Prevê-se que este seja, finalmente, o ano da Bentley Experience.

Nesta fase inicial, o projeto irá pôr em prática quatro eventos com um cariz de responsabilidade social, bem como alguns eventos motivacionais para as empresas e os seus respetivos colaboradores.

O primeiro já tem data marcada, irá realizar-se no dia 9 de maio, em Lisboa, e pretende reunir alguns utentes de uma Instituição Particular de Solidariedade Social, figuras públicas, amigos e a comunicação social para que se possa dar a notoriedade devida a estas instituições.

O objetivo primordial é proporcionar às pessoas mencionadas um dia diferente e fazer com que este fique para sempre nas suas memórias. De referir ainda que, segundo o mentor deste projeto, “é importante valorizar estas instituições que tanto fazem pela comunidade e que são, muitas vezes, esquecidas e deixadas para segundo plano”, manifestando o seu orgulho por este projeto ter também uma vertente solidária.

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Estão ainda programados eventos empresariais. Esta será uma forma das entidades patronais motivarem os seus colaboradores, na medida em que vão usufruir de uma experiência de um dia diferente e único ao fazerem estes co-drives juntamente com a equipa da Bentley Experience, ficando a conhecer melhor as especificidades de um carro tão único e especial, além de outras atividades.

No que concerne à competição, o Bentley Continental GT, poderá também ser visto em algumas provas. “Neste momento, estamos a encetar alguns contactos para podermos estar presentes em algumas das provas de maior prestígio, aquelas em que se juntam mais pessoas e em que haverá maior repercussão na presença do carro e retorno para os nossos patrocinadores”, explica. Será, então, este o âmbito desportivo do projeto para 2022.

No fundo, são estes os planos que a equipa tem em mente e que espera pôr em prática durante o ano de 2022. Atualmente, estão reunidas todas as condições para dar a conhecer ao público, um projeto único, com um carro inovador, que chama a atenção dos apaixonados por automóveis e ao qual é impossível ficar indiferente.

“Ajudar aqueles que ajudam os outros”

Agradecimentos especiais Fernando R. da Silva, o mentor do projeto, realça também a importância dos patrocinadores que têm apoiado esta iniciativa, bem como dos amigos que têm estado ao seu lado, desde o início, destacando que, sem esta conjugação de forças, nada seria possível.

Além disso, relembra que um pequeno gesto pode ter um grande impacto na sociedade e que era importante que todos tivéssemos essa responsabilidade social e esse pensamento de fazer mais pelas IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) para que estas tivessem todas as condições para, assim, fazer também mais e melhor pelos seus utentes.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL Nos dias que correm, as empresas deparam-se com um grande desafio: tornarem-se mais digitais e eficientes para conseguirem, assim, alcançar um lugar de destaque num mercado que, como é sabido, é altamente competitivo.

Esta transformação digital impõe uma mudança radical na forma como as empresas operam. O processo deve passar, essencialmente, por utilizar de forma inteligente as ferramentas tecnológicas voltadas para as pessoas (desde os clientes aos elementos da equipa) de modo a otimizar processos e a reduzir custos.

Já no que concerne à estratégia a ser utilizada para uma transformação digital bem-sucedida, esta deve assentar em quatro passos a seguir: a definição de objetivos, o conhecimento e a noção de quais as novas tecnologias disponíveis no mercado, decidir qual a ferramenta mais útil para o negócio em questão e, por último, mas não menos importante, garantir que o uso da mesma é interativo e célere.

Atualmente, é urgente estar um passo à frente, ver para além do óbvio e pensar no dia de amanhã que será, com certeza, cada vez mais propenso à utilização de novas tecnologias.

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“INOVAÇÃO PARA UMA VIDA MELHOR” As pessoas têm sido o motor da inovação e gerador de competitividade digital?

O cliente que compra um equipamento LG sabe que está a comprar um equipamento inovador capaz de responder e de se adaptar a qualquer desafio do quotidiano. É esta capacidade de total antecipação das necessidades do consumidor que faz com que os produtos da LG se diferenciem da demais oferta do mercado. Este posicionamento leva-nos até à consciência de que o nosso negócio passa por criar tecnologia capaz de mudar a vida das pessoas, melhorando efetivamente o dia a dia dos nossos consumidores, das comunidades em que se inserem e do meio ambiente que nos circunda. Somos responsáveis por, através de equipamentos energeticamente eficientes e inteligentes que respondem às necessidades do dia a dia e que garantem a segurança e limpeza do lar, fazermos jus ao nosso mote “Inovação para uma vida melhor”.

Hugo Jorge, Marketing Director

Com uma filosofia e visão, completamente, focadas nas necessidades dos seus clientes, a LG Portugal aposta no desenvolvimento de produtos e soluções disruptivas, capazes de marcar a diferença no mercado e perante o cliente.

Hugo Jorge, Marketing Director da LG Portugal, partilha em entrevista que a empresa encara os desafios do futuro como oportunidades para inovar no presente.

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A LG Portugal lançou, em 2021, uma nova ferramenta de apoio ao cliente, integrada na vasta estratégia de transformação digital do Customer Service. A Telepresence veio inovar a relação da LG com os seus clientes?

A Telepresence é uma ferramenta de atendimento remoto personalizado que, apesar da distância física, veio aproximar os técnicos do equipamento eletrónico em questão e que veio contribuir para a eficácia geral do serviço. Disponível desde abril de 2021, a verdade é que este recurso nasceu num momento em que, devido à situação pandémica, o distanciamento se impunha e veio assim responder a uma necessidade efetiva das famílias portuguesas que aderiram desde logo e que, utilizando apenas a câmara do smartphone, podem assim partilhar questões ou suspeitas de anomalia de qualquer equipamento da marca com os técnicos especializados do Centro de Informação ao Cliente da LG Portugal.

LG | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

A tecnologia desempenha um papel determinante na qualidade do serviço prestado pelas empresas portuguesas aos seus clientes, tem sido esta a visão que tem impulsionado a criação das soluções high-tech B2B da LG? Com mais de duas décadas de presença e experiência no país, a LG Portugal conta com um conhecimento profundo dos clientes, da indústria e dos sectores do retalho, turismo e outros, tendo criado uma equipa de profissionais especializados e altamente dedicados e uma rede de parceiros de cobertura global capaz de responder a qualquer desafio, presente ou futuro. A esta vasta expertise e capacidade, junta-se a aposta constante em inovação, para que, através das soluções da LG, os clientes B2B possam evoluir rapidamente para se adaptar às exigências do mercado e que os consumidores reconheçam as mais-valias destes verdadeiros ecossistemas tecnológicos. Esta é a visão que tem vindo a impulsionar a criação das soluções B2B high-tech da LG, que, ano após ano, tem vindo a confirmar o seu posicionamento de liderança no mercado nacional.

A LG assume a responsabilidade de desafiar a sociedade a repensar a sua atitude perante o lixo eletrónico a nível global.

Hoje, mais do que nunca, torna-se imperativo unir esforços no processo de consciencialização do impacto que as nossas atitudes têm no meio ambiente, abrindo o caminho para um futuro mais sustentável?

Numa altura em que o consumo desenfreado de tecnologia é proporcional ao lixo eletrónico produzido e apenas 15 a 20% deste é reciclado a nível mundial, consideramos que as empresas como a LG têm também o dever de alertar consciências, beneficiando de redes de recursos humanos e infraestruturas globais com capacidade para alterar comportamentos e levar assim à difusão de informação e à implementação de programas de recolha de equipamentos para reutilização e reciclagem de equipamentos eletrónicos, começando, desde logo, com os seus colaboradores.

A competitividade das empresas está, inevitavelmente, interligada com a adoção de práticas digitais, para uma maior proximidade com o público e continuidade da marca. Quais serão os maiores desafios para a LG no futuro?

A LG encara os desafios do futuro como oportunidades para inovar no presente. Veja-se o exemplo dos últimos dois anos, que revelaram, mais do que nunca, a importância do lar.

Por essa razão, a inteligência artificial e a IoT vão desempenhar um papel ainda mais relevante no nosso plano de negócios para os próximos anos, com uma aposta clara no desenvolvimento de soluções integradas e inovadoras, que façam, verdadeiramente, a diferença na vida dos consumidores, seja através da otimização das opções de imagem e som, de tecnologias de higienização do lar e purificação do ar e até mesmo de equipamentos cada vez mais sustentáveis e com elevados níveis de poupança de energia e recursos naturais.

Em 2021, a LG Portugal registou um crescimento sustentado, fortalecendo posições de liderança entre as preferências dos consumidores nacionais. Apesar do desafiante contexto pandémico vivido, a LG Portugal conseguiu manter um forte ritmo de crescimento. Quais os objetivos desenhados para 2022?

2022 será um ano de reforço do posicionamento líder da LG nas várias unidades de negócio, com especial foco no fortalecimento do segmento e conceitos premium. Neste contexto, a recém-apresentada linha original Lifestyle TV foi concebida e desenvolvida para o estilo de vida centrado no lar dos dias de hoje. Assemelhando-se a uma verdadeira tela, a LG Objet TV combina perfeitamente com qualquer ambiente graças ao seu estilo minimalista e utilização subtil de cores neutras, trazendo uma sofisticação imediata e harmonia visual a qualquer espaço interior. A outra inovação da desta linha, a LG StanbyME consiste num ecrã de TV pessoal (de 27 polegadas), sem fios, com uma bateria integrada conectada a um suporte móvel com rodas ocultas que não só permite uma total liberdade de movimentos, como também oferece três horas de visualização até ser necessário recarregar. Já no que se refere às soluções de climatização, uma das mais recentes novidades são os modelos da Gama Therma V, que podem ser utilizados para uma variedade de soluções de aquecimento, desde o fornecimento de água quente até ao aquecimento do piso ou do radiador, permitindo a substituição de um sistema de caldeira convencional.

Através das mais avançadas tecnologias, estes equipamentos amigos do ambiente garantem uma eficiência energética imbatível graças ao compressor R1 e um controlo mais fácil, intuitivo e conveniente através da app LG ThinQ. Por fim, no que aos grandes eletrodomésticos diz respeito, a LG desenvolveu o conceito Evolving Appliances For You, que engloba um conjunto de equipamentos atualizáveis que têm a capacidade de incorporar novos recursos que venham a ser concebidos com base nos padrões e hábitos de utilização dos consumidores.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 59

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | ARVAL

“O NOSSO OBJETIVO É CONTINUAR A CRESCER” José Pedro Pinto, General Manager

José Pedro Pinto, General Manager da Arval, em entrevista à Revista Business Portugal, salientou os 30 anos de contrução de uma empresa sólida e com os olhos no futuro, bem como o objetivo de continuar assegurar um serviço de excelência aos clientes e crescer, apostando cada vez mais na digitalização e na inovação da oferta potenciando o talento das pessoas.

A Arval já conta com mais de 30 anos de história. Qual é o balanço que faz do caminho percorrido até aqui? Têm sentido algum impacto causado pela pandemia?

São 30 anos de construção de uma empresa sólida e com olhos postos no futuro. A Arval pertence 100 por cento ao grupo BNP Paribas e isso garante-lhe uma estabilidade e resiliência acrescida, mesmo em tempos mais difíceis, como os que temos estado a atravessar. É claro que sentimos o impacto causado pela pandemia. Todas as empresas sentiram. De uma dia para o outro, fomos obrigados a ficar em casa e a alterar a nossa forma de trabalhar. Redefinimos os nossos processos, os canais de comunicação com clientes, condutores e fornecedores, de forma a garantir que continuávamos a prestar um serviço de excelência aos nossos clientes e condutores. E conseguimos. A Arval, a nível global, cresceu nestes dois últimos anos e a Arval Portugal também.

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Que tipo de serviços disponibilizam e como é que é feito o aconselhamento junto do cliente?

A Arval disponibiliza um serviço completo de renting para que os clientes não tenham que se preocupar com nada. Desde a manutenção e substituição de pneus, passando pela viatura de substituição, seguro e assistência em viagem, sem esquecer que os imprevistos também acontecem e, por isso, incluímos o nosso produto Manutenção Plus para precaver eventuais avarias.

Todas as nossas relações comercias começam com uma aprendizagem profunda das necessidades dos clientes. Prestamos muita atenção às suas preocupações, seja o custo do seguro, o custo total associado a cada viatura, os objetivos de responsabilidade social corporativa, incluindo a gestão do combustível e respetiva transição energética, ou segurança dos condutores. Efetuamos uma avaliação comercial sistemática das melhores para cada cliente e propomos as nossas recomendações para a frota.

Qual é a importância da plataforma Arval Mobility Observatory que disponibilizam no vosso website?

Na Arval temos a perfeita consciência de que a mobilidade está em profunda transformação. Nessa medida, sentimos a necessidade de realizar estudos para compreender as grandes tendências do mercado.

ARVAL | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

“Estamos profundamente comprometidos em contribuir para uma mobilidade mais sustentável e em apoiar os clientes na sua própria transição energética. A este nível, identificamos várias oportunidades para acelerar esta transição”

O Arval Mobility Observatory é uma plataforma de market inteligence do Grupo amplamente reconhecida como um centro de pesquisa e partilha de informações isentas no sector das frotas e mobilidade.

Tem como objetivo recolher e disponibilizar dados objetivos e precisos para partilhar com todos os tipos de públicos, ajudando-os a compreender melhor o novo paradigma e as tendências da mobilidade.

A Arval tem em atenção a questão da sustentabilidade?

Que tipo de medidas são aplicadas neste contexto?

O Grupo BNP Paribas em que a Arval se integra tem objetivos muito concretos nas área da sustentabilidade a nível económico, social, cívico e ambiental.

Estamos profundamente comprometidos em contribuir para uma mobilidade mais sustentável e em apoiar os clientes na sua própria transição energética. A este nível, identificámos várias oportunidades para acelerar esta transição. As constantes melhorias na tecnologia de baterias, autonomias mais longas e uma rede crescente de pontos de carga públicos, tornam o renting de um carro elétrico uma solução cada vez mais prática e eficiente. Por isso, a Arval oferece um serviço de consultoria especializada em que avalia se os veículos elétricos são uma boa opção para cada tipo de negócio, percurso e função.

Temos uma abordagem consultiva a que chamamos SMaRT (Sustainable Mobility and Responsible Targets), que foi desenvolvida especificamente para dar resposta às inúmeras solicitações de empresas locais e internacionais nos mais diversos países, que nos pediam e continuam a pedir ajuda para atingirem os seus objetivos de sustentabilidade.

Na realidade, há um número crescente de empresas com metas e datas definidas para redução das emissões de CO2 das suas frotas.

Mas o caminho para se atingir estes objetivos deve ser ele próprio também sustentável, ie, terá conciliando o interesse económico do negócio e a proteção social e ambiental.

Em resumo, com esta abordagem, trabalhamos com os nossos clientes, fazendo um diagnóstico à situação atual das suas frota; clarificamos as suas metas em termos de sustentabilidade; avaliamos cenários alternativos em função das necessidades da empresa e do perfil de cada condutor e construímos um plano de ação ajustado a cada empresa.

Os serviços da Arval são prestados em 29 países, através de cerca de 7. 000 colaboradores. Em junho de 2020, tinham mais de 1 milhão e 400 mil viaturas em renting em todo o mundo. Pretendem continuar a aumentar estes números?

Sem dúvida. O nosso objetivo é continuar a crescer. No fim de 2021, a Arval já contava com cerca de 1 milhão e 500 mil viaturas e 7.500 colaboradores. Apesar dos grandes desafios destes últimos tempos, como a pandemia e a crise dos semi-condutores, a Arval continuou a crescer. Em Portugal, a Arval também cresceu 13 por cento em 2021, tendo ultrapassado a barreira das 15 mil viaturas na frota e a nossa aspiração é manter um crescimento acima da média do mercado.

José Pedro Pinto foi nomeado o novo General Manager no dia 1 de fevereiro. O que é que podemos esperar do futuro da Arval tendo o José Pedro à frente da equipa?

Vamos continuar assegurar um serviço de excelência aos nossos clientes. Acreditamos que isso nos permitirá acelerar o nosso crescimento no mercado português. Adicionalmente, vamos continuar a apostar cada vez mais na digitalização e na inovação da nossa oferta potenciando o talento das nossas pessoas.

www.arval.pt

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José Borralho - CEO – Product of the Year Portugal

NÃO BASTA INOVAR, HÁ QUE CRIAR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO No mais recente estudo que fizemos sobre inovação, no âmbito do Produto do Ano, em colaboração com a Netsonda junto de cerca de 6.000 consumidores, é clara a apetência dos portugueses pela inovação: 89% gosta de experimentar novos produtos; 81% pagaria mais por um produto novo que o satisfaça; 63% pagaria mais por um produto que é mais inovador do que aquele que geralmente compra. É evidente a importância da inovação no desenvolvimento económico e como “seguro” do futuro das empresas. Vivemos numa época de competitividade extasiante, os consumidores são, cada vez mais, camaleónicos, a tecnologia traz novas soluções diariamente, as tendências são muitas. É neste contexto que importa assumirmos uma cultura de inovação como solução para nos diferenciarmos e logo para ganharmos. Independentemente dos nossos negócios, mantermos um processo constante de inovação é essencial para a sobrevivência de qualquer negócio.

A inovação não tem necessariamente ser associada à tecnologia.

Inovar para ganhar não é mais que a capacidade de sairmos da nossa zona de conforto e procurar os meios para tornarmos o “negócio” mais competitivo e rentável ou a nossa vida melhor. Isso obriga a um estado de permanente observação e à resposta para uma questão essencial: O que posso fazer para melhorar e obter melhores resultados?

A inovação resulta muito mais de um trabalho de cultura do que da mera aplicação de ferramentas. Contrariamente ao que muitos pensam, um processo de inovação, não nasce apenas da formação ou da criação de plataformas de ideias.

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Apostar na vertente puramente processual e técnica da inovação não basta, há que considerar a vertente cultural da mesma.

Uma cultura e uma filosofia de inovação obriga a quatro requisitos*: 1. Construção do MindSet de Inovação – uma visão prospetiva do futuro e comportamental das tendências que mais afetam ou podem afetar a empresa, através nomeadamente do recurso a metodologias de coolhunting e outras pesquisas comportamentais que permitam identificar oportunidades ou ameaças no curto, médio ou longo prazo.

2. Competências de Inovação – uma análise às competências de cada colaborador (técnicas, comportamentais e de gestão) com o consequente desenvolvimento das menos fortes em cada pessoa integrante da equipa de inovação. Só assim é possível alinhar todos os participantes pelo mesmo nível de performance desejada com foco na inovação.

3. Processo de Inovação – desenvolvimento de ferramentas e metodologias de criação, avaliação e implementação das ideias geradas na empresa com foco inovador. Requer uma equipa de avaliação, um processo de reconhecimento e controlo da implementação. A inovação não existe apenas para desenvolver produtos e serviços, serve também para olhar modelos de negócio, processos produtivos, otimizar performances, entre outros.

4. Agenda de Inovação – não chega despoletar o processo sem lhe dar uma determinada continuidade e consistência. Periodicamente, deve ser dada relevância e visibilidade ao trabalho desenvolvido pelo projeto.

Um workshop não constrói uma cultura inovadora, nem resolve o problema da empresa. Inovação são Ideias Novas em Ação e, como tal, é fundamental não apenas motivar todos para a construção de ideias, como estruturar um pensamento e um modo de atuação para que as ideias gerem resultados. A inovação é, sem dúvida, o que permitirá a sobrevivência das empresas a curto prazo, assim é também a opinião dos 83% dos inquiridos que considera a inovação como a única forma das empresas sobreviverem ao contexto de pandemia. * fonte: Inova TrendsInnovation Ecosystem

CROISSANT COM AZEITE

DOTS AÇUCARADO

MADALENA SEM AÇÚCAR

Mais saúde, mais sabor.

A Inovação faz parte do nosso DNA e por isso criámos a Marca Olive. Pastelaria à Base de Azeite de Categoria Superior.

Produtos mais saudáveis, com melhor textura e sabor, utilizando uma gordura mais sustentável e 100% vegetal. O azeite.

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PRODUTO DO ANO 2022 | EUROPASTRY

Filipe Canário, Diretor Comercial

“A INOVAÇÃO É UM TRILHO QUE QUEREMOS CONTINUAR A PERCORRER PARA O SUCESSO” A inovação está no ADN da Europastry, assim como o lançamento constante de soluções diferenciadoras para o mercado. O prémio Produto do Ano 2022, na categoria Pastelaria, é a prova de que a empresa está no caminho certo, como conta Filipe Canário, Diretor Comercial, em entrevista à Revista Business Portugal.

A Europastry conquistou o prémio Produto do Ano 2022, na categoria Pastelaria, com a Gama OLIVE – Dots açucarado com azeite, madalena com azeite sem açúcar e croissant com azeite. O que representa esta distinção?

Esta distinção representa o reconhecimento por parte dos consumidores portugueses que vale a pena ser arrojado e que a Europastry é, cada vez mais, reconhecida como uma empresa inovadora e atenta às necessidades dos seus consumidores. Acima de tudo, este prémio vem reforçar a nossa convicção de que estamos no caminho certo e que a inovação é, sem dúvida, um trilho que queremos continuar a percorrer para o sucesso.

Qual foi a premissa para o desenvolvimento desta gama de produtos e quais as suas características e pontos fortes?

O objetivo principal para o desenvolvimento desta gama de produtos OLIVE foi criar soluções que tivessem como princípio fundamental a saúde, o sabor e também a sustentabilidade associada à escassez das matérias-primas. Vivemos um momento em que a preocupação dos consumidores sobre estes fatores ganham, cada vez mais, relevância e motiva-nos enquanto fabricantes aceitar desafios como os de criar soluções que respondam a estas necessidades. Neste caso concreto, pareceu-nos fundamental substituir as gorduras saturadas, por uma alternativa mais saudável e 100% vegetal, o AZEITE, um elemento central da pirâmide nutricional da dieta mediterrânica. A incorporação desta gordura nestes produtos de pastelaria, confere uma melhor textura, miga, cor e um aroma e sabor inconfundível e intenso, extremamente agradáveis.

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EUROPASTRY | PRODUTO DO ANO 2022

Por outro lado, estes três produtos à base de Azeite (Croissant, Dots Açucarado sem óleo de palma e Madalena Sem Açúcar e com pepitas de Chocolate) contribuem para reduzir o colesterol, contém menos gorduras saturadas, menos açúcar e são ricos em polifenoles e em antioxidantes naturais.

Esta oferta garante uma alternativa ao consumidor informado que entende perfeitamente o que consome.

Na Europastry, a inovação é mais do que um estado de espirito: é um desígnio real. Podemos dizer que a inovação está no vosso ADN e que o cliente é o elemento central que norteia a vossa política de inovação?

Sem dúvida, o cliente é o nosso “Thrue North”, e mais do que ser a maior empresa do sector, o nosso interesse e foco é ser a que oferece os melhores produtos e que respondam verdadeiramente às necessidades dos consumidores.

Hoje e sempre, a Europastry assenta a sua estratégia de evolução na inovação (associada à tradição) e, desde a sua génese, com a criação da “invenção” do pão previamente cozido ultracongelado até à recente criação da Gama OLIVE vivemos a inovação a cada hora, muito fruto da inquietude do nosso fundador, o Sr. Pere Gallès, que fielmente transmitiu e “contagiou” toda a equipa.

Combinando a tradição e a inovação, a Europastry reinventou a cultura da panificação? O que diferencia a empresa num mercado cada vez mais competitivo?

A resposta imediata está na nossa assinatura, WE ARE BAKERS. Vivemos a organização como nossa, com um espírito cooperativo e inquieto, com mentalidade de start up, o que nos permite manter e perpetuar a cultura da panificação todos os dias. Acolhemos jovens talentos que se orgulham de trabalhar lado a lado com mestres padeiros e pasteleiros com mais de 30 anos de experiência na organização e acreditamos que esta é uma forma natural de alimentar a cultura da padaria.

A inovação é uma das nossas características mais visíveis, mas destacaria que somos também os mais rápidos no lançamento de soluções para o mercado.

Não é nossa pretensão sermos os maiores, queremos sim ser os que lançam tendências, que ditam o caminho e que mais rapidamente apresentam soluções diferenciadoras aos consumidores. Este é um aspeto bastante revelador do quanto somos competitivos e como encaramos o mercado.

Volvidos 35 anos desde a sua génese, a Europastry é líder de mercado e uma das empresas mais inovadoras do sector. Que análise faz deste percurso?

Na verdade, nunca nos parecem 35 anos, os desafios que o mercado nos coloca, torna cada dia diferente e motivador, mas é um facto que a experiência que temos, tem contribuído para que o mercado melhore. Hoje, podemos degustar um pastel de nata em Nova Iorque ou em Tóquio, um croissant brioche típico do Porto em Marselha, um dunkin pode ser degustado em Portalegre, um Pão Cristalino em Braga, entre outros, e esta é a maior recompensa que podemos sentir, perceber que o nosso empenho é recompensado com a alegria de usufruirmos enquanto consumidores de novos produtos, sabores e conceitos em qualquer parte do mundo, algo que há 35 anos, seria inacessível para muitos consumidores.

Esta é uma responsabilidade que assumimos, mas que é muito compensadora e marca esta caminhada de 35 anos.

Qual a estratégia em termos de futuro para continuar a superar as expectativas dos consumidores?

A simplicidade e disponibilidade total que temos perante os consumidores e clientes e a certeza que a cada dia vamos encontrar soluções inovadoras que respondam ao mercado.

www.europastry.com.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 65

PRODUTO DO ANO 2022 | UHU

José Luís Raposo, General Manager

UMA MARCA INOVADORA E DE CONFIANÇA PARA O CONSUMIDOR A marca UHU está muito bem implementada em Portugal, é sinónimo de marca de confiança para o consumidor, que se preocupa com o desenvolvimento positivo do mercado e com a segurança na utilização dos produtos. José Luís Raposo, General Manager, em entrevista à Revista Business Portugal, assume o orgulho de toda a equipa na conquista do Produto do Ano 2022 e destaca a inovação dos produtos quer na fórmula, quer na própria embalagem.

UHU ReNATURE acaba de conquistar o prémio Produto do Ano 2022, na categoria Cola. O que representa esta distinção? É um reconhecimento que nos deixa muito orgulhosos. Sempre foi nossa preocupação evitar a utilização de substâncias nocivas para o ser humano ou ambiente na sua composição. A marca UHU terá de estar sempre associada a produtos seguros, de qualidade e fáceis de utilizar.

O que nem sempre será fácil, porque vendemos e produzimos produtos químicos. Concretamente, neste produto, fomos mais longe e desenvolvemos um produto ecológico em que a embalagem é de bioplástico feita de cana do açúcar. Além disso, a cola é feita de ingredientes naturais provenientes do amido duma batata especial. E as caixas de transporte são naturalmente de cartão reciclado (como já são em todos os produtos).

66 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Os consumidores avaliam e elegem todos os anos os Produtos do Ano, de acordo com os critérios de inovação, atratividade, intenção de compra e experiência de consumo. Quais as características e pontos fortes da gama de produtos UHU ReNATURE? Estes produtos são inovadores tanto no que diz respeito à sua fórmula como em relação à própria embalagem.

UHU STIC ReNATURE: O tubo é feito de 58% de bioplástico obtido da cana-de-açúcar; o plástico do blister é 80% reciclado e não contém PVC; o cartão blister é 90% reciclado; o produto é 100% reciclável; a própria cola é composta por ingredientes de origem natural (98%), incluindo fécula de batata que lhe confere o seu poder adesivo; isento de solventes; testado dermatologicamente.

UHU TWIST & GLUE ReNATURE: O recipiente é feito de 88% de bioplástico obtido da cana-de-açúcar; o plástico do blister é 80% reciclado e não contém PVC; o cartão blister é 90% reciclado; o produto é 100% reciclável; a fórmula é desenvolvida com ingredientes de origem natural; sem solventes; testado dermatologicamente e existem em formato garrafa que permite recarregar uma embalagem das pequenas até 23x (reutilização na embalagem original).

“We Care” é o programa de sustentabilidade adotado pelo Bolton Group. Ouvir os consumidores e disponibilizar-lhes produtos cada vez mais sustentáveis tem sido crucial para a obtenção desta e outras distinções?

A sustentabilidade é um atributo que todas as empresas deverão procurar. É uma necessidade premente e eu diria até uma obrigação nos tempos atuais e para os futuros.

UHU | PRODUTO DO ANO 2022

“A sustentabilidade não está só na produção e atributos do produto. Ela deverá estar presente no dia a dia de todos nós.

Todos deveremos economizar recursos, criar menos desperdício e recuperar sempre que possível” E a sustentabilidade não está só na produção e atributos do produto. Ela deverá estar presente no dia a dia de todos nós.

Todos deveremos economizar recursos, criar menos desperdício e recuperar sempre que possível. Neste ponto, também acabamos de dar o exemplo implementando no mercado uma “Campanha de Reparação”, ajudando os Consumidores a reparar e recuperar todo o tipo de objetos e utensílios via colagem, ao invés de deitar fora e comprar novo.

A UHU tornou-se numa marca conhecida e acarinhada pelos portugueses, acompanhando-os em qualquer faixa etária.

Qual o segredo para o grande desenvolvimento e sucesso que a marca tem tido em Portugal?

O grande desenvolvimento e sucesso que a marca tem tido em Portugal tem sido fruto duma permanente visão do mercado e da consequente estratégia aplicada.

Sistematicamente, são detetadas oportunidades que procuramos colocar em marcha. São analisadas tendências de mercado e dimensões do mesmo.

Os concorrentes são também alvo duma análise sempre que possível. A nossa forte presença no Retalho tem sido uma das ferramentas mais importantes e é o resultado do nosso desenvolvimento em todos os Canais de Distribuição: Canal Hiper/Supermercados (Papelaria e Bricolage), Canal Tradicional (Papelaria e Bricolage) e Canais Especialistas (Papelaria e Bricolage). Esta presença forte em todos os canais garante-nos uma consistência, estabilidade e crescimento permanente, mesmo em tempos de crise (a grande crise económica de 2010 a 2015 e a atual criada pela pandemia).

Os elevados padrões de qualidade permitem que os produtos com a marca UHU permaneçam fiáveis, duradouros e seguros, tanto em termos de fabrico como de utilização. Qual a estratégia em termos de futuro para continuar a superar as expectativas dos consumidores?

A marca UHU está muito bem implementada em Portugal, é uma marca de confiança para o consumidor e uma marca que se preocupa com o desenvolvimento positivo do mercado e a segurança na utilização dos produtos.

Costumo dizer que somos uma marca que nasce no berço e nos acompanha até à terceira idade.

O dinamismo entretanto criado também será um bom alimento, sem dúvida, para as boas perspetivas futuras, independentemente das crises que possam vir a surgir!

Aos portugueses o nosso obrigado!

A QUALIDADE DE SEMPRE, A PENSAR NO FUTURO!

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SAIBA MAIS:

www.uhu.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 67

LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS Ser líder é muito mais do que ter um cargo superior e de maior relevo do que os restantes trabalhadores pois implica ter um grande sentido de responsabilidade e a capacidade necessária à resolução de problemas que vão surgindo diariamente no seio das empresas e instituições.

Numa era marcada pelo advento tecnológico, impõe-se que as empresas sejam orientadas, cada vez mais, para a utilização destas ferramentas e este é, de momento, um dos maiores desafios enfrentados por aqueles que ocupam cargos de liderança.

Assim, a liderança assenta na inovação, na resiliência, no sentido ético, no conhecimento e na proatividade. Sem esquecer que um bom líder só o é se tiver, a seu lado, uma equipa motivada e empenhada. Somente esta comunhão de forças permite catapultar as organizações e levá-las a bom porto.

Nas próximas páginas, apresentamos-lhe exemplos inspiradores de empresas que assentam a sua atuação numa cultura de excelência e divulgamos os municípios que foram premiados como Autarquias Familiarmente Responsáveis.

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OAFR | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Vitória Salvado, Coordenadora do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR)

“EXISTE UMA CRESCENTE PREOCUPAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA” Vitória Salvado, Coordenadora do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR), esteve à conversa com a Business Portugal onde fez saber qual é o propósito do Observatório e que medidas é que estão disponíveis para ajudar as famílias.

O Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR) nasce em 2008 pela mão da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN). No entanto, as suas preocupações são bem mais abrangentes, tal como explica Vitória Salvado, tendo em conta que “pretende acompanhar, galardoar e divulgar as melhores práticas implementadas pelas autarquias em matéria de responsabilidade familiar, criando também medidas para todas as faixas etárias, nomeadamente, para os mais idosos”, refere. Além disso, a sua missão passa por promover, junto das autarquias, a partilha de conhecimento das necessidades e problemas das famílias, para a implementação de políticas que lhes deem resposta de forma abrangente, de modo a favorecer um tecido social coeso e que garanta a renovação das gerações e a sustentabilidade do País.

Para isso, o OAFR conta com uma equipa constituída por profissionais de diferentes áreas do saber que se regem pelos valores da integridade, parceria, ética, imparcialidade, transparência, responsabilidade e excelência.

Apoios disponíveis “As tarifas sociais e as tarifas familiares dos serviços básicos são medidas muito importantes para as famílias portuguesas”, começa por dizer Vitória Salvado. A primeira permite que famílias com menores recursos financeiros consigam aceder aos serviços essenciais.

Já com a tarifa familiar, as famílias numerosas não são penalizadas pelos tarifários, que ao ter em conta o número de elementos no seu agregado, torna o preço por pessoa, em cada casa, mais justo.

Também o IMI familiar é um dos apoios a destacar uma vez que é dos mais utilizados e valorizados pelas famílias.

Autarquias cada vez mais preocupadas Tem-se vindo a assistir a uma evolução no que concerne à preocupação dos municípios para com as suas famílias. No ano de 2021, 84 concelhos foram distinguidos com bandeira verde por investirem em políticas de apoio às famílias, mais três do que no ano anterior e a tendência é para continuar a aumentar. Estes dados deixam os membros do Observatório muito satisfeitos e cientes do papel importante que têm desempenhado, “temos recebido um feedback muito positivo, percebemos que ajudamos as autarquias a ter uma visão global e integradora das medidas que são implementadas nos diferentes departamentos e que posteriormente todo esse trabalho exaustivo é divulgado e pode ser consultado por qualquer pessoa.

A divulgação na plataforma do que é e do que foi implementado em cada município é fundamental na medida em que permite estabelecer redes de partilha de know-how, entre as autarquias”, afirma Vitória Salvado.

Sonho passível de se tornar realidade O OAFR ambiciona ver, um dia, todas as autarquias reconhecidas pelas suas práticas adotadas em matéria de responsabilidade familiar. Ainda assim, reconhecem que o caminho a percorrer é longo, alertando para a necessidade de “estabelecer/fortalecer relações de proximidade, confiança e partilha entre o Observatório e as autarquias e também entre as diferentes autarquias”, explica.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 69

LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM BOTICAS

Fernando Queiroga, Presidente

BOTICAS: O CONCELHO IDEAL PARA VIVER E CONSTITUIR FAMÍLIA

Este é já o terceiro mandato de Fernando Queiroga enquanto Presidente da Câmara de Boticas que, no futuro, pretende continuar a garantir a qualidade de vida das famílias botiquenses.

Em 2021 foi reeleito Presidente da Câmara Municipal de Boticas. Quais são os objetivos que tem delineados para este terceiro mandato?

A 26 de setembro passado os botiquenses decidiram, de forma expressiva, depositar em mim a sua confiança para continuar a dirigir os destinos do concelho de Boticas.

70 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Honrarei e darei sempre o melhor de mim em prol do desenvolvimento e crescimento da nossa terra, bem como do bem-estar geral dos munícipes, o património mais valioso que temos e que muito prezo. À semelhança do que fiz, nos últimos dois mandatos, o terceiro pautar-se-á pela criação de emprego, captação de mais investimento para o concelho, fixação de população, desenvolvimento do turismo e promoção dos produtos endógenos sendo que, tal como referi anteriormente, as pessoas continuarão a ser o foco principal para o meu Executivo, que fará o que está ao seu alcance para defender os interesses das nossas gentes e da nossa terra.

Em 2006, criaram o Gabinete Itinerante de Atendimento ao Munícipe que permite que a população de Boticas trate dos demais assuntos sem ter que se deslocar à sede do concelho. Isto é demonstrativo da boa vontade por parte da Câmara em resolver, de forma rápida e eficaz, os problemas dos seus munícipes? O que é que pode, afinal, ser tratado no GAM? Sem dúvida que a criação, em 2006, do Gabinete Itinerante de Atendimento ao Munícipe foi uma mais-valia para os munícipes, demonstrando a forma como a autarquia se preocupa com o seu bem-estar.

CM BOTICAS | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Sendo Boticas um concelho rural, em que a maioria da população é envelhecida, fazia todo o sentido implementar um serviço descentralizado que permitisse aos nossos munícipes, sobretudo, idosos e muitos deles sem veículos próprios, tratarem dos seus assuntos pessoais.

Através do GAM, a população pode resolver questões relacionadas com a autarquia, Segurança Social, Finanças ou até serviços de Saúde, como pedido de receitas médicas ou marcação de consultas, de forma simples e sem deslocações, uma vez que as duas unidades móveis afetas a este serviço camarário percorrem semanalmente todo o Município de Boticas.

O município de Boticas foi distinguido, pelo oitavo ano consecutivo, como autarquia familiarmente responsável. O que representa para si este galardão? Que tipo de apoios têm sido disponibilizados às famílias no sentido de as ajudar?

Esta distinção representa muito não apenas para mim, enquanto Presidente de Câmara, mas para todos os botiquenses.

Receber o galardão de “Autarquia + Familiarmente Responsável”, pelo oitavo ano consecutivo, demonstra que estamos no caminho certo no que concerne à implementação de políticas de apoio às famílias.

Entre as várias medidas aplicadas destaco, por exemplo, o “Enxoval do Bebé” e os incentivos à natalidade, o Cartão Social do Munícipe ou os apoios à educação das nossas crianças e jovens, que desde que nascem até que concluem o ensino superior contam com o apoio do município.

Esta distinção leva-me a acreditar que, efetivamente, Boticas é um concelho magnífico para se viver e constituir família.

Não temos o desenvolvimento das grandes cidades, mas dispomos do mais importante de tudo: qualidade de vida. E nos tempos que correm isso não tem preço.

Ainda há muito trabalho pela frente no que diz respeito à fixação de população, mas temos a perceção que estamos no caminho certo e que com a implementação de medidas adequadas à nossa realidade conseguiremos alcançar os nossos objetivos.

Nos últimos anos, o nosso país tem vivido momentos difíceis devido à questão da pandemia. Acredita que estes apoios às famílias foram essenciais para ultrapassarem esta crise que teve tantas repercussões ao nível económico e social?

Sem dúvida que estes apoios sociais que atribuímos fizeram a diferença no orçamento de muitas famílias.

Não foram suficientes para ultrapassar a perda de poder de compra provocada pela pandemia da Covid-19, mas contribuíram em grande parte para que muitos agregados familiares tivessem um pouco mais de alento durante esta fase difícil.

Apesar das dificuldades e problemas que vão surgindo diariamente, são estas pequenas coisas que me dão força e motivação para continuar a lutar por um futuro mais promissor para o concelho de Boticas e para a nossa população, não esquecendo também os empresários locais, tão afetados pela pandemia de Covid-19.

Que mensagem gostaria de deixar aos que querem visitar e ficar a conhecer melhor o município de Boticas? Que fatores distinguem este concelho dos demais?

Sou um pouco suspeito para falar da minha terra, do concelho que me viu nascer e do qual me orgulho de presidir. Contudo, desafio todas as pessoas a visitarem o Município de Boticas e a deixarem-se encantar pela fantástica gastronomia e produtos locais, bem como pelo vasto património natural, paisagístico e cultural.

Aquilo que realmente nos distingue é a hospitalidade com que recebemos os visitantes, pois a arte de bem receber é, sem dúvida, uma das principais caraterísticas das gentes do Barroso.

Visitem o concelho de Boticas.

Estamos de braços abertos à vossa espera!

www.cm-boticas.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 71

LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM MAÇÃO

MAÇÃO: UMA AUTARQUIA AO SERVIÇO DOS SEUS CIDADÃOS Fique a conhecer, através das palavras do Presidente Vasco Estrela, um concelho que visa essencialmente dar a melhor qualidade de vida às suas famílias, tendo sido, inclusive, reconhecido pelo OAFR (Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis).

Vasco Estrela, Presidente

72 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Mação é, pelo 8º ano consecutivo, um município que tem em linha de conta as suas famílias. Essa preocupação é visível nas medidas que têm sido implementadas ao longo dos anos.

No que concerne às crianças, desde o Pré-Escolar ao Ensino Secundário, todas as refeições bem como os transportes escolares ficam ao encargo da Câmara. Também nas escolas, os alunos podem recorrer a alguns serviços de forma gratuita como é o caso da terapia da fala e da orientação psicológica e profissional.

Existe ainda um IMI destinado às famílias com descendentes, aliás, Mação tem o IMI mais baixo do país correspondente a uma taxe de 0,3%. O apoio é dado às famílias numerosas não só no IMI mas também na fatura da água e no acesso a todos os serviços do município.

CM MAÇÃO | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

“A partir do dia 25 de fevereiro vai poder caminhar nos passadiços do rio Tejo. Falamos de um percurso com cerca de 1,5 quilómetros onde os cidadãos, para além de estarem muito perto do rio, têm a oportunidade de observar as magníficas lagoas ” Entrega de Bolsas de Estudo

Relativamente aos idosos, tem sido grande o trabalho feito para que possam ter um envelhecimento saudável e ativo. As pessoas de uma faixa etária superior têm acesso, por exemplo, ao clube sénior onde podem fazer algumas atividades como trabalhos manuais, ginástica, estimular a mente, entre outras. As atividades do Clube Sénior são descentralizadas, sendo que os idosos não têm de sair das suas localidades. As técnicas da autarquia deslocam-se aos locais para uma maior comodidade dos participantes do Clube Sénior.

Muitos estão também inscritos na Universade Sénior.

O município disponibiliza ainda um gabinete que dá apoio a pessoas que sofrem com a doença de Alzheimer e ajuda os doentes com menos recursos financeiros a conseguirem aceder aos seus medicamentos, assim como a terem uma preparação individualizada da sua medicação para uma toma mais correta e eficaz. “Temos, inclusive, uma oficina domiciliária para que aqueles que têm mais dificuldades financeiras possam fazer reparações que estejam a necessitar nas suas casas”, afirma o Presidente Vasco Estrela.

Combate ao coronavírus Os últimos anos têm sido amplamente marcados pela pandemia e as autarquias estão na linha da frente para dar uma resposta efetiva às necessidades dos seus cidadãos.

Nesse sentido, a autarquia de Mação forneceu alguns apoios monetários significativos, tais como: o pagamento dos custos com a água durante um período de três meses, o apoio ao arrendamento para os empresários que tinham estabelecimentos comerciais ou empresariais e para aqueles que não tinham arrendamento foram suportados os custos do IMI. Além disso, foram distribuídos tablets aos alunos que não tinham condições para o ensino à distância.

Já as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) foram, tal como explica o Presidente, as mais abrangidas por estas ajudas dada a sua importância para a comunidade, “demos todo o apoio às IPSS quer através de subsídios financeiros, quer com o fornecimento de material de proteção individual como, por exemplo, álcool gel e máscaras”.

Lista de motivos para visitar Mação Quando falamos de Mação, falamos de um concelho com cerca de 400km2 que é reconhecido, desde logo, pela sua gastronomia rica e variada, tendo em conta que é produtor de 70% do presunto nacional. A lampreia é, inclusive, muito caraterística desta região bem como os enchidos. A arqueologia e a arte pré-história estão presentes, por exemplo, no Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo que assenta em quatro núcleos: história natural (coleção de fósseis provenientes de formações do Pré-Câmbrico da região), etnografia (exemplares de cultura material de algumas profissões tradicionais), arte sacra e arqueologia. As praias fluviais são, igualmente, um dos ex-líbris do concelho, sendo que uma delas é detentora de bandeira azul há mais de uma década. Ao mesmo tempo, destacam-se as igrejas, a montanha e as paisagens que são das mais belas do país.

Como se já não bastassem todas estes pretextos para visitar Mação, este concelho tem muito mais por descobrir.

Mensagem do Presidente Este é um concelho que é mestre na arte de bem receber e, por isso, o Presidente aproveita para deixar o convite a todos aqueles que quiserem visitar Mação, não só por todos os pontos de interesse mencionados anteriormente, mas também devido à realização da Feira Mostra de Mação que promove o que de melhor se faz no concelho nas várias vertentes sociais, culturais e económicas e que irá decorrer do dia 29 de junho a 3 de julho, destacando um dos momentos altos desta festividade: o concerto da banda Xutos & Pontapés no dia 1 de Julho.

Para já, até 17 de abril, decorre o Festival da Lampreia, onde poderá degustar o tradicional e afamado Arroz de Lampreia em oito restaurantes aderentes do concelho de Mação.

Inauguração do passadiço A partir do dia 25 de fevereiro vai poder caminhar nos passadiços do rio Tejo. Falamos de um percurso com cerca de 1,5 quilómetros onde os cidadãos, para além de estarem muito perto do rio, têm a oportunidade de observar as magníficas lagoas e podem, inclusive, visitar as pesqueiras e o Núcleo Museológico de Ortiga.

www.cm-macao.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 73

LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | INSAGRES

A BELEZA DO BARLAVENTO ALGARVIO

Surf na praia do Beliche | foto: www.ricardoalves.photgrafy

Fique a conhecer o projeto turístico inSagres, que se dedica ao alojamento local de qualidade em Sagres onde se pode descansar, aproveitar tempo em família, realizar diversas atividades ao ar livre e ainda lhe permite trabalhar on-line.

Conhecida como “o melhor local de surf da Europa”, Sagres é destino de visita obrigatório.

Sagres está num concelho relativamente pequeno – Vila do Bispo - quando comparado ao restante território algarvio. As magníficas 31 praias, falésias e deslumbrantes paisagens, fazem deste concelho o verdadeiro ex-líbris da região Algarvia. Neste canto inferior de Portugal há quase sempre condições de surf excelentes, umas vezes nas praias da costa a oeste e outras vezes nas praias na costa a sul. Ao nível do lazer não faltam atividades para realizar ao ar livre. Falamos, claro, de atividades no mar não só como o Surf, mas também o Windsurf, o SUP (Sand Up Paddle) e o Kayak em passeios pelas grutas, o Cliff Jumping e o Coasteering em aventura de saltos em rochas para o mar, o mergulho e o turismo científico com cursos de uma semana, a observação de golfinhos e a pesca em tours de barco. No entanto, se preferir atividades menos marítimas, pode optar por trekking em trilhos ambientais pela costa, andar de bicicleta ou fazer escalada nas falésias.

O birdwatching é, inclusive, um programa bastante recomendado em outubro uma vez que é possível observar as grandes aves de rapina na sua migração no Norte da Europa com destino a África. Se a fome apertar e estiver na hora da refeição a escolha mais certeira é o delicioso peixe fresco grelhado, típico desta região.

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Sagres é, portanto, muito mais do que sol, praia e calor de verão. É também o tempo ameno de inverno para a prática das atividades radicais e as ondas perfeitas para o surf.

Esta vila é o contraste perfeito entre o ambiente juvenil e as restantes gerações mais velhas, com elevado potencial para as famílias.

Para usufruir desta magnífica experiência, precisará certamente de um alojamento de grande qualidade e para esse fim sugerimos os alojamentos inSagres.

Alojamento em Sagres A inSagres é um projeto de alojamento turístico da empresa SIMPLEMOVE já há muito sonhado e planeado ao mais ínfimo detalhe pela engenheira Susana Rebelo. Este não se destina ao turismo de massas, mas sim a um “turismo de qualidade”, como a própria faz questão de salientar.

Enquadram diversas novas moradias unifamiliares com jardim e piscina privados e com algumas especificidades de caráter utilitário para os seus hospedes: barbecue, internet de alta velocidade, camas e cadeiras para bebés e um local para lavar a prancha de surf ou a bicicleta. Algumas das moradias têm apenas um quarto e, normalmente, são as eleitas por casais enamorados.

Outras, com dois quartos destinam-se, sobretudo, a famílias com crianças ou grupos de amigos. De realçar que os animais não ficam de fora desta equação visto que existem casas pet friendly.

Não se tratam de moradias de luxo com custos impossíveis de suportar, mas sim com preços acessíveis e perfeitamente compatíveis com a privacidade e qualidade oferecidas.

INSAGRES | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Trekking desde a praia dos Rebolinhos à praia do Barranco

Lógica contactless O contacto direto de Susana para com os seus clientes é praticamente nulo. Não existe uma receção e o check-in bem como o check-out são feitos de forma automática, algo que já acontecia pré-pandemia. Este conceito de total privacidade não é devidamente compreendido por alguns clientes, os quais, por vezes, gostam de saber com quem estão a falar, isto é, qual é a cara que está por detrás do telemóvel. No entanto, se existir algum problema ou alguma questão que precise de ser resolvida, a Susana (ou outro elemento da sua equipa) são os primeiros a aparecer para a resposta rápida e adequada.

Sucesso em tempos de pandemia Ao contrário do que aconteceu com a maioria das empresas de alojamento local durante a pandemia mundial de Covid-19, a empresa SIMPLEMOVE com os seus alojamentos inSagres não registou quebras de atividade e esteve, muitas vezes, perto de atingir a taxa de 100% de ocupação. O facto de a empresa já estar adaptada à nova realidade sanitária antes de se imaginar esta crise e de todas as casas terem internet de alta velocidade, determinou que tenham sido poucas as novas alterações introduzidas, tal como explica a entrevistada: “a única coisa que mudei foi o marketing que passou a ser mais direcionado a pessoas que quisessem fazer aqui o confinamento”. E, de facto, foram muitas as famílias que viviam habitualmente em apartamentos, que optaram no período mais crítico da pandemia, pelo confinamento nos alojamentos inSagres. Muitos estrangeiros não regressaram aos seus países de origem e aqui ficaram alojados trabalhando de forma remota.

Houve, inclusive, um aluno alemão que finalizou o seu mestrado enquanto estava alojado numa das moradias e assim que o terminou regressou ao seu país onde já tinha emprego garantido. Em virtude deste sucesso, a Susana não só conseguiu manter os postos de trabalho, como registou algum crescimento na sua atividade.

Susana em BTT pela Rota Vicentina

Perspetivas do futuro Para os próximos anos, Susana espera que os alojamentos inSagres continuem com o mesmo sucesso verificado até agora.

Como o número de casas é limitado, é mais fácil conseguir uma boa taxa de ocupação. O maior desafio no futuro é ter oferta adequada para tanta procura, que se admite crescente. Nesse sentido e aproveitando para levantar um pouco o véu sobre aquilo que vai ser o futuro da empresa SIMPLEMOVE, a entrevistada revela que já tem novos projetos em desenvolvimento que, neste momento, aguardam a aprovação da Câmara Municipal para avançarem.

Villa Epic - um dos alojamentos inSagres

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 75

LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CASA PARA SI

Sandra Lopes, CEO

“AS PESSOAS É QUE FAZEM AS MARCAS” Sandra Lopes, uma das fundadoras da Casasparasi, em entrevista à Business Portugal, demonstra como este projeto pretende satisfazer as necessidades dos mais diversos clientes.

A Sandra Lopes e o Francisco Gaspar foram os grandes impulsionadores deste projeto. Decidiram apostar nas pessoas e criar a própria marca. Pode dizer-se que quem faz as empresas são as pessoas e não as marcas? É isso. Já o disse por algumas vezes, as pessoas é que fazem as marcas, não tenho dúvida alguma. Mesmo as pessoas, enquanto clientes que procuram determinada marca, na minha opinião, fazem-no porque acreditam que bons profissionais estão ligados a essa marca.

Que serviços é que a Casaparasi disponibiliza aos seus clientes? Quais são os valores que vos distinguem no mercado cada vez mais competitivo?

A Casaparasi disponibiliza os serviços de mediação na venda, compra, arrendamento ou trespasse de imóveis. Além disso, também realizamos estudos de mercado para ajudar quem tem dúvidas em relação aos valores de venda do seu imóvel. Prestamos, ainda, serviço na intermediação de crédito.

Licença AMI 11800 www.casaparasi.com geral@casaparasi.com Tel: 962 191 370

76 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Apostamos numa relação de parceria com os nossos clientes, de forma a poder realizar um trabalho de equipa e, dessa forma, concretizar o objetivo do nosso negócio, trazendo consequências positivas a todas as partes envolvidas. Acredito que os valores que nos distinguem e nos solidificam no mercado, como diz e bem, cada vez mais competitivo, se centram na forma pessoal que tentamos prestar no atendimento e no envolvimento que colocamos em cada parceria estabelecida. Depois é deixar o cliente escolher.

Como caracteriza o mercado imobiliário do distrito de Portalegre?

O distrito de Portalegre, na minha visão, tem zonas muitos distintas. Embora a nossa área de atuação seja por este e vários outros distritos do país, Ponte de Sor é onde nos centramos mais. Mas a escolher uma característica que possa ser comum a todos os concelhos do distrito, talvez a “fuga” de quem reside em grandes centros para zonas mais tranquilas e com mais campo. Por outro lado, temos o investidor que aqui consegue realizar o seu investimento a um custo mais baixo que em Lisboa, Porto ou Algarve e obter um rendimento positivo. Sendo uma zona de interior do país obtém ainda outros tipos de vantagens, muitas vezes, pouco promovidas e até desconhecidas.

Que balanço faz do ano de 2021 e quais são as perspetivas da Casaparasi para 2022? Que objetivos estão desenhados?

O balanço de 2021 é bastante positivo, ultrapassámos as vendas do ano anterior, aumentamos os contactos e promovemos novas parcerias, o que é sempre importante. As perspetivas para o já iniciado 2022 são semelhantes a este balanço. Acreditamos que vai ser ainda um ano de vendas que vai ter, no entanto, na minha opinião, uma diminuição de compra com crédito bancário devido às novas regras bancárias. Penso que irá ser visível uma mudança no mercado mais para o final do ano. Mas, sem dizer em que medidas, aguardemos e estejamos preparados para novas variáveis, para o desconhecido. No que concerne aos objetivos, estes são sempre os mesmos: manter os traços que nos diferenciam pela positiva junto dos clientes.

Manter e aumentar.

DESAFIOS NA PLANÍCIE | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

UMA IMOBILIÁRIA PROMOTORA DA SUA REGIÃO A Desafios na Planície apresenta-se como uma empresa de consultoria e mediação imobiliária. Contudo, a sua essência é bem diferente daquela que estamos habituados a ver. Fique a conhecer melhor este projeto através das palavras da sua fundadora, Sara Pinela.

Sara Pinela, Fundadora

Artur Ceia, Fundador

Formada em tradução de inglês-alemão, Sara trabalhou durante muitos anos no ramo da construção civil em multinacionais europeias. O seu pai que já se encontrava ligado a esta área há vários anos, incentivou-a a abrir um negócio próprio aquando do seu regresso a Portugal. É assim que, em 2019, nasce a Desafios na Planície. Trata-se de uma consultora imobiliária cujo o conceito é totalmente inovador e distinto daquele que conhecemos, pois, passa, essencialmente, por promover o seu concelho: Santiago do Cacém, uma terra que tanto lhe diz. A título de curiosidade, nesta loja é possível encontrar, por exemplo, mobiliário recuperado e artigos agrícolas antigos. A equipa conta atualmente com três elementos: Sara, a sua colega Maria Gomes e uma terceira colega responsável pela área de design de interiores. Para além disso, “temos parcerias com a MaxFinance para a intermediação de crédito e seguros e outra com a empresa Oh My Guest para a gestão do alojamento local”, revela.

Os dois principais valores em que assenta o trabalho da Desafios na Planície são, sobretudo, a confidencialidade e a responsabilidade. O primeiro deve-se ao facto de não trabalharem com placas, o que permite manter uma maior descrição sobre o imóvel que está à venda.

www.desafiosnaplanicie.hcpro.pt

Além disso, esta é uma profissão que acarreta muita responsabilidade, tendo em conta que os clientes normalmente procuram uma casa para a vida e “associada à compra deve sempre haver uma sensação de satisfação e de felicidade. Por essa razão, o nosso objetivo é fazer sobressair ainda mais esse sentimento com um trabalho bem desempenhado”, explica Sara que possui o conhecimento e o know-how deste tipo de imóveis que lhe permite não correr o risco de “colocar à venda uma situação que não esteja pronta para ser comercializada, pois isso seria criar expetativas a quem vende e a quem compra”.

Sucesso em tempos de pandemia Com a Covid-19, a mentalidade dos clientes mudou, pois começaram a sentir necessidade de ter um espaço ao ar livre, tal como explica a entrevistada, “quem vivia num apartamento passou a querer uma moradia ou um monte com um pequeno espaço exterior; quem tem uma moradia passou a querer um monte; as pessoas puderam optar pelo teletrabalho o que lhes permitiu sair das grandes cidades e procurar zonas e meios rurais”. Esta situação permitiu que duplicassem a faturação.

Assim, olhando para tudo o que alcançaram em tempos difíceis, o futuro prevê-se risonho para esta imobiliária, cujo os objetivos passam pela consolidação do trabalho, o aumento do volume de vendas e, mantendo-se no mesmo registo, dar conhecer o que a região de Santiago do Cacém tem de melhor.

A árdua tarefa de ser mulher Ser mulher é um verdadeiro desafio nos tempos que correm.

Sara, além de ter o seu próprio negócio, é mãe de três filhos. Tudo isto implica uma maior organização na hora de fazer a gestão entre a vida profissional e a esfera pessoal. “A minha semana tem que começar a ser planeada na semana anterior e, como infelizmente não consigo trabalhar com um horário alargado como a maioria dos meus colegas, tenho que fazer o máximo possível durante o tempo que tenho disponível durante o dia e, por vezes, ao fim de semana”, explica.

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | ASPE

“OS ENFERMEIROS NÃO SÃO NÚMEROS, CUIDAM DE PESSOAS” ciados, mas consciente do seu papel social na construção de soluções junto dos empregadores e do Governo. Para nós, os sindicatos têm que evoluir constituindo-se como verdadeiros parceiros sociais, credíveis e confiáveis quer para trabalhadores, quer para empregadores.

Lúcia Leite, Presidente

A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) foi constituída, em 2017, para representar os profissionais de enfermagem. Em entrevista à Business Portugal, Lúcia Leite, Presidente, dá a conhecer as reivindicações dos enfermeiros e destaca a urgência em repor a justiça e reconhecer efetivamente empenho e dedicação destes profissionais.

Com a crise profunda do sindicalismo em Portugal, porquê constituir mais um sindicato?

Fomos levados a acreditar que os sindicatos eram desnecessários! Com a evolução técnica e científica as condições de vida das pessoas mudaram muito e fomos todos acreditando que vivíamos num Estado de Direito, numa sociedade respeitadora dos direitos dos cidadãos, onde a lei e os princípios éticos e constitucionais eram suficientes para proteger os trabalhadores de práticas abusivas e ilegais. Contudo, o mundo do trabalho alterou-se e a era da inteligência artificial coloca-nos desafios novos, inimagináveis na era industrial!

Questões como a desigualdade salarial, a qualidade do emprego e das condições de trabalho, a flexibilidade de horários, o teletrabalho ou as políticas de retenção de trabalhadores são exemplo de situações, onde a voz dos representantes sindicais é fundamental para produzir soluções sob medida e equilibradas.

A ASPE nasce precisamente do descontentamento com o sindicalismo tradicional, ultrapassado, refém de interesses político-partidários e corporativos das centrais sindicais, que não se inibem de usar as legítimas reivindicações dos trabalhadores e os próprios trabalhadores como instrumentos! A ASPE não é mais um sindicato!

A ASPE é O SINDICATO de enfermeiros de nova geração, que recorre às novas tecnologias para estar à distância de um clique dos seus associados, onde praticamente todos os processos foram desmaterializados e com muito baixo custo de funcionamento para se manter independente de qualquer organização política ou sindical.

Não é só na organização e no valor baixo da quota que a ASPE é um sindicato diferente! A ASPE pugna por se constituir como um sindicato implacável na defensa dos seus asso-

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Sentem que apesar do discurso público de enaltecimento à classe, os sucessivos governos têm vindo a ignorar as pretensões e problemas dos enfermeiros?

Os enfermeiros têm vindo a ser recorrentemente prejudicados e esquecidos em termos de progressão e valorização salarial. O facto é que os Governos, apesar de publicamente reconhecerem a importância dos enfermeiros, criam sistematicamente situações de desigualdade e de atropelo aos direitos dos seus próprios trabalhadores. Em Portugal, a legislação tem vindo a ser produzida de forma avulsa e potenciou, por exemplo que, enfermeiros posicionados numa determinada categoria, mas com menos antiguidade, ficassem beneficiados, em termos remuneratórios, em relação a outros, detentores da mesma categoria, mas com mais antiguidade.

Promoveram-se inversões remuneratórias e desigualdades territoriais incumprindo os princípios constitucionais!

Outra situação que se arrasta incompreensivelmente é: dos 49.911 enfermeiros do SNS, mais de 50% nunca progrediram na tabela remuneratória, alguns há mais de 15 anos mantendo-se na primeira posição remuneratória, como se tivessem acabado de sair da Universidade. Além disso, o valor base da tabela remuneratória mantem-se praticamente inalterado há mais de dez anos.

Fontes - o Portal das Finanças e os recibos de vencimento do referido enfermeiro

ASPE | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Se fizermos a análise comparativa, ao longos dos últimos 22 anos, entre a evolução do Ordenado Mínimo e o Ordenado Base de um Enfermeiro real (com 22 anos de serviço, com curso de Mestrado em Gestão e Administração de Serviços de Saúde e pós-graduação em Supervisão Clínica, contratado ao abrigo do Código do Trabalho e com horário fixo), podemos verificar que a diferença salarial é de 233 euros em 2022. Mas como um ENFERMEIRO para exercer a sua profissão está obrigado a pagar a quota da Ordem dos Enfermeiros a diferença fica nos 224 Euros.

A pandemia e a reorganização/criação de novos serviços veio mostrar que a carência de enfermeiros no SNS? Os enfermeiros não são números, cuidam de pessoas! Os sucessivos governos foram retirando autonomia às entidades empregadoras, sejam as ARS ou as Entidades Públicas Empresariais que se veem pressionadas entre continuar a prestar um serviço, sem poder contratar e sem poder oferecer melhores salários. Esta é a realidade que os enfermeiros enfrentam diariamente: alterações de horário sem acordo, horas extraordinárias todas as semanas, horas a mais não pagas, descansos não gozados, ameaças constantes, incumprimentos legais grosseiros, perseguições a quem não se deixa subjugar e até “castigos” para servir de exemplo.

Na verdade, há uma grande carência de enfermeiros no SNS, mas também há má gestão da força de trabalho que, na maioria das vezes, está orientada aos indicadores de produção e não às efetivas necessidades dos doentes!

A ASPE defende uma reforma profunda do SNS, verdadeiramente centrada nos cidadãos e nas suas necessidades, que rentabilize a capacidade instalada e as competências dos seus profissionais, designadamente dos enfermeiros que estão bastante desaproveitadas.

Considera que com a atual solução governativa será finalmente a hora para que todos os enfermeiros do país tenham os mesmos direitos?

Com uma maioria na Assembleia da República, António Costa e o Partido Socialista não terão desculpas para continuar a adiar a correção das injustiças e o Acordo Coletivo de Trabalho com os enfermeiros!

As normas da Lei do Orçamento de Estado de 2018 foram produzidas para se aplicarem a todos os trabalhadores do Estado e não acautelaram as especificidades da carreira dos enfermeiros e a sua aplicação resultou em 0€ de valorização remuneratória para a maioria dos enfermeiros.

A Região Autónoma da Madeira (RAM) através da publicação de decretos legislativos regionais é a única que até ao momento corrigiu as injustiças e iniquidades para os enfermeiros decorrentes do descongelamento da carreira determinado pela LOE de 2018.

A RAM, fruto do esforço conjunto dos sindicatos (ASPE, SINDEPOR e SERAM), do Conselho de Administração do SESARAM, do Governo Regional e da sua Assembleia Regional, reconheceu a necessidade de clarificação de diversas especificidades e assumiu a correção de injustiças, ambiguidades e

omissões decorrentes da legislação. A RAM consagrou ainda, a título excecional, a atribuição de RELEVANTE na avaliação de desempenho aos enfermeiros do SESARAM, EPE, no biénio de 2019-2020, reconhecendo que a pandemia por Covid-19 exigiu um elevado esforço dos profissionais, nomeadamente os enfermeiros. Sendo esta uma matéria da exclusiva responsabilidade da Assembleia da República e estando em causa o princípio constitucional de “(…) para trabalho igual salário igual" e uma discriminação territorial dos restantes enfermeiros que trabalham no SNS, a ASPE tem em curso a petição “Enfermeiros reclamam descongelamento da carreira e avaliação de desempenho igual aos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira”, que já recolheu mais de 11.430 assinaturas.

Neste momento, aguardamos a tomada de posse do Presidente da Assembleia da República para entregar a petição, que depois de admitida terá que ser discutida em plenário da AR. TODOS OS ENFERMEIROS estiveram presentes para cuidar dos portugueses e este é o momento para REPOR A JUSTIÇA e RECONHECER efetivamente o seu empenho e dedicação. Por isso, apelamos a todos os portugueses que apoiem a exigência por justiça para todos os enfermeiros e assinem a nossa petição em www.aspe.pt https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT109928&fbclid=IwAR0lTj3c1vf48eypBsC2kQ-W4HhOO ybgbq2X8YxGTLs-F2sEbyHYSiIM7Fo

www.aspe.pt ASSOCIAÇÃO SINDICAL PORTUGUESA DOS ENFERMEIROS Rua Conselheiro Arala Chaves, nº 8, 1º frente 3880-038 Ovar geral@aspe.pt 256 020 462 / 911 118 840 REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 79

LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | SEP

“SER ENFERMEIRA É A MELHOR PROFISSÃO DO MUNDO” Guadalupe Simões, dirigente nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), esteve à conversa com a Business Portugal onde mostrou a sua preocupação para com a falta de valorização dos enfermeiros, pois também eles têm sido verdadeiros heróis em tempos tão difíceis como estes que enfrentamos, tendo em conta a atual crise pandémica mundial da Covid-19.

Numa altura em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a ser posto à prova como nunca antes se tinha visto, que desafios é que têm sido enfrentados diariamente pelos enfermeiros e como é que estes estão a lidar com a questão da pandemia? É verdade que o SNS, nos últimos dois anos, foi colocado à prova.

Mas, conseguiu reorganizar-se para dar as respostas em cuidados de saúde, no âmbito da pandemia e, ainda assim, continuar a responder no âmbito da atividade assistencial programada.

Todos reconhecemos que aumentaram as listas de espera para intervenções cirúrgicas e consultas de especialidade, no entanto, a esta data, os números disponibilizados demonstram que já estamos com números de intervenções cirúrgicas realizadas iguais ao período pré-pandemia. E, tudo isto, feito com uma carência de profissionais de saúde e, concretamente, de enfermeiros.

Foram dois anos em que os enfermeiros tiveram que lidar com o medo do desconhecido, com a falta de equipamentos de proteção, com o aumento da mortalidade e do sofrimento dos que cuidam e das suas famílias, entre outros, ou seja, a penosidade inerente à natureza da profissão aprofundou-se, razão pela qual os índices de burnout são muito elevados no seio das equipas de enfermagem. Estando agora numa fase em que a pandemia, dizem, vai passar a endemia, está na hora de finalmente o Governo e o Ministério da Saúde se preocuparem com os enfermeiros e melhorem as suas condições de trabalho.

No dia 16 de fevereiro lançaram uma campanha que visa a alteração do Decreto de Lei da Carreira de Enfermagem. Em que é que consiste? Quais são as principais reivindicações destes profissionais?

A principal reivindicação prende-se com a valorização profissional e salarial dos enfermeiros, para além da resolução de problemas antigos

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SEP | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

como, por exemplo, a contabilização de pontos para efeitos de progressão na carreira de todos os enfermeiros com contrato individual de trabalho. Esta é uma injustiça gritante que atira cerca de 50% dos enfermeiros que trabalham no Serviço Nacional de Saúde para um imobilismo na carreira que determina a sua saída. É imperiosa a adoção de medidas de retenção de enfermeiros que, no essencial, garantam estabilidade e perspetivas de desenvolvimento ao longo da vida profissional dos enfermeiros.

Sente que este sector tem sido menosprezado por parte do Governo? Considera que devia haver uma maior intervenção começando, por exemplo, pela contratação de mais enfermeiros?

Tem sido menosprezado na exata medida em que, como referido, existem problemas, cujas soluções têm vindo a ser proteladas, traduzindo-se no aumento do desgaste, da desmotivação e da revolta dos enfermeiros.

Os enfermeiros da Região Autónoma da Madeira já viram produzida legislação para corrigir o descongelamento com a contagem de todos os pontos. Será finalmente hora para que todos os enfermeiros do país tenham exatamente os mesmos direitos?

Naturalmente. Se não fosse dramático, era hilariante. Não temos um país. Temos 3 “países”. Nos Açores, contaram todo o tempo de serviço logo em 2012 e agora fizeram outros ajustes.

Na Madeira, contaram todos os pontos e até atribuíram a menção de Excelente a todos os enfermeiros nos anos pandémicos.

No Continente, nada! O atual Primeiro-ministro, na proposta de Orçamento do Estado para 2022, assumiu a decisão política de contar os pontos. Exige-se que cumpra e, já agora, entendemos que o pode fazer de imediato apesar de estarmos a ser “geridos em duodécimos”.

“O atual Primeiro-ministro, na proposta de Orçamento do Estado para 2022, assumiu a decisão política de contar os pontos.

Exige-se que cumpra e, já agora, entendemos que o pode fazer de imediato apesar de estarmos a ser geridos em duodécimos” Considera que ser enfermeiro, pela missão que têm de ajudar a salvar vidas, continua a ser uma profissão pela qual vale a pena lutar ainda que mereça mais reconhecimento?

Claro, é a melhor profissão do mundo! Temos o reconhecimento da população, dos doentes, utentes e suas famílias. Apenas o poder político recusa materializar esse reconhecimento em medidas concretas de valorização dos enfermeiros.

www.sep.org.pt sede@sep.pt +351 21 392 03 50 | +351 21 396 82 02 Av. 24 de Julho, 132 1350-346 Lisboa

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BREVES

Mais de 27 mil euros cedidos ao sector agrícola Uma cerimónia que decorreu no Lux Lisboa Park Hotel teve como principal objetivo a atribuição de prémios no âmbito do empreendedorismo e inovação nos sectores agrícola, agro-alimentar e florestal. Cada empresa vencedora foi premiada com 5 mil euros, às restantes que também foram mencionadas foi atribuído um valor de 2.500 euros.

580 vagas de emprego disponíveis em Portugal A United Investments Portugal (UIP), empresa que gere em Portugal o Pine Cliffs Resort vai disponibilizar 580 vagas de emprego nas diferentes unidades do grupo: Pine Cliffs Resort, Sheraton Cascais Resort, YOTEL Porto e Hyatt Regency Lisboa. As vagas destinam-se aos serviços de receção, restauração, bar, cozinha, entre outros.

Programa de literacia digital A Associação Portuguesa de Bancos (APB) vai ensinar os participantes a fazer pagamentos on-line com o cartão de crédito ou débito. Esta iniciativa insere-se no âmbito do projeto de Educação Financeira e visa transmitir noções que permitam executar algumas operações bancárias através dos vários canais on-line.

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Tecnologia “contactless” cada vez mais utilizada De acordo com o Banco de Portugal cerca de 40% das compras dos portugueses foram efetuadas através da lógica contactless. Isto deve-se, sobretudo, à pandemia que veio fazer com que as pessoas evitassem ao máximo todo o tipo de contactos.

CTT aposta nos veículos elétricos Os Correios de Portugal dão mais um passo rumo à sustentabilidade. Em causa está um reforço da frota com 21 novos veículos elétricos que serão distribuídos por Loures, Aveiro, Vila Nova de Gaia, Braga, Coimbra e Castelo Branco. Isto, para além de fazer com que a empresa seja cada vez mais amiga do ambiente, permite um maior conforto para os condutores que percorrem o país de norte a sul.

Mastercard e os novos serviços de consultoria As áreas sobre as quais a empresa começará a desenvolver estratégias são: o open banking, o open data, as criptomoedas e os critérios ESG (Environmental, Social e Governance). Perante esta expansão no número de serviços, a Mastercard prevê contratar cerca de 500 universitários e jovens profissionais em todo o mundo.

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